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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA Liana Conrado França Principais antibióticos utilizados em hospitais brasileiros nos últimos 10 anos. Florianópolis SC Abril - 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

Liana Conrado França

Principais antibióticos utilizados em hospitais

brasileiros nos últimos 10 anos.

Florianópolis – SC

Abril - 2012

2

Liana Conrado França

Principais antibióticos utilizados em hospitais brasileiros

nos últimos 10 anos.

Monografia apresentada ao XIV Curso de

Especialização em Saúde Pública da Universidade

Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para

obtenção do título de Especialista em Saúde Pública

Orientador: Prof. Dr. Alcides Milton da Silva.

Florianópolis

Abril - 2012

3

AGRADECIMENTOS

À minha família, em especial à minha mãe, por todo o apoio e confiança concedidos

em todos os momentos.

Agradecimento especial à amiga Luciana Costa pela amizade, carinho, paciência e

incentivo sempre.

Agradeço ao meu orientador, professor Alcides Milton da Silva, pela atenção e

dedicação dispensados

Agradeço ao meu namorado Cláudio pela paciência, pela ajuda na elaboração desse

trabalho, bem como por sua parceria sempre.

Além disso, agradeço também a todas as pessoas que, de uma forma ou outra,

auxiliaram na realização deste trabalho.

4

França, L. C

RESUMO

O presente trabalho se propôs a realizar uma análise descritiva sobre o perfil dos antibióticos

mais utilizados nos hospitais brasileiros nos últimos dez anos levando em consideração para

a análise comparativa, a metodologia Anatomical Therapeutic Chemical/Defined Daily Dose

(ATC/DDD), faixa etária e, por fim, a análise em conjunto de todos os trabalhos encontrados.

Os resultados mostraram que os grupos de antimicrobianos mais prescritos em todas as

análises feitas foram as cefalosporinas e as penicilinas.

Palavras-chave: antimicrobianos, hospitais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

Principais antibióticos utilizados em hospitais

brasileiros nos últimos 10 anos.

Liana Conrado França

Essa monografia foi analisada pelo professor orientador e aprovada para obtenção do grau de

Especialista em Saúde Pública no Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal

de Santa Catarina

Florianópolis, 13 de abril de 2012

.

Profª Dra. Jane Maria de Souza Philippi.

Coordenadora do Curso.

Prof. Dr. Alcides Milton da Silva

Orientador do trabalho.

6

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS

3

RESUMO 4

1. INTRODUÇÃO

7

2. METODOLOGIA

8

3. OBJETIVOS

8

4. REVISAO DE LITERATURA 9

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 12

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 20

7. REFERÊNCIAS 22

7

1. INTRODUÇÃO

Os medicamentos são um dos principais instrumentos utilizados no tratamento das

doenças, e podem proporcionar o prolongamento da expectativa de vida das pessoas bem

como promover benefícios de ordem econômica e social. Fazem parte desse universo, os

antimicrobianos que são agentes farmacológicos com características próprias e únicas, e por

isso pertencem ao grupo de medicamentos mais prescritos pelos profissionais da saúde.

(MONREAL, 2009)

Ao mesmo tempo que os antimicrobianos representam uma importante classe de

medicamentos no tratamento da saúde das pessoas, o uso inapropriado desses fármacos tem

acarretado sérias consequências aos pacientes, como: processos alérgicos, dificuldades no

manejo de infecções, além de contribuir para o aumento dos custos do sistema de saúde e dos

próprios hospitais.

Assim, há a necessidade de se reavaliar as práticas hoje exercidas na prescrição dos

antimicrobianos e também na dosagem ministrada aos pacientes, a fim de que se estabeleça

uma reflexão sobre o uso racional desses medicamentos.

Face ao exposto, o presente trabalho pretende trazer essa discussão à tona,

apresentando um panorama a respeito dos antimicrobianos mais prescritos, os grupos a que

pertencem e as prescrições mais prevalentes por faixa etária.

8

2. METODOLOGIA

O presente trabalho seguiu um modelo de estudo descritivo com coleta de dados

retrospectiva a partir dos registros de consumo de antimicrobianos do período de 1999 a 2009

dispensados observados em diversos trabalhos publicados nos periódicos disponíveis no

portal CAPES, de artigos científicos disponíveis nas principais base de dados como Pubmed,

Medline, SciELO e LILACS, bem como sites de busca.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Realizar análise comparativa do uso do grupo de antibióticos mais utilizados nos hospitais

brasileiros no período de1999 a 2009.

