UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS PB INCIDÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS ÀS SEMENTES DE SABIÁ (Mimosa caesalpinieafolia BENTH) EM DIFERENTES COMPOSIÇÔES QUÍMICAS DE AÇUCARES EM MEIOS DE CULTURA PATOS PARAÍBA BRASIL 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

CAMPUS DE PATOS – PB

INCIDÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS ÀS SEMENTES DE SABIÁ (Mimosa

caesalpinieafolia BENTH) EM DIFERENTES COMPOSIÇÔES QUÍMICAS DE

AÇUCARES EM MEIOS DE CULTURA

PATOS – PARAÍBA – BRASIL

2016

JOSÉ DAGMAR FERREIRA DIAS

INCIDÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS ÀS SEMENTES DE SABIÁ (Mimosa

caesalpinieafolia BENTH) EM DIFERENTES COMPOSIÇÔES QUÍMICAS DE

AÇUCARES EM MEIOS DE CULTURA

Monografia apresentada à Universidade Federal de Campina Grande Campus de Patos/PB para a obtenção do grau de Engenheiro Florestal.

Orientador: Prof. Dr. Gilvan José Campelo dos Santos

PATOS – PARAÍBA – BRASIL

2016

JOSÉ DAGMAR FERREIRA DIAS

INCIDÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS ÀS SEMENTES DE SABIÁ (Mimosa

caesalpinieafolia BENTH) EM DIFERENTES COMPOSIÇÔES QUÍMICAS DE

AÇUCARES EM MEIOS DE CULTURA

Monografia aprovada em: 20/05/2016

Prof. Dr. Gilvan José Campelo dos Santos

(UAEF/UFCG Orientador)

Profa. Dra. Izabela Souza Lopes Rangel

(CCHSA/UFPB)

1ª Examinadora

Profa. MSc. Karla Daniele de Souza Vieira Messias

(UAEF/UFCG)

2ª Examinadora

Aos meus pais

Severino de Almeida Dias, Inácia Ferreira Dias

Minha filha

Ana Julia dos Santos Dias

Meus irmãos

Fátima, Neta, Auxiliadora, Ceuda, Aislane e Josimar

Meus sobrinhos

Ana Vitória, Antônio Vitor, Gabriel, Miguel e Felipe

DEDICO

Ao meus Primos e amigos

Antônio Felipe, Aldemir e Naldinho

Damião Dias (in memoriam)

Rivanildo Vilar (Neném), Gustavo, Ricardo, Zé Júnior e Zé Carlos (vovô)

Luiz, Charles, Arislan, Geraldo, Danilo e Edivaldo

OFEREÇO

“Na época dos dinossauros, a extinção era um ato da natureza”

Udaeta

AGRADECIMENTOS

À Deus pela oportunidade em conquistar essa benção na minha vida;

Aos meus pais e irmãos por todo amor, carinho, humildade, respeito, dignidade

e incentivo aos meus estudos, mesmos com as dificuldades que enfrentamos sempre

estiveram ao meu lado apoiando e acreditando nos meus ideais, sempre com a

confiança e dedicação ao longo da minha vida;

A minha filha Ana Júlia que veio para alegrar e tornar minha vida mais feliz, te

amo meu amor;

Ao professor Dr. Gilvan José Campelo dos Santos pela amizade e orientação

durante minha vida acadêmica e nesta monografia;

Aos membros da banca examinadora Profa. Dra. Isabela Sousa Lopes e Profa.

Mestre Karla Danieli pela disponibilidade em participarem;

Aos meus colegas e amigos de curso Angélica, Ana Paula, Amanda, Altemar,

Atila, Gabriela, Jefferson, João, Felipe Souza, Felipe Gomes, Natan, Pedro Jorge,

Raphael, Ramon, Rosilvam, Silmara, em especial a minha amiga Natany, pela

disponibilidade e ajuda durante a execução da monografia;

Aos amigos Alan Kardec, Fábio junho, Noturno, Adriel, Jordânia, Edjane,

Nilvania, Amanda, Terezinha, Edson, Francisco, Meiriegi, Silvio, Socorro e em

especial a minha amiga Talyta pela disponibilidade e ajuda na execução desta

monografia;

