UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP - Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/cp092598.pdf · Por meio da...
Transcript of UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP - Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/cp092598.pdf · Por meio da...
iii
UNIVERSIDADE PAULISTA ndash UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo de Classe II basal tratados com aparelho
ortopeacutedico funcional do tipo Simotildees Network 1 (SN1)
Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Odontologia da Universidade Paulista ndash UNIP para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Ortodontia e Cliacutenica Infantil Orientadora Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani
SAtildeO PAULO
2009
Livros Graacutetis
httpwwwlivrosgratiscombr
Milhares de livros graacutetis para download
iv
UNIVERSIDADE PAULISTA ndash UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute
oclusatildeo de Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico
funcional do tipo Simotildees Network 1 (SN1)
Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Odontologia da Universidade Paulista ndash UNIP para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Ortodontia na Cliacutenica Infantil Orientadora Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani
SAtildeO PAULO
2009
ii
Copyrightcopy 2009 by Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Marchi Adriana Luacutecia Vilela de Andrade
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de
Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico funcional do tipo Simotildees Network 1
(SN1) Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi ndash Satildeo Paulo 2009
56fil Color Tiacutetulo em Inglecircs Dentoskeletal alterations in Class II Malocclusion individuals treated
with Simotildees Network 1 (SN1)
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Paulista Instituto de Ciecircncias da Sauacutede
1 Maacute oclusatildeo 2 Classe II 3 Retrognatismo 4 Ortopedia
iii
DEDICATOacuteRIA
Aos meus queridos pais Alfredo e Luacutecia pelo amor dedicaccedilatildeo educaccedilatildeo e exemplo
de vida
Ao Silvio e meus queridos filhos Sergio e Renato por todo o amor apoio e amizade
sempre presentes
Agrave Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani professora e amiga pela orientaccedilatildeo na
elaboraccedilatildeo deste trabalho atenccedilatildeo e incentivo constantes pelo estiacutemulo da conquista e
a superaccedilatildeo das dificuldades
Agrave Profa Dra Wilma Alexandre Simotildees pelo apoio colocando suas radiografias e seu
consultoacuterio agrave disposiccedilatildeo sempre de forma atenciosa e como profissional competente
Agrave Profa Dra Vitoacuteria Aparecida Muglia Moscatiello por me mostrar os caminhos
necessaacuterios para a conclusatildeo deste trabalho e pela perseveranccedila e determinaccedilatildeo em
todos os seus atos minha admiraccedilatildeo
Aacute Profa Dra Sandra Maria Nobre David pela paciecircncia dedicaccedilatildeo e carinho ao longo
desses meses
A Deus que sem ele nada teria um por quecirc
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
Livros Graacutetis
httpwwwlivrosgratiscombr
Milhares de livros graacutetis para download
iv
UNIVERSIDADE PAULISTA ndash UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute
oclusatildeo de Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico
funcional do tipo Simotildees Network 1 (SN1)
Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Odontologia da Universidade Paulista ndash UNIP para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Ortodontia na Cliacutenica Infantil Orientadora Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani
SAtildeO PAULO
2009
ii
Copyrightcopy 2009 by Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Marchi Adriana Luacutecia Vilela de Andrade
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de
Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico funcional do tipo Simotildees Network 1
(SN1) Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi ndash Satildeo Paulo 2009
56fil Color Tiacutetulo em Inglecircs Dentoskeletal alterations in Class II Malocclusion individuals treated
with Simotildees Network 1 (SN1)
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Paulista Instituto de Ciecircncias da Sauacutede
1 Maacute oclusatildeo 2 Classe II 3 Retrognatismo 4 Ortopedia
iii
DEDICATOacuteRIA
Aos meus queridos pais Alfredo e Luacutecia pelo amor dedicaccedilatildeo educaccedilatildeo e exemplo
de vida
Ao Silvio e meus queridos filhos Sergio e Renato por todo o amor apoio e amizade
sempre presentes
Agrave Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani professora e amiga pela orientaccedilatildeo na
elaboraccedilatildeo deste trabalho atenccedilatildeo e incentivo constantes pelo estiacutemulo da conquista e
a superaccedilatildeo das dificuldades
Agrave Profa Dra Wilma Alexandre Simotildees pelo apoio colocando suas radiografias e seu
consultoacuterio agrave disposiccedilatildeo sempre de forma atenciosa e como profissional competente
Agrave Profa Dra Vitoacuteria Aparecida Muglia Moscatiello por me mostrar os caminhos
necessaacuterios para a conclusatildeo deste trabalho e pela perseveranccedila e determinaccedilatildeo em
todos os seus atos minha admiraccedilatildeo
Aacute Profa Dra Sandra Maria Nobre David pela paciecircncia dedicaccedilatildeo e carinho ao longo
desses meses
A Deus que sem ele nada teria um por quecirc
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
iv
UNIVERSIDADE PAULISTA ndash UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute
oclusatildeo de Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico
funcional do tipo Simotildees Network 1 (SN1)
Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Odontologia da Universidade Paulista ndash UNIP para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Odontologia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Ortodontia na Cliacutenica Infantil Orientadora Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani
SAtildeO PAULO
2009
ii
Copyrightcopy 2009 by Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Marchi Adriana Luacutecia Vilela de Andrade
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de
Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico funcional do tipo Simotildees Network 1
(SN1) Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi ndash Satildeo Paulo 2009
56fil Color Tiacutetulo em Inglecircs Dentoskeletal alterations in Class II Malocclusion individuals treated
with Simotildees Network 1 (SN1)
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Paulista Instituto de Ciecircncias da Sauacutede
1 Maacute oclusatildeo 2 Classe II 3 Retrognatismo 4 Ortopedia
iii
DEDICATOacuteRIA
Aos meus queridos pais Alfredo e Luacutecia pelo amor dedicaccedilatildeo educaccedilatildeo e exemplo
de vida
Ao Silvio e meus queridos filhos Sergio e Renato por todo o amor apoio e amizade
sempre presentes
Agrave Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani professora e amiga pela orientaccedilatildeo na
elaboraccedilatildeo deste trabalho atenccedilatildeo e incentivo constantes pelo estiacutemulo da conquista e
a superaccedilatildeo das dificuldades
Agrave Profa Dra Wilma Alexandre Simotildees pelo apoio colocando suas radiografias e seu
consultoacuterio agrave disposiccedilatildeo sempre de forma atenciosa e como profissional competente
Agrave Profa Dra Vitoacuteria Aparecida Muglia Moscatiello por me mostrar os caminhos
necessaacuterios para a conclusatildeo deste trabalho e pela perseveranccedila e determinaccedilatildeo em
todos os seus atos minha admiraccedilatildeo
Aacute Profa Dra Sandra Maria Nobre David pela paciecircncia dedicaccedilatildeo e carinho ao longo
desses meses
A Deus que sem ele nada teria um por quecirc
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
ii
Copyrightcopy 2009 by Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi
Marchi Adriana Luacutecia Vilela de Andrade
Alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de
Classe II basal tratados com aparelho ortopeacutedico funcional do tipo Simotildees Network 1
(SN1) Adriana Luacutecia Vilela de Andrade Marchi ndash Satildeo Paulo 2009
56fil Color Tiacutetulo em Inglecircs Dentoskeletal alterations in Class II Malocclusion individuals treated
with Simotildees Network 1 (SN1)
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Paulista Instituto de Ciecircncias da Sauacutede
1 Maacute oclusatildeo 2 Classe II 3 Retrognatismo 4 Ortopedia
iii
DEDICATOacuteRIA
Aos meus queridos pais Alfredo e Luacutecia pelo amor dedicaccedilatildeo educaccedilatildeo e exemplo
de vida
Ao Silvio e meus queridos filhos Sergio e Renato por todo o amor apoio e amizade
sempre presentes
Agrave Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani professora e amiga pela orientaccedilatildeo na
elaboraccedilatildeo deste trabalho atenccedilatildeo e incentivo constantes pelo estiacutemulo da conquista e
a superaccedilatildeo das dificuldades
Agrave Profa Dra Wilma Alexandre Simotildees pelo apoio colocando suas radiografias e seu
consultoacuterio agrave disposiccedilatildeo sempre de forma atenciosa e como profissional competente
Agrave Profa Dra Vitoacuteria Aparecida Muglia Moscatiello por me mostrar os caminhos
necessaacuterios para a conclusatildeo deste trabalho e pela perseveranccedila e determinaccedilatildeo em
todos os seus atos minha admiraccedilatildeo
Aacute Profa Dra Sandra Maria Nobre David pela paciecircncia dedicaccedilatildeo e carinho ao longo
desses meses
A Deus que sem ele nada teria um por quecirc
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
iii
DEDICATOacuteRIA
Aos meus queridos pais Alfredo e Luacutecia pelo amor dedicaccedilatildeo educaccedilatildeo e exemplo
de vida
Ao Silvio e meus queridos filhos Sergio e Renato por todo o amor apoio e amizade
sempre presentes
Agrave Profa Dra Cristina Luacutecia Feijoacute Ortolani professora e amiga pela orientaccedilatildeo na
elaboraccedilatildeo deste trabalho atenccedilatildeo e incentivo constantes pelo estiacutemulo da conquista e
a superaccedilatildeo das dificuldades
Agrave Profa Dra Wilma Alexandre Simotildees pelo apoio colocando suas radiografias e seu
consultoacuterio agrave disposiccedilatildeo sempre de forma atenciosa e como profissional competente
Agrave Profa Dra Vitoacuteria Aparecida Muglia Moscatiello por me mostrar os caminhos
necessaacuterios para a conclusatildeo deste trabalho e pela perseveranccedila e determinaccedilatildeo em
todos os seus atos minha admiraccedilatildeo
Aacute Profa Dra Sandra Maria Nobre David pela paciecircncia dedicaccedilatildeo e carinho ao longo
desses meses
A Deus que sem ele nada teria um por quecirc
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu querido amigo Prof Dr Jorge Abratildeo e Profa Dra Gladys Cristina Dominguez
pelo carinho ensinamentos e amizade ao longo desses anos
Aos meus queridos colegas de turma do curso de Mestrado Renato Tanabe Rocco
Andrezza e Helga pela amizade e companheirismo durante todo o tempo por
compartilharem as alegrias e dificuldades desta jornada
Aos meus amigos e mestres Dr Renato Bigliazzi Dr Roberto Matsui Dr Rodrigo
Borbolla Dra Liana Santana Dra Carla Figueiredo Dra Maacutercia Almeida e Dra Lucelma
Pieri e Dra Vacircnia C Santana pelo apoio sempre constante e atenccedilatildeo incondicional
A minha querida amiga Dra Renata Antonaccio se fez presente ao longo destes anos
por suas inuacutemeras dicas
Ao amigo Prof Dr Paulo Renato Dias e sua equipe pelo suporte durante o trabalho
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da Universidade Paulista-UNIP
Profa Dra Cintia Saraceni e ProfDr Pascoal Armonia
Prof Dr Kurt Faltin Juacutenior pela generosidade e competecircncia e preocupaccedilatildeo com o
aprimoramento teacutecnico cientiacutefico da Odontologia
Aos Prof Dr Mendel Abramowicz Profa Sonia Maria R de Souza e Prof Dr Claacuteudio
Costa meus mestres e amigos
Ao amigo Marcos Ueeda pela orientaccedilatildeo e trabalho estatiacutetico realizado
Ao PROSUP pelo apoio financeiro Agrave CAPES pela concessatildeo da bolsa de estudo que
fez que esse trabalho pudesse ser desenvolvido
As secretaacuterias da poacutes-graduaccedilatildeo pela amizade disponibilidade e cordialidade na
assistecircncia em todo o desenvolvimento do curso
Aos meus amigos incriacuteveis Edy Guimaratildees e Urias Vaz minha eterna gratidatildeo e
amizade sem o que esse trabalho natildeo teria o mesmo valor
Agraves minhas amigas Beth Kodic Mary Pereira e Doacuteris Ruiz que sempre me incentivaram
com palavras de estiacutemulo apoio e persistecircncia para alcanccedilar as minhas metas
Aos meus alunos do CETAO pelo carinho e entusiasmo sempre presentes ao longo
dos meses
As minhas leais amizades que deram sentido forccedila e orientaccedilatildeo a esta realizaccedilatildeo
ldquoNatildeo precisamos de muita coisa Soacute precisamos uns dos outrosrdquo
Adriana L Vilela de A Marchi
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
v
Sumaacuterio
Dedicatoacuteriahelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiii
Agradecimentoshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipiv
Listashelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipvii
Resumohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellipx
1 INTRODUCcedilAtildeO iii
11 Proposiccedilatildeo 3
2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 14
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II 19
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN 23
231 SN1- ldquoslide light modelrdquo ndash ldquomodelo suave deslizanterdquo 25
3 MEacuteTODOS 17
31 Caracteriacutesticas da Amostra 17
32 Meacutetodos 17
321 Meacutetodo de obtenccedilatildeo das radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral 17
322 Meacutetodo de avaliaccedilatildeo radiograacutefica 18
3221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizadohelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip18
3222 Cefalometrias 20
32221 Pontos 20
32222 Planos 22
32223 Componentes da Maxila 23
32224 Componentes da Mandiacutebula 25
32225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 27
32226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial 28
32227 Problema dento-alveolar 30
323 Meacutetodo de tratamento 31
324 Meacutetodo estatiacutestico 38
4 RESULTADOS 39
5 DISCUSSAtildeO 44
6 CONCLUSOtildeES 48
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
vi
7 ANEXOShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip49
8 REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip51
Abstracthelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip56
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
vii
Lista de figuras
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral 18
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef
Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil) 19
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado 20
Figura 4 Acircngulo SNA 23
Figura 5 Profundidade Maxilar 23
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A) 24
Figura 7 Acircngulo BaNa-A 24
Figura 8 Acircngulo SNB 25
Figura 9 Comprimento mandibular 25
Figura 10 Profundidade Facial 26
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm 27
Figura 12 Acircngulo ANB 27
Figura 13 Altura Facial Totalhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip28
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo 38