3.1.1 Objetivos Específicos

Fazer o levantamento dos estudos publicados nos periódicos nacionais e

internacionais sobre o perfil de uso de antibióticos nos hospitais brasileiros;

Proceder uma revisão de literatura sobre a evolução dos antimicrobianos;

Identificar o tipo de antimicrobiano mais utilizado de acordo com classes de faixas

etárias;

Analisar o uso de antimicrobianos ministrados nos hospitais de acordo com o critério

de classificação Anatomical Therapeutic Chemical/Defined Daily Dose (ATC/DDD);

Analisar o perfil de uso antimicrobianos ministrados nos hospitais sem o uso do

sistema de classificação ATC/DDD.

9

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 A Evolução dos Antibióticos e o Desenvolvimento da Resistência Microbiana

Os antimicrobianos são substâncias de origem natural ou semi sintética com

capacidade de inibir o crescimento de patógenos ou destruí-los e que podem ser classificados

em: antibacterianos, antifúngicos, antiprotozoários, anti-helmínticos e antivirais. Em relação

à sua origem, são divididos em dois grupos: os antibióticos (produzidos por bactérias e

fungos) e os quimioterápicos (sintetizados parcialmente ou totalmente em laboratório),

porém o termo antibiótico é normalmente utilizado para se referir aos dois grupos.

(SCHENKEL, MENGUE, PETROVICK, 2004; WU et al, apud JACOBY, 2008).

Em 1928, Alexander Fleming em uma de suas experiências notou que uma substância

produzida pelo fungo Penicillium notatum havia inibido o crescimento da bactéria

Staphylococcus aureus na placa de Petri. Essa substância descoberta ao acaso ficou

conhecida como penicilina. No entanto, apesar da penicilina não apresentar ação tóxica sobre

o organismo, Fleming não conseguiu produzir esse componente em quantidade suficiente

para emprega-lo sistematicamente visto que foi observada uma característica de extrema

relevância: a instabilidade. (JOKLIK, 1996 apud SANTOS, 2007; TORTORA, FUNKE,

CASE, 2005).

A produção da penicilina em larga escala só veio a ocorrer depois que o médico

alemão Gehard Domagk demonstrou que uma sulfonamida, a sulfanilamida, era efetivo no

tratamento de infecções estreptocócicas em ratos. A partir desse momento, a atenção da

indústria farmacêutica bem como da dos cientistas se voltou a esses fármacos no intuito de

tentar desenvolver seus derivados. Esse fato, também fez com que pesquisadores da

Universidade de Oxford retomassem os estudos com a penicilina e obtivessem êxito para a

produção em massa da penicilina em 1940, após intensivos estudos. com o isolamento de

linhagens de Penicilium com alta produção. (RANG et al, 2004; TORTORA, FUNKE,

CASE, 2005; MOELLERING, 1995; LEVY, 2002 apud SANTOS, 2007)

Ainda na década de 40 foram desenvolvidos: a classe dos anfenicóis e dos

aminoglicosídeos. Nas décadas seguintes 50 e 60 foi a vez das tetraciclinas; macrolideos,

glicopeptídeos, rifampicinas, quinolonas e o trimetroprim; (TAVARES, 2001).

10

O quadro 1 apresenta uma cronologia das principais descobertas de antimicrobianos

até o ano 2000.

Década Evento

1920 Descoberta da penicilina.

1930 Descoberta sulfonamida e gramicidina.

1940 Introdução da penicilina e descoberta da estreptomicina, bacitracina,

cefalosporinas, cloranfenicol, clortetraciclina e neomicina.

1950 Descoberta da oxitetraciclina, eritromicina, polimixina, vancomicina e

kanamicina.

1960 Descoberta da espectinomicina, gentamicina, clindamicina, e fosfomicina.

Introdução da meticilina, ampicilina, cefalosporinas, vancomicina e doxicilina.

1970 Descoberta a tobramicina e cefamicinas. Introdução da rifampicina, minociclina,

cotrimazol e amicacina.