A todos os professores do curso de Engenharia Florestal que contribuíram para

minha formação acadêmica, em especial aos professores Gilvan Campelo, Ivonete

Bakke, Naelza Nóbrega, Olaf Bakke, Elenildo, Alana Candeia, Maria do Carmo, Éder,

Antônio Amador, Lucineudo, Rosileudo, Diércules, Izaque, Joedla, Maria de Fátima,

Valdir Mamede, João Batista, Assíria, Jacob, Patrícia, Paulo Bastos, Rivaldo Vidal e

Walter;

Ao funcionário do Laboratório de Patologia Florestal João Sá por todo apoio,

companheirismo e paciência durante a realização do experimento;

A todos os funcionários do Centro de Saúde e Tecnologia Rural do Campus de

Patos-PB e;

A todos aqueles que não tenham sido citados mais contribuíram de alguma

forma direta ou indiretamente, para a realização deste trabalho e em minha vida

pessoal meus sinceros agradecimentos.

RESUMO

A espécie sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) pertence à família Fabaceae é encontrada em alguns estados do Nordeste brasileiro. Possui valor comercial devido a qualidade de sua madeira, além de servir para outras finalidades, na produção de forragem, lenha, carvão e energia. Este trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes composições químicas de açúcares em meios de cultura para observar a incidência dos fungos associados ás sementes de sabiá. O estudo foi conduzido no Laboratório de Patologia Florestal, da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, do Centro de Saúde e Tecnologia Rural, da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba. Utilizando-se 500 sementes de sabiá coletadas no ano de 2014, as sementes foram submetidas a cinco tratamentos: Tratamento 1 (T1= AA-ágar-água); Tratamento 2 (T2= BSA-Batata-Sacarose-Ágar); Tratamento 3 (T3= BMA-Batata-Maltose-Ágar); Tratamento T4 (T4=BDA-Batata-Dextrose-Ágar) e Tratamento T5 (T5= BFA-Batata-Frutose-Ágar), onde cada tratamento foi distribuído em 10 placas de Petri, onde nas placas foram colocadas 10 sementes, totalizando 100 sementes por tratamento. Os resultados mostraram que houve a incidência de A. niger em todos os tratamentos, com maior incidência no tratamento T5, observou-se que o fungo A. Flavus não teve incidência no tratamento T4, observou-se ainda incidência de espécies de gêneros de fungos em outros tratamentos. Constatando que o meio BFA é o que apresentou maior incidência de fungos associados as sementes de sabiá. Palavras-chaves: Sementes. Aspergilus sp. Ágar.

ABSTRACT

The thrush species (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) belongs to the Fabacea family

and is found in some Northeast states of Brazil. It has commercial value because of its

quality wood, as well as other purposes, such as the production of fodder, firewood,

coal and energy. This study aimed to verify the effect of different chemical

compositions of sugars in culture media to observe the incidence of fungi associated

with thrush seeds. The study was conducted at the Laboratory of Health Center of

Pathology and Rural Technology Federal University of Paraiba, Campus of Paraiba

Patos. Using 500 rufous seeds collected in 2014, the seeds were submitted to five

treatments: treatment 1 (T1=AA-Agar-Water); treatment 2 (T2=BSA-Potato-Sucrose-

Agar); treatment 3 (T3=BMA-Potato-Maltose-Agar); treatment 4 (T4=BDA-Potato-

Dextrose-Agar); treatment 5 (T5=BFA-Potato-Fructose-Agar), where each treatment

was distributed in 10 Petri dishes, the plates were placed 10 seeds of thrush, totaling

50 boards, the experiment with the seeds for each in al treatments. The results showed

that the incidence of A. niger in all treatments, with higher incidence in T5 treatment,

the fungus A. flavus no effect on T4 treatment. It was also observed incidence of

species of fungi in other treatments. Noting that the BFA medium is presented the

highest incidence of fungi associated with the seeds of thrush.