Figura 15 Eixo Facial 29
Figura 16 Arco Mandibular 29
Figura 17 Acircngulo Interincisivo 30
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria 30
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior 32
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior 34
Figura 21 Arco vestibular 34
Figura 22 Travessatildeo 35
Figura 23 Molas Frontais 37
Figura 24 Arcos Dorsais 38
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos 38
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
viii
Lista de tabelas
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises
cefalomeacutetricas utilizadas 39
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar 40
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular 41
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular 41
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical 42
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar 42
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
ix
Lista de abreviaturas e siacutembolos
percentagem
AOFAparelho ortopeacutedico-funcional
AOFsAparelhos ortopeacutedicos-funcionais
Ar-GnArticular Gnaacutetio
Ar-PgArticular Pogocircnio
CCTsEstudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
DADeterminada Aacuterea
ENExcitaccedilatildeo Neural
Hshoras
mmMiliacutemetros
MPMudanccedila de Postura
MPTMudanccedila de Postura Terapecircutica
RCTsEstudos cliacutenicos aleatoacuterios
SNSimotildees Network
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
x
Resumo
Objetivos O presente trabalho se propocircs avaliar cefalometricamente alteraccedilotildees dento-
esqueleacuteticas em indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo basal de Classe II tratados com
aparelho ortopeacutedico-funcional Simotildees Network 1(SN1) Esse aparelho colocado em
praacutetica como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 vem sendo usado
com frequumlecircncia no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II Meacutetodos Foram
selecionados vinte e nove (29) indiviacuteduos tratados com Simotildees Network Trecircs
grandezas cefalomeacutetricas lineares e treze angulares foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo
Resultados Baseado na amostra estudada na metodologia empregada e nos dados
obtidos concluiu-se que nos componentes maxilares houve aumento estatisticamente
significante no Co-A (pgt001) nos componentes mandibulares houve aumento
estatisticamente significante (pgt001) do acircngulo SNB CoGn e Profundidade Maxilar na
relaccedilatildeo maxilo-mandibular houve diminuiccedilatildeo estatisticamente significante (pgt001) no
ANB e na diferenccedila em mm nas relaccedilotildees verticais houve diminuiccedilatildeo significante na
altura facial total (pgt0001) e aumento significante no acircngulo do arco mandibular
(pgt001) mostrando um controle do crescimento vertical assim como no trespasse
horizontal pelo aumento significante do acircngulo interincisivo (pgt001) e aumento
significante da inclinaccedilatildeo do incisivo superior para Schwarz (pgt001) e as inclinaccedilotildees
dos incisivos inferiores se mostraram inalteradasonde concluiacutemos que houve uma
resposta efetiva quanto a terapia empregada na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo inicial
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Angle baseando-se na relaccedilatildeo dos primeiros molares permanentes
apresentou uma classificaccedilatildeo das maacutes oclusotildees dividindo-as em Classe I II ou III A
Classe II eacute caracterizada pela formaccedilatildeo de um degrau distal na relaccedilatildeo molar e pode
ser originada esqueleticamente a partir de uma protrusatildeo maxilar ou de uma retrusatildeo
mandibular ou ainda da combinaccedilatildeo de ambas as caracteriacutesticas(1)
A maacute oclusatildeo de Classe II natildeo eacute uma entidade cliacutenica simples podendo
resultar de vaacuterios componentes como a variabilidade da dimensatildeo e da posiccedilatildeo das
bases oacutesseas e da posiccedilatildeo dos dentes em relaccedilatildeo agraves mesmas O diagnoacutestico
diferencial da maacute oclusatildeo de Classe II dentaacuteria eou esqueleacutetica eacute extremamente
importante para que se possa decidir o plano de tratamento ortopeacutedico eou
ortodocircntico mais adequado (2)
A interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido um ponto muito polecircmico
na Ortodontia contemporacircnea em funccedilatildeo da extensa variabilidade de estrateacutegias de
tratamento destacando-se os aparelhos fixos e os aparelhos ortopeacutedicos funcionais
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais promovem a correccedilatildeo das discrepacircncias
esqueleacuteticas contribuindo na melhora da relaccedilatildeo das bases apicais(3)
Quando o diagnoacutestico indica a necessidade de tratamento ortopeacutedico da
Classe II este deve ser indicado para o iniacutecio da denticcedilatildeo mista tardia ou durante a
fase ascendente da curva de crescimento ou assim que o indiviacuteduo possa colaborar
com o uso do aparelho(4)
Esta maacute oclusatildeo pode comprometer a harmonia facial em diversos graus de
acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles prejudicando a auto-estima do indiviacuteduo(5)
Muitas vezes na maacute oclusatildeo de Classe II o indiviacuteduo contrai a musculatura do
mento quando fecha os laacutebios Por meio da Ortopedia Funcional dos Maxilares o
avanccedilo mandibular diminui esta tensatildeo eliminando a atividade muscular anormal e
promovendo um padratildeo novo e mais harmonioso(6) Os aparelhos ortopeacutedicos
funcionais podem atuar sempre de forma bimaxilar modificando a posiccedilatildeo da
mandiacutebula para obter resultados cliacutenicos melhores e mais raacutepidos(7)
Embora a protrusatildeo maxilar e a retrusatildeo mandibular sejam encontradas como
fatores causais da maacute oclusatildeo de Classe II tem sido observado que o componente
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
12
mais comum seja a retrusatildeo mandibular(2) Para esses indiviacuteduos o ideal seria
estimular o crescimento ou a direccedilatildeo de crescimento na mandiacutebula com aparelhos
ortopeacutedicos funcionais embora tenham sido relatados variados graus de sucesso(8)
Entre os aparelhos funcionais contemporacircneos destaca-se o Simotildees Network
(SN1) proposto em 1980 que auxilia a musculatura estimulando a atividade postural
normal de todos os muacutesculos peribucais com a finalidade de estabelecer um selamento
labial adequado gerando novas adaptaccedilotildees nas estruturas esqueleacuteticas e dento-
alveolares de forma gradual possibilitando assim a correccedilatildeo das relaccedilotildees acircntero-
posteriores anormais entre a maxila e a mandiacutebula(9)
Este estudo tem como proposta avaliar as alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas
decorrentes do uso do aparelhos ortopeacutedico funcional da Dra Wilma Alexandre Simotildees
Os resultados cefalomeacutetricos seratildeo avaliados pelas anaacutelises cefalomeacutetricas de
Ricketts(10) McNamara(11) Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13) a fim de se
obter maior acuidade nos resultados uma vez que ateacute o momento natildeo houve nenhum
estudo especiacutefico como o proposto
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
13
11 Proposiccedilatildeo
Este trabalho tem como objetivo avaliar as alteraccedilotildees dento - esqueleacuteticas
resultantes da correccedilatildeo maacute oclusatildeo de Classe II utilizando-se o aparelho funcional
Simotildees Network do tipo SN1
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
14
2 REVISAtildeO DA LITERATURA
A revisatildeo da literatura discorre uma perspectiva sobre os estudos concernentes
agrave maacute oclusatildeo de Classe II destacando-se
a Suas caracteriacutesticas
b Seus tratamentos
c O Aparelho Ortopeacutedico Funcional Simotildees Network - SN1
21 Caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II
O primeiro meacutetodo cientiacutefico para o diagnoacutestico e a classificaccedilatildeo das maacutes
oclusotildees foi proposto por Angle(1) em 1899 baseando-se essencialmente nas posiccedilotildees
dentoclusais onde o primeiro molar superior era imutaacutevel em relaccedilatildeo ao inferior
determinando assim os outros trecircs tipos de maacutes oclusotildees no sentido acircntero-posterior
Desse modo as discrepacircncias no sentido vertical horizontal e lateral assim como a
relaccedilatildeo com as estruturas adjacentes natildeo foram consideradas A maacute oclusatildeo foi
definida por apresentar uma relaccedilatildeo mesiodistal deficiente dos arcos dentaacuterios com
todos os dentes inferiores ocluindo distalmente ao normal produzindo uma desarmonia
acentuada na regiatildeo dos incisivos e nas linhas faciais(1)
Os casos de Classe II tambeacutem se caracterizaram por apresentar uma relaccedilatildeo
distal da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila geralmente maior do que o normal e
frequumlentemente atreacutesica com os incisivos superiores vestibularizados e os inferiores
lingualizados Notou-se ainda que esta maacute oclusatildeo na maioria das vezes encontrava-
se acompanhada de uma funccedilatildeo anormal dos laacutebios e de alguma forma de obstruccedilatildeo
nasal e respiraccedilatildeo bucal(14)
Estudando casos de Classe II constatou-se que a mandiacutebula e a maxila
encontravam-se sub-desenvolvidas complementando os estudos realizados por
Angle(14)
Foi observada uma maior dificuldade nos tratamentos quando a maacute oclusatildeo
apresenta-se com um padratildeo esqueleacutetico de origem hereditaacuteria apesar do padratildeo
dentaacuterio mostrar-se facilmente corrigido (15)
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
15
Comparando as medidas antropomeacutetricas de 18 cracircnios com caracteriacutesticas
normais e 18 cracircnios com maacute oclusatildeo de Classe II concluiu-se que a Classe II natildeo se
caracterizava por um excesso de crescimento anterior da maxila verificado pelo
proacutestio mas que na grande maioria dos casos de disto oclusatildeo este ponto encontrava-
se posteriormente sugerindo que o tratamento deveria consistir no estiacutemulo do
crescimento e desenvolvimento mandibular(16)
Jaacute em uma discussatildeo de casos cliacutenicos que apresentavam a maacute oclusatildeo de
Classe II demonstrou-se que em muitos deles a mandiacutebula apresentava-se bem
posicionada e natildeo subdesenvolvida sendo que a maxila apresentava-se protruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio gerando uma disto oclusatildeo aparente dos molares inferiores e
desta forma exigindo uma alteraccedilatildeo no plano de tratamento(17)
A comparaccedilatildeo de medidas lineares de 250 jovens dos 7 aos 14 anos de idade
onde 153 deles apresentavam oclusatildeo normal e maacute oclusatildeo de Classe I e 97 jovens
apresentavam a maacute oclusatildeo de Classe II apresentou um menor comprimento do corpo
mandibular nos casos de Classe II como resultado(18)
Entre as diversas variaccedilotildees da maacute oclusatildeo de Classe II relatadas foi observada
que a maxila encontrava-se na maioria das vezes protruiacuteda e havia retrusatildeo
mandibular em grande parte dos casos ou ainda a combinaccedilatildeo destes fatores(19)
Realizando uma pesquisa por meio de radiografias em norma lateral para
verificar a posiccedilatildeo espacial da maxila e da mandiacutebula com relaccedilatildeo agrave base do cracircnio
nos diferentes tipos de maacute oclusatildeo concluiu-se que as alteraccedilotildees mais significantes
encontravam-se no posicionamento acircntero-posterior da mandiacutebula avaliado pelo
acircngulo ANB Nos casos de Classe II a mandiacutebula apresentou-se mais retruiacuteda em
comparaccedilatildeo ao grupo de maacute oclusatildeo de Classe I natildeo sendo verificado se ela
encontrava-se subdesenvolvida ou natildeo(20)
Dando continuidade aos estudos relativos agrave classificaccedilatildeo da maacute oclusatildeo de
Classe II foi identificado que o complexo dentofacial da Classe II variava em pelo
menos seis situaccedilotildees a) maxila e dentes superiores posicionados anteriormente em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio b) dentes superiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas c)
mandiacutebula subdesenvolvida d) mandiacutebula com tamanho normal mas retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio e) dentes inferiores retruiacutedos na base oacutessea ou f) qualquer
combinaccedilatildeo desses fatores estudados(21)
Apoacutes seis deacutecadas da primeira classificaccedilatildeo proposta por Angle(1) foram
propostas divisotildees para a classificaccedilatildeo da Classe II dividindo-a em quatro tipos a)
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
16
protrusatildeo maxilar alveolar b) protrusatildeo maxilar basal c) deficiecircncia do tamanho
mandibular e d) retrusatildeo mandibular(22)
Por sua extensa e complexa variaccedilatildeo esta maacute oclusatildeo requer um diagnoacutestico
preciso e um plano de tratamento adequado para a sua correccedilatildeo Enfatiza-se que
geralmente a mandiacutebula estaacute retruiacuteda necessitando de estiacutemulo eou redirecionamento
de seu centro de crescimento natildeo havendo necessidade de retrusatildeo maxilar quando a
maxila encontra-se bem posicionada(23)
Avaliando 50 indiviacuteduos portadores de Classe II com idades entre 8 e 15 anos
verificou-se que na maioria dos casos ocorreu uma desarmonia entre as bases apicais
com um posicionamento anterior da maxila e posterior da cabeccedila da mandiacutebula
Poreacutem o comprimento mandibular total natildeo apresentou grandes variaccedilotildees Foi
observada tambeacutem uma inclinaccedilatildeo acentuada para a vestibular dos incisivos
superiores em 78 dos casos deduzindo-se deste modo que a Classe II resulta de
variaccedilotildees dentaacuterias e esqueleacuteticas com tendecircncia agrave protrusatildeo maxilar e um aumento
de trespasse horizontal devido agrave posiccedilatildeo dos dentes anteriores(24)
Ao comparar amostras de Classe I e Classe II em adultos dos dois gecircneros
observou-se que no grupo de Classe II a mandiacutebula se apresentava mais retruiacuteda em
relaccedilatildeo agrave base do cracircnio os incisivos superiores mostravam uma maior inclinaccedilatildeo para
vestibular natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo da
maxila(25)
Existem pelo menos 64 situaccedilotildees diferentes nas maacutes oclusotildees de Classe II
com mordida profunda e outras 64 para as maacutes oclusotildees de Classe II com mordida
aberta(26)
Numa amostra com 273 indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo Classe I e 335
com Classe II descreveu-se e analisou-se as caracteriacutesticas morfoloacutegicas e o
crescimento facial concluindo-se que os indiviacuteduos com a maacute oclusatildeo de Classe II
apresentavam a maxila maior do que o normal o plano palatino inclinado no sentido
anti-horaacuterio e a mandiacutebula bem posicionada com tamanho e formas normais(27)
Existem quatro termos agrave classificaccedilatildeo de Angle(1) no intuito de facilitar a
identificaccedilatildeo dos problemas dento-esqueleacuteticos Os termos prognatismo ou
retrognatismo referem-se ao posicionamento anterior ou posterior respectivamente
das bases oacutesseas em relaccedilatildeo ao esqueleto craniofacial Os termos protrusatildeo e
