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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA CIVIL
Élcio de Freitas Pereira Filho
ALVENARIA: Controle dos Processos Produtivos
Dezembro de 2006
Itatiba / SP 2006
Élcio de Freitas Pereira Filho
ALVENARIA: Controle dos Processos Produtivos
Monografia apresentada junto à Universidade
São Francisco – USF como parte dos requisitos
para a aprovação na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso.
Área de Concentração: Edificações
Orientador: Prof. Dr. Adilson Franco Penteado
Itatiba SP, Brasil
Dezembro de 2006
ii
EPÍGRAFE
- Viste como ergueram aquele edifício de grandeza imponente? - Um tijolo, e outro.
Milhares. Mas um a um.
- E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que pouco representam na mole
do conjunto. - E pedaços de ferro. - E operários que trabalham, dia a dia, as mesmas
horas. . .
Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente?... À força de
pequenas coisas!
(Josemaría Escrivá)
iii
SUMÁRIO
EPÍGRAFE .................................................................................................................. ii SUMÁRIO................................................................................................................... iii LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... v LISTA DE TABELAS .................................................................................................. vi LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................... vii LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................viii RESUMO.................................................................................................................... ix 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................1 1.1 CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS ..........................................5 2 RELATÓRIO ........................................................................................................6 3 PLANO OPERACIONAL PARA ALVENARIA ......................................................7 3.1.1 Plano Operacional do Spazio de la Lume .......................................................7
3.1.1.1 Estoque de Bloco.................................................................................................7
3.1.1.2 Estoque de Argamassas Ensacada..................................................................7
3.1.1.3 Estoque de Areia .................................................................................................7
3.1.1.4 Betoneiras .............................................................................................................7
3.1.1.5 Central de Produção de Caixinhas Elétricas...................................................8
3.1.1.6 Logística dos Materiais .......................................................................................9
3.1.2 Plano Operacional do Parnaso – Eco Residenza ........................................10
3.1.2.1 Estoque de Bloco...............................................................................................10
3.1.2.2 Estoque de Argamassas Ensacadas..............................................................10
3.1.2.3 Estoque de Areia ...............................................................................................10
3.1.2.4 Betoneiras ...........................................................................................................11
3.1.2.5 Central de Produção de Caixinhas Elétricas.................................................11
3.1.2.6 Logística dos Materiais .....................................................................................11
4 MATERIAIS........................................................................................................12 4.1 Especificações de Materiais para compra .....................................................13
4.1.1 Especificação Bloco de Concreto Simples ....................................................13
4.1.2 Especificação argamassa industrializada ......................................................14
4.2 Recebimento e verificação dos materiais na obra .......................................14
4.2.1 Recebimento e Estocagem de Blocos de Concreto.....................................14
4.2.1.1 Estratégias adotadas nas obras ......................................................................17
4.2.2 Recebimento e Estocagem de Argamassa industrializada em sacos ......18
5 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE ALVENARIA........................................19 5.1 Pré-requisitos para produção de Alvenaria ...................................................20
5.2 Marcação da Alvenaria .....................................................................................20
5.3 Execução de Alvenaria .....................................................................................22
5.4 Execução de Marcação e Reforços dos Vãos ..............................................24
5.5 Encunhamento da Alvenaria ............................................................................25
5.6 Conferência do Serviço executado .................................................................25
5.7 Planilha de Controle ..........................................................................................26
5.7.1 Pesos dos Serviços para a média ponderada.............................................27 5.7.2 Critérios de Avaliação adotados para as obras ............................................28
6 ANÁLISE DA PRODUÇÃO ................................................................................29 6.1 Checagem de Produção ...................................................................................29
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................31 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................32 ANEXOS A – SEQUENCIA CONSTRUTIVA ............................................................33
iv
ANEXO B – PLANILHA DO CONTROLE DO PROCESSO PRODUTIVO ................34 ANEXO C – MURAL DA QUALIDADE ......................................................................35 ANEXO D – PLANO OPERACIONAL PARNASO.....................................................36 ANEXO E – PLANO OPERACIONAL LUME.............................................................37