Keywords: Seeds. Aspergilus sp. Agar

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ─ Sementes de sabiá após beneficiamento. .............................................. 17

Figura 2 ─ Ilustração do armazenamento dos meios de cultura. .............................. 19

Figura 3 ─ Sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) plaqueadas em diferentes

meios de cultura: (A) AA (ÁGAR-ÁGUA); (B) BSA (BATATA-SACAROSE-ÁGAR); (C)

BMA (BATATA-MALTOSE-ÁGAR); (D) BDA (BATATA-DEXTROSE-ÁGAR) e (E) BFA

(BATATA-FRUTOSE-ÁGAR). ................................................................................... 20

Figura 4 ─ Placas após 7 dias de incubação, com a incidência de fungos associados

ás sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia): (A) AA (ÁGAR-ÁGUA); (B) BSA

(BATATA-SACAROSE-ÁGAR); (C) BMA (BATATA-MALTOSE-ÁGAR); (D) BDA

(BATATA-DEXTROSE-ÁGAR) e (E) BFA (BATATA-FRUTOSE-ÁGAR). ................. 22

Sumário

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 13

2.1 Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) ......................................................... 13

2.2 Meios de cultura ................................................................................................ 14

2.3 Sacarose ............................................................................................................ 14

2.4 Maltose ............................................................................................................... 15

2.5 Glicose (Dextrose) ............................................................................................. 15

2.6 Frutose ............................................................................................................... 16

3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 17

3.1 Localização e condução do experimento ........................................................ 17

3.2 Coleta e beneficiamento das sementes ........................................................... 17

3.3 Preparo dos meios de cultura .......................................................................... 18

3.4 Análise da identificação e quantificação de fungos associados ás sementes de M. caesalpiniaefolia............................................................................................ 20

3.5 Delineamento estatístico .................................................................................. 20

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 22

4.1 Avaliação e quantificação da incidência de fungos nas sementes de M. caesalpiniaefolia ...................................................................................................... 22

4.2 Quantificações da incidência de fungos associados às sementes de M. caesalpiniaefolia ...................................................................................................... 23

4.3 Análise estatística para a incidência de A. niger e A. flavus em diferentes tratamentos .............................................................................................................. 24

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

11

1 INTRODUÇÃO

A utilização dos recursos da caatinga ainda se fundamenta em princípios

puramente extrativistas sem a perspectivas de um manejo sustentável, observando-

se perdas irrecuperáveis na diversidade da flora e fauna, como consequência da

simplificação da rede alimentar, redução da resiliência e da estabilidade do ambiente

diante dos fatores do meio (DRUMOND et al., 2000),

De acordo com Rapini et al. (2006), conhecimento da biodiversidade do

semiárido e os processos físico-mecânicos e biológicos que afetam sua biota é o

primeiro passo para que seus recursos possam ser aproveitados de maneira

sustentável, reduzindo a degradação ambiental e melhorando a qualidade de vida de

seus habitantes.

A biodiversidade da caatinga é um dos importantes recursos disponíveis para

a população regional, da qual se obtém vários produtos, alimentos, medicamentos,

energia e matéria-prima para diversos fins esses produtos que a caatinga disponibiliza

para a população regional é o seu principal meio de sobrevivência, devido à falta de

outros recursos para essa população (MENDES, 1997).

A ocorrência de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) se destaca nos estados

do Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia

(SAMPAIO et al., 2005) é conhecido como, sabiá e Sansão-do-campo (CORRÊA,

1975). Segundo Ribaski et al. (2003), afirmam que esta espécie é bastante utilizada

para implantação de florestas devido sua resistência a seca e seu crescimento rápido,

e de suas propriedades físico mecânicas sendo utilizada para a produção de energia,

lenha e carvão. A madeira possui boa qualidade (DRUMOND, 1982).

Em trabalhos realizados por Suassuna (1982), foram observados resultados

satisfatórios no consórcio de sabiá e outras essências arbóreas de maior valor

madeireiro como por exemplo o Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra Vell), onde o

sabiá proporciona um microclima, ajudando desta maneira esta espécie a se

desenvolverem em condições ideais. Estudos feitos por Paula e Alves (1997), foram

observados que em plantas jovens e brotos de sabiá formam céspitas (ramificações),

as quais se desenvolvem de três a oito ramificações a partir da sua base, tornando

desta forma uma boa produção de lenha.