retrusatildeo descrevem o posicionamento anterior ou posterior dos dentes em relaccedilatildeo agraves
suas bases oacutesseas e concluiu-se que a Classe II poderia resultar de uma protrusatildeo dos
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
17
dentes superiores um prognatismo maxilar uma retrusatildeo do arco dentaacuterio inferior um
retrognatismo mandibular ou mais frequumlentemente de uma combinaccedilatildeo desses
fatores(28)
Destacando a importacircncia de um correto diagnoacutestico diferencial a maacute oclusatildeo
de Classe II proveacutem da combinaccedilatildeo de alteraccedilotildees dento-esqueleacuteticas Na maioria dos
casos a maxila apresenta-se bem posicionada e os incisivos superiores protruiacutedos A
retrusatildeo da mandiacutebula eacute comumente observada com os incisivos inferiores bem
posicionados(29)
Para um correto diagnoacutestico e planejamento deve-se identificar a morfologia da
maacute oclusatildeo de Classe II Foi analisada uma amostra de 277 jovens 153 do gecircnero
masculino e 124 do feminino com idade aproximada de 9 anos portadores de Classe II
divisatildeo 1a ou Classe II divisatildeo 2ordf Observando-se que em meacutedia a maxila apresentou-
se bem posicionada ou retruiacuteda enquanto a retrusatildeo mandibular foi a caracteriacutestica
mais evidenciada da amostra Aleacutem disso mais da metade da amostra apresentou um
excessivo desenvolvimento vertical A avaliaccedilatildeo dentaacuteria revelou que os incisivos
superiores encontravam-se inclinados para vestibular e os inferiores bem posicionados
na maioria dos casos(2)
As principais caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II satildeo decorrentes da
deficiecircncia do crescimento mandibular ou por um crescimento maxilar excessivo ou
ainda uma combinaccedilatildeo de ambos(30)
Analisando-se jovens portadores de Classe II a mandiacutebula apresentou-se
retruiacuteda havia uma retrusatildeo maxilar com o acircngulo SNA diminuiacutedo os acircngulos dos
planos mandibular palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados bem
como a altura facial total e os incisivos inferiores denotaram uma inclinaccedilatildeo correta(31)
Uma amostra constituiacuteda por 25 jovens com idade inicial de 9 anos e 4 meses
que natildeo foram tratados ortodonticamente foi avaliada longitudinalmente por 3 anos e 4
meses Os resultados demonstraram que em 75 dos casos a mandiacutebula apresentou-
se retruiacuteda enquanto que a maxila variou entre retruiacuteda bem posicionada e protruiacuteda
O padratildeo de crescimento apresentou variabilidade com distribuiccedilatildeo uniforme de
indiviacuteduos com predominacircncia de crescimento vertical horizontal e equilibrado A altura
facial acircntero-inferior aumentou em decorrecircncia do crescimento facial A relaccedilatildeo
maxilomandibular natildeo mostrou melhora significante mantendo a discrepacircncia
esqueleacutetica da maacute oclusatildeo de Classe II Com relaccedilatildeo ao componente dentaacuterio
verificaram que os molares e incisivos superiores acompanharam o crescimento
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
18
maxilar apresentando mesializaccedilatildeo e extrusatildeo os inferiores tambeacutem extruiacuteram poreacutem
com a mesializaccedilatildeo apenas dos molares e retrusatildeo dos incisivos agravando o
trespasse horizontal(32)
Com o intuito de estudar cefalometricamente as caracteriacutesticas da Classe II
avaliou-se uma amostra com 100 jovens (50 do gecircnero masculino e 50 do feminino)
com idades variando de 6 anos e 11 meses a 14 anos e 3 meses A avaliaccedilatildeo dos
resultados obtidos permitiu o estabelecimento das seguintes conclusotildees predomiacutenio
de um vetor de crescimento vertical dominacircncia do perfil facial convexo com a maxila
normal ou protruiacuteda e a mandiacutebula com definida tendecircncia retrusiva os incisivos
superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular e protruiacutedos
enquanto que o trespasse horizontal encontrava-se aumentado e o vertical normal(33)
Por meio de radiografias em norma lateral destacou-se a importacircncia da
anaacutelise facial como exame auxiliar no diagnoacutestico e planejamento ortodocircntico
comparando com as caracteriacutesticas morfoloacutegicas da face verificadas na anaacutelise facial
subjetiva A amostra foi constituiacuteda por 30 jovens dos dois gecircneros com idades entre
12 e 16 anos A anaacutelise cefalomeacutetrica mostrou um perfil convexo maxila bem
posicionada e mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo a base do cracircnio incisivos superiores e
inferiores protruiacutedos em suas bases oacutesseas trespasse horizontal acentuado e vertical
moderado O exame facial subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos
(10) da mandiacutebula em 13 casos (433) da maxila e mandiacutebula consideradas bem
posicionadas em apenas 1 caso (33) Assim concluiu-se que a avaliaccedilatildeo subjetiva
apresentou uma razoaacutevel coerecircncia comparada aos valores obtidos na anaacutelise
cefalomeacutetrica(34)
As caracteriacutesticas esqueleacuteticas da maacute oclusatildeo de Classe II foram analisadas
longitudinalmente em uma amostra formada por 23 jovens com Classe II e observados
dos 5 aos 12 anos de idade divididos em dois grupos de acordo com o comportamento
do acircngulo ANB Um grupo de 13 jovens que apresentou uma diminuiccedilatildeo do acircngulo
ANB (pelo menos 15 graus) durante o periacuteodo de avaliaccedilatildeo foi denominado de grupo
de crescimento favoraacutevel No outro grupo denominado de crescimento desfavoraacutevel
os 10 jovens apresentaram um aumento dos acircngulos ANB do acircngulo goniacuteaco e da
distacircncia N-Me e uma diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo das alturas faciais posterior e anterior
Destacou-se que a melhora no relacionamento maxilo-mandibular no grupo de
crescimento favoraacutevel ocorreu por conta do reposicionamento mandibular No outro
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
19
grupo a rotaccedilatildeo posterior (aumento da altura facial posterior) parece ocorrer devido a
um mecanismo de compensaccedilatildeo adaptativo pelo subdesenvolvimento mandibular(35)
22 Tratamentos da maacute oclusatildeo de Classe II
Avaliando os efeitos dos aparelhos de Fraumlnkel em 45 indiviacuteduos entre 11 e 13
anos de idade que apresentavam maacute oclusatildeo de Classe II observou-se maiores
efeitos nos indiviacuteduos com rotaccedilatildeo anterior mandibular onde a maior atribuiccedilatildeo de
resposta foi dada pela cartilagem condilar e bordo posterior da mandiacutebula e natildeo pelas
alteraccedilotildees dento-alveolares(36)
Avaliando-se os componentes dento-esqueleacuteticos da maacute oclusatildeo de Classe II
observou-se que havia uma protrusatildeo maxilar e uma retrusatildeo mandibular e em alguns
casos a maxila apresentava-se retruiacuteda e a mandiacutebula acentuadamente retruiacuteda
necessitando diferentes condutas(37)
A influecircncia dos aparelhos de Ortopedia Facial Funcional se estabelece tanto
sobre o padratildeo oacutesseo como no dentaacuterio e funcional corrigindo as anomalias dento-
faciais A Ortopedia Facial Funcional visa o equiliacutebrio das estruturas faciais aos dentes
relacionados para que o equiliacutebrio final do aparelho mastigatoacuterio possa ser
alcanccedilado(38)
Independente das diferenccedilas quantitativas no crescimento da maxila e da
mandiacutebula o relacionamento oclusal eacute normalmente mantido pelas variaccedilotildees do
crescimento rotacional e sagital Cerca de 70 das crianccedilas apresentam o
crescimento sagital da mandiacutebula e da maxila equilibrados Em 3 o crescimento
sagital da mandiacutebula eacute considerado superior que o crescimento sagital da maxila Em
27 das crianccedilas o crescimento sagital da mandiacutebula eacute considerado menor do que o
sagital maxilar O crescimento rotacional eacute influenciado pela respiraccedilatildeo fonaccedilatildeo
degluticcedilatildeo (normal ou anormal) A maacute oclusatildeo de Classe I ou Classe II pode ter se
iniciado por flutuaccedilotildees casuais individuais no comparador perifeacuterico Mas uma vez
formado o padratildeo oclusal permanece basicamente inalterado(39)
A teoria do servosistema publicada em 1967 ressalta que o crescimento
resulta da divisatildeo celular sujeita a accedilatildeo de fatores gerais extriacutensecos como os
hormocircnios que podem reduzir ou modular a direccedilatildeo do crescimento assim como
fatores locais extriacutensecos como por exemplo pelo uso dos aparelhos ortopeacutedicos e
funcionais(40)
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
20
Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais tais como o ativador o regulador de
funccedilatildeo de Fraumlnkel o Herbst e o Bionator apresentam uma accedilatildeo mandibular assim
como os reflexos neuromusculares ocasionados pela mudanccedila de postura feita
progressivamente ou numa uacutenica etapa preconizando para um melhor resultado o uso
do maior nuacutemero de horas ao dia para alcanccedilar melhores resultados(41)
Explicando melhor a teoria do servosistema o crescimento resulta da divisatildeo
celular de condroblastos diferenciados funcionalmente Neste caso o efeito local dos
fatores biomecacircnicos fica reduzido agrave modulaccedilatildeo da direccedilatildeo de crescimento Quando o
crescimento resulta da divisatildeo celular por preacute-condroblastos (cabeccedila da mandiacutebula
processo coronoacuteide e cartilagens da mandiacutebula cartilagem da sutura palatina mediana
todas as formaccedilotildees secundaacuterias durante a filogecircnese e a ontogecircnese) natildeo satildeo
somente influenciados por diferentes fatores intriacutensecos mas tambeacutem pelos fatores
locais extriacutensecos Neste caso a quantidade de crescimento pode ser modulada
(aumentada ou diminuiacuteda) pela accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos e funcionais(42)
Embora os aparelhos ortopeacutedicos tenham indicaccedilotildees para todos os tipos de
maacutes oclusotildees eles satildeo mais efetivos no tratamento dental e esqueletal da maacute oclusatildeo
de Classe II particularmente nos casos com deficiecircncia mandibular durante o periacuteodo
ativo de crescimento e o sucesso depende da colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo Reforccedila-se
que a combinaccedilatildeo da Ortopedia (30 a 40) e da Ortodontia (60 a 70) eacute importante
para o sucesso no tratamento Outras indicaccedilotildees dos aparelhos funcionais incluiriam a
prevenccedilatildeo e correccedilatildeo de haacutebitos orais como succcedilatildeo de dedo ou de laacutebio respiraccedilatildeo
bucal ou outras alteraccedilotildees funcionais orais(4)
Indiviacuteduos do gecircnero masculino apoacutes 7 ou 8 anos de idadeforam avaliados
pela mediccedilatildeo da estatura e pela realizaccedilatildeo de cefalogramas em intervalos de 3 meses
e comparados com grupo controle Foi construiacuteda uma curva individual do surto de
crescimento puberal concluindo-se que o tratamento funcional deve ser realizado
durante a fase ascendente da aceleraccedilatildeo de crescimento puberal pois este eacute o periacuteodo
mais favoraacutevel para a correccedilatildeo bem sucedida de uma maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica(43)
O avanccedilo mandibular numa maacute oclusatildeo de Classe II deveria ser executado
durante o crescimento ativo do indiviacuteduo melhorando o seu perfil mole Sua
colaboraccedilatildeo eacute importante sendo que o ideal seria usar o aparelho no miacutenimo 14 horas
ou mais se possiacutevel Quanto mais velho for o indiviacuteduo menor a efetividade do
tratamento concluindo-se que o crescimento facial eacute um preacute-requisito para o sucesso e
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
21
o uso de aparelhos funcionais em adultos acarreta uma alteraccedilatildeo restrita agrave aacuterea
dentoalveolar sendo as alteraccedilotildees esqueleacuteticas miacutenimas Quando houver uma
sobressaliecircncia menor que 7 mm a chance de sucesso eacute de 98 enquanto que se for
maior (11 mm) a chance de se obter sucesso cai para 55(44)
A compreensatildeo dos mecanismos de accedilatildeo dos aparelhos ortopeacutedicos eacute
importante no tratamento e para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II com
retrognatismo mandibular Esse conhecimento pode auxiliar o ortodontista a estimular a
formaccedilatildeo do osso e evitar a compressatildeo da regiatildeo de fossa mandibular - cabeccedila da
mandiacutebula Uma significante formaccedilatildeo de osso na incisura mandibular ocorre durante o
tratamento com deslocamento mandibular a modificaccedilatildeo eacute resultado das forccedilas de
estiramento dos tecidos retrodiscais da caacutepsula e da alteraccedilatildeo na viscosidade sinovial
levando-se em consideraccedilatildeo o padratildeo esqueletal neuromuscular e idade que
influenciam no crescimento da fossa mandibular - cabeccedila da mandiacutebula com o avanccedilo
ortopeacutedico Esses fatores biodinacircmicos satildeo tambeacutem capazes de alterar a direccedilatildeo de
crescimento o tamanho e a morfologia mandibular(45)
Realizando uma revisatildeo de literatura sobre cinco diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador bionator de Balters regulador de funccedilatildeo de Fraumlnkel aparelho de
Herbst e os guias de erupccedilatildeo) para a correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II de modo
geral constatou-se que os aparelhos ortopeacutedicos devem ser utilizados por indiviacuteduos
na fase do crescimento ativo visando corrigir as discrepacircncias acircntero-posteriores
verticais e transversais pela restriccedilatildeo eou pelo redirecionamento do crescimento das
bases apicais Os aparelhos ortopeacutedicos promovem uma melhora do perfil com a
coordenaccedilatildeo do crescimento maxilo-mandibular reduzindo na maioria das vezes a
necessidade de extraccedilotildees assim como haacute uma diminuiccedilatildeo do tempo de tratamento
com aparelhos fixos(46)
Embora alteraccedilotildees favoraacuteveis de crescimento tenham sido relatadas na
primeira fase de tratamento elas geralmente natildeo parecem ser estaacuteveis a longo prazo
Informaccedilotildees positivas quanto ao estiacutemulo de crescimento com aparelhos funcionais
mostram pouco posicionamento para anterior do mento e as mudanccedilas esqueleacuteticas
modestas recidivam com o tempo(47)
A prevalecircncia de indiviacuteduos portadores de Classe II que procuram tratamento eacute
de cerca de 55 porque ela pode comprometer a harmonia facial em diversos graus
de acordo com a intensidade da sobressaliecircncia dentaacuteria e de sua interaccedilatildeo com as
estruturas adjacentes de tecidos moles interferindo na auto-estima do indiviacuteduo(48)
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
22
Avaliando artigos publicados entre 1966 a 1999 sobre os tratamentos das maacutes
oclusotildees de Classe II com aparelhos funcionais foram avaliadas 12 medidas cliacutenicas
sendo que as que se apresentaram com maior significacircncia foram a Ar-Pg e Ar-Gn
entre o grupo controle e o tratado(49)
O melhor momento para o uso da Ortopedia Facial estaacute intimamente
relacionado com a identificaccedilatildeo dos periacuteodos de aceleraccedilatildeo ou de intenso crescimento
