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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG CENTRO CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEF PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA E ESCOLAR AVALIAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE ESTIMULAÇÃO MOTORA NO AMBIENTE FAMILIAR E SUA RELAÇÃO COM O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE LACTENTES ENTRE 12 E 18 MESES DE IDADE. GUSTAVO HENRIQUE GONÇALVES E SILVA Natal 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG

CENTRO CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA E ESCOLAR

AVALIAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE ESTIMULAÇÃO MOTORA NO

AMBIENTE FAMILIAR E SUA RELAÇÃO COM O NÍVEL DE

DESENVOLVIMENTO MOTOR DE LACTENTES ENTRE 12 E 18 MESES DE

IDADE.

GUSTAVO HENRIQUE GONÇALVES E SILVA

Natal

2018

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PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG

CENTRO CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA E ESCOLAR

GUSTAVO HENRIQUE GONÇALVES E SILVA

Avaliação das oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar e sua relação

com o nível de desenvolvimento motor de lactentes entre 12 e 18 meses de idade.

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Departamento de

Educação Física da UFRN para obtenção

do título de Especialista no curso de pós-

graduação lato sensu em Psicomotricidade

Clínica e Escolar.

ORIENTADOR: Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Surdi

Natal

2018

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................01

1.1. Problemática...............................................................................................................02

1.2. Justificativa.................................................................................................................02

1.3. Objetivo geral...........................................................................................................,..03

1.4. Objetivo específico......................................................................................................03

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................03

2.1. Oportunidadades de estimulação motora.................................................................04

2.2. Desenvolvimento motor..............................................................................................04

2.3. Nível de desenvolvimento motor e sua relação com o ambiente.............................05

3. METODOLOGIA..........................................................................................................07

3.1. Amostra........................................................................................................................08

3.2. Instrumentos................................................................................................................08

4. CRONOGRAMA............................................................................................................10

REFERÊNCIAS..................................................................................................................10

ANEXO A............................................................................................................................14

ANEXO B.............................................................................................................................22

ANEXO C.............................................................................................................................23

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1. INTRODUÇÃO:

Na primeira infância as relações primordiais, bem como os cuidados e incentivos

indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento, são providos pela família. A tendência em

institucionalizar as atividades do tempo livre das crianças é uma das atitudes mais

preocupantes dos últimos anos. O esforço em manter as crianças intelectualmente ativa e

corporalmente passiva, implica uma atenção especial por parte dos especialistas ligados a

educação e saúde. A necessidade de estimulação motora nesta fase do desenvolvimento é

crucial, se não mesmo decisiva na delimitação de hábitos saudáveis para uma vida ativa

(NETO, 1997).

Segundo Jaak Panksepp (2007, apud OTTA, 2017), quanto mais às crianças puderem

se engajar em brincadeira natural durante seu desenvolvimento inicial, mais cedo e mais

completamente desenvolverão as funções regulatórias dos lobos frontais que lhes permitirão

inibir impulsos, permitindo-lhes “parar, ver, ouvir e sentir”. Ou seja, aguçando os seus

sentidos, assim, fomentando habilidades executivas que propiciam foco em metas, previsão e

flexibilidade.

Funções executivas (FE) são os conjuntos de habilidades cognitivas necessárias para

realizar diversas atividades que demandam planejamento e monitoramento de

comportamentos intencionais relacionados a um objetivo ou a demandas ambientais

(HANNA-PLADDY, 2007; LEZAK, M. D., HOWIESON, D. B., LORING, D. W., 2007

apud LEÓN et al., 2013). As FE permitem ao indivíduo interagir com o mundo de forma mais

adaptativa (GAZZANING, IVRY, MANGUN, 2006; MALLOY-DINIZ et al., 2008) sendo

fundamentais para o direcionamento e regulação de várias habilidades intelectuais,

emocionais e sociais, como cozinhar, ir à escola, fazer compras, entre outros. Porém, essas

habilidades serão mais expressivas dependendo do estímulo e do ambiente que o indivíduo

esteja inserido. Dentre os ambientes, cidades de um mesmo estado apresentam culturas

corporais de movimento diferentes, o que é refletido dentro do ambiente familiar,

ocasionando em diferentes oportunidades de estimulação motora.