12

A qualidade sanitária e fisiológica das sementes florestais é um fator importante

na germinação, pois pode ocasionar perdas através da deterioração, anormalidades

e lesões em plântulas, sendo que influencia no maior rendimento das plantações

(MARTINS NETTO, 1995).

A Patologia de Sementes é um ponto de partida para fornecer subsídios sobre

os principais problemas que podem ocorrer nas sementes, como a baixa ou ausência

de germinação, perda de viabilidade com conseguinte interferência na longevidade

das sementes armazenadas e o insucesso da produção de mudas (BOTELHO, 2006).

Os fungos são os principais patógenos causadores de doença em plantas os

quais podem ser disseminados por meio de sementes e permanecerem viáveis por

longo período de tempo (CARNEIRO, 1986). Para tanto o fungo necessita para seu

metabolismo e desenvolvimento carboidratos que são necessários para algumas

funções vitais entre a construção do corpo do fungo, fonte de energia utilizando

diferentes açucares como principal fonte de carbono para algumas espécies de

fungos.

O uso de meio de cultura para a avaliação do crescimento de fungos é

considerado adequado, pois, na natureza, os fungos comumente desenvolvem-se em

substratos sólidos, tais como resíduos vegetais e animais ou no solo (BONINI et al.,

1999).

Trabalhos que analisam a incidência de fungos em meio de cultura com

diferentes concentrações de açúcares ainda são escassos na literatura. Desta forma

torna-se importante desenvolver pesquisas que buscam resultados satisfatórios a este

tema, podendo assim ampliá-los conhecimentos e alternativas para análise e

isolamento desses patógenos.

Este trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes composições

químicas de açúcares em meios de cultura para observar a incidência dos fungos

associados às sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth).

13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth)

A sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) é uma espécie da família

Leguminosae: subfamilia mimosóidea de grande utilidade no Nordeste, conforme

descritos por Braga (1960), Corrêa e Penna (1978), Costa (1988), Mendes (1989) e

Tigre (1976). Trata-se de uma planta pioneira, decídua, heliófita, com ocorrência

preferencial em solos profundos, tanto em formações primárias como secundárias

(LORENZI, 2000).

A sabiá é uma árvore de pequeno porte, atingindo uma altura de 7 a 8 m,

geralmente com acúleos nos ramos, as folhas são bipinadas, flores pequenas em

espigas cilíndricas legumes articulados de até 10 cm (RIZZINI et al.,1976). Sementes

variando em forma de obovoide a oblonga e orbicular, dura e lisa, medindo 5,1 mm a

5,9 mm de comprimento por 4,4 mm a 6,3 mm de largura, e 1,3 mm a 1,8 mm de

espessura; tegumento castanho-claro a marrom, superfície lisa lustrosa, com

pleurograma, em forma de ferradura (FELICIANO, 1989).

As sementes de sabiá são muito usadas em plantios heterogêneos na

recuperação de áreas degradadas devido ser uma planta pioneira de rápido

crescimento (LORENZI, 2002). De acordo com Ribaski et al. (2003), a espécie tem

boa capacidade de regeneração natural e se propaga facilmente por sementes, sendo

que em condições edafoclimáticas favoráveis pode se comportar como planta

invasora.

Segundo Carvalho et al. (1990) a espécie é explorada devido as propriedades

físico mecânicas, sendo utilizada para a produção de estacas, portas, mourões,

dormentes, lenha e carvão. A sabiá também é recomendada por Paula (1980) para

uso direto como fonte primaria de energia, produzindo ótima lenha. Gonçalves et al.

(1999) cita que a madeira de sabiá não é indicada para a produção de polpa

celulósica, pelo baixo teor de alfa-celulose, alto teor de lignina e elevada densidade

básica.

14

2.2 Meios de cultura

Meios de cultura são substâncias que fornecem nutrientes ao desenvolvimento

(cultivo) de microrganismos fora do seu meio natural, onde estes são utilizados com a

finalidade de cultivar e manter microrganismos viáveis no laboratório, sob a forma de

culturas puras (NEDER, 2004).