o que pode contribuir significantemente para a correccedilatildeo esqueleacutetica(50)
Uma amostra foi avaliada com 55 jovens brasileiros leucodermas dos dois
gecircneros com idade meacutedia de 13 anos e 6 meses Os resultados mostraram a maxila
bem posicionada e a mandiacutebula retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio Com relaccedilatildeo agrave
proporcionalidade das bases apicais a mandiacutebula apresentou-se com uma pequena
dimensatildeo e a maxila normal O padratildeo facial demonstrou um comportamento de
crescimento vertical Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados
para vestibular(51)
Estudando a maacute oclusatildeo de Classe II com retrognatismo mandibular observou-
se que os aparelhos ortopeacutedicos funcionais apesar de sua eficiecircncia cliacutenica
dependem aleacutem de um padratildeo de crescimento favoraacutevel de um outro fator muito
importante a colaboraccedilatildeo do indiviacuteduo(52)
Uma revisatildeo da literatura foi realizada para avaliar a evidecircncia cientiacutefica na
eficiecircncia de aparelhos funcionais aumentando o crescimento mandibular em
indiviacuteduos portadores de Classe II aplicando o banco de dados da Medline (Entrez
PubMed) A pesquisa compreendeu o periacuteodo de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e
usou os tiacutetulos de assuntos meacutedicos (MeSH) Os seguintes tipos de estudos que
informaram dados de efeitos de tratamento foram incluiacutedos estudos cliacutenicos aleatoacuterios
(RCTs) e estudos cliacutenicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs) com controles de Classe II sem tratamento A estrateacutegia de procura resultou
em 704 artigos Depois da seleccedilatildeo de acordo com o criteacuterio de inclusatildeoexclusatildeo 22
artigos foram qualificados para a anaacutelise final Foram acessados quatro RCTs e 18
CCTs Os padrotildees de qualidade desses estudos variaram de baixo (3 estudos) para
meacutedioelevado (6 estudos) Dois-terccedilos da amostra dos 22 estudos relataram um
alongamento adicional clinicamente significante no comprimento total da mandiacutebula
(uma mudanccedila maior que 20 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento) como resultado de tratamento ativo total com aparelhos funcionais A
quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser significativamente maior se
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
23
o tratamento funcional for realizado durante o surto puberal de maturaccedilatildeo esqueleacutetica
Nenhum dos 4 RCTs informou uma mudanccedila clinicamente significante no comprimento
mandibular induzido por aparelhos funcionais 3 do 4 RCTs trataram indiviacuteduos em uma
fase preacute-puberal de maturidade esqueleacutetica O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiecircncia mais alto (028 mm por mecircs) seguido pelo Twin-Block (023
mm por mecircs) enquanto que o aparelho Bionator apresentou 016 mm por mecircs(53)
23 Aparelho Ortopeacutedico Funcional do Tipo SN
O ldquoSimotildees Networkrdquo da Dra Wilma Alexandre Simotildees foi colocado em praacutetica
como um aparelho ortopeacutedico funcional na deacutecada de 80 Eacute um aparelho bimaxilar
solto entre as arcadas e tem como papel essencial estimular a mandiacutebula agrave posiccedilatildeo da
mordida funcional mantendo-a em sua relaccedilatildeo normal com a maxila com o objetivo de
conseguir que mais tarde essa posiccedilatildeo se converta em habitual tal como em seu
estado de sauacutede O aparelho eacute somente um mediador natildeo exercendo nenhuma forccedila
sobre os dentes A mandiacutebula se adapta a uma nova posiccedilatildeo e esta passa a ser sua
posiccedilatildeo de repouso Os aparelhos ortopeacutedicos funcionais atuam por reduccedilatildeo ou
aumento dos estiacutemulos em tecidos moles em torno da boca nos muacutesculos da
mastigaccedilatildeo alterando pela mudanccedila de postura a posiccedilatildeo dos muacutesculos e
articulaccedilotildees induzindo crescimento e adaptaccedilatildeo Portanto eles atuam pelo treino sobre
os mecanismos neurais musculares vasculares e dentaacuterios modificando a nutriccedilatildeo e o
desempenho funcional(7)
Existem diferentes tipos de aparelhos Simotildees Network que se destinam agrave
correccedilatildeo das diferentes anomalias esqueleacuteticas e alteraccedilotildees funcionais tais como o
aparelho para o tratamento do retrognatismo mandibular(54)
Generalidades dos SNs
a) A utilizaccedilatildeo destes aparelhos visa a recuperar o equiliacutebrio e a
configuraccedilatildeo morfoloacutegica harmocircnica do aparelho estomatognaacutetico
b) Os dentes a maxila e a mandiacutebula satildeo submissos agraves funccedilotildees do espaccedilo
bucal no que se refere ao seu crescimento alinhamento e relaccedilotildees
muacutetuas
c) Os movimentos referentes agraves forccedilas que regulam os fluxos presentes no
organismo como circulaccedilatildeo sanguiacutenea e linfaacutetica metabolismo orgacircnico
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
24
respiraccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo dos tecidos tornam possiacutevel a accedilatildeo das forccedilas
de crescimento e desenvolvimento
d) A liacutengua eacute um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentaacuterias O tratamento com os SNs objetiva corrigir a maacute
posiccedilatildeo lingual num espaccedilo bucal ideal
e) O equiliacutebrio da liacutengua de um lado e dos laacutebios e bochechas do outro eacute
importante para a harmonia das bases oacutesseas e das arcadas dentaacuterias
f) Um novo padratildeo funcional ditado pelo aparelho origina o
desenvolvimento de um novo padratildeo morfoloacutegico correspondente
g) A construccedilatildeo do SN eacute responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da
mandiacutebula no sentido anterior e vertical Ela assegura o maior espaccedilo
bucal possiacutevel e permite a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
h) O SN colabora na reeducaccedilatildeo da fonaccedilatildeo degluticcedilatildeo e respiraccedilatildeo
i) O incentivo por meio de elogios e visitas constantes satildeo importantes para
se conseguir uma melhor cooperaccedilatildeo do indiviacuteduo e resultados mais
satisfatoacuterios do tratamento
j) A utilizaccedilatildeo da terapia com SN visa agrave recuperaccedilatildeo fiacutesica e psiacutequica do
indiviacuteduo como um todo
A normalizaccedilatildeo funcional conseguida com a alteraccedilatildeo postural da mandiacutebula
em relaccedilatildeo agrave maxila devolve ao aparelho estomatognaacutetico estiacutemulos normais de
crescimento e desenvolvimento por meio de forccedilas proacuteprias do organismo(55)
O crescimento mandibular dos indiviacuteduos portadores de maacute oclusatildeo de Classe
II decorrentes dos SNs obedecem trecircs princiacutepios(55)
- Primeiro Princiacutepio Excitaccedilatildeo Neural (EN) O equiliacutebrio do sistema
estomatognaacutetico clinicamente deve ser obtido a partir de excitaccedilatildeo neural correta das
articulaccedilotildees dos muacutesculos do periodonto da mucosa do perioacutesteo e de outras
estruturas Essa excitaccedilatildeo eacute provocada por estiacutemulos dados pelos aparelhos
ortopeacutedicos funcionais aplicados dentro de padrotildees adequados de Tempo Intensidade
e Qualidade aproveitando a Velocidade de Conduccedilatildeo dos impulsos nervosos mais
convenientes para obter os melhores resultados cliacutenicos no menor tempo possiacutevel de
acordo com cada caso
- Segundo Princiacutepio Mudanccedila de Postura (MP) Os AOFs devem atuar sempre
bimaxilarmente modificando a posiccedilatildeo da mandiacutebula
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
25
- Terceiro Princiacutepio Mudanccedila de Postura Terapecircutica (MPT) A mudanccedila de
postura terapecircutica deve ser realizada dentro dos limites fisioloacutegicos individuais de
adaptaccedilatildeo e traz resultados efetivamente mais raacutepidos se for possiacutevel contato entre os
incisivos em uma aacuterea chamada DA (Determinada Aacuterea) Corresponde a um lugar de
grande sensibilidade taacutectil por conta da quantidade de receptores sobre a superfiacutecie
plana depois da concavidade lisa no terccedilo incisal palatino dos incisivos superiores Os
incisivos inferiores tocam essa aacuterea com sua superfiacutecie plana tambeacutem no terccedilo
incisal(55)
A energia mecacircnica dos aparelhos ortopeacutedicos funcionais eacute transformada em
excitaccedilatildeo neural Essa excitaccedilatildeo neural eacute o sinal eleacutetrico do sistema nervoso induzido
pelo aparelho que excita as respostas de desenvolvimento
O estiacutemulo adequado depende da qualidade intensidade e tempo de duraccedilatildeo
do tipo de material usado para produzir o estiacutemulo e do local ou aacuterea de aplicaccedilatildeo
A qualidade de estiacutemulo estaacute relacionada ao tipo de material usado para
produzir o estiacutemulo tais como o fio e o acriacutelico A qualidade de estiacutemulo leva em conta
qualquer interface entre os setores mecacircnico e bioloacutegico por meio de mudanccedilas nas
relaccedilotildees dentaacuterias e entre os tecidos moles Por exemplo ausecircncia ou presenccedila de
novos contatos dentaacuterios por meio do esmalte-esmalte esmalte-proacutetese (metal
porcelana ou acriacutelico)
Portanto o SN eacute um elo importante na cadeia de aparelhos ortopeacutedicos
especialmente em alguns periacuteodos de crescimento ontogeneacutetico e poacutes-ontogeneacutetico
A seleccedilatildeo apropriada do aparelho eacute vital para o sucesso do tratamento Cada
um tem accedilatildeo especiacutefica que complementa a accedilatildeo dos outros
231 ldquoSlide Light Modelrdquo - Modelo Suave Deslizante SN1
O SN1 eacute usado em casos de neutro e disto oclusotildees mas nunca em meacutesio-
oclusotildees(75455)
A maacute oclusatildeo eacute uma situaccedilatildeo irregular das arcadas dentaacuterias e todo o sistema
estomatognaacutetico Ela eacute o produto do mecanismo de adaptaccedilatildeo funcional compensatoacuterio
ou patoloacutegico e deve-se procurar uma transformaccedilatildeo gradual do sistema
estomatognaacutetico em direccedilatildeo ao crescimento fisioloacutegico harmonioso
As zonas de sustentaccedilatildeo da crianccedila em fase de crescimento tecircm contatos
dentaacuterios dinacircmicos especiacuteficos A informaccedilatildeo sensorial eacute trazida do periodonto aos
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
26
muacutesculos Os hormocircnios as condiccedilotildees de nutriccedilatildeo do meio ambiente osmoacuteticas e
muitos outros fatores estatildeo envolvidos Todos estes estiacutemulos colaboram pouco a
pouco para completar o crescimento harmonioso
Portanto eacute preciso ter em mente que para um sistema estomatognaacutetico bem
desenvolvido haacute necessidade de excitar todos os contatos dentaacuterios ideais
(principalmente aqueles sobre incisivos pela sua maior informaccedilatildeo sensorial) Para
resultados mais raacutepidos e estaacuteveis as arcadas dentaacuterias devem passar pelo
estabelecimento eou eliminaccedilatildeo de tais contatos que estariam presentes durante as
etapas de desenvolvimento as quais natildeo podem ser saltadas isto eacute tecircm uma
sequumlecircncia ordenada para o desenvolvimento harmonioso
Assim o alvo deve ser o contato incisivo natural em DA natildeo importando o tipo
de aparelho escolhido
A manutenccedilatildeo do contato incisivo em DA jaacute sem aparelho requer um intervalo
de uso no miacutenimo duas vezes maior do que aquele necessaacuterio para obtecirc-lo Quando
ele acontece os movimentos mandibulares levaratildeo as arcadas dentaacuterias agrave posiccedilatildeo e
agraves relaccedilotildees mais favoraacuteveis
A importacircncia da mordida funcional foi ressaltada como sendo essencial para o
posicionamento mandibular e para a obtenccedilatildeo de espaccedilo bucal ideal(54)
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
27
4 MEacuteTODOS
41 Caracteriacutesticas da Amostra
Foi utilizada uma amostra retrospectiva de 29 indiviacuteduos brasileiros
leucodermos dos dois gecircneros com denticcedilatildeo mista eou permanente em
crescimento portadores de maacute oclusatildeo Classe II do arquivo da cliacutenica da Dra Wilma
Simotildees que foram tratados com o AOF ldquoSimotildees Network 1rdquo
A meacutedia de idade na instalaccedilatildeo do aparelho foi de 9 anos e 4 meses e da
uacuteltima radiografia em norma lateral foi de 21 anos e 7 meses
Esses indiviacuteduos foram avaliados cliacutenica e radiograficamente antes e apoacutes a
remoccedilatildeo do aparelho ortopeacutedico no final de seu crescimento puberal constituindo-se
um total de 58 radiografias cefalomeacutetricas em norma lateral
Previamente agrave colocaccedilatildeo do aparelho as dimensotildees transversas dos arcos
dentaacuterios superior e inferior foram avaliadas pois deveriam estar compatiacuteveis para
permitir o avanccedilo mandibular desejado
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da
Universidade Paulista ndash UNIP protocolo nuacutemero 28108 Anexo I (p49)
42 Meacutetodos
421 Meacutetodo de Obtenccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas em Norma Lateral
As radiografias cefalomeacutetricas foram obtidas conforme a teacutecnica
convencional preconizada por Broadbent(56) onde o indiviacuteduo eacute posicionado no
cefalostato com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Todas foram
realizadas no mesmo aparelho de Raios X tipo Esfera II da marca ldquoSiemensrdquo com
fatores de exposiccedilatildeo de 75 Kwp e 12 mA e tempo de exposiccedilatildeo fixado em 15
segundos Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer com chassi fixo acoplado
paralelamente ao plano sagital mediano a uma distacircncia fixa e padronizada de 156
metros da fonte de radiaccedilatildeo ao filme Utilizaram-se filmes da marca Kodak T-MAT-
G com dimensatildeo de 18 cm x 24 cm com o longo eixo no sentido vertical contidos
em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak com ecran intensificador ultra-
raacutepido e filtro de alumiacutenio justaposto para identificaccedilatildeo do tecido mole (Figura 1) As
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
28
radiografias foram processadas em cacircmara escura apropriada por meio de
processo quiacutemico com fixador e revelador pelo meacutetodo manual
Figura 1 Radiografia cefalomeacutetrica em norma lateral
O meacutetodo de revelaccedilatildeo indicado foi o do tempotemperatura (aproximadamente
3 minutos) para que se obtivesse uma imagem perfeita de todos os detalhes
anatocircmicos essenciais para a execuccedilatildeo correta do traccedilado cefalomeacutetrico O tempo de
fixaccedilatildeo foi de 10 minutos e o tempo de lavagem final foi de 20 minutos
422 Meacutetodo de Avaliaccedilatildeo Radiograacutefica
4221 Digitalizaccedilatildeo das Radiografias Cefalomeacutetricas Laterais para Traccedilado
Computadorizado
As alteraccedilotildees esqueleacuteticas foram observadas por meio de algumas grandezas
cefalomeacutetricas angulares e lineares das anaacutelises de Ricketts(10) McNamara(11)
Schwarz modificado por Faltin(12) e Jarabak(13)
O programa utilizado foi o Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory) Belo
Horizonte Brasil) que oferece recursos para facilitar a visualizaccedilatildeo das estruturas no
momento da marcaccedilatildeo dos pontos para os traccedilados tais como alteraccedilotildees de brilho e
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
29
contraste ampliaccedilatildeo ou reduccedilatildeo da imagem realce de bordas pseudocoloraccedilatildeo e
inversatildeo da imagem (Figura 2) O programa disponibiliza ferramentas preacute-determinadas
e possibilita a criaccedilatildeo de novos traccedilados chamados de traccedilados individualizados que
foram criados para a confecccedilatildeo de novo traccedilado (Figura 3)
Para padronizar a amostra e minimizar os erros todos os traccedilados
cefalomeacutetricos e mediccedilotildees foram realizados pelo mesmo operador
Todas as 58 radiografias cefalomeacutetricas laterais foram digitalizadas no scanner
HP Scanjet 6100C (Hewlett-Packard) com adaptador de transparecircncia HP C6261
6100C e seu respectivo software (Desk Scan II) para captura de imagem Todas as
imagens foram capturadas mantendo resoluccedilatildeo fixa de 150 DPI e escala de 100 no
modo Sharp Black and White Photo As imagens foram arquivadas no formato PCX
O computador utilizado foi o Pentium IV com monitor de viacutedeo super VGA
colorido unidade de CD e impressora tipo HP PSC 1210
Figura 2 Inversatildeo da imagem (A) e pseudocoloraccedilatildeo (B) ndash Software Radiocef Radiostudio (Radiomemory Belo Horizonte Brasil)
A B
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
30
4222 Cefalometrias
Figura 3 ndash Raios X com traccedilado computadorizado
42221 Pontos
Baacutesio (Ba) ponto poacutestero-inferior do osso occiptal localizado na
margem anterior do forame magno
Eixo Condilar (DC) ponto situado no centro do colo da cabeccedila da
mandiacutebula sobre o Plano Ba-Na
Espinha Nasal Anterior (ENA) ponto localizado na extremidade anterior
e superior espinha nasal anterior da maxila
Gnaacutetio (Gn) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano facial (Na-Po)
com o plano mandibular
Gocircnio (Go) ponto localizado na intersecccedilatildeo do plano mandibular com
a linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo ascendente
Mentoniano (Me) ponto mediano mais inferior situado sobre a curva
inferior da siacutenfise mentoniana
Naacutesio (Na) ponto mais anterior da sutura frontonasal
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
31
Orbitaacuterio (Or) ponto mais inferior do contorno da oacuterbita localizando-se
na uniatildeo do rebordo orbitaacuterio externo com o assoalho da oacuterbita
Pogocircnio (Pg) ponto mais anterior da siacutenfise mentoniana
Ponto A (subespinhal) situado no ponto mais posterior da concavidade
subespinhal
Ponto Ar (articular) corresponde a intersecccedilatildeo das imagens da
superfiacutecie da base esfenoidal e da superfiacutecie posterior da mandiacutebula Representa a
articulaccedilatildeo temporomandibular jaacute que estaacute situado onde a cabeccedila da mandiacutebula
emerge na fossa mandibular
Ponto Co (Condiacutelio) porccedilatildeo mais poacutestero-superior da cabeccedila da
mandiacutebula
Ponto Goc (gocircnio construiacutedo) situado na veacutertice do acircngulo formado
pela intersecccedilatildeo da tangente a borda posterior do ramo ascendente da mandiacutebula (ar-
tangente a borda posterior) com o plano mandibular (Me-tangente agrave borda inferior da
mandibula)
Ponto Po (poacuterio anatocircmico) ponto mais superior do meato acuacutestico
externo
Ponto PTM (fissura pterigomaxilar) ponto situado no centro da fissura
pteacuterigo maxilar Esse ponto eacute obtido da bissetriz do acircngulo formado pela tangente
superior e tangente posterior agrave fissura
Ponto Sela (S) definido cefalometricamente como o ponto meacutedio da
concavidade meacutedia
Ponto Submentoniano (B) ponto mais profundo da concavidade
anterior da mandiacutebula
Protuberacircncia Mentoniana (Pm) ponto localizado na curvatura da
borda anterior da siacutenfise quando a curvatura passa de cocircncava para convexa
Pterigoacuteide (Pt) ponto localizado pela intersecccedilatildeo das paredes posterior
e superior da fissura pterigomaxilar
Xi ponto situado no centro do ramo ascendente da mandiacutebula
localizado no forame mandibular onde o nervo mandibular penetra na mandiacutebula
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
32
42222 Planos
Plano de Frankfurt linha que passa pelo ponto Poacuterio e o Orbitaacuterio
Plano Ba-Na este plano constitui o limite entre a face e o cracircnio
Plano Facial linha que passa pelos pontos Naacutesio ao Pogocircnio
Plano Mandibular linha que passa pelo ponto Mentoniano e eacute tangente
ao ponto mais inferior do ramo mandibular
Plano Vertical Pterigoacuteide linha que passa pelo bordo posterior da
Fossa Pterigomaxilar e eacute perpendicular ao Plano de Frankfurt
Linha Facial Superior linha que liga o ponto Naacutesio ao ponto A
Eixo Facial linha que une o Ponto Pterigoacuteide ao ponto Gnaacutetio Virtual
Linha Xi-ENA linha que liga os pontos Xi e ENA (Espinha Nasal
Anterior)
Eixo do Corpo Mandibular linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm
Eixo Condilar linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar)
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Incisivos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do incisivo superior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Inferiores linha que passa pelo longo eixo do
canino inferior respeitando a incisal e o aacutepice
Longo Eixo dos Caninos Superiores linha que passa pelo longo eixo
do canino superior respeitando a incisal e o aacutepice
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
33
42223 Componentes da Maxila
a) SNA (idealizado por Reidel) acircngulo formado pela intersecccedilatildeo das linhas SN
e NA (Figura 4) Define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da maxila em relaccedilatildeo agrave base
craniana Valor meacutedio eacute de 820 com variaccedilatildeo de plusmn 20
Figura 4 Acircngulo SNA
b) Profundidade Maxilar eacute o acircngulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano
Na- A (Figura 5) Valor normal 900 Desvio cliacutenico plusmn 30
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo horizontal da maxila na face Padrotildees de
Classe II esqueleacutetica devido agrave maxila apresentar valores superiores a 900
Figura 5 Profundidade Maxilar
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
34
c) Comprimento efetivo da maxila (Co-A) comprimento da maxila e da
mandiacutebula eacute obtido pela distacircncia linear entre os pontos Condiacutelio e o ponto A como
demonstrado na Figura 6 abaixo
Figura 6 Comprimento efetivo da Maxila (Co-A)
d) A medida do acircngulo Ba Na-A com valor meacutedio de 620 plusmn 30 para avaliar a
posiccedilatildeo acircntero-posterior da maxila Pela nova linha A-PM seraacute traccedilada uma
perpendicular em direccedilatildeo ao ponto PM que iraacute determinar a distacircncia em mm onde
deveria estar posicionada a mandiacutebula (Figura 7)
Figura 7 Acircngulo BaNa-A
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
35
42224 Componentes da Mandiacutebula
a) SNB (idealizado por Reidel) eacute o acircngulo formado pelas linhas SN e NB
(Figura 8) que define a relaccedilatildeo acircntero-posterior da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio Valor meacutedio eacute de 800 com desvio de plusmn 20
Figura 8 Acircngulo SNB
b) Comprimento efetivo da mandiacutebula (Co-Gn) o comprimento da mandiacutebula eacute
medido do Ponto Cocircndilo ao Ponto Gnaacutetio apresentado na figura 9
Figura 9 Comprimento mandibular
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
36
c) Profundidade Facial acircngulo formado pelo plano de Frankfurt (Pr-Or) e plano
Facial (Na-Po) como na Figura 10 Localiza o mento horizontalmente na face Norma
cliacutenica 870 Desvio cliacutenico plusmn 30 aumenta 10 a cada 3 anos
Interpretaccedilatildeo Mostra a posiccedilatildeo acircntero-posterior do mento Determina se uma
Classe II ou Classe III esqueleacutetica eacute causada pela mandiacutebula Para cada 10 de
diferenccedila angular resultaraacute em 15 mm de diferenccedila linear no mento
Figura 10 Profundidade Facial
d) Caacutelculo da diferenccedila em mm a mensuraccedilatildeo do acircngulo basal - acircngulo
formado pela intersecccedilatildeo do plano palatino com o plano mandibular e do acircngulo
formado pelo plano palatino com a linha A-PM (Figura 11) Um acircngulo basal de 200
corresponde a um acircngulo do plano palatino com a linha A-PM de 900 para um
posicionamento adequado da mandiacutebula em relaccedilatildeo agrave maxila O acircngulo basal natildeo tem
padratildeo de normalidade a cada variaccedilatildeo de 100 do acircngulo basal tem-se uma variaccedilatildeo
de 70 no acircngulo do plano palatino com a linha A-PM Assim tem-se o caacutelculo do
acircngulo em funccedilatildeo do acircngulo basal medido O acircngulo calculado para cada indiviacuteduo
seraacute transferido para o traccedilado desenhando-se uma nova linha A-PM e
determinando-se onde deveria estar posicionada a mandiacutebula
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
37
Figura 11 Caacutelculo da diferenccedila em mm
a Acircngulo basal b Linha A-PM c mm com a nova linha A-PM
O indiviacuteduo seraacute classificado como portador de Classe II com retrognatismo
mandibular quando a distacircncia em mm do PM agrave nova linha A-PM for maior ou igual a -
30 mm
42225 Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
a) ANB (idealizado por Riedel) eacute o acircngulo formado pelas linhas NA e NB
(Figura 12) representa a diferenccedila entre os acircngulos SNA e SNB Estabelece a relaccedilatildeo
acircntero-posterior entre os limites anteriores da maxila e mandiacutebula e define o padratildeo
esqueleacutetico do indiviacuteduo
Figura 12 Acircngulo ANB
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
38
Na
Pm
XI
Ba
42226 Avaliaccedilatildeo do Tipo Facial
a) Altura Facial Total medida angular compreendida entre Ba-Na e o
prolongamento do Eixo do Corpo da Mandiacutebula (XI-PM) (Figura 13) Classifica de
acordo com o tipo facial os indiviacuteduos em neutrovertido de 570 a 630 retrovertido
maior que 630 e provertido menor que 570
Figura 13 Altura Facial Total
b) Altura da Denticcedilatildeo tambeacutem conhecida como Altura Facial Inferior eacute uma
medida angular formada pelos planos XI-ENA e XI-PM (Figura 14) natildeo modificando
com a idade Norma cliacutenica 450 com desvio padratildeo plusmn 30 Interpretaccedilatildeo Valores
aumentados indicam mordida aberta esqueletal Valores diminuiacutedos indicam mordida
profunda
Figura 14 Altura da Denticcedilatildeo
ENA
PM
XI
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
39
c) Eixo Facial eacute a medida angular inferior e posterior formada pela intersecccedilatildeo
do Eixo Facial (PT-Gn) com linha Ba-Na (Figura 15) A altura da denticcedilatildeo natildeo altera
com a idade Norma Cliacutenica 900 com desvio padratildeo plusmn 30 e variantes tipo
neutrovertido de 870 a 930 tipo retrovertido menor que 870 e tipo provertido maior que
930 Interpretaccedilatildeo mostra a direccedilatildeo do crescimento e a posiccedilatildeo vertical do mento
Figura 15 Eixo Facial
d) Arco Mandibular Eacute o acircngulo formado pelo prolongamento do eixo do corpo
(Xi-Pm) e o eixo da cabeccedila da mandiacutebula (Xi-Dc) Aumenta 050 ao ano (Figura 16)
Interpretaccedilatildeo Este acircngulo varia pouco com o crescimento e a tipologia facial
Valores menores traduzem uma mandiacutebula do tipo retrovertido e valores
aumentados indicam uma mandiacutebula do tipo provertido Norma cliacutenica 260 desvio
cliacutenico plusmn 40
Figura 16 Arco Mandibular
Na
Ba
Pt-Gn
Ba
Na
Pm
XI
Dc
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
40
42227 Problema dento-alveolar
a) Acircngulo Interincisivo acircngulo formado pelo longo eixo dos incisivos superior
e inferior (Figura 17) Acircngulos baixos indicam protrusatildeo dentaacuteria acircngulos altos indicam
retrusatildeo dentaacuteria Norma cliacutenica 1300 Desvio cliacutenico plusmn 60
Figura 17 Acircngulo Interincisivo
b) Anaacutelise dentaacuteria proposta por Schwarz todos estes acircngulos satildeo medidos
pela frente (Figura 18)
Acircngulo +1 representa a relaccedilatildeo do incisivo superior com a base da maxila
Norma cliacutenica 700 Desvio cliacutenico plusmn 50
Acircngulo -1 representa a relaccedilatildeo do incisivo inferior com a base da mandiacutebula
Norma cliacutenica 850 Desvio cliacutenico plusmn 50
Figura 18 Anaacutelise dentaacuteria
ENA ENP
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
41
423 Meacutetodo de Tratamento
Todos os indiviacuteduos deste estudo foram tratados com Aparelho Ortopeacutedico
Funcional do tipo SN1 proposto por Simotildees(7) Este tratamento ortopeacutedico seguiu os
princiacutepios da Reabilitaccedilatildeo Neuro-oclusal levando em consideraccedilatildeo as forccedilas naturais
do crescimento e do desenvolvimento da erupccedilatildeo da postura e do movimento lingual
e mandibular para influenciar os objetivos cliacutenicos da melhor maneira possiacutevel tendo
como objetivo primaacuterio a prevenccedilatildeo pela manutenccedilatildeo dos reflexos do desempenho
correto das funccedilotildees orais principalmente para a perfeita distribuiccedilatildeo da arquitetura dos
ciclos mastigatoacuterios(55) durante o tempo meacutedio de 24 meses Estes indiviacuteduos foram
tratados durante a fase de denticcedilatildeo mista ou permanente jovem sendo que nenhum
deles foi submetido a qualquer intervenccedilatildeo ortodocircntica ou ortopeacutedica anterior e natildeo
sofreram extraccedilotildees dentaacuterias
A instalaccedilatildeo do aparelho seguiu as instruccedilotildees preconizadas por Simotildees(7)
sendo que os indiviacuteduos foram orientados a usaacute-lo por um periacuteodo miacutenimo de 16 horas
diaacuterias durante de 24 meses com um controle cliacutenico mensal
Os indiviacuteduos da amostra foram moldados no proacuteprio consultoacuterio e tiveram
seus respectivos aparelhos instalados posteriormente num intervalo maacuteximo de 10
dias
A importacircncia e as vantagens deste tipo de AOF incluem o fato de atuar sobre
os arcos dentaacuterios de forma leve tocando o miacutenimo de estruturas bucais no momento
mais adequado por meio de preacute-estiacutemulos para conseguir a atuaccedilatildeo mais favoraacutevel da
via indireta neuromuscular e aproveitar o maacuteximo da capacidade de adaptaccedilatildeo
Resumindo suas funccedilotildees o SN1 pretende
a) estimular a ATM o periodonto os muacutesculos laacutetero-protrusivos e o contato
incisivo de modo simples e eficiente
b) promover uma propriocepccedilatildeo suave no palato frontal
c) promover uma leve propriocepccedilatildeo nos muacutesculos da mucosa bucal e do
vestiacutebulo-bucal
d) ser de faacutecil manuseio pelo indiviacuteduo
e) ser perfeitamente toleraacutevel durante o sono
O SN1 eacute um aparelho funcional composto por uma estrutura em acriacutelico bi-
maxilar responsaacutevel pela alteraccedilatildeo de postura da mandiacutebula nos sentidos anterior e
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
42
vertical por meio de verdadeira ginaacutestica e treinamento muscular assegurando o maior
espaccedilo bucal possiacutevel e permitindo a correccedilatildeo do plano oclusal funcional
Nos casos dos indiviacuteduos de nossa amostra o avanccedilo mandibular foi
conseguido pela relaccedilatildeo de contato em DA ( ou seja no terccedilo incisal) entre os incisivos
