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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS RELATÓRIO FINAL PIBIC/PAIC 2015-2016 PIB-A/0083/2015 1. Identificação do Projeto Título do Projeto PIBIC/PAIC AVALIAÇAO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS CONGELADOS DE PESCADO REGIONAL UTILIZADOS NA MERENDA ESCOLAR DO ESTADO DO AMAZONAS Orientador Profº. Dr. Antônio José Inhamuns Aluno Paula Ribeiro dos Santos 2. Informações de Acesso ao Documento 2.1 Este documento é confidencial? 2.2 Este trabalho ocasionará registro de patente? 2.3 Este trabalho pode ser liberado para reprodução? 2.4 Em caso de liberação parcial, quais dados podem ser liberados? Especifique. 3. Introdução O pescado é um alimento muito nutritivo, rico em micronutrientes, minerais, ácidos graxos essenciais e proteínas, representa um valioso complemento nas dietas pobres em vitaminas e minerais essenciais; este pode exercer importantes efeitos positivos para melhorar a qualidade das proteínas dietéticas, complementando os aminoácidos essenciais que frequentemente se acham presentes só em baixas quantidades em dietas a base de hortaliças (FAO, 2007). Em regra, a carne de pescado é mais facilmente assimilada pelo organismo humano pelo fato desta ser constituída por tecido muscular formado por feixes finos SIM x NÃO SIM x NÃO x SIM NÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS RELATÓRIO FINAL PIBIC/PAIC 2015-2016

PIB-A/0083/2015 1. Identificação do Projeto

Título do Projeto PIBIC/PAIC AVALIAÇAO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS CONGELADOS DE PESCADO REGIONAL UTILIZADOS NA MERENDA ESCOLAR DO ESTADO DO

AMAZONAS

Orientador

Profº. Dr. Antônio José Inhamuns

Aluno Paula Ribeiro dos Santos

2. Informações de Acesso ao Documento

2.1 Este documento é confidencial?

2.2 Este trabalho ocasionará registro de patente?

2.3 Este trabalho pode ser liberado para reprodução?

2.4 Em caso de liberação parcial, quais dados podem ser liberados? Especifique.

3. Introdução

O pescado é um alimento muito nutritivo, rico em micronutrientes, minerais,

ácidos graxos essenciais e proteínas, representa um valioso complemento nas

dietas pobres em vitaminas e minerais essenciais; este pode exercer importantes

efeitos positivos para melhorar a qualidade das proteínas dietéticas,

complementando os aminoácidos essenciais que frequentemente se acham

presentes só em baixas quantidades em dietas a base de hortaliças (FAO, 2007).

Em regra, a carne de pescado é mais facilmente assimilada pelo organismo

humano pelo fato desta ser constituída por tecido muscular formado por feixes finos

SIM x NÃO

SIM x NÃO

x SIM NÃO

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e curtos de fibras estiradas e conter menos tecido conjuntivo do que a carne de

animais terrestres. Tal fato faz com que a sua permanência no sistema digestor,

seja menor. Por outro lado, a quantidade de proteínas absorvidas pelo organismo é

para algumas espécies de pescado ligeiramente superior (87 a 98%) do que se

registra para as proteínas da carne bovina e frango (87 a 90%) (CONTRERAS-

GUZMAN, 1994).

O pescado é um produto muito susceptível a deterioração microbiana devido

a alta atividade de água, composição química e pH próximo a neutralidade

acelerando as alterações durante o armazenamento (FRANCO e LANDGRAF,

2005). A qualidade microbiológica do pescado é um importante fator a ser

considerado para o consumo desta fonte de proteínas comum e abundante na

região. Estudos realizados por Vasconcelos et al. (2014) na espécie pirarucu

salgado-seco oriundo de duas feiras de comercialização no Estado do Amazonas,

classificaram as amostras objetos de estudo como impróprias para o consumo

humano devido a presença de alta carga microbiana presente no material

analisado.

Delbem et al. (2010) avaliaram a espécie pintado (Pseudoplatystoma

corruscan) para identificar a vida de prateleira do pintado conservado em gelo

medindo o tempo de deterioração em função da contagem microbiológica de

Staphylococcus coagulase positiva, Salmonella spp., coliformes termo tolerantes (a

45˚C) e contagem padrão de mesófilos aeróbios. Os resultados microbiológicos

mostraram que o consumo de pescado conservado em gelo deve ser realizado no

máximo até o 9o dia, pois a partir deste período pode ocorrer a proliferação de

coliformes e mesófilos aeróbios que aceleram a deterioração do pescado.