Os meios de cultura, além de fornecer as substâncias essenciais para o

crescimento, também controla o padrão de desenvolvimento in vitro (CALDAS et al.,

1990). Lima et al. (2005), cita que os meios de cultura podem ser classificados tendo

em conta o seu estado físico, a sua composição química e os objetivos funcionais a

que se destinam.

Os meios de cultura são os mais favoráveis para a esporulação de fungos por

apresentarem carboidratos complexos que são menos adequados para a produção

de hifas vegetativas, porém mais adequados a produção de esporos de fungos

(NOZAKI et al., 2004).

Para haver o crescimento de fungos, os meios de cultura devem ter em sua

composição carboidratos e outros nutrientes de assimilação e em concentração não

inibitória. Após sua preparação, cada meio de cultura deve ser submetido a

esterilização, para eliminar qualquer organismo vivo (LIMA et al., 2005), os principais

meios de cultura são fontes de carbono, energia, fosforo e sais minerais. Segundo

Neder (2004), para a prevenção de contaminações durante a manipulação de culturas

puras, recorrem-se as técnicas de assepsia.

A especificidade dos meios de cultura é muito importante, notadamente no

isolamento e identificação de certos microrganismos (por exemplo, no isolamento de

microrganismos do solo), ou em testes de sensibilidade a antibióticos ou na análise

microbiológica de águas, alimentos e outros (NEDER, 2004).

2.3 Sacarose

A sacarose é um dissacarídeo formado por uma unidade de glicose unida

a uma unidade de frutose através de uma ligação O-glicosídica proveniente da reação

entre hidroxila de uma glicose com o carbono anomérico (LEHNINGER et al., 2006).

A metabolização da sacarose é iniciada pela ação da invertase periplasmática (p-

15

fhitosidase) que catalisa a hidrólise do dissacarídeo em glicose e frutose (BARNETT,

1981).

A síntese de sacarose ocorre em vários órgãos e tecidos, sendo a principal

fonte de carbono utilizada na maior parte dos processos biosintéticos da planta

(CASTRO et al.,2005). A sacarose é encontrada em abundância na cana de açúcar,

frutas e beterraba (OLIVEIRA, 1989).

A sacarose atua como recurso energético e fornece carbonos para a

biossíntese de componentes estruturais e funcionais, como oligossacarídeos,

aminoácidos e outras moléculas necessárias para o crescimento dos fungos (CALDAS

et al., 1998).

Segundo Souza et al. (2007) altas concentrações de sacarose no meio de

cultura podem favorecer o crescimento de fungos e bactérias e, consequentemente,

aumentar a taxa de contaminação, a qual interferiria negativamente na sobrevivência

e no desenvolvimento das plântulas.

2.4 Maltose

A maltose (açúcar do malte) não é encontrada facilmente em sua forma livre na

natureza, é criada durante a digestão por enzimas que quebram grandes moléculas

de amido em fragmentos de dissacarídeos, que podem então ser quebrados em duas

moléculas de glicose para uma fácil absorção, ocorre na natureza quando a semente

de um grão de cereal brota e suas enzimas convertem o amido do grão em maltose,

é a principal substancia de reserva da célula vegetal, e também a junção de duas

moléculas de glicose, encontrada em vegetais, e tem função energética (COLLINS,

1997).

2.5 Glicose (Dextrose)

A glicose, glucose ou dextrose, é um monossacarídeo, é um hidrato de carbono

mais importante na biologia, as células usam a glicose como fonte de energia e

intermediário metabólico (DUFTY, 1975).

De acordo com Zauza et al. (2007), os meios de cultura com ágar são uma das

formas de detectar fungos em sementes necessitando de uma fonte de carbono, que

16

pode ser a glicose, nitrogênio além de outros elementos em menor quantidade, tais

como potássio, fósforo, enxofre, ferro, magnésio, zinco, manganês e vitaminas.

Segundo Medeiros et al. (1992), entre os principais meios utilizados na

detecção de fungos está o meio de cultura de BDA (Batata-Dextrose-Ágar), devido

esse meio proporcionar condições de nutritivas para o crescimento dos fungos. Os

meios BSA (Batata-Sacarose-Ágar) e BDA (Batata-Dextrose-Ágar) apresentam maior

riqueza nutricional e maior qualidade de carboidratos, que estimulam a reprodução de

vários fungos (SILVA; TEIXEIRA, 2012).