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Obra sem padronização ............................................................................2 Figura 1.2 Parede fora de nível .................................................................................2 Figura 1.3 Parede fora de prumo................................................................................3 Figura 1.4 Falta de organização no canteiro de obra .................................................3 Figura 3.1 Central de Produção de caixinhas elétricas ..............................................8 Figura 3.2Estoque de caixinhas elétricas ...................................................................8 Figura 3.3 Carrinho de transporte de blocos ..............................................................9 Figura 3.4 Detalhe do encaixe no carrinho nos blocos...............................................9 Figura 3.5 Baia de Agregados identificada com piso concretado.............................10 Figura 4.1 Caminhão de Blocos chegando à obra....................................................15 Figura 4.2 Esquema para conferência das dimensões dos blocos...........................15 Figura 4.3 Almoxarife fazendo a conferência na obra ..............................................16 Figura 4.4 Estoque de blocos em pallets..................................................................16 Figura 4.5 Estoque de blocos sobre lastro de brita ..................................................17 Figura 4.6 Blocos recém descarregados na obra .....................................................17 Figura 4.7 Transporte de blocos com o carrinho ......................................................18 Figura 5.1 Seqüência de execução de Alvenaria .....................................................19 Figura 5.2 Projeto de Marcação da 1ª fiada .............................................................20 Figura 5.3 Marcação de Alvenaria............................................................................21 Figura 5.4 Conduítes na Marcação de Alvenaria......................................................21 Figura 5.5 Projeto de elevação da parede com detalhamento dos locais de reforços de alvenaria e de tela de amarração .........................................................................22 Figura 5.6 Projetos de Detalhes Construtivos ..........................................................22 Figura 5.7 Detalhe do uso de colher meia cana .......................................................23 Figura 5.8 Escantilhão para Alvenaria......................................................................23 Figura 5.9 Parede 30 % Executada.........................................................................24 Figura 5.10 Alvenaria 100% Executada e andar limpo.............................................24 Figura 5.11 Detalhe da Planilha de Controle – Ações Preventivas .........................26 Figura 5.12 Critério de Avaliação dos Serviços ........................................................27
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 Tipos de bloco de Concreto por espessura............................................13 Tabela 5.1 Pesos dos Serviços conferidos para calculo da média ponderada .........27 Tabela 6.1 Produção dos Pedreiros da Obra Spazio de la Lume .............................29
vii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1.1 Porcentagem de Custos dos Serviços em Obra de Estrutura Convencional...............................................................................................................1 Gráfico 1.2 Porcentagem de Custos dos Serviços em Obra de Alvenaria Estrutural 1
viii
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
MPa: Mega Pascal
IT: Informe Técnico
PD: Procedimentos documentados
ix
RESUMO
Geralmente em construções residenciais, a alvenaria é um dos serviços de maior
custo e de grande importância, pois ela é base para outros serviços, como por
exemplo, revestimentos interno e externo. A falta de planejamento e controle de
alvenaria gera baixa produção, grande desperdício de materiais e baixa qualidade
na construção. Este estudo visa a auxiliar os construtores a planejar e controlar os
processos produtivos de alvenaria através da criação de um planejamento logístico
do canteiro, que otimiza a mão de obra; a criação de um controle de recebimento de
materiais para minimizar o desperdício de material; a criação de uma planilha de
controle de execução de alvenaria, que avalia o serviço executado, que aponta os
pontos fortes e fracos da equipe executora, além de verificar a produção e criando
um histórico que serve de base para os próximos empreendimentos.
Palavras-Chave: Processos produtivos de Alvenaria, Planejamento,
Racionalização da Construção.
1
1 INTRODUÇÃO
Ao analisar os orçamentos de obras residenciais de construção civil, observa-se que um
dos serviços de maior custo é a alvenaria, em edifícios de estrutura de concreto
tradicional chega a aproximadamente 7% e em edifícios de alvenaria estrutural este
valor chega a 16%, conforme os Grafs. 1.1 e 1.2.
P or c e nt a ge ns de Cust os de S e r v i ços pa r a Obr a s de Est r ut ur a C onv e nc i ona l
7%
28%
1%17%
0%3%
10%
8%
5%1%
6%7%
Alvenar ia
7%
Fundação Alvenar ia Estr utur a Cober tur a Instalações
Imper meabi l ização Louças / Metais / Bancadas Esquadr ias Regular ização em Massa Cer amica
Instalações Diver sas Revestimento Exter no Pintur a e Limpeza
F o n t e : Or çamento da obr a Par naso - Eco Resi denza da Rossi Resi denci al S/ A .
Gráfico 1.1 Porcentagem de Custos dos Serviços em Obra de Estrutura Convencional
Porcentagem de Custos dos Serviços em Obra de Estrutura Convencional
Porcentagens de Custos de Serviços para Obras de Alvenaria Estrutural
13%
16%
5%9%0%4%
11%
7%
4%1%
6%8%
Alvenaria16%
Fundação Alvenaria Estrutura Cobertura Instalações
Impermeabilização Louças / Metais / Bancadas Esquadrias Regularização em Massa Ceramica
Gesso Revestimento Externo Pintura e Limpeza
Fonte: Orçamento da obra Santa Felicidade da Rossi Residencial S/A.
Gráfico 1.2 Porcentagem de Custos dos Serviços em Obra de Alvenaria Estrutural
2
Além de sua importância quanto ao custo, a alvenaria serve de base para outros
serviços como revestimento externo e interno e se ela não for corretamente executada,
o construtor certamente terá prejuízos ao executar os serviços subseqüentes.
De acordo com o Manual de Alvenaria de Vedação da Rossi Residencial, as perdas de
materiais em obras não racionalizadas e planejadas chegam a 20%, por conta da
quebra no transporte, no estoque, nos erros de execução e no embutimento de
instalações, conforme Figs. 1.1 a 1.4.
Figura 1.1 Obra sem padronização
Figura 1.2 Parede fora de nível
3
Figura 1.3 Parede fora de prumo
Figura 1.4 Falta de organização no canteiro de obra
Além disto, a falta de padronização e planejamento dos serviços faz com que ocorra
baixa produtividade, mão de obra ociosa gerando uma alvenaria de má qualidade
podendo ocorrer patologias após a entrega das unidades.
4
O objetivo desta pesquisa é propor diversas medidas para que os construtores possam
executar alvenaria com mais qualidade, produtividade, otimizando a mão de obra e
minimizando os desperdícios de materiais.
Tendo em vista a padronização do processo produtivo da alvenaria será estudado
desde o planejamento do canteiro de obras e de inicio de atividades, recebimento de
materiais, execução do serviço e a conferência da qualidade.
O foco desta pesquisa será a execução de alvenaria de vedação em edifícios de
estrutura de concreto tradicional por sua alta aplicabilidade no mercado e seqüência
construtiva complexa.
O estudo será desenvolvido em duas obras da Rossi Residencial em Campinas
chamadas Spazio de Lume e Parnaso Eco Residenza, onde serão observados o
processo produtivo e a logística do canteiro de obras.
5
1.1 Caracterização Dos Empreendimentos
O primeiro empreendimento a ser estudado neste relatório será Giardino - Spazio de la
Lume localizada na Rua Santa Maria Rosselo, 905 no bairro Alto Taquaral em
Campinas. Condomínio formado por dois edifícios sendo um com nove pavimentos tipo
e outro com oito, um andar térreo e um subsolo.
Em cada andar é formado por quatro apartamentos e os andares térreos existem dois,
totalizando na Torre A trinta e oito apartamentos e na Torre B trinta e quatro,
perfazendo um total de setenta e dois apartamentos no condomínio. O empreendimento
tem 10.757,97 m² de área construída e terreno 4334,10 m².
O outro empreendimento é o Parnaso – Eco Residenza localizado na Rua Maria Emilia
Alves dos Santos de Angelis no Parque Prado em Campinas. Condomínio formado com
um edifício de quinze pavimentos tipo, um pavimento térreo e um subsolo.
Em cada andar existem quatro apartamentos totalizando sessenta apartamentos. O
empreendimento tem 11.300,95 m² de área construída e terreno 9.292,24 m².
6
2 RELATÓRIO
Ao iniciar uma obra é necessário criar o Plano Operacional, que é o planejamento
logístico do canteiro de obras. Para elaborar este projeto é necessário montar um
cronograma e adotar uma seqüência construtiva para a obra.
Segundo Silva(1999) , o planejamento logístico de uma obra envolve o manuseio de
equipamentos e materiais na obra. Definindo uma estratégia para a racionalização de
recursos materiais e humanos para cada etapa da obra.
Portanto, para conseguir montar o Plano Operacional é imprescindível planejar os
serviços a serem executados, levando em conta o armazenamento e transportes de
materiais necessários para cada atividade e possíveis centrais de produção; a
alvenaria, por exemplo, pode ser necessária uma central de chumbamento de caixinhas
elétricas ou centrais de concretagem de vergas pré-moldadas.
Depois de realizado estes estudos, as informações devem sem compiladas em um
projeto no qual irá nortear a obra com relação aos estoques e fluxo de materiais.
O fator determinante para montar o Plano Operacional é a área do canteiro, isto implica
nas dimensões dos estoques de materiais e suas formas de transporte.
7
3 PLANO OPERACIONAL PARA ALVENARIA
Para as obras deste estudo, de acordo com a seqüência construtiva no anexo A, será
necessário locar no Plano Operacional: estoque de blocos, argamassa ensacada, areia,
local para as betoneiras e central de produção de caixinhas elétricas.
3.1.1 Plano Operacional do Spazio de la Lume
Analisando a área disposta para o canteiro, acesso de veículos, meios de transportes
de materiais e cronograma da obra, a maioria dos estoques de materiais foi locado no
Subsolo das Torres (veja o projeto no anexo E).
Visando a otimização do processo produtivo foram tomadas as seguintes medidas:
3.1.1.1 Estoque de Bloco
Em função da dificuldade da entrada de veículos, por causa da altura da laje do
Subsolo, foi locado próximo ao portão.
O tamanho do estoque foi estimado em função da produção de dois dias dos pedreiros
de alvenaria (verificar a produção no item 5.1 página 29).
3.1.1.2 Estoque de Argamassas Ensacada
Foi locado em uma região próxima as betoneiras que agiliza a produção da argamassa.
3.1.1.3 Estoque de Areia
O estoque de Areia para facilitar a manobra do caminhão que transporta foi locada na
rua.
3.1.1.4 Betoneiras
As betoneiras foram dispostas em um local intermediário entre o estoque de areia,
argamassa e os guinchos carga.
8
Esta triangulação otimiza a mão de obra, pois em função da proximidade é rápido para
os serventes trazerem os materiais para a produção da argamassa e depois da
argamassa pronta é fácil de levá-la para o local de utilização.
3.1.1.5 Central de Produção de Caixinhas Elétricas
Tendo em vista execução de alvenaria simultânea nas duas torres, o local da central de
produção de caixinhas elétricas foi entre os dois blocos. Nas Figs. 3.1 e 3.2 mostram o
exemplo da central de produção de caixinhas elétricas.
Figura 3.1 Central de Produção de caixinhas elétricas
Figura 3.2 Estoque de caixinhas elétricas
9
3.1.1.6 Logística dos Materiais
O transporte horizontal de blocos será feito com um carrinho de blocos, Figs.3.3 e 3.4,
que facilita a condução dos materiais até o guincho de cargas.
Figura 3.3 Carrinho de transporte de blocos
Figura 3.4 Detalhe do encaixe no carrinho nos blocos
Para a produção de argamassa, os agregados são levados às betoneiras em padiolas,
que carrega o volume de duas latas facilitando assim na hora de fazer o traço de
argamassa.
Após bater a argamassa, ela é colocada em giricas e levada diretamente ao pavimento
onde serão abastecidas as masseiras de plástico de cada pedreiro.
O transporte de entulhos é feito com giricas e depois são descarregadas em caçambas
locadas na rua.
10
3.1.2 Plano Operacional do Parnaso – Eco Residenza
Analisando a área disposta para o canteiro, acesso de veículos, meios de transportes
de materiais e cronograma da obra, a maioria dos estoques de materiais foi locado no
Térreo da Torre (veja o projeto no anexo D).
Visando a otimização do processo produtivo foram tomadas as seguintes medidas:
3.1.2.1 Estoque de Bloco
Em função do fácil acesso de caminhões os blocos foram locados perto do guincho de
cargas.
3.1.2.2 Estoque de Argamassas Ensacadas
Foi locado em uma região próxima as betoneiras que agiliza a produção da argamassa.
3.1.2.3 Estoque de Areia
O estoque de Areia foi locada perto das betoneiras e do portão pelo fácil acesso a
caminhões, Fig. 3.5.
Figura 3.5 Baia de Agregados identificada com piso concretado
11
3.1.2.4 Betoneiras
As betoneiras foram dispostas em um local intermediário entre o estoque de areia,
argamassa e os guinchos carga.
Esta triangulação otimiza a mão de obra, pois pela proximidade é rápido para os
serventes trazerem os materiais para a produção da argamassa e depois da argamassa
pronta é fácil de levá-la para o local de utilização.
3.1.2.5 Central de Produção de Caixinhas Elétricas
Nesta obra não foi necessária a central de produção de caixinhas elétricas, pois as
mesmas serão compradas diretamente do fornecedor de blocos.
3.1.2.6 Logística dos Materiais
O transporte horizontal de bloco, assim como na outra obra, será feito com um carrinho
de blocos e levado ao pavimento através do guincho de cargas.
Para a produção de argamassa, os agregados são levados às betoneiras em padiolas,
que carrega o volume de duas latas facilitando assim na hora de fazer o traço de
argamassa.
Após bater a argamassa, ela é colocada em giricas e levada diretamente ao pavimento
onde serão abastecidas as masseiras de plástico de cada pedreiro.
O transporte de entulhos é feito através de um sistema de dutos instalados em cada
pavimento, os mesmos são interligados e na extremidade do duto é colocada uma
caçamba que recebe todo o entulho do prédio.
12
4 MATERIAIS
Após o planejamento logístico da obra é necessário adquirir o material a ser utilizado na
produção da alvenaria.
Segundo a Revista Téchne (autor do artigo??), as construções conseguem aumentar a
sua qualidade se os projetos possuírem memoriais dos produtos e materiais a serem
usados. (Téchne 96 pág. 26).
Por isso as especificações dos materiais devem ser claras e detalhadas para que a
equipe de compras consiga ter uma comunicação eficiente com os fornecedores e fazer
uma cotação objetiva.
A escolha do fornecedor deve estar baseada em preço, prazo de entrega e
conformidade dos produtos às normas relativas ao produto específico.
Afim de nunca faltar material na produção deverá ser analisado o cronograma da obra,
a produção dos pedreiros e da capacidade de entrega dos fornecedores.
Por exemplo, para blocos de concreto indica-se a estocagem mínima de dois dias de
produção dos pedreiros, já para argamassa industrializada ensacada como
normalmente é entregue na obra a carga de um caminhão por vez indica-se que seja
programada uma nova carga dez dias antes de acabar o estoque, considerando-se a
capacidade de entrega do fornecedor.
Durante a aquisição de materiais é necessário que as informações referentes às
especificações e ao controle de recebimento dos materiais em obra devem estar
documentadas e disponíveis em formulários simples e de fácil manuseio. Estes
documentos irão compor o acervo técnico da empresa, auxiliando na tomada de
decisões em escritório e na obra com relação às próximas compras de materiais.
(SOUZA & MEKBEKIAN, 1996)
“O material já adquirido e entregue na obra, obrigatoriamente deve passar pelo controle
de recebimento, que fará os registros da conformidade do produto. Estes registros
somados ás observações levantadas pelo pessoal da obra em relação ao prazo de
13
entrega e o desenvolvimento do material durante a execução, fornecerão subsídios
para a melhoria contínua de todas as etapas. Portanto, as etapas envolvidas na
aquisição e recebimento de materiais devem ser avaliadas periodicamente.” (GRUPO
DE LOGÍSTICA, 2005).
4.1 Especificações de Materiais para compra
A seguir serão apresentadas as especificações os materiais para compra.
4.1.1 Especificação Bloco de Concreto Simples
Os blocos de alvenaria de vedação deverão ser especificados segundo a
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (NBR 7173:??) “Blocos
vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural".
Na especificação devem constar as seguintes informações todas as dimensões
nominais do bloco, tipo do Bloco (Canaleta, vazado, jota, bloco elétrico, etc..) e
resistência característica à compressão do Bloco (MPa).
Os principais blocos de vedação comprados são:
Tabela 4.1 Tipos de bloco de Concreto por espessura
Espessura Tipos (espessura x altura x comprimento)
9x19x39 cm
9x19x19 cm
9x19x9 cm Blocos de 9 cm
9x19x4 cm
14x19x39 cm
14x19x19 cm
Blocos de 14
cm
14x19x9 cm
14
14x19x4 cm
19x19x39 cm
19x19x19 cm
19x19x9 cm
Blocos de 19
cm
19x19x4 cm
4.1.2 Especificação argamassa industrializada
As argamassas industrializadas para assentamento de blocos de concreto devem
atender à norma ABNT (NBR 13281:1995) – “Argamassa industrializada para
assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos – Especificação”.
Para fazer o pedido de argamassa deve ser especificado a Resistência à compressão
(MPa) desejada, teor de ar incorporado (%) e retenção de Água (%).
4.2 Recebimento e verificação dos materiais na obra
Ao chegar o material na obra o almoxarife deve verificar a existência na nota fiscal:
• No caso dos blocos de concreto, a resistência à compressão, quantidade e
dimensões dos blocos e data de fabricação.
• No caso da argamassa industrializada, a data de fabricação e validade,
quantidade e tipo da argamassa.
Em caso de não haver as especificações pedidas a carga deverá ser rejeitada.
4.2.1 Recebimento e Estocagem de Blocos de Concreto
Conferida a nota fiscal do material, o almoxarife deve fazer inicialmente uma verificação
visual objetivando detectar a presença de blocos quebrados, arestas vivas com trincas,
fraturas nos blocos, deformações e falta de homogeneidade (Revista Téchne 96 pág.
15
27 e Alvenaria de blocos de Concreto, Grupo de logística pág. 15). Esta inspeção
fornece uma rápida e eficiente conclusão a respeito do lote do material a ser
descarregado.
Figura 4.1 Caminhão de Blocos chegando à obra
Sendo aceito o lote de blocos através da inspeção visual deve ser feita a verificação
quanto as dimensões.
Para fazer este teste basta dispor dez blocos em fileira e mede-se a altura, o
comprimento e largura conforme Figs. 4.2 e 4.3. Os valores médios devem estar entre
três milímetros a mais e dois milímetros a menos.
Figura 4.2 Esquema para conferência das dimensões dos blocos
16
Figura 4.3 Almoxarife fazendo a conferência na obra
Se as amostras passarem em todas as verificações, a carga deve ser aceita e estocada
no local mostrado no plano operacional da obra (ver o plano operacional das obras
anexa).
Os blocos devem ser estocados em locais onde não há contato com o solo e com a
chuva (IT 13/99 Rossi Residencial S/A). Se ele for estocado em ambiente externo deve
ser feito um lastro de brita ou um cimentado e serem cobertos com lona, prevenindo
assim contra umidade, Figs. 4.4 e 4.5.
Figura 4.4 Estoque de blocos em pallets
17
Figura 4.5 Estoque de blocos sobre lastro de brita
As pilhas de blocos devem ter no máximo dois metros de altura e cinco metros de
comprimento.
Visando utilizar o bloco perto de sua resistência a compressão final, eles devem ser
consumidos em ordem cronológica de recebimento e após vinte e um dias de
fabricação.
4.2.1.1 Estratégias adotadas nas obras
Para as obras objetos deste estudo foram adotadas a altura das pilhas de sete a doze
blocos que facilitou o transporte nos carrinhos de blocos e evitando que os blocos
inferiores se quebrassem no transporte , conforme Figs. 4.6 e 4.7.
Figura 4.65 Blocos recém descarregados na obra
18
Figura 4.7 Transporte de blocos com o carrinho
4.2.2 Recebimento e Estocagem de Argamassa industrializada em sacos
Segundo o PD 8 da Rossi Residencial na hora do recebimento do material deve-se
verificar a existência de sacos rasgados, furados ou molhados e a existência de sacos
com a argamassa empedrada.
A amostra para verificação deve ser de 15 % do carregamento.
Caso mais que 50 % da amostra apresentem os problemas acima citados deve-se
rejeitar a carga.
A argamassa industrializada deve ser estocada em local protegido da ação do tempo. O
empilhamento deve ser feito de acordo com a especificação do fabricante não
excedendo a 15 sacos de altura. Para manter a integridade da pilha os sacos devem
ser dispostos de maneira “entrelaçada”. (PD 8.9 da Rossi Residencial)
19
5 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE ALVENARIA
Após planejamento logístico do canteiro, comprar e estocar os materiais há a
necessidade de fazer um planejamento da produção de Alvenaria.
Primeiramente, deve-se dimensionar as equipes de pedreiros de acordo com o
cronograma e seqüência construtiva previamente elaborada junto com o Plano
Operacional.
Para a execução de cada pavimento tem-se na Fig. 5.1 as principais atividades a serem
executadas.
Verificação dos Pré-requisitos mínimos para execução de
Alvenaria
Marcação de Alvenaria
Marcação dos Vãos (gabaritos)
Execução de
Alvernaria
Execução de Reforços (vergas, contra-
vergas, etc..)
Execução de Encunhamento
Recebimento dos Serviços Executados
Figura 5.1 Seqüência de execução de Alvenaria
20
5.1 Pré-requisitos para produção de Alvenaria
De acordo com o Grupo de Logística antes de iniciar a execução de alvenaria em
algum pavimento deve-se verificar:
• Projeto de Alvenaria
• Local limpo (sem entulhos ou restos de materiais do serviço antecessor)
• Estrutura completa, pronta e limpa (sem escoras, formas, incrustações, pregos,
arames, etc..).
• Verificação dos Materiais e Ferramentas a serem utilizados
• Preparação dos gabaritos
• Chapisco no fundo das vigas e nos pilares
5.2 Marcação da Alvenaria
Antes de marcação propriamente dita deve-se esticar as linhas de eixo rigorosamente
segundo o projeto de Alvenaria, Fig. 5.2
Figura 5.2 Projeto de Marcação da 1ª fiada
21
Para a execução do serviço é necessário que existam no projeto as cotas de cada
parede em relação ao eixo, as medidas acumuladas, os ângulos e esquadros.
Por ser a primeira fiada, a marcação de alvenaria deve ser feita cautelosamente, pois
todo o resto do fechamento depende do serviço.
Para uma melhor precisão deve ser usada trena metálica e não metros de madeira ou
trenas de fita, pois estas favorecem o erro na medição.
Figura 5.3 Marcação de Alvenaria
Deve-se ficar atento na execução da marcação com relação com os desníveis que a
laje pode apresentar e com o esquadro das paredes.
É indispensável o acompanhamento de um eletricista em todas as etapas da alvenaria,
pois eles já colocam os conduítes nas paredes e mostra onde haverá caixinhas,
minimizando assim as quebras e cortes no decorrer da execução , Fig. 5.4.
Figura 5.4 Conduítes na Marcação de Alvenaria
22
Antes de dar prosseguimento da produção, a marcação deve ser conferida.
5.3 Execução de Alvenaria
A partir da Marcação, as paredes devem ser executadas de acordo com o projeto de
modulação de alvenaria seguindo suas recomendações como: reforços nos vãos,
vergas e contravergas, contramarcos, blocos calanetas e pontos de grautes, Figs. 5.5 e
5.6.
Figura 5.5 Projeto de elevação da parede com detalhamento dos locais de reforços de alvenaria e de tela de amarração
Figura 5.6 Projetos de Detalhes Construtivos
Cada pedreiro deve ter seu caderno de projetos e suas ferramentas aferidas.
As ferramentas mais indicadas para executar alvenaria com menor desperdício de
materiais: bisnaga de pano e colher de pedreiro meia cana , conforme Fig. 5.7.
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Figura 5.7 Detalhe do uso de colher meia cana
O escantilhão deve ser usado no auxilio para executar os vãos de porta e cantos de
parede. Ele ajuda a executar a parede no prumo e no nível, Fig. 5.8.
Figura 5.8 Escantilhão para Alvenaria
Indica-se para facilitar na limpeza e transporte, o uso de caixotes de plástico para
estocar a massa no andar e o uso de lona plástica ao lado da parede a ser executada.
A alvenaria deve ser conferida aos 30 %, 60% e 100% da execução, Figs. 5.9 e 5.10.
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Figura 5.9 Parede 30 % Executada
Figura 5.10 Alvenaria 100% Executada e andar limpo
5.4 Execução de Marcação e Reforços dos Vãos
Para facilitar a marcação dos vãos de portas e janelas deve ser utilizado gabarito.
Este gabarito garante uma homogeneidade e precisão das dimensões, agilizando assim
o processo e ganhando qualidade.
Estes reforços de vãos na alvenaria devem estar discriminados nos projetos de
alvenaria e serem executados fielmente, pois assim evitará patologias futuras.
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5.5 Encunhamento da Alvenaria
O encunhamento é um ponto muito importante na alvenaria de vedação pois ele é feito
na interface de ligação entre estrutura e alvenaria, se não for bem executada gera
patologia.
Segundo a Comunidade da Construção, deve-se evitar a transmissão de esforços da
estrutura para a alvenaria para que isso ocorra deve-se verificar as especificações de
projeto quanto:
• Ao tipo de encunhamento: argamassa pobre (com baixo consumo de cimento) ou
espuma expansiva
• Forma e seqüência construtiva
• Prazos de execução em relação aos carregamentos da estrutura
5.6 Conferência do Serviço executado
A conferência da alvenaria é fundamental e indispensável para atestar que o serviço foi
executado corretamente e que não trará problemas para o serviço subseqüente.
Antes do inicio dos serviços deve ser realizada uma reunião com a equipe de pedreiros
e nela deve ser discutida como deve ser feita a alvenaria, o que será observado e como
será conferido, quais as exigências quanto a transporte de materiais, limpeza e
organização da obra.
A reunião faz-se necessária para que a equipe na hora da execução e da conferência
esteja ciente das exigências e eles se policiarão mais, diminuindo a quantidade de erros
e aumentando a qualidade do serviço executado.
Na Rossi Residencial é utilizada uma planilha para controle dos processos produtivos,
ela tem por objetivo fazer uma análise crítica do serviço executado, checar a produção
e verificar os erros mais freqüentes nas obras, dando para avaliar a execução da
alvenaria por completa. (Veja a planilha no anexo B)
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Nas duas obras observadas neste estudo mostrou ser uma ferramenta eficiente no
controle do processo e os resultados desta análise serão vista a seguir.
5.7 Planilha de Controle
A planilha tem em seu cabeçalho o nome da obra, torre, n° do pavimento, etc.. que são
preenchidos de acordo com o critério de avaliação a ser escolhido pela obra. Por
exemplo: podemos fazer a conferência e avaliação por apartamento, por pedreiro, por
empresa ou por andar.
Como pode ser observada, a planilha é dividida em duas partes principais: ações
preventivas e inspeção.
As ações preventivas são formadas por duas colunas: preparação dos serviços, que
são uma checagem de todos os materiais e ferramentas necessários para a execução;
e pré-requisitos para o serviço, que são os serviços que já deveriam ter sido
anteriormente executados.
Figura 5.11 Detalhe da Planilha de Controle – Ações Preventivas
O campo das ações preventivas serve de alerta para a administração da obra quanto a
programação de compra e estoque de materiais bem como a programação dos prazos
de cada serviço, para que não atrase o inicio de cada etapa da obra.
O campo inspeção é realmente a checagem do serviço executado. Para uma melhor
avaliação a alvenaria deve ser conferida em 4 etapas principais: na marcação, em 30%
das paredes executadas, 60% e 100%.
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Para cada item deve ser dada uma nota de 1 a 5 de acordo com a qualidade que o
serviço apresenta.
Figura 5.12 Critério de Avaliação dos Serviços
Por exemplo, ao conferir prumo em um apartamento observa-se que uma ou duas
paredes fora de prumo. Dependendo de quantos milímetros estiver fora deve-se aplicar
uma nota 4 ou 3, pois este critério de avaliação é muito importante e gera um retrabalho
e por conseqüência um custo a mais.
No final da avaliação faz-se uma média ponderada de todos os valores chegando a um
valor que será a avaliação final do lote conferido.
5.7.1 Pesos dos Serviços para a média ponderada
Dependendo da importância de cada item conferido é adotado um peso que vai de 1 a
3 para o calculo da media ponderada.
Os pesos dos itens podem ser vistos na Tab.5.1.
Tabela 5.1 Pesos dos Serviços conferidos para calculo da média ponderada
Critérios de Avaliação Pesos Há cordão duplo nas juntas horizontais 1 Há cordão duplo nas juntas verticais (ext) 1 Espessura das juntas é <= 1 cm 1 Juntas secas verticais são < 3 mm (int) 1 Ausência de cacos de blocos 1 Amarração entre alvenarias está conforme projeto 3 Grauteamento está conforme o projeto 2 Posição das caixinhas está conforme o projeto 2 Régua colada, f < 3 mm 3 Prumo Geral, f < 3 mm 3 Esquadro nas áreas frias 3 Vergas estão conforme projeto 2 Tomada da ultima junta < 3 cm 1 Vão de portas gabaritados 2
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Limpeza 2
5.7.2 Critérios de Avaliação adotados para as obras
Ambas as obras optaram por ter uma avaliação por apartamento. Como a equipe foi
dimensionada com um pedreiro por apartamento consegue-se também ter uma
avaliação por pedreiro.
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6 ANÁLISE DA PRODUÇÃO
Após a verificação dos serviços com a planilha consegue-se medir a produção de cada
pedreiro e qualidade do serviço que ele executa, fazendo uma analise critica com
relação aos seus pontos fortes e fracos.
É interessante após fazer a conferência do serviço, conversar com o pedreiro e mostrar
seus pontos bons e suas falhas, para que haja uma melhoria contínua dos serviços.
A partir também desta planilha pode ser montado um mural na qual aparece o numero
do apartamento, o nome do pedreiro que executou e sua respectiva nota (Veja o mural
do Spazio de la Lume anexo).
Este mural deve ser colocado em local de acesso a todos para que a equipe veja as
suas notas e para que crie um clima de “competição” entre os pedreiros no sentido de
um querer melhorar sua nota com relação ao outro, aumentando assim a qualidade do
serviço executado.
6.1 Checagem de Produção
Na planilha de controle está discriminado a data de inicio e fim da execução de cada
apartamento. Se dividirmos a quantidade de alvenaria por m² de cada apartamento pela
quantidade de dias gastos na execução teremos a produção dos pedreiros.
Na planilha abaixo está discriminada a produção dos pedreiros da Obra Spazio de la
Lume usando o método de cálculo anterior.
Tabela 6.1 Produção dos Pedreiros da Obra Spazio de la Lume
Produção da Equipe - Borges Alvenaria Produção da Equipe - JJG Pedreiro Produção Pedreiro Produção Sebastião 22,37 m² Cosme 21,33 m² Mauro 21,46 m² Damião 25,21 m² Pelé 19,25 m² Jailson 22,43 m² Carlos 15,75 m² Geraldo 21,75 m² João Borges 18,85 m²
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A checagem de produção é importante para o construtor, ao fazer um novo
empreendimento, possa fazer um cronograma de obras mais fiel e embasado em um
documento.
Além disso a verificação da produção auxilia para o dimensionamento da equipe,
importante para obras em que utiliza a mão de obra terceirizada.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos dias de hoje, para conseguirmos construir com mais qualidade, produtividade e
com um custo razoável temos que passar a planejar cada fase da obra e ter um
controle sobre cada processo produtivo.
Por isso a importância de montar o Plano Operacional auxilia na organização do
canteiro bem como no fluxo dos materiais e o planejamento das formas de transportes.
Quanto aos materiais a serem utilizados, é necessário uma especificação clara para
que haja uma compra objetiva. Após a compra, a obra deve fazer uma verificação se o
material tem qualidade e se foi entregue na data certa e dar um feed back a equipe de
compradores.
A execução do serviço necessita de um acompanhamento efetivo por parte da
administração da obra por isso foi proposto a utilização de uma planilha que sintetiza
todo o processo produtivo de alvenaria. Dela consegue extrair a produção da equipe,
uma classificação da equipe quanto aos pontos fortes e fracos, gerando um histórico
que pode ser aplicado em outras obras.
Neste estudo foi proposto controles para alvenaria, mas os demais serviços também
requerem um acompanhamento mais eficiente.
Muitas vezes a falta de acompanhamento gera patologia. As patologias em alvenaria
ocorrem, segundo a Revista Téchne, em maior quantidade no ponto de contato entre
alvenaria e a estrutura.
Para prevenir é necessário mais atenção, principalmente, com relação a execução da
marcação e encunhamento, que são serviços muitas vezes desprezados por quem
executa a obra.
Os reforços de alvenaria se não forem bem executados também geram patologias, por
isso o construtor deve avaliar o processo produtivo desde o projeto até a execução.
Toda a equipe que faz parte da execução do serviço deve ter a mesma informação,
devem saber o funcionamento de todo o processo produtivo, pois assim minimiza-se o
erro executivo, conseguindo melhor qualidade na execução.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas- NBR 7173 - Blocos Vazados de concreto
simples para alvenaria sem função estrutural. Rio de Janeiro
Associação Brasileira de Normas Técnicas- NBR 13281 – Argamassa para
assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos. Rio de Janeiro 1995
Caderno 0 – Canteiro: Arranjo Físico. São Paulo: Rossi Residencial S/A 2001
Caderno 2 - Vedações. São Paulo: Rossi Residencial S/A 2001
Grupo de trabalho: Logistica, Alvenaria de blocos de concreto. Comunidade da
Construção, Campinas
Informe Técnico 13/99 (IT 13/99). São Paulo: Rossi Residencial S/A 1999
Informe Técnico 14/99 (IT 14/99). São Paulo: Rossi Residencial S/A 1999
Procedimentos Documentado 8 (P.D. 8). São Paulo: Rossi Residencial S/A 2005
Silva F.B. Conceitos e Diretrizes para organização logística em empresas
construtoras de edifícios. 1999. Dissertação de Mestrado – Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo, São Paulo 1999
Souza, R., Mekbekian, G. Sistema de gestão da qualidade para empresas
construtoras. Editora Pini, São Paulo 1995
Souza, R., Mekbekian, G. Qualidade na aquisição de materiais e execução de
obras. Editora Pini, São Paulo 1996
TÉCHNE. Materiais – Recebimento e controle. Editora Pini, Ed. 96- mar/2005
TÉCHNE. Deformações Estruturais. Editora Pini, Ed. 97- abr/2005
TÉCHNE. Fissuras do ultimo pavimento. Editora Pini, Ed. 99- jun/2005