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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
MESTRADO EM SAÚDE PÚBLICA
ALINE PINTO LEMOS
PREDIÇÃO DE PARTO PREMATURO PELA BIOMETRIA E
DOPPLERVELOCIMETRIA DA GLÂNDULA ADRENAL FETAL EM PACIENTES
COM SINTOMAS DE TRABALHO DE PARTO PREMATURO
FORTALEZA
2015
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ALINE PINTO LEMOS
PREDIÇÃO DE PARTO PREMATURO PELA BIOMETRIA E
DOPPLERVELOCIMETRIA DA GLÂNDULA ADRENAL FETAL EM PACIENTES
COM SINTOMAS DE TRABALHO DE PARTO PREMATURO
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Saúde Pública do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Saúde Pública. Área de Concentração: Epidemiologia da Saúde Materno Infantil. Orientador: Prof. Dr. Francisco Herlânio Costa Carvalho
FORTALEZA
2015
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca de Ciências da Saúde
L576p Lemos, Aline Pinto. Predição de parto prematuro pela biometria e dopplervelocimetria da glândula adrenal fetal em
pacientes com sintomas de trabalho de parto prematuro. / Aline Pinto Lemos. – 2015. 110 f.: il. color. Dissertação (mestrado). – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina,
Departamento de Saúde Comunitária, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado em Saúde Pública, Fortaleza, 2015.
Área de Concentração: Epidemiologia da Saúde Materno Infantil. Orientação: Prof. Dr. Francisco Herlânio Costa Carvalho. 1. Trabalho de Parto Prematuro. 2. Colo do Útero. 3. Glândulas Suprarrenais. 4. Efeito Dopller.
I. Título.
CDD 618.2
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente toda minha gratidão se dirige ao senhor Deus do universo, energia
celeste da qual eu retiro energia para viver e vislumbro um horizonte superior e sem o qual
nenhuma conquista em minha vida seria possível.
Aos meus pais deixo aqui registrado minha eterna gratidão. Ao meu pai (in memoriam)
fica meu obrigado e a certeza de estar realizando uma vontade a qual ele sempre me fez
entender, estudar sempre para através dos esforços alcançar as conquistas, Pai, te amarei
sempre. À minha mãe meu eterno obrigado pelo esforço de ter conseguido manter meus
estudos, sem ela eu não teria chegado até aqui, obrigada mãe te amo e sempre te amarei,
nosso elo é eterno.
Ao meu marido, peça fundamental na minha existência, meu incentivador, meu
tranquilizador, sempre ao meu lado mesmo no seu silêncio e na sua inabalável calma, meu
amor, sem você meus sonhos não seriam completos, obrigada por me fazer feliz e por servir
de degrau de suporte resistente para que juntos sempre possamos subir, com dignidade e
gratidão divina, os degraus da nossa existência, amor profundo.
Aos meus filhos que mesmo ainda tão pequenos são meus maiores professores, com
eles aprendi a viver e ser uma pessoa maior e melhor. Obrigada Davi, Arthur e Igor, vocês são
a razão da minha existência e donos de um amor que nem eu mesma achei que existisse, amo
vocês mais do que a mim mesma e visualizo em cada um meu coração a bater fora do meu
próprio corpo. Amor eterno.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Herlânio, que sempre, mas sempre mesmo esteve presente
em cada necessidade e dificuldade que o mestrado apresentava para mim, ser humano singular
que consegue em sua simplicidade ser um profissional brilhante e que faz da humanização
uma constante em tudo que realiza, expresso aqui minha profunda admiração e meu eterno
obrigado pela orientação em excelência e oportunização em minha vida profissional.
À banca examinadora, antecipadamente, pelas valiosas contribuições, meu obrigado.
À Universidade, seu corpo docente e administrativo, deixo aqui expressa minha
gratidão.
E a todos os amigos e parentes que direta ou indiretamente contribuíram para essa
conquista, meu muito obrigado.
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RESUMO
Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de predição do parto
prematuro através da biometria e da dopplervelocimetria da glândula adrenal fetal em
pacientes com sintomas de trabalho de parto prematuro e membranas íntegras e compará-los
com o poder de predição da medida do comprimento do colo uterino. Metodologia: O estudo
do tipo transversal, prospectivo, foi realizado na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand-
UFC de abril de 2014 a março de 2015 com cinquenta e sete pacientes consecutivamente
internadas no setor de obstetrícia com idades gestacionais entre 24 e 36 semanas. Foram
excluídas as pacientes com diabetes, hipertensão, malformações ou restrição do crescimento
fetais. Ultrassom foi realizada no primeiro dia da admissão para a medida do comprimento do
colo uterino (transvaginal), biometria e dopplervelocimetria da glândula adrenal fetal. A
variável desfecho foi o tempo decorrido até o parto com subclassificação em dois grupos:
aquelas que tiveram o parto em até sete dias ou depois do sétimo dia. Considerou-se nível de
significância de p<0,05. Utilizou-se o teste Exato de Fisher para variáveis nominais o teste t-
Student ou de Mann-Whitney para as variáveis contínuas. Foi realizado curva ROC para
definir pontos de corte Resultados: A prevalência de parto dentro de sete dias foi de 33,3%
na população total e de 32,6% na subpopulação sem antecedente de parto prematuro. Para a
subpopulação sem antecedente de parto prematuro (baixo risco) houve diferença estatística
para a profundidade, tanto seu componente total e central (fetal) quanto sua relação
(central/total). Os pontos de corte encontrados foram 13,1 mm (total), 7,7 mm (central) e 53,5
(relação central/total), respectivamente. Encontraram-se sensibilidades semelhantes (variando
de 71,4 a 76,9%) àquelas apresentadas pela medida do colo uterino; no entanto, com
especificidades (variando de 55,2 a 69%) e acurácias (de 60,5 a 72,1%) mais baixas. Tanto
quando se avaliou a população total quanto a subpopulação sem antecedente de parto
prematuro (baixo risco) houve diferença estatística para o índice de resistência do Doppler da
artéria adrenal fetal. Os pontos de corte encontrados foram 0,82 e 0,77 respectivamente,
encontraram-se sensibilidades semelhantes de 78,9 % e 78,6% e acurácias de 59,5% e 66,5%,
respectivamente. Para o ponto de corte do comprimento colo uterino de 11mm , foi
encontrado sensibilidade de 76,5%, especificidade de 80% e acurácia de 79,2%, já para ponto
de corte de 20mm a sensibilidade encontrada foi a mesma, porém com especificidade e
acurácia menores, de 72,2% e 73,6% respectivamente. No que se refere à ausência do
ecoglandular foi encontrado sensibilidade de 73,3%, especificidade de 75% e acurácia de
74,4%. Conclusões: A medida da profundidade da glândula adrenal foi capaz de predizer a
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ocorrência de parto dentro de sete dias em pacientes sem antecedente de parto prematuro. Sua
capacidade de predição foi menor que a medida do colo uterino. O índice de resistência (IR)
do Doppler da artéria adrenal foi capaz de predizer a ocorrência de parto dentro de sete dias e
de forma mais significativa em pacientes sem antecedente de parto prematuro.
Palavras-chave: Trabalho de parto prematuro. Ultrassonografia transvaginal. Colo uterino.
Glândulas adrenais. Efeito Doppler.
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ABSTRACT
Objectives: The purpose of this study is to evaluate the predicting capacity of the biometry of
fetal adrenal gland in patients who are undergoing symptoms of premature labor and
untouched membranes, and compare it with uterine collum measurement regarding such
prediction. Methodology: A transverse kind of study was accomplished at the “Assis
Chateubriand” Maternity School at the Federal University of Ceará from April 2014 to March
2015 on fifty-seven (57) patients consecutively hospitalized at the obstetrics section at
pregnant age ranged from 24 to 36 weeks. Patients suffering from diabetes, hypertension,
malformations or fetal-development restriction were excluded. Ultrasound was carried out on
the first day of their hospitalization to measure the length of their uterine collum
(transvaginal) as well as the biometry of their fetal adrenal gland. The main outcome variable
was the time elapsed until the delivery itself, with a subclassification into two groups: the
ones who had their delivery up to seven days or after the seventhy day. The significance level
considered was p< 0,05. The Fisher – Exact test was used for nominal variables and the T-
student or the Mann-Whitney Test for continuous variables. The ‘ROC’ curve was carried out
to define cutoffs. Results: The prevalence of deliveries within seven days was 33,3% in the
total population, and 32,6% in the subpopulation who had no previous history of premature
delivery. When the general population was evaluated, no statistical difference concerning the
fetal adrenal gland parameters was found. As for the subpopulation with no previous history
of premature delivery (at low risk), there was a statistical difference regarding the depth, not
only to its total and central component (fetal), but also to its relation (central/total). The
cutoffs found measured 13,1mm, 7,7mm and 53,5mm, respectively. Sensibilities found
(ranged from 71,4% to 76,9%) were to those presented by the uterine collum measurement;
however, they were lower with regard to specificities (ranged from 55,2% and 69%) and
accuracies (ranged from 60,5% to 72,1%). Conclusions: The depth of the adrenal gland is
capable of predicting the delivery occurrence within seven days for patients with no history of
premature delivery. Its predicting capacity was lower than the measurement of the uterine
collum.
Keywords: premature labor, transvaginal ultrasonography, uterine collum, adrenal glands.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DM Diabetes Melitus
DNV Declaração de Nascidos Vivos
EGE Eco Glandular Endocervical
FNF Fibronectina Fetal
FN Falso Negativo
FP Falso positivo
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
IC Intervalo de confiança
IR Índice de resistência
MEAC Maternidade Escola Assis Chateaubriand
MS Ministério da Saúde
ODM Objetivos de desenvolvimento do milênio
ONU Organização das Nações Unidas
OMS Organização Mundial de Saúde
PPT Parto Prematuro
RPM Rotura Prematura de Membranas
RVP Razão de Verossimilhança Positiva
RVN Razão de Verossimilhança Negativa
RR Risco Relativo
SDHE Sulfato de dehidroepinandrosterona
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SINASC Sistema de Informações de Nascidos Vivos
SPSS PC Statistical Package for Social Sciences for Personal Computer
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TPP Trabalho de Parto Prematuro
US Ultrassonografia
USTP Ultrassonografia transperineal
USTV Ultrassonografia transvaginal
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 10
2 OBJETIVOS.............................................................................................................. 19
2.1 Objetivo Geral......................................................................................................... 19
2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................. 19
3 METODOLOGIA...................................................................................................... 20
3.1 Tipo de estudo......................................................................................................... 20
3.2 Local do estudo....................................................................................................... 20
3.3 População................................................................................................................ 20
3.4 Amostra................................................................................................................... 20
3.5 Critérios de exclusão............................................................................................... 21
3.6 Procedimento de coleta de dados............................................................................ 21
3.6.1 Avaliação ultrassonográfica do colo uterino........................................................ 21
3.6.2 Avaliação ultrassonográfica da glândula adrenal fetal......................................... 22
3.4.3 Avaliação pela dopplervelocimetria da artéria adrenal........................................ 22
3.7 Seguimento das pacientes....................................................................................... 23
3.8 Aspectos éticos........................................................................................................ 24
4 RESULTADOS ..................................................................................................... 25
4.1 Artigo 1................................................................................................................... 25
4.2 Artigo 2................................................................................................................... 52
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 67
REFERÊNCIAS. .......................................................................................................... 68
APÊNDICE................................................................................................................... 73
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1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) traz a definição de pré-termo todos os
recém-nascidos vivos com menos de 37 semanas completas de gestação, isso equivale a um
período menor do que 259 dias os quais são contados a partir do primeiro dia do último
período menstrual. Deve ser considerado que grandes avanços tecnológicos têm sido
aplicados à assistência neonatal o que tem permitido uma sobrevida de prematuros de cada
vez menor peso, chegando a bebês com 500 g, antigamente considerados inviáveis (CHAGAS
et al., 2009).
De acordo com Souza e Camano (2003), em torno de 50% dos casos a etiologia
do parto prematuro é desconhecida, de forma que no restante deve apresentar relação com
diversos fatores dentre os quais podem ser citados os epidemiológicos, como: falta de higiene,
gravidez abaixo de 17 e acima de 35 anos, baixo nível socioeconômico, desnutrição,
tabagismo, baixo peso antes da gestação, consumo de drogas ilícitas e estresse psicossocial;
os fatores ginecológicos: miomas, malformações uterinas, amputações de colo uterino; fatores
obstétricos: partos prematuros anteriores, infecção amniótica, incompetência cervical, rotura
prematura de membranas, malformações placentárias e fetais, gemelaridade, polidrâmnio,
sangramentos genitais de segundo e terceiro trimestres; além de fatores clínicos e ou
cirúrgicos: doenças maternas, infecções genitourinárias e cirurgias na gravidez.
A segunda causa direta de morte em menores de cinco anos é o nascimento
prematuro e não há uma rotina das agências da ONU em coletar os dados sobre esses
nascimentos. Blencowe et. al., 2012, estimaram que 14,9 milhões de bebês nasceram
prematuros em 2010, o que compreende 11,1% dos nascidos vivos no mundo, chegando a
18% em alguns países africanos. No sul da Ásia e na África subsaariana mais de 60% dos
bebês nasceram prematuros. Os autores referem que no período de 1990 a 2010 somente três
países reduziram as taxas de prematuridade: Croácia, Equador e Estônia.
Os autores referem ainda que por volta de 35% das mortes neonatais no mundo
ocorrem em decorrência de complicações de nascimento prematuro. O risco de morte por
outras causas também está aumentando, principalmente a partir de infecções. A classificação
internacional de doenças, em sua décima revisão (CID -10), recomenda que sejam registrados
como nascidos vivos todos os recém-nascidos com qualquer sinal de vida ao nascer; porém,
os registros e as classificações de nascidos vivos variaram ao longo do tempo e entre países.
Em alguns locais os relatórios excluem bebês com anomalias congênitas e outros incluem
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apenas gestações únicas. Ainda há variações nos métodos de aferição da idade gestacional.
Todos esses itens complicam a estimativa real da taxa de prematuridade, dificultando a
compreensão do tamanho da carga de nascimentos prematuros globalmente (BLECOWE et
al., 2012).
Segundo Tedesco (2012), a taxa de prematuridade no Brasil é maior do que
sugerem os dados oficiais com uma tendência de crescimento em áreas mais desenvolvidas,
pois a taxa de mortalidade neonatal reduziu bastante em consequência de um maior cuidado
em unidades de terapia intensiva, porém essa taxa ainda se apresenta bem aquém do esperado
nos “objetivos do desenvolvimento do milênio” propostos pela ONU (Organização das
Nações Unidas). Um aumento considerável no número de nascimentos prematuros tem
causado preocupação aos formuladores de políticas de saúde incluindo os países
desenvolvidos. Recente estudo mostra que o Brasil tem se apresentado como décimo maior
em números absolutos de recém-nascidos prematuros em todo o mundo (nasceram
aproximadamente 280.000 prematuros no ano de 2010, com frequência de 9,2%). Os EUA
tinham um percentual de 12,8% de partos prematuros. A pesquisa indicou ainda que fatores
maternos como: histórico de doença cardíaca ou hipertensão, gestação gemelar, baixo número
de consultas pré-natais, morbidades graves, etnia branca e moradia em zona urbana, dentre
outros, como associados ao nascimento prematuro.
Lozano et al., em 2011, relatam que mesmo havendo progresso na redução global
das mortalidades materna e infantil, na maioria dos países essas mortalidades estão em
aceleração e diz que as metas dos objetivos do desenvolvimento do milênio (ODM) 4 e 5
ainda vão demorar muitos anos, passado 2015, para serem atingidas e que para tal situação se
faz necessário uma ação imediata para que grande número de países possam alcançar o ODM
4 e ODM 5. Baseado em recentes tendências dos países em desenvolvimento, 31 países irão
alcançar até 2015 o ODM 4, 13 países o ODM 5 e nove vão conseguir os dois objetivos.
A prematuridade tem se apresentado como a causa principal de morbidade
neonatal, assim como de mortalidade em todo o mundo. O parto pré-termo, se apresenta como
importante determinante de morbidade neonatal e infantil, o qual pode incluir: doenças
respiratórias crônicas, alterações do desenvolvimento neuromotor, predisposições para
disfunções oftalmológicas e para processos infecciosos (RODRIGUES ; BOLSONI., 2011).
Segundo Novaes et al. (2009), o parto prematuro pode ser visto como problema
social grave em virtude de muitas vezes promover a destruição do sonho familiar em
constituir uma prole saudável, além do que se apresenta como grande peso econômico sobre a
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assistência médica tanto pública como privada em decorrência de internações longas e
consequentemente caras podendo ainda ter como desfecho a morte do recém-nascido, o que
gera profunda frustração.
Chang et al. (2013) relatam que uma das principais contribuições para morte
perinatal são provenientes do nascimento prematuro e que mesmo com diversas intervenções
implementadas, dentre as quais a cessação do tabagismo, cerclagem cervical e suplementação
de progesterona, as taxas de redução da prematuridade ainda são muito baixas, demonstrando
que um alto percentual de nascimento prematuros são intratáveis com as terapias atuais;
havendo, portanto, a necessidade de intervenções e investigações.
São três os níveis em que se baseiam as medidas para prevenção de parto
prematuro: nível primário, secundário e terciário. No nível primário estão incluídos a
identificação e o tratamento dos fatores de risco, no secundário a precocidade do diagnóstico
do trabalho de parto prematuro e no terciário estão inseridas as intervenções para minimizar
as complicações do nascimento prematuro. O nível secundário baseia fundamentalmente no
uso de medicamentos tocolíticos. O nível terciário concentra maiores esforços através da
utilização de corticoides para aceleração da maturidade pulmonar fetal e, mais recentemente,
sulfato de magnésio para neuroproteção neonatal. Embora a prevenção primária seja desejável
é de difícil realização na prática obstétrica. Seria ideal uma avaliação pré-gestacional em
busca de condições psíquicas, sociais e físicas a fim de detectar riscos para a futura gestação
(BITTAR; FONSECA; ZUGAIB, 2005).
Ultimamente, ênfase tem sido dada para prevenção secundária através da
identificação de gestantes de maior risco para parto prematuro de forma que nesse grupo
podem ser incluídas: baixo peso pré-gestacional, parto prematuro anterior e gestação gemelar,
dentre outros. Dessa forma, podem ser detectadas diversas alterações por meio de exames
adequados como os marcadores bioquímicos do parto prematuro, alterações da contratilidade
uterina verificado na tocografia e utilização da ultrassonografia endovaginal para verificação
do encurtamento do colo uterino. Faz-se necessário enfatizar que somente a presença de
fatores de risco não é indicação de certeza de ocorrência de parto prematuro. Os indicadores
clínicos apresentam boa sensibiliade, mas baixa especificidade (BITTAR; FONSECA;
ZUGAIB, 2005).
A predição de parto prematuro, através da utilização de testes mais específicos
pode ser útil para evitar tratamentos desnecessários além de custos excessivos em pacientes
inicialmente classificadas como de alto risco para partos prematuros devido à sua história
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clínico-obstétrica. Deve, portanto, ficar claro que a utilização desses recursos devem ocorrer
em associação com um pré-natal mais cuidadoso, com maior frequência de consultas a fim de
que intervenções necessárias sejam realizadas. Dentre os diversos testes preditivos os que
demonstraram ser mais efetivos são: a monitoração das contrações uterinas, a avaliação do
comprimento do colo uterino pela ultrassonografia endovaginal e as pesquisas de marcadores
bioquímicos específicos (BITTAR; FONSECA; ZUGAIB, 2005).
O teste da fibronectina fetal e o teste qualitativo para proteína-1 fosforildada
ligada ao fator de crescimento insulina-símile têm sido muito estudados ultimamente quando
se refere aos marcadores bioquímicos e esses tem sido destacados em decorrência de
sensibilidades, especificidades e valores preditivos positivos razoáveis além de altos valores
preditivos negativos. A proteína-1 fosforildada ligada ao fator de crescimento insulina-símile
é uma proteína com produção na decídua humana e que não é detectada na secreção
endocervical entre a 24ª e a 34ª semana de gestação, de modo que sua presença nesse
intervalo se apresenta como risco para parto prematuro. A medida do colo uterino e do teste
da proteína-1 fosforildada ligada ao fator de crescimento insulina-símile, de forma isolada e
em conjunto, é eficaz na predição de parto prematuro. Estudo de Rolnik et al. demonstrou
que, associando um marcador biofísico com um marcador bioquímico, há uma alta capacidade
de predição e que com ambos os testes dentro da normalidade há baixo risco de ocorrência de
parto prematuro (ROLNIK, 2013).
A glicoproteína fibronectina é produzida pelo trofoblasto e se apresenta no
conteúdo vaginal nas primeiras vinte semanas da gestação e após a 35a semana. Caso haja
trauma, infecção, isquemia na interface materno-fetal e ou ruptura das membranas a
fibronectina estará presente no conteúdo vaginal. A fibronectina fetal, dentre os marcadores
bioquímicos atuais, tem mostrado os melhores resultados como preditor de parto prematuro,
de forma que o teste de fibronectina tem sido utilizado para identificação das gestantes com
risco aumentado de parto prematuro, tanto em pacientes assintomáticas quanto sintomáticas
(ROLNIK, 2013).
A compreensão de eventos moleculares que são necessários para iniciar e manter
o trabalho de parto prematuro ainda não é completamente esclarecida, limitando o
desenvolvimento de um tratamento eficaz para o parto prematuro. Diversas proteínas
presentes no plasma materno ou secreções cervicais também foram apontadas como
marcadores para predição de parto prematuro espontâneo, tendo em vista as prováveis
alterações sorológicas que antecedem as manifestações clínicas dessa condição, porém as
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pesquisas realizadas demonstraram que os esforços para a realização de proteômica de soro
resultaram em controvérsias metodológicas (ESPLIN et al., 2011).
Identifica-se a baixa capacidade atual no que se refere a identificação de mulheres
em risco de parto prematuro, de forma que a grande maioria das intervenções médicas e
cirúrgicas preventivas se restringem às mulheres que apresentaram parto prematuro anterior,
as quais representam minoria no que diz respeito ao número de partos prematuros existentes.
Dessa forma, se torna evidente a necessidade de intervenções para melhoria dos índices de
predição de partos prematuros, tendo em vista que estes geram altos custos sociais e
financeiros para as famílias e para a sociedade, exigindo assistência com elevada capacidade e
maior nível de complexidade no que se refere a equipamentos e pessoal, que nem sempre
estão disponíveis (ESPLIN et al., 2011).
Nas últimas décadas muitos esforços foram realizados para descoberta de um
método que apresente precisão em predizer o parto prematuro. Segundo Turan et al. (2011),
há importância na utilidade de preditores tradicionais, como apresentação clínica e ou fatores
de risco obstétricos, porém, esses são incompletos na capacidade de predizer verdadeiramente
o parto prematuro.
Até o momento, a medida do colo uterino tem se mostrado como melhor marcador
ultrassonográfico para predição de parto, em mulheres de alto e baixo risco. Dados
convincentes captados com a utilização da ultrassonografia bidimensional para mensurar o
comprimento do colo cervical promovem a identificação de mulheres em risco de PPT, sendo
amplamente utilizados como forma de verificar estimativa de risco (TURAN et. al, 2011).
Estudo relata que a avaliação das características do colo do útero fornece
informações úteis e que o comprimento do colo do útero é uma medida linear que tem
utilidade muito positiva na realização de triagem e identificação de mulheres em maior risco
de parto prematuro. Os pesquisadores observaram uma forte relação inversa entre o
comprimento do colo do útero e a probabilidade de parto prematuro espontâneo (MANCUSO;
OWEN, 2009).
As alterações do colo uterino precedem o parto espontâneo de forma que o
encurtamento do colo pode preceder o parto prematuro sendo, portanto, esse achado
considerado fator de risco para parto prematuro. A avaliação do colo pode ser realizada pela
ultrassonografia transvaginal através da qual pode ser diagnosticado o encurtamento do colo
uterino. Há controvérsias na literatura com relação ao ponto de corte ideal do comprimento do
colo uterino na identificação de aumento de risco para parto prematuro. Os estudos têm
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utilizado comprimentos que variam de 15mm a 30mm, com taxas de sensibilidade variando
entre 35% a 78% (CARVALHO et al., 2002).
Carvalho et al.(2002) concluíram que o comprimento do colo uterino diminuiu de
forma mais acentuada nas gestantes que evoluiram com parto prematuro e que entre a 11a e a
16a semana de gestação o comprimento do colo não demonstrou eficácia na predição do parto
prematuro, ao passo que entre a 23a e a 24a semana gestacional ele se apresentou como
relevante critério para predizer parto prematuro. Dessa forma , os autores reforçam a
relevância da avaliação cervical nesse período. Nesse estudo o ponto de corte de 20mm ou
menos foi descrito como associado ao aumento de risco para prematuridade.
A ultrassonografia transvaginal do colo do útero, no segundo trimestre
gestacional, é estrategicamente utilizada para identificação de risco para parto prematuro.
Pesquisas consideram que o parto prematuro anterior é o principal fator de reincidência de
parto prematuro, porém afirmam haver carência de estudos que combinem parâmetros do US
cervical com história de parto prematuro anterior na predição de parto prematuro
(CARVALHO et al., 2005).
A não visualização, durante a ultrassonografia transvaginal, da região que
corresponde ao epitélio endocervical pode ser outro sinal considerado preditor de TPP.
Estudos referem que a ausência de visualização da área glandular cervical indica maturação
cervical e pode predizer TPP. Em pesquisa comparativa entre o afunilamento do colo e
ausência do ecoglandular endocervical os autores destacaram que o sinal de afunilamento
pode apresentar-se como falso preditor de parto prematuro e por isso sua utilização como
preditor de TPP é controversa. Os resultados da pesquisa mostram que a ausência de EGE no
segundo trimestre de gestação se apresenta como melhor preditor que o sinal de afunilamento,
entretanto os autores enfatizam a necessidade de entender fatores que levam ao
desaparecimento do EGE (PIRES et al., 2005).
O EGE é uma zona hipoecóica em torno do canal endocervical correspondente a
área histológica das glândulas. A frequência da ausência do EGC se mostra crescente na
evolução da gestação. Autores observaram que a ausência do EGE e o colo curto têm
significante associação, de forma que fica clara a tendência à observação do EGE quando se
apresenta um colo com comprimento acima do ponto de corte. Os autores concluíram ainda
que o risco de TPP diante de um colo curto é atenuado pela visualização do EGE e que, na
ausência de EGE, o risco de TPP é 28 vezes maior que na sua presença. Sobretudo, os autores
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reforçam a necessidade de identificação dos fatores que são responsáveis pelo
desaparecimento do EGE para que, somente assim, o EGE possa ser compreendido como um
preditor de TPP (PIRES ET AL., 2004).
Para que possa existir homeostase no ambiente intrauterino, são necessárias
adaptações fetais a esse ambiente, permitindo, com isso, uma preparação para existência fora
do útero. Para tanto, a glândula suprarrenal apresenta um papel fundamental nesse processo.
A morfologia da glândula adrenal fetal humana é única. A zona fetal que fica na parte central
da glândula representa por volta de 80% do volume total e é o local responsável pela síntese
de desidroepiandrosterona e de seu sulfato que são precursores de estrogênio da placenta
(RATCLIFFE et al., 2003).
Surgiram evidências recentemente, de sinalização endócrina da glândula adrenal
fetal desempenhando papel fundamental na iniciação do processo do parto normal. Esse
estímulo da glândula adrenal pode ser acompanhado pela avaliação da sua volumetria à
ultrassonografia. Os autores analisaram gestantes no período de 21 a 34 semanas gestacionais
que apresentavam sinais de TPP ou RPM, de forma que a ultrassonografia transvaginal
realizada foi bidimensional para aquisição dos dados da glândula adrenal os quais foram
analisados por um único investigador. As medições foram obtidas nos ângulos que permitiam
maior interface dos tecidos, ou seja, na glândula mais anterior em relação ao transdutor
(TURAN et. al, 2011).
Já se conhece que devido a ativação bioquímica, há aumento do sulfato de
dehidroepiandrosterona (SDHEA), o qual é produzido na zona fetal durante o processo do
parto e ,consequentemente, pode ser observado um aumento bidimensional na glândula
adrenal fetal, o qual é mais notável na zona fetal. Guler et al. (2015) referem que, através de
avaliação pelo ultrassom, foi observado que a glândula adrenal direita tem formato triangular,
tetrahedral, formatos de “v” ou “Y” com diversas variações; ao passo que a esquerda
apresentou prioritariamente forma semilunar e que, por isso, utilizou em sua pesquisa a
glândula adrenal esquerda em busca de uma normalização durante a avaliação.
No interior do útero, as glândulas suprarrenais fetais podem ser vizualizadas
bilateralmente com a utilização do ultrassom 2D, porém com o advento do ultrassom 3D,
surge uma alternativa viável para avaliar qualquer plano da glândula adrenal. Estudo mostra
que a avaliação por ultrassom 3D do volume da glândula adrenal pode ser útil para avaliação
do estado do crescimento fetal durante o período gestacional. O estudo se reporta a estudos
anteriores, que referem a dificuldade da separação da glândula suprarrenal a partir dos rins no
17
interior do útero, assim como, estudos que conseguiram imagens das glândulas suprarrenais a
partir de 30 semanas de gestação utilizando o ultrassom 2D. A pesquisa refere ainda que a
posição fetal adequada é condição indispensável para permitir a avaliação das glândulas
adrenais fetais, seja realizada com ultrassom 2D ou 3D e relata que melhorias em imagem 3D
de glândulas suprarrenais fetais estão sendo realizadas. Os autores referem a relevância de
resultados da avaliação da adrenal fetal pelo ultrassom 3D e sua utilidade na detecção de
tumores suprarrenais, assim como, nas anomalias fetais importantes durante o pré-natal
(CHANG et al., 2002).
Na vida fetal as glândulas suprarrenais são compostas por quatro zonas que são:
zona fetal, zona de transição, zona definitiva e cápsula - do interior para o exterior.
Dependendo da semana gestacional, as respostas dessas camadas ao eixo hipotálamo-hipófise
podem variar. Para compreensão do parto normal é indispensável o entendimento da ativação
fetal do eixo hipotálamo-pituitária-suprarrenais, assim como, da ativação endócrina e
sinalização da glândula adrenal fetal e placentária (CHANG et al., 2002).
De acordo com Ishimoto e Jaffe (2011), a fim de entender a biofisiologia e o
desenvolvimento da glândula adrenal fetal esforços têm sido realizados tendo em vista o seu
papel fundamental na regulação da homeostase intrauterina e no desenvolvimento e
maturação fetal. Sabe-se que a zona fetal é responsável pela produção de grandes quantidades
de andrógenos, os quais são utilizados pela placenta para biossíntese de estrógenos, porém
ainda são obscuros os papéis do meio estrogênico na gravidez humana. Os autores referem,
portanto, que de acordo com suas capacidades endócrinas o feto humano apresenta grandes
glândulas suprarrenais e que logo após o nascimento essas glândulas involuem rapidamente,
devido a diminuição na secreção de androgênio, de forma que há uma redução de cerca de
50% no peso total das glândulas.
Turan et al. (2011), em análise comparativa do valor preditivo da glândula adrenal
fetal em relação à medida do comprimento do colo uterino, encontraram a medida
volumétrica da glândula adrenal se apresentando como melhor preditor de PPT dentro de sete
dias do que a medida do comprimento do colo uterino. Eles analisaram em conjunto pacientes
com sintomas de TPP ou RPM, com ou sem sintomas. Nesse estudo, há a confirmação de que
há aumento nas dimensões da glândula suprarrenal e que a zona fetal aumenta juntamente
com a glândula adrenal de acordo com desenvolvimento fisiológico e que há ampliação
especialmente nas últimas seis semanas de gestação; porém, vale ressaltar que a proporção da
glândula e da zona fetal permanecem constante ao longo da gestação. Dessa forma, se houver
18
aumento desproporcional no tamanho da glândula adrenal, permite reconhecimento da cascata
para nascimento prematuro de forma não invasiva.
Segundo Fujita et al.(2001) existe dificuldade na precisão em medir o volume de
fluxo sanguíneo em órgãos de fetos humanos. Os autores referem que existem poucos relatos
da circulação da glândula adrenal em fetos humanos, porém referem que com recentes
avanços no sistema de imagens de fluxo de cor a detecção de pequenos vasos de fetos
humanos foi possível. O estudo relata que para detecção da circulação da artéria adrenal deve
ser adotada a ateria adrenal média.
No estudo acima referido os valores do IR da artéria adrenal fetal entre 24 e 41
semanas de gestação, mostrou aumento até 31 semanas e diminuição depois de 32 semanas de
gestação. O valor de IR reflete a resistência vascular periférica e, portanto diminui a medida
que aumenta o leito vascular. Dessa forma, o estudo sugere que as mudanças no IR devam
acontecer em decorrência do aumento vascular das glândulas suprarrenais (FUJITA at al.,
2001).
Até então, não há na literatura nenhuma publicação com avaliação do Doppler da
artéria adrenal fetal para predição de parto prematuro. Levantou-se a hipótese que, havendo
aumento volumétrico da glândula, deve haver aumento da sua circulação (vasodilatação com
diminuição da resistência).
Diante do exposto, através dessa pesquisa propõe-se a utilizar a medição do colo
uterino, a biometria e a dopplervelocimetria da glândula adrenal fetal em mulheres com
sintomas de TPP idiopático a fim de avaliar a capacidade de predição para o parto prematuro.
Entendemos que a busca de fatores que possa predizer TPP é de fundamental
importância tendo em vista toda a repercussão que a prematuridade poderá trazer para as
mulheres, para os bebês e para a sociedade como um todo.
19
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Avaliar a capacidade de predição das alterações morfofuncionais da glândula
adrenal fetal em pacientes com sintomas de trabalho de parto prematuro e membranas íntegras
e compará-la à medida do colo uterino nessa predição.
2.2 Objetivos Específicos
Avaliar a capacidade de predição do parto prematuro através da
dopplervelocimetria da artéria adrenal fetal em pacientes com sintomas de trabalho de parto
prematuro e membranas íntegras.
Avaliar a capacidade de predição do parto prematuro através da biometria da
glândula adrenal fetal utilizando as medidas do comprimento, largura, profundidade em seus
componentes central e total, além da relação central e total de cada medida.
20
METODOLOGIA
3.1 Tipo de estudo
O estudo realizado foi do tipo transversal e com abordagem quantitativa. Segundo
Moresi (2003), a pesquisa quantitativa deve ser projetada de forma especial para gerar
medidas que sejam confiáveis e precisas, assim como que tais medidas possam permitir uma
análise estatística. O autor ainda refere que após a realização de uma criteriosa análise
estatística a pesquisa quantitativa baseada em características observáveis poderá criar modelos
de predição.
3.2 Local de estudo
O estudo foi realizado na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC)-
UFC, em Fortaleza-Ce, referência no atendimento a pacientes de médio e alto risco
gestacionais, provenientes da capital e do interior e que compõe juntamente com o Hospital
Universitário Walter Cantídio, a Faculdade de Medicina e a Faculdade de Enfermagem,
Farmácia e Odontologia, o Campus do Porangabussu, da Universidade Federal do Ceará. Essa
Instituição possui 10.762,63 m² de área construída, em torno de 220 leitos divididos entre as
especialidades de Ginecologia-Obstetrícia e Neonatologia. Conta com equipe multidisciplinar
de 947 funcionários, dentre servidores, prestadores de serviço e terceirizados, realizando
atendimento integral à saúde da mulher e do recém-nascido (MEAC, 2011).
3.3 População
Pacientes consecutivamente internadas no setor de obstetrícia da MEAC com
suposto diagnóstico clínico de TPP e idades gestacionais entre 24 e 36 semanas foram
recrutadas para o estudo. Foi definido como diagnóstico clínico: a presença de sinais/sintomas
de TPP (dor abdominal com contrações uterinas regulares associadas a modificações cervicais
e compreensão da necessidade de uso de medicação tocolítica pelo médico que a avaliou).
Todas, exceto aquelas com idade gestacional acima de 34 semanas, receberam medicação
tocolítica (Nifedipina) e corticoide profilaxia (Dexametasona - 12 mg intramuscular duas
doses com intervalo de 24 horas). A tocólise foi mantida por no máximo 72 horas.
3.4 Amostra
Foram recrutadas para o estudo 68 pacientes das quais 5 foram retiradas da análise
final por apresentarem algum critério de exclusão e 6 por perda de seguimento
impossibilitando a obtenção de dados do parto. Sendo, portanto, 57 pacientes submetidas à
análise final.
21
3.5 Critérios de exclusão
Foram excluídas da amostra gestantes com diagnóstico de diabetes melitus (DM)
pré-gestacional ou gestacional, hipertensão arterial crônica (HAC) ou pré-eclâmpsia,
patologias endócrinas, incluindo da glândula adrenal, distúrbios do líquido amniótico e fetos
com malformações (verificadas ao ultrassom pré-natal ou diagnosticados no período neonatal
imediato) ou sinais de sofrimento agudo (cardiotocografia anormal) ou crônico (alteração ao
Doppler de artéria umbilical ou restrição de crescimento fetal, definido como peso estimado
abaixo do percentil 10 para idade gestacional). Também foram excluídas as pacientes com uso
de progesterona para profilaxia de PPT ou com internamento ou tratamento ambulatorial
anterior para TPP.
3.6 Procedimento de coleta de dados
Foi realizado o preenchimento da ficha de coleta de dados (apêndice 1) com
informações de identificação (idade, paridade, raça), antecedentes obstétricos (paridade,
história de parto prematuro), gestação atual ( idade gestacional no momento da avaliação
(estimada pela data da última menstruação e confirmada por ultrassom anterior à 20ª semana
gestacional), ultrassonografia (estimativa do peso fetal, glândula adrenal fetal e colo uterino),
dopplervelocimetria da artéria adrenal média (cálculo dos índices ângulo-independentes e
verificação da presença de diástole positiva) e resultados gestacionais (tempo decorrido da
avaliação até o parto, idade gestacional no momento da resolução parto, via de parto, peso ao
nascer, Apgar de primeiro e quinto minutos).
Avaliou-se, como variável dicotômica, os principais pontos de corte já descritos
anteriormente (Turan, 2011) de 20mm para o comprimento de colo uterino, de 420mm3 /Kg
para análise da relação do volume da adrenal pelo peso fetal estimado e de 49,7 para relação
de comprimento central e total a fim de efeitos comparativos.
A variável desfecho principal foi o tempo decorrido da avaliação até o parto com
subclassificação em dois grupos: aquelas que tiveram o parto em até sete dias ou depois do
sétimo dia da avaliação ultrassonográfica.
3.6.1 Avaliação ultrassonográfica do colo uterino
Ultrassom foi realizado dentro das primeiras 24 horas da admissão, com o
aparelho Voluson S6 systems (Voluson Expert; General Electric Medical Systems,
22
Milwaukee, WI). As avaliações do colo uterino foram realizadas pela via vaginal: (1) medida
do comprimento do colo uterino seguiu padrão internacional da FMF (Fetal Medicine
Foundation) – com a sonda colocada no terço médio da vagina três medidas foram realizadas
com intervalo de três minutos entre a primeira e a última, considerou-se o menor valor
encontrado entre o orifício interno e o externo do canal cervical e (2) Presença ou ausência do
ecoglandular endocervical.
3.6.2 Avaliação ultrassonográfica da glândula adrenal fetal
Durante o exame de US obstétrico foram realizadas também as medidas da
biometria da glândula adrenal que seguiu metodologia descrita por Turan et al (2011) com
avaliação bidimensional em três planos. Calculou-se o volume seguindo a regra de formato
elipsóide (0,532 x comprimento x largura x profundidade), as relações da zona central com a
zona total nos três planos (corte transversal do abdome fetal para avaliar o comprimento,
plano coronal para a largura e plano sagital para profundidade) e a relação do volume adrenal
pelo peso fetal estimado, considerada independente da idade gestacional. A glândula adrenal
selecionada foi a mais próxima do transdutor ultrassonográfico.
Foi realizada apenas uma avaliação em cada paciente por um único avaliador
(FHCC), que possui habilitação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica e passou por
curva de aprendizagem para a glândula adrenal de 20 exames antes de iniciar a inclusão dos
casos para diminuir a chance de variabilidade intra ou inter-observador.
3.6.3 Avaliação pela dopplervelocimetria da artéria adrenal
Ultrassom foi realizado dentro das primeiras 24 horas da admissão, com o
aparelho Voluson S6 systems (Voluson Expert; General Electric Medical Systems,
Milwaukee, WI). A dopplervelocimetria da artéria adrenal média, para cálculo do índice de
resistência (IR), índice de pulsatilidade (IP) e da relação A/B (sistólico/diástole), seguiu
metodologia descrita por Fujita et al (2001).
Com a paciente em repouso na posição semi-sentada (elevação da cabeceira cerca
de 20-30°) identificou-seo plano de corte transversal do abdômen superior fetal, na altura das
glândulas suprarrenais. Com o color e/ou power Doppler foi identificada a artéria adrenal
média, ramo da aorta, na entrada do hilo adrenal. Em seguida realizou-se o Doppler pulsado
23
na adrenal mais próxima ao transdutor em momento de ausência de contração uterina e
repouso fetal, ausência de movimentação corporal ou movimentos respiratórios. Utilizou-se
filtro de 100 Hz, janela amostral de 2mm e ângulo de insonação menor que 30°. Após
obtenção de pelo menos cinco ondas de velocidade de fluxo consecutivas e simétricas foram
calculados os valores do IR, IP e A/B. Verificou-se também a presença ou ausência de fluxo
diastólico final.
Foi realizada apenas uma avaliação em cada paciente por um único avaliador
(FHCC), que possui habilitação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica e passou por
curva de aprendizagem para o Doppler da glândula adrenal de 20 exames antes de iniciar a
inclusão dos casos para diminuir a chance de variabilidade intra ou inter-observador.
3.7 Seguimento das pacientes
As pacientes foram seguidas segundo protocolos da instituição: Após cessarem as
contrações, foram liberadas para acompanhamento ambulatorial no Serviço de Medicina
Materno Fetal da instituição com progesterona intravaginal 100mcg/dia. Todos os partos que
ocorreram antes da 32ª semana completa de gestação receberam sulfato de magnésio para
neuroproteção durante a fase ativa do trabalho de parto ou pelo menos duas horas antes da
cesariana. Os partos que não ocorreram na instituição tiveram suas informações colhidas por
telefonemas para cada uma das gestantes em períodos diferentes, sendo adaptados à sua idade
gestacional.
Os dados foram tabulados no Excel e analisados no programa Statistical Package
for Social Sciences for Personal Computer (SPSS 20; SPSS Inc, Chicago, IL).
Na análise estatística foi considerado nível de significância de p<0,05. Utilizou-se
o teste Exato de Fisher para comparação das variáveis nominais. Verificou-se distribuição das
variáveis contínuas através de teste Shapiro-Wilk. Para as variáveis possuidoras de
distribuição normal foi utilizado o teste t-Student e, para as que não possuiam distribuição
normal foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Foi realizado curva ROC para definir ponto de
corte para o comprimento do colo uterino e para as medidas biométricas da glândula adrenal
que se mostraram boas preditoras do parto ocorrer dentro de 7 dias. Foi calculado
sensibilidade, especificidade, acurácia, valores preditivos positivos e negativos e taxas de
falsos positivos e negativos para cada ponto de corte calculado através da curva ROC. Foi
realizado curva ROC para definir ponto de corte para os índices do Doppler da artéria adrenal
24
que se mostraram bons preditores do parto ocorrer dentro de 7 dias. Foi calculado
sensibilidade, especificidade, acurácia, valores preditivos positivos e negativos e taxas de
falsos positivos e negativos para cada ponto de corte calculado através da curva ROC.
Analisou-se inicialmente toda a população selecionada após exclusões e depois a
subpopulação sem história prévia de parto prematuro na tentativa de garantir uma maior
homogeneidade da amostragem, subgrupo este que pode ser entendido como população de
baixo risco.
3.8 Aspectos éticos
Respeitou-se a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, a qual incorpora
todos os preceitos éticos da pesquisa com seres humanos. Todas as gestantes selecionadas
fizeram a leitura, apreciação e assinatura o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), sendo garantida a voluntariedade além da preservação da autonomia de todos os
sujeitos participantes. O TCLE (apêndice 2) foi redigido de forma adequada para
compreensão dos participantes e em seu conteúdo foram fornecidas informações completas
sobre a pesquisa tais como: riscos, benefícios, procedimentos realizados, informações sobre a
relevância social da pesquisa além da informação de manutenção da confidencialidade das
informações obtidas.
O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
instituição sob número 640.692.
25
3. RESULTADOS
4.1 Artigo 1
PREDIÇÃO DE PARTO EM SETE DIAS PELA BIOMETRIA DA GLÂNDULA
ADRENAL FETAL EM PACIENTES COM SINTOMAS DE TRABALHO DE PARTO
PREMATURO E MEMBRANAS ÍNTEGRAS
RESUMO
Objetivos: O objetivo do presente estudo é avaliar a capacidade de predição da biometria da
glândula adrenal fetal em pacientes com sintomas de trabalho de parto prematuro e
membranas íntegras e compará-la à medida do colo uterino. Metodologia: Estudo do tipo
transversal, prospectivo, foi realizado na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand-UFC de
abril de 2014 a março de 2015 com 57 pacientes consecutivamente internadas no setor de
obstetrícia com idades gestacionais entre 24 e 36 semanas. Foram excluídas as pacientes com
diabetes, hipertensão, malformações ou restrição do crescimento fetais. Ultrassom foi
realizada no primeiro dia da admissão para a medida do comprimento do colo uterino
(transvaginal) e biometria da glândula adrenal fetal. A variável desfecho foi o tempo
decorrido até o parto com subclassificação em dois grupos: aquelas que tiveram o parto em
até sete dias ou depois do sétimo dia. Considerou-se nível de significância de p<0,05.
Utilizou-se o teste Exato de Fisher para variáveis nominais o teste t-Student ou de Mann-
Whitney para as variáveis contínuas. Foi realizado curva ROC para definir pontos de corte.
Resultados: A prevalência de parto dentro de sete dias foi de 33,3% na população total e de
32,6% na subpopulação sem antecedente de parto prematuro. Quando se avaliou a população
geral, não houve diferença estatística para nenhum dos parâmetros da glândula adrenal fetal.
Para a subpopulação sem antecedente de parto prematuro (baixo risco), houve diferença
estatística para a profundidade, tanto em seu componente total e central (fetal) quanto em sua
relação (central/total). Os pontos de corte encontrados foram 13,1 mm, 7,7 mm e 53,5,
respectivamente. Encontraram-se sensibilidades semelhantes (variando de 71,4 a 76,9%)
àquelas apresentadas pela medida do colo uterino; no entanto, com especificidades (variando
de 55,2 a 69%) e acurácias (de 60,5 a 72,1%) mais baixas. Conclusões: A profundidade da
glândula adrenal é capaz de predizer a ocorrência de parto dentro de sete dias em pacientes
sem antecedente de parto prematuro. Sua capacidade (acurácia) de predição foi menor que a
medida do colo uterino.
26
Palavras-chave: Trabalho de parto prematuro. Ultrassonografia transvaginal. Colo uterino.
Glândulas adrenais.
ABSTRACT
Objectives: The purpose of this study is to evaluate the predicting capacity of premature
delivery by way off the Doppler velocimetry of the fetal adrenal artery in patients who are
undergoing symptoms of premature labor and untouched membranes. Methodology:A
transverse kind study was carried out the “Assis Chateaubriand’ Maternity School at the
Federal University of Ceará from april 2014 to March 2015 on fifty-seven (57) patients
consecutively hospitalized at the obstetrics section at pregnant age ranged from 24 to 36
weeks. Patients suffering from diabetes, hypertension, malformations or fetal-development
restriction were excluded. Doppler’s velocimetry of the fetal adrenal artery was carried out to
evaluate the final diastole (present or absent) as well as the angle-independent indices:
resistance index (RI), pulsatory index (PI) and the A/B relation (systole/diastole relation). The
outcome variable was the time elapsed until the delivery itself with a subclassification into
two groups: the ones who had their delivery up to seven days or after the seventhy day. The
significance level considered was p< 0,05. Fisher’s Exact test for nominal variables and the T-
student or the Mann-Whitney tests for continuous variables were administered. The ‘ ROC’
curve was carried out to define cutoffs. Results: The prevalence delivery within seven days
was 33,3% in the general population and 32,6% in the subpopulation with no previous history
of premature delivery. There was a statistical difference for the RI of the Doppler of the fetal
adrenal artery in the total population as well as in the subpopulation with no previous history
of premature delivery (low risk). The cutoffs found were 0,82 and 0,77, respectively. Similar
sensibilities of 78,9% and 78,6%, and accuracy of 59,5% and 66,5%, respectively, were
found. Conclusions: The resistance index (RI) of the Doppler of the adrenal artery was
capable of predicting the delivery occurrence within seven days and, more significantly, in
patients who had no previous history of premature delivery.
Key words and Expressions: premature labor, transvaginal ultrasonography, uterine collum,
adrenal glands, Doppler effect.
27
INTRODUÇÃO
A predição de parto prematuro (PPT), através da utilização de testes mais
específicos, ajudará a evitar tratamentos desnecessários além de custos excessivos em
pacientes inicialmente classificadas como de alto risco para partos prematuros devido sua
história clínico-obstétrica. Outro fator importante é que cerca de metade dos partos
prematuros ocorrem em pacientes inicialmente classificadas como de baixo risco.1 Dentre os
diversos testes preditivos, os que demonstraram ser mais efetivos foram: a monitoração das
contrações uterinas, a avaliação do comprimento do colo uterino pela ultrassonografia
endovaginal e as pesquisas de marcadores bioquímicos.2,3
Além da incapacidade de predição exata do parto prematuro, enfrenta-se outra
dificuldade: diagnosticar o trabalho de parto prematuro (TPP). Na maioria das vezes,
diagnosticar corretamente o verdadeiro trabalho de parto prematuro é extremamente difícil, e
a evolução para parto em um período de 24 a 48 horas se apresenta em apenas um terço dos
supostos diagnósticos. Aproximadamente 50% dessas pacientes terão sua gestação ultimada
antes de 37 semanas.1
O Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia recomenda atualmente dois
testes para predição de parto prematuro: medida do colo uterino e fibronectina fetal. 4,5
Até o momento a medida do colo uterino tem se mostrado como excelente
marcador ultrassonográfico para PPT, em mulheres de alto e baixo risco; sendo dessa forma
amplamente utilizado como forma de verificar estimativa de risco. 6,3
Existem evidências de sinalização endócrina da glândula adrenal fetal
desempenhando papel fundamental na iniciação do processo do parto normal. 7 Esse estímulo
da glândula adrenal pode ser acompanhado pela avaliação das suas características à
ultrassonografia. Há aumento fisiológico nas dimensões da glândula adrenal e de sua zona
central (fetal), ocorrendo aceleração especialmente nas últimas seis semanas de gestação. No
entanto, a proporção entre a zona fetal e total da glândula permanece constante. Dessa forma,
se houver aumento desproporcional no tamanho da glândula adrenal e/ou das suas proporções
possibilita reconhecimento da cascata para nascimento prematuro de forma não invasiva. 8, 9
Turan et al. foram os primeiros a descrever, em 2007, que a verificação da
volumetria da glândula adrenal fetal, avaliada por ultrassom 3D, foi capaz de predizer parto
nos próximos dias. O mesmo grupo, em 20118, encontrou que a medida volumétrica da
glândula adrenal se apresentou como melhor preditor de parto dentro de sete dias do que a
medida do comprimento do colo uterino. Eles analisaram em conjunto pacientes com
28
sintomas de TPP e rotura prematura de membranas ovulares (RPMO). Nos casos de RPMO a
medida do colo foi realizada pela via trasnperineal.
Outro grupo de pesquisadores10, avaliando pacientes assintomáticas, verificou
resultados diferentes: as glândulas adrenais encontravam-se menores em pacientes que
tiveram parto prematuro em relação àquelas que pariram no termo (dados apresentados em
congresso).
Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no processo de PPT espontâneo
podem ser diferentes daqueles envolvidos na RPMO 11,12, especialmente se assintomáticas. O
período de latência em RPMO pode ser bem variável e tende a ser maior quanto menor é a
idade gestacional e aumenta com o uso de antibiótico profilaxia. 13,14
Portanto, o objetivo do presente estudo é avaliar a capacidade de predição da
biometria da glândula adrenal fetal exclusivamente em pacientes com sintomas de trabalho de
parto e membranas íntegras e compará-la à medida do colo uterino nessa predição.
METODOLOGIA
Estudo do tipo transversal, prospectivo, foi realizado na Maternidade-Escola
Assis Chateaubriand (MEAC)-UFC, em Fortaleza-Ce (Brasil), de abril de 2014 a março de
2015. Pacientes consecutivamente internadas no setor de obstetrícia com suposto diagnóstico
clínico de TPP e idades gestacionais entre 24 e 36 semanas foram recrutadas para o estudo.
Foi definido como diagnóstico clínico: a presença de sinais/sintomas de TPP (dor abdominal
com contrações uterinas regulares associadas a modificações cervicais e compreensão da
necessidade de uso de medicação tocolítica pelo médico que a avaliou). Todas, exceto aquelas
com idade gestacional acima de 34 semanas, receberam medicação tocolítica (Nifedipina) e
profilaxia com corticóide (Dexametasona - 12 mg intramuscular duas doses com intervalo de
24 horas). A tocólise foi mantida por no máximo 72 horas. Foram excluídas da amostra
gestantes com diagnóstico de diabetes melitus (DM) pré-gestacional ou gestacional,
hipertensão arterial crônica (HAC) ou pré-eclâmpsia, patologias endócrinas, incluindo da
glândula adrenal, distúrbios do líquido amniótico e fetos com malformações (verificadas ao
ultrassom pré-natal ou diagnosticados no período neonatal imediato) ou sinais de sofrimento
agudo (cardiotocografia anormal) ou crônico (alteração ao Doppler de artéria umbilical ou
restrição de crescimento fetal, definido como peso estimado abaixo do percentil 10 para idade
gestacional)15. Também foram excluídas as pacientes com uso de progesterona para profilaxia
de PPT ou com internamento ou tratamento ambulatorial anterior para TPP.
29
As variáveis de interesse foram: idade, paridade, raça, história de parto prematuro,
idade gestacional no momento da avaliação (estimada pela data da última menstruação e
confirmada por ultrassom anterior à 20ª semana gestacional), ultrassonografia (estimativa do
peso fetal, glândula adrenal fetal e colo uterino) e resultados gestacionais (tempo decorrido da
avaliação até o parto, idade gestacional no momento da resolução parto, via de parto, peso ao
nascer, Apgar de primeiro e quinto minutos). Avaliou-se, como variável dicotômica, os
principais pontos de corte já descritos anteriormente (Turan et al., 2011)8 de 20mm para o
comprimento de colo uterino, de 420mm3 /Kg para análise da relação do volume da adrenal
pelo peso fetal estimado e de 49,7 para relação de comprimento central e total a fim de efeitos
comparativos.
A variável desfecho principal foi o tempo decorrido da avaliação até o parto com
subclassificação em dois grupos: aquelas que tiveram o parto em até sete dias ou depois do
sétimo dia da avaliação ultrassonográfica.
Ultrassom foi realizado dentro das primeiras 24 horas da admissão, com o
aparelho Voluson S6 systems (Voluson Expert; General Electric Medical Systems,
Milwaukee, WI). As avaliações do colo uterino foram realizadas pela via vaginal: (1) medida
do comprimento do colo uterino seguiu padrão internacional da FMF (Fetal Medicine
Foundation)16 – com a sonda colocada no terço médio da vagina, três medidas foram
realizadas com intervalo de três minutos entre a primeira e a última, considerou-se o menor
valor encontrado entre o orifício interno e o externo do canal cervical e (2) Presença ou
ausência do ecoglandular endocervical. A biometria da glândula adrenal seguiu metodologia
descrita por Turan et al (2011)8 , com avaliação bidimensional em três planos. Calculou-se o
volume seguindo a regra de formato elipsóide (0,532 x comprimento x largura x
profundidade), as relações da zona central com a zona total nos três planos (corte transversal
do abdome fetal para avaliar o comprimento, plano coronal para a largura e plano sagital para
profundidade) e a relação do volume adrenal pelo peso fetal estimado, considerada
independente da idade gestacional. A glândula adrenal selecionada foi a mais próxima do
transdutor ultrassonográfico.
Foi realizada apenas uma avaliação em cada paciente por um único avaliador
(FHCC), que possui habilitação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica e passou por
curva de aprendizagem para a glândula adrenal de 20 exames antes de iniciar a inclusão dos
casos para diminuir a chance de variabilidade intra ou inter-observador.
30
As pacientes foram seguidas segundo protocolos da instituição: após cessarem as
contrações, foram liberadas para acompanhamento ambulatorial no Serviço de Medicina
Materno Fetal da instituição com progesterona intravaginal 100mcg/dia. Todos os partos que
ocorreram antes da 32ª semana completa de gestação receberam sulfato de magnésio para
neuroproteção durante a fase ativa do trabalho de parto ou pelo menos duas horas antes da
cesariana. Os partos que não ocorreram na instituição tiveram suas informações colhidas por
telefonemas para cada uma das gestantes em períodos diferentes, sendo adaptados à sua idade
gestacional.
Os dados foram tabulados no Excel e analisados no programa Statistical Package
for Social Sciences for Personal Computer (SPSS 20; SPSS Inc, Chicago, IL).
Na análise estatística foi considerado nível de significância de p<0,05. Utilizou-se
o teste Exato de Fisher para comparação das variáveis nominais. Verificou-se distribuição das
variáveis contínuas através de teste Shapiro-Wilk. Para as variáveis possuidoras de
distribuição normal foi utilizado o teste t-Student e, para as que não possuíam distribuição
normal foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Foi realizado curva ROC para definir ponto de
corte para o comprimento do colo uterino e para as medidas biométricas da glândula adrenal
que se mostraram boas preditoras do parto ocorrer dentro de sete dias. Foi calculado
sensibilidade, especificidade, acurácia, valores preditivos positivos e negativos e taxas de
falsos positivos e negativos para cada ponto de corte calculado através da curva ROC.
Analisou-se inicialmente toda a população selecionada após exclusões e depois a
subpopulação sem história prévia de parto prematuro na tentativa de garantir maior
homogeneidade da amostragem, subgrupo este que pode ser entendido como população de
baixo risco.
Respeitou-se a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, a qual incorpora
todos os preceitos éticos da pesquisa com seres humanos. Todas as gestantes selecionadas
fizeram a leitura, apreciação e assinatura o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
instituição sob número 640.692
31
RESULTADOS
Foram recrutadas para o estudo 68 pacientes das quais 11 foram retiradas da
análise final sendo seis por apresentarem algum critério de exclusão (uma hidronefrose fetal,
um recém-nascido pequeno para idade gestacional, duas gestantes hipertensas e duas com
diabetes melitus, uma delas diabetes gestacional) e cinco por perda de seguimento. Sendo,
portanto, 57 pacientes submetidas à análise final. Dezenove participantes apresentaram parto
dentro de sete dias (33,3%) e 38 (66,7%) parto em tempo maior do que sete dias.
São apresentados as características clínicas, demográficas e dos resultados
gestacionais da amostra. Não houve diferença estatística para nenhuma das variáveis
analisadas (tabela1).
Tabela 1. Distribuição das características demográficas e de resultados obstétricos de
acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois)
CARACTERÍSTICAS TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7 DIAS PARTO > 7 DIAS VALOR - P
Idade (Média±
DP)
23,3 ± 6,5 25,2 ± 7,8 22,3 ± 5,6 0,198#
Paridade (Média±
DP)
0,8 ± 1,0 0,9 ± 1,2 0,7 ± 0,9 0,877#
Raça n (%) 39 (100%) 15 (38,5%) 24 (61,5%)
Não Branca 16 (41%) 7(43,8%) 9 (56,2%)
Branca 23(59%) 8 (34,8%) 15 (65,2%) 0,740*
IG (semanas) na
coleta (Média±
DP)
31,4 ± 3,3 32,2 ±3,7 31,0 ± 2,9 0,139#
Prematuridade
anterior N(%)
48 (100%) 16 (33,3%) 32 (66,6%) 1,000*
Não 40 (83,3%) 13 (32,5%) 27 (67,5%)
Sim 8 (16,7%) 3 (37,5%) 5 (62,5%)
Corticóide , n (%) 48 (100%) 16 (33,3%) 32 (66,7%) 0,254*
sim 45 (93,8%) 14 (31,1%) 31 (68,9%)
não 3 (6,3%) 2 (66,7%) 1 (33,3%)
US realizado 53 (100%) 17 (32,1%) 36 (67,9%) 0,252*
32
depois corticoide,
n (%)
sim 45 (84,9%) 13 (28,9%) 32 (71,1%)
não 8 (15,1%) 4 (50%) 4 (50%)
Resultado
Obstétrico:
IG (semanas)
no parto
(Média± DP)
35,6 ± 3,6 34,1 ± 3,7 36,9 ± 3,2 0,045&
Peso ao
nascimento em
g, (Média± DP)
2588,5 ± 763,4 2033,6 ± 658,0 3004,7 ± 546,2 < 0,001&
Via de Parto 39 (100%) 17 (43,6%) 22 (56,4%)
Cesariana, n
(%)
14 (35,9%) 6 (42,9%) 8 (57,1%) 1,00*
Vaginal, n (%) 25 (64,1%) 11(44%) 14 (56%)
Sexo 41 (100%) 18 (43,9%) 23 (56,1%) 1,00*
Masculino (%) 23 (56,1%) 10 (43,5%) 13 (56,5%)
Feminino (%) 18 (43,9%) 8 (44,4%) 10 (55,6%)
* Teste exato de Fisher
# Teste t-Student
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
São apresentadas as comparações dos dados da avaliação ultrassonográfica entre
os dois grupos. O comprimento do colo uterino, a prevalência de colos curtos considerando o
ponto de corte de 20 mm e o eco glandular endocervical apresentaram diferenças
estatisticamente significantes entre os grupos. Não houve diferença para nenhum dos
parâmetros da glândula adrenal fetal (tabela 2 ).
A média do comprimento do colo uterino no grupo que o parto ocorreu dentro de
sete dias foi de 8,5 (± 15,1) mm e no grupo cujo parto ocorreu após o sétimo dia da avaliação
foi de 25,5 (± 15,2) mm (p = 0,001). Observou-se colo curto em 13 (76,5%) e em 10 (27,8%)
participantes dos grupos, respectivamente (p = 0,001). A ausência de eco glandular
endocervical foi observada em 11 (73,3%) e em 10 (25%) participantes dos grupos,
respectivamente (p = 0,003).
33
Tabela 2 - Distribuição das características ultrassonográficas do colo uterino e da
glândula adrenal fetal de acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois)
DADOS DO
ULTRASSOM
TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7 DIAS PARTO > 7 DIAS VALOR - P
Colo Uter.,
mm (Média±
DP)
20,1 ± 17,1 8,5 ± 15,1 25,5 ± 15,2 0,001&
Colo Uter. n (%) 53 (100%) 17 (32,1%) 36 (67,9%)
< 20mm 23 (43,4%) 13 (56,5%) 10 (43,5%) 0,001*
≥ 20mm 30 (56,6%) 4 (13,3%) 26 (86,7%)
Ecoglandular
n (%)
47 (100%) 15 (31,9%) 32 (68,1%) 0,003*
Sim n (%) 28 (59,6%) 4 (14,3%) 24 (85,7%)
Não n (%) 19 (40,4%) 11 (57,9%) 8 (42,1%)
Volume 2D, mm3
(Média± DP)
1505,6 ±802,7 1615,2 ± 700,4 1453,7 ± 850,8 0,487#
Comprimento
adrenal (mm):
Total
(Média± DP)
19,9 ± 4,5 20,7 ± 4,4 19,5 ± 4,5 0,343#
Central
(Média± DP)
11,8 ± 3,3 12,0 ± 3,7 11,7 ± 3,2 0,680#
Relação C/T
(Média± DP)
59,4 ± 9,3 57,1 ± 9,9 60,5 ± 8,9 0,199#
Relação
comp. C/T n
(%)
57 (100%) 19(33,3%) 38 (66,7%) 0,275#
≤ 49,7 10 (17,5%) 5 (50%) 5 (50%)
> 49,7 47 (82,5%) 14 (29,8%) 33 (70,2%)
34
Largura (mm):
Total
(Média± DP)
10,9 ± 3,2 11,1 ± 2,2 10,7 ± 3,7 0,667#
Central
(Média± DP)
5,2 ± 2,3 5,1 ± 1,9 5,3 ± 2,5 1,00#
Relação C/T
(Média± DP)
46,4 ± 10,1 45,4 ± 10,7 46,9 ± 9,9 0,596#
Profundidade
(mm):
Total
(Média± DP)
13,7 ± 3,1 14,7 ± 3,4 13,2 ± 2,8 0,085#
Central
(Média± DP)
7,2 ± 2,5 8,1 ± 2,8 6,7 ± 2,3 0,047&
Relação C/T
(Média± DP)
51,6 ± 11,5 54,9 ± 12,1 49,9 ± 10,9 0,129#
Relação
volume/PFE,
mm3/kg
(Média± DP)
771,8 ± 346,8 818,6 ± 252,4 749,7 ± 384,7 0,213#
Relação
volume/PFE,
mm3/kg
n (%)
56 (100%) 18 (32,1%) 38 (67,9%) 0,652#
≤ 420 6 (10,7%) 1 (16,7%) 5 (83,3%)
> 420 50 (89,3%) 17 (34%) 33 (66%)
* Teste exato de Fisher
# Teste t-Student
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
A figura 1 mostra análise pela curva ROC para o colo considerando uma
prevalência de ocorrer parto dentro de sete dias de 33,3%. A área sob a curva ROC foi de
0,780 (IC 95% 0,633-0,927) (p = 0,001).
35
Figura 1. Curva ROC para predição de parto dentro de sete dias pela medida do
comprimento do colo uterino.
O melhor ponto de corte encontrado foi de 11mm. Na Tabela 3 são apresentadas
as acurácias para os dois diferentes pontos de corte e para a ausência do eco glandular
endocervical.
Tabela 3. Análise comparativa pelos diferentes pontos de corte do colo uterino e
ausência do Ecoglandular endocervical.
Variável Sensibilid
ade %
Especificida
de %
VPP
%
FP
%
VPN
%
FN
%
Acurác
ia %
RVP
%
RVN
%
Colo Uterino < 11mm
76,5% 80,6% 66,3% 33,7%
87,3% 12,7%
79,2% 3,933 0,292
Colo Uterino < 20mm
76,5% 72,2% 57,9% 42,1%
86,0% 14% 73,6% 2,753 0,326
Ecoglandular ausente
73,3% 75% 59,4% 40,6%
84,9% 15,1%
74,4% 2,932 0,356
VPP –Valor preditivo Positivo; FP- Falso positivo; VPN – valor preditivo negativo; FN- Falso negativo; RVP-
Razão de verossimilhança positiva; RVN – Razão de verossimilhança negativa.
36
Nenhuma das variáveis da biometria da glândula adrenal mostrou-se boa preditora
de parto ocorrer dentro de sete dias. Portanto, decidiu-se analisar somente o subgrupo sem
história de parto prematuro prévio.
Para a análise da subpopulação sem histórico de parto prematuro, foram excluídas
seis gestantes onde não havia registro dessa informação e oito que informaram antecedente
desse desfecho. Portanto, foram avaliadas 43 participantes, 14 (32,6%) pariram em tempo
menor ou igual a sete dias e 29 (67,4%) em tempo maior que sete dias.
A tabela 4 mostra as variáveis clínicas, demográficas e de desfecho gestacional da
subpopulação sem antecedentes de parto prematuro. Não houve diferença estatística para
nenhuma das variáveis utilizadas.
Tabela 4. Distribuição das características demográficas e de resultados obstétricos de
acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois) na subpopulação sem
antecedente de parto prematuro.
CARACTERÍSTICAS TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
VALOR - P
Idade (Média± DP) 22,8 ± 6,5 24,7 ± 8,1 21,9 ±5,4 0,333&
Paridade (Média± DP) 0,6 ±1,0 0,8 ± 1,3 0,6 ± 0,8 0,880&
Raça n (%) 31 (100%) 11 (35,5%) 20 (64,5%) 0,255*
Não Branca 12 (38,7%) 6 (50%) 6 (50%)
Branca 19 (61,3%) 5 (26,3%) 14 (73,7%)
IG (semanas) na coleta
(Média± DP)
31,8 ± 3,2 32,8 ± 3,9 31,3 ± 2,8 0,189#
Corticóide , n (%) 36 (100%) 12 (33,3%) 24 (66,7%) 0,333*
sim 35 (97,2%) 11 (31,4%) 24 (68,6%)
não 1 (2,8%) 1 (100%) 0 (0%)
US realizado depois
corticoide, n (%)
40 (100%) 13 (32,5%) 27 (67,5%) 0,307*
sim 35 (87,5%) 10 (28,6%) 25 (71,4%)
não 5 (12,5%) 3 (60%) 2 (40%)
Resultado Obstétrico:
IG (semanas) no
parto (Média± DP)
36,3 ± 2,8 35,3 ± 2,7 37,1 ± 2,7 0,127#
Peso ao nascimento 2670,4 ± 736,4 2150,4 ± 628,9 3026,2 ± 584,2 0,000#
37
em g, (Média± DP)
Via de Parto 30 (100%) 13 (43,3%) 17 (56,7%) 0,708*
Cesariana, n (%) 11 (36,7%) 4 (36,4%) 7 (63,6%)
Vaginal, n (%) 19 (63,3%) 9 (47,4%) 10 (52,6%)
Sexo 31 (100%) 13 (41,9%) 18 (58,1%) 1,00*
Masculino (%) 19 (61,3%) 8 (42,1%) 11 (57,9%)
Feminino (%) 12 (38,7%) 5 (41,7%) 7 (58,3%)
* Teste exato de Fisher & Teste não paramétrico de Mann-Whitney # Teste t-Student
Semelhante ao observado na população total, os fatores EGE (p=0,014) e
comprimento de colo uterino (p=0,03) apresentaram significância estatística. A prevalência de
parto dentro de sete dias foi de 32,6% (Tabela 5).
Nesta subpopulação houve significância estatística para as medidas de
profundidade total (p=0,031) e central (p=0,009) da glândula adrenal e para a relação entre
profundidade central e total (profundidade C/T) (p=0,020) (Tabela 5). Quando analisou
pontos de corte já descritos na literatura, verificou-se que a relação C/T do comprimento da
adrenal > 49,7 foi observada em 11 (78,6%) no grupo que o parto ocorreu dentro de sete dias
e em 25 (86,2%) no grupo cujo parto ocorreu após o sétimo dia da avaliação (p = 0,159).
Observou-se relação do volume da adrenal com o peso fetal estimado > 420 mm3/Kg em 13
(92,9%) e em 25 (86,2%) participantes dos grupos, respectivamente (p = 1,00).
Tabela 5. Distribuição das características ultrassonográficas do colo uterino e da
glândula adrenal fetal de acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois) na
subpopulação sem parto prematuro anterior.
Dados do
Ultrassom
TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
VALOR - P
Ecoglandular n
(%)
36 (100%) 12 (33,3%) 24 (66,7%) 0,014*
Presente n
(%)
20 (55,6%) 3 (15%) 17 (85%)
Ausente n (%) 16 (44,4%) 9 (56,2%) 7 (43,8%)
Colo Uter. N (%) 40 (100%) 13 (32,5%) 27 (67,5%) 0,007*
< 20mm 18 (45%) 10 (55,6%) 8 (44,4%)
38
≥ 20mm 22 (55%) 3 (13,6%) 19 (86,4%)
Colo Uterino,
mm (Média±
DP)
18,5 ± 16,5 7,6 ± 14,8 23,7 ± 14,9 0,003#
Volume 2D,
mm3 (Média±
DP)
1571,7 ± 803,5 1736,5 ± 711,6 1492,1 ± 844,5 0,356#
Comprimento
(mm):
Total
(Média±
DP)
20,2 ± 4,4 21,3 ± 4,6 19,7 ± 4,3 0,265#
Central
(Média±
DP)
12,10 ± 3,4 12,60 ± 3,9 11,86 ± 3,2 0,979#
Relação C/T
(Média±
DP)
60,11 ± 9,2 57,85 ± 8,8 61,21 ± 9,3 0,269#
Largura (mm):
Total
(Média±
DP)
10,9 ± 2,9 11,4 ± 2,2 10,8 ± 3,3 0,497#
Central
(Média±
DP)
5,3 ± 2,3 5,3 ± 2,4 5,3 ± 2,1 0,979#
Relação C/T
(Média±
DP)
46,8 ± 10,1 45,5 ± 11,7 47,4 ± 9,4 0,578#
Profundidade
(mm):
Total
(Média±
DP)
13,9 ± 3,1 15,4 ± 3,2 13,2 ± 2,9 0,031#
39
Central
(Média±
DP)
7,5 ± 2,6 8,9 ± 2,5 6,8 ± 2,3 0,009#
Relação C/T
(Média±
DP)
53,4 ± 10,7 58,5 ± 11,3 50,9 ± 9,5 0,020#
Relação
volume/PFE,
mm3/kg
(Média± DP)
791,5 ± 377,3 859,9 ± 260,5 758,4 ± 422,6 0,154&
* Teste exato de Fisher
# Teste t-Student
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
Realizou-se curva ROC para as variáveis que se mostraram capazes de predizer a
ocorrência de parto dentro de sete dias com cálculo de novos pontos de corte para uma
prevalência de 32,6% desse desfecho (Figuras 2 a 5). Para a medida do colo uterino a área sob
a curva foi de 0,786 (IC 95% 0,618-0,954) (p=0,004). Para a profundidade total a área sob a
curva foi de 0,700 (IC 95% 0,531-0,868) (p= 0,036). Para a profundidade central (zona fetal)
a área sob a curva foi de 0,741 (IC 95% 0,573-0,910) (p= 0,011). Para a relação C/T da
profundidade a área sob a curva foi de 0,757 (IC 95% 0,583-0,932) (p= 0,010). A tabela 6
mostra as acurácias calculadas após definição de novos pontos de corte.
40
Figura 2. Análise da medida do colo uterino pela curva ROC na subpopulação de
pacientes sem histórico de parto prematuro para predição de parto ocorrer dentro de
sete dias.
41
Figura 3. Análise da profundidade total da glândula adrenal pela curva ROC na
subpopulação de pacientes sem histórico de parto prematuro para predição de parto
ocorrer dentro de sete dias.
42
Figura 4. Análise da profundidade central (zona fetal) da glândula adrenal pela curva
ROC na subpopulação sem histórico de parto prematuro para predição de parto ocorrer
dentro de sete dias.
43
Figura 5. Análise da relação CT da profundidade da glândula adrenal pela curva
ROC na subpopulação de pacientes sem histórico de parto prematuro para predição
de parto ocorrer dentro de sete dias.
Tabela 6. Pontos de Corte com significância para prevalência de partos ≤ 7 dias de
32,6% no grupo sem antecedente de parto prematuro
Pontos
de
Corte
mm
Sensi
bilida
de
Especif
icidade
VPP FP VPN FN Acurác
ia
RVP RVN
Glândula Adrenal
Profundidade total > 13,1mm
71,4% 55,2% 43,5% 56,5% 80,0% 20,0% 60,5% 1,593 0,518
Profundidade Central >7,7mm
78,6% 69,0% 55,0% 45,0% 86,9% 13,1% 72,1% 2,532 0,311
Profundidade CT >
76,9% 61,5% 49,2% 50,8% 84,6% 15,4% 66,6% 2,000 0,375
44
53,5 Colo útero <11mm
76,9% 77,8% 62,6% 37,4% 87,5% 12,5% 77,5% 3,462 0,297
Colo útero <20mm
76,9% 70,4% 55,7% 44,3% 86,3% 13,7% 72,5% 2,596 0,328
VPP –Valor preditivo Positivo; FP- Falso positivo; VPN – valor preditivo negativo; FN- Falso negativo; RVP-
Razão de verossimilhança positiva; RVN – Razão de verossimilhança negativa.
No grupo que engloba nossa amostra total (pacientes de alto e baixo risco) o risco
relativo (RR) para ocorrência de parto em tempo menor ou igual a sete dias foi de 4,05 (IC
95% 1,513-10,852) para ausência do EGE e de 4,24 (IC 95% 1,591-11,297) para gestantes
com comprimento de colo menor que 20mm.
Na subpopulação sem antecedentes de PPT, inicialmente consideradas de baixo
risco, encontrou-se RRde 3,75 (IC 95% 1,212 -11,600) para ausência do EGE e RR de 4,07
(IC 95% 1,316-12,610) para valores de comprimento de colo uterino menor que 20mm.
DISCUSSÃO
A população selecionada se assemelha a várias outras casuísticas: jovem (média
de idade de 22 anos), com baixa paridade (média de 0,6) e predominantemente da raça branca;
onde o parto ocorreu nos próximos dias em cerca de um terço delas (33,3% quando se
considerou pacientes de alto e baixo risco e 32,6% na subpopulação de baixo risco). É nesse
grupo de pacientes onde esforços para diferenciar os verdadeiros dos falsos trabalhos de
partos prematuros devem ser investigados para evitar tratamentos desnecessários e
encarecimento dos serviços de saúde.
Esse estudo é o primeiro que avaliou a capacidade da ultrassonografia da glândula
adrenal fetal na predição de parto dentro de sete dias em pacientes exclusivamente com
sintomas de trabalho de parto prematuro. Quando se avaliou toda a população, incluindo
pacientes de alto e baixo risco, não houve nenhum parâmetro capaz de predizer o parto nos
próximos dias.
Na avaliação da subpopulação de baixo risco, houve capacidade de predição dessa
ocorrência para a medida da profundidade da glândula adrenal, tanto seus componentes total e
central (fetal) quanto sua relação (central/total). Encontraram-se sensibilidades semelhantes
(variando de 71,4 a 76,9%) àquelas apresentadas pela medida do colo uterino; no entanto,
com especificidades (variando de 55,2 a 69%) e acurácias (de 60,5 a 72,1%) mais baixas.
A primeira associação causal entre a glândula adrenal fetal e o parto prematuro foi
aventada por Anderson et al., em 1971, ao observar em autópsias de natimortos prematuros
45
glândulas adrenais maiores.19 Desde então a compreensão dos mecanismos envolvidos na
ativação do início do trabalho de parto por hormônios adrenais tem se expandido.7,20,21 No
entanto, as investigações com ultrassonografia de glândula adrenal fetal no trabalho de parto
prematuro ainda são escassas e ainda não há definição absoluta da sua real efetividade nessa
predição ou a qual população se mostra mais útil: alto e/ou baixo risco, sintomáticas e/ou
assintomáticas.
O grupo do Turan et al8,9,22 encontrou capacidade de predição para que o parto
ocorra nos próximos dias tanto para volumetria 2D quanto 3D.8,9,22 Quando comparou com a
medida do colo uterino encontrou valores superiores de predição8; abrindo um horizonte de
expectativas com a descrição de um parâmetro de fácil execução (obtiveram sucesso na
medida em 86,5% dos casos), barata e reprodutível, com variabilidade intra e interobservador
muito pequena (variando de 1,5 a 3,5%, dependendo do parâmetro avaliado).9
O melhor parâmetro para predição do parto dentro de 5 dias (acurácia de 98%),
descrito em 2007, foi a relação volume adrenal 3D pelo peso fetal estimado (ponto de corte
encontrado de 422 mm³/Kg) com sensibilidade de 92% e especificidade de 99%. Em 2011,
descreveram especificamente as relações biométricas da zona central pela total para o
comprimento, a largura e a profundidade da glândula. O melhor parâmetro descrito foi a
relação central/total da profundidade com sensibilidade de 100% e especificidade de 89%
para o ponto de corte de 49,7.
Turan et al.8,9,22 considerou pacientes sintomáticas, mas avaliou uma população
muito heterogênea: incluiu em sua população pacientes de alto e baixo risco com sintomas de
trabalho de parto prematuro e com rotura prematura de membranas, mesmo que
assintomáticas. Cerca de um terço de suas pacientes (34 %, na publicação de 2007)
apresentavam RPMO, onde segundo evidências científicas23 atuais devem receber
antibioticoprofilaxia; e nessa população, essa conduta se associa com aumento do período de
latência. Nessa população a medida do colo foi avaliada pela via transperineal.
Sage et al.10 avaliaram somente pacientes assintomáticas. A prevalência de parto
prematuro foi de 9%. Encontraram dados diferentes dos descritos pelo grupo do Turan et
al:8,9,22 os fetos que vieram a nascer prematuramente apresentaram glândulas adrenais
menores que o grupo que pariu no termo. Houve diferença estatisticamente significante para a
relação volume da glândula pelo peso fetal estimado que foi de 0,33 cm³/Kg no grupo que
pariu prematuramente e 0,57 cm³/Kg no grupo que pariu no termo (p=0,006). Aqui, mais uma
vez, a população era bem heterogênea: havia pacientes de baixo e alto risco (antecedente de
46
parto prematuro, submetidas à circlagem cervical e com colo curto). Foi descrito que em
qualquer uma dessas subpopulações as adrenais eram menores no grupo que pariu
prematuramente. Esses dados foram apresentados em congresso, mas até então não
publicados, ou seja, não avaliados por pares; tornando de difícil avaliação sua qualidade
metodológica.
Nosso grupo objetivou avaliar a capacidade dessa predição em grupo populacional
mais homogêneo e nos dois grupos obstétricos, TPP e RPMO, separadamente. Esse
manuscrito refere-se aos resultados do grupo dos pacientes com sintomas de trabalho de parto
prematuro e membranas íntegras. Encontrou-se que a adrenal só foi capaz de predizer a
ocorrência de parto dentro de sete dias para a população inicialmente considerada de baixo
risco (sem antecedentes de parto prematuro). E nenhum parâmetro foi melhor que a medida
do colo nessa predição.
De acordo com Doria e Spautz (2011), diversos são os estudos atuais que mostram
a associação do encurtamento do colo uterino com aumento do risco de parto prematuro, os
autores referem que a partir de quatro a oito semanas antes do parto começa a ocorrer
modificações do colo uterino e através da utilização de ultrassom transvaginal essas
modificações são possíveis de serem avaliadas.24
Nosso estudo também concorda com Mancuso, Owen (2009), que afirmaram que
a avaliação das características do colo do útero fornece informações úteis e que o
comprimento do colo do útero é uma medida linear que tem utilidade muito positiva na
realização de triagem e identificação de mulheres em maior risco de parto prematuro. Os
pesquisadores observaram uma forte relação inversa entre o comprimento do colo do útero e a
probabilidade de parto prematuro espontâneo.17
A literatura nos mostra variações com relação ao ponto de corte utilizado como
referência para o comprimento do colo do útero avaliado pelo ultrassom. Nossos resultados
apresentaram um ponto de corte de 11mm para os dois grupos analisados. Supomos que nosso
ponto de corte seja menor tendo em vista que nossa amostra envolve gestantes com sintomas
de TPP. De acordo com Turan et al. (2011) o ponto de corte para o colo uterino foi de 20mm,
apresentando sensibilidade de 56% e especificidade de 60%.8 Em nosso estudo o ponto de
corte de 11mm, apresentou sensibilidade de 76,5% e especificidade de 80,6% no grupo total e
no subgrupo o mesmo ponto de corte de 11mm apresentou sensibilidade de 76,9% e
especificidade de 77,8%. Nossos achados concordam com os do Carvalho et al.(2002), que
afirmam haver controvérsias na literatura com relação ao ponto de corte ideal do comprimento
47
do colo uterino na identificação de aumento de risco para parto prematuro. Os estudos têm
utilizado comprimentos que variam de 15mm a 30mm, resultando em estudos com taxas de
sensibilidade variando entre 35% a 78%. 25
Alguns estudos se reportam ao Eco Glandular Endocervical (EGE) e referem que
sua ausência na avaliação ultrassonográfica pode ser um bom preditor de parto prematuro. Os
autores concluíram ainda que o risco de TPP diante de um colo curto é atenuado pela
visualização do EGE e que na ausência de EGE o risco de TPP é maior que na sua
presença.26,27 Em nosso estudo ao ser analisada a ausência do EGE, encontramos um
resultado com significância estatística nos dois grupos, nos quais verificamos um risco
relativo aumentado em torno de 4 vezes para parto prematuro na ausência do EGE,
demonstrando a importância dessa variável como auxílio para predizer o parto prematuro
associada ao comprimento do colo uterino.
Longe de querer esclarecer definitivamente a questão sobre a vantagem da
utilização do ultrassom da glândula adrenal fetal, esses achados nos trazem mais dúvidas que
soluções. Haveria, então, explicativamente, mecanismos fisiopatológicos diferentes nesses
dois grupos? Estariam mecanismos exclusivamente maternos e/ou cervico-placentários
envolvidos no desencadeamento do trabalho de parto prematuro repetido, sem
necessariamente haver alguma sinalização fetal? Seria a sinalização fetal prioritariamente
envolvida no mecanismo da primeira ocorrência de parto prematuro?
Para o grupo do Turan et al., essas dúvidas foram dirimidas com metodologia
bastante apropriada e convincente - eles avaliaram em separado pacientes com antecedentes
de parto prematuro, com rotura prematura de membranas e com uso de medicação tocolítica e
em todos os subgrupos houve boa predição para a ocorrência do parto nos próximos dias. No
entanto, eles afirmaram que como mecanismo adaptativo ao aumento do estresse fetal nos
casos de parto prematuro, ocorre o crescimento da zona fetal da glândula adrenal, mas
referem, que o estudo necessita de apoio de estudos mais abrangentes.8,9,22
Em nossa pesquisa, a ultrassonografia para avaliação da biometria da glândula
adrenal fetal foi realizada em 2D, pois nem todos os serviços de saúde possuem
disponibilidade para aparelhagem com tecnologia 3D. Em publicação anterior22 , autores
sugerem que, para predição de parto prematuro, a medição do volume em 3D foi melhor que o
2D, mas reforçam que a sensibilidade e especificidade do volume de 2D são comparáveis com
3D.
48
Seria a sinalização fetal mais importante em trabalhos de parto prematuros que de
termo? Recentemente, Guler et al.,28 comparando a biometria da glândula adrenal fetal em
pacientes com trabalho de parto prematuro (também incluindo RPMO e antecedentes de parto
prematuro) e pacientes com trabalho de parto no termo, encontraram que a relação da zona
central com a total da profundidade foi maior no grupo dos fetos prematuros (55, 4 versus
47,7, p < 0,001). Não houve diferença para a medida do colo uterino (em média foi de 14,5
mm no grupo dos prematuros e 17,2 mm no grupo das gestações de termo, p = 0,27). O que os
autores trouxeram de informação adicional é que a glândula adrenal direita apresenta
múltiplas formas, ao passo que a adrenal esquerda tem formato mais constante e, portanto,
deveria ser escolhida na avaliação. Seria a glândula adrenal direita diferente da esquerda?
Seguimos a metodologia descrita por Turan et al.8,9,22 ,que avaliaram a glândula
mais próxima do transdutor ultrassonográfico. Em 20079, eles descreveram que avaliaram a
adrenal direita em 79% dos casos. Não há descrição da lateralidade da avaliação em suas
publicações de 20118 e 201222. Na nossa casuística, houve registro da informação da
lateralidade em 40 casos: foram analisadas 20 adrenais direitas e 20 esquerdas.
Outra pergunta que ainda carece de resposta científica é se o corticoide antenatal
para profilaxia das complicações neonatais, e se de maneira semelhante os diferentes
corticoides utilizados, pode alterar o tamanho da glândula adrenal (seu volume e suas relações
zona central/total). Já existem evidências da utilização do corticoide antenatal alterar a função
hormonal adrenal29.
No nosso protocolo, tivemos o cuidado de anotar se a realização do ultrassom foi
depois da aplicação do corticoide. Verificou-se que não houve diferença estatística entre o
grupo que pariu dentro de sete dias ou depois desse período (76,9% versus 92,6% das vezes o
ultrassom foi realizado depois da aplicação do corticoide, p=0,307), mas isso não descarta a
possibilidade de que a quase totalidade dos exames terem sido realizados após o corticoide
justificar a diferença de resultados com os achados do Turan et al8. Não há informação sobre
esse dados nos artigos do Turan et al8,9,22, do Guler et al28. ou Sage et al10. Outro dado a ser
considerado é que, na nossa instituição, o corticoide rotineiramente utilizado é a
dexametasona, diferentemente da maioria dos serviços.
Esse protocolo de pesquisa seguiu metodologia descrita anteriormente, de fácil
execução, prospectivamente, com perda pequena de seguimento (7,4%), tentou controlar a
variabilidade intraobservador com curva de aprendizagem e interobservador com eleição de
49
único executor para os exames de ultrassom e procurou selecionar população mais
homogênea.
Diante dos nossos resultados estamos propensos a acreditar que a biometria da
glândula adrenal, em particular da sua profundidade, é capaz de predizer a ocorrência de
partos dentro de sete dias em pacientes sem antecedente de parto prematuro, com sintomas de
trabalho de parto prematuro e membranas íntegras. No entanto, com base nos dados
discutidos anteriormente, demonstram ser este um território extremamente novo, ainda
carente de informações qualificadas, com mais dúvidas que respostas, que poderão ser
esclarecidas com outros protocolos, com maior casuística e de preferência multicêntricos para
que haja aprofundamento da compreensão dos mecanismos envolvidos no processo de parto
prematuro e da real vantagem de acrescentar mais um marcador para predição desse evento.
Estudos são necessários para verificar o efeito do corticoide antenatal sobre o
ultrassom da adrenal, se a seleção da glândula do lado direito pode diferenciar da predição em
comparação à do lado esquerdo, se em pacientes exclusivamente com RPMO a predição é
semelhante ou diferente da apresentada para pacientes com trabalho de parto prematuro
espontâneo sem RPMO.
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52
ARTIGO 2
PREDIÇÃO DE PARTO EM SETE DIAS PELA DOPPLERVELOCIMETRIA DA
ARTÉRIA ADRENAL FETAL EM PACIENTES COM SINTOMAS DE TRABALHO
DE PARTO PREMATURO
RESUMO
Objetivos: o objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de predição do parto
prematuro através da dopplervelocimetria da artéria adrenal fetal em pacientes com sintomas
de trabalho de parto prematuro e membranas íntegras. Metodologia: O estudo do tipo
transversal, prospectivo, foi realizado na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand-UFC de
abril de 2014 a março de 2015 com cinquenta e sete pacientes consecutivamente internadas no
setor de obstetrícia com idades gestacionais entre 24 e 36 semanas. Foram excluídas as
pacientes com diabetes, hipertensão, malformações ou restrição do crescimento fetais. Foi
realizado dopplervelocimetria da artéria adrenal fetal para avaliar a diástole final (positiva ou
ausente) e os índices ângulo-independentes: índice de resistência (IR), índice de pulsatilidade
(IP) e a relação A/B (relação sístole/ diástole). A variável desfecho foi o tempo decorrido até
o parto com subclassificação em dois grupos: aquelas que tiveram o parto em até sete dias ou
depois do sétimo dia. Considerou-se nível de significância de p<0,05. Utilizou-se o teste
Exato de Fisher para variáveis nominais o teste t-Student ou de Mann-Whitney para as
variáveis contínuas. Foi realizado curva ROC para definir pontos de corte Resultados: A
prevalência de parto dentro de sete dias foi de 33,3% na população geral e de 32,6% na
subpopulação sem antecedente de parto prematuro. Houve diferença estatística para o IR do
Doppler da artéria adrenal fetal na população total e na subpopulação sem antecedente de
parto prematuro (baixo risco). Os pontos de corte encontrados foram 0,82 e 0,77
respectivamente. Encontraram-se sensibilidades semelhantes de 78,9 % e 78,6% e acurácias
de 59,5% e 66,5%, respectivamente. Conclusões: O índice de resistência (IR) do Doppler da
artéria adrenal foi capaz de predizer a ocorrência de parto dentro de sete dias e de forma mais
significativa em pacientes sem antecedente de parto prematuro.
Palavras-chave: Trabalho de parto prematuro. Ultrassonografia transvaginal. Colo uterino.
Glândulas adrenais. Efeito Doppler.
53
ABSTRACT
Objectives: The purpose of this study has been to evaluate the predicting capacity concerning
premature delivery by way of biometry and Doppler velocimetry of fetal adrenal gland in
patients who were undergoing symptoms of premature delivery and untouched membranes,
and comparing them with the predicting capacity of the uterine collum lenght. Methodology:
The transverse kind of study was accomplished at the “Assis Chateaubriand” Mternity School
at the Federal University of Ceará from April 2014 to March 2015 on fifty-seven (57) patients
consecutively hospitalized in the obstetrics section, at pregnant ages ranged from 24 to 36
weeks. Patients suffering from diabetes, hypertension, malformations or fetal-development
restriction were excluded. Ultrasound was carried out on the first day of their hospitalization
to measure the length of their uterine collum (transvaginal) as well as the biometry and
Doppler velocimetry of their fetal adrenal gland. The outcome variable was the time elapsed
until the delivery itself, having the patients subclassified into two groups: the ones who had
their delivery up to seven days or after the seventhy day. The significance level considered
was p<0,05. The Fisher’s Exact test was used for nominal variables and the T- Student or the
Mann-Whitney tests for continuous variables. The ‘ROC’ curve out to define cutoffs. Results:
The prevalence delivery within seven days was 33,3% in the total population, and 32,6% in
the subpopulation with no previous history of premature drelivery. As for the subpopulation
with no previous history of premature delivery (low risk), there was a statistical difference
regarding the fetal depth, both in its total and central (fetal) component as well as in its
relation (central/total). The cutoffs found measured 13,1mm, 7,7mm and 53,5mm,
respectively. Similar sensibilities were found (ranged from 71,4% to 76,9%) compared with
those presented by the uterine collum measurement; however, regarding the specificities
(ranged from 55,2% to 69%) and accuracy (from 60,5 % to 72,1%), they were lower. So much
as we have evaluated, both the total population and the subpopulation with no previous
history of premature delivery (low risk), there has been a statistical difference regarding
Doppler’s resistance index of fetal adrenal artery. The cutoffs found were 0,82 and 0,77,
respectively, and similar sensibilities found were 78,9% and 78,6%, and accuracy of 59,5%
and 66,5%, respectively. For the cutoff of the uterine collum measuring 11mm, sensibility of
76,5%, specificity of 80% and accuracy of 79,2% were found, whereas for the 20mm cutoff
the sensibility found was the same, but the specificity and accuracy were lower, ranged from
72,2% to 73,6%, respectively. As for the ‘echoglandular’ absence, the following results were
found: sensibility: 73,3%, specificity: 75%, accuracy: 74,4%.Conclusions: The depth
54
measurement of the adrenal gland was capable of predicting the occurrence of delivery within
seven days regarding patients with no-previous history of premature delivery. Its predicting
capacity was lower than uterine-collum measurement. The Doppler’s resistance index (RI) of
the adrenal artery was capable of predicting the occurrence of delivery within seven days, and
in a more significant manner, in patients with no previous history of premature delivery.
Key Words and Expressions: premature labor, transvaginal ultrasonography, uterine collum,
adrenal glands, Doppler’s effect.
INTRODUÇÃO
Verifica-se, nos dias atuais, apesar da evolução tecnológica das últimas décadas,
baixa capacidade de identificação de mulheres que realmente terão parto prematuro, de forma
que a grande maioria das intervenções preventivas se restringem, quase exclusivamente, às
mulheres que apresentaram parto prematuro anterior ou colo curto, as quais representam
minoria no que diz respeito ao número de partos prematuros existentes.1
A utilização de vários marcadores bioquímicos e biofísicos tem sido proposta
para identificar pacientes com risco de parto prematuro espontâneo, tanto em pacientes com
ameaça de trabalho de parto prematuro como nas assintomáticas.2 Até o momento, a medida
do colo uterino tem se mostrado como excelente marcador ultrassonográfico para predição de
parto, em mulheres de alto e baixo risco 2,3,4
Em 2007, pela primeira vez, houve a descrição da capacidade de identificação de
gestantes com iminência de parto prematuro através da verificação do volume da glândula
adrenal fetal ao ultrassom. O achado de glândula adrenal aumentada apresentou acurácia de
98% na predição do parto ocorrer dentro de cinco dias.5
Turan et al. (2011), encontraram que a medida volumétrica da glândula adrenal se
apresentou como melhor preditor de parto dentro de sete dias do que a medida do
comprimento do colo uterino. Nesse estudo observou-se que além do aumento nas dimensões
da glândula ocorre aumento desproporcional da zona fetal.6
Até o momento não há na literatura nenhuma publicação com avaliação do
Doppler da artéria adrenal fetal para predição de parto prematuro. Levantou-se a hipótese que,
havendo aumento volumétrico da glândula, deve haver aumento da sua circulação
(vasodilatação com diminuição da resistência).
Diante do exposto, o objetivo dessa investigação foi avaliar a capacidade de
predição do parto ocorrer nos próximos sete dias em gestantes com sintomas de trabalho de
parto prematuro através da dopplervelocimetria da artéria adrenal média.
55
METODOLOGIA
O estudo do tipo transversal, prospectivo, foi realizado na Maternidade-Escola
Assis Chateaubriand (MEAC)-UFC, em Fortaleza-Ce (Brasil) de abril de 2014 a março de
2015. Pacientes consecutivamente internadas no setor de obstetrícia com suposto diagnóstico
clínico de trabalho de parto prematuro e idades gestacionais entre 24 e 36 semanas foram
recrutadas para o estudo. Foi definido como diagnóstico clínico: a presença de sinais/sintomas
de TPP (dor abdominal com contrações uterinas regulares associadas a modificações cervicais
e compreensão da necessidade de uso de medicação tocolítica pelo médico que a avaliou).
Todas, exceto aquelas com idade gestacional acima de 34 semanas, receberam medicação
tocolítica (Nifedipina) e corticoide profilaxia (Dexametasona - 12 mg intramuscular, duas
doses, com intervalo de 24 horas). A tocólise foi mantida por no máximo 72 horas. Foram
excluídas da amostra gestantes com diagnóstico de diabetes melitus (DM) pré-gestacional ou
gestacional, hipertensão arterial crônica (HAC) ou pré-eclâmpsia, patologias endócrinas,
incluindo da glândula adrenal, distúrbios do líquido amniótico e fetos com malformações
(verificadas ao ultrassom pré-natal ou diagnosticadas no período neonatal imediato) ou sinais
de sofrimento agudo (cardiotocografia anormal) ou crônico (alteração ao Doppler de artéria
umbilical ou restrição de crescimento fetal - definido como peso estimado abaixo do percentil
10 para idade gestacional)7. Também foram excluídas as pacientes com uso de progesterona
para profilaxia de parto pré-termo ou com internamento ou tratamento ambulatorial anterior
para TPP.
As variáveis de interesse foram: idade, paridade, raça, história de parto prematuro,
idade gestacional no momento da avaliação (estimada pela data da última menstruação e
confirmada por ultrassom anterior à 20ª semana gestacional), ultrassonografia (estimativa do
peso fetal, glândula adrenal fetal e colo uterino), dopplervelocimetria da artéria adrenal média
(cálculo dos índices ângulo-independentes e verificação da presença de diástole positiva) e
resultados gestacionais (tempo decorrido da avaliação até o parto, idade gestacional no
momento da resolução da gravidez, via de parto, peso ao nascer, Apgar de primeiro e quinto
minutos).
A variável desfecho principal foi o tempo decorrido da avaliação até o parto, com
subclassificação em variável dicotômica para parto em até sete dias ou depois do sétimo dia.
Ultrassom foi realizado dentro das primeiras 24 horas da admissão, com o
aparelho Voluson S6 systems (Voluson Expert; General Electric Medical Systems,
Milwaukee, WI). A dopplervelocimetria da artéria adrenal média, para cálculo do índice de
56
resistência (IR), índice de pulsatilidade (IP) e da relação A/B (sistólico/diástole), seguiu
metodologia descrita por Fujita et al (2001).8
Com a paciente em repouso na posição semi-sentada (elevação da cabeceira cerca
de 20-30°), identificou-se o plano de corte transversal do abdômen superior fetal, na altura das
glândulas suprarrenais. Com o color e/ou power Doppler foi identificada a artéria adrenal
média, ramo da aorta, na entrada do hilo adrenal (Figura 1). Em seguida realizou-se o Doppler
pulsado na adrenal mais próxima ao transdutor em momento de ausência de contração uterina
e repouso fetal, ausência de movimentação corporal ou movimentos respiratórios. Utilizou-se
filtro de 100 Hz, janela amostral de 2mm e ângulo de insonação menor que 30°. Após
obtenção de pelo menos cinco ondas de velocidade de fluxo consecutivas e simétricas foram
calculados os valores do IR, IP e A/B. Verificou-se também a presença ou ausência de fluxo
diastólico final.
Figura 1. Doppler da artéria adrenal média.
Foi realizada apenas uma avaliação em cada paciente por um único avaliador
(FHCC), que possui habilitação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica e passou por
curva de aprendizagem para o Doppler da glândula adrenal de 20 exames antes de iniciar a
inclusão dos casos para diminuir a chance de variabilidade intra ou inter-observador.
As pacientes foram seguidas segundo protocolos da instituição: após cessarem as
contrações foram liberadas para acompanhamento ambulatorial no Serviço de Medicina
57
Materno Fetal da instiuição com progesterona intravaginal 100mcg/dia. Todos os partos que
ocorreram antes da 32ª semana completa de gestação receberam sulfato de magnésio para
neuroproteção durante a fase ativa do trabalho de parto ou pelo menos duas horas antes da
cesariana. Os partos que não ocorreram na instituição tiveram suas informações colhidas por
telefonemas para cada uma das gestantes em períodos diferentes, sendo adaptados à sua idade
gestacional.
Os dados foram tabulados no Excel e analisados no programa Statistical Package
for Social Sciences for Personal Computer (SPSS 20; SPSS Inc, Chicago, IL).
Na análise estatística foi considerado nível de significância de p<0,05. Utilizou-se
o teste Exato de Fisher para comparação das variáveis nominais. Verificou-se distribuição das
variáveis contínuas através de teste Shapiro-Wilk. Para as variáveis possuidoras de
distribuição normal foi utilizado o teste t-Student e, para as que não possuiam distribuição
normal foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Foi realizado curva ROC para definir ponto de
corte para os índices do Doppler da artéria adrenal que se mostraram bons preditores do parto
ocorrer dentro de 7 dias. Foi calculado sensibilidade, especificidade, acurácia, valores
preditivos positivos e negativos e taxas de falsos positivos e negativos para cada ponto de
corte calculado através da curva ROC.
Respeitou-se a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, a qual incorpora
todos os preceitos éticos da pesquisa em seres humanos. Todas as gestantes selecionadas
fizeram a leitura, apreciação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
instituição sob número 640.692.
RESULTADOS
Foram recrutadas para o estudo 68 pacientes, das quais 11 foram excluídas (uma
hidronefrose fetal, um recém-nascido pequeno para idade gestacional, duas gestantes
hipertensas, duas com diabetes melitus, uma delas com diabetes gestacional) e cinco por perda
de seguimento. Sendo, portanto, 57 pacientes submetidas à análise final. Dezenove
participantes apresentaram parto dentro de sete dias (33,3%) e 38 (66,7%) parto em tempo
maior do que sete dias.
Na Tabela 1 são apresentadas as características clínicas, demográficas e dos
resultados gestacionais da amostra. Não houve diferença estatística para nenhuma das
variáveis demográficas ou de característica obstétrica. Houve diferença somente para idade
gestacional no parto e peso o nascer.
58
Tabela 1. Distribuição das características demográficas e de resultados obstétricos de
acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois)
CARACTERÍSTICAS TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
p
Idade (Média± DP) 23,3 ± 6,5 25,2 ± 7,8 22,3± 5,6 0,198#
Paridade (Média± DP) 0,8 0,9 0,7 0,877#
Raça n (%) 39 (100%) 15 (38,5%) 24 (61,5%)
Não Branca 16 (41%) 7(43,8%) 9 (56,2%) 0,740*
Branca 23(59%) 8 (34,8%) 15 (65,2%)
IG (semanas) na coleta
(Média± DP)
31,4 ± 3,3 32,2 ±3,7 31,0 ± 2,9 0,139#
Prematuridade anterior
N(%)
48 (100%) 16 (33,3%) 32 (66,7%) 1,000*
Não 40 (83,3%) 13 (32,5%) 27 (67,5%)
Sim 8 (16,7%) 3 (37,5%) 5 (62,5%)
Corticóide , n (%) 48 (100%) 16 (35,6%) 32 (64,4%) 0,254*
Sim 45 (93,8%) 14 (31,1%) 31 (68,9%)
Não 3 (6,3%) 2 (66,7%) 1 (33,3%)
US realizado depois
corticoide, n (%)
53 (100%) 17 (32,1%) 36 (67,9%) 0,252*
Sim 45 (84,9%) 13 (28,9%) 32 (71,1%)
Não 8 (15,1%) 4 (50%) 4 (50%)
Resultado Obstétrico:
IG (semanas) no
parto (Média± DP)
35,6 ± 3,6 34,1 ± 3,7 36,9 ± 3,2 0,045&
Peso ao nascimento
em g, (Média± DP)
2588,5 ± 763,4 2033,6 ± 658,0 3004,7 ± 546,2 < 0,001&
Via de Parto 39 (100) 17 (43,6%) 22 (56,4%)
Abdominal, n (%) 14 (35,9%) 6 (42,9%) 8 (57,1%) 1,00*
Vaginal, n (%) 25 (64,1%) 11(44%) 14 (56%)
Sexo 41 (100%) 18 (43,9%) 23 (56,1%) 1,00*
Masculino (%) 23 (56,1%) 10 (43,5%) 13 (56,5%)
Feminino (%) 18 (43,9%) 8 (44,4%) 10 (55,6%)
59
* Teste exato de Fisher
# Teste t-Student
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
A avaliação da artéria adrenal média (AAM) foi possível em 55 dos casos
(sucesso de obtenção do sonograma de 96,5%). A dificuldade técnica nos dois casos sem
sucesso na obtenção foram obesidade materna e movimentação fetal excessiva. A tabela 2
apresenta os dados dopplervelocimétricos da AAM segundo desfecho. Não houve diferença
estatisticamente significativa para nenhum dos parâmetros avaliados. O IR e o IP
apresentaram valores de p compatíveis com tendência à diferença estatística. Portanto,
decidiu-se, avaliar os dados exclusivamente em pacientes sem histórico de parto prematuro
(população de baixo risco).
Tabela 2 - Distribuição das características da dopplervelocimetria da artéria adrenal
média fetal de acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois)
Dados do
Doppler
TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
VALOR - P
Diástole Final n
(%)
55 (100%) 19 (34,5%) 36 (65,4%) 0,125*
Positiva 38 (69%) 16 (42,1%) 22 (57,9%)
Ausente 17 (30,9%) 3 (17,6%) 14 (82,4%)
IR (Média± DP) 0,8 ±0,2 0,7 ± 0,1 0,82 ± 0,2 0,051&
IP (Média± DP) 1,7 ± 0,8 1,3 ± 0,3 1,8 ± 0,9 0,070&
A/B (Média±
DP)
5,2 ± 7,4 4,0 ± 2,2 5,9 ±9,4 0,551&
* Teste exato de Fisher
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
Para a análise da subpopulação sem histórico de parto prematuro, foram excluídas
seis gestantes onde não havia registro dessa informação e oito que informaram antecedente
desse desfecho. Portanto, foram avaliadas 43 participantes, 14 (32,6%) pariram em tempo
menor ou igual a sete dias e 29 (67,4%) em tempo maior que sete dias.
A tabela 3 mostra as variáveis clínicas, demográficas e de desfecho gestacional da
subpopulação sem antecedentes de parto prematuro. Não houve diferença estatística para
60
nenhuma das variáveis demográficas ou gestacionais. A diferença se manteve para peso ao
nascer.
Tabela 3. Distribuição das características demográficas e de resultados obstétricos de
acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois) na subpopulação sem
antecedente de parto prematuro.
CARACTERÍSTICAS TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
VALOR - P
Idade (Média± DP) 22,8 ± 6,5 24,7 ± 8,1 21,9 ±5,4 0,333&
Paridade (Média± DP) 0,6 ±1,0 0,8 ± 1,3 0,6 ± 0,8 0,880&
Raça n (%) 31 (100%) 11 (35,5%) 20 (64,5%) 0,255*
Não Branca 12 (38,7%) 6 (50%) 6 (50%)
Branca 19 (61,3%) 5 (26,3%) 14 (73,7%)
IG (semanas) na coleta
(Média± DP)
31,8 ± 3,2 32,8 ± 3,9 31,3 ± 2,8 0,189#
Corticóide , n (%) 36 (100%) 12 (33,3%) 24 (66,7%) 0,333*
sim 35 (97,2%) 11 (31,4%) 24 (68,6%)
não 1 (2,8%) 1 (100%) 0 (0%)
US realizado depois
corticoide, n (%)
40 (100%) 13 (32,5%) 27 (67,5%) 0,307*
sim 35 (87,5%) 10 (28,6%) 25 (71,4%)
não 5 (12,5%) 3 (60%) 2 (40%)
Resultado Obstétrico:
IG (semanas) no
parto (Média± DP)
36,3 ± 2,8 35,3 ± 2,7 37,1 ± 2,7 0,127#
Peso ao nascimento
em g, (Média± DP)
2670,4 ± 736,4 2150,4 ± 628,9 3026,2 ± 584,2 0,000#
Via de Parto 30 (100%) 13 (43,3%) 17 (56,7%) 0,708*
Cesariana, n (%) 11 (36,7%) 4 (36,4%) 7 (63,6%)
Vaginal, n (%) 19 (63,3%) 9 (47,4%) 10 (52,6%)
Sexo 31 (100%) 13 (41,9%) 18 (58,1%) 1,00*
Masculino (%) 19 (61,3%) 8 (42,1%) 11 (57,9%)
Feminino (%) 12 (38,7%) 5 (41,7%) 7 (58,3%)
* Teste exato de Fisher
# Teste t-Student
61
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
Os dados da dopplervelocimetria da AAM são apresentados na Tabela 4. Foi
verificado diástole ausente em 13 participantes (31%), destas, duas (15,4%) pariram dentro
de sete dias e 11 (84,6%) depois do sétimo dia após a avaliação. Na presença de diástole
positiva, 29 casos, 12 (41,4%) pariram dentro de sete dias e 17 (58,6%) depois do sétimo dia
(p=0,159). Houve diferença estatística para o IR (p=0,033) e tendência á significância
estatística para o IP (p = 0,059).
Tabela 4. Distribuição das características da dopplervelocimetria da artéria adrenal
fetal de acordo com o desfecho (parto dentro de 7 dias ou depois) na subpopulação sem
parto prematuro anterior.
Variáveis TODOS OS
CASOS
PARTO ≤ 7
DIAS
PARTO > 7
DIAS
VALOR - P
Diástole Final
n(%)
42 (100%) 14 (33,3%) 28 (66,7%) 0,159*
Positiva 29 (69%) 12 (41,4%) 17 (58,6%)
Ausente 13 (31%) 2 (15,4%) 11 (84,6%)
IR (Média± DP) 0,8 ± 0,1 0,7 ± 0,1 0,8 ± 0,2 0,033&
IP (Média± DP) 1,6 ± 0,8 1,3 ± 0,3 1,8 ± 1,0 0,059&
Relação A/B
(Média± DP)
4,0 ± 2,0 3,9 ± 2,5 4,0 ± 1,7 0,451&
* Teste exato de Fisher
& Teste não paramétrico de Mann-Whitney
A Figura 2 mostra análise pela curva ROC para o IR, considerando uma
prevalência de ocorrer parto dentro de sete dias de 32,6%. A área sob a curva ROC foi de
0,703 (IC 95% 0,533-0,873) (p = 0,034). Encontrou-se um ponto de corte de 0,77 para
predição de parto dentro de sete dias nessa subpopulação. Os dados referentes à acurácia,
sensibilidade e especificidade são apresentados na Tabela 5, juntamente com o dados
encontrados para avaliação qualitativa de diástole presente ou ausente.
62
Figura 2. Curva ROC para predição de parto dentro de sete dias pela medida
do IR da artéria adrenal média.
Tabela 5. Valores de predição do parto ocorrer dentro de sete dias na subpopulação
sem antecedente de parto prematuro para as variáveis IR e diástole final da Artéria
Adrenal Média.
Pontos de Corte
Sensibilidade
Especificidad
e
(95% IC)
VPP FP
VPN FN
Acuráci
a RVP
RVN
IR –
≤ 0,77
78,6%
60,7
%
49,2%
50,8%
85,4%
14,6%
66,5%
2,0 0,4
< 1 85,7
%
39,3%
40,6%
59,4%
85,0%
15,0%
54,4%
1,4 0,4
VPP –Valor preditivo Positivo; FP- Falso positivo; VPN – Valor preditivo negativo; FN- Falso negativo; RVP-
Razão de verossimilhança positiva; RVN – Razão de verossimilhança negativa
DISCUSSÃO
Esse é o primeiro estudo que procurou testar a hipótese que a artéria adrenal fetal
apresenta diminuição da resistência em pacientes com risco iminente de parto prematuro.
Encontrou-se poder de predição dessa ocorrência para o IR e tendência à significância
estatística para o IP, sugerindo que essa análise possa ser incorporada à prática clínica em
associação com outros marcadores biofísicos (medida do colo uterino9,10 e biometria da
63
glândula adrenal5,6) e bioquímicos11 na tentativa de aumentar o poder de predição do parto
prematuro em pacientes de alto e baixo risco.
O melhor poder de predição foi encontrado na subpopulação sem antecedente de
parto prematuro (população inicialmente considerada de baixo risco). No entanto, em virtude
do tamanho da casuística, esses dados precisam ser testados em amostragens maiores e em
subpopulações diferentes: sintomáticas versus assintomáticas, baixo risco versus alto risco,
membranas íntegras versus membranas rotas.
Em virtude da escassez de literatura para avaliação de valores de normalidade do
Doppler da glândula adrenal testou-se também a análise qualitativa: diástole final ausente ou
presente. Apesar da frequência maior de parto dentro de sete dias para o grupo com diástole
positiva (41,4% x 15,4%), não houve diferença estatística.
Os poucos artigos sobre fluxo de artéria adrenal são de vasodilatação em fetos
com hipoxemia crônica12,13,14. Esses descrevem que na presença de vasodilatação adrenal,
ocorre mais frequentemente prematuridade, cesarianas, alterações à cardiotocografia e maior
tempo de internamento em UTI neonatal.
A única curva de normalidade foi construída por Mari et al. (1995)14 para o IP da
AAM com 131 fetos com pesos adequados para idade gestacional. Eles descreveram que os
valores diminuíam progressivamente com a idade gestacional. Nesse estudo, os autores
mostraram que não houve diferença entre os fluxos da adrenal média comparados com a
adrenal inferior (ramo da artéria renal), nem nos fluxos da adrenal direita comparados com a
adrenal esquerda. A taxa de sucesso na obtenção de ondas de velocidades de fluxo foi de 84%
e a variabilidade intra-observador foi de 7,4%. Dubiel et al (2000)12 encontraram taxa de
sucesso de 81% e atribuiram a taxa de insucesso à movimentação fetal ou posições com
dorsos posteriores. Na nossa casuística a taxa de obtenção foi bem maior (96,5%), o que pode
ser atribuído à melhoria das máquinas de ultrassom e da tecnologia Doppler.
Fujita et al, em 20018, descreveram taxa de sucesso de obtenção de 90% para a
artéria adrenal média e de 50% para a adrenal superior. Eles não conseguiram identificar a
adrenal inferior em dez tentativas. Esses autores descreveram que o IR, avaliado em 131 fetos
sem complicações, aumentava até a 31ª. semana e diminuía progressivamente depois desse
período. Ou seja, ainda é pouco claro o comportamento da circulação adrenal ao longo da
gestação normal. No entanto, ele se mostrou capaz de diferenciar, em fetos de risco para
64
hipoxemia (restrição de crescimento ou gestações com síndromes hipertensivas), aqueles que
apresentariam piores resultados neonatais13, 14.
Estudo afirma que há alterações dos valores do IR da artéria adrenal média em
fetos normais entre as semanas 24 e 41 da gestação, apresentando aumento até 31 semanas de
gestação com tendência à redução após 32 semanas. A explicação para tal, concordando com
a com nossa hipótese, é que o valor de IR é pensado como reflexo da resistência vascular
periférica e, portanto, fica claro que o índice diminui à medida que aumenta o leito vascular.O
estudo concluiu que o fluxo da artéria adrenal média muda de acordo com a idade gestacional
em fetos normais.8
Pesquisa, em acordo com a nossa hipótese de aumento volumétrico da glândula
adrenal, refere que em resposta a aumento do estresse fetal em casos de parto prematuro
ocorre como um mecanismo de adaptação o crescimento da zona fetal da glândula adrenal,
referindo que isso se apresenta como um resultado benéfico para predizer o parto prematuro.15
Argumentos de apoio à nossa hipótese foram citados em estudo que afirma que, no período
fetal, há um aumento no tamanho da glândula adrenal e reforça que esse aumento ocorre,
principalmente, devido a um significativo aumento na zona fetal.6
De acordo com Ishimoto e Jaffe (2010), a fim de entender a biofisiologia e o
desenvolvimento da glândula adrenal fetal, esforços têm sido realizados tendo em vista o
papel fundamental na regulação da homeostase intrauterina e no desenvolvimento e
maturação fetal. Sabe-se que a zona fetal é responsável pela produção de grandes quantidades
de andrógenos, os quais são utilizados pela placenta para biossíntese de estrógenos, porém
ainda são obscuros os papéis do meio estrogênico na gravidez humana. Os autores referem,
portanto, que de acordo com suas capacidades endócrinas, o feto humano apresenta grandes
glândulas suprarrenais e que logo após o nascimento essas glândulas involuem rapidamente,
devido a diminuição na secreção de androgênio, de forma que há uma redução de cerca de
50% no peso total das glândulas.8
As glândulas suprarrenais dos fetos humanos, em resposta a sua grande
capacidade endócrina, são aumentadas. Dados indicam que tal crescimento deva envolver
proliferação celular, hipertrofia, apoptose e migração8. Ainda não existem curvas de
normalidade com casuística adequada capaz de descrever a evolução da biometria ou da
dopplervelocimetria, exceto para o IP, ao longo de toda a gestação. Há de se considerar a
biometria da zona fetal (zona central ecogênica) especificamente, pois seu aumento
65
desproporcional em relação ao volume total se mostrou bom preditor de parto iminente em
pacientes com sintomas de parto prematuro6. Portanto, não somente os índices da relação zona
central com a zona total podem ajudar nessa predição, mas também zonas centrais acima do
95º percentil de curvas de normalidade metodologicamente bem construídas.
Grande parte do tamanho da glândula adrenal fetal é determinada pela presença
dessa zona fetal que representa sua maior parte. Essa zona não está presente na maioria dos
mamíferos, parecendo ser exclusiva do ser humano e alguns primatas.16
Nosso grupo avaliou prospectivamente a capacidade dessa predição em grupo
populacional bem homogêneo: somente pacientes com sintomas de TPP e bolsa íntegra.
Turan et al5,6,17, avaliando a biometria da glândula, consideraram pacientes sintomáticas, mas
incluiuram uma população muito heterogênea: pacientes de baixo e alto risco com sintomas
de trabalho de parto prematuro e com rotura prematura de membranas, mesmo que
assintomáticas. Cerca de um terço de suas pacientes (34 %, na publicação de 2007)
apresentavam RPMO, que segundo evidências científicas18 atuais, devem receber
antibioticoprofilaxia; e nessa população, essa conduta se associa com aumento do período de
latência.Os mecanismos envolvidos no parto prematuro em casos de RPMO pode incluir
atividades inflamatória e/ou infecciosa19 e, não se sabe ao certo, quais efeitos essa atividade
pode causar na volumetria ou vascularização da glândula adrenal. Também não se sabe ainda
quais os efeitos poderia provocar o corticoide administrado para profilaxia das complicações
neonatais, nem se o tipo de corticoide traria efeitos diferentes.
O nosso protocolo registrou se a realização da dopplervelocimetria da AAM foi
depois da aplicação do corticoide. Verificou-se que não houve diferença estatística entre os
dois grupos (76,9% do grupo que pariu dentro de sete dias e 88,9% do grupo que pariu após
sete dias teve aplicação do corticoide antes da realização do Doppler, p=0,252), justificando
serem os dois grupos semelhantes nesse parâmetro, controlando o efeito da aplicação do
corticoide no desfecho avaliado.
A metodologia se mostrou, ao final, de fácil execução (alta taxa de sucesso na
obtenção das ondas de velocidades de fluxo) e tentou controlar a variabilidade
intraobservador com curva de aprendizagem e interobservador com eleição de único executor
para os exames de Doppler. A principal limitação do estudo se remete ao tamanho amostral.
São necessários outros estudos com casuísticas maiores e com verificação em diferentes
66
populações: membranas íntegras versus rotas, pacientes de alto e baixo risco para parto
prematuro. Também são necessários protocolos de pesquisa para avaliar o efeito do corticoide
antenatal sobre a volumetria e a dopplervelocimetra das artérias adrenais fetais.
Pode-se concluir que o Doppler da AAM, em particular o IR, foi capaz de
predizer parto dentro de sete dias nas pacientes com sintomas de parto prematuro e bolsa
íntegra. O ponto de corte encontrado foi de 0,77 com sensibilidade de 78,6%, especificidade
de 60,7% e acurácia de 66,5%.
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68
CONCLUSÃO
Diante dos nossos resultados estamos propensos a acreditar que a biometria da
glândula adrenal, em particular da sua profundidade, é capaz de predizer a ocorrência de
partos dentro de sete dias em pacientes sem antecedente de parto prematuro, com sintomas de
trabalho de parto prematuro e membranas íntegras; no entanto, também ficou claro ser este
um território extremamente novo, ainda carente de informações qualificadas, com mais
dúvidas que respostas, que poderão ser esclarecidas com outros protocolos, com maior
casuística e de preferência multicêntricos para que haja aprofundamento da compreensão dos
mecanismos envolvidos no processo de parto prematuro e da real vantagem de acrescentar
mais um marcador para predição desse evento.
Pode-se concluir também que o Doppler da AAM, em particular o IR, foi capaz de
predizer parto dentro de sete dias nas pacientes com sintomas de parto prematuro e bolsa
íntegra, porém, são necessários outros estudos com casuísticas maiores e com verificação em
diferentes populações: membranas íntegras versus rotas, pacientes de alto e baixo risco para
parto prematuro. Também são necessários protocolos de pesquisa para avaliar o efeito do
corticoide antenatal sobre a volumetria e a dopplervelocimetra das artérias adrenais fetais.
69
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74
APÊNDICE 1 - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS:
PREDIÇÃO DE PARTO PREMATURO PELA BIOMETRIA DA GLÂNDULA ADRENAL
EM PACIENTES COM TPP E RPM
Identificação: Prontuário:
Raça: ( ) Branca ( ) Não branca
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Data da admissão:________ / _______ / ________
Idade Gestacional: _________ / _______ (DUM / US) semanas
Bishop: ______
( ) TPP - Trabalho de Parto Prematuro Idiopático
( ) RPM - Rotura Prematura de Membranas – IG da rotura:________semanas
HISTÓRIA OBSTÉTRICA
Antecedentes Obstétricos: G:___________ P:_________ A:_________
Antecedente de Parto Prematuro: ( ) Sim ( ) Não
Se sim: Quantos partos prematuros: _______
Qual a idade gestacional: ( ) < 32 semanas
( ) 32-34 semanas
( ) 34-37 semanas
(Colocar entre parênteses o número referente à quantidade de PPT nessas IGs)
Critérios de exclusão (conferir ausência):
Ausência de diabetes melitus: ( ) Ausência de Hipertensão: ( )
Ausência de Sofrimento fetal e RCFetal: ( ) Ausência de patologias de glândula adrenal
materna: ( )
Ausência de malformações fetais: ( )
Ausência de internamento nessa gestação por TPP ( )
GESTAÇÃO ATUAL
Sangramento do I trimestre: ( ) Sim ( ) Não
Corticóide: ( ) Betametasona ( ) Dexametasona Data:_____ / _____ / ______
Esquema Tocolítico:
( ) Nifedipina ( ) Sulfato de Magnésio ( ) Outro:_____________________________
Progesterona vaginal: ( ) Sim ( ) Não: _________________________________________
75
Sulfato de Magnésio para Neuroproteção: ( ) Sim ( ) Não
DADOS DO PRÉ-NATAL
Início do Pré-Natal: _______ semanas Número de consultas: _____
Peso inicial:______ Kg IMC inicial: _______ Kg /m2
Ganho de peso gestacional:_____ Kg
(até TPP ou RPM)
Tabagismo: ( ) Sim ( ) Não
Complicações nesta gestação:
( ) Anemia ( ) ITU ( ) Vaginite/Vaginose
( ) Outra:_____________________________________________
Exames laboratoriais de rotina:
( ) Hemograma ( ) Glicemia de jejum
( ) ABO-Rh ( ) Sum. Urina/Urocultura
( ) VDRL ( ) HBsAg
( ) HIV ( ) Rubéola
( ) Toxoplasmose ( ) TTGO
Ultrassonografia de rotina:
( ) 11-14 semanas
Colo uterino: ______ mm
( ) 20-24 semanas
Colo uterino:______ mm
ULTRASSONOGRAFIA *
Data: ______ / ______ / _______ Relação com uso do corticoide: Antes ( ) Depois ( )
COLO UTERINO:______ mm
(transvaginal para memb. íntegras e
translabial para membranas rotas)
Eco glandular endocervical:
( ) Presente ( ) Ausente
Sludge:
( ) Presente ( ) Ausente
GLÂNDULA ADRENAL (média de 3 medidas - anotar as outras abaixo)
Volume 3D:_____ mm3 Volume 2D:_____ mm3
Comprimento: Total:_____mm Central:_____mm (corte transversal)
Largura: Total:_____mm Central:_____mm (plano coronal)
Profundidade: Total:_____mm Central:_____mm (plano sagital)
Relação C/T - Comprimento: ______ (Cut-off: 49,7%)
Largura:______ Profundidade:______
Relação Volume Adrenal/PFE:___________ (Cut-off: 420mm3/Kg)
Doppler Artéria Adrenal: IR:_______ IP:________ A/B:________
CARACTERÍSTICAS DO PARTO:
Data:_____ / ____ / _____ Via de parto: ( ) Vaginal ( ) Abdominal
Tempo decorrido do TP ou da RPM até o parto:________ dias
CARACTERÍSTICAS DO RECÉM NASCIDO
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino Peso: ______ g Capurro: _______semanas
Classificação: ( ) PIG ( ) AIG ( )
GIG
Apgar no 1º minuto: ____ 5º minuto: ____
Complicações Neonatal:
76
*Em casos de RPM com internamento prolongado – repetir USG adrenal fetal semanalmente
( ) Infecção ( ) Membrana Hialina ( ) Enterocolite necrosante
( ) Outra: ________________________________________________________________________
77
APENDICE 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Você está sendo convidada para participar de forma voluntária da pesquisa
intitulada: Predição de parto prematuro pela biometria da glândula adrenal em pacientes com
trabalho de parto prematuro (TPP) e Rotura prematura de membranas (RPM) que tem como
pesquisadora responsável Aline Pinto Lemos. Esta pesquisa pretende verificar se um exame
de ultrassom da glândula adrenal consegue estimar o risco do seu bebê nascer prematuro e se
é melhor do que a medida do colo uterino nessa avaliação.
A pesquisa não trará nenhum desconforto ou risco para você nem para seu bebê e
os benefícios que se espera com tal estudo é conseguir identificar um parâmetro de risco para
parto prematuro a fim de reduzir o número desses partos. A avaliação da glândula adrenal
fetal será realizada durante o exame de ultrassom que você já irá realizar em virtude da sua
condição de saúde.
É importante deixar claro que durante todo o período da pesquisa você poderá
retirar dúvidas ou solicitar esclarecimentos, devendo para tal entrar em contato direto com a
pesquisadora ou com o Comitê de Ética da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. É
garantido também seu direito à retirada da sua permissão assim como a não aceitação em
participar deste estudo, sem prejuízo ao seu atendimento nessa ou em outras instituições de
saúde.
As informações desta pesquisa serão confidenciais sendo assegurado o sigilo
sobre a sua participação. Esse termo será assinado em duas vias, ficando uma cópia com você
e outra com a pesquisadora.
Contatos: Aline Pinto Lemos (Pesquisadora): (85) 99999.2222 e Comitê de Ética
MEAC-UFC: (85) 4009.85.23
Autorização
Após a leitura deste documento, Eu
________________________________________________
Após ter sido esclarecido suficientemente e ficando claro que terei participação
voluntária e que meu consentimento poderá ser retirado a qualquer momento sem quaisquer
ônus, ciente dos procedimentos e objetivos desta pesquisa e da garantia de confidencialidade,
expresso minha concordância em participar, de forma espontânea, deste estudo.
Assinatura ou impressão digital do voluntário ou de seu representante legal :
78
__________________________________
Assinatura da pesquisadora:______________________________________
79
APENDICE 3 - Resultados da análise estatística (tabelas e Figuras)
Refazendo a análise retirando as 4 pacientes com antibiótico:
Tempo para o Parto n %
≤ 7 dias 19 35,8
> 7 dias 34 64,2
Total 57 100,0
Tempo para o parto Total
≤ 7 dias > 7 dias
P
n % n % n %
Raça
Branca 8 53,3% 11 55,0% 19 54,3% 1,000
Negra 7 46,7% 9 45,0% 16 45,7%
Total 15 100,0% 20 100,0% 35 100,0%
Parto Prematuro anterior
Não 14 82,4% 25 83,3% 39 83,0% 1,000
Sim 3 17,6% 5 16,7% 8 17,0%
Total 17 100,0% 30 100,0% 47 100,0%
Corticoide
Não 2 12,5% 1 3,4% 3 6,7% 0,287
Sim 14 87,5% 28 96,6% 42 93,3%
Total 16 100,0% 29 100,0% 45 100,0%
US depois do corticóide
Não 4 23,5% 4 12,5% 8 16,3% 0,423
Sim 13 76,5% 28 87,5% 41 83,7%
Total 17 100,0% 32 100,0% 49 100,0%
Via do parto
Abdominal 6 35,3% 8 42,1% 14 38,9% 0,742
Vaginal 11 64,7% 11 57,9% 22 61,1%
Total 17 100,0% 19 100,0% 36 100,0%
Genero do RN
Feminino 8 44,4% 9 42,9% 17 43,6% 1,000
Masculino 10 55,6% 12 57,1% 22 56,4%
Total 18 100,0% 21 100,0% 39 100,0%
Sludge
Não 13 100,0% 30 100,0% 43 100,0% -
Sim 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Total 13 100,0% 30 100,0% 43 100,0%
80
Tempo para o parto Total
≤ 7 dias > 7 dias
p
n % n % n %
Ecogland
Não 11 73,3% 6 20,7% 17 38,6% 0,001
Sim 4 26,7% 23 79,3% 27 61,4%
Total 15 100,0% 29 100,0% 44 100,0%
IR
< 1 16 84,2% 18 56,3% 34 66,7% 0,065
1 3 15,8% 14 43,8% 17 33,3%
Total 19 100,0% 32 100,0% 51 100,0%
Zona Fetal
Não 7 43,8% 22 71,0% 29 61,7% 0,113
Sim 9 56,3% 9 29,0% 18 38,3%
Total 16 100,0% 31 100,0% 47 100,0%
Comprimento Ce/To
≤ 49,7 5 26,3% 4 11,8% 9 17,0% 0,225
> 49,7 14 73,7% 30 88,2% 44 83,0%
Total 19 100,0% 34 100,0% 53 100,0%
Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 420 1 5,6% 5 14,7% 6 11,5% 0,651
> 420 17 94,4% 29 85,3% 46 88,5%
Total 18 100,0% 34 100,0% 52 100,0%
Colo Uterino
< 20 13 76,5% 7 21,9% 20 40,8% 0,001
≥ 20 4 23,5% 25 78,1% 29 59,2%
Total 17 100,0% 32 100,0% 49 100,0%
Para os fatores que apresentaram significância estatística, estimando o Risco Relativo para o parto ≤
7 dias .
parto ≤ 7 dias
RR 95% IC
Ecogland
Não 4,368 1,655 - 11,524
Sim 1,000 -
Colo Uterino
< 20 4,713 1,795 - 12,370 ≥ 20 1,000 -
81
Valores descritivos
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
Idade
≤ 7 dias 18 25,222 7,811 16,0 19,0 23,0 29,0 41,0
> 7 dias 28 22,607 5,846 15,0 18,0 21,0 26,5 36,0
Total 46 23,630 6,724 15,0 18,0 22,0 28,0 41,0
Idade ges us
≤ 7 dias 18 32,260 3,735 24,0 29,4 34,0 34,6 36,7
> 7 dias 33 31,133 3,101 24,0 29,0 31,4 33,7 35,4
Total 51 31,531 3,346 24,0 29,0 32,1 34,4 36,7
Numero de Gestação
≤ 7 dias 18 2,333 1,609 1,0 1,0 2,0 3,0 6,0
> 7 dias 31 2,290 1,465 1,0 1,0 2,0 3,0 6,0
Total 49 2,306 1,503 1,0 1,0 2,0 3,0 6,0
Numero de Partos
≤ 7 dias 18 0,889 1,231 0,0 0,0 0,0 2,0 4,0
> 7 dias 31 0,774 0,920 0,0 0,0 1,0 1,0 3,0
Total 49 0,816 1,034 0,0 0,0 0,0 1,0 4,0
Numero de aborto
≤ 7 dias 18 0,444 0,705 0,0 0,0 0,0 1,0 2,0
> 7 dias 30 0,567 1,135 0,0 0,0 0,0 1,0 4,0
Total 48 0,521 0,989 0,0 0,0 0,0 1,0 4,0
Colo uterino
≤ 7 dias 17 8,471 15,141 0,0 0,0 0,0 7,0 41,0
> 7 dias 32 27,469 14,576 0,0 21,0 30,5 37,5 52,0
Total 49 20,878 17,237 0,0 0,0 25,0 36,0 52,0
PFE g
≤ 7 dias 19 1915,842 603,867 738,0 1414,0 2149,0 2335,0 2955,0
> 7 dias 34 1720,029 590,570 637,0 1178,0 1693,0 2262,0 2762,0
Total 53 1790,226 597,119 637,0 1263,0 1969,0 2273,0 2955,0
ILA mm
≤ 7 dias 19 121,158 41,126 51,0 94,0 114,0 151,0 194,0
> 7 dias 31 138,839 26,859 93,0 121,0 133,0 155,0 202,0
Total 50 132,120 33,736 51,0 110,0 130,5 155,0 202,0
Vol2 dmm³
≤ 7 dias 18 1615,199 700,432 600,0 900,0 1631,3 2203,0 2652,2
> 7 dias 34 1475,811 882,482 140,0 817,0 1307,4 1946,7 3785,5
Total 52 1524,061 819,714 140,0 858,5 1469,7 2099,4 3785,5
82
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
Comprimento T0
≤ 7 dias 19 20,721 4,422 12,4 16,3 22,6 24,6 26,0
> 7 dias 34 19,506 4,568 9,0 16,5 19,3 23,7 28,0
Total 53 19,942 4,512 9,0 16,5 19,9 24,0 28,0
Comprimento ce
≤ 7 dias 19 12,042 3,716 5,5 9,5 12,8 15,4 17,5
> 7 dias 34 11,506 2,984 5,5 9,8 11,2 13,2 19,3
Total 53 11,698 3,240 5,5 9,8 12,0 14,0 19,3
Largura T0
≤ 7 dias 19 11,121 2,178 7,9 9,9 10,9 12,6 16,3
> 7 dias 34 10,844 3,770 3,8 8,0 10,6 12,5 21,2
Total 53 10,943 3,268 3,8 8,8 10,9 12,5 21,2
Largura ce
≤ 7 dias 19 5,147 1,974 2,8 3,6 4,2 7,4 9,0
> 7 dias 34 5,371 2,550 1,6 3,0 5,5 6,9 12,8
Total 53 5,291 2,343 1,6 3,6 5,0 6,9 12,8
Profundidade T0
≤ 7 dias 18 14,694 3,392 7,9 12,6 14,5 17,8 19,8
> 7 dias 34 13,018 2,928 7,3 11,1 13,3 14,9 22,3
Total 52 13,598 3,168 7,3 11,4 13,7 15,4 22,3
Profundidade cen
≤ 7 dias 18 8,128 2,803 3,0 6,0 8,3 10,7 12,0
> 7 dias 34 6,553 2,330 1,3 4,8 6,8 7,9 13,9
Total 52 7,098 2,589 1,3 5,3 7,1 8,6 13,9
Comprimento CT
≤ 7 dias 19 57,137 9,957 41,0 46,0 60,0 64,0 72,0
> 7 dias 34 60,138 8,497 42,3 54,0 60,0 66,3 81,1
Total 53 59,062 9,069 41,0 54,0 60,0 65,0 81,1
Largura CT
≤ 7 dias 19 45,421 10,710 32,0 36,0 45,8 52,0 74,0
> 7 dias 34 47,144 9,516 27,0 42,2 47,5 53,0 70,0
Total 53 46,526 9,893 27,0 38,3 47,0 53,0 74,0
Profundidade CT
≤ 7 dias 18 54,983 12,118 30,8 45,0 58,0 66,0 71,0
> 7 dias 33 49,541 11,355 18,0 43,6 51,0 57,4 70,0
Total 51 51,462 11,804 18,0 44,0 51,0 61,0 71,0
Relação Volume
adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 7 dias 18 818,618 252,429 398,0 663,5 801,7 1022,3 1358,4
> 7 dias 34 759,411 403,570 171,8 523,9 696,5 995,9 2329,5
Total 52 779,906 356,980 171,8 572,4 706,9 997,7 2329,5
IR - doppler
≤ 7 dias 19 0,737 0,150 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0
83
> 7 dias 32 0,838 0,166 0,5 0,7 0,8 1,0 1,0
Total 51 0,800 0,166 0,5 0,7 0,8 1,0 1,0
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
IP - doppler
≤ 7 dias 19 1,359 0,348 0,7 1,1 1,4 1,7 2,0
> 7 dias 32 1,913 0,987 0,0 1,1 1,8 2,5 4,2
Total 51 1,707 0,849 0,0 1,1 1,5 2,1 4,2
AB - doppler
≤ 7 dias 15 4,039 2,202 2,0 2,6 3,0 4,6 9,6
> 7 dias 18 6,353 10,462 2,0 2,9 3,8 4,8 47,8
Total 33 5,301 7,851 2,0 2,8 3,8 4,6 47,8
Pesog do RN
≤ 7 dias 18 2033,611 658,052 745,0 1485,0 2282,5 2470,0 2960,0
> 7 dias 21 3035,810 489,742 2040,0 2755,0 3100,0 3232,0 3985,0
Total 39 2573,256 759,041 745,0 2260,0 2605,0 3100,0 3985,0
Capurro
≤ 7 dias 13 34,124 3,662 26,5 33,1 34,4 36,6 39,1
> 7 dias 13 37,223 3,246 30,4 34,9 38,3 39,7 41,1
Total 26 35,674 3,740 26,5 33,6 35,8 39,0 41,1
Teste Shapiro-Wilk para verificar se a distribuição das variáveis é normal:
Variáveis p Variáveis p
Idade 0,001 Largura Ce 0,022
Idade Ges Us 0,012 Profundidade T0 0,577
numero de Gestação 0,000 Profundidade Cen 0,874
numero de Partos 0,000 Comprimento CT 0,420
Anumero de aborto 0,000 Largura CT 0,254
Colo Uterino 0,000 Profundidade CT 0,260
PFE g 0,022 Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg 0,000
ILA mm 0,259 IR - doppler 0,000
Vol2 Dmm³ 0,219 IP - doppler 0,001
Comprimento T0 0,090 AB - doppler 0,000
Comprimento Ce 0,745 Pesog do RN 0,237
Largura T0 0,545 Capurro 0,183
Para as variáveis que possuem distribuição normal (p>0,05) – usando o teste t-Student para a
comparação da distribuição de variáveis independentes.
84
Para as variáveis que não possuem distribuição normal (p<0,05)-- usando o teste não paramétrico de
Mann-Whitney para a comparação da distribuição de variáveis independentes.
Variáveis N Média dp Mediana p
Idade ≤ 7 dias 18 25,22 7,811 23,00 0,269
> 7 dias 28 22,61 5,846 21,00
Idade Ges Us
≤ 7 dias 18 32,260 3,7345 34,000 0,167 > 7 dias 33 31,133 3,1013 31,429
numero de Gestação
≤ 7 dias 18 2,33 1,609 2,00 0,991 > 7 dias 31 2,29 1,465 2,00
numero de Partos
≤ 7 dias 18 0,89 1,231 0,00 0,964 > 7 dias 31 0,77 ,920 1,00
Anumero de aborto
≤ 7 dias 18 0,44 ,705 0,00 0,876 > 7 dias 30 0,57 1,135 0,00
Colo Uterino
≤ 7 dias 17 8,47 15,141 0,00 0,000 > 7 dias 32 27,47 14,576 30,50
PFE g
≤ 7 dias 19 1915,84 603,867 2149,00 0,243 > 7 dias 34 1720,03 590,570 1693,00
ILA mm
≤ 7 dias 19 121,16 41,126 114,00 0,072
> 7 dias 31 138,84 26,859 133,00
Vol2 Dmm³
≤ 7 dias 18 1615,199 700,4321 1631,325 0,565
> 7 dias 34 1475,811 882,4821 1307,440
Comprimento T0
≤ 7 dias 19 20,721 4,4216 22,600 0,352
> 7 dias 34 19,506 4,5678 19,300
Comprimento Ce
≤ 7 dias 19 12,042 3,7158 12,800 0,568
> 7 dias 34 11,506 2,9843 11,150
Largura T0
≤ 7 dias 19 11,121 2,1781 10,900 0,771
> 7 dias 34 10,844 3,7705 10,600
Largura Ce
≤ 7 dias 19 5,147 1,9744 4,200 0,882 > 7 dias 34 5,371 2,5499 5,500
Profundidade T0
≤ 7 dias 18 14,694 3,3925 14,500 0,069
> 7 dias 34 13,018 2,9285 13,300
85
Variáveis N Média dp Mediana p
Profundidade Cen
≤ 7 dias 18 8,128 2,8027 8,250 0,036
> 7 dias 34 6,553 2,3305 6,800
Comprimento CT ≤ 7 dias 19 57,137 9,9565 60,000 0,252
> 7 dias 34 60,138 8,4971 60,000
Largura CT ≤ 7 dias 19 45,421 10,7101 45,800 0,548
> 7 dias 34 47,144 9,5161 47,500
Profundidade CT ≤ 7 dias 18 54,983 12,1179 58,000 0,117
> 7 dias 33 49,541 11,3547 51,000
Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 7 dias 18 818,618 252,4290 801,715 0,265 > 7 dias 34 759,411 403,5701 696,500
IR - doppler ≤ 7 dias 19 0,7368 ,14952 ,7300 0,030 > 7 dias 32 0,8381 ,16583 ,8300
IP - doppler ≤ 7 dias 19 1,3589 ,34830 1,3800 0,045 > 7 dias 32 1,9131 ,98719 1,7550
AB - doppler ≤ 7 dias 15 4,0387 2,20237 3,0400 0,556 > 7 dias 18 6,3528 10,46203 3,7650
Pesog do RN ≤ 7 dias 18 2033,61 658,052 2282,50 0,000
> 7 dias 21 3035,81 489,742 3100,00
Capurro ≤ 7 dias 13 34,12 3,662 34,40 0,032
> 7 dias 13 37,22 3,246 38,30
ANÁLISE PELA CURVA ROC:
para uma prevalência igual a 35,8% de partos com período ≤ 7 dias.
- CURVA DE ROC PARA O COLO UTERINO: positivo se menor que x
86
VARIÁVEL Área IC 95% P
Colo Uterino 0,807 0,663 - 0,951 0,000
Positivo <x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,0 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000 1,5 70,6% 90,6% 80,8% 19,2% 84,7% 15,3% 83,5% 7,529 0,325 3,5 70,6% 87,5% 75,9% 24,1% 84,2% 15,8% 81,4% 5,647 0,336 5,5 70,6% 84,4% 71,6% 28,4% 83,7% 16,3% 79,4% 4,518 0,349 9,0 76,5% 84,4% 73,2% 26,8% 86,5% 13,5% 81,5% 4,894 0,279
11,5 76,5% 81,3% 69,5% 30,5% 86,1% 13,9% 79,5% 4,078 0,290 16,0 76,5% 78,1% 66,1% 33,9% 85,6% 14,4% 77,5% 3,496 0,301 21,0 76,5% 75,0% 63,0% 37,0% 85,1% 14,9% 75,5% 3,059 0,314 22,5 76,5% 71,9% 60,3% 39,7% 84,6% 15,4% 73,5% 2,719 0,327 24,0 76,5% 68,8% 57,7% 42,3% 84,0% 16,0% 71,5% 2,447 0,342 26,0 82,4% 65,6% 57,2% 42,8% 87,0% 13,0% 71,6% 2,396 0,269 28,0 82,4% 56,3% 51,2% 48,8% 85,1% 14,9% 65,6% 1,882 0,314 29,5 82,4% 53,1% 49,5% 50,5% 84,4% 15,6% 63,6% 1,757 0,332 30,5 82,4% 50,0% 47,9% 52,1% 83,6% 16,4% 61,6% 1,647 0,353 31,5 82,4% 46,9% 46,4% 53,6% 82,6% 17,4% 59,6% 1,550 0,376 32,5 82,4% 43,8% 44,9% 55,1% 81,6% 18,4% 57,6% 1,464 0,403 34,5 88,2% 37,5% 44,0% 56,0% 85,1% 14,9% 55,7% 1,412 0,314 36,5 88,2% 31,3% 41,7% 58,3% 82,6% 17,4% 51,7% 1,283 0,376 37,5 88,2% 25,0% 39,6% 60,4% 79,2% 20,8% 47,6% 1,176 0,471 39,5 94,1% 15,6% 38,3% 61,7% 82,6% 17,4% 43,7% 1,115 0,376 41,5 100,0% 15,6% 39,8% 60,2% 100,0% 0,0% 45,8% 1,185 0,000 44,5 100,0% 9,4% 38,1% 61,9% 100,0% 0,0% 41,8% 1,103 0,000 49,5 100,0% 3,1% 36,5% 63,5% 100,0% 0,0% 37,8% 1,032 0,000 52,0 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
- CURVA DE ROC PARA A PROFUNDIDADE TO: positivo se maior ou igual a x
87
VARIÁVEL Área IC 95% P
PROFUNFIDADE T0 0,658 0,495 - 0,821 0,063
- CURVA DE ROC PARA A PROFUNDIDADE CEN:
88
VARIÁVEL Área IC 95% P
PROFUNFIDADE Ce 0,672 0,506 - 0,839 0,042
Positivo ≥x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
1,30 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 - 2,05 100,0% 2,9% 36,5% 63,5% 100,0% 0,0% 37,7% 1,030 0,000 2,90 100,0% 5,9% 37,2% 62,8% 100,0% 0,0% 39,6% 1,063 0,000 3,35 94,4% 8,8% 36,6% 63,4% 74,0% 26,0% 39,5% 1,036 0,630 3,95 88,9% 8,8% 35,2% 64,8% 58,7% 41,3% 37,5% 0,975 1,259 4,30 88,9% 14,7% 36,8% 63,2% 70,4% 29,6% 41,3% 1,042 0,756 4,50 88,9% 17,6% 37,6% 62,4% 74,0% 26,0% 43,2% 1,079 0,630 4,65 88,9% 20,6% 38,4% 61,6% 76,9% 23,1% 45,0% 1,119 0,540 4,75 88,9% 23,5% 39,3% 60,7% 79,2% 20,8% 46,9% 1,162 0,472 4,90 88,9% 26,5% 40,3% 59,7% 81,0% 19,0% 48,8% 1,209 0,420 5,10 83,3% 26,5% 38,7% 61,3% 74,0% 26,0% 46,8% 1,133 0,630 5,25 83,3% 29,4% 39,7% 60,3% 76,0% 24,0% 48,7% 1,181 0,567 5,55 83,3% 32,4% 40,7% 59,3% 77,7% 22,3% 50,6% 1,232 0,515 5,85 77,8% 32,4% 39,1% 60,9% 72,3% 27,7% 48,6% 1,150 0,687 5,95 77,8% 35,3% 40,1% 59,9% 74,0% 26,0% 50,5% 1,202 0,630 6,05 72,2% 35,3% 38,4% 61,6% 69,5% 30,5% 48,5% 1,116 0,787 6,35 66,7% 41,2% 38,7% 61,3% 68,9% 31,1% 50,3% 1,133 0,810 6,65 66,7% 47,1% 41,3% 58,7% 71,7% 28,3% 54,1% 1,259 0,708 6,80 66,7% 50,0% 42,6% 57,4% 72,9% 27,1% 56,0% 1,333 0,667 6,95 66,7% 55,9% 45,7% 54,3% 75,0% 25,0% 59,7% 1,511 0,596 7,05 66,7% 58,8% 47,4% 52,6% 76,0% 24,0% 61,6% 1,619 0,567 7,15 66,7% 61,8% 49,3% 50,7% 76,9% 23,1% 63,5% 1,744 0,540 7,25 61,1% 67,6% 51,3% 48,7% 75,7% 24,3% 65,3% 1,889 0,575 7,50 61,1% 70,6% 53,7% 46,3% 76,5% 23,5% 67,2% 2,078 0,551 7,75 61,1% 73,5% 56,3% 43,7% 77,2% 22,8% 69,1% 2,309 0,529 7,85 55,6% 73,5% 53,9% 46,1% 74,8% 25,2% 67,1% 2,099 0,604 7,95 55,6% 76,5% 56,8% 43,2% 75,5% 24,5% 69,0% 2,361 0,581 8,05 50,0% 76,5% 54,2% 45,8% 73,3% 26,7% 67,0% 2,125 0,654 8,15 50,0% 79,4% 57,5% 42,5% 74,0% 26,0% 68,9% 2,429 0,630 8,35 50,0% 82,4% 61,2% 38,8% 74,7% 25,3% 70,8% 2,833 0,607 8,60 44,4% 85,3% 62,8% 37,2% 73,4% 26,6% 70,7% 3,022 0,651 8,75 44,4% 88,2% 67,8% 32,2% 74,0% 26,0% 72,6% 3,778 0,630 8,95 38,9% 91,2% 71,1% 28,9% 72,8% 27,2% 72,5% 4,407 0,670 9,20 33,3% 91,2% 67,8% 32,2% 71,0% 29,0% 70,5% 3,778 0,731 9,45 33,3% 94,1% 76,0% 24,0% 71,7% 28,3% 72,4% 5,667 0,708 9,65 33,3% 97,1% 86,3% 13,7% 72,3% 27,7% 74,2% 11,333 0,687
10,20 27,8% 97,1% 84,0% 16,0% 70,7% 29,3% 72,3% 9,444 0,744 10,95 22,2% 97,1% 80,8% 19,2% 69,1% 30,9% 70,3% 7,556 0,801 11,45 16,7% 97,1% 76,0% 24,0% 67,6% 32,4% 68,3% 5,667 0,859 11,85 11,1% 97,1% 67,8% 32,2% 66,2% 33,8% 66,3% 3,778 0,916 12,95 0,0% 97,1% 0,0% 100,0% 63,5% 36,5% 62,3% 0,000 1,030 13,90 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
89
- CURVA DE ROC PARA IR DO DOPPLER:
VARIÁVEL Área IC 95% P
IR DO DOPPLER 0,679 0,528 - 0,831 0,034
Positivo ≤ x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,49 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000 0,50 5,3% 100,0% 100,0% 0,0% 65,4% 34,6% 66,1% - 0,947 0,52 5,3% 96,9% 48,4% 51,6% 64,7% 35,3% 64,1% 1,684 0,978 0,55 5,3% 93,8% 32,0% 68,0% 64,0% 36,0% 62,1% 0,842 1,011 0,58 15,8% 93,8% 58,5% 41,5% 66,6% 33,4% 65,8% 2,526 0,898 0,60 15,8% 87,5% 41,3% 58,7% 65,1% 34,9% 61,8% 1,263 0,962 0,63 21,1% 87,5% 48,4% 51,6% 66,5% 33,5% 63,7% 1,684 0,902 0,65 26,3% 87,5% 54,0% 46,0% 68,0% 32,0% 65,6% 2,105 0,842 0,66 36,8% 84,4% 56,8% 43,2% 70,6% 29,4% 67,4% 2,358 0,749 0,67 42,1% 81,3% 55,6% 44,4% 71,6% 28,4% 67,2% 2,246 0,713 0,69 47,4% 81,3% 58,5% 41,5% 73,5% 26,5% 69,1% 2,526 0,648 0,72 47,4% 78,1% 54,7% 45,3% 72,7% 27,3% 67,1% 2,165 0,674 0,74 52,6% 71,9% 51,1% 48,9% 73,1% 26,9% 65,0% 1,871 0,659 0,75 52,6% 68,8% 48,4% 51,6% 72,2% 27,8% 63,0% 1,684 0,689 0,76 57,9% 62,5% 46,3% 53,7% 72,7% 27,3% 60,9% 1,544 0,674 0,77 63,2% 62,5% 48,4% 51,6% 75,3% 24,7% 62,7% 1,684 0,589 0,78 68,4% 62,5% 50,4% 49,6% 78,0% 22,0% 64,6% 1,825 0,505 0,79 73,7% 59,4% 50,3% 49,7% 80,2% 19,8% 64,5% 1,814 0,443 0,80 73,7% 56,3% 48,4% 51,6% 79,3% 20,7% 62,5% 1,684 0,468 0,82 78,9% 53,1% 48,4% 51,6% 81,9% 18,1% 62,4% 1,684 0,396 0,86 78,9% 46,9% 45,3% 54,7% 80,0% 20,0% 58,4% 1,486 0,449 0,94 84,2% 43,8% 45,5% 54,5% 83,2% 16,8% 58,2% 1,497 0,361 1,00 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
90
- CURVA DE ROC PARA O IP DO DOPPLER:
.
VARIÁVEL Área IC 95% P
IP DO DOPPLER 0,669 0,523 - 0,816 0,045
Positivo < X Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,0 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
0,36 0,0% 96,9% 0,0% 100,0% 63,5% 36,5% 62,2% 0,000 1,032 0,78 5,3% 96,9% 48,4% 51,6% 64,7% 35,3% 64,1% 1,684 0,978 0,86 5,3% 93,8% 32,0% 68,0% 64,0% 36,0% 62,1% 0,842 1,011 0,90 5,3% 90,6% 23,8% 76,2% 63,2% 36,8% 60,1% 0,561 1,045 0,91 5,3% 87,5% 19,0% 81,0% 62,4% 37,6% 58,1% 0,421 1,083 0,94 10,5% 87,5% 32,0% 68,0% 63,7% 36,3% 59,9% 0,842 1,023 0,98 15,8% 87,5% 41,3% 58,7% 65,1% 34,9% 61,8% 1,263 0,962 1,02 15,8% 84,4% 36,0% 64,0% 64,2% 35,8% 59,8% 1,011 0,998 1,06 21,1% 84,4% 42,9% 57,1% 65,7% 34,3% 61,7% 1,347 0,936 1,08 26,3% 84,4% 48,4% 51,6% 67,3% 32,7% 63,6% 1,684 0,873 1,09 31,6% 81,3% 48,4% 51,6% 68,0% 32,0% 63,5% 1,684 0,842 1,11 36,8% 81,3% 52,3% 47,7% 69,8% 30,2% 65,4% 1,965 0,777 1,13 36,8% 75,0% 45,1% 54,9% 68,0% 32,0% 61,3% 1,474 0,842 1,17 36,8% 71,9% 42,2% 57,8% 67,1% 32,9% 59,3% 1,310 0,879 1,20 42,1% 71,9% 45,5% 54,5% 69,0% 31,0% 61,2% 1,497 0,805 1,21 42,1% 68,8% 42,9% 57,1% 68,0% 32,0% 59,2% 1,347 0,842 1,22 42,1% 65,6% 40,6% 59,4% 67,0% 33,0% 57,2% 1,225 0,882 1,24 42,1% 62,5% 38,5% 61,5% 65,9% 34,1% 55,2% 1,123 0,926 1,29 42,1% 59,4% 36,6% 63,4% 64,8% 35,2% 53,2% 1,036 0,975 1,35 47,4% 59,4% 39,4% 60,6% 66,9% 33,1% 55,1% 1,166 0,886 1,43 52,6% 59,4% 41,9% 58,1% 69,2% 30,8% 57,0% 1,296 0,798 1,50 52,6% 56,3% 40,1% 59,9% 68,0% 32,0% 55,0% 1,203 0,842 1,53 57,9% 56,3% 42,5% 57,5% 70,6% 29,4% 56,8% 1,323 0,749 1,55 63,2% 56,3% 44,6% 55,4% 73,2% 26,8% 58,7% 1,444 0,655
91
1,60 68,4% 56,3% 46,6% 53,4% 76,2% 23,8% 60,6% 1,564 0,561 1,65 73,7% 56,3% 48,4% 51,6% 79,3% 20,7% 62,5% 1,684 0,468 1,67 73,7% 53,1% 46,7% 53,3% 78,4% 21,6% 60,5% 1,572 0,495 1,69 78,9% 53,1% 48,4% 51,6% 81,9% 18,1% 62,4% 1,684 0,396 1,71 84,2% 53,1% 50,0% 50,0% 85,8% 14,2% 64,3% 1,796 0,297 1,74 89,5% 50,0% 49,9% 50,1% 89,5% 10,5% 64,1% 1,789 0,211 1,77 94,7% 50,0% 51,4% 48,6% 94,5% 5,5% 66,0% 1,895 0,105 1,84 94,7% 46,9% 49,9% 50,1% 94,1% 5,9% 64,0% 1,783 0,112 1,93 94,7% 43,8% 48,4% 51,6% 93,7% 6,3% 62,0% 1,684 0,120 2,01 100,0% 43,8% 49,8% 50,2% 100,0% 0,0% 63,9% 1,778 0,000 2,10 100,0% 40,6% 48,4% 51,6% 100,0% 0,0% 61,9% 1,684 0,000 2,16 100,0% 37,5% 47,2% 52,8% 100,0% 0,0% 59,9% 1,600 0,000 2,22 100,0% 34,4% 45,9% 54,1% 100,0% 0,0% 57,9% 1,524 0,000 2,32 100,0% 31,3% 44,8% 55,2% 100,0% 0,0% 55,9% 1,455 0,000 2,41 100,0% 28,1% 43,7% 56,3% 100,0% 0,0% 53,9% 1,391 0,000 2,46 100,0% 25,0% 42,6% 57,4% 100,0% 0,0% 51,9% 1,333 0,000 2,63 100,0% 21,9% 41,6% 58,4% 100,0% 0,0% 49,8% 1,280 0,000 2,95 100,0% 18,8% 40,7% 59,3% 100,0% 0,0% 47,8% 1,231 0,000 3,22 100,0% 15,6% 39,8% 60,2% 100,0% 0,0% 45,8% 1,185 0,000 3,36 100,0% 12,5% 38,9% 61,1% 100,0% 0,0% 43,8% 1,143 0,000 3,44 100,0% 9,4% 38,1% 61,9% 100,0% 0,0% 41,8% 1,103 0,000 3,50 100,0% 6,3% 37,3% 62,7% 100,0% 0,0% 39,8% 1,067 0,000 3,86 100,0% 3,1% 36,5% 63,5% 100,0% 0,0% 37,8% 1,032 0,000
4,21 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
Resumindo: para uma prevalência igual a 33,3% de partos com período ≤ 7 dias.
Positivo se
Sensibilidade
Especificidade VPP FP VPN FN
Acurácia RVP RVN
COLO UTERINO
< 9 76,5% 84,4% 73,2
% 26,8
% 86,5%
13,5%
81,5% 4,89
4 0,27
9
< 20 76,5% 78,1%
66,1%
33,9% 85,6%
14,4% 77,5%
3,493
0,301
ECOGLAND
Não 73,3% 79,3%
66,4%
33,6% 84,2%
15,8% 77,2%
3,541
0,337
PROFUNFIDADE Cen
≥ 7,75 61,1% 73,5%
56,3%
43,7% 77,2%
22,8% 69,1%
2,309
0,529
IR do doppler
≤ 0,69 47,4% 81,3% 58,5
% 41,5
% 73,5% 26,5
% 69,1% 2,52
6 0,64
8
IP do doppler
≤ 2,00 100,0% 43,8% 49,8% 50,2% 100,0
% 0,0% 63,9% 1,778 0,000
92
Testando a sensibilidade e especificidade
PROFUNDIDADE CE Total p
desfecho ≤ 7,7 > 7,7 <= 7,7
Colo Uterino
parto > 7 dias < 20 4 3 7 especificidade
>= 20 20 5 25 0,000
Total 24 8 32
parto <= 7 dias < 20 6 7 13 sensibilidade
>= 20 0 3 3 0,016
Total 6 10 16
Colo Uterino
parto > 7 dias < 9 4 1 5 especificidade
>= 9 20 7 27 0,000
Total 24 8 32
parto <= 7 dias < 9 6 7 13 sensibilidade
>= 9 0 3 3 0,016
Total 6 10 16
EcoclaNd
parto > 7 dias NÃO 3 3 6 especificidade
SIM 18 5 23 0,001
Total 21 8 29
parto <= 7 dias NÃO 5 6 11 sensibilidade
SIM 0 3 3 0,031
Total 5 9 14
IR
parto > 7 dias ≤ 0,69 4 2 6 especificidade
> 0,69 19 7 26 0,000
Total 23 9 32
parto <= 7 dias ≤ 0,69 0 8 8 sensibilidade
> 0,69 7 3 10 1,000
Total 7 11 18
IP ≤ 2,00
parto > 7 dias ≤ 2,00 12 6 18 especificidade
> 2,00 11 3 14 0,338
Total 23 9 32
parto <= 7 dias ≤ 2,00 7 11 18 sensibilidade
> 2,00 0 0 0 -
Total 7 11 18
IR ≤ 0,69 Total p
desfecho <= 7,7 > 7,7 <= 7,7
Colo Uterino
parto > 7 dias < 20 1 6 7 especificidade
>= 20 4 19 23 0,754
Total 5 25 30
parto <= 7 dias < 20 6 7 13 sensibilidade
>= 20 2 2 4 0,180
Total 8 9 17
Colo Uterino
parto > 7 dias < 9 1 4 5 especificidade
>= 9 4 21 25 1,000
Total 5 25 30
parto <= 7 dias < 9 6 7 13 sensibilidade
>= 9 2 2 4 0,189
Total 8 9 17
93
EcoclaNd
parto > 7 dias NÃO 1 5 6 especificidade
SIM 4 17 21 1,000
Total 5 22 27
parto <= 7 dias NÃO 5 6 11 sensibilidade
SIM 2 2 4 0,289
Total 7 8 15
IP ≤ 2,00
parto > 7 dias NÃO 6 12 18 especificidade
SIM 0 14 14 0,000
Total 6 26 32
parto <= 7 dias NÃO 9 10 19 sensibilidade
SIM 0 0 0 -
Total 9 10 19
IP ≤ 2,00 Total p
desfecho <= 7,7 > 7,7 <= 7,7
Colo Uterino
parto > 7 dias < 20 4 3 7 especificidade
>= 20 13 10 23 0,021
Total 17 13 30
parto <= 7 dias < 20 13 0 13 sensibilidade
>= 20 4 0 4 -
Total 17 0 17
Colo Uterino
parto > 7 dias < 9 3 2 5 especificidade
>= 9 14 11 25 0,004
Total 17 13 30
parto <= 7 dias < 9 13 0 13 sensibilidade
>= 9 4 0 4 -
Total 17 0 17
EcoclaNd
parto > 7 dias NÃO 4 2 6 especificidade
SIM 12 9 21 0,013
Total 16 11 27
parto <= 7 dias NÃO 11 0 11 sensibilidade
SIM 4 0 4 -
Total 15 0 15
Colo Uterino Total p
desfecho < 20 >= 20
Colo Uterino
parto > 7 dias < 9 5 0 5 especificidade
>= 9 2 25 27 0,500
Total 7 25 32
parto <= 7 dias < 9 13 0 13 sensibilidade
>= 9 0 4 4 1,000
Total 13 4 17
EcoclaNd
parto > 7 dias NÃO 6 0 6 especificidade
94
SIM 0 23 23 1,000
Total 6 23 29
parto <= 7 dias NÃO 11 0 11 sensibilidade
SIM 0 4 4 1,000
Total 11 4 15
EcoclaNd Total p
desfecho Colo Uterino NÃO SIM
parto > 7 dias < 9 4 0 4 especificidade
>= 9 2 23 25 0,500
Total 6 23 29
parto <= 7 dias < 9 11 0 11 sensibilidade
>= 9 0 4 4 1,000
Total 11 4 15
CONSIDERANDO O GRUPO SEM PARTO PREMATURO ANTERIOR
desfecho Total
Parto Prematuro parto <= 7 dias parto > 7 dias anterior N % N % N %
não 14 82,4% 25 83,3% 39 83,0%
sim 3 17,6% 5 16,7% 8 17,0%
Total 17 100,0% 30 100,0% 47 100,0%
Tempo para o parto Total
≤ 7 dias > 7 dias
p
n % n % n %
Raça
Branca 5 45,5% 10 62,5% 15 55,6% 0,452
Negra 6 54,5% 6 37,5% 12 44,4%
Total 11 100,0% 16 100,0% 27 100,0%
Corticoide
Não 1 8,3% 0 0,0% 1 3,0% 0,364
Sim 11 91,7% 21 100,0% 32 97,0%
Total 12 100,0% 21 100,0% 33 100,0%
US depois do corticóide
Não 3 23,1% 2 8,7% 5 13,9% 0,328
Sim 10 76,9% 21 91,3% 31 86,1%
Total 13 100,0% 23 100,0% 36 100,0%
Via do parto
Abdominal 4 30,8% 7 50,0% 11 40,7% 0,440
Vaginal 9 69,2% 7 50,0% 16 59,3%
Total 13 100,0% 14 100,0% 27 100,0%
95
Genero do RN
Feminino 5 38,5% 6 37,5% 11 37,9% 1,000
Masculino 8 61,5% 10 62,5% 18 62,1%
Total 13 100,0% 16 100,0% 29 100,0%
Sludge
Não 11 100,0% 22 100,0% 33 100,0% -
Sim 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Total 11 100,0% 22 100,0% 33 100,0%
Ecogland
Não 9 75,0% 5 23,8% 14 42,4% 0,009
Sim 3 25,0% 16 76,2% 19 57,6%
Total 12 100,0% 21 100,0% 33 100,0%
IR
< 1 12 85,7% 13 54,2% 25 65,8% 0,077
1 2 14,3% 11 45,8% 13 34,2%
Total 14 100,0% 24 100,0% 38 100,0%
Zona Fetal
Não 4 36,4% 19 79,2% 23 65,7% 0,022
Sim 7 63,6% 5 20,8% 12 34,3%
Total 11 100,0% 24 100,0% 35 100,0% Comprimento Ce/To ≤ 49,7 3 21,4% 3 12,0% 6 15,4% 0,647 > 49,7 11 78,6% 22 88,0% 33 84,6% Total 14 100,0% 25 100,0% 39 100,0%
Tempo para o parto Total
≤ 7 dias > 7 dias
p
n % n % n %
Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 420 1 7,1% 4 16,0% 5 12,8% 0,637 > 420 13 92,9% 21 84,0% 34 87,2% Total 14 100,0% 25 100,0% 39 100,0% Colo Uterino < 20 10 76,9% 5 21,7% 15 41,7% 0,002 ≥ 20 3 23,1% 18 78,3% 21 58,3% Total 13 100,0% 23 100,0% 36 100,0%
96
Para os fatores que apresentaram significância estatística, estimando o Risco Relativo para o parto ≤
7 dias .
parto ≤ 7 dias
RR 95% IC
Ecogland
Não 4,071 1,343 - 12,347
Sim 1,000 -
Zona Fetal
Não 1,000 -
Sim 3,354 1,221 - 9,218
Colo Uterino
< 20 4,667 1,542 - 14,119 ≥ 20 1,000 -
97
Valores descritivos
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
Idade
≤ 7 dias 14 24,71 8,11 16,0 19,0 22,0 29,0 41,0
> 7 dias 23 22,17 5,81 15,0 18,0 20,0 27,0 36,0
Total 37 23,14 6,78 15,0 18,0 21,0 27,0 41,0
Idade Ges Us
≤ 7 dias 13 32,75 3,85 24,0 30,7 34,3 34,7 36,7
> 7 dias 24 31,44 2,91 25,3 29,2 31,5 34,0 35,4
Total 37 31,90 3,28 24,0 29,4 32,4 34,6 36,7
numero de Gestação
≤ 7 dias 14 2,00 1,62 1,0 1,0 1,0 2,0 6,0
> 7 dias 25 2,08 1,53 1,0 1,0 1,0 3,0 6,0
Total 39 2,05 1,54 1,0 1,0 1,0 3,0 6,0
numero de Partos
≤ 7 dias 14 0,79 1,31 0,0 0,0 0,0 1,0 4,0
> 7 dias 25 0,60 0,87 0,0 0,0 0,0 1,0 3,0
Total 39 0,67 1,03 0,0 0,0 0,0 1,0 4,0
Anumero de aborto
≤ 7 dias 14 0,21 0,43 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0
> 7 dias 25 0,56 1,23 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0
Total 39 0,44 1,02 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0
Colo Uterino
≤ 7 dias 13 7,62 14,84 0,0 0,0 0,0 0,0 41,0
> 7 dias 23 26,17 14,14 0,0 20,0 29,0 36,0 47,0
Total 36 19,47 16,82 0,0 0,0 24,0 33,0 47,0
PFE g
≤ 7 dias 14 2027,07 569,71 738,0 1728,0 2219,0 2335,0 2955,0
> 7 dias 25 1758,40 574,32 666,0 1275,0 1736,0 2262,0 2762,0
Total 39 1854,85 580,01 666,0 1322,0 1969,0 2295,0 2955,0
ILA mm
≤ 7 dias 14 125,64 47,22 51,0 92,0 116,5 176,0 194,0
> 7 dias 23 139,26 26,99 100,0 120,0 133,0 155,0 202,0
Total 37 134,11 35,99 51,0 115,0 132,0 155,0 202,0
Vol2 Dmm³
≤ 7 dias 14 1736,50 711,68 662,9 1030,4 1926,7 2227,3 2652,2
> 7 dias 25 1528,32 885,27 140,0 926,6 1334,9 1946,7 3785,5
Total 39 1603,05 823,70 140,0 926,6 1537,1 2203,0 3785,5
Comprimento T0
≤ 7 dias 14 21,32 4,58 12,4 18,0 23,7 24,6 26,0
> 7 dias 25 19,72 4,34 9,0 17,4 19,5 22,9 28,0
Total 39 20,30 4,43 9,0 17,4 20,1 24,1 28,0
Comprimento Ce
≤ 7 dias 14 12,61 3,91 5,5 9,5 13,5 15,5 17,5
> 7 dias 25 11,70 2,91 5,5 9,9 12,0 13,2 19,3
98
Total 39 12,03 3,28 5,5 9,8 12,3 14,5 19,3
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
Largura T0
≤ 7 dias 14 11,43 2,23 7,9 10,0 11,2 12,6 16,3
> 7 dias 25 10,93 3,36 3,8 8,9 11,6 12,5 18,3
Total 39 11,11 2,98 3,8 9,2 11,5 12,6 18,3
Largura Ce
≤ 7 dias 14 5,32 2,12 2,8 3,6 4,6 7,6 9,0
> 7 dias 25 5,45 2,34 1,6 3,8 5,7 6,6 12,8
Total 39 5,40 2,23 1,6 3,8 5,3 7,0 12,8
Profundidade T0
≤ 7 dias 14 15,37 3,18 9,6 12,8 15,5 18,1 19,8
> 7 dias 25 12,96 3,07 8,5 11,0 12,9 14,9 22,3
Total 39 13,83 3,28 8,5 11,2 13,5 15,7 22,3
Profundidade Cen
≤ 7 dias 14 8,93 2,53 3,7 7,8 9,0 11,2 12,0
> 7 dias 25 6,62 2,38 2,8 4,8 6,6 8,1 13,9
Total 39 7,45 2,66 2,8 5,3 7,1 8,8 13,9
Comprimento CT
≤ 7 dias 14 57,86 8,85 42,0 51,7 60,7 64,0 68,0
> 7 dias 25 60,80 8,96 42,3 55,0 61,0 68,0 81,1
Total 39 59,75 8,92 42,0 54,0 61,0 67,0 81,1
Largura CT
≤ 7 dias 14 45,50 11,73 32,0 36,0 43,9 52,0 74,0
> 7 dias 25 47,70 8,81 33,0 43,0 47,0 53,0 70,0
Total 39 46,91 9,86 32,0 38,3 47,0 53,0 74,0
Profundidade CT
≤ 7 dias 14 58,50 11,38 30,8 51,0 60,7 67,0 71,0
> 7 dias 24 50,49 9,88 27,0 46,0 51,0 58,1 63,0
Total 38 53,44 11,02 27,0 50,0 53,3 61,2 71,0
Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 7 dias 14 859,98 260,55 398,0 663,5 905,7 1047,9 1358,4
> 7 dias 25 773,02 451,50 171,8 523,9 684,2 995,9 2329,5
Total 39 804,23 392,12 171,8 558,9 715,3 1022,3 2329,5
IR - doppler
≤ 7 dias 14 0,71 0,16 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0
> 7 dias 24 0,85 0,17 0,5 0,7 0,9 1,0 1,0
Total 38 0,80 0,17 0,5 0,7 0,8 1,0 1,0
IP - doppler
≤ 7 dias 14 1,30 0,36 0,7 1,0 1,3 1,6 2,0
99
> 7 dias 24 1,96 1,04 0,0 1,2 1,8 2,6 4,2
Total 38 1,72 0,91 0,0 1,1 1,5 2,1 4,2
Tempo para o parto n Média dp Mínimo Percentil 25 Mediana Percentil 75 Máximo
AB - doppler
≤ 7 dias 11 3,95 2,55 2,0 2,4 2,9 4,0 9,6
> 7 dias 12 4,05 1,82 2,0 2,7 3,9 4,9 8,3
Total 23 4,00 2,15 2,0 2,4 3,2 4,5 9,6
Pesog do RN
≤ 7 dias 13 2150,38 628,89 745,0 1920,0 2290,0 2600,0 2960,0
> 7 dias 16 3071,06 518,91 2040,0 2857,5 3100,0 3358,5 3985,0
Total 29 2658,34 728,62 745,0 2275,0 2715,0 3100,0 3985,0
Capurro
≤ 7 dias 10 35,27 2,70 30,4 33,6 35,1 37,1 39,1
> 7 dias 10 37,65 2,61 33,6 34,9 38,7 39,7 40,0
Total 20 36,46 2,86 30,4 33,8 36,9 39,1 40,0
Para as variáveis que possuem distribuição normal (p>0,05) – usando o teste t-Student para a
comparação da distribuição de variáveis independentes.
Para as variáveis que não possuem distribuição normal (p<0,05)-- usando o teste não paramétrico de
Mann-Whitney para a comparação da distribuição de variáveis independentes.
Variáveis N Média dp Mediana p
Idade
≤ 7 dias 14 24,71 8,11 22,0 0,394
> 7 dias 23 22,17 5,81 20,0
Idade Ges Us
≤ 7 dias 13 32,75 3,85 34,3 0,251
> 7 dias 24 31,44 2,91 31,5
numero de Gestação
≤ 7 dias 14 2,00 1,62 1,0 0,874
> 7 dias 25 2,08 1,53 1,0
numero de Partos
≤ 7 dias 14 0,79 1,31 0,0 1,000
> 7 dias 25 0,60 0,87 0,0
Numero de aborto
≤ 7 dias 14 0,21 0,43 0,0 0,806
> 7 dias 25 0,56 1,23 0,0
Colo Uterino
≤ 7 dias 13 7,62 14,84 0,0 0,001
> 7 dias 23 26,17 14,14 29,0
PFE g
≤ 7 dias 14 2027,07 569,71 2219,0 0,185
> 7 dias 25 1758,40 574,32 1736,0
100
Variáveis N Média dp Mediana p
ILA mm
≤ 7 dias 14 125,64 47,22 116,5 0,337
> 7 dias 23 139,26 26,99 133,0
Vol2 Dmm³
≤ 7 dias 14 1736,50 711,68 1926,7 0,456
> 7 dias 25 1528,32 885,27 1334,9
Comprimento T0
≤ 7 dias 14 21,32 4,58 23,7 0,286
> 7 dias 25 19,72 4,34 19,5
Comprimento Ce
≤ 7 dias 14 12,61 3,91 13,5 0,417
> 7 dias 25 11,70 2,91 12,0
Largura T0
≤ 7 dias 14 11,43 2,23 11,2 0,621
> 7 dias 25 10,93 3,36 11,6
Largura Ce
≤ 7 dias 14 5,32 2,12 4,6 0,828
> 7 dias 25 5,45 2,34 5,7
Profundidade T0
≤ 7 dias 14 15,37 3,18 15,5 0,026
> 7 dias 25 12,96 3,07 12,9
Profundidade Cen
≤ 7 dias 14 8,93 2,53 9,0 0,007
> 7 dias 25 6,62 2,38 6,6
Comprimento CT
≤ 7 dias 14 57,86 8,85 60,7 0,329
> 7 dias 25 60,80 8,96 61,0
Largura CT
≤ 7 dias 14 45,50 11,73 43,9 0,510
> 7 dias 25 47,70 8,81 47,0 Profundidade CT
≤ 7 dias 14 58,50 11,38 60,7 0,029
> 7 dias 24 50,49 9,88 51,0 Relação Volume adrenal\PFE mm³ \Kg
≤ 7 dias 14 859,98 260,55 905,7 0,216
> 7 dias 25 773,02 451,50 684,2
IR - doppler
≤ 7 dias 14 0,71 0,16 0,7 0,019
> 7 dias 24 0,85 0,17 0,9 IP - doppler
≤ 7 dias 14 1,30 0,36 1,3 0,037
101
> 7 dias 24 1,96 1,04 1,8 AB - doppler
≤ 7 dias 11 3,95 2,55 2,9 0,487
> 7 dias 12 4,05 1,82 3,9
Variáveis N Média dp Mediana p
Pesog do RN
≤ 7 dias 13 2150,38 628,89 2290,0 0,000
> 7 dias 16 3071,06 518,91 3100,0
Capurro
≤ 7 dias 10 35,27 2,70 35,1 0,060
> 7 dias 10 37,65 2,61 38,7
ANÁLISE PELA CURVA ROC – GRUPO SEM PARTO PREMATURO ANTERIOR
para uma prevalência igual a 35,8% de partos com período ≤ 7 dias.
- CURVA DE ROC PARA O Colo Uterino:
VARIÁVEL Área IC 95% P
Colo Uterino 0,821 0,659 - 0,984 0,002
102
Positivo <x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,0 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000 1,5 76,9% 91,3% 83,1% 16,9% 87,6% 12,4% 86,2% 8,846 0,253 3,5 76,9% 87,0% 76,7% 23,3% 87,1% 12,9% 83,4% 5,897 0,265 7,5 76,9% 82,6% 71,2% 28,8% 86,5% 13,5% 80,6% 4,423 0,279
15,5 76,9% 78,3% 66,4% 33,6% 85,9% 14,1% 77,8% 3,538 0,295 21,0 76,9% 73,9% 62,2% 37,8% 85,2% 14,8% 75,0% 2,949 0,312 22,5 76,9% 69,6% 58,5% 41,5% 84,4% 15,6% 72,2% 2,527 0,332 24,0 76,9% 65,2% 55,2% 44,8% 83,5% 16,5% 69,4% 2,212 0,354 26,0 84,6% 60,9% 54,7% 45,3% 87,6% 12,4% 69,4% 2,162 0,253 28,0 84,6% 52,2% 49,7% 50,3% 85,9% 14,1% 63,8% 1,769 0,295 30,0 84,6% 47,8% 47,5% 52,5% 84,8% 15,2% 61,0% 1,622 0,322 31,5 84,6% 43,5% 45,5% 54,5% 83,5% 16,5% 58,2% 1,497 0,354 32,5 84,6% 39,1% 43,7% 56,3% 82,0% 18,0% 55,4% 1,390 0,393 34,5 92,3% 30,4% 42,5% 57,5% 87,6% 12,4% 52,6% 1,327 0,253 36,5 92,3% 21,7% 39,7% 60,3% 83,5% 16,5% 47,0% 1,179 0,354 39,0 92,3% 13,0% 37,2% 62,8% 75,3% 24,7% 41,4% 1,062 0,590 41,5 100,0% 13,0% 39,1% 60,9% 100,0% 0,0% 44,2% 1,150 0,000 44,5 100,0% 8,7% 37,9% 62,1% 100,0% 0,0% 41,4% 1,095 0,000
47,0 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
- CURVA DE ROC PARA O PROFUNDIDADE T0
VARIÁVEL Área IC 95% P
Profundidade T0 0,716 0,548 - 0,884 0,027
103
Positivo > = x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
7,50 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
8,80 100,0% 4,0% 36,7% 63,3% 100,0% 0,0% 38,4% 1,042 0,000 9,20 100,0% 8,0% 37,7% 62,3% 100,0% 0,0% 40,9% 1,087 0,000 9,35 100,0% 12,0% 38,8% 61,2% 100,0% 0,0% 43,5% 1,136 0,000 9,50 100,0% 16,0% 39,9% 60,1% 100,0% 0,0% 46,1% 1,190 0,000 9,95 92,9% 16,0% 38,1% 61,9% 80,1% 19,9% 43,5% 1,105 0,446
10,35 92,9% 20,0% 39,3% 60,7% 83,4% 16,6% 46,1% 1,161 0,357 10,70 92,9% 24,0% 40,5% 59,5% 85,8% 14,2% 48,7% 1,222 0,298 11,05 92,9% 28,0% 41,8% 58,2% 87,5% 12,5% 51,2% 1,290 0,255 11,15 92,9% 32,0% 43,2% 56,8% 88,9% 11,1% 53,8% 1,366 0,223 11,40 92,9% 36,0% 44,7% 55,3% 90,0% 10,0% 56,4% 1,451 0,198 11,80 92,9% 44,0% 48,0% 52,0% 91,7% 8,3% 61,5% 1,658 0,162 12,30 85,7% 48,0% 47,9% 52,1% 85,8% 14,2% 61,5% 1,648 0,298 12,70 78,6% 48,0% 45,7% 54,3% 80,1% 19,9% 58,9% 1,511 0,446 12,85 71,4% 48,0% 43,4% 56,6% 75,1% 24,9% 56,4% 1,374 0,595 13,00 71,4% 52,0% 45,3% 54,7% 76,5% 23,5% 59,0% 1,488 0,549 13,25 71,4% 56,0% 47,5% 52,5% 77,9% 22,1% 61,5% 1,623 0,510 13,45 64,3% 56,0% 44,9% 55,1% 73,8% 26,2% 59,0% 1,461 0,638 13,60 64,3% 60,0% 47,3% 52,7% 75,1% 24,9% 61,5% 1,607 0,595 13,90 57,1% 60,0% 44,3% 55,7% 71,5% 28,5% 59,0% 1,429 0,714 14,20 57,1% 64,0% 47,0% 53,0% 72,8% 27,2% 61,5% 1,587 0,670 14,60 57,1% 68,0% 49,9% 50,1% 74,0% 26,0% 64,1% 1,786 0,630 15,10 57,1% 76,0% 57,0% 43,0% 76,1% 23,9% 69,2% 2,381 0,564 15,45 50,0% 84,0% 63,5% 36,5% 75,1% 24,9% 71,8% 3,125 0,595 15,65 42,9% 84,0% 59,9% 40,1% 72,5% 27,5% 69,3% 2,679 0,680 15,75 35,7% 84,0% 55,5% 44,5% 70,1% 29,9% 66,7% 2,232 0,765 16,05 35,7% 92,0% 71,3% 28,7% 72,0% 28,0% 71,8% 4,464 0,699 17,05 35,7% 96,0% 83,3% 16,7% 72,8% 27,2% 74,4% 8,929 0,670 17,95 28,6% 96,0% 79,9% 20,1% 70,7% 29,3% 71,9% 7,143 0,744 18,60 21,4% 96,0% 74,9% 25,1% 68,7% 31,3% 69,3% 5,357 0,818 19,40 14,3% 96,0% 66,6% 33,4% 66,8% 33,2% 66,7% 3,571 0,893 19,75 7,1% 96,0% 49,9% 50,1% 65,0% 35,0% 64,2% 1,786 0,967 21,05 0,0% 96,0% 0,0% 100,0% 63,3% 36,7% 61,6% 0,000 1,042 23,30 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
104
- CURVA DE ROC PARA O PROFUNDIDADE CEN
VARIÁVEL Área IC 95% P
Profundidade CEN 0,760 0,59 - 0,93 0,008
Positivo >x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
1,80 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
2,90 100,0% 4,0% 36,7% 63,3% 100,0% 0,0% 38,4% 1,042 0,000
3,35 100,0% 8,0% 37,7% 62,3% 100,0% 0,0% 40,9% 1,087 0,000
3,95 92,9% 8,0% 36,0% 64,0% 66,8% 33,2% 38,4% 1,009 0,893
4,30 92,9% 16,0% 38,1% 61,9% 80,1% 19,9% 43,5% 1,105 0,446
4,55 92,9% 20,0% 39,3% 60,7% 83,4% 16,6% 46,1% 1,161 0,357
4,75 92,9% 24,0% 40,5% 59,5% 85,8% 14,2% 48,7% 1,222 0,298
5,00 92,9% 28,0% 41,8% 58,2% 87,5% 12,5% 51,2% 1,290 0,255
5,25 92,9% 32,0% 43,2% 56,8% 88,9% 11,1% 53,8% 1,366 0,223
5,55 92,9% 36,0% 44,7% 55,3% 90,0% 10,0% 56,4% 1,451 0,198
5,90 85,7% 36,0% 42,8% 57,2% 81,9% 18,1% 53,8% 1,339 0,397
6,05 78,6% 36,0% 40,6% 59,4% 75,1% 24,9% 51,2% 1,228 0,595
6,35 78,6% 44,0% 43,9% 56,1% 78,6% 21,4% 56,4% 1,403 0,487
6,75 78,6% 52,0% 47,7% 52,3% 81,3% 18,7% 61,5% 1,637 0,412
6,95 78,6% 60,0% 52,3% 47,7% 83,4% 16,6% 66,6% 1,964 0,357
7,05 78,6% 64,0% 54,9% 45,1% 84,3% 15,7% 69,2% 2,183 0,335
7,40 78,6% 68,0% 57,8% 42,2% 85,1% 14,9% 71,8% 2,455 0,315
7,75 78,6% 72,0% 61,0% 39,0% 85,8% 14,2% 74,4% 2,806 0,298
7,90 71,4% 72,0% 58,7% 41,3% 81,9% 18,1% 71,8% 2,551 0,397
8,05 64,3% 72,0% 56,1% 43,9% 78,3% 21,7% 69,2% 2,296 0,496
8,15 64,3% 76,0% 59,9% 40,1% 79,2% 20,8% 71,8% 2,679 0,470
8,35 64,3% 80,0% 64,2% 35,8% 80,1% 19,9% 74,4% 3,214 0,446
105
8,60 57,1% 84,0% 66,6% 33,4% 77,9% 22,1% 74,4% 3,571 0,510
8,75 57,1% 88,0% 72,6% 27,4% 78,6% 21,4% 77,0% 4,762 0,487
8,95 50,0% 92,0% 77,7% 22,3% 76,7% 23,3% 77,0% 6,250 0,543
9,35 42,9% 92,0% 74,9% 25,1% 74,3% 25,7% 74,4% 5,357 0,621
9,65 42,9% 96,0% 85,7% 14,3% 75,1% 24,9% 77,0% 10,714 0,595
10,20 35,7% 96,0% 83,3% 16,7% 72,8% 27,2% 74,4% 8,929 0,670
10,95 28,6% 96,0% 79,9% 20,1% 70,7% 29,3% 71,9% 7,143 0,744
11,45 21,4% 96,0% 74,9% 25,1% 68,7% 31,3% 69,3% 5,357 0,818
11,85 14,3% 96,0% 66,6% 33,4% 66,8% 33,2% 66,7% 3,571 0,893
12,95 0,0% 96,0% 0,0% 100,0% 63,3% 36,7% 61,6% 0,000 1,042
14,90 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
- CURVA DE ROC PARA O PROFUNDIDADE CT
VARIÁVEL Área IC 95% P
Profundidade CT 0,719 0,534 - 0,903 0,026
106
Positivo > x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
25,00 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
28,90 100,0% 4,2% 36,8% 63,2% 100,0% 0,0% 38,5% 1,043 0,000
30,90 92,9% 4,2% 35,1% 64,9% 51,1% 48,9% 35,9% 0,969 1,714
31,97 92,9% 8,3% 36,1% 63,9% 67,7% 32,3% 38,6% 1,013 0,857
36,47 92,9% 12,5% 37,2% 62,8% 75,8% 24,2% 41,3% 1,061 0,571
41,80 92,9% 16,7% 38,3% 61,7% 80,7% 19,3% 43,9% 1,114 0,429
43,80 92,9% 20,8% 39,5% 60,5% 83,9% 16,1% 46,6% 1,173 0,343
45,00 85,7% 20,8% 37,6% 62,4% 72,3% 27,7% 44,1% 1,083 0,686
48,00 85,7% 29,2% 40,3% 59,7% 78,5% 21,5% 49,4% 1,210 0,490
50,25 78,6% 33,3% 39,7% 60,3% 73,6% 26,4% 49,5% 1,179 0,643
50,75 78,6% 37,5% 41,2% 58,8% 75,8% 24,2% 52,2% 1,257 0,571
52,00 71,4% 54,2% 46,5% 53,5% 77,3% 22,7% 60,3% 1,558 0,527
53,25 71,4% 62,5% 51,5% 48,5% 79,7% 20,3% 65,7% 1,905 0,457
54,75 71,4% 66,7% 54,4% 45,6% 80,7% 19,3% 68,4% 2,143 0,429
56,50 64,3% 66,7% 51,8% 48,2% 77,0% 23,0% 65,8% 1,929 0,536
57,20 64,3% 70,8% 55,1% 44,9% 78,1% 21,9% 68,5% 2,204 0,504
58,10 64,3% 75,0% 58,9% 41,1% 79,0% 21,0% 71,2% 2,571 0,476
58,90 64,3% 79,2% 63,2% 36,8% 79,9% 20,1% 73,8% 3,086 0,451
59,50 64,3% 83,3% 68,3% 31,7% 80,7% 19,3% 76,5% 3,857 0,429
60,20 57,1% 83,3% 65,7% 34,3% 77,7% 22,3% 74,0% 3,429 0,514
60,70 50,0% 83,3% 62,6% 37,4% 74,9% 25,1% 71,4% 3,000 0,600
61,10 42,9% 83,3% 58,9% 41,1% 72,3% 27,7% 68,8% 2,571 0,686
61,50 42,9% 87,5% 65,7% 34,3% 73,3% 26,7% 71,5% 3,429 0,653
61,90 35,7% 87,5% 61,4% 38,6% 70,9% 29,1% 69,0% 2,857 0,735
62,35 35,7% 91,7% 70,5% 29,5% 71,9% 28,1% 71,6% 4,286 0,701
62,85 35,7% 95,8% 82,7% 17,3% 72,8% 27,2% 74,3% 8,571 0,671
64,50 35,7% 100,0% 100,0% 0,0% 73,6% 26,4% 77,0% - 0,643
66,50 28,6% 100,0% 100,0% 0,0% 71,5% 28,5% 74,4% - 0,714
68,50 21,4% 100,0% 100,0% 0,0% 69,5% 30,5% 71,9% - 0,786
70,50 7,1% 100,0% 100,0% 0,0% 65,9% 34,1% 66,8% - 0,929
71,00 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
107
- CURVA DE ROC PARA O IR DO DOPPLER
VARIÁVEL Área IC 95% P
IR - doppler 0,729 0,560 - 0,899 0,020
Positivo < x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,50 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
0,50 7,1% 100,0% 100,0% 0,0% 65,9% 34,1% 66,8% - 0,929
0,52 7,1% 95,8% 48,9% 51,1% 64,9% 35,1% 64,1% 1,714 0,969
0,55 7,1% 91,7% 32,3% 67,7% 63,9% 36,1% 61,4% 0,857 1,013
0,58 21,4% 91,7% 58,9% 41,1% 67,7% 32,3% 66,5% 2,571 0,857
0,60 21,4% 87,5% 48,9% 51,1% 66,6% 33,4% 63,8% 1,714 0,898
0,63 28,6% 87,5% 56,0% 44,0% 68,7% 31,3% 66,4% 2,286 0,816
0,65 35,7% 87,5% 61,4% 38,6% 70,9% 29,1% 69,0% 2,857 0,735
0,66 50,0% 83,3% 62,6% 37,4% 74,9% 25,1% 71,4% 3,000 0,600
0,70 57,1% 79,2% 60,5% 39,5% 76,8% 23,2% 71,3% 2,743 0,541
0,74 64,3% 79,2% 63,2% 36,8% 79,9% 20,1% 73,8% 3,086 0,451
0,75 64,3% 75,0% 58,9% 41,1% 79,0% 21,0% 71,2% 2,571 0,476
0,76 71,4% 66,7% 54,4% 45,6% 80,7% 19,3% 68,4% 2,143 0,429
0,78 78,6% 66,7% 56,8% 43,2% 84,8% 15,2% 70,9% 2,357 0,321
0,80 78,6% 62,5% 53,9% 46,1% 83,9% 16,1% 68,3% 2,095 0,343
0,82 78,6% 58,3% 51,3% 48,7% 83,0% 17,0% 65,6% 1,886 0,367
0,86 78,6% 50,0% 46,7% 53,3% 80,7% 19,3% 60,2% 1,571 0,429
0,94 85,7% 45,8% 46,9% 53,1% 85,2% 14,8% 60,1% 1,582 0,312
1,00 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
108
- CURVA DE ROC PARA O IP DO DOPPLER
VARIÁVEL Área IC 95% P
IP - doppler 0,705 0,542 - 0,869 0,037
Positivo < x Sensibilidade Especificidade VPP FP VPN FN Acurácia RVP RVN
0,00 0,0% 100,0% - - 64,2% 35,8% 64,2% - 1,000
0,36 0,0% 95,8% 0,0% 100,0% 63,2% 36,8% 61,5% 0,000 1,043
0,78 7,1% 95,8% 48,9% 51,1% 64,9% 35,1% 64,1% 1,714 0,969
0,87 7,1% 91,7% 32,3% 67,7% 63,9% 36,1% 61,4% 0,857 1,013
0,91 7,1% 87,5% 24,2% 75,8% 62,8% 37,2% 58,7% 0,571 1,061
0,94 14,3% 87,5% 38,9% 61,1% 64,7% 35,3% 61,3% 1,143 0,980
0,98 21,4% 87,5% 48,9% 51,1% 66,6% 33,4% 63,8% 1,714 0,898
1,02 21,4% 83,3% 41,8% 58,2% 65,5% 34,5% 61,2% 1,286 0,943
1,06 28,6% 83,3% 48,9% 51,1% 67,7% 32,3% 63,7% 1,714 0,857
1,08 35,7% 83,3% 54,4% 45,6% 69,9% 30,1% 66,3% 2,143 0,771
1,09 35,7% 79,2% 48,9% 51,1% 68,8% 31,2% 63,6% 1,714 0,812
1,12 42,9% 79,2% 53,4% 46,6% 71,3% 28,7% 66,2% 2,057 0,722
1,17 42,9% 75,0% 48,9% 51,1% 70,2% 29,8% 63,5% 1,714 0,762
1,20 50,0% 75,0% 52,7% 47,3% 72,9% 27,1% 66,1% 2,000 0,667
1,21 50,0% 70,8% 48,9% 51,1% 71,8% 28,2% 63,4% 1,714 0,706
1,22 50,0% 66,7% 45,5% 54,5% 70,5% 29,5% 60,7% 1,500 0,750
1,27 50,0% 62,5% 42,6% 57,4% 69,2% 30,8% 58,0% 1,333 0,800
1,40 57,1% 62,5% 45,9% 54,1% 72,3% 27,7% 60,6% 1,524 0,686
1,50 57,1% 58,3% 43,3% 56,7% 70,9% 29,1% 57,9% 1,371 0,735
1,53 64,3% 58,3% 46,2% 53,8% 74,5% 25,5% 60,5% 1,543 0,612
109
1,55 71,4% 58,3% 48,9% 51,1% 78,5% 21,5% 63,0% 1,714 0,490
1,60 78,6% 58,3% 51,3% 48,7% 83,0% 17,0% 65,6% 1,886 0,367
1,65 85,7% 58,3% 53,4% 46,6% 88,0% 12,0% 68,1% 2,057 0,245
1,68 85,7% 54,2% 51,0% 49,0% 87,2% 12,8% 65,5% 1,870 0,264
1,71 92,9% 54,2% 53,0% 47,0% 93,2% 6,8% 68,0% 2,026 0,132
1,80 92,9% 50,0% 50,9% 49,1% 92,6% 7,4% 65,3% 1,857 0,143
1,93 92,9% 45,8% 48,9% 51,1% 92,0% 8,0% 62,7% 1,714 0,156
2,01 100,0% 45,8% 50,7% 49,3% 100,0% 0,0% 65,2% 1,846 0,000
2,10 100,0% 41,7% 48,9% 51,1% 100,0% 0,0% 62,6% 1,714 0,000
2,21 100,0% 37,5% 47,2% 52,8% 100,0% 0,0% 59,9% 1,600 0,000
2,36 100,0% 33,3% 45,5% 54,5% 100,0% 0,0% 57,2% 1,500 0,000
2,46 100,0% 29,2% 44,0% 56,0% 100,0% 0,0% 54,5% 1,412 0,000
2,63 100,0% 25,0% 42,6% 57,4% 100,0% 0,0% 51,9% 1,333 0,000
2,95 100,0% 20,8% 41,3% 58,7% 100,0% 0,0% 49,2% 1,263 0,000
3,22 100,0% 16,7% 40,1% 59,9% 100,0% 0,0% 46,5% 1,200 0,000
3,42 100,0% 12,5% 38,9% 61,1% 100,0% 0,0% 43,8% 1,143 0,000
3,50 100,0% 8,3% 37,8% 62,2% 100,0% 0,0% 41,2% 1,091 0,000
3,86 100,0% 4,2% 36,8% 63,2% 100,0% 0,0% 38,5% 1,043 0,000
4,21 100,0% 0,0% 35,8% 64,2% - - 35,8% 1,000 -
RESUMINDO: PARA UMA PREVALÊNCIA 35,8% DE PARTOS ≤ 7 DIAS, NA POPULAÇÃO DE PACIENTES
SEM HISTORICO DE PARTO PREMATURO E SEM ANTIBIÓTICO:
Positivo se
Sensibilidade
Especificidade VPP FP VPN FN
Acurácia RVP RVN
COLO UTERINO
< 1,5 76,9% 91,3% 83,1
% 16,9
% 87,6%
12,4%
86,2% 8,84
6 0,25
3
< 20 76,9% 78,3% 66,4
% 33,6
% 85,9%
14,1%
77,8% 3,54
4 0,29
5
ECOGLAND
Não 75,0% 76,2% 63,7
% 36,3
% 84,5%
15,5%
75,8% 3,15
1 0,32
8
ZONA FETAL
Sim 63,6% 79,2% 63,0
% 37,0
% 79,6%
20,4%
73,6% 3,05
8 0,46
0
PROFUNFIDADE T0
≥ 15,4 50,0% 84,0% 63,5
% 36,5
% 75,1%
24,9%
71,8% 3,12
5 0,59
5 PROFUNDIDADE
CEN
≥ 7,75 78,6% 72,0% 61,0% 39,0% 85,8% 14,2% 74,4% 2,806 0,298
PROFUNDIDADE CT
≥ 59,50 64,3% 83,3%
68,3%
31,7%
80,7% 19,3
% 76,5%
3,857
0,429
IR do doppler
≤ 0,74 64,3% 79,2% 63,2 36,8 79,9% 20,1 73,8% 3,08 0,45
110
% % % 6 1
IP do doppler
≤ 2,00 100,0% 45,8%
50,7%
49,3%
100,0% 0,0% 65,2%
1,846
0,000