Segundo Rego (2005), o meio de cultura BDA (Batata-Dextrose-Ágar) embora

as condições de incubação sejam as mesmas do método do papel de filtro, apresenta

limitações para fungos de crescimento lento e transmitidos internamente.

2.6 Frutose

A frutose é um importante carboidrato encontrado no organismo humano e na

maioria das plantas, tendo sido isolada pela primeira vez em 1847 a partir da cana-

de-açúcar (WANG et al., 1981).

Frutose, também conhecida como açúcar das frutas, é um monossacarídeo

(C6H12O6), com os carbonos dispostos em anel (FREIRE, 1994).

Frutose também conhecida como levulose, além de ser encontrada sob forma

isolada na natureza, é constituinte da sacarose (β-D-Frutofuranosil α-D-

glicopiranosida) e de outros polímeros denominados fructans ou inulina (RUMESSEN,

1992).

A frutose é o monossacarídeo predominante em várias frutas, incluindo maçãs,

laranjas, melões e os vegetais podem conter de 1% a 2% de seu peso na forma de

frutose livre e mais 3% de frutose sob a forma de sacarose (MATTHEWS et al., 1987).

17

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização e condução do experimento

O experimento foi conduzido no Laboratório de Patologia Florestal, da Unidade

Acadêmica de Engenharia Florestal, do Centro de Saúde e Tecnologia Rural, da

Universidade de Federal de Campina Grande, Campus de Patos – PB.

3.2 Coleta e beneficiamento das sementes

Os frutos de sabiá foram coletados em 2014 no município de Remígio, PB. Os

mesmos foram encaminhados para o laboratório onde ficaram armazenados em sacos

de polietileno até o momento da utilização em temperatura ambiente.

Para a instalação do experimento os frutos foram beneficiados manualmente

para a obtenção das sementes, as quais foram avaliadas através de lupa e as que

apresentavam deterioração descartadas, em seguida as sementes de boa qualidade

foram armazenadas em sacos de papel Kraft a temperatura ambiente.

Figura 1 ─ Sementes de sabiá após beneficiamento.

Fonte ─ (DIAS, 2016)

18

3.3 Preparo dos meios de cultura

Para cada litro do meio de cultura foram utilizados 20 g diferentes composições

químicas de açúcares, segundo (MURASHIGE; SKOOG, 1962):

Para obtenção de um litro do meio de cultura Ágar-Água (AA) foi preparado,

utilizando 30 g de ágar e ajustado o volume final do meio para 1litro;

Para obtenção de um litro do meio de cultura Batata-Sacarose-Ágar (BSA) foi

utilizado o caldo de 200 g de batata incorporado ao 30 g de ágar dissolvido e ajustado

o volume final do meio para 1litro;

Para obtenção de um litro do meio cultura Batata-Maltose-Ágar (BMA) foi

utilizado o caldo de 200 g de batata incorporado ao 30 g de ágar dissolvido e ajustado

o volume final do meio para 1litro;

Para obtenção de um litro do meio cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA) foi

utilizado o caldo de 200 g de batata incorporado ao 30 g de ágar dissolvido e ajustado

o volume final do meio para 1litro;

Para obtenção de um litro do meio cultura Batata-Frutose-Ágar (BFA) foi

utilizado o caldo de 200 g de batata incorporado ao 30 g de ágar dissolvido e ajustado

o volume final do meio para 1litro;

Após preparados os meios os mesmos foram armazenados em garrafas de

vidro com capacidade de 275 ml, (Figura 2), em seguida foram devidamente

identificadas e autoclavadas a 120 ºC por 20 minutos e após de resfriamento as

mesmas fora acondicionada em refrigerador a temperatura 15 ± ºC.

19

Figura 2 ─ Ilustração do armazenamento dos meios de cultura.

