Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no...

20
2014|2015 Ano XVI nº1 1ª Tiragem Escola Secundária de Rio Tinto O Dia da Restauração da Independência No dia 1 de dezembro, que já foi feriado em Portugal, celebrou-se a Restauração da Independência. Tudo começou no século XVI, no reinado de D. Sebasão, que morreu em 1578 na batalha de Alcácer Quibir, deixando Portugal sem rei, já que não deixara herdeiros diretos para a coroa portuguesa. Assim sendo, subiu ao trono o cardeal D. Henrique, o-avô de D. Sebasão, que não reinou mais de dois anos devido ao descontentamento de alguns portugueses. Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como novo rei de Portugal por ser filho da infanta D. Isabel e neto do rei português D. Manuel.Este foi o primeiro dos reis espanhóis que,durante 60 anos, ocuparam o trono de Portugal. Descontentes com as injusças de que eram alvo, alguns portugueses acabaram por revoltar-se e, no primeiro dia de dezembro, derrubaram o governo filipino, chamando ao trono o duque de Bragança, D. João IV. Universidade Sénior de Rio Tinto: um projeto com futuro Diogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade Sénior, a Universidade Sénior de Rio Tinto. A mesa da sessão inaugural contou com a presença da diretora da escola, Dra. Luísa Pereira, com o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Dr. Marco Marns, o presidente da RUTIS, Dr. Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto (e agora reitor da Universidade), Nuno Fonseca. Este projeto, considerado “fundamental para uma cidade como Rio Tinto”, segundo o reitor da Universidade, Nuno Fonseca, é dinamizado pela Junta de Freguesia de Rio Tinto e pela RUTIS, em parceria com a ESRT e a Escola da Carreira e oferecerá aulas teóricas e prácas que vão de cursos de Línguas até aulas de Teatro. p.16 Concurso Nacional de Leitura No dia 15 de dezembro pelas 15 horas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade parciparam no Concurso Nacional de Leitura, primeira fase, a nível de Agrupamento de Escolas. p. 7 Ciência e ensino superior sob assalto Nos úlmos meses, tem-se assisdo a discussões profundas sobre o financiamento das Universidades e dos centros de invesgação devido às medidas de austeridade impostas pelo Governo e à desastrosa avaliação feita pela European Science Foundaon (ESF) para a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Estes assuntos devem ser acompanhados com a devida atenção, pois são sinais gravíssimos dos tempos atuais, em que o futuro de Portugal (mas não só deste país, pois o que se passa aqui é parte de um fenómeno mais alargado) está a ser hipotecado devido à visão ideológica de algumas correntes de Direita, aparentemente, presentes no Governo. p. 10

Transcript of Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no...

Page 1: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

2014|2015Ano XVI nº1 1ª Tiragem

Escola Secundária de Rio Tinto

O Dia da Restauração da IndependênciaNo dia 1 de dezembro, que já foi feriado em Portugal, celebrou-se a Restauração da Independência.Tudo começou no século XVI, no reinado de D. Sebastião, que morreu em 1578 na batalha de Alcácer Quibir, deixando Portugal sem rei, já que não deixara herdeiros diretos para a coroa portuguesa. Assim sendo, subiu ao trono o cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião, que não reinou mais de dois anos devido ao descontentamento de alguns portugueses.Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como novo rei de Portugal por ser filho da infanta D. Isabel e neto do rei português D. Manuel.Este foi o primeiro dos reis espanhóis que,durante 60 anos, ocuparam o trono de Portugal.Descontentes com as injustiças de que eram alvo, alguns portugueses acabaram por revoltar-se e, no primeiro dia de dezembro, derrubaram o governo filipino, chamando ao trono o duque de Bragança, D. João IV.

Universidade Sénior de Rio Tinto: um projeto com futuroDiogo Monteiro, 9ºD

No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade Sénior, a Universidade Sénior de Rio Tinto. A mesa da sessão inaugural contou com a presença da diretora da escola, Dra. Luísa Pereira, com o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Dr. Marco Martins, o presidente da RUTIS, Dr. Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto (e agora reitor da Universidade), Nuno Fonseca. Este projeto, considerado “fundamental para uma cidade como Rio Tinto”, segundo o reitor da Universidade, Nuno Fonseca, é dinamizado pela Junta de Freguesia de Rio Tinto e pela RUTIS, em parceria com a ESRT e a Escola da Carreira e oferecerá aulas teóricas e práticas que vão de cursos de Línguas até aulas de Teatro. p.16

Concurso Nacional de LeituraNo dia 15 de dezembro pelas 15 horas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade participaram no Concurso Nacional de Leitura, primeira fase, a nível de Agrupamento de Escolas. p. 7

Ciência e ensino superior sob assaltoNos últimos meses, tem-se assistido a discussões profundas sobre o financiamento das Universidades e dos centros de investigação devido às medidas de austeridade impostas pelo Governo e à desastrosa avaliação feita pela European Science Foundation (ESF) para a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Estes assuntos devem ser acompanhados com a devida atenção, pois são sinais gravíssimos dos tempos atuais, em que o futuro de Portugal (mas não só deste país, pois o que se passa aqui é parte de um fenómeno mais alargado) está a ser hipotecado devido à visão ideológica de algumas correntes de Direita, aparentemente, presentes no Governo. p. 10

Page 2: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

2 ∙ Leitura sem dogmas

Biblioteca: quem é e para onde caminhaManuela Durão prof.

A Biblioteca é o conjunto de todos aqueles que lhe dão vida diariamente: alunos, professores, funcionários, comunidade educativa. Se perder esta dimensão humana, que a enriquece, dinamiza e lhe dá alma, transforma-se num depósito de livros e equipamentos informáticos. Hoje, a biblioteca é chamada a desempenhar novos papéis. A produção exponencial de saber(es), a rápida obsolescência do conhecimento, assim como a sua fragmentação, coloca novas questões e impõe a mudança de paradigma das bibliotecas como as entendemos até ao presente. Deixou de ser um repositório de livros para se transformar num centro de recursos multimédia de acesso livre destinado à consulta e produção de informação em suportes variados. Trata-se de um local promotor do desenvolvimento de competências literácicas, de pesquisa, seleção, recolha, manuseamento, organização e aprendizagem do uso adequado da informação e da sua posterior aplicação na vida ativa. A biblioteca reivindica, assim, um papel cada vez mais central e determinante na construção do saber. Creio, porém, que a maior riqueza da nossa biblioteca reside no entendimento alargado que faz do conhecimento e que resulta no aproveitamento de todos os trabalhos dinamizados/produzidos pelos alunos e colegas professores e se lhes dá visibilidade. Um dos principais motivos que leva os miúdos à biblioteca repetidamente é o facto de se reverem em muito do que lá está feito ou exposto, porque foi, efetivamente, realizado por eles. A organização de eventos abertos à comunidade, como mostras temáticas e exposições de trabalhos dos alunos, a Feira do Livro, a colaboração com instituições locais, em particular a BMG, nomeadamente na dinamização anual da Semana Concelhia da Leitura ou a participação em concursos e projetos são outras formas de exteriorizar o que se vai fazendo. Todavia, o marketing direto e personalizado é a estratégia mais profícua para interagir e fidelizar os utentes, originando contactos frequentes e relações duráveis. Assim, todos os anos, “A BE vai à turma” procura dar a conhecer, passo a passo, as valências da BE junto dos alunos recém-chegados, mostrando que se trata de um espaço de pesquisa, investigação, cultura e lazer, indissociável de uma aprendizagem bem-sucedida e orientada para o futuro. Tem-se procurado criar nos alunos um sentimento de pertença a este espaço para que a sua frequência e, por consequência, o ato de leitura não seja apenas uma obrigação mas corresponda a uma necessidade intrínseca, sentido como ato lúdico e de prazer.A BE/CRE da ESRT é uma referência para os alunos, apresentando-se como uma instituição solidamente implementada e de reconhecimento cultural na escola. A perseverança no desenvolvimento de estratégias conducentes à formação de mais e bons leitores que, muitas vezes, apenas a longo prazo geram frutos, assim como o esforço dos recursos humanos para a atualização de conhecimentos são práticas que norteiam o trabalho que lá se pratica num processo de busca da melhoria e da qualidade. A ‘nossa’ biblioteca assume-se como espaço de partilha, comunicação e divulgação do trabalho e da criatividade dos que a vivem e constroem.Como preconiza a IASL na sua Declaração sobre Bibliotecas Escolares “A sociedade que investe na biblioteca escolar investe no seu próprio futuro”. (IASL, 1993) Há muito que a ESRT aposta no futuro.

editorial José Luís Fernandes, 12º A

Neste momento, prevejo um futuro benéfico para o meu país.Faço parte daquela velha geração que pensa que Portugal tem futuro desde que haja boa vontade, perseverança e espírito aberto e crítico. Se pensarmos em diversos aspectos como o turismo, a ciência, a arquitetura… então compreenderemos que Portugal está no bom caminho. Sei que alguns portugueses não concordam com esta minha visão, mas, para eles gostaria de deixar uma mensagem de confiança e esperança porque a Nação conta também com eles.

Page 3: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 3

Manuel Feliciano, prof.

Depois de afastado durante algum tempo da Escola Pública, por questões políticas, o Francês veio para ficar. Os alunos de hoje têm a liberdade de poder escolher, entre outras línguas, a língua Francesa. O Francês representa a oportunidade de os alunos ficarem associados a um universo de uma língua que tem por volta de 500.000.000 de falantes, que não engloba por si só, a França enquanto nação, mas também a Francofonia, no que concerne as ex-colónias francesas e uma vasta comunidade de pessoas singulares, que se dedicam ao estudo da cultura e língua francesas. Desta forma, estudar o Francês constitui o privilégio de poder abarcar um vasto território geográfico, cultural e linguístico.A língua dos grandes escritores, Balzac e Vítor Hugo, do amor e da doçura das palavras, da moda Paris, dos perfumes, Coco Chanel e Hugo Boss, dos chocolates, Côte D’or, dos pintores, Henri Matisse, e Édouard Manet, está para ficar.Herdeira da Revolução Francesa, representativa da vanguarda e da modernidade, a língua francesa não se pode dissociar da constituição universal que vigora por esse mundo fora, da declaração dos direitos do homem, da igualdade, liberdade e fraternidade, que tanto contribuiu para o progresso e humanização da própria Europa e do mundo.Além disso, detentora de uma visão futurista que impera os avanços tecnológicos de ponta, que tanto fazem evoluir o mundo, sendo exemplos disto, o TGV, relativo aos transportes ferroviários, o Airbus com prevalência na aviação aérea, e ainda marcas concernentes à industria automóvel tais como a Renault, Citroen, e Peugeot, tendo esta última, para benemérito de Portugal, fixado uma multinacional em Mangualde, empregando assim, uma vasta comunidade local, de extrema utilidade económica para o país. De facto, o espírito empreendedor da França em Portugal encontra-se ao virar da esquina, basta olhar de forma mais atenta para as marcas: Alcatel, Danone, Le Coq Sportif, Lacoste, E.Eleclerc, Decathlon, Axa, Cofidis… com significado económico para o país, o que nos leva a admitir, com grau elevado de certeza, que “La France, c’est Partout.”Com efeito, a França, ainda num passado histórico bem recente, soube acolher bem os refugiados políticos no período do Estado Novo e, posteriormente, as várias vagas

de emigração, em razão de graves crises económicas que assolaram Portugal, sucedendo que, foram muitos os que rumaram até França em busca de uma vida melhor, não dista ainda muito tempo em diferentes intervalos. Em suma, ela tem sido garante de trabalho, permitindo abrir novas oportunidades para os portugueses dentro e fora de portas e constituindo uma mais-valia para a inovação do mundo. Logo, o Francês, símbolo de humanismo cultura e modernidade, merece por parte da comunidade estudantil o encanto, interesse e dedicação.

10 boas razões para aprender francês!1- O francês: uma língua falada no mundo inteiro: mais de 500 milhões de pessoas falam francês nos cinco continentes;

2- O francês: uma língua para encontrar emprego: o conhecimento do francês é a chave que abre as portas das empresas francesas existentes um pouco por toda a parte;

3- O francês:uma língua para viajar;

4- O francês: uma língua para estudar em países francófonos;

5- O francês: a outra língua das relações internacionais;

6- O francês: uma língua que abre portas para o mundo, sendo a terceira mais usada na internet;

7- O francês: uma língua fácil de aprender;

8- O francês:uma língua que facilita a aprendizagem de outras línguas;

9- O francês: a língua do amor e da mente;

10- O francês: a língua da cultura. Conhecer a língua francesa significa ter acesso, em versão original, a grande textos escritos em língua francesa, bem como ao mundo da moda, da gastronomia, do cinema e da música.

O Francês veio para ficar na escola pública

Page 4: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

4 ∙ Leitura sem dogmas

Pink octoberJosé Luis Fernandes, 12º AYuliya Dtasenko, 11º N

A 30 de outubro comemorou-se o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, estimando a Liga Portuguesa Contra o Cancro que, na Europa, surjam todos os anos 430 000 novos casos e que, uma em cada 10 mulheres, venha a desenvolver a doença antes dos 80 anos. Qual a importância desta data?Simplesmente porque a incidência de cancro tende a aumentar. Estima-se que o número de casos de cancro e mortes por ele provocados a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20-40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento, os menos preparados para lidar com o impacto social e económico da doença. Em estreita colaboração com a Aliança NCD, a UICC desempenhou um papel fundamental para alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS): redução de 25% no número de mortes prematuras por doenças não transmissíveis em 2025. No entanto, cerca de um terço dos casos de cancro poderiam ser evitados e o Dia Mundial do Cancro é a oportunidade ideal para espalhar a palavra entre as pessoas e nos meios de comunicação do mundo.Em que consiste esta doença?O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário, sendo mais frequente nas mulheres, podendo também atingir os homens. Comemorando o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, pretende-se sensibilizar a população para uma mudança de atitude e comportamento perante a doença e, em simultâneo, prestar informação sobre prevenção, diagnóstico, rastreio e tratamento do cancro da mama.A Escola Secundária de Rio Tinto, este ano, decidiu comemorar esta data importante com a iniciativa do «Pink october», propondo aos alunos e professores que trouxessem uma peça de vestuário rosa e, na escadaria da entrada principal, tirassem uma fotografia conjunta. A atividade foi dinamizada pela professora Márcia Pacheco e pelos alunos Andreia Reis, Beatriz, José Luís Fernandes, Inês Rios, Mariana Santos, Soraia, Patrícia, Tatiana Lachado, Vanessa Freitas e Vitor do 12.ºA.

Atualidade

Page 5: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 5

A Escolha é TuaMárcia Pacheco, prof.

O projeto “A Escolha é Tua”, em parceria com a Universidade Fernando Pessoa - Projeto Ambulatório de Saúde Oral e Pública, disponibilizou no dia 25 de novembro, na Escola Secundária de Rio Tinto, diferentes rastreios:

- análises clínicas ao colesterol / glicemia - controlo de tensão arterial - medicina dentária - terapia da fala

Estes exames de rastreio efetuados por profissionais de saúde permitem detetar precocemente as doenças e, consequentemente, garantir resultados do tratamento, podendo-se recorrer à administração de tratamentos, por vezes, menos agressivos e mais fáceis de executar e de administrar.Além dos que foram realizados na ESRT, existem outros tipos de exames de rastreio que devem ser frequentemente efetuados.Por exemplo: os recém-nascidos devem ser examinados por um pediatra, que procura detetar anomalias, como lesões cardíacas, perturbações cerebrais e do sistema nervoso. É colhido sangue aos recém-nascidos para o despiste de fenilcetonúria (doença bioquímica) e hipotiroidismo (doença hormonal), que, se não forem detetados, podem causar graves doenças ainda durante a infância. Os recém-nascidos e as crianças em geral são ainda submetidos a controlos regulares para se monitorizar o seu crescimento e avaliar o seu desenvolvimento físico e mental (incluindo a visão e a audição).Na ESRT, os rastreios orais e da terapia da fala incidiram em cerca de 30 alunos.Os restantes exames estiveram ao dispor do pessol docente e não docente e avaliaram cerca de 60 adultos.

Fumar mataEmília Reis, prof.

Do relatório “Portugal - Prevenção e controlo do tabagismo em números - 2013”, emanado pela Direção-Geral de Súde (DGS), pode extrair-se a seguinte conclusão: a percentagem de fumadores portugueses com idade superior a 15 anos não sofreu nenhuma alteração entre 2009 e 2012, apesar da entrada em vigor da nova lei do tabaco em 2008. De acordo com o referido documento, a percentagem de fumadores foi de 23% em 2012, a mesma taxa registada três anos antes e apenas um ponto percentual a menos do que em 2006. Uma das conclusões mais preocupantes do relatório é o facto de a maioria (dois terços) dos jovens portugueses terem começado a fumar entre os 13 e os 16 anos. Diz-se, e eu acredito, que os fumadores têm em média menos 10 anos de vida que os não fumadores por absorverem substâncias que destroem órgãos importantes, fragilizando simultaneamente o organismo. A doença mais vulgarmente associada ao consumo do tabaco é o cancro que pode ocorrer nos pulmões, na laringe, na faringe e até na boca. Os problemas respiratórios também se agravam, podendo surgir bronquites crónicas ou enfisemas, ficando os fumadores mais sensíveis às constipações. O sistema cardiovascular é igualmente afetado na medida em que o tabaco se constitui como um risco cardíaco, favorecendo o aparecimento da angina de peito e do enfarte do miocárdio.Mas estas doenças são apenas as mais conhecidas, pois a lista de problemas de saúde associados ao tabaco é extensa. Mais alguns exemplos: o envelhecimento precoce, a tosse crónica, a diminuição das capacidades olfativas, o enfraquecimento dos dentes que se tornam amarelos, o risco do aumento de doenças reumáticas, podendo mesmo causar a infertilidade tanto em homens como em mulheres, etc. Espero que esta lista de doenças contribua para que penses duas vezes e equaciones os custos e as consequências do tabaco sobre a saúde. Fumar ou não fumar... a escolha é tua.Mas uma coisa é certa: de todas as doenças, as que são mais fáceis de evitar, no que diz respeito quer ao seu aparecimento, quer ao seu agravamento progressivo, são as provocadas pelo tabaco. As " doenças tabágicas" são as que mais facilmente podemos combater… basta deixar de fumar ou, melhor ainda, não começar.

Page 6: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

6 ∙ Leitura sem dogmas

Notícias breves

Clube de Francês

Foi criado o CLUBE DE FRANCÊS , um espaço extracurricular aberto a todos os alunos e a outros membros da comunidade escolar que queiram estabelecer um primeiro contacto ou aperfeiçoar/aprofundar os seus conhecimentos da língua e cultura francesas. O Clube de Francês tem como prioridade envolver o maior número de elementos da comunidade escolar, procurando transmitir a importância da aprendizagem da língua francesa.Seguindo esta linha de pensamento, pretende-se que o Clube ocupe de forma agradável tempos letivos e não letivos, proporcionando ao mesmo tempo um contacto diferente com a realidade linguística e cultural francesa. Neste contacto progressivo e diferenciado com formas de cultura diferentes da sua, alunos e outros elementos da comunidade escolar tomarão uma maior consciência da sua identidade e descobrirão a importância da língua francesa como meio enriquecedor da sua personalidade e também comoveículo de aproximação com povos que vivem e sentem de outra forma.Todas as atividades já em curso no âmbito do Clube de Francês têm como finalidade dinamizar a escola, promovendo o sucesso dos alunos, sucessoesse que poderá ser atingido não apenas a nível da competência linguística, mas também a nível da relação com os outros elementos da comunidadeeducativa. Além da participação em concursos, prevê-se a concretização das seguintes atividades: sessões de Karaoke, dramatização de pequenos diálogos, exposição de trabalhos dos alunos, nomeadamente, de postais de Natal, elaboração de “romans photo”, uma flash mob. Estas atividades podem ser realizadas em regime de oficina de leitura, de escrita ou visualização de vídeos.Apesar de já contar com muitos alunos, o Clube de Francês vai manter abertas as inscrições de modo a permitir acesso a todos os interessados ao longo do ano letivo.

Há horas felizes!Cinthya/Daniela Freitas/Liliana, 12ºM

No passado dia 9 de dezembro de 2014, realizou-se uma “Happy Hour” destinada aos professores da Escola Secundária de Rio Tinto.Tomando à letra a expressão “Happy Hour”, “hora feliz”, os alunos da turma 12ºM do Curso Profissional Técnico de Turismo decidiram organizar este evento com o intuito de proporcionar aos professores um momento de descontração e de convívio.A atividade teve como tema o Outono e, tendo como ponto de partida esta estação do ano, decorou-se o espaço – a sala dos professores – a rigor: cores outonais e elementos da natureza característicos desta época como ramos e folhas secas, castanhas, abóboras, cestas, e outros.A turma confecionou e apresentou uma ementa variada com grande simplicidade, não descurando as características que se impunham à realização de um evento desta natureza.Houve uma grande adesão por parte dos professores, tornando-se este evento, mais uma vez, num sucesso que certamente se irá repetir.A turma agradece a todos a oportunidade que lhe foi dada, pois é com a prática efetiva que poderá melhorar as suas competências profissionais. Como diz o ditado: “aprende-se a fazer, fazendo”.

Teatro na ESRTOs alunos do 8.º ano do Ensino Básico das turmas A,B, C, D, E e F vão assistir à representação d’O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado pela companhia de teatro EtceteraTeatro, no 12 de dezembro, na escola.A história é simples e fácil de contar: um gato de meia-idade, mal – humorado e até mau, apaixona-se por uma jovem andorinha e com ela tenciona casar. No parque, há rumores deste amor impossível e até os pais da obediente andorinha começam a temer esta sua amizade com o gato. Decidem, então casá-la com o Rouxinol, o seu professor de canto. Quando o gato soube do casamento que se avizinha, muda de humor, ficando mais triste ainda, acabando por se «suicidar».

Page 7: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 7

Concurso “La chanson en scène”Este concurso é um projeto anual da Associação Portuguesa de Professores de Francês (APPF), que o Clube de Francês da ESRT abraçou, e que visa motivar os alunos para a aprendizagem da língua francesa de forma lúdica, apresentando uma “mise en scène” em encontros regionais e/ou nacionais de escolas.Condições de participaçãoOs alunos interessados deverão levar ao palco uma canção francófona. A sua participação no projecto será coletiva e a dimensão de cada grupo será deixada ao critério do professor que acompanhar esses alunos.A “mise en scène” deverá partir da canção integral ou parte dela e, apoiando-se num texto inspirado por ela, criar uma “performance” linguística e cénica, criativa e original, ao serviço de uma mensagem e sua duração não poderá ultrapassar 7 minutos nem ser acompanhada por projeções e/ou vídeos.Todos os acessórios da “mise en scène” deverão ser facilmente transportáveis.A ficha de candidatura à participação no projeto será acompanhada da autorização dos pais, quer para o encontro regional ou nacional, quer ainda para a utilização da imagem.Encontros regionaisO encontro das escolas de cada rede regional terá lugar no 2º período, em data a combinar entre as escolas inscritas e a equipa de coordenação do projecto.A organização do espectáculo é da responsabilidade das escolas inscritas em cada rede. A equipa de coordenação do projecto fará parte do júri.Durante cada encontro, um júri escolherá a melhor “mise en scène” que será recompensada.O júri dos encontros regionaisO júri local composto por um membro da equipa de coordenação, um profissional de teatro e um convidado selecionará a melhor “mise en scène”, segundo os critérios:

Componente verbal: qualidade comunicativa e correção linguística ao serviço de uma mensagem;Expressividade e criatividade da “mise en scène”;Respeito pela duração máxima.

InscriçõesJunto de um professor de Francês, do Diretor de Turma ou no CRE.

Concurso Nacional de leituraNo dia 15 de dezembro pelas 15 horas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade participaram no Concurso Nacional de Leitura, primeira fase, a nível de Agrupamento de Escolas. Foram selecionadas para esta fase as seguintes obras: “História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar” de Luís Sepúlveda, 7º ano de escolaridade,”O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” de Jorge Amado, 8º ano de escolaridade e “A Aia” de Eça de Queirós, 9º ano de escolaridade.A participação neste concurso contempla todos os alunos do Agrupamento que frequentam o 3º Ciclo de escolaridade tendo os interessados, como vem sendo habitual, solicitado a ficha de inscrição no Centro de Recursos Educativos ou junto do professor de Português até ao dia 28 de novembro e comparecido no dia acima referido.Na 2ª Fase, a seleção das obras será feita pelos Júris Distritais, levando em conta as escolhas que emanarem de cada escola participante, mas podendo naturalmente acrescentar a essas escolhas outras obras consideradas relevantes, até um máximo de quatro títulos.Finalmente, na 3ª Fase, a Final Nacional, o total de obras selecionadas não deverá exceder o número de três títulos por categoria.De acordo com o Regulamento global do Concurso Nacional de Leitura, cada escola selecionará o máximo de três vencedores na 1ª fase que representarão a Escola na fase distrital. A 1ª fase terminará, impreterivelmente, no dia 6 de janeiro. A 2ª fase terá lugar durante o 2º período, provavelmente, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. A 3ª fase corresponde à fase nacional e realizar-se-á em maio de 2015.Incentiva-se a participação dos alunos para a melhoria das suas capacidades de leitura.

Page 8: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

8 ∙ Leitura sem dogmas

Adão e EvaManuel Feliciano, prof. estagiário

Não me digas nadaQuero-teJardim despidoFlorInfecundadaLábio por lábioE mãos incriadas

Desvive-meDe pó e EvaE maçã trincadaDos joelhosÀ bocaEm fios de salivaE pássarosDe língua

Entre o céu salgadoSem estrelasNa minha garganta

Não te prometo Deus

Porque os meus olhosNão sólidosNão sabem a maçãDe árvoreErradaE SóbriaDa qual me desveneno

Senão aos teus pésChão do paraíso!

Alonga-me o olharVasco Paz-Seixas, técnico superior

Alonga-me o olhar…Quero ser para a vidaComo o percurso de um rio.Junta à minhaA tua visão das coisas.A vida… Não pode ser só isto…Tu e euSabemos que é mais.Sabemos que tem mistérios,Que tem segredosPor desvendar.Ajuda-me a descobrirO que está mais além.Ajuda-me a perceberO que é pouco perceptível,Ou entãoAjuda-me a encontrarA inocência perdida.Prefiro não saberDo que ter consciênciaDe que sei quase nada.

A minha Pátria tem árvoresManuel Feliciano, prof. estagiário

A minha Pátria tem árvores E belos frutos Sob ela sonham crianças O sol que enche os jardins O rio que trago nos olhosE as uvas de verão que secam os lábios aos namorados A minha Pátria Não é fonte de rosas e de bichos Da vileza de quem não ama maçãs só de alguns, de rouxinóis na gaiola Daqueles que matam Que escrevem no chão o mel das abelhas A qualquer custo A minha Pátria é vento fresco Estrela celeste Chão quente, mão que molha na erva Orvalho que tinge. Nem toda a voz é a minha Pátria Porque lhe faltam os cabelos O sal que aduba a terra, o choro verdadeiro A Luz, o dia que nasce Por entre o cantar das silvas!

AmizadeMarisa Pires Barradas, assistente operacional

AmizadeÉ como os degraus de uma escada, Quanto mais se sobe mais se enriquece.É navegar em mares nunca dantes navegados.É uma âncora que nos sustenta em dias tempestuosos.Enfim, a Amizade é a soma de dar E receberEnfim é ser amigo.

Escrita Criativa

Page 9: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 9

Pequenos escritores Um SorrisoInês Soares, 8º C

Há sorrisos e sorrisos, muitos magoam-nos, mas há outros que nos marcam e se tornam importantes.A Jana é uma menina de sete anos que, quando ia começar o 2.º ano, teve de mudar de escola, por causa do trabalho dos pais. Ela foi para o primeiro dia de aulas e a reação da turma não foi das melhores, pois não havia muitas raparigas e as que havia não eram muito simpáticas. Exceto uma…uma menina de raça negra que também era, de certa forma, «desprezada» pelos outros.A Joana, tímida, não foi ter com ela, mas percebeu logo que poderiam vir a ser grandes amigas. No segundo dia de aulas, a professora pediu que se juntasse dois a dois e fizessem um trabalho em conjunto. Todos os alunos se juntaram, mas ficaram de parte a Joana e a menina de raça negra. A professora sentou-as na mesma mesa e a menina de raça negra soltou um sorriso, ao ver que a Joana não tinha problemas em trabalhar com ela.A partir desse dia, tornaram-se grandes amigas e a turma percebeu que a menina de raça negra era igual a eles, simplesmente tinha outra cor.

Professora, minha professora!Rafael, 8º D

A minha professoraEnsina excelentementeQuando tenho portuguêsAndo sempre contente.

Em algumas aulasEu fico sonolentoMas na de portuguêsEstou sempre atento.

Quando tenho dúvidasEla explica muito bemQuando eu for grandeQuero ter as qualidades que ela tem.

Quando a professora explicaO meu interesse melhoraFiz este lindo poemaPara a minha bela professora.

«Ser escritor em 3 minutos»Ana , 8.º D

Sou um velho livro sem páginas ímpares.Tudo aconteceu numa noite de lua cheia…Infelizmente, fui cobaia de um feiticeiro louco que me amaldiçoou e fiquei só com as páginas pares.Agora, estou aqui guardado numa velha gaveta cheia de teias de aranha, esquecido e não sei como posso voltar a ser um livro normal.

Preservação do AmbienteJosé Miguel, 9.ºB

Os níveis de poluição continuam a subir todos os anos. Com os habitantes de grandes cidades a conduzirem os seus carros para todo o lado e com fábricas a despejarem os seus resíduos não tratados ao ar livre, não estamos a ajudar o Ambiente. Há pequenos gestos do nosso dia -a- dia que podemos alterar, não só para ajudar o Ambiente, mas também para ajudar a nossa carteira. Ao irmos de transportes públicos, ou mesmo a pé ou de bicicleta, não só poupamos dinheiro em combustível, como também poupamos o Ambiente.Algo simples, como as grandes fábricas tratarem os seus resíduos antes de os depositarem no rio mais próximo, ajudaria imenso a Mãe- Natureza.Fica aqui o meu apelo para que toda a gente faça o que puder para ajudar o Ambiente, mesmo que seja mínimo. Eu faço a minha parte, ao vir todos os dias a pé para a escola, e você?Concluindo, se todos nós ajudarmos, mudando pequenas ações do nosso dia-a-dia, estas tornar-se-ão numa grande ação, que ajuda a proteger o meio Ambiente.

Page 10: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

10 ∙ Leitura sem dogmas

Ciência e ensino superior sob assaltoJosé Luís Fernandes, 12º A

Nos últimos meses, tem-se assistido a discussões profundas sobre o financiamento das Universidades e dos centros de investigação devido às medidas de austeridade impostas pelo Governo e à desastrosa avaliação feita pela European Science Foundation (ESF) para a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Estes assuntos devem ser acompanhados com a devida atenção, pois são sinais gravíssimos dos tempos atuais, em que o futuro de Portugal (mas não só deste país, pois o que se passa aqui é parte de um fenómeno mais alargado) está a ser hipotecado devido à visão ideológica de algumas correntes de Direita, aparentemente, presentes no Governo.Antes de começar a detalhar a situação, devo relembrar o seguinte: o país esteve a atravessar (e ainda não acabou) nos últimos anos, um período de crises financeira, económica, social e até de lideranças (sendo esta a mais antiga). Estas exigiram algumas medidas de contenção da despesa suposta e essencialmente focadas em acabar com certos privilégios e gastos frívolos e desnecessários. Refiro-me, concretamente, à esmagadora maioria das PPP ou à maior parte das fundações. Porém, essas medidas de austeridade nunca foram verdadeiramente aplicadas. A sua dimensão foi muito maior do que a esperada e tiveram como base uma ideologia neoliberal, desumana e altamente destrutiva. Este é o caso do ensino superior, um dos setores mais importantes para a economia portuguesa, cultura ou mesmo democracia, porque só nas Universidades e politécnicos é que se pode formar o pessoal altamente qualificado muito necessário para recuperar o país do enorme atraso científico e, consequentemente, tecnológico e económico. É impossível haver empresas portuguesas competitivas sem pessoas formadas que possam contribuir para a sua formação e desenvolvimento. Sendo assim, se considerarmos que as instituições do ensino superior são dos locais onde o dinheiro é melhor gerido no país (pelo menos muito melhor do que o Estado Central, especialmente se considerarmos o que as Universidades conseguem fazer em termos de qualificação humana com tão poucos recursos), chegar-se-á à conclusão de que, de modo a podermos sair deste buraco quase negro em que o Estado e a sociedade se encontram, o melhor seria não mexer no ensino superior ou então reforçar o seu financiamento, tal como os países nórdicos fizeram quando estiveram em circunstâncias semelhantes há duas décadas atrás. Se assim acontecesse, o trabalho feito nas últimas décadas jamais seria revertido, contudo este nosso Governo decidiu fazer cortes drásticos no setor, chegando mesmo a pôr as Universidades em risco de incumprimento. Se virmos

Texto de Opiniãoas quantias de que elas necessitam para funcionar (a dotação orçamental projetada inicialmente em 2013 foi de 841,3 milhões de euros para o Ensino Superior), reparamos que são baixíssimas face às outras despesas do Estado e quase representam uma gota de água no Orçamento de Estado assim como no seu défice (7151,3 milhões de euros em 2013). Torna-se, assim, difícil compreender a razão da diminuição do financiamento neste setor (dado o pouco dinheiro retirado daí) e a do conflito entre os Ministérios da Educação e das Finanças e os reitores das Universidades por causa de 30 milhões de euros (que ninharia!). Esta aparente obsessão com cortes, na verdade minúsculos, parece revelar que a austeridade é um pretexto para o Governo restaurar o elitismo de então. Espera-se que esta situação nunca venha a acontecer!!!Associada às Universidades (apesar de receber o seu financiamento principalmente da FCT) está a investigação científica (que já agora não se processa apenas em laboratórios nem se limita à investigação nas áreas das ciências exatas e/ou experimentais). Portugal, mesmo com o seu orçamento para esta área muito reduzido face aos de outros países desenvolvidos, tem vindo nas últimas décadas a ganhar uma notoriedade e uma qualidade cada vez maiores nesta área não obstante a falta de prémios Nobel (esperemos que comecem a vir daqui a uns anos) graças ao surgimento de uma comunidade científica cada vez mais capaz e de investigadores de um calibre muito elevado cujas publicações até chegam às capas de revistas internacionais como a Nature ou a Science (o que no nosso país historicamente é inédito). Graças às investigações desenvolvidas por estes investigadores nos seus centros de investigação somos capazes de compreender melhor o nosso mundo e assim de definir melhores políticas para o país e para a sociedade com o conhecimento adquirido nestas investigações mas também quando se trata das ciências exatas e/ou experimentais desenvolver novas tecnologias que podem ser usadas pelos empresários (sendo a sua falta de cooperação com as Universidades para que estes façam melhores ou novos produtos que sejam mais rentáveis um calcanhar de Aquiles da economia portuguesa) para desenvolver novos produtos e empresas inovadoras, mas com as políticas de austeridade impostas neste setor os centros de investigação e os próprios investigadores (cujas bolsas de investigação foram cortadas em janeiro deste ano) estão em risco.A última ameaça que paira sobre este setor é a “avaliação” da ESF que foi no mínimo ridícula.Mas desta falarei na próxima edição.

(Continua na próxima edição do LSD)

Page 11: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 11

Ciência para todos

Daltónica ou portadora de daltnismo?

O daltonismo é a incapacidade de distinguir determinadas cores, designadamente o verde e o vermelho. Transmite-se como uma característica ligada ao sexo, devido a uma mutação de um gene do cromossoma X. Se uma mulher cujos pais são daltónicos tiver descendência de um homem cujos pais não são daltónicos nem portadores, qual dos seguintes enunciados seria o correto?

a. Todos os seus filhos são portadores, ainda que neles não se manifestem traços de daltonismo.

b. Todos os seus filhos são daltónicos e as filhas portadoras.

c. Todos, filhos e filhas, serão daltónicos.

Resposta

a.Afirmação incorreta, porque os filhos seriam daltónicos e não portadores. Os homens têm apenas um cromossoma X, que provém da mãe. Esta, sendo daltónica, os seus dois cromossomas X são Xd, pelo que o filho terá o seu cromossoma X do tipo Xd.

b.Segundo o enunciado, a mãe tem como genótipo Xd Xd e o pai Y Xd, pelo que os filhos terão o genótipo Y Xd, e as filhas Xd Xd. Ao ser um alelo recessivo, as mulheres apenas são portadoras.

c.As filhas são portadoras, pois têm o cromossoma X procedente do pai, que não é daltónico. Ao ter caráter recessivo, não se manifesta.

Será possível “ressuscitar” espécies extintas?Leandro Pires, 12º C

Todos nós temos conhecimento das alterações climáticas que nos dias de hoje têm vindo a notar-se. Por causa delas e de outros fatores como a perda de habitat, o tráfico de animais ou a presença de espécies invasoras por exemplo, várias espécies de animais (ou plantas) entraram já em extinção (bons casos disso são o dódó e o tigre-da-tasmânia) ou estão em sério risco de que isso ocorra (os pandas, elefantes-africanos e mais dramaticamente o lince ibérico são muito bem conhecidos). Para poder evitar isso, alguns cientistas, principalmente norte-americanos, recolheram sangue ou células de animais em vias de extinção ou restos orgânicos de animais extintos (ou pelo menos pretendem fazê-lo) de modo a obter o seu ADN e replicá-lo, usando processos de PCR (Polymerase Chain Reaction ou Reação de Polimerase em Cadeia), pois a espécie em extinção não se extinguiu por causas naturais de acordo com a teoria neodarwinista da evolução, mas sim por causas antropogénicas. Assim, num futuro não muito longínquo, se essa recuperação de espécies fosse aceite pela comunidade científica e os obstáculos técnicos e éticos fossem contornados, com as amostras de ADN recolhidas seria possível clonar a espécie e reintroduzi-la no seu habitat (ainda que obviamente restaurado para que o animal não desaparecesse novamente).Existem, no entanto, divisões entre os cientistas sobre o assunto, pois acham imoral clonar uma espécie inteira depois de dado a existência de outras espécies cuja salvação é urgente e de outras prioridades ambientais. Alguns mais radicais também não consideram que seja imoral a extinção de uma espécie por fatores criados pelos humanos.

Page 12: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

12 ∙ Leitura sem dogmas

“Cronicando”Portugal, que futuro?

Por Vasco Paz-Seixas, Téc. Superior

Tal como disse Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce...” mas, então, digo eu: para quando...?

Para quando um país melhor? Para quando o fim deste sufoco que traz a maioria dos Portugueses numa angústia aflitiva e numa depressão que nenhum psiquiatra consegue resolver, até porque a sua origem não tem por base fatores orgânicos e sim sociais, económicos ou políticos?Para quando então o fim da tão falada crise...?Será que a constatação do poeta com que iniciei esta introdução para o “Cronicando” não terá fim à vista e teremos o eternamente: ...”Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!!...?

Caros Cronistas, depois da introdução com esta reflexão por base, deixo à vossa consideração analítica e crítica...”Portugal, que futuro?”...

Será que ainda há futuro para o país? Será então que ainda falta cumprir-se o seu destino...? Será, será então que ainda conseguiremos “cumprir” Portugal?

Reflitam sobre isto.

Lara Castro 6ºA Nº18

“O Portugal futuro é um país aonde o puro pássaro é possível e sobre o leito negro do asfalto da estrada as profundas crianças desenharão a giz esse peixe da infância que vem na enxurrada e me parece que se chama sável mas desenhem elas o que desenharem é essa a forma do meu país e chamem elas o que lhe chamarem Portugal será e lá serei feliz” …(Ruy Belo)

Nada melhor que uma introdução sábia para narrar com clareza o que será talvez a escuridão do nosso Futuro, se continuarmos a ignorar de onde viemos e quem somos. Somos Portugueses ignorantes ou ignorados? Cultos ou cultivados? Futuro será, se existir ordem e não caos, se existir som e não silêncio! Depende de mim e do outro cultivar, ouvir e construir um Futuro melhor!

Diogo Monteiro, 9º D

Portugal, que futuro?

Esta é a questão sobre a qual fui convidado a refletir. E essa reflexão demorou algum tempo.

A forma mais rápida de concluir esta reflexão – e talvez a que obteria mais adesão – seria dizer que o nosso governo e as instituições europeias só querem é “encher os bolsos” e que os pobres fiquem mais pobres, etc… Mas as coisas serão assim tão lineares?Portugal entrou em crise devido a inúmeros fatores que não vou explorar, porque, sendo jovem, tenho esperança no futuro, num amanhã melhor que um ontem e um hoje.Portugal já está a recuperar, tendo, para o fazer , recorrido a drásticos programas de austeridade, que se têm tornado um fardo muito pesado para a maioria da população portuguesa. lsso tinha de ser feito, mas não sei se a adoção destes programas é a forma mais correta de enfrentar a crise.Concluo a minha reflexão convicto de que Portugal passará a tempestade da crise económica mais forte que nunca!

José Luis Fernandes, 12º A

Portugal enfrenta vários problemas não só a curto mas também a médio e longo prazos como, por exemplo, a falta de competitividade e de regulação da Economia nacional, o recuo das costas, a baixa natalidade, o despovoamento do Interior, a corrupção política, a falta de qualificação da população e a sustentabilidade de serviços como a Segurança Social. Estas questões estão interligadas e parecem levantar um véu de dúvida sobre o país. Sendo assim, muitos questionam qual será o nosso futuro.Os neoliberais defendem um modelo de Estado mínimo para resolver estas questões, em que basicamente a riqueza não seria redistribuída e as funções estatais seriam garantir o cumprimento dos contratos efetuados entre os cidadãos e de defender a comunidade pertencente a essa instituição política, mas tal modelo tem enormes problemas. Comece-se pelos prestadores de bens sociais estatais

Page 13: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 13

como a Segurança Social, a Escola pública ou o Serviço Nacional de Saúde. Esses “órgãos” públicos estariam nas mãos de privados e, consequentemente, as pessoas que não pudessem pagar não acederiam aos serviços, piorando dessa forma a qualidade de vida das pessoas mais pobres e introduzindo injustiças criadas pelo facto de uma pessoa ter nascido num meio menos beneficiado. Esta situação é piorada pelo facto de o modelo económico defendido por essas correntes de Direita não ter escrúpulos (se não a considerarmos como mafioso) e ser desregulado, o que ainda traz mais injustiças e, para além de provocar muita miséria humana injusta devido às crises económicas causadas por bolhas e outros esquemas bolsistas cujas gravidade e frequência jamais se verificariam noutro sistema económico, cria uma espécie de oligarquia, que acaba por dominar devido ao seu dinheiro o sistema judiciário, afectando assim uma das supostas funções do Estado. Por último mas não menos importante, haveria limitações à liberdade dos cidadãos porque estes não têm a liberdade de se manifestar contra os oligarcas dominantes em caso de desacordos com eles sob pena de represálias nem a possibilidade de viver a vida que quisessem em condições dignas. Com isto dito, lanço a seguinte questão aos apologistas desta ideologia: é isto que querem? Desejam uma sociedade mais pobre, fraca e indefesa? Gostariam de ter um Estado no fundo débil, incapaz e inútil?Alguns podem querer isso, mas não é isso que sonho para Portugal. Ao invés idealizo uma nação que aproveite ao máximo possível os seus potenciais em diversas áreas que foram comprovados diversas vezes ao longo da nossa História de modo a poder conservar os direitos adquiridos após a Revolução dos Cravos. Isso pode parecer tudo muito bonito, mas então como é que isso será possível? Esta é a pergunta que a maior parte dos políticos tenta evitar, mas aqui tentarei dar uma resposta sucinta. Precisamos de uma economia baseada numa indústria de tecnologias de ponta que produzam artigos de qualidade únicos no mundo para

exportação nos espaços europeu, lusófono e dos BRICS assim como de nos livrarmos dos grupos de pressão internos e externos que mantêm um controlo ignominioso sobre o país e da corrupção resultante. Para tal precisamos de uma renovação política, uma população qualificada, de investigação científica e de ligações por parte das Universidades com o tecido empresarial (start-ups de preferência), investimentos a sério e não o famoso e corrupto “empreendedorismo” (como ainda se viu recentemente com coisas como os vistos gold), uma reforma das leis com o fim de serem mais claras e de políticas natalistas a sério similares às realizadas em França, por exemplo. Só assim é que poderemos manter um Estado social forte e sustentável capaz de diminuir ao máximo as desigualdades sociais, que é na verdade o único modelo de Estado justo.Concluindo, a nossa pátria lusitana enfrenta(rá) desafios económico-financeiros, políticos, sociais, culturais e ambientais cujas resoluções são urgentes de modo a termos um país melhor em 2100 do que aquele que temos agora. Se queremos mesmo isso é necessária uma mudança de rumo sob a pena de se perderem mais décadas para além da já perdida mais recentemente e, por essa razão, apelo a António Costa e ao PS para que façam o necessário quando formarem um novo Governo dado o facto de serem os únicos com esse poder porque por um lado a extrema-esquerda está fracturada e sem a expressão eleitoral suficiente para fazer isso e por outro a Direita está disposta a continuar o atual rumo sob o mantra da “inevitabilidade”. A atual política de não dizerem nada, mesmo que não implique uma falta de ideias (o que não acredito que seja verdadeiro), mostra alguma covardia que não pode ser mantida sob o custo de o sistema político como o conhecemos colapsar de vez e de a sociedade e os serviços sociais continuarem a deteriorarem-se. De certeza que não é isso que querem. Deus quer e o Homem já sonha, mas falta cumprir-se Portugal.

Page 14: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

14 ∙ Leitura sem dogmas

,

Ana Luísa e Bruno Santos, 12ºF

Erguida de uma guerra devastadora, a União Europeia (UE) tem feito um longo caminho para se afirmar como um espaço de unidade na diversidade. Promotora de paz, estabilidade e prosperidade, reúne países que partilham um compromisso comum e valores comuns – a liberdade, a democracia, o estado de direito e o respeito pelos direitos do homem. Contudo, vários desafios e problemas têm surgido, a vários níveis, que impedem a concretização dos seus objetivos.A queda do Muro de Berlim simbolizou o fim da guerra fria, o desmembramento da URSS e, consequentemente, o fim do domínio soviético sobre os países da Europa de Leste. As mudanças ocorridas colocaram a UE perante um grande dilema: por um lado, este alargamento constituía uma necessidade política e uma oportunidade histórica para assegurar a estabilidade no continente europeu; por outro lado, ao aceitar a adesão, a coesão económica e social comunitária estava posta em causa, dadas as assimetrias no rendimento e no desenvolvimento.Após uma profunda reflexão, a UE decidiu aprofundar a construção europeia e propor os alargamentos a Sul e a Leste. Se permitiu o acréscimo de milhões de pessoas e economias em crescimento rápido, ao mercado da UE, impulsionou o crescimento económico e criou empregos quer nos anteriores estados-membros, quer nos novos. Também implicou custos suplementares substanciais para os 15 estados - membros e dificultou o mercado para os países mais frágeis. Os resultados foram mais negativos do que positivos: o PIB per capita da UE diminuiu mais de 10% e as disparidades regionais multiplicaram-se. Por isso, os fundos de coesão que ajudam os Estados membros com um rendimento nacional bruto por habitante inferior a 90% da média comunitária foram relocalizados para Leste, bem como os fundos estruturais.As assimetrias foram crescendo, até se tornar evidente uma Europa a duas velocidades: uma zona próspera localizada fundamentalmente no Centro e Norte da Europa e uma zona periférica localizada no sul e no leste.Hoje, a UE é constituída por 28 países, com 28 histórias diferentes, contemplando várias línguas e etnias, contribuindo assim para o multiculturalismo. Por isso, é lógico que o seu lema seja “Unidade na Diversidade”. Contudo, esta diversidade de etnias desperta sentimentos de xenofobia e racismo. Além disso, esta diversidade estende-se até à vertente económica, como explicado anteriormente, o que leva a que interesses próprios se sobreponham aos interesses coletivos e que prejudique os países mais fracos economicamente.A UE tem vindo a evoluir de modo a aprofundar cada vez mais a integração económica. Atualmente, há um mercado único, uma moeda única e a adoção de políticas económicas e monetárias comuns, existindo assim, uma união económica e monetária. De facto, a UE é um “gigante” económico, mas é “minúscula” em termos políticos e militares. Muito se tem feito, ao longo dos anos, para reverter esta situação: foi criada a Política Externa e

de Segurança Comum, bem como o cargo do Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, para que fosse possível falar e agir em uníssono sobre as questões mundiais. Porém, hoje permanece tudo praticamente igual. No mais recente conflito da Guerra da Ucrânia, a UE não conseguiu tomar uma posição e impor-se e impedir a anexação da Crimeia por parte da Rússia. Este é deveras um dos aspetos mais criticados no bloco económico de integração em questão.A população europeia está cada vez mais envelhecida, o que cria um gravíssimo problema na sustentabilidade do Estado Social. Estudos realizados preveem que a população ativa, num futuro já muito próximo, não seja capaz de suportar os encargos com as reformas, os subsídios sociais e encargos escolares e, por isso, ocorrerá um colapso do Estado Social.Por outo lado, a imigração ilegal está a aumentar consideravelmente. A maioria é oriunda de África que vê na Europa uma oportunidade para melhorar as condições de vida. Esta poderá ser, em parte, uma solução para combater o envelhecimento da população europeia. No entanto, este surto de imigração, que na sua maioria entra pela ilha de Lampedusa (Itália), pelo sul de Espanha e pelos enclaves espanhóis, no Norte de África, de Ceuta e Melilla, constitui um perigo para o bom funcionamento do Espaço Schengen. Mal se entra em espaço da União Europeia, está assegurada a livre circulação no território dos países aderentes, sem que se seja fiscalizado. Ora, a segurança europeia pode estar em causa, dada a criminalidade, o tráfico e o terrorismo que podem estar subjacentes à imigração ilegal.Dois dos desafios que se colocam à UE são a questão da operacionalidade do funcionamento da UE e a democraticidade. No que respeita à operacionalidade do funcionamento das instituições europeias, as dificuldades advirão sobretudo do grande aumento do número de Estados-membros. Se já era difícil obter a aprovação de 15 países na tomada de decisões, agora, com um número de membros bastante superior, o processo decisório é muito mais complexo. Assim, cada vez menos se tem vindo a tomar decisões com a exigência de unanimidade de votos, passando apenas a ser necessária uma maioria qualificada. A questão da democraticidade está relacionada com o princípio da igualdade dos Estados, o qual é posto em causa devido à diferente dimensão dos países membros, do número de pessoas que o compõem, pois há países mais populosos que outros.É com este propósito que são elaborados os tratados. O mais recente, o Tratado de Lisboa, veio reforçar o poder do Parlamento Europeu em matéria legislativa, orçamental e de aprovação de acordos internacionais, estipular que o número de deputados por Estado-membro não possa ser inferior a 6 nem superior a 96, tentando assim acabar com as desigualdades e reforçar também o poder da Comissão Europeia.A União Europeia tem tentado solucionar os problemas que têm surgido, contudo, alguns não têm sido resolvidos na íntegra, levantando-se assim, uma barreira para a coesão económica e social, que é o objetivo primordial desta instituição.

União Europeia: Problemas e desafios

Page 15: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 15

Carolina de Almeida Pereira , nº6, 11ºI

No que diz respeito ao futuro da UE, as opiniões divergem em diferentes sentidos. Há quem acredite que caminha para uma unificação total das várias economias – União Económica total – onde a UE se transformaria numa só e enorme economia, semelhante aos E.U. A.– os Estados Unidos da Europa – mas há também quem pense que a crise económica vivida a nível Europeu seja um presságio para um final trágico, em que a UE implodiria com a crise do euro. Desde a sua criação como CEE, em 1957, a UE tem enfrentado diversos desafios que vão pondo em causa, não só a economia deste bloco de integração económica, mas também a união na diversidade. É verdade que, inicialmente, quando foi criada, a UE era dotada essencialmente de competências de domínio económico e financeiro, mas, a partir do momento em que se uniram diferentes culturas, com diferentes ideais e tradições, os direitos fundamentais de cada cidadão ganharam importância. A UE baseia-se, por isso, em valores como a paz, a segurança, a democracia, o Estado de Direito, o respeito pelos Direitos do Homem e a proteção das minorias – condições necessárias para que um país integre esta união. No entanto, estas condições são necessárias, mas não suficientes, pois aspetos como a estabilidade e uma economia competitiva, a existência de alguns indicadores económicos favoráveis e o cumprimento de certos objetivos, deverão também ser tidos em conta. Segundo a minha perspetiva, para termos noção daquilo que poderá vir a ser o futuro da UE, deveremos primeiro analisar a sua situação atual e perceber os problemas mais mediáticos que ensombram as medidas tomadas até ao momento.Recuando no tempo até 2004, recordaremos o grande alargamento da UE, em dimensão e profundidade, para mais dez estados-membros, maioritariamente do Leste da Europa. Tal como em qualquer alargamento, é preciso haver uma grande reestruturação em toda a administração da UE. As infraestruturas têm de ser alteradas, assim como medidas e objetivos. Contudo, um alargamento com um número tão elevado de países exige também um grande esforço para a compatibilização de tantas culturas diferentes. Foi um processo demorado, que ainda hoje vê as suas consequências para a UE e para cada estado-membro. É o caso de Portugal que, com a entrada de países que atraem investimento – mão-de-obra barata e qualificada - tem perdido imensa competitividade e fundos estruturais da UE, agora vocacionados para os novos países, muitos deles pobres. Por outro lado, há quem acredite que a entrada da Bulgária e da Roménia foi ainda mais problemática que o alargamento 2004. De facto, foram introduzidos numa economia relativamente estável dois países pobres com diferenças culturais, mas sobretudo pouco preparados para a integração. Apesar de todos os inconvenientes, os sucessivos alargamentos têm contribuído para uma União Europeia cada vez mais assente na Diversidade, onde são reunidas diferentes culturas e tradições, e onde o território de Paz é mais alargado – a UE recebeu, em 2012, o Prémio Nobel da Paz. Sendo assim, são casos como estes que mostram que, apesar de algumas complicações associadas à reunião de diferentes países, existem muitas vantagens que poderiam ser intensificadas

com uma União Económica Total. A UE poderia transformar-se numa potência económica mais forte e, quem sabe, superar a crise vivida atualmente. Recuando um pouco mais na história, podemos observar que muitos países outrora inimigos se podem, agora, reconciliar. É o caso da França e Alemanha que ao longo da história foram grandes inimigas, constantemente em guerra, e agora estão juntas para tomar algumas das decisões mais importantes da UE. Estamos perante mais um caso que confirma a capacidade de uma integração total da UE, como um futuro promissor. Estarão criadas as condições necessárias?No entanto, uma unificação total de todas as economias e/ou uma União Política não é algo fácil, nomeadamente no que diz respeito à integração de novos países, como é o caso da Turquia, candidata de longa data à UE. De facto, uma união total pressupõe a adesão de novos países, mas a maioria deles apresenta entraves e obstáculos que se revelam um enorme risco para a integridade da UE. A Turquia, um caso tão mediático de possível integração, levanta diversas dúvidas quanto às vantagens e desvantagens que poderia trazer. Este país dividido entre a Ásia e a Europa, poderia ser uma porta aberta para o oriente, e integraria uma comunidade muçulmana numa união predominantemente cristã. Graças à localização estratégica, à economia e exército, a Turquia é classificada como uma potência regional. Por outro lado, será que a UE ganharia com a entrada da Turquia? A Turquia é, não só um entrave cultural, como também político. A sua difícil integração na UE deve-se às grandes diferenças culturais em vários aspetos, como o desrespeito pelas minorias. A nível político, a sua grande dimensão territorial e populacional implicaria uma grande representatividade no Parlamento Europeu, o que lhe iria conferir uma enorme responsabilidade e poder na tomada de decisões da União Europeia.Uma outra situação que deverá ser analisada para percebermos o futuro da UE são as recentes eleições europeias, que com valores assustadores de abstenção, mostraram que uma decisão tão importante foi tomada por apenas uma pequena parte da população. É então visível um divórcio cada vez mais acentuado entre os cidadãos europeus e a UE. Além disso, foram também eleitos partidos que estão contra, no fundo, os valores defendidos pela UE – liberdade, democracia, Estado de direito, etc. Será isto um presságio para uma grande tragédia ou será algo passageiro? Ao longo da história, períodos de grande instabilidade política, de crise social e económica, deram origem, por exemplo, a ditaduras extremas, ou até mesmo a guerras mundiais. Poderá esta ser uma previsão drástica e exagerada, mas a verdade é que já estivemos mais longe destas crises que se têm instalado na UE.Os problemas apresentados anteriormente são apenas alguns dos casos que têm constituído grandes adversidades para o desempenho das funções da UE. Talvez existam mais perspetivas pessimistas do que otimistas para o futuro da UE. Não há dúvida de que existam muitas dúvidas quanto ao posicionamento da UE a nível mundial. Irá implodir com a crise do Euro? Seria possível uma Europa unida do Atlântico aos Urais? Seria possível uma UE até à Rússia? A verdade é que esta se encontra melhor sozinha do que «mal acompanhada»!

Qual o futuro da União Europeia?

Page 16: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

16 ∙ Leitura sem dogmas

Lenda do Vinho do PortoNo outono de 1679, um barco com um carregamento de vinho do porto largou a cidade do Porto com destino a Londres.Como nessa época era frequente, a meio da viagem, foi atacado por um corsário francês, mas conseguiu escapar, navegando para o alto mar.Acossado por violenta tempestade, afastou-se da sua rota e o capitão tomou a decisão de ir fundear em S. João da Terra Nova para reabastecimento e repouso da tripulação.Impedidos de prosseguir viagem devido ao rigor do inverno, só na primavera seguinte se fizeram de novo ao mar. Finalmente, chegados a Londres, constataram, com natural espanto, que a prolongada estadia na Terra Nova tinha dado ao vinho um aroma e um sabor agradavelmente diferentes.Desde então, a companhia proprietária do carregamento passou a enviar anualmente grandes quantidades de vinho para envelhecer na Terra Nova.Assim surgiu este celebrado porto e esta espantosa lenda perpetuada nos rótulos das garrafas dos portos Newman's.

http://tradicional3.blogs.sapo.pt/10954.html

Publicidade

Loja Vintage da ESRTA Loja Vintage da Escola Secundária de Rio Tinto é um projeto com alguma tradição na nossa instituição e que está a ser implementado, este ano, pela turma D de 9º ano.

Se quiser beneficiar deste serviço pode, quando a loja abrir ainda numa data a definir, dirigir-se ao bar da ESRT, junto às mesas de grupo,com um produto para troca e escolher o que desejar da loja.

Diogo Monteiro, 9ºD

No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade Sénior, a Universidade Sénior de Rio Tinto. Esta cerimónia decorreu com sucesso, tendo o Presidente da Junta elogiado a escola e os alunos que fizeram a receção, dizendo inclusive que “os alunos dos Cursos Profissionais de Turismo e de Receção foram excecionais e tenho que lhes agradecer pelo seu trabalho ”.A mesa da sessão inaugural contou com a presença da diretora da escola, Dra. Luísa Pereira, com o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Dr. Marco Martins, o presidente da RUTIS, Dr. Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto (e agora reitor da Universidade), Nuno Fonseca.A sessão foi encerrada com uma atuação do coro do Orfeão de Rio Tinto.Este projeto, considerado “fundamental para uma cidade como Rio Tinto”, segundo o reitor da Universidade, Nuno Fonseca, é dinamizado pela Junta de Freguesia de Rio Tinto e pela RUTIS, em parceria com a ESRT e a Escola da Carreira e oferecerá aulas teóricas e práticas que vão de cursos de Línguas até aulas de Teatro.As Universidades Seniores visam “ criar e dinamizar regularmente atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos.” Este projeto é dinamizado em todo o mundo, sendo que Portugal segue o modelo Inglês, que sugere que as Universidades Seniores sejam dinamizadas por Organizações sem fins lucrativos e que as aulas sejam lecionadas por professores em regime de voluntariado, contrastando com o modelo francês, onde as Universidades tradicionais financiam este projeto e onde os professores são remunerados. As Universidades Seniores são frequentadas por

elementos com qualquer nível de formação que se encontrem reformados.Hoje em dia, tendo em conta que “as pessoas vivem mais anos e com uma capacidade ativa muito maior”, “temos que arranjar atividades que sejam motivadoras para que as pessoas ocupem os tempos livres” e, tendo em conta que “o saber não tem idade e o saber não ocupa lugar”, este projeto tem sentido.Apesar da existência de um projeto similar em Gondomar, o Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, defende que “os dois projetos não são rivais” e que se criou “uma nova valência em Rio Tinto”, e ainda que “as duas vão trocar opiniões e experiências para que sejam melhores”.As aulas desta Universidade decorrerão na Escola Secundária de Rio Tinto, na Escola da Carreira (Venda Nova), na Assembleia de Rio Tinto, no Centro de Convívio da Junta de Freguesia de Rio Tinto, no Orfeão de Rio Tinto e, em 2015, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues.O reitor da Universidade espera que esta se torne “uma das grandes universidades nesta área”, sendo já “uma das maiores universidades do país”.

Universidade Sénior de Rio Tinto: um projeto com futuro

Page 17: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 17

Lendas e tradiçõesLenda da Serra da EstrelaIn Descobrir Portugal

Contava a lenda que havia um rei ao qual chegou a notícia de que todas as noites um pastor do alto da serra conversava com uma estrela. O rei mandou logo chamar o pastor e ordenou-lhe que lhe desse a sua estrela, prometendo em troca dar-lhe muitas riquezas e muitos dos seus bens. O pastor não aceitou, pois preferia ser pobre do que perder a sua estrela. Ao voltar à sua pobre cabana no alto da serra, o pastor ouviu uma doce melodia que era a sua estrela a cantar. Ela estava com receio de que o pastor se deixasse levar pela ambição da riqueza. O pastor ficou todo contente e a estrela prometeu que sempre seria sua amiga. Então o velho pastor exclamou: De hoje em diante, esta serra há-de chamar-se Serra da Estrela. Conta a lenda que no alto da serra ainda hoje se vê uma estrela que brilha de maneira diferente das outras estrelas, como que à procura do bom e velho pastor amigo.

Da lenda à tradiçãoA Igreja de São Martinho de Cedofeita também conhecida como Igreja Românica de Cedofeita é considerada a mais antiga da cidade do Porto.Diz a lenda que o rei Teodomiro, desesperado por não encontrar cura para a doença de seu filho, Ariamiro, recorreu a São Martinho de Tours, enviando para a cidade embaixadores com ofertas de prata e ouro em peso igual ao do filho. Acabou por ser o bispo de Braga, São Martinho de Dume, o portador de uma relíquia de São Martinho de Tours, perante a exposição da qual Ariamiro foi curado, e todo o povo suevo presente convertido ao catolicismo. Esta relíquia está guardada na Igreja de Cedofeita. Teodomiro ordenou, então, o início da construção de uma nova igreja em honra de S. Martinho de Tours, o santo a que estão associadas diversas tradições portuguesas.A 11 de novembro, dia em que o santo terá falecido, no ano de 397, inaugura-se o vinho novo e atestam-se as pipas numa festa celebrada em muitas zonas do país com procissões de bêbados que, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, entram em adegas, bebem e brincam livremente. Há quem dê aos festeiros vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.

Lenda do Vinho do PortoNo outono de 1679, um barco com um carregamento de vinho do porto largou a cidade do Porto com destino a Londres.Como nessa época era frequente, a meio da viagem, foi atacado por um corsário francês, mas conseguiu escapar, navegando para o alto mar.Acossado por violenta tempestade, afastou-se da sua rota e o capitão tomou a decisão de ir fundear em S. João da Terra Nova para reabastecimento e repouso da tripulação.Impedidos de prosseguir viagem devido ao rigor do inverno, só na primavera seguinte se fizeram de novo ao mar. Finalmente, chegados a Londres, constataram, com natural espanto, que a prolongada estadia na Terra Nova tinha dado ao vinho um aroma e um sabor agradavelmente diferentes.Desde então, a companhia proprietária do carregamento passou a enviar anualmente grandes quantidades de vinho para envelhecer na Terra Nova.Assim surgiu este celebrado porto e esta espantosa lenda perpetuada nos rótulos das garrafas dos portos Newman's.

http://tradicional3.blogs.sapo.pt/10954.html

Publicidade

Loja Vintage da ESRTA Loja Vintage da Escola Secundária de Rio Tinto é um projeto com alguma tradição na nossa instituição e que está a ser implementado, este ano, pela turma D de 9º ano.

Se quiser beneficiar deste serviço pode, quando a loja abrir ainda numa data a definir, dirigir-se ao bar da ESRT, junto às mesas de grupo,com um produto para troca e escolher o que desejar da loja.

Page 18: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

18 ∙ Leitura sem dogmas

Humor

Tentando adivinhar o futuro do filho, Noé diz para a esposa:- Raquel, que será o nosso filho quando crescer? Vou tentar descobrir. Em cima da secretária do rapaz colocou uma nota de 50 euros para representar a economia, ao lado, um livro para simbolizar o ensino e, ao lado deste, uma garrafa de coca-cola para simbolizar o lazer.No fim da operação, escondeu-se para não ser visto, mas de forma a poder ver a secretária com os objetos.O rapaz entrou no quarto, observou os objetos, e, estranhando, olhou à volta. Vendo que estava sozinho, observou a nota a contra-luz, folheou o livro, abriu a garrafa e cheirou. Confirmando a veracidade de todos os objetos, meteu a nota no bolso, colocou o livro debaixo do braço, agarrou a garrafa pelo gargalo e saiu.Perante este desfecho, desabafou o pai desolado:- Vai ser político o meu filho!

No jardim zoológico, o vigilante corre aflito:- Desculpe, importa-se de vir aqui? A sua sogra caiu no tanque dos crocodilos.- Que tenho eu a ver com isso? Trate de os salvar. Os crocodilos não são seus?

Numa ilha distante, um explorador é capturado e metido num caldeirão.- Como te chamas? – pergunta-lhe o nativo que o meteu lá.- Manuel. Porquê?- Para completar a ementa do dia.

À mesa:- Filho, come a sopinha de espinafres para ficares forte como o papá.- Mas eu não quero ser forte como o papá. Prefiro ser chefe como a mamã.

- Minha senhora, quer pedir já as bebidas?- Pode ser. Para mim, uma garrafinha de água fresca e para o meu marido uma de vinho.- Tinto ou branco?- É indiferente. Ele é daltónico.

- Ontem, no circo, o mágico fez magia com o meu boné.- Sério?- Sim, meteu nele uma nota de 50 euros e…- E tu ficaste todo contente.- Nem por isso. Quando o tirei estava cheio de papelinhos!

- A minha mãe nunca adormece antes das duas da manhã.- Coitada, sofre de insónias?- Não, fica à minha espera.

Quem é este homem ligado ao cinema?

Page 19: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

Leitura sem dogmas ∙ 19

Bolo de Castanhas750 g de castanhas350 g de açúcar1 colher de chá de fermento6 ovoserva-doce q.b.canela q.b. Num tacho cozem-se as castanhas com um pouco de erva doce. Numa taça bate-se muito bem o açúcar com as gemas e junta-se o fermento e uma colher de sopa de canela. Adicionam-se as castanhas previamente passadas pelo passevite e bate-se novamente. Juntam-se as claras em castelo.Coloca-se a massa numa forma untada com manteiga e passada por farinha. Antes de levar ao forno polvilhar com canela.

Pudim com Vinho do Porto Açúcar (1 caneca) Ovo (1 caneca)Leite (1 caneca )Vinho do Porto (5 colheres de sopa )Limão (1) Açúcar caramelizado q.b.

Peneira-se o açúcar para dentro de uma tigela. Juntam-se os ovos, o leite, o vinho do Porto e a raspa do limão. Bate-se ligeiramente e deita-se numa forma de pudim, barrada com açúcar caramelizado. Coze-se no forno em banho-maria durante cerca de 50 minutos. Deixa-se arrefecer e guarda-se no frigorífico durante 1 hora, desenformando de seguida.

Pudim de Castanhas 1 Kg de Castanhas7 dl de leite1 casca de laranja1 pau de canela7 ovos300g açúcarCaramelo líquido q.b.

Cozem-se as castanhas em água abundante. Descascam-se, guardam-se algumas para decoração e reduzem-se as restantes a puré, usando o passevite. Leva-se o leite ao lume com a casca de laranja e o pau canela de canela, até ferver. À parte, batem-se os ovos com o açúcar até obter um creme homogéneo. Verte-se em seguida o leite fervente, aos poucos e mexendo sempre, sobre o puré de castanhas e junta-se depois ao preparado de ovos.Elimina-se o pau de canela e a casca de laranja e deita-se numa forma caramelizada. Leva-se a cozer cerca de 15 minutos, na panela de pressão.Desenforma-se apenas depois de frio e decora-se com as castanhas inteiras que se reservou inicialmente. Servir bem fresco.

Mousse de nozes1 lata de leite condensado 2 chávenas de nozes sem a casca 1 lata de creme de leite sem soro 4 gotas de essência de baunilha (ou de nozes) 3 chávenas de chantilly Nozes picadas para decorar

Bate-se no liquidificador todos os ingredientes, menos o chantilly.Quando formar uma mistura homogénea, coloca-se numa tigela e mistura-se o chantilly delicadamente. Distribui-se por 12 taças individuais ou verte-se para taça de vidro grande e leva-se ao frigorífico até adquirir consistência firme. Serve-se gelada, decorada com nozes picadas

Receitas de outono

Page 20: Universidade Sénior de Rio TintoDiogo Monteiro, 9ºD No dia 30 de outubro pelas 18h00, no auditório grande da Escola Secundária de Rio Tinto, foi inaugurada mais uma Universidade

20 ∙ Leitura sem dogmas

Devinettes et Jeu de logique

1. Quel est le jour de la semaine qui a autant de voyelles que de consonnes?

2. Si le 1er mars est un jeudi, quel jour de la semaine est le 18 ?

3. Un homme regarde un portrait. Quelqu’un lui demande :- Que regardez-vous ?Il répond :- Je n’ai pas de frère ni de sœur, mais le fils de cet homme que je regarde est le fils de mon père.De qui regarde-t-il le portrait ?

4. Uma companhia aérea transporta passageiros em classe económica e em classe executiva.As filas de A a C, com dois assentos de cada lado do corredor central, pertencem à classe executiva. A classe económica é composta pelas filas de D a M. De um lado do corredor, cada uma destas filas tem dois assentos.Do outro lado do corredor, cada fila tem três assentos, com exceção das filas G, H e I, que não existem nesse lado do corredor.Existem quatro saídas de emergência, duas sobre as asas, entre as filas J e K, e duas no topo da classe executiva, antes da fila A.Com esta disposição, os passageiros sentados nas filas D e K têm mais espaço para as pernas do que os restantes passageiros que viajam em classe económica. Todos os lugares em classe executiva têm mais espaço para as pernas.Os preços dos lugares variam de acordo com o voo e a classe pretendida.

4.1. Num determinado voo, a classe executiva está completa e cada bilhete custou 300 euros. Dos lugares em classe económica, apenas seis ficaram por vender e cada bilhete custou 200 euros. Qual é a receita deste voo?(A) 11 800 € (B) 10 600 € (C) 10 000 € (D) 8 800 €

4.2. Em classe económica, os apoios de braços entre as cadeiras podem ser levantados, exceto nos lugares com mais espaço para as pernas. Quando o voo não está cheio e as condições atmosféricas são favoráveis, é permitido levantar estes apoios e esticar as pernas sobre duas ou três cadeiras. No máximo, quantos passageiros poderão usufruir desta vantagem?(A) Dezassete (B) Treze (C) Oito (D) Quinze

Fêtes et traditions de ce trimestreLe 1er novembre : On va au cimetière et on met des chrysanthèmes sur les tombes familiales. Les écoliers en France ont deux semaines de vacances.

Le 1er décembre : Journée internationale de la lutte contre le SIDA.

Le 10 décembre : Journée internationale des droits de l’homme.

Le 24 décembre : la veille de Noël. On fait un grand repas, appelé le Réveillon. On mange des plats traditionnels. En France, on mange le foie gras, des huîtres, de la dinde aux marrons et un gâteau appelé «bûche de Noël». Les enfants se couchent tôt en attendant le Père Noël.

Le 25 décembre : Noël.

Le 31 décembre : la Saint-Sylvestre. En France, on se réunit entre amis, à la maison ou au restaurant. A minuit, on boit du champagne et on s’embrasse en se souhaitant «Bonne Année». On danse une bonne partie de la nuit.

Ficha Técnica

Editor

Emília Reis e Ana Santos, profs

Redator

Diogo Monteiro, 9º D

José Luis Fernandes, 12º A

Lara Castro, 6º A

Leandro Pires, 12º C

Yuliya Dtasenko, 11º N

Ana Luísa, 12º F

Bruno Santos, 12º F

Carolina Pereira, 11º I

Manuel Feliciano, prof. estagiário

Márcia Pacheco, prof.

Vasco Paz-Seixas, Tec. Superior

Repórter

Diogo Monteiro, 9º D

Cynthia, 12º M

Daniela Freitas, 12º M

Liliana, 12º M

Colaboradoes desta

edição

Ana e Rafael, 8ºC

José Miguel, 9º B

Inês Soares, 8º C

Marisa Barradas

Design

Ana Reis, arquiteta