Oliveira et al. (2014), em estudo da qualidade microbiológica em filés de

pirarucu (Arapaima gigas), constataram que, as contagens bacteriológicas foram

bons parâmetros indicadores da qualidade do pescado, principalmente nas

primeiras semanas de avaliação. Souza et al. (2013), em estudos com algumas

espécies de peixes amazônicas, observaram que, os parâmetros microbiológicos

se mantiveram em qualidade adequada, sendo promissoras para a produção de

carne mecanicamente separada (CMS).

A inclusão do pescado na merenda escolar é uma forma de incentivar o

consumo deste pelas crianças, principalmente se incluído em preparações que os

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alunos apreciam. Este hábito pode representar uma maneira para aumentar o

consumo do pescado no Brasil, e consequentemente a sua produção, visto que a

pesca e a aquicultura, de maneira direta ou indireta, desempenham um papel

fundamental nos meios de subsistência de milhões de pessoas em todo o mundo

(VEIT, 2012).

A identificação de agentes microbiológicos constitui-se, portanto, uma

importante etapa no processo de aquisição destes produtos para o consumo da

comunidade estudantil, bem como poderá contribuir de forma eficaz com a

segurança alimentar dos estudantes da Rede Pública de Ensino do Estado do

Amazonas.

4. Justificativa

O peixe é o principal alimento do povo amazônida, que apresenta o maior

consumo per capta do Brasil. Sendo a carne do pescado a principal fonte de

proteína no estado, este se constitui como uma alternativa a ser utilizado no

cardápio das escolas públicas do estado que desde 2005 mantém um programa

intitulado “Regionalização da Merenda Escolar”, com o objetivo de estimular a

produção rural em todo estado trazendo para escolas alimentos regionais de boa

qualidade.

O pescado, em forma de filé e triturado, constitui-se como um dos produtos

adquiridos pelo programa para atender a comunidade estudantil, fato este que

levanta a preocupação das autoridades sanitárias e da própria secretaria de

educação que fiscaliza a qualidade destes produtos antes de serem enviados para

consumo. Justifica-se o presente trabalho como um instrumento gerador de

conhecimentos sólidos e confiáveis para a comunidade estudantil do estado.

A determinação dos aspectos nutricionais e as evidências da qualidade

microbiológica destes produtos poderão assegurar aos profissionais de nutrição,

subsídios para elaboração de um cardápio balanceado cuja principal fonte proteica

é a carne do pescado regional, além de garantir a qualidade microbiológica dos

produtos utilizados.

5 Objetivos 5.2 Objetivos Geral

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Avaliar a composição centesimal e a qualidade microbiológica dos filés e das

carnes mecanicamente separadas (CMS) de peixes regionais consumidos no

cardápio das Escolas Públicas Estaduais de Manaus-Amazonas.

5.3 Objetivos Específicos Determinar a composição centesimal e valor calórico dos produtos

congelados de pescado regional consumidos pela comunidade estudantil das

escolas públicas do Estado do Amazonas.

Avaliar a qualidade microbiológica dos produtos congelados de pescado

utilizados no cardápio da merenda escolar. 6 Metodologia 6.2 Coleta das Amostras

Foram coletadas 8 amostras de filés de pescado congelado, compreendendo

as seguintes espécies: Mapará, Hypophythalmus spp.; pirarara, Phractocephalus

hemioliopterus; pirananbú, Pinirampus pirinampus e tucunaré Cichla spp. Duas

amostra (1 kg cada) de cada espécie foram obtidas no depósito da Gerência de

Distribuição de Merenda Escolar da Seduc (GEDIME), localizado na rua Cosme

Ferreira, 3461 - Bairro Coroado no Município de Manaus-Am. Após a coleta, os

produtos com as embalagens originais, onde constavam o número do lote e prazo

de validade, foram acondicionados em caixa isotérmica hermeticamente fechada e

transportados imediatamente ao laboratório de Tecnologia do Pescado da

UFAM/FCA/DEPESCA. As mesmas foram mantidas congeladas até o momento

das análises. Cada produto por espécie constitui-se em um lote e estes foram

analisados separadamente. Frações de amostras de cada lote foram retiradas para

se constituir uma única amostra. As análises microbiológicas foram as primeiras a

serem realizadas, com intuito de evitar contaminação secundária. Somente após

foram retirados pedaços das amostras para análise da composição centesimal.

6.3 Análise da composição centesimal

As análises da composição química, umidade, proteínas, lipídios e cinzas,

foram realizadas em triplicata, retirando 100 gramas da amostra seguindo as

normas preconizadas pela AOAC (1995) e adotadas pelo Instituto Adolf Lutz

(2008), que consta das seguintes determinações percentuais:

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! Umidade: Foi determinado pelo método gravimétrico, com secagem em estufa a 105ºC,

até alcançar o peso constante. ! Cinzas

Foram determinadas pelo método gravimétrico, após a incineração da

matéria orgânica em mufla a 550-660°C até peso constante.

! Proteínas totais

Baseia-se na determinação do teor de nitrogênio de origem orgânica (ácidos

nucléicos, alcalóides, lipídios, nitrogenados, pigmentos nitrogenados, etc), foram

determinadas pelo Método de Kjeldahl – pela medição do Nitrogênio Total (NT),

descrito pela técnica oficial 47.021 da A.O.A.C. (1990). Os cálculos foram efetuados

multiplicando-se a porcentagem de Nitrogênio Total pelo fator 6,25 específico para

carnes, estimando-se o percentual de proteínas.

! Lipídios totais

Foi obtido pelo método de Bligh & Dyer (1959), usando, clorofórmio, metanol

e água; neste método são retiradas todas as classes de lipídios (neutros,

fosfolipídios e glicolipídios).

! Fração Nifext Em pescado é representada somente pela fração de glicogênio presente no

tecido muscular. O conteúdo de carboidratos em geral é dado como carboidratos

totais sendo obtido pela diferença, ou seja, é o somatório dos percentuais de

umidade, proteínas, gordura e cinza, subtraído de 100 (A.O.A.C 1990). ! Determinação do Valor Calórico Total:

A energia foi calculada empregando-se os fatores de conversão 4,0 por

grama de proteína, 9,0 por grama de lipídios e 4,0 por grama de carboidratos. Os

resultados expressos em kcal de energia bruta/100g.

6.4 Análises microbiológicas As amostras de peixe congelado foram previamente descongeladas no

refrigerador a uma temperatura de aproximadamente 4 °C por no máximo 18 horas.

A metodologia analítica utilizada foi a recomendada pela Instrução Normativa nº 62

de 26/08/2003 (BRASIL, 2003) e Silva et al. (2007). Os resultados foram

comparados com as normas preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância

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Sanitária – ANVISA (BRASIL, 2001). No laboratório foram retiradas 2 amostras

analíticas (25 g cada), para cada análise, sendo separadamente tratadas: a partir

de uma amostra analítica adicionada em 225 ml de água peptonada 0,1%, foram

efetuadas três diluições sucessivas (10-1, 10-2 e 10-3) para a quantificação de

estafilococos coagulase positiva, coliformes termotolerantes e teste confirmativo de

Escherichia coli. Para determinação da presença/ausência de Salmonella sp., outra

amostra analítica foi inoculada em 225 mL de meio seletivo e transferida para

outros meios seletivos diferenciais, incubados em diferentes temperaturas, de

acordo com as etapas apresentadas por Brasil (2003) e Silva et al. (2001).

6.5 Semeio, Incubação e Expressão de Resultados

Empregando-se as diluições preparadas foram realizadas as análises

microbiológicas, conforme os procedimentos a seguir descritos:

6.6 Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes

Inicialmente, procedeu-se á contagem de coliformes, com o semeio de 1mL

das diluições 10¯¹, 10¯² e 10¯³ homogeneizadas para tubos contendo 9 mL de

Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) e tubos de Durhan, invertidos, em triplicata de

cada diluição inicial; em seguida os tubos foram levados à incubação a 36 ±1ºC por

48 horas. Após a incubação dos mesmos, foram observados tubos que

apresentavam produção de gás, dos quais, com auxílio da alça de níquel-cromo

foram retiradas alíquotas e transferidas para tubos contendo Caldo Verde Brilhante

Bile (CVBLB) 2%, que foram incubados a 36 ±1ºC por 48 horas para a confirmação

da presença de coliformes totais, e para tubos contendo Caldo E. coli (EC),

incubados por 24 horas a 44,5ºC em banho-maria, para detecção de coliformes

termotolerantes. A partir dos números de tubos positivos de cada uma das três

séries de ambos os meios (CVBLB 2% e Caldo EC) foi possível determinar o NMP

de coliformes totais e termotolerantes por grama do filé de pescado, através da

tabela contida nas recomendações da instrução normativa Nº 62 do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2003). Os resultados obtidos

foram comparados com os padrões vigentes no país para produtos de pescado.

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6.7 Estafilococos

Três alíquotas de 0,3 mL e uma alíquota de 0,1 mL obtidas a partir de 1 mL

da diluição 10-1 mais alíquotas de 0,1 mL das diluições 10-2 e 10-3 foram

transferidas para placas de Petri contendo ágar Baird–Parker (BP) enriquecido com

gema de ovo e telurito (BRASIL, 2003), sendo a absorção do inóculo auxiliada por

espalhamento com alça de Drigalski. Os cultivos foram incubados a 35°C, durante

48 horas, sendo observados a cada 24 horas para verificação do crescimento e

quantificação das colônias típicas em Unidades Formadoras de Colônia por grama

de produto (UFC/g).

6.8 Salmonela

Alíquotas de 1mL do cultivo em Caldo Lactosado foram transferidos para

tubos contendo separadamente 10mL de Caldo Tetrationato (TT) e 10 mL de Caldo

Selenito Cistina (SC), sendo incubados respectivamente a 43°C e 35°C, durante 24

horas. Alíquotas obtidas com alça circular foram transferidas dos Caldos TT e SC,

em estrias, para a superfície do meio Salmonella-Shigella (SS), sendo incubados

em 35 °C, durante 24 horas. As colônias típicas desenvolvidas em cada meio de

cultura foram transferidas por picada e estrias na rampa dos meios sólidos Ferro

Tríplice Açúcar (TSI) e Lisina Ferro (LIA) inclinados em tubo, incubados a 35 °C,

durante 24 horas. Considerando a presença confirmativa o aparecimento das

reações típicas de Salmonella spp., nos tubos.

6.9 Análise dos dados

Foi utilizada estatística descritiva para apresentação dos resultados

analíticos obtidos, por meio de tabelas e figuras. Os resultados microbiológicos

obtidos foram comparados com as tabelas específicas que constam na legislação.

7 Resultados e Discussão

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As análises da composição centesimal (umidade, proteínas, lipídios totais,

cinza e NIFEXT) dos filés congelados servidos na merenda escolar no Estado do

amazonas estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1- Composição Centesimal de filés congelados de pescado servidos na merenda escolar no Estado do Amazonas

Produto/Espécie

Fração (%) Mapará Pirarara Pirananbú Tucunaré

Umidade 63,40 ± 0,5 78,83 ± 0,37 76,14 ± 0,85 78,91 ± 0,33

Proteína 14,95 ± 0,86 18,67 ± 0,43 17,23 ± 0,08 16,25 ± 0,29

Lipídios 20,13 ± 0,15 0,73 ± 0,048 4,65 ± 0,23 1,61 ± 0,31

Cinza 0,56 ± 0,06 0,72 ± 0,12 0,83 ± 0,009 0,76 ± 0,01

NIFEXT* 0,8 1,05 1,16 2,47

Energia (kcal EB/100 g) 244,17 85,45 115,41 89,37 Fração não nitrogenada*

Na Tabela observou-se que a umidade variou entre as espécies variou entre

63,40%, determinada para o filé de mapará e 78,91% valor atribuído ao tucunaré,

Cichla spp. Se comparados com a Tabela Brasileira de composição de Alimentos

NEPA/TACO (2011), onde relata percentuais médios de umidade de 78,6%, nos

filés de três espécies amazônicas dentre essas, o filé de tucunaré com valor de

79,9%, os resultados ficaram dentro do esperado. Costa et al. (2010), ao estudarem

o potencial do Mapará como uma espécie alternativa para piscicultura na

Amazônia, em que determinaram percentuais de umidade de para filé (65,18%) e

ventrecha (63,83%), o presente trabalho encontra-se em conformidade com a

literatura.

Lima (2012) afirmou que a composição química de um pescado é

extremamente variável e depende de fatores relacionados à espécie e ao ambiente,

além da época do ano, da quantidade e da qualidade do alimento consumido, do

estágio de maturação sexual, da idade e da parte do corpo analisada, logo, a

sazonalidade amazônica também pode afetar a composição química.

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Os percentuais de proteínas observados foram elevados, mesmo com o filé

de mapará apresentando menor percentual (14,95 ±0,86%). Veit et al. (2012)

reportaram que o pescado é excelente fonte de proteína animal, indispensável para

crianças em fase de crescimento. Costa et al. (2010) observaram um percentual de

12,85 de proteína no filé de mapará, assim como Souza et al. (2013) estudando

CMS de peixes regionais, dentre esses o mapará encontraram valores de 12,2 ±

0,08%, inferior ao obtido no presente estudo. Os autores ressaltaram ainda o alto

teor de aminoácidos essências presente nas espécies regional. NEPA/TACO

(2011) apresenta um percentual de 18,8% de proteína para a espécie dourada,

Brachyplatystoma flavicans, similar ao encontrado neste trabalho para o filé de

pirarara, ambas da família Pimelodidae.

Stansby e Olcott (1968) elaboraram um dos critérios mais utilizados para

classificar os peixes segundo a sua composição, onde são agrupados em cinco

classes, nas quais as espécies ora analisadas encontram-se na categoria A (peixes

com baixo teor de lipídios menos de 5%, e alto teor de proteínas 15 a 20%), exceto

o filé de Mapará, peixe altamente gordo de acordo com a classificação de Ackman

(1989).

Os lipídios totais foram a fração que apresentou maior variação, com o

menor percentual encontrado no filé de pirarara e o maior valor atribuído para o filé

de Mapará. Costa et al. (2010) determinaram 21,21% de lipídios para o filé de

mapará, superior ao observado neste trabalho. No entanto, Carvalho (1980),

encontrou 12,84% de gordura para a espécie. Para Cecchi (2003), o conteúdo de

lipídios pode variar muito conforme o tipo de alimento, e o pescado apresenta

valores que variam de 0,1% a 20%.

Estudos afirmam que os valores de lipídios em produtos cárneos podem

sofrer diversas variações, que podem ser atribuídas a fatores como: idade, tipos de

tecido, órgãos, sexo, maturidade sexual, regime alimentar ou estação sazonal

(YEANNES e ALMANDOS, 2003). Esta relação entre o teor de gordura, proteína e

água, encontrados para o Mapará, diferindo de outras categorias de pescado da

bacia amazônica, é justificável uma vez que esta categoria não forma um depósito

específico de gordura, sendo esta difundida em todo tecido muscular. Nesta

categoria, assim como em todos os Siluriformes, a bexiga natatória é bastante

reduzida, sendo a gordura essencial para sua flutuabilidade (CARVALHO, 1980).

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Os teores de carboidratos encontrados, estão de acordo com os dados em

literatura para esse macronutriente. Souza et al. (2013) encontraram percentuais

que variaram entre 0,56 e 0,94%.

Contreras-Guzmán (1994) citou que a fração de cinzas em peixes de água

doce apresenta teores entre 0,90 e 3,39%. Este valor é concordante com o teor de

cinzas encontrado no presente trabalho para todos os filés das espécies

analisadas. De acordo com Lima et al. (2012) a carne do pescado é considerada

uma fonte valiosa de cálcio e fósforo, particularmente, apresenta também

quantidades razoáveis de sódio, potássio, manganês, cobre, cobalto, zinco, ferro e

iodo.

Em relação a energia, foi possível observar que o filé da espécie com alto

teor energético apresentou maior conteúdo de gordura e baixa quantidade de água.

Souza et al. (2013) determinaram para o mapará 186,67 Kcal de energia

bruta/100g, essa diferença é justificável uma vez que os percentuais das frações

centesimais determinados em seu trabalho foram menores.

Na Tabela 2 são apresentados os resultados das análises microbiológicas

realizadas nos filés congelados de pescado regional servidos na merenda escolar da

rede pública de ensino do Estado.

Tabela 2- Qualidade microbiológica dos filés congelados servidos na merenda escolar no Estado do Amazonas.

Microrganismos

(NMP.g-1) (UFC.g-1) (PRE/AUS)

Espécies/Filés CT CF ECP SALM Mapará <10 2,3x10 AUS

AUS Pirarara 9,3x10 9,3 x10 AUS Pirananbú 2,3x10 < 3 AUS Tucunaré 2,3x10 < 3 AUS Legislação (BRASIL, 2001) 10² (máx) 10² (máx) 10³ (máx) AUS

CT - coliformes totais; CF - coliformes termotolerantes; ECP - Estafilococos coagulase positiva; SALM - Salmonela; PRES- presença; AUS - ausência; NMP.g-1 - Número mais provável por grama; UFC.g-1 – Unidades formadoras de colônias por grama.

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Na contagem de coliformes a 35°C, utilizando o método de Número mais

provável (NMP) verificou-se uma variação de <10 a 9,3x10 NMP/ g¯¹. Quanto ao

NMP de coliformes termotolerantes a 45°C, foi detectada contaminação em duas

amostras, sendo para os filés de mapará e pirarara.

Rall et al. (2008) estudaram a enumeração de coliformes termotolerantes

em pescado congelado e fresco, e verificaram a presença em concentrações que

variaram de <3 a >2,4x10³ NMP/g para o pescado congelado, concluindo que as

amostras encontravam-se fora dos padrões recomendados pela Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA), discordando dos resultados encontrado neste

trabalho, que mantiveram-se em conformidade com a legislação vigente. Os

mesmos autores enfatizaram em seu trabalho que dentre as amostras de peixes,

fresco ou congelado, coletadas como filé ou posta, observou-se que a

contaminação por bactérias termotolerantes eram maiores em filés, pois o preparo

deste inclui evisceração, retirada da pele e “ filetagem”, ou seja, exige maior

manipulação quando comparado ao peixe fatiado em postas, assim como relataram

Munkundun et al. (1986) e Vieira et al. (2004). No entanto, os valores encontrados

no presente trabalho se mostraram superiores aos relatados por Dams (1996), que

ao avaliar a qualidade microbiológica da pescadinha (Cysnoscion striatus), inteira e

em filés nos principais pontos críticos de controle de uma indústria de pescado

congelado, não obteve a confirmação de coliformes termotolerantes, encontrando

apenas coliformes totais. Contudo, mesmo encontrando-se dentro dos padrões

vigentes, foi possível observar que o filé de pirarara apresentou contagem bem

superior em relação aos filés das demais espécies, tanto para coliformes totais

quanto para termotolerantes.

Estes resultados indicam uma provável falha durante o processamento,

empacotamento e estocagem dos produtos. Franco e Landgraf (1996), relataram

que a pesquisa de coliformes termotolerantes nos alimentos fornece com maior

segurança informações sobre condições higiênicas do produto e é empregado

como indicador de contaminação pós-sanitização.

Em relação a contagem de Estafilococos coagulase positiva, não foi

observada contaminação em nenhuma das amostras. Ao avaliarem o pescado

beneficiado em indústrias paraenses, Farias e Freitas (2008) verificaram que, em

50 (98,0%) e uma (2,0%) amostras de peixes eviscerados congelados e 53 (98,1%)

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amostras e uma (1,9%) amostras de filés de peixes congelados atenderam e não

atenderam, respectivamente, ao padrão estabelecido pela legislação federal, com

máximo de 10² UFC/g. Assim sendo, a negatividade do referente microrganismo

indica que o nível de higiene na manipulação durante o processamento foi

satisfatório.

Não foi evidenciada a presença de Salmonella spp. em nenhuma amostra,

atendendo ao padrão de ausência em 25g estabelecido pela legislação (BRASIL,

2001). Segundo Ahmed (1991), o pescado é um veículo de salmonelose muito

menos frequente do que outros produtos alimentares, sendo o peixe e os mariscos

responsáveis apenas por uma pequena porcentagem do número total de casos.

Os parâmetros microbiológicos observados neste trabalho, para os filés

congelados servidos na merenda escolar, foram divergente aos encontrados por

Rosa et al. (2008) ao avaliarem as práticas de higiene durante a produção de

preparações à base de carne, em escolas públicas municipais na cidade de

Natal/RN e, constataram que as condições higiênico-sanitárias das preparações

apresentaram-se insatisfatórias, evidenciando a necessidade de melhoria do

processo de produção, visando as condições de saúde da população estudantil

assistida.

8 Conclusão

Os produtos congelados/Filés de pescado analisados apresentaram boas

características nutricionais;

As amostras congeladas de pescado encontraram-se dentro dos parâmetros

microbiológicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),

portanto, aptas para serem consumidas pela comunidade estudantil do Estado do

Amazonas.

9 Referências ACKMAN, R. G. Nutritional composition of fats in seafood. Progress in Food and Nutrition Science, v. 13, p. 161-241, 1989. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos. Ministério da Saúde.Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o regulamento

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10 Cronograma de Atividades

Nº Descrição Ago 2015

Set Out Nov

Dez Jan 201

6

Fev Mar Abr Mai Jun Jul

1 Revisão da Literatura R R R R R R R R R R R R

2 Coleta das amostras R R 3 Análises físico-químicas R R R 4 Análises

microbiológicas R R

5 Análises de dados R R 6 7 Relatório parcial R 8 Preparação do relatório

final

9

- Elaboração do Resumo e Relatório Final (atividade obrigatória) - Preparação da Apresentação Final para o Congresso (atividade obrigatória)

R

P = Previsto; R = Realizado