Fonte ─ Dias (2016)

Foram realizados para o preparo dos diferentes meios de cultura cinco

tratamentos: T1= AA (Ágar-Água); T2= BSA (Batata-Sacarose-Ágar); T3= BMA

(Batata-Maltose-Ágar); T4= BDA (Batata-Dextrose-Ágar); T5= BFA (Batata-Frutose-

Ágar), para cada tratamento foram utilizadas 100 sementes de sabiá (M.

caesalpiniaefolia), sendo dez repetições com dez sementes por placa.

Após cada meio ser dissolvido e antes de ser vertido nas placas foi adicionado

5 gotas do antibiótico Neoflox para inibição do crescimento de bactérias, na sequencia

o meio foi vertido assepticamente nas placas de Petri.

As sementes antes de serem plaqueadas foram desinfectadas em solução de

hipoclorito a 1% durante 30 segundos, em seguida, as mesmas foram distribuídas nas

placas de Petri, e devidamente identificadas e vedadas com filme de PVC

(polivinicloreto) como ilustra a (Figura 3) em seguida foram conduzidas para a câmara

de incubação de fungos a temperatura ambiente de 27 °C ± 2 °C por um período de 7

dias.

20

Figura 3 ─ Sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) plaqueadas em diferentes meios de cultura: (A) AA (ÁGAR-ÁGUA); (B) BSA (BATATA-SACAROSE-ÁGAR); (C) BMA (BATATA-MALTOSE-ÁGAR); (D) BDA (BATATA-DEXTROSE-ÁGAR) e (E) BFA (BATATA-FRUTOSE-ÁGAR).

Fonte ─ Dias (2016)

3.4 Análise da identificação e quantificação de fungos associados ás sementes

de M. caesalpiniaefolia.

Foram analisados nas sementes de sabiá os efeitos da concentração química

de açúcares em diferentes meios de cultua para incidência de fungos, através da

identificação e quantificação de estrutura morfológicas de acordo com (BARNETT;

HUNTER, 1992), por meio do microscópio estereoscópico e óptico para subsidiarem

os resultados da pesquisa.

3.5 Delineamento estatístico

O experimento foi realizado no delineamento inteiramente casualizado (DIC),

com 5 tratamentos e 10 repetições. Onde cada repetição constava de 10 sementes

por placa de Petri, totalizando 500 sementes em todo o experimento. Os dados obtidos

A B C

D E

E

21

em porcentagem da incidência de fungos foram transformados em √𝑥 + 0,5 e

comparados pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de significância. O programa

estatístico utilizado foi o ASSISTAT versão 7.7 betas (pt).

22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Avaliação e quantificação da incidência de fungos nas sementes de M.

caesalpiniaefolia

Após o período de 7 dias de incubação as placas de Petri foram conduzidas

para visualização e análise da incidência de fungos associados ás sementes de sabiá

(Figura 4), por meio do microscópio estereoscópico e óptico, para quantificação e

identificação dos gêneros nas repetições dos tratamnetos de acordo com (BARNETT;

HUNTER, 1992).

Figura 4 ─ Placas após 7 dias de incubação, com a incidência de fungos associados ás sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia): (A) AA (ÁGAR-ÁGUA); (B) BSA (BATATA-SACAROSE-ÁGAR); (C) BMA (BATATA-MALTOSE-ÁGAR); (D) BDA (BATATA-DEXTROSE-ÁGAR) e (E) BFA (BATATA-FRUTOSE-ÁGAR).

Fonte ─ (DIAS, 2016)

A B

C D

E

23

4.2 Quantificações da incidência de fungos associados às sementes de M.

caesalpiniaefolia

Pode–se observar na Tabela 1, os percentuais de incidência dos seguintes

gêneros de fungos: Aspergillus niger, A. flavus, A. candidus, A. alutaceos,

Trichoderma sp. e Gliocadium sp., detectado nas sementes de sabiá nos tratamentos

com diferentes concentrações químicas de açúcar. Pode-se observar ainda que A.

niger nas sementes de sabiá ocorreu em todos os tratamentos e teve maior ocorrência

no tratamento T5 apresentando uma incidência de 41%. O gênero Aspergillus sp. é

fungo de maior ocorrência em armazenamento e sua incidência aumenta com o tempo

de armazenamento e das condições de armazenamento das sementes.

Tabela 1 ─ Incidência em porcentagem de fungos associados as sementes de sabiá (M. caesalpiniaefolia) nos diferentes tratamentos.

GÊNEROS DE FUNGOS TRATAMENTOS (%)

T1 T2 T3 T4 T5

Aspergilus niger 19 11 18 12 41

Aspergilus flavus 8 7 12 0 10

Aspergilus candidus 0 0 0 0 2

Aspergilus alutaceos 0 0 0 1 0

Trichoderma sp. 0 0 0 1 0

Gliocadium sp. 0 0 0 0 1

*T1=AA; T2=BSA; T3=BMA; T4=BDA; T5=BFA. Fonte ─ (DIAS, 2016)

Este trabalho mostrou que a presença do fungo Aspergillus sp., também foi

verificado em trabalho de Piña Rodrigues (1988) em sementes de outras essências

florestais no Brasil.

Trabalhos semelhantes realizados por Medeiros et al. (1992) em sementes de

aroeira (Myrancrondium sp.) e Santos et al. (1997) possibilitaram detectar os fungos

Aspergillus sp., A. flavus, A. niger, Penicillium sp. e Pestalotiopsis sp. Já Carneiro

(1990) verificou alta incidência de Aspergillus sp., Penicililum sp. em sementes de pau-

santo (Kielmeyera coriácea), canafístula (Mimosa invisa) e Ipê (Tabebuia sp.).

Machado (1988), cita que tanto Aspergillus sp. como Penicillium sp. são fungos

associados a deterioração de sementes em condições de armazenamento, no entanto

podendo ocorrer também após a colheita.

24

A incidência do fungo A. flavus, nas sementes de sabiá ocorreu nos tratamentos

T1, T2, T3 e T5, no entanto não houve incidência no tratamento T4.

As análises possibilitaram observar que houve incidência de outros fungos nos

demais tratamentos como o Trichoderma sp. e Gliocladium sp.

No tratamento T1 foi observado um valor superior de incidência de A. niger em

relação aos tratamentos T2, T3 e T4.

4.3 Análise estatística para a incidência de A. niger e A. flavus em diferentes

tratamentos.

Na Tabela 2, em relação a incidência de A. niger, observa-se que houve

diferença significativa ao nível de 5% para o tratamento T5 mostrando que os demais

não houve diferença significativa entre as médias.

Tabela 2 ─ Médias em porcentagem da incidência de fungos de A. niger e A. flavus em sementes de sabiá (M. caesalpiniaefolia) submetidas a diferentes meios de cultura.

GÊNEROS

TRATAMENTOS (%)

T1 T2 T3 T4 T5

A. niger 19 b 11 b 18 b 12 b 41 a

A.flavus 8 a 7 a 12 a 0 a 10 a T1=AA; T2=BSA; T3=BMA; T4=BDA; T5=BFA. *Médias seguidas da mesma letra minúscula na linha

não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de significância (p>0,05). Fonte ─ (DIAS,

2016).

Para o A. flavus a tabela de médias mostrou que não houve significância entre

os tratamentos. O tratamento T4 (BDA) mostrou que não houve incidência do fungo

A. flavus, contrariando os resultados de Santos et al. (1998), que avaliaram a

qualidade sanitária e fisiológica das sementes de caroba (Jacaranda cuspidifolia), que

observaram uma incidência de A. niger (19%) e A. flavus (30%) utilizando o mesmo

meio e quando comparado ao papel filtro, mostraram uma incidência de 9,5 e 1,5 %,

respectivamente.

25

Santos et al. (2001) também trabalhou com sementes de acácia-negra (Acacia

mearnsii) encontrou resultados semelhantes a Santos, (2008).

26

5 CONCLUSÃO

Todos os meios de cultura utilizados com as diferentes composições químicas

dos açucares favoreceram a incidência do fungo A. niger em sementes de sabiá.

O meio de cultura BDA (T4) não favoreceu incidência do A. flavus em sementes

de sabiá.

O meio de cultura BFA (T5) foi o que apresentou maior incidência de fungos

associados as sementes de sabiá.

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