1980 Descoberta da daptomicina. Introdução da amoxicilina/clavulanato,

imipenem/cilastatina e ciprofloxacina.

1990 Relato da linezolida, ketolídios (telitromicina) e glicilciclinas (tigeciclina).

Introdução da azitromicina, claritromicina e quinupristina/dalfopristina.

2000 Introdução da linezolida, daptomicina, telitromicina e tigeciclina.

Quadro 1: Cronologia da descoberta, relato ou introdução dos novos

antibacterianos (1928 - 2007).

Fonte: SANTOS (2007)

Observa-se no quadro ora apresentado que da década de 20 até o ano 2000 a

diversidade de antimicrobianos cresceu significativamente, aumentando enormemente as

opções dos médicos na possibilidade de tratar o paciente no ambiente hospitalar.

4.1.1 O Uso dos Antimicrobianos no Ambiente Hospitalar

“A ocorrência das infecções hospitalares e suas práticas de controle têm uma estreita

relação com a história. Assim, desde o surgimento dos hospitais, as infecções hospitalares

existem”. (MOZACHI, 2005 apud BOUZADA, 2009, p. 15).

Lacerda e Egry (1997) consideram a infecção hospitalar como toda infecção que é

transmitida ou adquirida no ambiente hospitalar e mencionam que seu surgimento ocorreu no

período medieval, época em que foram criadas as instituições concebidas como alojamentos

dos doentes ou não, peregrinos, pobres e inválidos.

Segundo Bolufer & Montero (2004 apud Rodrigues & Bertoldi 2010) os fármacos de

uso mais frequente em hospitais, são os antimicrobianos. Estes são ministrados tanto em

11

ações terapêuticas quanto profiláticas e são utilizados em uma média de 40% dos pacientes

hospitalizados em tratamento.

Porém, é importante salientar que no ambiente hospitalar esses medicamentos quando

utilizados, afetam não só os pacientes, mas interferem também e de forma relevante, a

microbiota ambiental do hospital (BANTAR et al, 2003 apud CARNEIRO et al, 2011;

TAVARES, 2006; HOLLOWAY & GREEN, 2003 apud. BESEN, 2008).

Além disso, ressalta-se que os pacientes internados são particularmente mais

susceptíveis a adquirirem infecções hospitalares uma vez que estão expostos a uma variedade

de microorganismos patogênicos, principalmente em Unidade de Terapia de Intensiva (UTI),

onde o uso de antimicrobianos potentes de amplo espectro é a regra e os procedimentos

invasivos é rotina. (MOURA et al, 2007).

Se por um lado, a diversidade de antimicrobianos utilizados no ambiente hospitalar

aumentou significativamente a cura e sobrevida dos pacientes; por outro, seu uso

indiscriminado acelerou o processo de seleção e resistência. (OLIVEIRA e BRANCO, 2007).

4.1.2 A importância do controle do uso de antimicrobianos em hospitais

A Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe que, para que haja o uso racional de

medicamentos é necessário primeiro, considerar a necessidade de uso do medicamento;

segundo, que se prescreva o medicamento adequado, conforme os parâmetros de eficácia e

segurança comprovados e aceitáveis. (BRASIL, 1998).

Nos países em desenvolvimento a questão do uso indiscriminado é mais grave, pois

em geral esses produtos são vendidos livremente, sem receita no comércio, e as medidas de

controle nos hospitais são inconsistentes. (WHO, 2012).

Rumel, Nishioka e Santos, 2006 apud Besen, 2008, enfatizam que “há milhares de

substâncias ativas e associações no mercado de medicamentos e novas opções são oferecidas

aos profissionais prescritores diariamente, dificultando a escolha do medicamento mais

adequado”.

A resistência bacteriana é resultado da utilização tanto adequada quanto inadequada,

tanto profilática quanto empírica de antimicrobianos e da administração de doses

subterapêuticas e de duração prolongada. (WARM et al, 2005; BANTAR et al, 2003 apud

CARNEIRO, 2011). Porém uso excessivo dos antimicrobianos além de contribuir para o

desenvolvimento de resistência bacteriana também é responsável pelo considerável aumento

12

dos custos hospitalares e dos riscos de reações adversas a medicamentos. (PHILMON et al,

2006 apud RODRIGUES e BERTOLDI, 2010).

De acordo com Mcgowan (2001 apud França e Costa, 2006, p.225) os atores do

processo de uso/fornecimento de antimicrobianos são afetados de modo diferente em relação

ao impacto econômico causado pela resistência bacteriana, são eles:

Prescritor: tem o custo da ineficácia da terapia convencional, com eventual

perda de pacientes.

Pacientes: tem o custo da doença não solucionada e de eventual morte; onera-se

com a exigência de medicamento alternativo, usualmente mais caro.

Sistema público de saúde: gasta excessivamente, desequilibrando recursos

geralmente escassos.

Visão social: há redução de fonte de saúde (infecções mais graves, menos

fármacos eficazes) para a população.

Indústria farmacêutica: estímulo para o desenvolvimento de novos produtos.

A partir desse panorama exposto, é de grande relevância a realização de estudos que

permitam detectar problemas e realizar comparações em diferentes espaços geográficos e

diferentes locais sanitários. Estes estudos podem servir de ajuda para que os gestores possam

revisar a política de antimicrobianos existente e possa avaliar sua aceitação e cumprimento.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5. Análise dos Estudos sobre o Consumo de antimicrobianos em hospitais

5.1. Análise sobre o uso por tipo de antimicrobiano mais utilizado de acordo com classes

de faixas etárias;

A população pediátrica, bem como a população idosa exigem uma maior atenção por

parte dos profissionais de saúde visto que são grupos populacionais que se apresentam mais

susceptíveis a adquirem infecções. Além do mais, cabe ressaltar que os ensaios clínicos

adotados nas pesquisas de desenvolvimento de novos medicamentos utilizam experimentos

em animais e quando os testes avançam para a fase na qual se inclui a análise em voluntários,

esse grupo é constituído por adultos, pois as crianças são consideradas como um grupo

vulnerável. Esse grupo também apresenta características próprias no que se refere à

farmacocinética das drogas em função das variações da composição corporal e pela

maturação dos sistemas de metabolismo e excreção. (HOLLOOWAY, 2003 apud FRANCA

e COSTA, 2006). Com isso, tem-se um grande número de medicamentos que acabam sendo

prescritos empiricamente para tratamento em pacientes infantis. (BRINDES et al., 1997;

13

KAUFFMAN & KEARNS, 1992; LEITE, 1998; YAFFE & ARANDA, 1992 apud IFTODA

et. al., 2005).

Para agravar ainda mais a situação, destaca-se ainda o fato de muitas vezes ocorrerem

prescrições errôneas, utilização de doses incorretas e a adoção de esquemas posológicos

incompatíveis. (GRINDER & MASSANARI, 1992, KOZER et al., 2002; LESAR, 1998

apud IFTODA et. al., 2005).

Já em relação aos idosos, verifica-se que esse grupo tende a apresentar um número

maior de processos patológicos crônicos e eventualmente afecções agudas em função de

alterações fisiológicas do processo de envelhecimento e os procedimentos invasivos ao qual

possam ser submetidos. Além disso, apresentam reduzida capacidade de reagir a infecções e

devido ao fato de frequentemente já fazerem uso de outros medicamentos usualmente, a

escolha do antimicrobiano a ser utilizado deve ser feito com cautela pois existe uma grande

possibilidade de ocorrência de interações medicamentosas. (BORGUI, 2007; MARTINS et.

at. 2008; MOSEGUI et. al., 1999 apud CAZARIM et al., 2010; BARROS et al., 2001 apud

RODRIGUES e BERTOLDI, 2010).

Tendo como base o quadro 2 apresentado a seguir, é possível observar que as classes

de antibióticos mais contempladas para uso no ambiente hospitalar foram basicamente

quatro: cefalosporinas, penicilinas, aminoglicosídeos e macrolídeos. Destas, a classe das

cefalosporinas foi a que se apresentou mais prevalente como fármaco primeiramente mais

prescrito. Há ainda de se evidenciar o fato de que mesmo nos trabalhos em que a faixa etária

incluía crianças, as cefalosporinas e as penicilinas foram os grupos de antimicrobianos que

prevaleceram.

Nota-se portanto que as penicilinas ainda são amplamente utilizados, mesmo depois

de muitos fármacos terem sido desenvolvidos e disponibilizados no mercado após a sua

introdução, pois estas constituem fármacos de escolha para o tratamento de inúmeras doenças

infecciosas. Atualmente, um grande número de variações com diferentes propriedades

farmacológicas foram obtidas devido às modificações feitas em sua estrutura e hoje as

penicilinas são classificadas em: benzilpenicilinas ou penicilinas G, penicilinas resistentes às

betalactamases, aminopenicilinas e penicilinas de amplo espectro, obtidas por associação

com inibidores de β-lactamase. (FUCH, 2004; TAVARES, 2006; PETRI JR, 2006 apud

BENSEN, 2008).

As penicilinas em si causam poucos efeitos tóxicos diretos, exceto quando

administrados via retal, podem ser responsáveis por seu efeito pró – convulsivante. Os efeitos

adversos causados por esses fármacos estão relacionados às reações de hipersensibilidade,

14

decorrentes dos produtos de degradação da penicilina que se tornam antigênicos quando se

combinam com proteína do hospedeiro. Os sintomas estão relacionados ao aparecimento de

erupções cutâneas, febre , à manifestação da doença do soro e raramente ao choque

anafilático agudo que em alguns casos pode até mesmo ser fatal. (RANG et al, 2004).

Ainda em relação ao quadro exposto, é possível perceber que optou-se por outras

classes de antimicrobianos em detrimento ao uso de fluorquinolonas em todas as faixas

etárias, mas que atenção especial deve ser dada ao uso destes fármacos em crianças e

adolescentes visto que seu uso ainda é considerado controverso, devido à falta do

estabelecimento de critérios de segurança de modo que quando do seu uso, este possa ser

justificado em circunstâncias consideradas especiais, avaliando-se caso a caso e os riscos e

benefícios para o paciente. (GONCALVES, CAIXETA, REIS, 2009).

Autor(es)/

Ano

Faixa(s)

Etária(s) Resultados Local (is)

Oliveira e

Branco/2007

< 30 anos - 12

Pessoas

Cefalosporina 3ª e 4ª

gerações, Quinolonas

Hospital Regional do

Guará - DF

30 - 60 anos -

34 Pessoas

> 60 anos - 72

Pessoas

Marchete et

al./2010 < 30 anos

Penicilinas,

Cefalosporinas,

Aminoglicosídeos

Hospital Geral de Linhares

- ES

Iftoda et al./2005 < 30 anos

Penicilinas (Ampicilina),

Cefalosporina 1ª geração

(Cefalotina),

Aminoglicosídeos

(Amicacina)

Hospital dos Fornecedores

de Cana de Piracicaba

França,

Costa/2006 < 30 anos

Penicilinas (Ampicilina),

Cefalosporina 3ª geração

(Ceftriaxona),Aminoglico

sídeos (Amicacina)

Hospital Infantil Luis

França - CE

Carneiro et

al./2011 0 - 99 anos

Cefalosporinas 1ª

geração, Quinolonas Hospital Santa Cruz - RS

Freire,

Souza/2009 < 30 anos

Cefalosporinas,

Penicilinas Naturais e

(Penicilinas Sintéticas,

Aminoglicosideos e

Macrolídeos)

Hospital Dom Orione - TO

Diefenthaeler

/2007 > 12 anos

Cefalosporinas 3ª

geração, Quinolonas

Hospital Universitário de

Passo Fundo - RS

15

Quadro 2. Análise sobre o uso por tipo de antimicrobiano mais utilizado de

acordo com classes de faixas etárias

5.2 Análise do uso de antimicrobianos ministrados nos hospitais de acordo com o

critério de classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) / Dose Diária

Definida - Defined Daily Dose (DDD).

O sistema Anatômico Terapêutico e Químico – ATC (Anatomical Therapeutic

Chemical) é a unidade de medida técnica, conhecida como Dose Diária Definida - DDD

(Defined Daily Dose ) foram desenvolvidos na Noruega no início da década de 70 pelo

Norwegian Medical Depot (NMD). De acordo com o sistema ATC, os fármacos são

divididos em diferentes grupos, levando em consideração para essa classificação o órgão ou

sistema no qual atua o medicamento e as propriedades químicas, farmacológicas e

terapêuticas dos fármacos. Para que se possa mensurar esses fármacos, adota-se a unidade de

medida técnica DDD como uma dose média de manutenção por dia para um determinado

medicamento de acordo com a sua principal indicação em adultos. Nesse sentido, a

metodologia ATC/DDD acabou se tornando uma referência que passou a ser recomendada

pela World Health Organization (WHO) quando da realização de estudos internacionais com

a utilização de medicamentos. (ORDOVÁS;CLIMENTE;POVEDA apud BENSEN, 2002).

A comparação dos trabalhos publicados que adotam a metodologia ATC/DDD

permitiu observar de acordo com o quadro 3 que as classes de antimicrobianos que mais se

repetiram foram: as cefalosporinas, penicilinas e as quinolonas, sendo que as cefalosporinas

foram os fármacos que apareceram em primeiro lugar como os mais prescritos em mais

hospitais brasileiros. Esse prevalente consumo das cefalosporinas em ambientes hospitalares

também aparece com frequência em muitos trabalhos internacionais publicados e apontados

nos próprios estudos utilizados como referências para a análise comparativa da autora.

Autor(es)/Ano Faixa(s)

Etária(s) Resultados Local(is)

Monreal et al./

2009

≥ 18 anos

Cefalosporinas,

Fluorquinolonas,

Cliníca Médica do HU-

MS e pacientes HIV no

16

Glicopeptideos Hospital Dia Prof.

Esterina Corsini

Gonçalves,

Caixeta, Reis/

2009

< 30 anos

Penicilinas Amplo Espectro,

Cefalosporinas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª

geração, Macrolideos

HU-MG Pediatria e

Geral

Rodrigues,

Bertoldi/2008

0 - 19 anos -

104 Pessoas Cefalosporinas, Penicilinas,

Fluorquilononas,

Aminoglicosídeos

Hospital Regional

Unimed - Santa Maria -

RS

20 - 49 anos -

253 Pessoas

50 - 69 anos -

256 Pessoas

Santos et al./

2007 > 30 anos

Penicilinas, Cefalosporinas

3º geração, Quinolonas

Hospital Santa Luzia -

DF

Franco et al./

2005 > 20 anos

Cefalosporinas,

Fluoroquinolonas,

Penicilinas

Hospital Terciário - RJ

Santos, Lauria-

Pires/2010 > 18 anos

Penicilinas/Inibidores β-

Lactamase, Cefalosporina 3ª

geração, Quinolonas,

Carbapenêmicos

Hospital Regional de

Ceilândia, Hospital

Regional de

Taguatinga, Hospital

Santa Luzia

Carneiro/2006 > 14 anos

Cefalosporinas 3ª e 4ª

gerações, Carbapenêmicos,

Aminoglicosideos

Hospital Regional de

Taguatinga

Quadro 3: Análise do uso de antimicrobianos ministrados nos hospitais de

acordo com o critério de classificação ATC/DDD.

Apesar de as cefalosporinas não serem consideradas fármacos de escolha para

infecções específicas conhecidas, elas possuem a característica de possuírem um amplo

espectro de ação que exercem atividade contra bactérias gram positivas e gram negativas

além do fato de serem consideradas pouco tóxicas. Na atualidade, dispõe-se de um grande

número de cefalosporinas, sendo que estas fazem parte de grupos nos quais a sua tradicional

classificação é baseada na atividade bacteriana e características farmacocinéticas e

farmacodinâmicas. São elas: Cefalosporinas de primeira geração, segunda geração, terceira

geração e quarta geração. (REESE; BETTS, 1996; BQRROS et al., 2001; PETRI JR, 2006

apud BENSEN).

É possível notar, considerando o quadro 3, que alguns trabalhos especificam o subtipo

de cefalosporinas mais prescritos, enquanto que outros não o fazem. Sob esse aspecto

portanto, considera-se que não seja possível fazer uma análise mais detalhada a respeito de

tal fato.

17

5.3 Análise do perfil de uso antimicrobianos ministrados nos hospitais sem o uso do sistema

de classificação ATC/DDD.

Em acordo com demais análises apresentadas, verifica-se que os antimicrobianos

mais prescritos de um modo geral, sem levar em conta a adoção ou não da metodologia

ATC/DDD como critério para comparação, que os grupos antimicrobianos prevalentes como

mais prescritos foram principalmente as cefalosporinas e as penicilinas (quadro 4).

Percebe-se que os glicopeptídeos não aparecem como os fármacos que apresentam

maior uso no ambiente hospitalar. Os glicopeptídeos são drogas de alto peso molecular, que

possuem em sua composição açúcar e aminoácidos e que possuem poucos representantes

dessa classe: a vancomicina, é um glicopeptídeo disponível nos Estados Unidos e no Brasil,

enquanto que a teicoplamina é um exemplo de glicopetídeo disponibilizado em partes da

Europa. Além de possuírem poucos representantes, esses fármacos são incapazes de

penetrarem a membrana celular das bactérias em função do seu alto peso molecular e

portanto sua atividade acaba ficando restrita às bactérias Gram positivas. A vancomicina é

usada em geral como uma alternativa aos β-lactâmicos em pacientes que apresentam reações

alérgicas a estes agentes, pois esses dois grupos não apresentam reações cruzadas. (PAGE et

al, 2004.)

Os aminoglicosídeos assim como os macrolídeos apareceram com uma certa

frequência nos trabalhos utilizados, apesar de não serem os grupos de antimicrobianos que

representam um maior percentual de utilização. Os aminoglicosídeos são fármacos que

consistem em dois ou mais açúcares unidos por ligações glicosídicas a um anel aminociclitol.

Eles penetram na célula bacteriana utilizando o sistema de transporte dependente de

oxigênio, ausente nas bactérias anaeróbias e nos estreptococos e portanto, não devem ser

usados contra essas bactérias, visto que estas apresentam-se constitutivamente resistentes aos

aminoglicosídeos. Os aminoglicosídeos ainda apresentam duas importantes toxicidades

dependentes da dose e da duração do seu uso: a nefrotoxicidade e a otoxicidade (auditiva e

vestibular). Como apresentam essa importante toxicidade, o emprego destes agentes ê

limitado às infecções graves por Enterobacteriacea e Pseudomonas .aeruginosa e geralmente

no contexto hospitalar. (PAGE et al, 2004.)

18

Autor(es)/Ano Faixa(s)

Etária(s) Resultados Local(is)

Oliveira e Branco

/2007

< 30 anos - 12

Pessoas

Cefalosporina 3ª e 4ª

gerações, Quinolonas

Hospital Regional do

Guará - DF

30 - 60 anos -

34 Pessoas

> 60 anos - 72

Pessoas

Marchete et

al./2010 < 30 anos

Penicilinas,

Cefalosporinas,

Aminoglicosídeos

Hospital Geral de

Linhares - ES

Monreal et

al./2009 ≥ 18 anos

Cefalosporinas,

Fluorquinolonas,

Glicopeptideos

Cliníca Médica do HU-

MS e pacientes HIV no

Hospital Dia Prof.

Esterina Corsini

Gonçalves,

Caixeta,

Reis/2009

< 30 anos

Penicilinas Amplo

Espectro, Cefalosporinas

1ª, 2ª, 3ª e 4ª geração,

Macrolideos

HU-MG Pediatria e Geral

Rodrigues,

Bertoldi/2008

0 - 19 anos -

104 Pessoas Cefalosporinas,

Penicilinas,

Fluorquilononas,

Aminoglicosídeos

Hospital Regional

Unimed - Santa Maria -

RS

20 - 49 anos -

253 Pessoas

50 - 69 anos -

256 Pessoas

Iftoda et al./2005 < 30 anos

Penicilinas (Ampicilina),

Cefalosporina 1ª geração

(Cefalotina),

Aminoglicosídeos

(Amicacina)

Hospital dos

Fornecedores de Cana de

Piracicaba

França,

Costa/2006 < 30 anos

Penicilinas

(Ampicilina),Cefalosporina

3ª geração

(Ceftriaxona),Aminoglicosí

deos (Amicacina)

Hospital Infantil Luis

França - CE

Carneiro et

al./2011 0 - 99 anos

Cefalosporinas 1ª geração,

Quinolonas Hospital Santa Cruz - RS

Freire,

Souza/2009 < 30 anos

Cefalosporinas, Penicilinas

Naturais e (Penicilinas

Sintéticas,

Aminoglicosideos e

Macrolídeos)

Hospital Dom Orione -

TO

Santos et al./2007 > 30 anos Penicilinas, Cefalosporinas

3º geração, Quinolonas

Hospital Santa Luzia -

DF

Franco et

al./2005 > 20 anos

Cefalosporinas,

Fluoroquinolonas,

Penicilinas

Hospital Terciário - RJ

19

Cazarim et

al./2010 > 60 anos

Quinolonas

(Ciprofloxacino),

Cefalosporina de 1ª

geração

(Cefalotina),Cefalosporina

de 3ª geração (Ceftriaxona)

HU Juiz de Fora - MG

Santos, Lauria-

Pires/2010 > 18 anos

Penicilinas/Inibidores β-

Lactamase, Cefalosporina

3ª geração, Quinolonas,

Carbapenêmicos

Hospital Regional de

Ceilândia, Hospital

Regional de Taguatinga,

Hospital Santa Luzia

Carneiro/2006 > 14 anos

Cefalosporinas 3ª e 4ª

gerações, Carbapenêmicos,

Aminoglicosideos

Hospital Regional de

Taguatinga

Diefenthaeler/

2007 > 12 anos

Cefalosporinas 3ª geração,

Quinolonas

Hospital Universitário de

Passo Fundo - RS

Quadro 4: Análise do perfil de uso antimicrobianos ministrados nos hospitais

sem o uso do sistema de classificação ATC/DDD

20

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde que Fleming descobriu ao acaso que a substância produzida pelo fungo do

gênero Penicillium era capaz de inibir o crescimento de certas bactérias numa placa de Petri,

muitos esforços foram dispendidos no sentido de tentar produzir essas substâncias em larga

escala. Inúmeros fármacos foram então desenvolvidos com a capacidade de matar ou inibir o

crescimento de bactérias. No entanto, verificou-se pouco tempo depois e ao contrário do que

se pensava, que esses não “remédios milagrosos” que detinham a capacidade de propiciar a

cura para todas as infecções. Foi então que tornou-se evidente o fato de que muitos fármacos

não eram mais eficientes no “combate” a infecções antes consideradas suscetíveis à ação dos

mesmos.(JANEBRO et al., 2008).

Esse novo quadro serviria para mostrar que os antimicrobianos deveriam ser

utilizados com muito mais cautela do que vem sendo utilizado, porém não é o que vem sendo

observado nos trabalhos publicados. Para se considerar o uso do antimicrobiano deveria

sempre se avaliar a real necessidade do uso desse medicamento, levando em consideração os

riscos/benefícios apresentados aos pacientes haja vista as inúmeras reações de natureza

alérgica ocorridas. Ocorre que muitas vezes essas substâncias são prescritas de forma

empírica, sem que se analise os exames microbiológicos que possibilitam uma orientação

mais detalhada e segura a respeito do agente causador da infecção e que poderia servir como

base para a escolha do antimicrobiano adequado.

Considerando os quadros apresentados, é imprescindível que se desenvolva

programas que possam ser implementados nos hospitais bem como comissões formadas por

profissionais multidisciplinares com o intuito de se avaliar a utilização dos antimicrobianos

prescritos quanto à sua real necessidade, posologia, tempo de tratamento dentre outros

aspectos, no intuito de se fazer intervenções pontuais que proporcionem um uso racional

desses medicamentos. Para tanto, os profissionais envolvidos nesse processo, principalmente

os profissionais prescritores, devem estar inseridos em programas de educação continuada a

fim de tornar o processo mais eficiente. Com isso, não só os pacientes seriam beneficiados,

mas também esse fato serviria para melhorar o atendimento nos hospitais, visto que isso

afetaria de maneira considerável os gastos hospitalares com tratamentos desnecessários e

mais investimentos poderiam ser feitos em outras áreas .

Percebe-se portanto uma necessidade de mais estudos envolvendo os antimicrobianos

com o propósito de se conhecer um pouco mais sobre o perfil dos medicamentos utilizados

21

no ambiente hospitalar bem como dos pacientes que utilizam esses medicamentos a fim de

que se possa promover o uso racional desses medicamentos haja vista que o problema da

resistência bacteriana é um problema de saúde pública.

22

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