As diferenças entre as regiões de um mesmo estado são apontadas em características

como IDH municipal, densidade demográfica, renda per capita, quantidade de

estabelecimentos de saúde, entre outros. Apesar de essas desigualdades serem bastante

divulgadas, é limitado o que se sabe sobre o quanto acometem o desenvolvimento motor na

primeira infância e o quanto reflete nas oportunidades de estimulação motora presentes no

ambiente familiar (NOBRE, et al., 2009). Para a Unesco, a qualidade do ambiente familiar

nos primeiros anos de vida é um indicador crítico no desenvolvimento da infância, e pode ser

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usado como medida indireta do desenvolvimento (ILTUS, 2006 apud ALMEIDA et al.,

2015).

Recentemente, um instrumento específico para avaliar essas oportunidades no

ambiente domiciliar foi criado e validado nos Estados Unidos e Brasil, com o foco no

entendimento do espaço interno e externo das atividades diárias e dos brinquedos que estão

disponíveis para lactentes entre 3 e 18 meses de idade (CAÇOLA et al., 2011). Esse

instrumento chama-se Affordances in the Home Environment for Motor Development

(AHEMD). Alguns estudos empregando esse instrumento já encontraram, por exemplo, que

as oportunidades do ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor são tão importantes

quanto os fatores biológicos para o desenvolvimento (SACCANI et al., 2013), e também têm

um impacto positivo no futuro comportamento motor e cognitivo da criança (MIQUELOTE et

al., 2012).

1.1. Problemática

Qual a relação das oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar e o nível

de desenvolvimento motor de lactentes?

1.2. Justificativa

Pesquisar sobre as oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar possui

uma tripla relevância: científica, social e pessoal. No que diz respeito ao conhecimento

científico, esse projeto preencherá lacunas existentes na literatura científica brasileira, no que

se refere à relação das oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar de

diferentes contextos sociais e o nível de desenvolvimento motor de lactentes. Em razão de o

pesquisador observar cotidianamente, que alguns ambientes familiares não oportunizam uma

estimulação motora satisfatória para crianças. O presente projeto pretende investigar como

tais fatos observados agem sobre o desenvolvimento dessas crianças, objetivando com isso,

tal como comprovado nas leituras científicas, demonstrar os efeitos negativos de não

estimular a motricidade das mesmas na primeira infância. Elaborando assim, posteriormente,

intervenções que diminuam e/ou cessem os efeitos negativos que, uma vez interrompidos,

toda a sociedade será beneficiada futuramente, com crianças menos ansiosas, narcisistas,

depressivas e, mais criativas, expressivas, crianças que conseguirão de uma forma mais eficaz

se relacionar socialmente no decorrer de sua vida.

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1.3. Objetivo geral

Avaliar e discutir as relações entre as oportunidades de estimulação motora no ambiente

familiar e o nível de desenvolvimento motor de lactentes residentes na zona rural de Vera

Cruz e na zona sul de Natal.

1.4. Objetivos específicos:

- Analisar as oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar de lactentes

residentes na zona rural de Vera Cruz e da zona sul de Natal.

- Verificar o nível de desenvolvimento motor de lactentes residentes na zona rural de Vera

Cruz e na zona sul de Natal.

- Comparar as oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar e o

desenvolvimento motor dos lactentes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Os primeiros anos de vida do ser humano são marcados por importantes formações

motoras, físicas, mentais e sociais, sendo o período em que a criança possui especial

sensibilidade aos estímulos vindos do ambiente, que chegam a ela por meio de seus sentidos

(CARVALHO, MANSUR, 2005).

Essa etapa é muito significativa para o desenvolvimento da criança e as experiências

desse período são perpassadas para o resto da vida – mesmo aquelas que acontecem durante a

gestação ou enquanto o bebe é pequeno, ainda não sabe falar e nem tem memória apurada dos

fatos que acontecem à sua volta. Durante a primeira infância, são apresentados para as

crianças processos de desenvolvimento importantes, que são motivados pela realidade em que

está inserida. Entre esses processos estão o crescimento físico, o amadurecimento do cérebro,

a aquisição dos movimentos, o desenvolvimento da capacidade de aprendizado e a iniciação

social e afetiva.

Nesta fase, é de extrema importância oportunizar variadas formas de movimento e

garantir o desenvolvimento e crescimento adequados, assim tornando a criança competente

para responder às suas necessidades e as do seu meio, considerando seu contexto de vida

(MIRANDA, RESEGUE, FIGUEIRAS, 2003). A aprendizagem motora depende da

associação das características herdadas com experiências vividas, sendo o ambiente uma rica

fonte de mudanças que influencia o desenvolvimento (ZANINI et al., 2002).