superiores e inferiores A dimensatildeo vertical da mordida baseou-se na altura da
desoclusatildeo posterior decorrente do contato em DA entre os incisivos
Os indiviacuteduos usaram um ou mais aparelhos dependendo da quantidade de
avanccedilo mandibular necessaacuteria considerando-se um avanccedilo maacuteximo de 4 mm por fase
Os indiviacuteduos foram orientados para remover o aparelho durante as refeiccedilotildees
aula de liacutenguas estrangeiras para a praacutetica de determinados esportes e durante o
periacuteodo que estivesse na escola Foi salientada a importacircncia do selamento labial com
a finalidade de se obter equiliacutebrio muscular e orientaccedilatildeo mastigatoacuteria
Os aparelhos foram todos confeccionados por um uacutenico teacutecnico seguindo as
normas para confecccedilatildeo descritas por Simotildees(7) cujos componentes e funccedilotildees satildeo
descritos a seguir
a) Parafuso Eacute colocado na base de acriacutelico do aparelho e estaacute indicado
sempre que os desvios sagitais direito e esquerdo sejam maiores que 1 mm tanto na
maxila como na mandiacutebula Quando se usa o parafuso o aparelho fica mais riacutegido e a
mucosa palatina tem menor contato com a liacutengua quando comparamos ao uso da
Coffin (Figura 19)
Figura 19 SN1 com parafusos superior e inferior
1) Parafuso inferior seleciona-se o parafuso inferior entre os menores de
acordo com o tamanho da mandiacutebula para ter a menor espessura possiacutevel Fronteiras
posiccedilatildeo e fixaccedilatildeo deve ser posicionado entre os incisivos centrais tomando-se
sempre o cuidado para natildeo interferir no freio lingual Natildeo deve ter nenhuma inclinaccedilatildeo
No sentido sagital procurar rigorosa simetria Tambeacutem deve estar uniformemente
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
43
colocado em relaccedilatildeo agrave base da maxila com a menor distacircncia possiacutevel entre eles para
que a camada de acriacutelico fique menos espessa
2) Parafuso superior Fronteiras Posiccedilatildeo e Fixaccedilatildeo geralmente localiza-se o
mais para anterior e profundamente possiacutevel entre os preacute-molares ou molares
deciacuteduos Natildeo deve ter angulaccedilotildees que possam interferir na sua accedilatildeo passiva Quando
o arco dentaacuterio eacute mais estreito na regiatildeo de primeiros molares deciacuteduos coloca-se o
parafuso entre os segundos preacute-molares onde a sua curva comeccedila a se definir como
fechada Sua posiccedilatildeo deve ser impecaacutevel para natildeo interferir na MPT e natildeo dificultar a
sua accedilatildeo
b) Coffin eacute nome do idealizador deste elemento metaacutelico) confeccionado com
fio de accedilo 09 mm que une os dois lados superiores do aparelho Eacute formado por uma
grande alccedila que natildeo deve tocar o palato e por duas pequenas alccedilas que natildeo devem
estar incluiacutedas no acriacutelico Quando o objetivo for estimular o fechamento da boca a
Coffin poderaacute tocar levemente a liacutengua Deve ficar na regiatildeo dos preacute-molares
superiores o mais profundo e anterior possiacutevel Natildeo deve ser do tamanho dos preacute-
molares mas um pouco menor do que a projeccedilatildeo deles no fundo do palato Tem a
funccedilatildeo de acompanhar as expansotildees palatinas conduzir as aletas e os arcos dorsais
em suas curvas posteriores quando seguem a excitaccedilatildeo neural transversal fazer com
que a liacutengua ocupe posiccedilotildees mais posteriores e permitir maior elasticidade em todo o
aparelho Se a Coffin for muito grande o controle de sua accedilatildeo eacute difiacutecil e em alguns
casos impossiacutevel Se for muito pequena se torna riacutegida e perde a flexibilidade para
atuar como deve O plano ocupado pela grande alccedila eacute horizontal e aproximadamente
paralelo ao plano que passa pelo ponto da curva mais profundo e anteriormente
possiacutevel segundo a morfologia de cada palato perpendicular ao plano sagital isto eacute
em relaccedilatildeo agraves porccedilotildees laterais do palato natildeo devendo ter inclinaccedilatildeo para direita ou
esquerda devendo ser sempre simeacutetrico agrave rafe A retenccedilatildeo da mola mede
aproximadamente 1 cm da mesma forma que nas outras peccedilas horizontais sinuosas
sulcadas por alicates corta-fios e colocadas paralelamente ao palato abaixo das
retenccedilotildees das molas frontais Para a fixaccedilatildeo da mola coloca-se uma lacircmina de cera
que possibilite a posiccedilatildeo da Coffin sem tocar o palato isto eacute mais ou menos espessa
homogecircnea de acordo com o formato do palato Reproduzindo sobre a cera a linha da
rafe coloca-se a peccedila simetricamente a esta linha As duas pequenas alccedilas possibilitam
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
44
angulagem suficiente para entrar no acriacutelico e natildeo devem ser menores que 2 mm pois
podem sofrer fraturas (Figura 20)
Figura 20 SN1 com mola Coffin superior
c) Arco Vestibular eacute uma peccedila uacutenica e fundamental porque liga um lado
superior ao outro Eacute feita com fio de accedilo 09 mm com o auxiacutelio de uma torre onde se
dobra uma elipse que acompanha o arco dentaacuterio superior e ocupa um plano
horizontal Confere-se se a elipse estaacute totalmente horizontal colocando-se sobre a
mesa de trabalho Antes de chegar na distal dos segundos preacute-molares ou molares
deciacuteduos dobram-se as curvas chamadas laterais em direccedilatildeo ao plano oclusal O
espaccedilo entre os fios nas curvas laterais deve ser de 3 mm aproximadamente As
curvas laterais natildeo devem pressionar os dentes ou mucosa e se compotildee das partes A
e B pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao da elipse Ela natildeo deve tocar
nenhum dente A parte do fio A do Arco vestibular prolonga-se em direccedilatildeo aos dentes
anteriores obedecendo agrave elipse (Figura 21)
Figura 21 Arco vestibular
O suave toque das curvas laterais na mucosa vestibular estimula o seu
afastamento facilitando a expansatildeo A parte do fio B eacute dobrada em acircngulo reto em
direccedilatildeo palatina por um trecho chamado Travessatildeo que passa entre o canino e 1ordm preacute-
molar exceto nos casos sem preacute-molares uacutenica situaccedilatildeo que pode estar em acircngulo
agudo
Arco
vestibular
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
45
d) Travessatildeo do Arco Vestibular mede 11 mm natildeo deve ser maior que 11
mm nem menor do que 10 mm Baixa-se o fio do travessatildeo em direccedilatildeo distal
aproximando-se mais do palato pelo degrau C O travessatildeo natildeo deve tocar nenhum
dente Em posiccedilatildeo de mudanccedila de postura confere-se nos modelos se os travessotildees
ocupam um plano horizontal paralelo ao plano de arco e se estatildeo coordenados com a
curva maior dos Arcos Dorsais para permitir o deslizamento livre de uma peccedila sobre a
outra Depois de baixar o travessatildeo na direccedilatildeo do palato e ligeiramente para distal por
meio do degrau C dobra-se em direccedilatildeo posterior pela curva D e outra vez deve haver
1 cm de retenccedilotildees sinuosas e sulcadas pelo alicate corta-fio Colocadas em posiccedilatildeo
superior as retenccedilotildees das molas frontais e da Coffin paralelas e proacuteximas ao palato
possibilitam o miacutenimo de espessura das aletas As retenccedilotildees das peccedilas superiores natildeo
devem se cruzar e precisam estar totalmente cobertas pelo acriacutelico A quantidade de
cera deve ser pouca e distribuiacuteda homogeneamente cobrindo apenas a regiatildeo A do fio
aproximadamente na altura dos incisivos centrais tocando dentes ou natildeo Nessa
regiatildeo posiciona-se e fixa-se o resto da peccedila fiscalizando-se suas fronteiras e
posiccedilatildeo Se estiver indicado para o Arco Vestibular ficar longe dos dentes uma
quantidade de cera mais espessa deve ficar entre eles acompanhando toda a
extensatildeo da curva A (Figura 22)
Figura 22 Travessatildeo
Quando o Arco Vestibular toca os dentes sua accedilatildeo somada agravequela das Molas
Frontais corrige as inclinaccedilotildees e algumas giroversotildees Quando as Molas Frontais
estatildeo em grade o Arco Vestibular toca os dentes com estiacutemulo em direccedilatildeo ao palato
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
46
e) Molas frontais Laccedilos Incisais ou Laccedilos Incisais Superiores satildeo peccedilas
pares feitas de fio accedilo 0 de 8 mm com dois cotovelos A e B construiacutedos em planos
diferentes e uma curva C medindo aproximadamente 2 a 3 mm entre os dois fios que a
constituem Os cotovelos e a curva C natildeo devem tocar o palato frontal O cotovelo A
pode ser aberto ou fechado modificando somente a posiccedilatildeo da porccedilatildeo da alccedila
anterior O cotovelo B pode ser aberto ou fechado segundo a conveniecircncia e modifica
a posiccedilatildeo do resto da peccedila em bloco As molas satildeo muito importantes quando se
necessita estimular os incisivos superiores em direccedilatildeo vestibular e obter espaccedilo para
os caninos Podem-se utilizar molas frontais com prolongamentos atuando em direccedilatildeo
ao plano sagital chamados dedos que abraccedilam os incisivos por distal Dependendo do
tipo de accedilatildeo que se deseja as molas frontais tendem a funcionar como grade como
uma barreira para conduzir a liacutengua a uma posiccedilatildeo mais posterior quando os incisivos
superiores necessitam ser recuados em direccedilatildeo palatina Se estas tiverem que
estabelecer a excitaccedilatildeo neural nas faces palatinas dos incisivos conduzindo-os agrave
posiccedilotildees mais vestibulares a posiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos dentes deve ser perpendicular
ao seu eixo de inclinaccedilatildeo Em ambos os casos natildeo deve sobrepor as curvas C e nem
devem se tocar pois interferiria uma na outra e diminuiriam a accedilatildeo da mola ou grade
ferindo principalmente a papila incisiva Quando os laccedilos frontais estatildeo muito proacuteximos
podem interferir desfavoravelmente na mudanccedila de postura terapecircutica Se as curvas
estiverem muito separadas a liacutengua pode se interpor e se ferir Quando os laccedilos
frontais estiverem proacuteximos aos dentes a distacircncia correta deveraacute ser determinada
pelo perfil lateral da papila incisiva E se estatildeo posicionados muito proacuteximos a forccedila
muscular aproxima os maxilares causando a superposiccedilatildeo que interfere
desfavoravelmente na MPT Quando as molas frontais estatildeo em contato ou proacuteximas
aos dentes a distacircncia correta entre as curvas C deve ser aquela determinada pelo
perfil do colo dos incisivos centrais superiores deixando livre a papila incisiva As molas
frontais natildeo devem ferir o palato frontal portanto devem ocupar o espaccedilo adequado
podendo para que isto natildeo suceda serem horizontalizadas na porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A As molas frontais em grade devem estar com essa porccedilatildeo anterior ao
cotovelo A no plano vertical No caso de estabelecerem excitaccedilatildeo neural nas faces
palatinas de incisivos superiores para levaacute-los mais para vestibular seus cotovelos
devem estar sempre livres de acriacutelico para aumentar o estiacutemulo pela vibraccedilatildeo A
retenccedilatildeo das molas deve ser acentuada pela grande possibilidade de ativaccedilatildeo A cera
deve ser distribuiacuteda homogeneamente em pequenas quantidades preenchendo a alccedila
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
47
entre as curvas C D e os cotovelos A e B Conferir com a montagem inferior para
verificar se haacute interferecircncias com as peccedilas inferiores ou com dentes inferiores
principalmente os caninos (Figura 23)
Figura 23 Molas Frontais
f) Arcos Dorsais mandibulares ou de conduccedilatildeo inferior satildeo peccedilas pares
feitas com fio de accedilo 09 mm que asseguram uma fixaccedilatildeo permanente da oclusatildeo
funcional Devem evitar o desvio mandibular no plano vertical Quando da montagem
final deve-se tomar cuidado com a curva posterior do arco dorsal que permite seu
acesso agrave aleta A altura da curva deve ser suficiente para aproximar a retenccedilatildeo do arco
dorsal ao maxilar sem tocar nele A retenccedilatildeo eacute colocada em posiccedilatildeo posterior agraves
outras peccedilas presas na aleta sem formar um triacircngulo que invada o espaccedilo bucal
funcional o qual eacute constituiacutedo por dentes superiores e inferiores palato e arcos
dorsais Este triacircngulo eacute chamado morto pois natildeo tem finalidade e interfere no
comportamento lingual e no seu espaccedilo a liacutengua se interpotildee podendo se machucar O
triacircngulo morto impede a correta accedilatildeo do aparelho e provoca fraturas principalmente
nos arcos porque o indiviacuteduo tenta constantemente acomodar a liacutengua Quando haacute
uma mastigaccedilatildeo viciosa no lado que o indiviacuteduo natildeo mastiga a liacutengua e a mandiacutebula
tem menos forccedila movimento e haacute menor sensibilidade gustativa taacutetil dolorosa e
teacutermica Portanto desse lado haacute maior risco de cortar a liacutengua e deixar marcas A curva
posterior A do arco dorsal deve ter 1 cm de altura estar posicionada acompanhando o
palato o mais proacuteximo dele e natildeo ser incluiacuteda no acriacutelico As retenccedilotildees natildeo devem
cruzar com as outras peccedilas e o acriacutelico entre as mesmas para que a espessura da
aleta possa ser mais delicada (Figura 24)
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
48
Figura 24 Arcos Dorsais
g) Tubos Telescoacutepicos tem espaccedilo interno de 1 mm para abrigar um fio 09
mm Satildeo indicados para a MPT gradual em direccedilatildeo mesial e facilitam a troca dos arcos
dorsais sendo que o encaixe de ambos forma uma articulaccedilatildeo como rompe-forccedilas
evitando fraturas (Figura 25)
Figura 25 Tubos Telescoacutepicos
424 Meacutetodo Estatiacutestico
Comparativos entre grandezas cefalomeacutetricas de 29 indiviacuteduos portadores de
maacute oclusatildeo Classe II e que se submeteram ao uso dos SN1
Foram obtidas as medidas antes e depois do periacuteodo determinado para uso do
aparelho Para tanto foram aplicados testes t-pareados para verificar se as medidas
mudaram significativamente entre antes e apoacutes o uso
O teste t-pareado eacute indicado quando se quer comparar dois grupos de
informaccedilotildees com niacutevel de mensuraccedilatildeo numeacuterica as amostras satildeo pareadas e deseja-
se saber se em meacutedias os dois grupos satildeo diferentes Quando o valor de p for menor
ou igual a 005 dizemos que haacute uma diferenccedila estatisticamente significantequando o
p for menor ou igual a 001 ele eacute altamente significante Caso contraacuterio natildeo haacute
significacircncia
Maxwell DL Satake E Research and Statistical Methods in Communication Disorders Baltimore Williams amp Wilkins 1997
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
49
5 RESULTADOS
Com base nos valores obtidos e apoacutes avaliaccedilatildeo estatiacutestica com a aplicaccedilatildeo do
teste t-pareado nas medidas selecionadas os resultados foram obtidos na tabela
abaixo
Tabela 1 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 de acordo com as anaacutelises cefalomeacutetricas utilizadas
Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995 Jarabak SNA Desvio-padratildeo 332 340 0259 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 7425 7596 Jarabak SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 607 399 Jarabak ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 176 159 McNamara
N-Perpendicular A
Desvio-padratildeo 256 284 0527 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8929 9774 McNamara Co-A Desvio-padratildeo 345 460 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 10957 12718 McNamara Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 11683 13042 Ricketts Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 4574 4541 Ricketts Altura da Denticcedilatildeo Desvio-padratildeo 274 340 0597 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8650 8833 Ricketts
Profundundidade Facial Desvio-padratildeo
229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes N 29 29
Meacutedia 8571 8596 Ricketts Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 9174 9136 Ricketts Profundidade Maxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6097 5937 Ricketts Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 2756 3377 Ricketts Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
50
Meacutedia 6487 7478
Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior (+1)
Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 8352 8365 Schwarz Inclinaccedilatildeo Incisivo
Inferior(-1) Desvio-padratildeo
577 689 0914 Antes = Apoacutes N 29 29
Meacutedia -512 -288 Schwarz diferenccedila em mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
N 29 29
Meacutedia 6191 6184 Schwarz (Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
N 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Para avaliar os efeitos do SN1 didaticamente dividimos em tabelas menores segundo
os componentes avaliados
Tabela 2 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Maxilar
Componente Maxilar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 8032 7995
Jarabak-SNA Desvio-padratildeo 332 34 0259 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8929 9774
McNamara-Co-A Desvio-padratildeo 345 46 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 9174 9136
Ricketts-ProfundidadeMaxilar Desvio-padratildeo 263 262 0161 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6191 6184
Schwarz-(Ba-N)A Desvio-padratildeo 259 275 0832 Antes = Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Foram utilizadas as seguintes variaacuteveis
-SNA a angulaccedilatildeo mostrou-se inalterada antes e apoacutes o tratamento sem alteraccedilotildees
significantes
-Co-A (medida linear do comprimento maxilar) houve aumento nas medidas lineares
quando avaliamos antes e apoacutes tratamento de forma significante
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
51
-A Profundidade Maxilar mostrou suas angulaccedilotildees inalteradas em suas meacutedias
quando comparamos o antes e apoacutes tratamento sem alteraccedilotildees significantes
-A medida (Ba-N)A tambeacutem se apresentou constante sem alteraccedilotildees significativas
Tabela 3 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Mandibular
Componente Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 7425 7596
Jarabak-SNB Desvio-padratildeo 323 341 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 10957 1272
McNamara-Co-Gn Desvio-padratildeo 424 621 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 865 8833
Ricketts-Profundidade Facial Desvio-padratildeo 229 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia -512 -288
Schwarz-Diferenccedilaem mm Desvio-padratildeo 243 259 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
-SNB a medida da meacutedia antes e apoacutes tratamento apresentou alteraccedilotildees significativas
com aumento de sua angulaccedilatildeo
-Co-Gn (medida linear do comprimento mandibular)) apresentou aumento significante
em suas medidas lineares
-A Profundidade Facial aumentou sua angulaccedilatildeo de forma estatisticamente significante
entre o momento inicial e final avaliados
-A diferenccedila em mm (acircngulo Deve) diminuiu e apresentou alteraccedilatildeo significativa
Tabela 4 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Relaccedilatildeo Maxilo-mandibular
Relaccedilatildeo Maxilo-Mandibular Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 607 399
Jarabak-ANB Desvio-padratildeo 183 182 lt0001 Antes gt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Observamos o ANB que segundo a tabela as diferenccedilas meacutedias angulares apresentaram-se diminuiacutedas de forma significante
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
52
Tabela 5 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Vertical
Relaccedilatildeo Vertical Antes Apoacutes Teste t-pareado(p) Resultado
Meacutedia 4574 4541
Ricketts-Altura Facial Inferior Desvio-padratildeo 274 34 0597 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8571 8596
Ricketts-Eixo Facial Desvio-padratildeo 297 379 0609 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 6097 5937
Ricketts-Altura Facial Total Desvio-padratildeo 289 384 0006 Antes gt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 2756 3377
Ricketts-Arco Mandibular Desvio-padratildeo 497 291 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Temos
-A Altura da denticcedilatildeo e o Eixo Facial natildeo apresentaram alteraccedilotildees em suas angulaccedilotildees
de forma significante no iniacutecio e teacutermino do tratamento
-A Altura Facial Total teve suas angulaccedilotildees diminuiacutedas de forma significante e o arco
mandibular aumentou sua angulaccedilatildeo tambeacutem de forma significante quando avaliadas
as medidas antes e apoacutes o tratamento
Tabela 6 ndash Valores obtidos antes e apoacutes o SN1 ndash Componente Dento-alveolar
Componente Dento-Alveolar Antes Apoacutes Teste t-pareado (p) Resultado
Meacutedia 6487 7478
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Superior(+1) Desvio-padratildeo 621 555 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 8352 8365
Schwarz-Inclinaccedilatildeo Incisivo Inferior(-1) Desvio-padratildeo 577 689 0914 Antes = Apoacutes
n 29 29
Meacutedia 11683 1304
Ricketts-Acircngulo Interincisivo Desvio-padratildeo 854 822 lt0001 Antes lt Apoacutes
n 29 29
p le 005 estatisticamente significante p le 001 altamente significante
Ricketts-Altura da Denticcedilatildeo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
53
Observamos que
- A Inclinaccedilatildeo do Incisivo Superior apresentou alteraccedilatildeo de forma estatisticamente
significante com aumento de sua angulaccedilatildeo
-As angulaccedilotildees dos Incisivos inferiores natildeo sofreram alteraccedilotildees significativas
mantendo suas inclinaccedilotildees iniciais e finais desejaacuteveis
- O Acircngulo Interincisivo tambeacutem avaliado mostrou aumento significativo quando
comparadas as medidas iniciais e finais
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
54
6 DISCUSSAtildeO
A discrepacircncia maxilomandibular acircntero-posterior classificada como maacute
oclusatildeo de Classe II apresenta uma ampla aacuterea de estudos entre diversos assuntos
ortodocircnticos citados por Almeida(4) Sassouni(26) Henriques(32) Klocke(35)e Barros(57)
especialmente pelo elevado nuacutemero de indiviacuteduos que apresentam essa anormalidade
alcanccedilando iacutendices de ateacute 55 segundo Freitas(48) dos indiviacuteduos que procuram
tratamento aleacutem das diversas formas de tratamento que podem ser empregadas
dependendo de diferentes fatores envolvidos
Haacute autores que natildeo consideram a maxila como principal responsaacutevel pelo
desenvolvimento da maacute oclusatildeo de Classe II quando ela estaacute bem posicionada
McNamara(2) Riedel(20) Pfeiffer(29) Henriques(32) Maia(33) Brandatildeo(34)e Santos(51) ou
ateacute mesmo retruiacuteda em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio como Oppenheim(16) Anderson(17)
Sarhan(31) Henriques(32) Poreacutem outros autores como Anderson(17) Salzmann(19)
Fisk(21) Rothstein(27) Servoss(28) Proffit(30)e Henriques(32) demonstraram que isto se
deve ao fato de que esta maacute oclusatildeo pode resultar de uma retrusatildeo mandibular ou
uma protrusatildeo maxilar ou ateacute mesmo uma combinaccedilatildeo de ambos fatores sendo o
retrognatismo mandibular mais incidente do que a protrusatildeo maxilar como encontrado
por McNamara(2)
A maacute oclusatildeo eacute considerada esqueleacutetica quando temos o envolvimento das
bases oacutesseas e pode ser denominada dentaacuteria quando apresenta alteraccedilotildees
dentoalveolares Geralmente uma combinaccedilatildeo de fatores esqueleacuteticos e dentaacuterios
encontram-se associados podendo ser agravada de acordo funccedilatildeo anormal de laacutebios
liacutengua ou respiraccedilatildeo bucal segundo Angle(14)
As caracteriacutesticas faciais poderatildeo ser alteradas dependendo do grau de
intensidade da sobressaliecircncia apresentada e das estruturas adjacentes como os
tecidos moles que interferem na aparecircncia e na auto-estima do paciente como
relatadas por Saadia(6) e Henriques(32)
Por conta dessas inuacutemeras variaccedilotildees dentofaciais o tratamento deve ser
individualizado devendo ser realizado o diagnoacutestico e o planejamento criterioso
levando-se em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees provocadas pela utilizaccedilatildeo das terapias e
do proacuteprio crescimento do paciente segundo Ursi(5)e Costa(53)
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
55
Existem na literatura diversos trabalhos cientiacuteficos que avaliam a accedilatildeo dos
aparelhos ortopeacutedicos funcionais indicados no tratamento da maacute oclusatildeo de Classe II
esqueleacutetica por poderem promover alteraccedilotildees na maxila na mandiacutebula nos dentes e
na musculatura facial como citado por McNamara(11) Estas alteraccedilotildees devolvem a
harmonia facial funcional e consequumlentemente do sistema estomatognaacutetico segundo
Faltin(38)
De acordo com a proposiccedilatildeo do estudo os diferentes efeitos foram divididos
em toacutepicos da seguinte forma alteraccedilotildees esqueleacuteticas (componente maxilar
componente mandibular relaccedilatildeo maxilomandibular relaccedilatildeo vertical) e componente
dentoalveolar
Analisando as grandezas SNA Co-A Profundidade maxilar e Ba-NA que
foram utilizadas para a avaliaccedilatildeo das alteraccedilotildees no componente maxilar observamos
que
Em nossa amostra os acircngulos SNA (antes 80320 e apoacutes 79950)e a
Profundidade Maxilar( antes 91740 e apoacutes 91360) se mostraram constantes (antes =
apoacutes) e apesar de estatisticamente natildeo significante este resultado encontrou
concordacircncia com o de outras pesquisas na literatura como citados por Bishara(3)
Almeida(4) Mills(8) Carels(41) e Cruz(46) indicando que deslocamento anterior da maxila
acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
Outros autores como McNamara(11) e Ursi(5) afirmam que o ponto A estaacute
sujeito a alteraccedilotildees nas posiccedilotildees dos incisivos superiores podendo mascarar a
interpretaccedilatildeo do posicionamento acircntero-posterior da maxila O (Ba-N)A se manteve
sem alteraccedilatildeo significante onde antes = apoacutes ou seja antes 61910 e depois 61840)
Em relaccedilatildeo a grandeza Co-A que mede o comprimento efetivo da maxila
notou-se um aumento significativo (plt0001) que pode ser justificado pelo avanccedilo do
condiacutelio (antes 89290 e apoacutes 97740) Concordando com o resultado encontrado por
Almeida(4)
Em relaccedilatildeo aos componentes mandibulares todos apresentaram alteraccedilotildees
altamente significativas ou seja plt0001) A mandiacutebula avaliada antes do uso do SN1
apresentou-se retruiacuteda apresentando-se com uma deficiecircncia no desenvolvimento
anterior como citado por Bishara(3) Angle(14) Nelson(18) Proffit(30) Brandatildeo(34)e
Bass(37)ou retruiacuteda em relaccedilatildeo a maxila e a outros componentes cranianos como
citada por McNamara(2) Salzmann(19) Riedel(20) Henry(22) De Castro(23) King(25)
Pfeiffer(29) Henriques(32)e Maia(33) No entanto outros pesquisadores observaram que
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
56
a mandiacutebula pode apresentar-se bem posicionada divergindo da maioria dos estudos
tais como os de Anderson(17) Maj(24)e Rothstein(27)
Neste estudo foi avaliado o comportamento mandibular em relaccedilatildeo agrave base do
cracircnio pelas grandezas SNB onde plt0001 (antesltapoacutes sendo antes 74250 e depois
7596) Co-Gn (antesltapoacutes ou seja 109570 e apoacutes 12720) com plt0001 que avalia o
comprimento efetivo mandibular a profundidade facial onde plt0001 (antesltapoacutes ou
seja antes 8650 e apoacutes 88330) e o quanto a mandiacutebula foi reposicionada
corretamente pelo caacutelculo da diferenccedila em mm (onde plt0001 sendo antes -512 mm
e depois -288mm)
Como o crescimento mandibular geralmente ocorre no sentido poacutestero-inferior
com o deslocamento da mandiacutebula no sentido horaacuterio com o uso dos aparelhos
ortopeacutedicos haacute interceptaccedilatildeo desta maacute oclusatildeo estimulando ou redirecionando o
crescimento Dessa forma espera-se um aumento de todas as grandezas
correspondentes ao componente mandibular especialmente quando os aparelhos satildeo
instalados reforccedilando o encontrado em nosso estudo
Muitos autores concordaram com os resultados obtidos em relaccedilatildeo ao
aumento do acircngulo SNB pelo estiacutemulo do uso do aparelho ortopeacutedico como Bishara(3)
Mills(8) King(25) Proffit(30)e Bass(37) reforccedilando nossos resultados
As dimensotildees mandibulares representadas pelas medidas lineares Co-Gn
aumentaram significativamente assim como a Profundidade Facial e o SNB
A diferenccedila em mm reforccedilou a melhora na posiccedilatildeo mandibular em relaccedilatildeo agrave
maxila e desta em relaccedilatildeo agrave base do cracircnio de forma significativa pelo estiacutemulo no
crescimento mandibular
Neste estudo foi usado como referecircncia o acircngulo ANB para anaacutelise da relaccedilatildeo
maxilo-mandibular devido a sua larga utilizaccedilatildeo em pesquisas cientiacuteficas na aacuterea
ortodocircntica
A discrepacircncia na relaccedilatildeo maxilo-mandibular inicialmente apresentada
diminuiu significativamente apoacutes o tratamento (plt0001 sendo antes 6070 e depois
3990) devido agraves alteraccedilotildees nos componentes mandibulares promovendo a melhora da
convexidade facial
Para a anaacutelise das alteraccedilotildees no componente vertical da face foram utilizadas
as seguintes grandezas cefalomeacutetricas altura facial inferior (antes=apoacutes) eixo
facial(antes=apoacutes) altura facial total(antesgt apoacutes) e arco mandibular(antesltapoacutes)
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
57
Uma das maiores dificuldades numa maacute oclusatildeo de Classe II eacute o
comportamento das bases oacutesseas no sentido vertical porque geralmente observa-se
um excesso vertical de maxila uma rotaccedilatildeo horaacuteria da mandiacutebula e por consequumlecircncia
um aumento na altura facial acircntero-inferior com o encontrado por McNamara(211)
Maj(24) King(25)e Santos(51)
Em nossos estudos a altura da denticcedilatildeo (antes 45740 e depois 45410) o
eixo facial (antes 85710 e apoacutes 85960) natildeo apresentaram alteraccedilotildees significativas
considerando-se um efeito muito positivo (antes=apoacutes) O arco mandibular aumentou
significantemente a sua angulaccedilatildeo (antes 27560 e depois 33770 onde plt0001) e a
altura facial total diminuiu significativamente (pgt0006) em seus acircngulos (antes 6097 e
depois 59370) auxiliando nos vetores de crescimento para que se processassem de
forma equilibrada na direccedilatildeo acircntero-posterior possibilitando uma harmonia maxilo-
mandibular uma vez que houve um controle vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula verificado no aumento do acircngulo do arco mandibular
Como caracteriacutestica patognomocircnica da maacute oclusatildeo de Classe II divisatildeo 1ordf os
incisivos superiores apresentam-se vestibularizados e protruiacutedos na base oacutessea como
encontrado em nossa amostra e em outros estudos como os de Angle(1) Ursi(5) Maj(24)
King(25) Rothstein(27) Pfeiffer (29) Maia(33)e Brandatildeo(34)
Pelos resultados obtidos verificou-se que o SN1 promovem alteraccedilotildees
significantes na inclinaccedilatildeo dos incisivos superiores (antes 64870 e depois 74780
plt0001) provavelmente devido ao uso do arco vestibular tocando as faces
vestibulares Essa verticalizaccedilatildeo dos incisivos superiores foi favoraacutevel nos casos de um
trespasse horizontal acentuado
O acircngulo interincisivo apresentou um aumento significativo (plt0001) onde
antes 116830 e depois 13040 demonstrando melhora das inclinaccedilotildees interdentais Jaacute
os incisivos inferiores mantiveram suas posiccedilotildees natildeo tendo ocorrido nenhuma
vestibularizaccedilatildeo estatisticamente significante o que foi muito favoraacutevel (antes = apoacutes
ou seja antes 83520 e depois 83650)
Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada aumentando o nuacutemero de
indiviacuteduos da amostra para que possam ser agrupados segundo seus tipos faciais
Ateacute o momento natildeo houve nenhum outro trabalho semelhante a este com o
uso dos SN1 para que fosse possiacutevel comparar com os nossos resultados
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
58
7 CONCLUSOtildeES
Tendo em vista a metodologia utilizada e os resultados expostos e discutidos
pode-se concluir que com o uso do SN1 que
aumento significante do comprimento maxilar demonstra que o deslocamento
anterior da maxila acompanhou de forma satisfatoacuteria o crescimento mandibular
promoveu um estiacutemulo no crescimento mandibular com alteraccedilotildees significantes
no comprimento da mandiacutebula com o aumento do acircngulo da Profundidade Facial e no
acircngulo SNB
houve uma melhora significativa na relaccedilatildeo maxilo-mandibular demonstrada pelas
medidas do acircngulo ANB e do caacutelculo da diferenccedila em mm (relativa ao acircngulo DEVE)
ocorreu um controle do crescimento vertical com rotaccedilatildeo anti-horaacuteria da
mandiacutebula demonstrada pela altura facial total e do arco mandibular
observou-se uma correccedilatildeo do acircngulo interincisivo pela mudanccedila significante da
inclinaccedilatildeo do incisivo superior diminuiccedilatildeo do trespasse horizontal poreacutem sem
alteraccedilatildeo da inclinaccedilatildeo dos incisivos inferiores
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
59
ANEXO I ndash Protocolo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa- UNIP
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
60
ANEXO II ndash Carta de autorizaccedilatildeo para uso das radiografias para uso nesta
pesquisa
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
61
REFEREcircNCIAS
1 Angle EH Classification of malocclusion Dent Cosmos 1899 41(3)248-357
2 McNamara Jr JA Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of
age Angle Orthod 1981 51(3)177-200
3 Bishara SE Ziaja RR Functional appliances A review Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1989 95(3)250-7
4 Almeida MR Avaliaccedilatildeo cefalomeacutetrica comparativa da interceptaccedilatildeo da maacute oclusatildeo
de Classe II 1ordf divisatildeo utilizando o aparelho de Fraumlnkel e o Bionator de Balters
[tese]Bauru(SP) Faculdade de Odontologia de Bauru USP 2000
5 Ursi WJS Alteraccedilatildeo cliacutenica da face em crescimento uma comparaccedilatildeo
cefalomeacutetrica entre os aparelhos extrabucal cervical Fraumlnkel (FR-2) e Herbst no
tratamento das oclusotildees de Classe II primeira divisatildeo de Angle [tese] Bauru(SP)
Faculdade de Odontologia de Bauru USP1993
6 Saadia M Atlas de Ortopedia Facial Satildeo Paulo 2000 34-41
7 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares vista atraveacutes da Reabilitacatildeo
Neuro-Oclusal Satildeo Paulo 1985 p 74-83
8 Mills JRE The effect of functional appliances on the skeletal pattern Br J Orthod
1991 18(4)267-75
9 Simotildees WA Ortopedia Funcional dos Maxilares- Primeiros passos uacuteltimas
consequumlecircncias In RJA Cardoso EAN Gonccedilalves OrtodontiaOrtopedia
Funcional dos Maxilares Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 2002 p 294-322
10 Ricketts RM Roth RH Chaconas SJ Schullhof RJ Engel GA Orthodontics
diagnosis and planning United States of America Rocky Mountain 1982 269p
11 McNamara Jr JA A method of cephalometric evaluation Am J Orthod Dentofacial
orthop 1984 86(6) 449-69
12 Faltin Jr K Machado CR Rebecchi MCVC Valores meacutedios da anaacutelise de Schwarz-
Faltin para jovens brasileiros leucodermas com oclusatildeo normal Revista da Soc
Paranaense de Ortod 1997 3 31-42
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
62
13 Jarabak JR Fizzel JA Technique and treatment with lightwire edgewise
appliances 2nd ed St Louis Mosby 1972
14 Angle EH Malocclusion of the teeth 7 ed Philadelphia SSWhite 1907
15 Lundstroumlm AF A contribution to the discussion concerning the nature of
distoclusion Dent Cosmos 1925 27(10)956-69
16 Oppenheim A Biologic orthodontic therapy and reality Angle Orthod 1936
6(3)153-83
17 Anderson GM On the diagnosis and treatment of ldquodistocclusionrdquo Am J Orthod Surg
1946 32(1)88-94
18 Nelson WE Higley LB The length of mandibular basal bone in normal occlusion
and Class I malocclusion compared to Class II division 1 malocclusion Am J
Orthod 1948 34(7)610-7
19 Salzmann JA Criteria for extraction in orthodontic therapy related to dentofacial
development Am J Orthod 194935 584-610
20 Riedel RA The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in
normal occlusion Angle Orthod 1952 22(3)142-5
21 Fisk GV Culbert MR Grainger RM Hemrend B Moyers R The morphology and
physiology of distoclusion Am J Orthod 1953 39(15)3-12
22 Henry RG A classification of Class II division I malocclusion Angle Orthod 1957
27(2)83-92
23 De Castro N The challenge of Class II division 1 malocclusion Am J Orthod 1960
46(11)829-33
24 Maj G Luzi C Lucchese P A cephalometric appraisal of Class II and Class III
malocclusions Angle Orthod 1960 30(1)26-34
25 King TB A cephalometric study of the positional relationship of the incisors and
apical bases to each other in Class I and II division 1 Am J Orthod 1962
48(8)629-30
26 Sassouni V The Class II Syndrome differential diagnosis and treatment Angle
Orthod 1970 40(4)334-41
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
63
27 Rothstein TL Facial morphology and growth from 10 to 14 years of age in children
presenting Class II division 1 malocclusion A comparative roentgenographic
cephalometric study Am J Orthod 1971 60(6)619-20
28 Servoss JM Classification of occlusion J Dent Child 197542(1)28-30
29 Pfeiffer JP Grobeacutety D The Class II malocclusion differential diagnosis and clinical
application of activators extraoral traction and fixed appliances Am J Orthod 1975
68(5)499-543
30 Proffit WR Contemporary Orthodontics 2nd ed St Louis Mosby 1993Year Book
31 Sarhan OA Hashim HA Dento-skeletal components of Class II malocclusions for
children with normal and retruded mandibles J Clin Pediatr Dent 1994 18(2)99-
103
32 Henriques JFC Maltagliati LA Pinzan A Freitas MR Estudo longitudinal das
caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo de Classe II 1ordf divisatildeo sem tratamento em jovens
brasileiros leucodermas por um periacuteodo meacutedio de 3 anos Rev Dental Press
Ortod Ortop Fac 1998 3(3)52-66
33 Maia G Luzi C Lucchese P Estudo cefalomeacutetrico das caracteriacutesticas da maacute
oclusatildeo de Classe II1 em brasileiros da regiatildeo nordeste em fase de dentadura
mista (parte 1) Ortodontia 1998 31(2)53-68
34 Brandatildeo AMB Dominguez-Rodriguez GC Capelozza Filho L Avaliaccedilatildeo
comparativa entre as caracteriacutesticas da maacute oclusatildeo Classe II divisatildeo 1 obtidas pela
cefalometria e anaacutelise facial subjetiva Rev Dental Press Ortod Ortop Fac 2001
6(2)33-40
35 Klocke A Nanda RS Kahal-Nieke B Skeletal Class II patterns in the primary
dentition Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 121(6)596-600
36 Petrovic A Stutzmann J Ozerovic B Vidovic Z Does the Fraumlnkel appliance
produce forward movement of mandibular premolars Eur J Orthod 19824173-83
37 Bass NM Dento-facial orthopaedics in the correction of Class II malocclusion Brit J
Orthod 1982 9(1)3-31
38 Faltin Jr K A Ortopedia Funcional dos Maxilares na Ortodontia atual Colecta
1983 1(3)1-9
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
64
39 Lavergne J Petrovic A Pathogenesis and treatment conceptualization of
dentofacial malrelations as related to the pattern of occlusal relationship Normal
and Abnormal Bone Growth Basic and Clinical Research Alan R Liss Inc 1985
p393-402
40 Petrovic A A Cybernetic Approach to Craniofacial Growth Control Mechanisms
Nova acta Leopoldina 1986 58(262) 27-67
41 Carels C Van der Linden FPGM Concepts on functional appliancesrsquomode of
action Am J Orthod Dentofacial Orthop 1987 92(2)162-8
42 Petrovic A Stutzmann J Crecimiento de la mandiacutebula humana y eficacia de los
aparatos ortopeacutedicos funcionales causas bioloacutegicas de la variabilidad
interindividual Rev Asoc Argentina Ortop Func Maxilares 1986198720(59-60)23-
50
43 Petrovic AG Stutzmann JJ Aspectos referentes ao melhor momento para o
tratamento ortodocircntico Ortodontia 199326(1)p4-13
44 Barton S Cook PA Predicting functional appliance treatment outcome in Class II
malocclusions - a review Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997112(3)109-402
45 Voudouris JC Kuftinec MM Improved clinical use of Twin-block and Herbst as a
result of radiating viscoelastic tissue forces on the condyle and fossa in treatment
and long-term retention Growth relativity Am J Orthod Dentofacial Orthop
2000123(3)117-247
46 Cruz KS Henriques JFC Dainesi EA Janson GRP Efeitos dos aparelhos
funcionais na correccedilatildeo da maacute oclusatildeo de Classe II R Dental Press Ortodon Ortop
Facial 20005(4)43-52
47 Collett AR Current concepts on functional appliance and mandibular growth
stimulation Aust Dent J 200045(3)173-8
48 Freitas MR de Freitas DS de Pinheiro FH de SL Freitas KMS de Prevalecircncia das
maacutes oclusotildees em indiviacuteduos inscritos para tratamento ortodocircntico na Faculdade de
Odontologia de Bauru Rev Fac Odont Bauru 2002 10(3)164- 9
49 Chen JY Will LA Niederman R Analysis of efficacy of functional appliances o
mandibular growth Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002 122(5) 470-6
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
65
50 Baccetti T Franchi L McNamara Jr JA The cervical vertebral maturation (CVM)
method for the assessment of optimal treatment timing in dentofacial orthopedics
Semin Orthod 2005 11119-29
51 Santos MAC Caracterizaccedilatildeo cefalomeacutetrica da Classe II 1ordf divisatildeo esqueleacutetica
tese Bauru Universidade de Satildeo Paulo 2003
52 Costa LA Suguino R Aparelho de protraccedilatildeo mandibular uma nova abordagem na
confecccedilatildeo do aparelho R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2005-20064(6)16-
28
53 Cozza P Baccetti T Franchi L Toffol L McNamara JA Mandibular changes
produced by functional appliances in Class II malocclusion A systematic review
Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006129(5)e1-e4
54 Simotildees WA Simotildees Network Venezuela Odontoloacutegica 1988 54(4)37-43
55 Simotildees WAOrtopedia Funcional dos Maxilares atraveacutes da Reabilitaccedilatildeo Neuro-
oclusal 3aedSatildeo Paulo Artes Meacutedicas 2003 675p
56 Broadbent BH A new rx technique and its application to orthodontia The
introduction of cephalometric radiography Angle Orthod1931 51(2) 93-114
57 Barros CC Anaacutelise cefalomeacutetrica de McNamara in Ferreira FF Ortodontia
diagnoacutestico e planejamento cliacutenico Satildeo Paulo Artes Meacutedicas 1996 341-51
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
66
Abstract
The present study aims to evaluate cephalometrically the dentoskeletal changes in
Class II malocclusion individuals treated with Simotildees Network 1 (SN1) orthopedic
functional appliances These appliances have been used since the 80s helping
patients with Class II malocclusion Methods Twenty-nine (29) individuals treated with
Simotildees Network were selected Three linear and thirteen angular cephalometric
greatnesses were used for evaluation Results Based on the studied sample on the
methodology used and on the data obtained it was concluded that in the maxillary
components there was a statistically significant increase in the Co-A (pgt001) in the
mandibular components there was a statistically significant increase (pgt001) of the
SNB angle CoGn and maxillary depth in the maxilla-mandibular relation there was a
statistically significante decrease (pgt001) in the ANB and the difference in mm in the
vertical relations there was a statistically significant decrease in the total facial height
(pgt0001) and significant increase in the mandibular arch angle (pgt001) showing
control of the vertical growth as well as the horizontal trespass by the significant
increase of the interincisive angle (pgt001) and significant increase of the superior
incisive inclination for Schwarz and the inferior incisive inclination showed to be
inaltered We conclude that there was an effective response to the therapy employed to
correct initial malocclusion
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
Livros Graacutetis( httpwwwlivrosgratiscombr )
Milhares de Livros para Download Baixar livros de AdministraccedilatildeoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciecircncia da ComputaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia da InformaccedilatildeoBaixar livros de Ciecircncia PoliacuteticaBaixar livros de Ciecircncias da SauacutedeBaixar livros de ComunicaccedilatildeoBaixar livros do Conselho Nacional de Educaccedilatildeo - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomeacutesticaBaixar livros de EducaccedilatildeoBaixar livros de Educaccedilatildeo - TracircnsitoBaixar livros de Educaccedilatildeo FiacutesicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmaacuteciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FiacutesicaBaixar livros de GeociecircnciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistoacuteriaBaixar livros de Liacutenguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemaacuteticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterinaacuteriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MuacutesicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuiacutemicaBaixar livros de Sauacutede ColetivaBaixar livros de Serviccedilo SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo