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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA PROCESSO SELETIVO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010 6. PROVA ESCRITA ESPECIALIDADES CLÍNICAS E ANO OPCIONAL EM CLÍNICA MÉDICA INSTRUÇÕES VOCÊ ESTÁ RECEBENDO UMA FOLHA DE RESPOSTAS E ESTE CADERNO CONTENDO 100 QUESTÕES. •Preencha com seu nome e número de inscrição os esPaços reservados na caPa deste caderno. •anote na folha intermediária de resPostas a alternativa que julgar correta e transcreva-a Para a folha de resPostas, com CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA. •resPonda a todas as questões. •a duração da Prova é de 4 horas e 30 minutos. •ao terminar a Prova, você entregará ao fiscal a folha de resPostas e este caderno de questões. aguarde a ordem do fiscal Para abrir este caderno de questões. 08.11.2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULOComissão de exames de ResidênCia médiCa

Processo seletivo Para residência Médica – 2010

6. PRova esCRita

esPecialidades clínicas e ano oPcional eM clínica Médica

INSTRUÇÕES

• você está recebendo uMa folha de resPostas e este caderno contendo 100 questões.

• PreenchacomseunomeenúmerodeinscriçãoosesPaçosreservadosnacaPadestecaderno.

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08.11.2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULOComissão de exames de ResidênCia médiCa

Processo seletivo Para residência Médica – 2010

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

01. Aspectos especiais no tratamento da dislipidemia na SIDA. Assinale a alternativa incorreta.(A) Ocorrem distúrbios metabólicos, como resistência à insulina

e há maior associação com doença arterial coronariana.(B) Na SIDA não tratada há redução de HDL-colesterol e

discreta elevação de triglicérides.(C) Em uso de HAART os níveis de triglicérides podem estar

muito elevados, mas também pode ocorrer aumento ex-pressivo de colesterol total e de LDL-colesterol e redução de HDL-colesterol.

(D) O tratamento com estatinas e antirretrovirais deve privile-giar o uso da sinvastatina, por sua segurança e experiên-cia, já que é um dos fármacos mais bem estudados.

(E) Devem-se preferir estatinas que atuem em sítios de me-tabolização hepática diferente dos antirretrovirais, como a pravastatina e, com cautela, a atorvastatina.

O caso apresentado relaciona-se às questões de números 02e 03.Homem, 76 anos, portador de miocardiopatia dilatada idio-pática, há 6 anos, refere piora dos sintomas de dispneia aos esforços, edema de membros inferiores, cansaço fácil, ortopneia e dispneia noturna há cerca de 2 semanas. Suas medicações regulares de uso atual são: Enalapril 20 mg 2x ao dia, Carvedilol 12,5 mg 2x ao dia, Lasix 60 mg 2x dia, Aldactone 25 mg 1x dia, Digoxina 0,125 mg, e Atorvastatina 10 mg. Ele apresenta-se ao pronto-socorro com piora da dispneia, inapetência, fraqueza e o seguinte exame físico: PA 80 x 40 mmHg, FC 90 bpm, ritmo sinusal (monitor), estase jugular de 12 cm H20, levantamento sistólico de VD à palpa-ção precordial, presença de B3 e sopro sistólico mitral 2x/6+, ascite e edema de membros inferiores. Encontra-se 6 kg acima de seu peso seco e exames laboratoriais revelam Creatinina 2,5 e Ureia 88.

02. A sua impressão diagnóstica do caso apresentado é Insuficiên-cia Cardíaca Aguda Descompensada, complicada principal-mente por Síndrome Cardiorenal(A) iatrogênica devido ao uso excessivo de agentes diuréticos.(B) secundária a baixo débito cardíaco associado à insufi-

ciência renal tipo pré-renal.(C) secundária a baixo débito cardíaco com provável doença

renal intrínseca preexistente.(D) secundária a baixo débito cardíaco com provável doença

renovascular.(E) secundária à hipertensão venosa sistêmica com elevação

da pressão venosa central.

03. Qual a sua opção terapêutica inicial para esse paciente?(A) Dobutamina dose titulada a 5 mcg/kg/min e infusão

contínua de diurético.(B) Vasodilatador endovenoso e infusão contínua de diurético.(C) Inotrópico tipo Levosimendan e doses intermitentes de

furosemida.(D) Milrinona, sem dose de ataque, a 0,5 mcg/kg/min.(E) Inserção de suporte circulatório mecânico (Balão Intra-

aórtico) e encaminhamento a serviço terciário para Transplante Cardíaco.

04. Homem, 60 anos, é encaminhado ao pronto-socorro em virtude de estenose aórtica grave. O paciente nega qualquer limitação física e/ou sintoma cardiovascular. Ele ainda possui atividade trabalhista tipo braçal, e nega qualquer dispneia ou intolerância aos esforços. Ele nunca apresentou angina, síncope ou palpitações. Qual dos seguintes achados de exame físico causaria dúvida no diagnóstico inicial de “estenose aórtica grave”?

(A) Presença de sopro telessistólico (final da sístole), seguido por sopro diastólico 3x/6+ em foco aórtico.

(B) Pulso carotídeo parvus tardus.

(C) Presença de pressão arterial normal.

(D) Ictus cardíaco deslocado, impulsivo e palpável.

(E) Presença de componente aórtico (A2) na 2.ª bulha car-díaca.

05. Homem, 74 anos, com antecedente de Infarto do miocárdio de parede inferior, é levado ao pronto-socorro com taquicardia de complexo QRS largo. Ele encontra-se estável do ponto de vista hemodinâmico, sem sinais de insuficiência cardíaca e sem angina. Qual dos seguintes achados eletrocardiográficos indicaria o diagnóstico de taquicardia supraventricular com aberrância ao invés de taquicardia ventricular?

(A) Presença de ondas P diretamente relacionadas a cada complexo QRS.

(B) Bloqueio completo de ramo direito com padrão rsR’ (2.ª onda R > do que a 1.ª).

(C) Desvio do eixo QRS para 4.º quadrante (eixo entre –90º e –180º).

(D) Uma morfologia diferente do QRS em pacientes com bloqueio de ramo preexistente.

(E) História de cardiopatia estrutural.

06. No atendimento de um paciente com acidente vascular cere-bral isquêmico na fase aguda, pode-se afirmar que

(A) a hipotensão arterial é rara, porém deve ser prontamente revertida.

(B) a antibioticoprofilaxia é recomendada devido ao risco de aspiração pulmonar.

(C) a temperatura corporal elevada não é um fator relacionado com pior prognóstico.

(D) o decúbito do paciente deve ser mantido a 90 graus para reduzir as chances de edema cerebral precoce.

(E) as soluções glicosadas devem ser usadas de rotina a fim de evitar hipoglicemia.

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07. Um paciente com palpitações, por 8 dias, vem ao ambulatório de Cardiologia para 1.ª consulta com o ECG abaixo.

Qual(is) o(s) melhor(es) tratamento(s) inicial(is) para este caso?

(A) Cardioversão elétrica imediata.

(B) Aspirina infantil (81 a 162 mg) diária indefinidamente.

(C) Controle da resposta ventricular, anticoagulação e ad-missão hospitalar.

(D) Anticoagulação sistêmica seguida de cardioversão quí-mica (amiodarona ou propafenona).

(E) Admissão para coleta de marcadores cardíacos e ECG seriado.

08. Paciente, 75 anos, é admitido no hospital com intensa dor torácica e ECG abaixo.

Apresenta no exame físico, como única alteração, sopro diastólico aspirativo ++ no foco aórtico.

Assinale a alternativa correta.

(A) Pelo quadro clínico, angioplastia é a primeira opção, aceitando-se uma espera de até 60 minutos.

(B) O paciente deve receber trombolítico imediatamente, a não ser que tenha história de hemorragia prévia ou outras contraindicacões absolutas.

(C) Deverá, obrigatoriamente, ser realizado um Rx de tórax para excluir a presença simultânea de aortopatia aguda.

(D) Pela idade do paciente não há indicação para estratégia de reperfusão.

(E) Poderá ser encaminhado para laboratório de hemodinâ-mica para definição da(s) causa(s) de dor torácica.

09. Paciente, 45 anos, há três anos sofre de episódios de dor facial lancinante, de forte intensidade, exacerbada pelo toque. Já fez uso de diversos antiinflamatórios, sem melhora do quadro. Qual é a melhor conduta para este caso?

(A) Avaliação odontológica, radiografia da articulação tem-po ro-mandibular.

(B) Carbamazepina 1200 mg/dia, eletroneuromiografia.

(C) Carbamazepina 1200 mg/dia, monitorização da função hepática e do hemograma.

(D) Sumatriptano 6 mg subcutâneo, eletroneuromiografia.

(E) Sumatriptano 6 mg subcutâneo, RNM crânio.

10. Paciente, 25 anos, feminino, deu entrada no pronto-socorro com história de febre alta (39 ºC), dor lombar à esquerda e disúria há um dia. No exame físico, está em regular estado geral, taquicárdica e PA 70x50 mmHg. A alternativa com a melhor conduta para esta paciente é

(A) tratamento ambulatorial com quinolona, se houver melhora da pressão arterial com hidratação vigorosa, e coleta de urocultura.

(B) internação hospitalar, coleta de urocultura, ultrassono-grafia de rins e vias urinárias, hidratação vigorosa.

(C) internação hospitalar, coleta de urocultura, antibiotico-terapia endovenosa, hidratação vigorosa.

(D) tratamento ambulatorial com quinolona, se houver melhora da pressão arterial com hidratação vigorosa, e ultrassonografia de rins e vias urinárias.

(E) internação hospitalar, coleta de urocultura, antibioti-coterapia endovenosa, ultrassonografia de rins e vias urinárias.

11. Paciente, 20 anos, feminino, veio ao pronto-socorro queixan-do-se de formigamento no corpo, parestesia perioral e mãos endurecidas, após ter brigado com o namorado.

O exame neurológico é normal, exceto tetania nas mãos.

As alterações neurológicas nesse paciente se devem à:

(A) distúrbio psiquiátrico grave.

(B) diminuição temporária de um cátion no sangue.

(C) acidose respiratória.

(D) transtorno factício.

(E) transtorno psicogênico.

12. Paciente, 18 anos, masculino, com história de infecções pulmonares de repetição e diarreia crônica, com fezes em grande quantidade, brilhantes e mal-cheirosas, porém poucos episódios por dia. Nega puxo ou tenesmo.

Assinale a alternativa que contém a melhor associação com a doença em questão.

(A) A alteração intestinal tem origem no intestino grosso e corresponde à síndrome de má-absorção.

(B) O paciente poderá ter infertilidade por azoospermia.

(C) A deficiência de vitaminas hidrossolúveis faz parte da fisiopatologia da doença.

(D) Trata-se de herança autossômica dominante e cerca de 70% dos seus portadores apresentam a mutação ∆F508.

(E) O principal mecanismo responsável pelas infecções respiratórias é a degranulação de mastócitos e ativação de eosinófilos.

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13. Paciente hipertenso, diabético e portador de gota vem tendo descontrole da pressão arterial nos últimos meses. Faz uso de enalapril 20 mg/dia, já foi orientado para mudanças do estilo de vida. Depois de descartar causas secundárias para hipertensão, qual o anti-hipertensivo deverá ser associado, para ter o melhor efeito sinérgico, com menor chance de efeitos colaterais, e qual é a meta de nível pressórico para este paciente?(A) Antagonista do receptor de cálcio; PA < 130x80 mmHg.(B) Diurético; PA < 130x80 mmHg.(C) Beta-bloqueador; PA < 130x80 mmHg.(D) Antagonista do receptor de cálcio; PA < 125x75 mmHg.(E) Diurético; PA < 125x75 mmHg.

14. Paciente, 60 anos, grande tabagista, relata tosse seca há 6 meses e há 1 mês vem ocorrendo rouquidão e sua face e braços estão vermelhos e edemaciados. A principal hipótese diagnóstica e a conduta são:(A) neoplasia de pulmão; tomografia de tórax.(B) doença do refluxo gastroesofágico; pHmetria.(C) doença pulmonar obstrutiva crônica; prova de função

pulmonar.(D) tosse alérgica; testes alérgicos com dosagem de IgE.(E) neoplasia de laringe; laringoscopia.

15. Paciente, 80 anos, é portadora de síndrome demencial em investigação, depressão, dislipidemia e artrose nos joelhos. Faz uso de amitriptilina 25 mg, sinvastatina 20 mg, glico-samina 500 mg, condroitina 400 mg e codeina 30 mg. Qual das alternativas possui duas medicações que podem estar envolvidas com a piora cognitiva da paciente?(A) Amitriptilina e codeina.(B) Amitriptilina e sinvastatina.(C) Sinvastatina e codeina.(D) Glicosamina e condroitina.(E) Condroitina e codeina.

16. Paciente, 70 anos, no 2.º pós-operatório de cirurgia ortopé-dica por fratura de fêmur, apresenta hipoglicemia refratária à reposição de glicose hipertônica endovenosa, hipotensão, hiponatremia, fraqueza generalizada e dor abdominal de forte intensidade.Sua principal hipótese diagnóstica é:(A) insuficiência renal aguda com uremia.(B) insulinoma.(C) crise falcêmica.(D) insuficiência adrenal.(E) mixedema.

17. São causas de hipocalcemia acompanhadas de hiperparatiroi-dismo secundário, exceto,(A) deficiência de Vitamina D.(B) uso de medicamentos como quelantes de cálcio, bifos-

fonatos e cetaconazol.(C) resistência à ação do hormônio da paratireóide (PTH).(D) resistência à Vitamina D.(E) hipermagnesemia.

18. Entre as ações dos medicamentos utilizados para o tratamento do diabete melito do tipo 2, é correto afirmar que

(A) os miméticos do GLP1 diminuem o tempo de esvazia-mento gástrico e aumentam a secreção de glucagon.

(B) as sulfonilureias estimulam a secreção de insulina e inibem a produção hepática de glicose.

(C) as glitazonas inibem a produção hepática de glicose, suprimem a produção de ácidos graxos não esterificados e a perda de glicose na urina.

(D) os inibidores da alfa-glucosidase inibem a absorção de glicose intestinal e diminuem a secreção das incretinas.

(E) a metformina aumenta a sensibilidade hepática à insulina e diminui a produção hepática de glicose.

19. Em relação ao controle glicêmico intensivo em pacientes internados, é correto dizer que:

(A) em geral o uso de antidiabéticos orais pode e deve ser mantido durante o período de internação.

(B) a hipoglicemia associada ao tratamento intensivo não parece ser fator de risco independente para mortalidade.

(C) metas glicêmicas entre 140 e 180 mg/dL estão associadas a menor mortalidade e ocorrência de hipoglicemia.

(D) o uso de terapia intravenosa com insulina não está indi-cado em pacientes hemodinamicamente instáveis.

(E) o uso de insulina rápida subcutânea em doses fixas é superior e mais seguro que o esquema basal/bolus.

20. Mulher de 42 anos de idade com diabete melito insulino-dependente por 20 anos, apresenta retinopatia diabética, pro-teinúria e depuração de creatinina normal. A pressão arterial é de 164x108 mmHg e um discreto edema tibial é observado. A maneira mais eficiente de se preservar a função renal dessa paciente é:

(A) controle da pressão arterial com inibidores da ECA.

(B) dieta pobre em proteínas e diurético.

(C) controle da pressão arterial e dieta pobre em proteínas.

(D) controle rigoroso da glicemia e diuréticos.

(E) controle da pressão arterial com bloqueadores dos canais de cálcio.

21. Em relação à prolactina, pode-se afirmar, exceto, que

(A) o hipotálamo exerce um controle predominantemente inibitório sobre a secreção da prolactina.

(B) os valores de prolactina aumentam na menopausa em consequência da redução do estrogênio.

(C) a hiperprolactinemia persistente no homem acarreta queda na testosterona circulante.

(D) a secreção de prolactina é pulsátil e variável, com valores maiores durante o sono.

(E) a hiperprolactinemia persistente reduz a secreção de GnRH.

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22. O gráfico mostra quatro situações de excreção renal de sódio em relação à pressão arterial renal. As curvas que representam uma expansão de volume extracelular e uma baixa ingestão de sódio são, respectivamente:

(A) 2 e 3.(B) 1 e 4.(C) 1 e 3.(D) 2 e 4.(E) 3 e 4.

23. Com relação aos indivíduos que são submetidos à cirurgia bariátrica, pode-se afirmar que:(A) aproximadamente 15 a 30% sofrem de diabetes melito

do tipo 2 que é resolvido em 84 a 98% pelas cirurgias com bypass ileal e 48 a 68% pelas cirurgias restritivas.

(B) a glicemia melhora devido à restrição calórica e a uma diminuição dos hormônios gastrointestinais.

(C) a hipoglicemia é uma complicação rara desse procedi-mento, pois a grelina que é secretada, principalmente pelo fundo gástrico e intestino proximal, está aumentada e inibe a secreção de insulina.

(D) a melhora da glicemia é proporcional à redução do peso.(E) é um procedimento que pode ser indicado em qualquer

tipo de diabetes, pois o comprometimento do eixo en-troinsuliar é característico da condição diabética.

24. Com relação ao diabetes melito do tipo 2, qual das afirmações não está correta?(A) Glicotoxicidade, lipotoxicidade e formação amilóide

concorrem para a disfunção da célula beta.(B) Polimorfismos nos genes para calpaina 10, PPAR-gama,

KCNJ11 e TCF7L2 podem estar envolvidos na predis-posição genética da doença.

(C) A produção hepática de glicose no diabetes melito do tipo 2 está diminuída e é responsável pela tendência à hipoglicemia noturna é hiperglicemia de jejum.

(D) Aumento dos ácidos graxos não esterificados, citoquinas inflamatórias, adipoquinas e disfunção mitocondrial concorrem para o desenvolvimento da resistência à ação da insulina.

(E) Aproximadamente 25% dos indivíduos normais podem ter sensibilidade à insulina tão baixa como as encontradas nos indivíduos com diabetes melito do tipo 2.

25. Paciente, sexo feminino, 27 anos, procura atendimento médico pois está com cansaço e desânimo há 8 meses. Refere sono não reparador e dor constante no corpo que piora quando faz atividades físicas. Refere também que há 4 meses tem dor abdominal acompanhada de fezes líquidas que duram 4 dias e retornam em ciclos a cada 2 semanas. A dor melhora com a evacuação. Nega perda de peso. Nega sintomas noturnos. Passou em um gastroenterologista que receitou dieta rica em fibras, mas não houve melhora da dor abdominal e evoluiu com eructação e flatulência.

Em relação ao caso, assinale a alternativa correta.

(A) O diagnóstico de fibromialgia nessa paciente descarta a possibilidade de síndrome do intestino irritável.

(B) Pelos critérios de ROMA III, não se pode afirmar que a paciente tem síndrome do intestino irritável já que não interfere nas atividades diárias.

(C) Neste caso deve-se procurar por sinais de alerta como anemia, sintomas noturnos, história familiar de câncer de cólon e dispareunia antes de fechar o diagnóstico de síndrome do intestino irritável.

(D) Devem-se solicitar hemograma, VHS e PCR como con-duta inicial.

(E) A piora dos sintomas com uso de fibras insolúveis des-carta a possibilidade de síndrome do intestino irritável.

26. Paciente, sexo feminino, 44 anos, vem ao pronto-socorro enca-minhada pela unidade básica de saúde, com queixa de dor ab-dominal há 1 dia. Refere que a dor é de forte intensidade (nota 9 em 10), na região superior do abdome à direita, em faixa, com irradiação para as costas, acompanhada de náuseas e vômitos. Paciente é obesa (IMC=39,7), hipertensa e sedentária. Tem 3 filhos. Faz uso de captopril e anticoncepcional oral. Ao exame: PA 120x70 mmHg FC 110 bpm sat 02 92% Abdome globoso, doloroso à palpação superficial e profunda, descompressão brusca negativa, RHA presentes. Trouxe exames que fez hoje no posto de saúde: Hb 16,9 g/dL Htc 48,2% leucograma 18 600 (0 bastões/84 segmentados) plaquetas 289 000, amilase 564, lipase 1020, Creatinina1,1, Ureia 68, sódio 142, potássio 4,2, TGO/AST 108.

Qual é a conduta inicial mais adequada?

(A) Hidratação com soro glicofisiológico, controle da dor com antiinflamatórios e analgésicos comuns, profilaxia para úlcera de estresse e TVP, jejum oral.

(B) Hidratação com soro fisiológico, controle da dor com antiinflamatórios e analgésicos comuns, oxigênio suple-mentar para manter a saturação de O2 ≥ 95%, profilaxia para TVP e jejum oral.

(C) Hidratação com colóides, controle da dor com morfina, monitorização em unidade de terapia intensiva, profilaxia para TVP e dieta líquida, via oral, sem resíduos.

(D) Hidratação com soro glicofisiológico, controle da dor com opióides, profilaxia para úlcera de estresse e dieta líquida, via oral, sem resíduos.

(E) Hidratação com soro fisiológico, controle da dor com morfina, oxigênio suplementar para manter a saturação de O2 ≥ 95%, profilaxia para TVP e dieta enteral por sonda nasojejunal.

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27. Em relação ao caso clínico citado na questão anterior, quais exames complementares você pediria neste momento inicial?

(A) Bilirrubinas totais e frações, cálcio total e ionizável, atividade de protrombina e ultrassom endoscópico.

(B) Bilirrubinas totais e frações, DHL, VHS, glicemia, ati-vidade de protrombina e albumina.

(C) Glicemia, cálcio total e ionizável, gasometria venosa , PCR e Tomografia de abdome.

(D) Gasometria venosa, PCR, AST/TALT, albumina e CPRE (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada).

(E) Glicemia, DHL, AST/TALT, PCR e ultrassom de abdome.

28. Qual dos pacientes tem indicação para realizar endoscopia digestiva alta ?

(A) Paciente, 55 anos, com queixa de dispepsia há1 mês, sem perda de peso ou história familiar de câncer gástrico.

(B) Paciente, 20 anos, com queixa de dispepsia há 6 meses, com sorologia para H. pylori positivo.

(C) Paciente, 35 anos, com queixa de dispepsia há 1 ano, com história familiar de câncer de cólon.

(D) Paciente, 44 anos, com queixa de dispepsia há 3 meses, em uso de antiinflamatório não hormonal.

(E) Paciente, 40 anos, com queixa de dispepsia há 6 meses e história familiar de úlcera gástrica perfurada.

29. Paciente, 52 anos, sexo masculino, vem ao pronto atendimen-to, trazido pela filha, pois está com o olho amarelado. A filha refere que há 2 dias notou que o pai estava com o olho ama-relado, mas o que a motivou a levá-lo ao médico foi o fato de ele estar muito sonolento e com períodos de confusão mental. Nega internações ou cirurgias e uso de medicações. É tabagista há 35 anos (70 anos/maço) e etilista há 20 anos. Ao exame: emagrecido, ictérico 3+/4+, descorado e desidratado, ausculta cardíaca sem alterações. MV+ bilateral diminuído nas bases. Abdome globoso, fígado a 3cm RCD e doloroso à palpação, presença de ascite. Edema nos membros inferiores.

Exames complementares: leucograma 17 000, TGO 260, TGP 74, BT 15,1 mg/dL (direta 9,5), FA 355, Cr 0,7, RNI 1,55. Foi calculado índice de Maddrey= 28,3 e Escore de MELD (Model for End Stage Liver Disease)= 21.

Qual é a melhor conduta?

(A) Prednisolona VO 40 mg/1x/dia, por 28 dias, abstinência alcoólica e dieta enteral.

(B) Infliximab 5 mg/kg IV em 2 horas , abstinência alcoólica, lactulose 20 mL 3x/dia.

(C) Abstinência alcoólica, furosemida 40 mg + espironolac-tona 100 mg/dia, dieta hipossódica.

(D) Abstinência alcoólica, pentoxifilina 400 mg VO 2 x/dia, paracentese diagnóstica.

(E) Transplante hepático já que apresenta doença hepática em fase avançada.

30. Homem, 35 anos, sedentário, obeso, tabagista, vem ao seu consultório pedindo uma segunda opinião. Passou recente-mente com clínico geral, pois tinha sintomas de queimação retroesternal com sensação de refluxo, precipitado por co-midas gordurosas e ao deitar. Realizou endoscopia digestiva alta que estava normal. Foi diagnosticada doença do refluxo gastroesofágico e medicado com omeprazol 40 mg VO, de 12 em 12 h, sem melhora dos sintomas.Qual a sua orientação para esse paciente?(A) Orientar o paciente que deverá parar com as medicações já

que não há sinais de esofagite na endocopia digestiva alta.(B) Explicar para o paciente que o diagnóstico está incorre-

to já que não houve melhora dos sintomas com uso de omeprazol em dose alta.

(C) O diagnóstico mais provável é doença do refluxo gastro-esofágico e o paciente deve ser submetido a manometria.

(D) Deve ser associado ao tratamento ranitidina 150 mg à noite já que não houve resposta inicial ao inibidor de bomba de prótons.

(E) Deve ser associado metoclopramida antes das refeições como terapia adjuvante da doença do refluxo gastroesofágico.

31. Paciente com diagnóstico recente de cirrose hepática de etiologia alcoólica foi internado na enfermaria de clínica médica em virtu-de de ascite. Refere que parou o consumo de bebidas alcoólicas há 6 meses. Nega outras comorbidades e não faz uso de qualquer medicação. Na enfermaria, foi realizado paracentese que revelou: gradiente albumina soro-ascite >1,1g/dL, proteínas totais 0,9 g/dL e 200/mm3 de polimorfonucleados. Exames séricos: sódio115 (sem sintomas) Cr 0,5 K 4,2 Ur 36.Qual o melhor tratamento para o caso?(A) Ceftriaxona 1g IV 12/12 h, dieta hipossódica e paracen-

tese de alívio se necessário.(B) Dieta hipossódica, restrição hídrica e profilaxia com

norfloxacino 400 mg/dia. (C) Furosemida 40 mg + espironolactona 100 mg/dia e res-

trição hídrica.(D) Ciprofloxacino 500 mg VO, 12/12 h e, posteriormente,

profilaxia com ciprofloxacino 750 mg 1x por semana.(E) Lactulona 20 mL VO 3 x/dia para profilaxia de encefa-

lopatia hepática e dieta hipossódica.

32. Em relação ao paciente da questão anterior, assinale a alter-nativa correta.(A) Se a alfafeto proteína e o ultrassom de abdome estiverem

alterados, o melhor exame para diagnóstico de hepato-carcinoma é a TC helicoidal.

(B) Se o paciente não apresentar varizes de esôfago na en-doscopia digestiva alta, ela só deve ser repetida se houver descompensação aguda.

(C) É aconselhado realizar exame neurológico minucioso para detecção de encefalopatia hepática mínima nesse paciente, apesar dela não alterar a sua qualidade de vida.

(D) O paciente deve ser vacinado contra Hepatite A e B, mas não há indicação de vacinação contra pneumococo, já que a resposta vacinal declina após 6 meses da inoculação.

(E) Não há indicação de transplante hepático, já que foi a primeira complicação que resultou em internação para esse paciente.

8UFSP0902/06-EspecialidadesClínicas

33. Num quadro de retocolite ulcerativa em atividade, qual me-dicação não deve ser utilizada?

(A) infliximab.

(B) Azatioprina.

(C) Ciclofosfamida.

(D) Metotrexate.

(E) Prednisona.

34. Dos achados histopatológicos característicos de hepatite crônica pelo HBV, destaca(m)-se:

(A) proliferação ductular.

(B) agregados linfóides.

(C) fibrose pericelular.

(D) congestão de zona 3.

(E) hepatócitos com aspecto de vidro fosco.

35. Sobre a gripe e sua importância para a população idosa, é falso afirmar que

(A) a vacina é a melhor tecnologia disponível para a preven-ção da influenza e suas consequências, proporcionando redução da morbidade, diminuição do absenteísmo no trabalho e dos gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.

(B) o vírus influenza é disseminado pelas vias respiratórias, transmitidos por meio de gotículas ao falar, espirrar ou tossir. Apesar de a transmissão entre os seres humanos ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta de animais (aves e suínos) para o homem.

(C) a influenza (gripe) é uma doença infecciosa aguda de natu-reza viral, altamente contagiosa. Estima-se que aproximada-mente 600 milhões de pessoas/ano apresentam um episódio de gripe (OMS). O período de transmissibilidade pode variar de 10 dias antes a 30 dias depois do início dos sintomas.

(D) a vacina é composta pela proteína da matriz e pelos antígenos de superfície, estando ausente o envoltório lipídico. Não é capaz de causar gripe. A vacina é de alta imunogenicidade e baixa teratogenicidade, portanto com boa eficácia e tolerabilidade.

(E) como o vírus sobrevive no meio ambiente (mãos, tecidos, superfícies porosas, etc.), por tempo variável, a trans-missão pode ser evitada por meio de práticas simples de higiene como, por exemplo, lavando-se as mãos e arejando o ambiente.

36. Qual destes medicamentos é apropriado para idosos de acordo com os critérios de Beers-Fick?

(A) Metildopa.

(B) Propranolol.

(C) Diazepan.

(D) Diltiazen.

(E) Fluoxetina.

37. Chega ao seu consultório um senhor de 97 anos, que nunca passou em consulta médica antes e gostaria de uma ava-liação com o geriatra. Na consulta, você quer avaliar a sua funcionalidade aplicando a escala de Lawton (atividades instrumentais de vida diária). Qual das alternativas contém uma das atividades avaliadas pela escala?

(A) Se ele toma banho sem ajuda.

(B) Se ele mora sozinho.

(C) Se ele é capaz de viajar sozinho.

(D) Se ele pode dirigir um carro.

(E) Se ele é capaz de usar um telefone sozinho.

38. Um senhor, 71 anos, perdeu sua esposa há seis meses. Apre-senta dor nos pés por neuropatia diabética, sono ruim, astenia e muita frustração por dificuldade de manter sua “diabetes controlada”. O paciente negava tristeza, ideação suicida e referia diminuição do interesse em realizar suas atividades habituais. Tinha diminuição do apetite, porém negou perda de peso. Não apresentava alterações importantes no exame físico. A avaliação cognitiva mostrou um mini exame do estado mental limítrofe e funcionalidade preservada. Com relação a este caso, a conduta mais apropriada é:

(A) O paciente apresenta pseudodemência e deve ser iniciado tratamento com antidepressivos e anticolinesterásicos.

(B) Encaminhar imediatamente para o endocrinologista para avaliação e tratamento do diabetes.

(C) Iniciar tratamento com anticolinesterásicos, pois trata-se de doença de Alzheimer, de acordo com a avaliação cognitiva.

(D) O paciente está no período de luto, o que é normal para esta faixa etária, não estando indicado antidepressivo.

(E) O paciente apresenta quadro clínico de depressão e deve ser iniciado tratamento com inibidor da recaptação da serotonina.

39. Dentre as medidas apresentadas, qual não é efetiva para pre-venção de delirium?

(A) Mobilização precoce.

(B) Orientação e estímulo cognitivo.

(C) Redução do ruído noturno.

(D) Passar acesso central para evitar punções repetidas.

(E) Uso de óculos e aparelhos auditivos.

9 UFSP0902/06-EspecialidadesClínicas

40. Paciente, 67 anos, do sexo feminino, com diagnóstico de mieloma múltiplo, estadio clínico IIIA de Durie e Salmon e isotipo IgG kappa. A paciente não apresenta outras comorbi-dades. Em relação ao tratamento, pode-se afirmar que

(A) talidomida/dexametasona é boa opção como terapia de indução, devendo ser seguida de consolidação com transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas.

(B) talidomida/dexametasona é boa opção como terapia de indução, devendo ser seguida de consolidação com transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas.

(C) melfalano/prednisona/talidomida é boa opção como tera-pia de indução, devendo ser seguida de consolidação com transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas.

(D) a conduta deverá ser expectante, pois a paciente não apresenta comprometimento da função renal.

(E) a conduta deverá ser expectante, por tratar-se de paciente idosa com doença incurável.

41. Paciente do sexo feminino, 69 anos, queixa-se de cansaço há seis meses. Procurou médico que pediu os seguintes exames: Hb = 10,5g/dL, VCM = 110 fL; RDW = 17%; Leucócitos = 2 500/mm3 com diferencial normal, mas com neutrófiloshiposegmentados e hipogranulares; Plaquetas = 110 000/mm3. Diante desse quadro, a hipótese mais provável e a conduta in-vestigatória que deverá incluir são, correta e respectivamente,

(A) anemia de doença crônica; avaliação da doença de base com troca de medicamentos e transfusão sanguínea se necessário.

(B) anemia ferropriva; dosagem de ferro sérico, capacidade de ligação e ferritina, eventualmente ferro medular.

(C) síndrome mielodisplásica; dosagem de ácido fólico e B12; reticulócitos, mielograma, biópsia de medula óssea, cariótipo da medula e eventualmente imunofenotipagem.

(D) anemia por hemoglobina instável; avaliação de eletrofo-rese de hemoglobina, perfil de anticorpos eritrocitários.

(E) anemia megaloblástica; dosagem de ácido metilmalônico e fosfatase alcalina de neutrófilos.

42. Paciente do sexo masculino, 48 anos, pedreiro, procura médico por queixa de fraqueza há 15 dias e aparecimento de febre e sangramento nasal há 3 dias. No exame físico: descorado ++/4+, anictérico, acianótico, febril, FC =108bpm, PA = 120x80 mmHg, sopro pancardíaco, baço a 2 cm do rebordo costal esquerdo e petéquias em membros inferiores. Diante deste quadro, as hipóteses mais prováveis são:

(A) leucemia aguda ou anemia aplástica.

(B) mielofibrose na fase de esgotamento ou hemoglobinúria paroxística noturna.

(C) leucemia mielóide crônica ou síndrome mielodisplásica em crise blástica.

(D) meningite infecciosa ou infecção por parvovírus.

(E) fase aplástica de esferocitose ou de G6PD.

43. Paciente, 19 anos, pratica atletismo desde os 16 anos, refere cansaço e dificuldade de manter treinamento há cerca de 6 meses, o que se acentuou há 15 dias. Relata equimoses aos pequenos traumas e epistaxes frequentes na infância até os 8 anos. Paciente é vegetariana por convicção filosófica, porém consome lácteos e ovos. Menarca aos 13 anos, ciclos irregulares, com fluxo aumentado, o que melhorou com uso de contraceptivo oral iniciado aos 18 anos. Nuligesta. Ao exame físico: palidez cutâneo-mucosa discreta, sem adenomegalia ou visceromegalia. Equimose em panturrilha esquerda.

Exames laboratoriais:

Hemograma: Hb = 9,8g/dL, Ht = 27%, VCM = 72fL, HCM = 30pg, CHCM = 24g/dL, Leucócitos = 6 400/mm3 com diferencial normal, plaquetas = 560 000/mm3, reticulócitos = 32 000/mm3.

Coagulograma: TS de Duke = 5,5 minutos; RNI = 1,05; TTPA = 1,58; TTPA com adição de plasma normal = 1,12; Fibrinogênio = 3,2 g/dL.

Com relação ao caso clínico, pode-se afirmar que

(A) a anemia é ferropriva, secundária a sangramento, e o estudo da agregação plaquetária mostrará redução da agregação induzida por ristocetina e normal com colá-geno, ADP e adrenalina.

(B) o diagnóstico mais provável é anemia ferropriva por sangramento decorrente de deficiência de fator V ou X.

(C) a anemia é ferropriva, secundária a sangramento, por deficiência de fatores de coagulação vitamina K depen-dentes, já que a paciente é vegetariana.

(D) o diagnóstico mais provável é anemia ferropriva por san-gramento decorrente de deficiência de fator VIII, IX ou XI.

(E) o diagnóstico mais provável é anemia ferropriva por sangramento decorrente de trombopatia hereditária.

44. Em relação às doenças linfoproliferativas relacionadas ao vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), é correto afirmar que

(A) o linfoma de Hodgkin relacionado ao HIV se apresenta mais comumente na população com SIDA e CD4 abaixo de 50. O uso da terapia antiretroviral combinada não alterou a incidência dessa entidade.

(B) os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são doenças defini-doras da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), geralmente relacionados ao vírus Epstein-Barr (EBV) e se apresentam com prognóstico extremamente ruim.

(C) o linfoma não-Hodgkin de efusão está relacionado ao vírus EBV e é a segunda neoplasia mais comum na população com SIDA, perdendo apenas para o Sarcoma de Kaposi.

(D) o linfoma de Hodgkin não é uma doença definidora da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), geral-mente está relacionado ao EBV e se apresenta na maioria dos casos em estágio avançado e com sintoma B (estadio III e/ou IV).

(E) o tratamento das doenças linfoproliferativas relacionadas ao HIV deve ser com doses reduzidas e a terapia antire-troviral combinada deve ser, na vasta maioria dos casos, descontinuada, devido ao risco maior de citopenias.

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45. Com relação à Leucemia Linfóide Crônica-B, assinale a alternativa correta.

(A) Leucocitose às custas de linfócitos clonais que apresen-tam o fenótipo CD3+ / CD4+ / CD5+.

(B) Linfocitose às custas de células de aspecto maduro com imunofenótipo CD19+ / CD5+ e forte expressão de imunoglobulinas na superfície celular.

(C) O diagnóstico independe do valor absoluto de linfócitos, porém as células leucêmicas devem apresentar clonalida-de demonstrada pela restrição de uma das cadeias leves e com fenótipo habitual CD5+ / CD10+ / CD23–.

(D) Linfócitos clonais são de tamanho médio e aspecto mor-fológico de pró-linfócitos, com presença de um único nucléolo evidente na maioria das células.

(E) Presença de linfocitose clonal, com fenótipo CD19+ / CD5+ / CD23+ em quase todos os casos.

46. Adolescente, 16 anos, feminina, com antecedente de trombo-se venosa profunda (TVP) espontânea, de membro inferior esquerdo ocorrida há 4 meses. No momento encontra-se anti-coagulada com warfarina. Antecedente familiar: mãe e irmã mais velha com história de TVP recorrente. Para essa paciente, é correto afirmar quanto à investigação de trombofilia que

(A) devido à história familiar de trombose venosa, será des-necessário excluir a presença de síndrome do anticorpo antifosfolípide.

(B) a pesquisa de deficiência de antitrombina deverá ser feita por método cromogênico, pois a warfarina interfere na dosagem se realizada por método imunológico.

(C) mesmo na ausência de trombofilia hereditária conhecida, o uso de contraceptivo oral não deverá ser recomendado futuramente.

(D) a dosagem de fator V e a pesquisa da mutação G20210A do gene da protrombina são recomendadas e poderão ser realizadas mesmo durante o uso de warfarina.

(E) na presença de defeito combinado, como deficiência de antitrombina e proteína S, a razão normalizada interna-cional (RNI) deverá ser mantida acima de 4.

47. Em relação à monitoração dos anticoagulantes, é correto afirmar que

(A) o tempo de trombina, por ser bastante sensível à presença de heparina, é o teste de escolha para a sua monitoração.

(B) a dosagem de fibrinogênio é bastante sensível à pre-sença de anticoagulantes orais antagonistas da vitamina K, reduzindo-se diante de concentrações séricas muito baixas dessas drogas.

(C) o tempo de tromboplastina parcial ativado pode prolon-gar-se em usuários de anticoagulantes orais antagonistas da vitamina K devido à queda dos fatores II, IX e X.

(D) o tempo de protrombina é o teste de escolha para moni-torar os anticoagulantes orais antagonistas da vitamina K, prolongando-se devido à queda dos fatores II, IX e X.

(E) a medida do anti-fator X ativado é utilizado para moni-torar a heparina de baixo peso molecular na maioria de suas indicações.

48. Paciente masculino, 77 anos, hipertenso, dislipidêmico e com carcinoma de pulmão não–pequenas células avançado, metastático para osso. Internado para tratamento de infecção urinária, recebendo antibioticoterapia de acordo com uro-cultura e antibiograma, afebril há 72 horas. Obstipado há 4 dias, evolui com sonolência progressiva, sem outros sinais neurológicos presentes e hemodinamicamente estável. Qual das alternativas expõe a justificativa mais provável para o quadro descrito?(A) Sepse.(B) Acidente vascular cerebral.(C) Edema secundário à metástase cerebral.(D) Hipercalcemia.(E) Síndrome paraneoplásica neurológica.

49. Qual dos testes permite diferenciar a deficiência dos fatores vitamina K dependentes da Coagulação Intravascular Disse-minada (CIVD)?(A) Prolongamento do tempo de tromboplastina parcial

ativada.(B) Redução do fator X.(C) Prolongamento do tempo de protrombina.(D) Deficiência de protrombina.(E) Redução do fator V.

50. Em um paciente com AIDS, são considerados fatores de pior prognóstico na evolução da doença criptocócica, exceto,(A) elevada carga de fungos no líquor (LCR).(B) ausência de resposta inflamatória no LCR (< 20 céls/mm3).(C) alterações do estado de consciência no início da apresen-

tação clínica.(D) imunossupressão avançada (linfócitos T CD4 < 50 céls/mm3).(E) títulos da reação do látex no LCR > 1:8.

51. Um paciente com AIDS, em uso de terapia antirretroviral com estavudina, didanosina e efavirenz procura o pronto-socorro porque começou a apresentar náusea não relacio-nada à alimentação e/ou medicação, fadiga, dor abdominal e mialgia generalizada há 2 semanas. Das situações clínicas apresentadas, assinale aquela que provavelmente representa a possível causa do quadro clínico e o exame laboratorial que você solicitaria para confirmar o seu diagnóstico.(A) Litíase biliar, ultrassom de vias biliares.(B) Insuficiência renal, dosagem de creatinina sérica.(C) Insuficiência hepática, dosagem de albumina sérica.(D) Acidose láctica, dosagem de lactato sérico.(E) Miopatia, dosagem de creatino-fosfoquinase sérica.

52. Os três principais critérios para avaliar a indicação de trata-mento da hepatite B crônica são:(A) Fosfatase alcalina, ALT e grau de fibrose hepática.(B) AST, GGT e Carga viral do HBV.(C) Idade, AST e ALT.(D) ALT, carga viral do HBV e grau de fibrose hepática.(E) Idade, AST e Carga viral do HBV.

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53. Em relação à indicação do início do tratamento antirretroviral, qual assertiva é verdadeira?(A) Indivíduos com número de células CD4 menor que

200/mm3, mas sem infecções oportunistas, não necessi-tam de antirretrovirais.

(B) Carga viral do HIV acima de 30 000 cópias/mL é critério suficiente para indicação do início de antirretrovirais.

(C) Número de células CD4 menor que 600/mm3 indica o início de antirretrovirais.

(D) O diagnóstico de infecções oportunistas é suficiente para o início do tratamento antiretroviral, independentemente da quantidade de células CD4.

(E) O diagnóstico de herpes zoster é indicação para o início de tratamento antirretroviral.

54. Uma paciente, 60 anos, hipertensa, em uso de captopril 75 mg/dia procura o pronto-socorro, referindo quadro de febre alta e indisposição há 2 dias. Refere ter feito uso prévio de dipirona e amoxicilina porque estava com muita dor no “joanete”. No exame físico, além da febre, foi notado um abscesso em hálux direito. O hemograma revela Hb = 12 mg/dL, HtC = 36%, leucócitos = 350 cél/mm3, plaquetas = 160 000 cél/mm3. Dos agentes antimicrobianos, assinale o regime terapêutico mais adequado.(A) Ampicilina/sulbactam.(B) Cefepima.(C) Oxacilina.(D) Ceftazidima.(E) Ceftriaxona.

55. Quando uma infecção de corrente sanguínea relacionada ao uso de cateter venoso central é diagnosticada, das situações apresentadas, qual é aquela em que o cateter venoso central não deveria ser necessariamente retirado?(A) Quando Staphylococcus epidermidis é identificado como

o agente etiológico.(B) Endocardite.(C) Hemocultura positiva 72h após a introdução da antibio-

ticoterapia.(D) Quando Enterococos faecalis é identificado como o

agente etiológico.(E) Tromboflebite supurativa.

56. Paciente transplantada renal (doador cadáver), há quatro meses, recebe como esquema imunossupressor prednisona, tacrolimus e azatioprina. Há quatro dias, apresenta quadro de náusea, vômito, dor abdominal periumbilical e diarreia. Durante a internação, a paciente passa a ficar febril e apre-senta aumento importante da creatinina. A hemocultura e a coprocultura são negativas e o exame protoparasitológico de fezes não evidencia nenhum patógeno. A colonoscopia é realizada e mostra sinais compatíveis com ileíte terminal. O quadro apresenta como provável agente etiológico:(A) metapneumovírus.(B) citomegalovírus.(C) adenovírus.(D) rinovírus.(E) vírus coxsackie A.

57. Um paciente, 20 anos, é internado na UTI devido a um trau-matismo crânio-encefálico por um acidente automobilístico. No sétimo dia de internação, é diagnosticada uma pneumonia de etiologia hospitalar e Klebsiella pneumoniae é identificada na hemocultura. O laboratório de microbiologia indica que essa amostra bacteriana é produtora de betalactamase de es-pectro ampliado. Assinale a melhor opção terapêutica para o tratamento desse paciente.

(A) Meropenem.

(B) Cefepima.

(C) Ticarcilina.

(D) Ceftazidima.

(E) Aztreonam.

58. Uma paciente, 20 anos, refere ter retornado de uma viagem à Bahia, há quatro dias. Há dois dias apresenta quadro de febre alta, cefaleia retro-orbital bilateral, de forte intensidade e mialgia generalizada. O exame físico não apresenta alterações. O médico residente suspeita de dengue e solicita o hemogra-ma, que evidencia: Hb = 13 mg/dl, HtC = 37%, leucócitos = 5 500 cél/mm3, plaquetas = 110 000 cél/mm3. A confirmação do diagnóstico nesta fase da doença e o local de tratamento desta paciente devem ser respectivamente:

(A) sorologia; domiciliar.

(B) cultura do vírus a partir da secreção de rinofaringe; hos-pitalar.

(C) cultura do vírus a partir do sangue e fezes; domiciliar.

(D) sorologia; hospitalar.

(E) cultura do vírus a partir do sangue e fezes; hospitalar.

59. Após várias revisões sistemáticas, demonstrando ausência de efeito significativo do stent revestido sobre o não revestido na mortalidade do infarto miocárdio, publica-se um estudo prospectivo comparando os dois dispositivos, com pequena vantagem para o stent revestido, acompanhado da afirmação de que o seguimento dos casos prospectivamente, retrata o mundo real. Pode-se afirmar que você

(A) opta pelos stents não revestidos porque é mais importante economizar.

(B) opta pelo stent revestido por ter base em boas evidências científicas.

(C) entende que neste caso uma revisão sistemática tem nível de evidências mais confiável do que um estudo prospectivo de coorte.

(D) segue a conduta tradicional de seu colegas.

(E) opta pela conclusão dos estudos que tem melhor signi-ficância estatística.

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60. Estudante é trazido ao PS com taquicardia venticular refratária ao tratamento habitual. Há informações de que ingeriu muita bebida alcoólica que possivelmente continha anfetamina. Pode-se afirmar que

(A) o uso de glicose hepertônica deve solucionar o problema.

(B) é necessário afastar hiperaldosteronismo secundário.

(C) deve haver bloqueio atrioventricular pela anfetamina.

(D) a taquicardia ventricular deve ter causa predominante-mente central, por ação de uma das drogas.

(E) o paciente pode ter hipomagnesemia induzida pelo álcool.

61. Você quer saber se parar de fumar aumenta a sobrevida do paciente que teve infarto do miocárdio. O desenho de estudo mais adequado para fornecer boas evidências para esta res-posta é

(A) uma revisão sistemática de ensaios clínicos rando-mizados.

(B) uma metanálise de estudos de coortes.

(C) um estudo de coortes.

(D) uma revisão sistemática de estudos de coortes.

(E) Uma metanálise de séries de casos, acima de 10 000 casos.

62. Um anticorpo monoclonal mostrou-se superior ao placebo, no tratamento da Sepse grave. Para incluí-lo na sua rotina terapêutica, você gostaria de saber

(A) se as séries de casos apresentados na literatura têm poucas perdas de seguimento.

(B) da qualidade das evidências apresentadas por estudos de coorte e se há conflitos de interesse.

(C) se estudos observacionais são as melhores evidências que apoiam o tratamento.

(D) se o tratamento é considerado mais efetivo, eficiente e seguro que o tratamento habitual, por revisões sistemá-ticas independentes.

(E) duas alternativas estão corretas.

63. Mulher com 55 anos de idade, há 8 meses com quadro de urgência miccional e polaciúria (idas diurnas ao toalete su-periores a 10). Ausência de comorbidades ou outra sintoma-tologia associada. O diagnóstico e a opção terapêutica mais provável são, respectivamente,

(A) cálculo vesical e litotripsia extracorpórea.

(B) síndrome da bexiga hiperativa e anticolinérgico.

(C) infecção urinária recorrente e antibioticoterapia.

(D) tumor vesical e ressecção transuretral da bexiga.

(E) síndrome da bexiga hiperativa e alfabloqueador.

64. Na doença de Parkinson, o parâmetro urodinâmico mais frequente em casos de disfunção vesical é

(A) hiperatividade detrusora durante a fase de esvaziamento.

(B) hipocontratilidade do detrusor na fase de esvaziamento.

(C) obstrução infravesical.

(D) incontinência urinária de esforço.

(E) fase de enchimento estável.

65. Aneurisma de artéria cerebral comunicante posterior, quando expande ou sangra, costuma comprimir o

(A) V nervo craniano.

(B) IV nervo craniano.

(C) III nervo craniano.

(D) VI nervo craniano.

(E) VII nervo craniano.

66. Assinale a alternativa correta.

(A) Hematúria não é apresentação frequente da síndrome nefrítica.

(B) A presença do ANCA é comumente encontrada nas glo-merulonefrites causadas pela poliangeíte microscópica e pela granulomatose de Wegener.

(C) A remissão clínica da disfunção renal na nefrite lúpica não tem relação com a melhora do prognóstico da doença a longo prazo.

(D) A biópsia renal geralmente não está indicada nos portado-res de síndrome nefrótica, já que não oferece diferenças significantes no tratamento.

(E) A insuficiência renal aguda provocada pela nefrotoxicida-de dos contrastes iodados é predominantemente oligúrica.

67. Qual dos fatores de risco apresentados a seguir não está asso-ciado à ocorrência de insuficiência renal aguda por contraste?

(A) Hipoalbuminemia.

(B) Cirrose hepática.

(C) Insuficiência cardíaca.

(D) Obesidade.

(E) Volume de contraste iodado administrado.

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68. Qual o elemento fisiopatológico mais importante na síndrome cardio-renal em pacientes com insuficiência cardíaca aguda descompensada?

(A) Síndrome de baixo débito cardíaco e perfusão renal ruim.

(B) Hipertensão venosa sistêmica com elevação de pressão venosa central.

(C) Insuficiência renal iatrogênica (medicamentos nefro-tóxicos).

(D) Hipertensão arterial sistêmica não controlada.

(E) Piora de doença renal pré-existente (doença renovascular).

69. Sobre a nefrolitíase, assinale a alternativa incorreta.

(A) O sexo masculino é mais acometido que o sexo feminino.

(B) Os fatores metabólicos envolvidos na litogênese urinária, como alterações funcionais renais e doenças sistêmicas, são dificilmente encontrados.

(C) São fatores predisponentes: excesso de proteína e sal na dieta, redução da ingestão de líquidos ao longo do dia e história familiar positiva.

(D) Nos cálculos menores <4 mm a conduta deve ser expec-tante e acima de 6 mm, a necessidade de intervenção urológica é provável.

(E) Os cálculos de localização piélica ou calicial podem apresentar pouco ou nenhum sintoma.

70. O principal mecanismo que leva à perda de função renal na hipertensão arterial é

(A) hiperfiltração glomerular.

(B) hipertensão glomerular.

(C) isquemia.

(D) fibrose intersticial.

(E) esclerose glomerular.

71. Quando abordamos um paciente com demência, devemos ter em mente que a causa mais prevalente é a doença de Al-zheimer. No entanto, existem outras etiologias que devem ser lembradas quando estão presentes e são chamadas de sinais de alarme. Dentre os casos relatados, qual deles está incorreto em relação ao seu padrão clínico e sinais de alarme?

(A) Presença de alterações psiquiátricas e demência, na vigência de história familiar, em um paciente com movi-mentos anormais, deve ser levantada hipótese de doença de Huntington.

(B) Quando um paciente apresenta alterações da marcha, seguidas por acometimento esfincteriano e posterior-mente demência, estamos diante da tríade clássica para hidrocefalia de pressão normal, e um exame de imagem do crânio é essencial.

(C) Alterações comportamentais caracterizadas por agres-sividade, exibicionismo e coprolalia desde o início dos sintomas devem sempre sugerir a hipótese de demência fronto-temporal.

(D) Alucinações visuais, quedas frequentes e sintomas parkin sonianos são sinais e sintomas presentes em al-guns pacientes com demência, levando-nos a pensar na hipótese de demência por corpos de Lewy.

(E) Perda progressiva da memória, seguida de apraxia e agnosia na evolução da doença, sem sintomas subcorti-cais, como alteração da marcha e apatia, são sintomas que despertam para a possibilidade de doença de Binswanger (demência vascular).

72. Um senhor, 69 anos, é levado ao setor de emergências, pois foi encontrado inconsciente pela filha, em seu quarto, há cerca de 40 minutos. Há uma hora estava conversando e assintomático. Portador de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Na descrição dos socorristas, estava sem abertura ocular, sem resposta verbal e com resposta em retirada ao estímulo doloroso. Escala de coma de Glasgow: 6. Baseando-se no caso descrito, assinale a alternativa mais correta.

(A) A conduta imediata deve ser uma avaliação neurológica detalhada, já que entre as etiologias existe a possibilidade de um acidente vascular de tronco encefálico.

(B) Caso o paciente evolua para parada cardiorrespiratória, os elementos clínicos de prognóstico de recuperação da consciência pós parada mais importantes são: idade, tempo de reanimação cardio-pulmonar e doença de base.

(C) Uma tomografia de crânio de urgência com aspecto normal deve direcionar o diagnóstico para outras possi-bilidades que não o acidente vascular de tronco cerebral.

(D) A ausência de reflexos como óculo-cefálico e córneo-palpebral, definem a etiologia como sendo vascular, pois a única topografia possível é tronco encefálico.

(E) Caso alguma medicação deva ser realizada antes de qualquer procedimento, após ABCD, devemos optar por: flumazenil, tiamina e glicose.

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73. Um homem, 38 anos, é levado ao setor de pronto-socorro em virtude de forte cefaleia iniciada há 3 dias, holocraniana, de caráter persistente, com piora aos movimentos da cabeça e com fotofobia. A dor teve início súbito, ao se abaixar para pegar um objeto. Nunca havia apresentado cefaleia. Relata náuseas nesse período. Exame físico neurológico revelando discreta rigidez de nuca, sem demais alterações. Dentre as alternativas, assinale a correta.

(A) A principal hipótese diagnóstica, é uma meningite aguda.

(B) Os sinais de alarme presentes no caso são: cefaleia de início súbito, náuseas e fotofobia, piora com o esforço.

(C) A tomografia de crânio normal não exclui uma hemor-ragia cerebral, e por isso a coleta de liquor seria funda-mental para complementação diagnóstica.

(D) A sensibilidade da tomografia de crânio para sangra-mentos no espaço subaracnóideo aumenta no decorrer dos dias.

(E) Caso a tomografia e o liquor sejam normais, a hipótese de um aneurisma está afastada, o que justifica acompa-nhamento ambulatorial.

74. Um paciente, sexo masculino, 72 anos, é encaminhado para avaliação neurológica devido a tremores nas mãos. O paciente relata que há cerca de 4 anos vem notando tremores que se iniciaram no membro superior direito, de caráter lentamente progressivo. Há 1 ano, começou a notar tremores em membro superior esquerdo. Ao exame, havia discreta rigidez plástica em braços e bradicinesia de caráter assimétrico. Considerando a descrição do caso, é incorreto afirmar que

(A) a rigidez plástica encontrada na doença de Parkinson também pode ser denominada rigidez em roda denteada.

(B) a tríade bradicinesia, rigidez e tremor podem ser compa-tíveis com doença de Parkinson.

(C) o tremor essencial benigno se diferencia do tremor parkin soniano por melhorar com o repouso e com a ingesta alcoólica.

(D) o caso descrito trata-se de parkinsonismo atípico, e não doença de Parkinson idiopática, devido ao caráter assi-métrico.

(E) o uso de algumas medicações como flunarizina, me-toclopramida e haloperidol podem precipitar sintomas parkinsonianos.

75. Um paciente, sexo masculino, 23 anos, portador de epilepsia do lobo temporal desde a infância, em uso de 3 classes de anticonvulsivantes, chega ao pronto-socorro com história de crises convulsivas há 1 hora. A mãe relata que há uma hora o filho apresentou 4 episódios de crises convulsivas, sem recuperação da consciência entre as crises. Considerando o caso, assinale a alternativa incorreta.

(A) Segundo a descrição da mãe, o paciente não preenche critérios para status epilepticus.

(B) São fatores importantes a serem investigados nas crises refratárias: má aderência às medicações anticonvulsivan-tes, uso de fármacos que reduzem o limiar convulsivo e processos infecciosos.

(C) A droga de escolha no Brasil para tratamento abortivo da crise, no setor de emergência, é o diazepam, seguido pela fenitoína.

(D) A fenitoína realizada por via endovenosa pode precipitar bradiarritmias graves por alongamento do intervalo QT e, por isso, deve ser realizada na vigência de monitorização cardíaca contínua, no setor de emergências.

(E) Idealmente, a condução do status epilepticus deveria ser feita na unidade de terapia intensiva com monitorização eletroencefalográfica contínua.

76. A associação de corticoide inalatório com broncodilatador de longa duração é considerada primeira linha no tratamento de manutenção de asmáticos moderados e graves. Sobre esse tratamento pode-se afirmar que

(A) pode ser interrompido quando os sintomas desaparecem por 3 meses.

(B) não interfere com o processo inflamatório das vias aéreas.

(C) o risco futuro de exacerbação permanece o mesmo.

(D) deve ser usado mesmo na ausência de sintomas.

(E) não interfere na função pulmonar mesmo quando dado a longo prazo.

77. O diagnóstico funcional da asma se baseia em alguns critérios, entre eles:

(A) aumento de pelo menos 25% no PFE após inalação de um broncodilatador ou um curso oral de corticosteróide.

(B) obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) para abaixo de 60% do previsto.

(C) relação VEF1/CVF normal, CVF < 70% do previsto.

(D) obstrução ao fluxo aéreo que melhora significativamente após uso de broncodilatador: aumento de VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e de 200 mL em valor absoluto.

(E) teste de broncoprovocação com agentes broncoconstric-tores revelando queda de VEF1 >10%.

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78. Paciente, 30 anos, masculino, fumante. Internado com qua-dro de pneumonia extensa na base esquerda. Na admissão apresentava-se toxemiado, PA: 80 x 60 mmHg, FR: 26 ipm, temperatura axilar 38,5 ºC, ausculta pulmonar com estertores crepitantes na base esquerda. Foi internado e tratado com ceftriaxona e claritromicina. No quarto dia de internação, apresentava-se afebril há 3 dias, bom estado geral, cooperante, pulso 76 bpm, FR: 16 ipm, boa aceitação de dieta. Cultura do escarro: S.aureus, 104UFC/mL.

A melhor conduta a ser tomada neste momento é

(A) alta hospitalar com claritromicina.

(B) alta hospitalar com amoxacilina.

(C) manter internado e acrescentar vancomicina.

(D) manter internado com os mesmos antibióticos via paren-teral.

(E) manter internado e acrescentar oxacilina.

79. Paciente do sexo masculino, 48 anos com história de 4 meses de tosse, predominantemente seca e escarro com sangue há três dias. Relatou ter fumado um maço e meio de cigarros por dia por 20 anos. Ao exame físico, encontrava-se absolutamente dentro dos limites da normalidade. Quanto aos exames complementa-res, foi observado no Rx e TC de tórax a presença de imagem de opacificação em topografia do segmento apico-posterior do lobo superior esquerdo, medindo 3 cm no maior diâmetro, com bordas irregulares e calcificações pontuais e excêntricas, em contacto com a crossa da aorta, além de lesões ovaladas, com densidade de parte mole, com 1,1 cm no menor eixo em região da janela aorto-pulmonar. Na broncoscopia foram observadas paralisia da corda vocal esquerda e presença de infiltração no brônquio do lobo superior esquerdo. A biópsia transbrônquica confirmou adenocarcinoma de pulmão. De acordo com o apre-sentado, qual o tratamento preconizado para esse paciente?

(A) Radioterapia exclusiva.

(B) Cirurgia.

(C) Cirurgia e quimioterapia adjuvante.

(D) Quimioterapia exclusiva.

(E) Quimioterapia e radioterapia concomitantes.

80. Paciente, 20 anos, não fumante e não portador de processo patológico respiratório crônico, apresenta, ao exame físico torácico: macicez e sinal de Signorelli à percussão, ausência de murmúrio vesicular, redução da broncofonia e egofonia à ausculta do hemitórax direito; o hemitórax esquerdo não mostra alterações propedêuticas.

Dentre as alternativas a seguir, qual delas contém os achados espirométricos mais prováveis de serem encontrados?

(A) CVF reduzida; VEF1 reduzido; VEF1/CVF reduzido.

(B) CVF normal; VEF1 reduzido; VEF1/CVF reduzido.

(C) CVF reduzida; VEF1 reduzido; VEF1/CVF normal.

(D) CVF normal; VEF1 normal; VEF1/CVF normal.

(E) CVF normal ou reduzido; VEF1 reduzido; VEF1/CVF normal.

81. Paciente, 32 anos, feminino, não fumante, sem antecedentes mórbidos. Há 10 dias, quadro “gripal” caracterizado por febre, tosse com pouca expectoração e mal estar geral. Fez uso de analgésicos e anti-térmicos sem melhora do quadro. Há 3 dias, começou apresentar febre de 38 ºC, tosse com expectoração pu-rulenta e dor torácica ventilatório dependente. O exame do tórax apresentava estertores crepitantes em base do hemitórax direito, região posterior, com raros roncos do mesmo lado. Radiograma com opacificação e aerobroncograma em LID.

Diagnóstico e conduta, respectivamente:

(A) abscesso pulmonar, drenagem postural e antibioticote-rapia.

(B) pneumonia bacteriana, internação para antibioticoterapia endovenosa.

(C) derrame pleural metapneumonoco, drenagem pleural.

(D) pneumonia adquirida na comunidade, antibioticoterapia com macrolídeo.

(E) embolia pulmonar, heparinização.

82. Qual o melhor modo de caracterizar, funcionalmente, um paciente com DPOC?

(A) Redução da capacidade inspiratória com aumento do volume residual.

(B) Relação VEF1/CVF igual a 0,7.

(C) VEF1 menor que 80%.

(D) Redução da capacidade inspiratória com redução da CVF.

(E) VEF1 menor que 80% e distância caminhada no teste de 6 minutos menor que 300 metros.

83. Escolha a melhor alternativa para o diagnóstico clínico de pneumoconiose.

(A) Nexo causal (comprovação de exposição ao asbesto) e alterações intersticiais irregulares observadas na tomo-grafia computadorizada de alta resolução e cortes finos são compatíveis com diagnóstico de asbestose.

(B) O radiograma de tórax com pequenas opacidades regu-lares difusas são características de comprometimento intersticial relacionado à exposição à sílica.

(C) A tomografia computadorizada de alta resolução e cortes finos é mais sensível, mas menos específica que o ra-diograma de tórax no diagnóstico do comprometimento intersticial relacionado à exposição ao asbesto.

(D) Biópsia de pulmão deve sempre ser indicada quando quisermos firmar o diagnóstico clínico de asbestose.

(E) Placas pleurais estão mais associadas à exposição a sílica.

84. Qual das doenças pulmonares não é considerada granulomatosa?

(A) Beriliose.

(B) Sarcoidose.

(C) Pneumonia de hipersensibilidade.

(D) Histoplasmose.

(E) Linfangioleiomiomatose.

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85. São consideradas pneumonias eosinofílicas:

(A) granulomatose de células de Langerhans e pneumonia intersticial descamativa.

(B) síndrome de Churg-Strauss e pneumonia organizante criptogênica.

(C) aspergilose broncopulmonar alérgica e Síndrome de Churg-Strauss.

(D) pneumonia eosinofílica crônica e pneumonite lúpica.

(E) síndrome de Löffler e pneumonia intersticial usual.

86. São articulações envolvidas em pacientes com artrose primária:

(A) tíbio-talar, zigoapofisárias e punho.

(B) cotovelo, acrômio-clavicular e 1.ª metatarsofalangeana.

(C) subtalar, gleno-umeral e interfalangianas proximais.

(D) fêmoro-tibial, quadril e interfalangianas distais.

(E) têmporo-mandibular, gleno-umeral e sacro-ilíacas.

87. Mulher, 29 anos, desenvolveu cefaleia holocraniana de forte intensidade, seguida por síndrome de déficit e liberação pira-midal à direita. Referia apenas o uso de fluoxetina 20 mg há 3 dias. TC de crânio foi normal e exame de líquor apresentou 2 células/mm3, proteinorraquia de 34 mg/dL e glicorraquia de 79 mg/dL. Arteriografia cerebral evidenciou a presen-ça de estenoses e aneurismas em artérias intracaranianas. Anticardiolipina e anticoagulante lúpico negativos. Qual o diagnóstico mais provável?

(A) Displasia fibromuscular tipo fibroplasia intimal.

(B) Vasculite primária do sistema nervoso central.

(C) Síndrome de vasoconstricção cerebral reversível.

(D) Doença de Moyamoya.

(E) Síndrome de Susac.

88. Sobre o lúpus eritematoso sistêmico (LES), é correto afirmar que

(A) velocidade de hemossedimentação, proteína C reativa, anti-DNA nativo, C3 e C4 são importantes parâmetros de atividade de doença.

(B) anticorpos antifosfolipídios são encontrados em até 10% dos pacientes durante a evolução da doença e se associam a maior risco de doença coronariana.

(C) tratamento de indução com ciclofosfamida ou micofe-nolato mofetil é indicado para pacientes com glomeru-lonefrite proliferativa focal ou difusa em atividade.

(D) anti-Sm, anti-DNA nativo, anti-proteína P ribossomal, anti-nucleossoma e anti-β2 glicoproteína I são anticorpos encontrados apenas em pacientes com LES.

(E) a artropatia de Jaccoud é causa de deformidades em quirodáctilos em pacientes com LES, em virtude da presença de erosões marginais em articulações metacar-pofalangeanas.

89. São fatores de mau prognóstico em pacientes com artrite reumatóide:(A) síndrome de Sjögren, início de doença mais tardio e

leucocitose persistente.(B) altos títulos de fator reumatóide, nódulos reumatóides e

início da doença em idade mais precoce.(C) envolvimento de articulação do quadril, artrite em mais

de 20 articulações e anti-CCP reagente.(D) presença de erosões articulares em raios X de mãos nos

primeiros 5 anos da doença, proteína C reativa persisten-temente elevada e falta resposta ao uso de metotrexate.

(E) envolvimento de articulação atlanto-axial, falta de res-posta ao uso de agentes anti-TNFα e pericardite.

90. Nos exames laboratoriais em Osteomalácia por deficiência da Vitamina D, pode-se observar:(A) cálcio e fósforos normais ou reduzidos, fosfatase alca-

lina aumentada, dosagem 25(OH) vit D reduzida, PTH aumentado.

(B) cálcio e fósforos normais ou reduzidos, fosfatase alcalina reduzida, dosagem de 25(OH) vit D aumentado, PTH aumentado.

(C) cálcio e fósforos normais ou reduzidos, fosfatase alcalina aumentada, 25(OH) vit D reduzida, PTH reduzido.

(D) cálcio e fósforos aumentados, fosfatase alcalina aumen-tada, 25(OH) vit D aumentada, PTH aumentado.

(E) cálcio e fósforo estão sempre diminuídos e a vitamina D pode estar normal ou reduzida, independente do PTH.

91. Homem, 60 anos, com lombalgia mecânica há 10 meses e dor tipo claudicação intermitente em membros inferiores para 100 metros, associada a episódios de lumbago. A dor irradiava para glúteos e região posterior das coxas, exacerbando-se à extensão da coluna lombar. Negava febre, anorexia, perda de peso ou queixas urinárias. Pulsos siméticos e de boa ampli-tude em membros inferiores, reflexos profundos simétricos e Lasegue negativo. Qual(is) o(s) diagnóstico(s)?(A) Metástases ósseas de câncer de próstata.(B) Lombociatalgia e insuficiência arterial crônica em mem-

bros inferiores.(C) Espondilodiscite tuberculosa com compressão da cauda

equina.(D) Síndrome facetária e síndrome do canal estreito.(E) Discopatia degenerativa lombar e síndrome de Leriche.

92. Homem, 69 anos, vem apresentando há 2 meses dor de caráter inflamatório em região cervical, ombros e quadris, associada à artrite de punhos e joelhos, edema difuso e compressível do dorso de mãos e pés, rigidez matinal prolongada, febre vespertina diária, fadiga, anorexia e perda de peso de 3 Kg em 2 meses. Tem velocidade de hemossedimentação de 80 mm, fa-tor reumatóide de 70UI/mL e FAN negativo. Qual o diagnóstico?(A) Polimiosite e síndrome anti-sintetase.(B) Artrite reumatóide do idoso.(C) Polimialgia reumática.(D) Espondiloartrite indiferenciada.(E) Síndrome RS3PE isolada (Remitting seronegative sym-

metrical synovitis with pitting edema).

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93. Qual das doenças não apresenta a associação de dor lombar inflamatória, entesite, oligoartrite e uveíte anterior?

(A) Artrite psoriática.

(B) Artrite reativa.

(C) Artrite enteropática.

(D) Espondilite anquilosante.

(E) Doença de Behçet.

94. Qual das doenças não está relacionada à insuficiência renal crônica?

(A) Osteíte condensante.

(B) Osteomalácia.

(C) Calcifilaxia.

(D) Amiloidose por β2 microglobulina.

(E) Osteíte fibrosa cística.

95. Paciente, 62 anos, masculino, com história de dispneia pro-gressiva e ortopnéia há 5 dias após uma viagem de avião, vem ao pronto-socorro. Ao exame físico, apresentava FC 102, PA 100 x 60, Sat O2 86% em ar ambiente com distensão de veias do pescoço sem sopro cardíaco. Pulmões limpos. D-dímero estava aumentado e troponina normal. A TC de tórax mos-trou inúmeros trombos na artéria pulmonar com ventrículo direito dilatado. Qual o exame após esta avaliação inicial e o tratamento de escolha para este caso?

(A) Doppler de mmii e heparinização com HBPM (enoxa-parina 1mg por kg de 12 em 12h) e warfarin.

(B) BNP e trombólise.

(C) Ecocardiograma e trombólise.

(D) Doppler de mmii e heparizinação plena.

(E) Ecocardiograma e inicio de warfarin e heparinização plena.

96. Paciente internada na UTI do pronto-socorro desenvolve poliúria no 4.º dia de internação hospitalar com 10 litros de diurese por dia. Apresenta Urina I com densidade 1010, osmo-laridade 300 mosm\L. Quais dos distúrbios hidroeletrolíticos que possivelmente desencadeam esse achado clínico?

(A) Hipocalcemia e hipocalemia.

(B) Hipercalcemia e hipocalemia.

(C) Hiponatremia e hipercalemia.

(D) Hipocalcemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia.

(E) Acidose metabólica e hipocalemia.

97. Paciente falcêmico, 19 anos, sexo masculino, chegou ao pronto-socorro com quadro de febre (38,5 graus), tosse, dor torácica, e hipoxêmico (Sat O2 55% em ar ambiente). Re-alizou raio X de tórax que se mostrou normal, apenas uma discreta cardiomegalia. Qual o diagnóstico mais provável deste paciente e a complicação mais provável de ocorrer nas próximas 2 semanas?

(A) Traqueobronquite e pneumonia estafilocócica.

(B) Sindrome torácica aguda e SDRA.

(C) Síndrome torácica aguda e AVE.

(D) Infecção por influenza e meningite.

(E) Traqueobronquite e SDRA.

98. Paciente é internado na UTI com choque séptico de foco pulmonar, evolui com choque refratário ao uso de noradre-nalina. Você resolve associar vasopressina. Para quais efeitos colaterais que você deve estar atento ao usar essa droga?

(A) Isquemia mesentérica e diabetes insipidus.

(B) Vasoconstricção mesentérica e hipernatremia.

(C) Infarto agudo do miocárdio e taquifilaxia.

(D) Vasoconstricção coronária e hiponatremia.

(E) Acidose metabólica e hiponatremia.

99. Em relação à infecção de cateter venoso central para hemodi-álise com manifestações de infecção sistêmica, quando deve ser repassado um novo cateter venoso central?

(A) Só após resultado da hemocultura.

(B) Imediatamente após a primeira dose do antibiótico en-dovenoso.

(C) Após 24 horas do antibiótico endovenoso.

(D) Só após ter descartado endocardite ou trombofleblite supurativa.

(E) Após 48 horas de antibiótico endovenoso.

100. Paciente, 18 anos, chegou ao pronto-socorro febril (T: 38,5 ºC), FC: 100 bpm, FR 24ipm, PA 90 x 60 mmHg, com história de tosse produtiva. Exames laboratoriais: leucograma 20 000 leucócitos sem desvio a esquerda, PCR 200 mg/dL, lactato > 4 mmoL, SvO2 70%. Qual é o diagnóstico mais adequado?

(A) Sepse grave.

(B) Sepse.

(C) Choque séptico.

(D) SIRS.

(E) SDMOS.