2.1. Oportunidades de estimulação motora:

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Na década de 1980, Marian Diamond, uma neuroanatomista da Universidade da

Califórnia, em Berkeley, anunciou uma descoberta fantástica e capaz de revolucionar todos os

paradigmas da época acerca da aprendizagem. Em um de seus famosos experimentos,

Diamond colocou ratos em um ambiente superestimulante, cheio de escadas, esteiras e outros

brinquedos de todos os tipos. Outro grupo de ratos ficou confinado em jaulas comuns.

Aqueles ratos que viveram em um ambiente mais estimulante, além de viverem por três anos

(o equivalente a 90 anos para os seres humanos), também tiveram seus cérebros aumentados.

Esse aumento ocorreu em virtude das novas conexões criadas entre os diversos neurônios dos

cérebros desses animais. Em contrapartida, os ratos que viveram nas jaulas comuns morreram

mais jovens e tiveram menos conexões celulares em seus cérebros.

Ao longo do desenvolvimento, a criança realiza experiências sensório-motoras que

facilitarão a aquisição e o refinamento de padrões motores. Estas experiências acontecem e

são enriquecidas com a variabilidade e complexidade do ambiente (LIMA et al., 2001). A

exploração do ambiente é vista como desencadeante de diferentes estratégias adaptativas que

permitem ao ser humano a interação com o meio (GOBBI et al., 2003). Nesse processo o

indivíduo adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de

movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente

organizadas e complexas (WILLRICH, AZEVEDO, FERNANDES, 2008).

Segundo Maranha (2004), todo o ser humano nasce com um potencial genético que

poderá ou não ser alcançado, dependendo das condições de vida a que esteja exposto. Através

de experiências adquiridas no decorrer da vida, o homem completa seu desenvolvimento

neurológico determinado pelos padrões genéticos. Portanto, os estímulos ambientais

constituem-se de fontes inesgotáveis de desenvolvimento para o indivíduo, em suas mais

diversas experiências, proporcionando-lhe um desenvolvimento completo (PEREZ, 2003).

2.2 Desenvolvimento motor:

Uma das razões para que estudos sobre desenvolvimento motor, tenham tido bastante

relevância é devido ao fato dos paralelos existentes entre o desenvolvimento motor e o

desenvolvimento cognitivo. Há uma estreita relação entre o que a criança é capaz de aprender

(cognitivo) com o que é capaz de realizar (motor) (NETO et al., 2010).

O desenvolvimento motor é um processo sequencial, relacionado à idade cronológica,

trazido pela interação entre os requisitos das tarefas, a biologia do indivíduo e as condições

ambientais, sendo inerente às mudanças sociais, intelectuais e emocionais (GALLAHUE,

OZMUN, 2005). É na infância, particularmente, no início do processo de escolarização, que

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ocorre um amplo incremente das habilidades motoras, que possibilita à criança um amplo

domínio do seu corpo em diferentes atividades, como: saltar, correr, rastejar, chutar uma bola,

arremessar um arco, equilibrar-se num pé só, escrever, entre outras (SANTOS, DANTAS,

OLIVEIRA, 2004).

Além disso, a aquisição de habilidades motoras está vinculada ao desenvolvimento da

percepção do corpo, espaço e tempo, e essas habilidades constituem componentes de domínio

básico tanto para a aprendizagem motora quanto para as atividades de formação escolar

(MEDINA, ROSA, MARQUES, 2006). Isso significa que, ao conquistar um bom controle

motor, a criança estará construindo as noções básicas para seu desenvolvimento intelectual.

Por isso, o fato de se proporcionar o maior número de experiências motoras e psicomotoras às

crianças, estará se prevenindo que estas apresentem comprometimento de habilidades

escolares (BATISTELLA, 2001).

Por estar inserida e em constante interação com o meio, a criança encontra-se

susceptível a estímulos sensoriais diversos. Morini (2013) considera que as sensações, por

serem produtos dos sentidos, em sua forma imediata e básica, são fundamentais para o

processo da integração sensorial, que surge de sensações advindas de diferentes partes do

corpo e que, posteriormente, são interpretadas pelo sistema nervoso central, transformando-as

em percepção e posterior resposta motora. Estas, têm um papel de importância diante da

expressividade corporal de um indivíduo, sendo dependente de cada sujeito, o que lhes

garante uma singularidade na resposta (WALLON, 1995).

2.3. Nível de desenvolvimento motor e sua relação com o ambiente:

A interação da criança com o adulto ou com outras crianças é um dos principais

elementos para uma adequada estimulação no espaço familiar. Os processos proximais são

mecanismos constituintes dessa interação, contribuindo para que a criança desenvolva sua

percepção, dirija e controle seu comportamento. Além disso, permite adquirir conhecimentos

e habilidades, estabelecendo relações e construindo seu próprio ambiente físico e social

(BRONFENBRENNER, CECI, 1994 apud ANDRADE et al., 2005). Estudos sobre

associação entre estimulação ambiental e cognição concluem que mães orientadas a

estimularem seus bebês, por meio de uma variedade de experiências perceptivas com pessoas,

objetos e símbolos, contribuíram para o desenvolvimento cognitivo das crianças, observando-

se consequências positivas em longo prazo (RAMEY C.T., RAMEY S. L., 1998 apud

ANDRADE et al., 2005).

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Uma evolução em direção a uma proposta interacionista do ambiente no

desenvolvimento motor de crianças pode ser observada no estudo de Carvalhal (2000 apud

NOBRE, 2013). Assumindo uma concepção holística do ser humano, a autora se propôs a

verificar como a interação das variáveis biológicas, socioculturais e motoras se relacionavam

com habilidades motoras fundamentais.

Carvalhal (2000 apud NOBRE, 2013) constatou pouca interferência das variáveis

biológicas sobre o desempenho dessas habilidades. As correlações mais expressivas do

desempenho motor nesse estudo foram associadas as variáveis socioculturais, onde, por

exemplo, o tipo de profissão dos pais, bem como suas características de envolvimento com

atividades físicas e desportivas influenciaram fortemente alguns aspectos.

Dando sequencia a este raciocínio, ao esclarecer a obtenção da habilidade motora à luz

da concepção dos sistemas dinâmicos, Barela (1999) chama atenção para o fato de que o

movimento se dá a partir das contenções que são colocadas ao indivíduo, ao ambiente e ou a

tarefa. Assim, ao explanar um desempenho satisfatório, o autor diz que este relaciona-se a

uma tarefa efetuada por meio do movimento dos segmentos corporais dentro de um padrão

espaço-temporal próprio do indivíduo.

Ainda sob o raciocínio de Barela (1999), há de se crer que este indivíduo encontra-se

inserto em um dado ambiente. Assim, se esse ambiente não propiciar a execução da tarefa, é

muito pouco possível que o movimento venha a ser satisfatório.

Complementando o raciocínio destacado anteriormente,

“é preciso esclarecer que frente às perspectivas dos sistemas dinâmicos1, as

restrições não devem ser entendidas no sentido de impedir que a ação motora ocorra,

mas no sentido de que a mesma se apresente como um fator delimitador nas

fronteiras que se estabelecem com a tarefa e o ambiente (PELLEGRINI, 2009),

sendo, portanto, a mesma, condition sine qua non2 para que o aumento de

complexidades conduza ao processo de evolução motora (NOBRE, p. 35, 2013).”

Considerando, por exemplo, que o ambiente seja favorecedor ao desenvolvimento, o

que determinará a transição de uma habilidade motora básica para uma ação motora com

maestria, será a própria restrição que o ambiente irá impor ao praticante por ocasião da

1 Em relação ao desenvolvimento motor, a perspectiva interacionista denominada de abordagem dos sistemas

dinâmicos considera que “o movimento emerge da auto-organização dos sistemas corporais, da natureza do

ambiente do praticante e das demandas da atividade” (HAYWOOD, GETCHEL, 2004, p. 37 apud NOBRE,

2013). 2 Do francês “indisplensabe”, que significa “essencial”, “vital”.

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realização da tarefa (NOBRE, 2013). De outro modo, o incremento do nível de complexidade

estabelecido dentro do ambiente, desde que seja compatível com o nível de desenvolvimento

do indivíduo, é que vai intervir nesse processo de transição. Com isso, conclui-se mais uma

particularidade que o ambiente atribui-se nessa concepção, estando o mesmo não somente

relacionado às oportunidades, mas também à ação mediadora que dá sentido ao

desenvolvimento.

Alterações nos costumes e práticas na infância destacam o papel dos pais na criação de

oportunidades e experiências motoras. Como na primeira infância, os pais promovem as

oportunidades através da organização e/ou restrição de circunstâncias para o desenvolvimento

de competências dos bebês (REED, BRIL, 1996 apud ZANELLA, REZER, 2015). Os

cuidadores decidem se as crianças ficarão no chão, se terão acesso as escadas ou onde irão

dormir (ADOLPH, 2002; BERGER, THEURING, ADOLPH, 2007; DAVIS et al., 1998). A

qualidade do ambiente familiar parece estar diretamente associada ao desenvolvimento motor

das crianças, sendo os meninos mais suscetíveis do que as meninas para as influências que os

cercam (BERGER, THEURING, ADOLPH, 2007; NORDBERG, RYDELIUS,

ZETTERSTROM, 1991).

Contudo, estudos realizados revelam que o brincar das crianças tem vindo a assumir

um caráter cada vez mais estruturado, circunscrito a espaços fechados, controlado pelos

adultos, em que as possibilidades de ação da criança são limitadas (NETO, 1997, 2005).

Verifica-se uma tendência para manter a criança intelectualmente ativa e corporalmente

passiva, numa fase em que o jogo espontâneo e a estimulação motora são muito importantes

para o desenvolvimento de uma vida ativa, pautada por hábitos saudáveis (NETO, 1997).

3. METODOLOGIA

A presente pesquisa será qualitativa e de natureza exploratória, que segundo Gil

(2002), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a

torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como

objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Como

procedimento técnico da pesquisa, será utilizado o estudo de campo, que segundo Gil (2002),

tal estudo focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser

uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade

humana. Basicamente, a pesquisa será desenvolvida por meio da observação direta,

entrevistas, questionários e outros, a fim de investigar a realidade de determinado grupo de

acordo com o problema e os objetivos estabelecidos.

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3.1. Amostra:

A amostra será constituída por crianças de 12 a 18 meses de idade. A amostragem será

probabilística estratificada, onde os estratos serão: idade e sexo dos lactentes, escolaridade

dos pais, casas e apartamentos da zona rural de Vera Cruz e do bairro de Capim Macio

Natal/RN. É importante frisar que só serão utilizados lactentes que não frequentam creches,

para que o tempo destinado a creche, não atrapalhe os resultados dos questionário sobre

oportunidades de estimulação motora no ambiente familiar.

Tabela 1: Locais de estudo e suas características

Características Vera Cruz - RN Natal - RN

População no último censo (2010) 10.719 pessoas 803.739 pessoas

Densidade demográfica (2010) 127,77 hab/km² 4.805,24 hab/km²

PIB per capita (2015) R$7.738,55 R$24.029,17

IDH Municipal (2010) 0,587 0,763

Mortalidade Infantil (2014) 30,12 óbitos/mil nasc. vivos 12,06 óbitos/mil nasc. vivos

Estabelecimentos SUS (2009) 5 estabelecimentos 149

Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), (2010). Disponível em:

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/vera-cruz/panorama - https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/natal/panorama

3.2. Instrumentos:

As oportunidades no ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor foi avaliada

com a versão brasileira do questionário “Affordances in the Home Enviroment for Motor

Development (AHEMD – 3-18 meses)” (RODRIGUES, 2005). Trata-se de um questionário

que inicialmente destina-se à identificação das características da criança e família e, 41

perguntas relacionadas ao ambiente familiar, sendo dividido em cinco subescalas: espaço

exterior, espaço interior, variedade de estimulação, material de motricidade fina e material de

motricidade grossa. Após aplicação do questionário, os dados coletados serão introduzidos e

classificados com o auxílio de uma aplicação do programa Microsoft Excel® (AHEMD

Calculador Vpbeta1.5.xls), construído pelos idealizadores do Projeto AHEMD e

disponibilizado no endereço eletrônico (www.ese.ipvc.pt/dmh/AHEMD/pt/ahemd_6pt.htm).

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A alberta infant motor scale (AIMS) é um teste diagnóstico criado para avaliar o

desenvolvimento motor de recém nascidos a termo e pré termo3. Esta escala se refere a uma

medida observacional do desempenho motor infantil amplo que aborda conceitos do

desenvolvimento motor, como: neuro-maturação; avaliação da sequencia do desenvolvimento

motor; desenvolvimento progressivo; e a integração do controle da musculatura

antigravitacional nas quatro posturas: prono, supino, sentado e de pé (ZANINI et al., 2002).

Durante a avaliação, o examinador observa a movimentação da criança em cada uma das

posições, levando em consideração aspectos tais como a superfície do corpo que sustenta o

peso, postura e movimentos antigravitacionais (PIPER et al., 1992 apud SACCANI, 2009).

O objetivo principal deste instrumento é avaliar o desenvolvimento sequencial do

controle de movimento nas quatro posturas citadas. Conforme as autoras, a AIMS possibilita:

a) identificar crianças cujo desempenho motor esteja atrasado ou anormal em relação ao grupo

normativo; b) fornecer informações aos profissionais de saúde e aos familiares sobre os

comportamentos motores que a criança já possui, os que estão se desenvolvendo e aqueles que

a criança ainda não realiza; c) medir o desempenho motor ao longo do tempo ou antes e

depois de uma intervenção; d) medir mudanças no desempenho motor que são muito sutis e

assim mais difíceis de serem detectadas usando medidas motoras mais tradicionais; e) agir

como uma ferramenta de pesquisa apropriada para avaliar a eficácia de programas de

intervenção em crianças com disnfunções motoras e retardo no desenvolvimento

neuropsicomotor (PIPER, DARRAH, 1994; PIPER et al., 1992 apud SACCANI, 2009).

Cada critério motor observado no repertório das habilidades motoras da criança

recebeu escore 01 (um) e cada critério motor não observado recebeu escore 0 (zero). Os

critérios observados em cada uma das subescalas são somados resultando em quatro subtotais,

onde o escore total (0-58 pontos) resulta da soma destes subtotais. Este é convertido em

percentil de desenvolvimento motor, de acordo com os seguintes critérios de classificação: a)

desempenho motor normal/esperado: acima de 25% da curva percentílica; b) desempenho

motor suspeito: entre 25% e 5% da curva percentílica; c) desempenho motor anormal: abaixo

de 5% da curva percentílica (PIPER, DARRAH, 1994; PIPER et al., 1992 apud SACCANI,

2009).

A base teórica, a praticabilidade e as características psicométricas da AIMS, fizeram-

lhe uma ferramenta valiosa para a avaliação motora de crianças e por isso tem-se observado

na literatura, esforços crescentes para validação desse instrumento cujo construto tem se

3 Termo: recém-nascido cuja idade gestacional está entre 37 e 41 semanas e 6 dias. Pré termo: recém-nascido

com menos de 37 semanas de idade gestacional

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mostrado relevante em pesquisas envolvendo desenvolvimento e aquisições motoras ao longo

dos primeiros anos de vida, configurando-se, portanto, como um instrumento de apoio não só

a pesquisa, mas também a prática clínica e a ação interventiva (UESUGUI, TOKUHISA,

SHIMADA, 2008; ALMEIDA et al., 2008; HEINEMAN, BOSS, HADDERS-ALGRA, 2008;

TSE et al., 2008; CAMPBELL et al., 2002; FLEUREN et al., 2007; HARITOU et al., 2007;

BARLETT, FANNING, 2003; JENG et al., 2000; DARRAH, PIPER, WATT, 1998 apud

SACCANI, 2009).

4. CRONOGRAMA:

Atividade Jun Julh Ago Set Out Nov

1.Pesquisa bibliográfica x x

2.Coleta de dados x

3.Tratamento dos dados x

4.Redação do trabalho x x x

5.Revisão x

6.Entrega final x

REFERÊNCIAS

ANDRADE, S. A. et al. Ambiente familiar e desenvolvimento cognitivo infantil: uma

abordagem epidemiológica. Revista Saúde Pública. Vol. 39, n. 4, p. 606-611, 2005.

ADOLPH, K. Learning to keep balance. Advances in child development and behavior, San

Diego, v. 30, p. 1-40, 2002.

BARELA, J. A. Aquisição de habilidades motoras: do inexperiente ao habilidoso. Motriz,

Rio Claro, v. 5, n. 1, p. 53-57, 1999.

BATISTELLA, P. A. Estudo de parâmetros motores em escolares com idade de 6 a 10

anos na cidade de Cruz Alta – RS. [Dissertação de Mestrado – Programa de pós-graduação

em Ciências do Movimento Humano]. Florianópolis (SC): Universidade do Estado de Santa

Catarina; 2001.

BERGER, S. E., THEURING, C., ADOLPH, K. E. How and when infants learn to climb

stairs. Infant Behavior and Development, v. 30, n. 1, p. 36-49. 2007.

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CAÇOLA, P., GABBARD, C., SANTOS, D.C., BATISTELA, A.C. Development Of The

Affordances In The Home Environment For Motor Development - Infant Scale. Pediatr. Int.

vol. 53, n. 6, p. 820-825. 2011.

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ANEXO A:

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ANEXO B:

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ANEXO C: