UNIVERSIDADE TlJIUTl DO ARANA - TCC...
Transcript of UNIVERSIDADE TlJIUTl DO ARANA - TCC...
UNIVERSIDADE TlJIUTl DO "ARANA
Guiomar mbrozewicz
o PAPEL DOS PROFISSIONAIS NO ENFRENTAMENTO DOS
COMPORTAMENTOS DE RESISTENCLo\ DA CRIANCA AO
lNGRESSAR NO PRTMEIRO ANO DA EDUCACAo INFANTIL
2005
GuioouU" Ambrozcwicz
o PAPEL DOS PROFISSIONAIS NO ENFRENTAMENTO NOS
COM I'ORTAM ENTOS DE RESISTENCIA DA CRIAN(:A AO
INGRESSAR NO PRIMEIRO ANO DE EDUCA(:AO INFANTIL
Traoolho de Concluslo de Curso O1.prcK'nt01.do aFaculdlde de Cicnciu. HUnlltmu, Met e Let~5 daUni\'cnidldc TlIillti do Plt~nft como f«llliliito ])3r3obtCl\~o do Gmu de Lic~tlciatu!i1I elll Ped~ogia
Orienlarlorn: Prof"M,_ Joei"n Mlchado Bueno
Curitibn
2005
Jp Universidade Tuiuti do Parana":;:"-
FACULDADE DE CI£NClAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVA<;:AO
NOME DO ALUNO: GUIOMAR AMBROZEWICZ
TfTULO: 0 papel dos profissionais no enfrentamento doscomportamentos de resistencia da crianfa ao ingressar no primeiroana de educafao infantil
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE UCENCIADO EM PEDAGOGIA, DO CURSO DE
PEDAGOGIA, DA FACULDADE DE CI£NCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMISSAO AVAUADORA:
BUENO
PROF(a)
MEMBRO DA BANCA
DATA: 05/12/2005
MEDIA: ~1£2. _CURITIBA - PARANA
2005
DEDICATORIA
Est"~ trnbalho e dedicado a meu Av6. Antonio Firnkowski, que nos oitentn ('
nove nnos de idnd fni quem mnis me incenti\"OlI a dar continuidade ao curso de
Pedagogiu.
Doutor Antonio. Ih~C com noventa e um allos continllft sendo um exemplo de
l)erseveran~.R 0 v~-Io juntO a lima criRn~a vemos a csperanC(3 em sellS olhos.
esper:lJ1~a esta que deveria fuzer pArte de 1 dos os cornc;..•.es. e$pemn~a qu~ sempre SI;'
tornOl! a~go. tmnsronnand rnuitas pessons em cidndaos.
Se queremos Lim futuro melhor, 0 cRminho e 0 invesrimcnto nas Crial1y3S de
hoje.
AGRADECIMENTOS
Agradec;o a Deus por !TIais lima etapa cumprida e aos meus pais por serem
pessoas especiais em minha vida. por terem me ensinado comparlilhando seu amor e
suas ideias comigo e tendo me criado para seT uma pessoa feliz e viver sempre com
etica.
Agradeyo ao mel! companheiro de 1'311t05 anos, Gil Leoni Moreira e tlSminhas
lres ti1ims. Jessica, Alice e Beatriz tilo 3madas e sempre ao meu lado em todos as
momentos desta longajornada universitaria.
Finalmente agrndefVo it Professora e Mestre Jocian Machado Bueno, por ler
sido lima arientadora maravilhosa. que dedicou tanta aten9flo no desenyoivimcnto
deste trabalho.
Obrigado a todos.
"Vossos filhos nao sao vossos filhos: sao os IiIhos e as filhas d"ansia dn vida par si mesrnn. Vern ~1traves de v6s, mas nfio de vos, e embomvivam convoseo, nao vos pertencem. Podeis oLltorgar-lhcs vosso amor, masnilo vossos pensamentos, porque eles t~m seus proprios pensamentos.Podeis abrigar sellS corpos, mas nao suas almos; Pois suus almas Illornm namansao do amanha, quc V05 nito podcis visi1ar nem meslllo em sonho.Podeis es[oryor-vos por ser como eJes, mas nao procureis fa:a.-Ios comovos, porque n vida nuo anda para tras e nao se demora com os diaspassados. vos sois os arcos dos quais vossos filhos suo nrremcssados comotlechas vivas. 0 nrqueiro mire 0 nlvo na send:t do infinito e vos cstica comtoda a sun fon;'3, p..'U'3 que Sll<tS f1echas se projetem, rnpidas e p:lnl lange.Que vosso encurvamcnto no mao do nrquciro seja voss,," alegria: pois assimcomo ele ;tlll:t a flecha que voa, aln3 tarnocrn 0 areo que pennaneceest6.vcl.'·
(Gibmn Knlil Gibmn)
SUMARJO
I INTRODUGAO ...
2 A EJ)UCAGAo INFANTIL E AS NECESSIDADES DA MULHER
CONTEMI'OR,\NEA... 14
3 A POLiTICA DO PRE-ESCOLAR NO BRASIL... 19
3.1 UMA COMPREENSAO HISTORICA DAS pOlinCAS PARA CRIANCAS EM
IDWE ESCOlAR NO BRASIL... 21
4 A SEPARAGAO ENTRE A MAE E A CRIANGA NO MOMENTO DO
INGRESSO NA ESCOLA MATERNAL...
4.1 0 PROCESSO DE ADAPTACAO A CRECHE ...
4.2 A ESCOlHA DA CRECHE .....
4.3 DADOS SOBRE CRECHES E PRE-ESCOlAS ...
5 METODOS DOS PROFISSIONAIS PARA CONTROLAR A RESISTi;NCIA
DAS CRIANGAS AO INGRESSAR NA CRECHE E pRE-
ESCOLA ...
5.1 A EQUIPE ESCOlAR ...
5.2 ORTENTACOES PEDAOOmCAS ....
6 CONSIDERACOES FINAlS ...
7 REFERENCIAS ....
32
37
39
42
45
49
51
56
60
RESUMO
o prescnte estudo procurou investigar na literaturn e na pnitica se 0 ingresso. decrian<;ns pequenas no Escola de Educa<;:iIolnfuntil na primeira fase, pode ocnsionartrunstornos em seu desenvolvimento. Analisou em particular a problemUtica dasepara<;:ao prccoce do crianC;3 pequena e sua mac para iniciar na pre-escola e :15conseqOencias desta separn<;iio pam 0 descllvolvimento infanti!. Fundamentol! asquestues sociais das familias que, precisam escolber entre a melhor maneira de deixarsells filhos aos cuidados de outms pessoas para retOrt1arem ao mercado de trabalho auaos estudos. Apresenloll Ulna breve sintese da opiniilo de Sonia Kramer sabre aquest;1o da l-list6ria do Pre-Escola no Brasil ( 1987). Ulna r~visao \iten)ria identiticQllos sintoJnas do faltn de adapt89~o do escolar a creche e por lim, dcmonstrou como umaEscola Infantil se organiz3 para dar atendimento ~IScrianlt3S e amenizar 0 impacto dascpartlltilo dentro de criterios metodol6gicos especificos, chegando it COJ1clus~oqueentre todns as possibilidades de atendimento as crianlt8s para que a mae possa exerceruma profissao fora do lar ou trnbalhar pam colaborar com 0 sllstento da familia, acreche ofcrece as melhores condi<;oes de segumn<;n. de edUC3ltaOe cuidado.
Palavras-chave: resist~ncia da crian<;a it separa<;ao materna: crian<;a; Educa<;i.'ioInfallliLcreche; Imbalha
1 INTRODU(:AO
A familia constitui a lInidade indispens8vel de toda a or~1.niza<;ao social
atraves da hist6ria do homem. Seu fimcionnmento forneee urn marco para a definiyBOe
conserva~iio das diferen~as humanas, dando forma objetiva aos papeis distintos,
veiculados por pai, mae e filho. basicos em tadas as cuituras.
E dever da familia conduzir a educ.:1.yaode sellS filhos pam que eles cre.s<;ame
se adaptem aos vnlores da sociedade quando adultos.
De maneiru geml. e simples imaginar que 0 Jugar da crian9:'t e no seio familiar e que
a dedicayao e tempo dos p3is e destinado aD seu conforta e bern estar. Embom seja esta uma
conccP9uo ut6pica porque 0 fato observndo e que na atualidade isso nao ocorre nn mnioria dos
Jares. Hi uma gmnde porcentagem de pessoas que desejnm continuar suns atividndes
protissionais depois se tomarem pais.
Nas ultimas decadas tem-se cOllvivido com uma nova conduta social que
interfere diretamente no ambiente familiar: e 0 ingresso cada vez maior da mulher no
ambiente do trabalho e 0 desejo desta em realizar-se profissioI1almcnte.
As mulheres mudaram sua atitude pemnte a sociedade e a partir da decada de
70, com os movimcntos feministas •a pilula anticoncepcional, as conquistns Icgais de
sellS direilOs, entre outrns circunstiincias. gnrantirnm lim 110YO "status" social.
Hoje ja nilo existem limites para a atllac;ao da mulher no campo pro fissional
EI3 se faz presente em lodos os niveis e cada vez mais podemos encontrar mulheres
nos cursos 1I1liversitarios enos preparatorios, destacando-se com excelente
aproveitamcnto em suas fun~Oes.
Mas sera que para cntrar no mundo do trnbalho, onde selltir-se-ao realizadas
pro fissional mente, terao as mulheres que abrir mao de seu papel natural que consiste
em gerar filhos e ter uma familia?
Certamcnte as mulheres nAopretend em deixar de lado esta importante parte de
suas vidas e, como tambem querem trabalhar e estudar, precisartlo con tar com 0 apoio
de outros pessoas pam dividir 0 cuidado de seus til has durante 0 tempo em que estuo
ausentes.
Para tal cuidado podemos distinguir quatro modalidades de estruturns
diferentes que se propoem a suprir essa necessidade: creches e pre -escolas, cuidadores
remunerados que tomarn conta de crian~as em suas proprius casas, ou deixados aas
cuidndos de parentes au cuidndos em casa por lim profissionni de trabalhos
domesticos.
Quando as pessoas sc deparam com a necessidade de se manterem no mercado
de trabalho e, ao mesmo tempo, oferecerem nos filhos pequenos a segurnnC;:3de
atcndimento as necessidades basicas. materia is e emacionais. veem-se de repenle em
lima situa~ao contlitante. De um lado querem veneer profissionaimente e de outro se
cobrem de remorsos por privnr sellS rebentos de todos os momentos possiveis de
convivencia familiar. Como soluC;ao buscam altemativas oferecidas pcJa Educa<;.ao
Infantil.
De forma geml, "u educa~ao infantil e hoje compreendida no Brasil, como 0
atendimento educacional us crian<;as de zero a seis BIlOS de idade. em creches e pr6-
10
escolas. COllstituindo, assim, a primeira Clapa da educa~ao Bilsica"(BARRETO. J 995,
p.7).
Jft se sabe que no Brasil a busca por creches como meio alternativo de
cuid3dos infantis que perm ita aos pais trabalharem para 0 Slistento da familia
predomina nas classes menos favorecidas. e que a demanda de estabelecimentos ebastante inrerior aos requisitos da necessidade apresentada. Por esse motivo, as
solll~()es alternativas as quais nos referimos silo bastante adotadas. com pontcs
positivos e negativos voltados a cada uma delas. 0 que n~o e aceito do ponto de vista
do atcndimento 3S crian~as, indiferente da modnlidade de estrutura oferecida, seria a
exposi<;:ilodas crianyas :l viola9~o de seus direitos, e que quanta menores, bem menos
poderi'ia reclamar au revelar sabre a que paSSllmna tratamento diario que recebem.
Nua podemas deixar de camentar que cuidadores podem simplesmentc tomar
conta algumas crianc;as e deixur sllperficialmente ntendidas as suas necessidades
bnsicas. Aos parentes. mesma que seja remunerado, tamar canta das crianyas e um
favor. porque. dcmonda tempo e responsabilidade. Principaimente em cidades grandes,
ande u mobilidade e bastante complicada, a contratayda de uma babit para cuidar da
crial1c;aem casu e dificil. A confianc;a em uma pessoa sem vinculo de parentesco, que
f1cora a tempo todo cam uma crian((a. nao sera plenamente satisfatoria. AIt!11ldo que,
cssa pessoa, ao se ocupar de outras turefas domestic.:1.s,ni'lo tern a responsabilidade de
ensinar valores au mesl11ade trat-orhem a crianc;a sob seus cuidados.
A partir de tais reflexoes, e ncreditanda estar agindo corretamente, a maiaria
dos pais esmera-se em escalher uma boa escola, na qual as atendentes s1'0
II
profissionais especiaJizados sob a supcrvisJo de outros profissionais, que estaruo
dedicados a suprir as nccessidades dos peqllenos deixados aos sells cuidados. de
maneira mais parecida passive!. com os cuidados da familia.
As informayoes literaTins sabre creches s~o bastante deficientes e os dados
estatisticos sobre essa modalidade de atendimento no Brasil .inda estao defasados.
Sabe-se que e.xistem inlllnerns creches que funcionam prccariamente e nern estilo
registradas. em todas as ciciade,sdo pais. Com freqOencia, observa-se esss Situ89cro 110S
jornais e noticiarios de televisc10. Mas as necessidades atuais caminham para a escolha
da creche como atendimento as crianyas pequenas e sua a regularizac;ao de
funcionamento, bem como do aumcnt.o do nlllnero de vagus, e uma iniciativu nao s6
governamentaL atraves de procedimentos par parte de Conselhos de Direitos do.
IntBncia e da Ado[esc~ncia. como tambem observa-se 0 aumento no numero de
profissionais de Pedagogia que se preparam para exercer essa atividade na iniciativa
privada.
As Escolas de EduCllC;iiolnfalltil mere·cem atenc;iio especial. Existe legisla9ao
propria para esta modalidade de ensino. As creches pllblicas estiio sob a jurisdic;ao dus
Secretarias de Educac;ao dos municipios, que cOI11"am com profissionais que garantem
o funcionamento das mesm3S. As particuiares, devem estar registradas e funcionar
con forme a arientaC;ilo legal.. devidamcnte tiscalizadas pelas Sccretaria de EducaC;ao
do Estado •peb Documentadorn Escolar.
A forma9aO integral da crianc;.ae 0 objetivo do ensino. Mcsmo para as crianC;3s
pequenas, quando s:lo entreglles no escola par lim periodo integral. 0 planejamento
12
cscoiar deve preyer a forma\!Aode valores, hem como aspectos educacionais pr6prios
de cada pequeno, e ainda Sllprir a parte nfetivfl que era cargo das familias, antes de
ingressarem na escola.
Ainda percebe-se que, tendo a alternativa da Escala Maternal all Creche,
quando os pais vilo concretizar 0 fato de admitir 0 seu filho na escola deparam-se,
entre outras dificuldades, com a resistencia das crian~as em deixar 0 ambiente familiar
e viver essa autra realidade.
Nesse sentido, percebe·se que alem de conhecimento, os professores
especializados em Escolas Matemais precisar~o ester devidamente preparados para
feecher essas crianc;as, amenizando a carga emocional e a resistencia (medo e
ansiedade) apresentadas e desenvolvendo novas valares de confimwa entre a familia, a
criancr8 e a Escola porquc., de certa forma, nesse novo contexto, a EscoJa ira substituir
como educadora, em mllitos momentos, a fun\=aoda fillnilia e dos pais.
Partindo de tais retlexoes. 0 presente trabalho de conclusao de curso buscou
responder 0 seguinte questionamento: quais silo as orie,nta<;3es pedag6gicas sobre
como os professores podem enfrentar os comportamentos de resistcncia da crian<;:aao
ingressar no primeiro ano de Educ.'19ao Infantil?
Parn tal, partiu-se para umo pesquisa bibJiogritfica, buscalldo atraves desla
metodoiogia, encontrnr no universo da pesquisa subsidios para a analise da
problematicn, elucidando questionamcntos e esclarecendo as especificidades de nosso
objeto de estudo, 0 enfrentamento pedag6gico 8.resist6ncia da crimwa aD ingressar no
13
primeiro anD de vida na Educac;.ao Infantil. 0 metoda dedutivo pennitiu avuliar os
cstudos on literatura illvestigada oa pesquisa bihliognlfica, seguindo-se alguns passos:
Primeiramente buscoll-se reconhecer que condic;oes, motivadas pelns
necessidadcs da vida modema, levam a busca precoce de uma Escola que atcnda ao
meslllo tempo ao direilos da Crial1C;8e os interesses dos pais. A seguir, dernonstrou a
evolll,ao do Ensino Pre - Escolar no Brasil e a contriblli,ao para a inclusao intelectual
de criallC;:ls que freqUenlam a pre escola dcsde n tenra idade e em seguidn, intentoll
compreendeT, atTaves da literotura, 0 processo de separru;iio mfie - filho (do nascimento
aD primeiro anD de vida), explicitando entaD quais as orientac;oes dadus as atendentes
de creches para atender as necessidades basicas de cuidados e eduC3c;.nO dos bebes que
ingressam na e.scala, pesquisando sabre os cuidados s6cio - emocionais e as
recomendaltoes dudas nesse sentido.
14
2 A EDUCACAO INFANTIL E AS NECESSlDADES DAMULHER
CONTEMPORANEA
A rnotivnyno da lTIulher pelo mercado de trabalho faz surgir a busca por lim::!
nova modalidade de prestay30 de serviyos, a EscoJa Maternal. a qual recebe os
pequcnos alunos e deles passa a tamar contu enquanto a m~e cumpre a sua ratina
diaria de tmbalho.
As creches ja existem ha muito tempo, ou Inais precisamente desde que as
mulheres forum tambCm envolvidas pela queshl0 do suprimento das neccssidades da
familia. Historicamente a muihcr sempre esteve presente no 3mbiente de trabalho.
meS1110que no passado sua preseny8 n~o fosse tdo con stante como hojc. 0 que vemos
nos dias 3tuais e a tamada do mercado de tmbalho peJas lTIulheres que 80 mesmo
tempo que exerccm seu Indo pro fissional tambem precisam se desdobrnr no cuidado
com a familia. Assim. tamar canto de seus pequeninos passou 0 ser urna tarefa
dedicada a outrns pessoas. as quais tambe-m passaram a exercer um trabalho: 0 de
educar. de suprir. de alimentar. de agrndar. de limpar. de brincar com 05 filhos de
diferentes familias colocados a sellS cuidados.
inici:.imcnle, as creches no Br:uil esliveram vincuiad:.s ao O1tendimentod:.POpUll~O de bl.ixli rend" e 0 Irllbl.lho de5Cnvolvido era de cunho :nsille:ncill'custodial. vohado p:!.rnlI.alimentaylo, higicnc e scgun'u~a fisicll das cria~.lS(RAP APPORT, 2001, p.81)
Essa realidade roi se modificando, principaimente nas grandes cidades,
ocorrendo UiTI aumento no niunero de creches e escolas m.tom.is em todas as classes
15
socia is. Nos dias atuais, percebe-se que mesmo as maes que ni'Io trabalham fora
comec;aral11a busear esses espayos para a socializac;~o das crianc;as. assim 0 fazendo
porque sabcm que hoje em dia 0 trabalho educativQ exercido peJos profissionais das
escolas maternais estende-se por todas as fnixas etarias e pode ser bene fico para a
formar;ilo de sua personaJidade infantil.
Nas grandcs cidades a maioria das escolas tern born funcionamento. sao
devidamentc reconhecidas e com atendimento fcito por protissionais preparados e com
compet~ncia. Nas escolas pllblicas principaimentc, sendo funcionarios pllblicos. os
educadores devem ter a fonnac;ao necessaria no momento do concurso publico. As
escolas particulares tern os proprios pais como reguladores de seu funcionamento com
a qualidade desejada. A excec;:klosem para aquelas cscolas organizadas por at.cndclltes
que nao esUio em situac;:aoregulnr de funcionamento mas que dada as neccssidades da
clientela. mesmo que precariamente ac.redita-se que thc;:am0 seu papcl.
A propria Constituic;:ao Brasileira de 1988 reconheceu a creche como lima
institui9nO educativa, sendo lim direito da crian9a, uma op<;aoda familia e Lim dever do
Estado (Art.208, inciso IV). A partir da nova Lei de Diretrizes e Bases LDB, (Lei
9396/96 de 20112/1996), a creche passoll a ser incluida como parte da edllca<;iIo
infuntil respons8vel pelas crianc;:as de ate 3 anos, conforme 0 enunciado do art. 30,
inciso I da referida Lei.
16
Considcrando as J>CCuliuridttdcs de c:tda etl1pa do desenvolvimentocomprecndida entre zero" seis OlIOS de idadc cstabele<:e-re como func;Ocsilldissocj~veis da eduCJ~o infanti) 3S de cuid::tr e educaf, complemenlnndoas cuidJ.dos e 1.\ eduC:lCl.'io re:tlizados nt, familia ou no circulo da f3milia:a) favarecer 0 desenvolvimento infantil, nO!l aspectos fisico, motor,emocion..u, intelectulll c social;b) promover a runplia9~o dns experiencias e dos conhecimentos infilllti!i.,estimulnndo 0 interesse da crianc;n pe<]uelH\ pelo proceSSoOcia tTallsfoml:u;aocia natureza e pela din:1mic3 dn "idOl social.;c) contribuir pam que sua illtc~lio e cOllyivencia nit sociedndc sejnprodulivn c marc.'ub pelos v'alores de solidariednde, liberdnde, coopemc;50 ere.pei.o (BARRETO, 1995, p.II).
Como se observa nos itens acima citados e propostn da Politica Nacional de
Educa~ilo Infantil atender 0 desenvolvimento global dos pequeninos e sao abrangentes
as ayoes visando esse·s objetivos. Porem, 0 que sc percebe e que a elaborayi'io do
projeto pedug6gico dentro das escolas, nem sempre pode contemplar com sueesso cada
iniciativa educucional.
E verdade que as condi~()es da vida modema levam it busea preeoce da Escola
para crian9'ls que :linda se sentem protegidas pelo ambiente familiar, e encontrar a
institui~ilo que preelleha as expeetativas dos pais pede ser um trabalho arduo e que
causa momentos de inseguranC;8e dor.
Muito cmborn exists a contiaJlya no trnb.:'llho de profissionais de creches,
deixar uma crian~il muito pequena aos cuidados de outras pessoas e motivo de muito
apreensi:'io por parte dus familias. Muitas veres 0 processo de adaptac;ilo e doloroso
para ambas as partes, mae e filho, mas deve ser contomado, porque 0 periodo da
licem;a rnatemidadc, de quatro meses. e pequeno para quem precisa rctomar ao
trabalho ap6s 0 parto.
Tambem as difcrenc;as que os plis sabem que vao encontrar em uma creche, e
a fragilidade, do filho deixado nos portoes da escola, fazern com que se criem
inllll1erOStemores, sobretudo no campo emocional. Sensayoes de medo e ansiedade
por parte dos pais e, consequentemente, por parte da crianya, que resiste u rupturn
diaria do ambiente familiar. por Lim periodo do dia. pode ocasionar tensoes que se
agravam na volta pam casa, como agressividade, manhas) sono agitado entre outrns.
17
A mae e muito importante para a crian<;a pequena, havcndo estudos que
comprovam que patoiogias de ordern emocional sao desenvolvidas ern criam;as que
silo privadas da presenr;fl do. mile ou de uma pessoa adulta peln qual a crian<;;a
desenvolva lim sentimento de apego. Contudo, ha tambem que se retletir que uma mae
estressada, cumprindo jomada dupla no trabalho e em cnsa tambem pode contribuir
para a formac;:ao de urn sentimcnto de inscgurnn<;a entre cia e seu filho.
Se for necessaria para a mulhcr contribuir com as condic;oes financeiras da
familia. entende-se que, muitns vezes seja melhar mesmo que se escolha lima esco\a,
porquc nuda comprova que se desenvolva adequadamente um apego segufO entre Lima
mulhe.r que quer au precisa trnbalhar e seu filho pequeno cujos cuidados impedem a
realiza<;ao pro fissional da mkle.
A Teori. do Apego de Bowlby (RAPAPPORT, 2001), postula que a tendonci.
para se estabelecerem fortes relac;:ties de apego com determinadas peSS03S, enecessidade b6sica tilo importante como alimentnc;:ao e sexo. e a relac;:aode apego que
se estabelece depende do grnu de sensibilidade dessa pessoD pam com a crianrya. 0
::tpego tcm a fun<riio de sobrevivencia, ja que busca promover e manter uma
proximidnde segura com a cuidador principaL Sentimentos como 0 medo, a
inseguran<;a e 0 temor podem ser controlados quando a crianc;:ase sente protegida pela
lernbrnnc;:tlda mae Oll do cuidador que ela conlia. sendo que ate lllll ano de idade a
crian<;a ja COilsegue alcum;ar urn aspecto cognitivo positivo em relayeo aos mcrnbros
de sua familia.
A entrada precoce nn escola maternal ou creche deve ser encarada como uma
necessidade de cuidados altemativos, en escola precisa estar atenta para que os bebes
entregues aos sellS cuidados nilo desenvolvam inseguram;a. E isso se dam com 0
preparo e a Ct1.pacidade do profissiollal em desenvolver habilidades com crianc;as
pequenas. Sob essa perspectiv3, percebc-se que hi aspectos positivos e negativos na
entrada de cri:lIl~as no primeiro ano de vida na escola.
Para as crianc;as. a privnc;iio do contato familiar por urn periodo do tempo
diario pode ser um fator de frustrnc;uo, uma situa~o estressante. ao dividir a atenc;flo
de sell cuidador com outras crial1~as somado no fato de niio ter seu momento
18
individual com 0 carinho do mae, que troca sua fralda, do sua mamadeira au lim
abrat;o carinhoso ao colaea-Ia no benyo para dormir, em momentos precisos. Na
creche, em contTapartida, a atendente estnni com todos os bebes e. mesmo sabendo que
cada lim tern sua exigencia particular, tern que se dividir entre eles da melhor maneim
possivel.
J:.'l no aspecto positivo. a sociaJiz3yUO das crianc;as que entral1llll cedo na
creche e mais desenvolvida, t.1nto em nivcl de brincadeiras como de comunicac;ao com
as educadoras. Elas brinc8m com outras crianC;3s, e na sociedade atual e !TIliito
importante desenvolver 0 senso de solidariedade e de participoC;ii.ono grupo.
Sendo assim, 0 indicado e que, haja lim conhecimento ITIlltllO entre a institui~tlo
publica ou privada que acolheu 0 menor e sua familia, e que as atendentes conhe~.am
as expectativas dos pais com relayao 80 trabalho da escola.
19
3 A l'OLiTlCA DA EDUCA(:AO PIU; ESCOLAR NO BRASIL
Nesse capitulo sao npresentndos os estudos de Kromer (1987) como subsidio pam 0
entendimento do relacffo entre as difcrentes condi~oes de atendimento as criam;as. alem das
politicas adotndas p:ua 0 desempenho dn eduC:H;J.O pre - escolar no Brasil.
o fracasso escolar no primeiro grau no.s cscolns bmsileims e urn fato indiscutivcl.
Alguns especialistas C0l110 Bondioli (1998) e Barreto (1995) afinnam que, os escolares que
nao oblem 0 devido suoesso nos estudos, pularam eUlpas de descnvoivimenlO motor e
intclectunl que deveriam ler sido adquiridos durante a primeirn infiincia. Ainda, de [onnil
geml, comentnm que lais conhecimentos seriam trnnsmitidos peJo convivio familiar e COI11
oulros criolll;as do grupo. Como a sociedilde moderna ja nfio oferece estns condi.:;:Oes de
convivencia familiar, 0 suprimento da deficiencia ca.us:tdo por essa falta poderia ser fcito pelo
ensino pre· escolar. :
Kramer (1987) questiolla a politica do ntendimento do en sino pre·escolar no Bresil e
demonstm a sua preocupa~ao com a linalidade assumidn por essa modalidade de escolaridade,
bern como a forma pela qual t\ mesmu 6 direcionadu no Brasil. Refere-sc a falta de reClIfSOSe
de legislu!yuo destinados t\ essa fa.ixn etiria e mcsmo no despreparo dos educadores que atuam
junto aos mcnores.
Ao apresentnr sua pesquisa, afirma que por tn\s do empenho com 0 en sino pre .
escolar ha uma pretcnsao de, com esse ensino, se conseguir compensnr as diferen9J.s sociais
que trnnsparecem entre as crinnyas dns classes dominantes e as menDs mvorecidas
economicamenlc.
Referindo-se 3S diferenlfCls entre as classes comenta que as primeirns estariam em
condic;:Ocs de dcscnvolver lima linguagcm mais erudita c tcr aceS50 nos meios tecnol6gicos
com maior fncilidadc em situat;Oes cotidianas, cnqllnnto as outms, crescendo em lim rneio
20
inteiectuaimente tn:lis cnrente, estariill11 em desvnntagem. Apresenta, enta~ que 0 ensino pre -
escolar seria a ponte que Icvaria it iguaJdade de condi~oos aDs futurns cida<lilos, os quais
devidamente lrnbalhados nao sentiri'lIn as diferen<;:ns sociais que n sun condil«1o fntnlmente
iria impor, como: aptidiIo pam a leiturn e a escrita, desenvolvimento motor, nOyaO de
laternlidade, facilidnde de exprimir 0 pensaJ11ento de forma critica e conciso, habitos de
higiene, consciencia ecol6gica e oulms habilidades que os conteudos desse ensino oferecem
aos pcquenos.
Dando colliinuidnde :1 presente reflexao, sabc-se que e inevit;\vei que 0 !ier humane
passe pelo periodo ct., inffincia e que cia faz parte dn condi<;:uo humanu. Esta fO'lse d3 existencia
e encamda de diferentes maneims e em todns elas nparece a preocupa~o com 0 ndulto que ha
de vir. Em algumas epocas a repressao [oi II tonica. que prevaleceu, a privnr;.ao cultural e 0
lrnbalho carncteriznrnm urn longo periodo, onde 3 infiincia ern considcrada voltndo. pam n
idei3s de que a crian';'3 seri:. urn adulto em miniatum. Por outro lado, considernva~se turnrem
n crinn';'3 como um ser dependcnte, inc:tplZ e que nilo respondia pelos seus ato!.
De qunlquer fonna, a crian.;.a pertence n Lim grupo social, qucr seja a familia au a
sociedade, e e importante que se enquadre no sistema social.
Em nossos dias, a fnmilia mudou e, ~ro suprir a falta dos pais e fmniliares, n
institui.;.J.o pre~escol;lr vni aos poueos ocup=tndo 0 lugnr que Ihes er.lIll destinados.
Nessa formn de ocupnr urn espa~o importante no ambito socinl e educacional,
Kramer (1987) nos indica primeirnmente a importanci •.•dn condi~uo de acesso a pr6-escola ser
universal, pam cnan(fUs de qUillquer c1nsse, e que 0 atendirnento as diferen9tls deve levar em
conta a individuillidade de cada crian';'3 ali inserida.
Cada cri~mp vern de WI101 rea.lidnde historica diferente e a educa~Jo pre~ escolar nao
pede igualar por baixo as difcrentes experiencias inf4mtis. Para tal, a autor.l acima ciradn,
21
3.presenta nlgul11as considera~Oes il11ponames, condenando i1 educac;:ao compenSlit6ria e
ilssistencialista que as instituic;:oes publicas tcimam em exercer e, preocupando-se com 0 fata
de as ill5tituicoes pre - escolmes tornnrem-se locais onde se deixilm os filhos para que
pennaneymn par lim periodo, sem que po1iticas proprius Ihes sejam destin3da5. Trnz ninda que
e necessaria que as melodoiogias adotadas compenscl11 as deficiencias e as carencias dos
menores com desenvolvimento dos valores sociais. emocionais, de prescrvayao da saudc,
ecol6gicos, entre outros, necessitrios pam sua vida adults futura.
3.1 UMA COMPREENSAO HISTORlCA DAS POLITICAS PARA A
CRlAN<;:A EM [DADE PRE- ESCOLAR NO BRASlL
Denlre as pesquisas de autores realiz.,das nesse trabalho pode-se perceber que po"eD
se fez no Brasil a favor da pre··escoia ate 0 inicio do seculo XX., conforme a contribui~"i.o
encontrnda em Kromer (1987)
Historicamente, ate a dec-ada de 20, a criaycro de escolas vis.avn suprir 0 abandono, a
SiturH;.t10 de foha e intclectualidade dos puis, sendo destinadas a recoliler os desvalidos, os
orITios, e· os mhos de escmvos. Dessa maneim, nilo se constituiam propriamente em escolas,
mas em abrigos, onde se recolhinm os mcnores e nas qunis as condi.;oes de atendirnento erom
precarias tanto do ponto de vista emocional quanta nutricional
o Instituto de ProtClVIToe Assist~ncia ~ Tnfitncia do Brnsil, criado em 1899, por
excmplo, visavn atender os menores de 8 anos. Embom fosse uma institui.;ao organizada e
com amparo legal, nao fugia ;\ regra d.t silua.;~o exposta acim3. POf!!m, teve seu J.Xlpel social,
pois essa illstitl1i~50 roi import •.•nte no combale as epidemias, Ila multiplica~o de
maternidades, de creches e institutos de proteyaQjljnfilncia pel os outros Estados do Brasil.,., ,,:-'.•l:J(-/:... u~,
I:' ::.,\ . k'J;.~5-k"
22
Em 1919 foi c.riado 0 Departamento da Crinn<;-a no Bmsil, fruto da iniciativn de
benfeitorcs e scm a p3rticipa<;ao governamentnl.
Ainda muito tempo serin necessario pam que medidas Jegais de protc<;ao a infrind3
fossem tomnci'ls pelo governo. visto que a preocupacdo dessn epocn estava vohada pam 0
suprimento das situu<;Oes de desamp.1ro e mesmo de preserva~10 da segumn1(3 das classes
dominnntes motivada pelns diferen<;ns sociais. A fimllidade subentendida nessas mcdidns
protecionistas estnvn nn insery50 dns criancns nil sociedade brnsileim, considemndo suas
classes sociais de origem, procurondo "remediar" e "recuperar" as defasagens das crian<;ns.
que nao correspondial11 aos p.ldrOes considemdos legitimos (KRAMER, 1987).
Da dccadu de 30 em di:mte houve mclhorin no utendimento das PH!-eSCOlas quando 0
governo assumiu 0 controle do ntendimento, associando-se a 6rgnos filantr6pico5 que
assumiram 0 onus financeiro da cnusa infantil escolar. Esse sistema ninda vigorn, pois
atualmente 0 que temos e 0 governo reconhecendo como concreto a necessidade de
atcndimento n essa fnixn etnria, constrllindo creches e oferecendo condici5es basicas as
cri:m<;as.
Mas tal qllnl it decada de 30, as (:olabora<;()es de entidades bellemeritns 530
inevitllveis, 0 que imprime um cnmter patcrnalista e assistcncialistn a uma institui<;ilo que
deveria estnr no alcance de toda a popuJa~ao e que se apresent:ari3 como um direito e nuo
como lim favor. 0 pilllonuna ainda encontrado e que a entrada de lima criun~a no sistema pre
- escolar Pllblico e lim premio que custn grondes 5.1crificios as famili3s que pleiteiam urn lugar
pam seus menorcs.
Retomundo a reflexao hist6rica e politica do periodo descrito aqui, toma-se
necessario analisar a conjunturn politica econ6mica e social ligada 3.S mudnn<;as na condi~Jo
de vida da populn~ao dessa epoca. Inicia-se 0 ~xodo rural em dire<;<,'ioas gmndes cidades,
23
ll1otivndo principal mente pelo cre.5cimento industrial. Consequcntemente surge 0 problema da
assistcnci<t ns crian93s das ruaes trnbalhadoras e dn CriUI1<;il tmooJhndorn.
Note-se pelns observayOcs de Kramer, (1987, p.63) que 0 "fato da crianc;a trobalhar
p.:ua .ljudnr" fomilia contribuia JXlra elevar 0 valor dOl cfinnya", pernnle a sociednde e como tal
em elogiadn. A Constituic;ilo, outorgada em 1937, npresentn 0 Estndo como 0 org'Jo que
suprini as necessidades das crianl(.1Scaso a familia nao poSSQcumprir pienamente 0 seu papel.
Art.127 que define 0 Estado como 0 controlndor dn T'Cspon:5Jbilidadcdosp3is e 0 provedor dos menores cuj"s falllflias 11110pouuisscmrecursos pam a subsistencia e a educaryllo de sua prole;(C.F.1937.art 127)
Art. 132 0 Estndo fundi'l.ci lnsljlllj~iSes Oll dan, sell nuxilio e prot~30 3ifundndas por a.ssociayOes civis, tendo umo. e outrns por filllorg~izllr pam n juventude periodos de tralxdho :lIlual nos campose ofieinas. 3Slim como promover-Ihe a discipiiJlo. Illor;,li e 0adeslnlmento fisico de maneiro. a prep:lm-ia pam seus devere,i pJ.r-3com:t economin c 3 defc5<"ld:t patria.(C.F.1937, art. 132).
o presidente V3I'g.as chnm:l\'3 n atcll¢o pam 0 importclIltc problema do:unpllro a cri:10911considernndo-a como 3 " ch3ve de noua. grnndez.."1.futura",nest:. cital(.'(o ninda umn p.1rte do discurso do Presidenle que declar.w., que n.c,rianfYilj" colabom com a gr:mdeZ3 do Brasil, atrnves da dignific3930 dotmbnlho" do nuxilio n seus p:lis, num edificnnte exemplo de solidruiedade naluto.pelo g.:Ulhnpdo di6.rio (LLMA, 1943, in KRAMER, 1987, p. 62).
Em vista do discurso nqui citado presumo-se que n"queia epoca 0 que em bom pam a
mu;1i.o em born para todas :lS crian~1s e suas familias, e que 0 trnbalho infnntil ncei10 eOI11
natumlidadc, uma vez que as crianc;as estavam particip:mdo do. criac;ao de lima na~ao que
caminhnvn p-,m a industrializn~10.
POlleo se fez no sentido de 1l111dan~ nos parfunetros de ntendimento :to ensioo pre -
eseol:u, e 0 que se viu roi uma sucess:\o de medidas interdependentes Oll sobrepostas em
difcrentes ministerios dos gove.rn05 republicanos visnndo minimizar os problemas cUts
familias quanta it nssistencia medica e alimentar dos mcnorcs de zero a seis an05.
24
As mudnnty3s observndas cnvolveram a assistc:ncia medica, a qu:ti [oi organizada
pclo Ministerio da Sa(lde, que CriOlI os Postes de Puericultura que orientavam macs quante ao
nleitamento e habitos de higicnc. A preocupac;.ti.o com as aspectos cultumis pollC,Q se rcvelou
nas diferentes tcntntivas de urn progrnm:t educacional pnrn esta fnixtl. etnria ..
lsso nao significa que nada tcnha side feite, pcJo contrario, diferentes instituicroes
buscarnm alcanc;ar essas crianyas em sun totalidadc, mas 0 que se reveloll, no cntallto, foi 0
carnler compensat6rio do atcildimento.
E assim, nllmn sucessao de medidas, cada setor do governo construiu sua pr6pria
polilicn e nenhuma integmyao se revelou.
Cita-se ab:lixo alguns orgaos assistencinis e program as que foram criados pam as
criany.,1.s em diferentes per1odos da Hist6ria do Brasil, alguns dos quais ainda subsistent, e
outros mais recentes que C'stdo sendo aperfeilYoados.
DCllnrtnmento Nncional dn Criotnf;3 - vinculado ao Ministerio dOl Sa(lde, edestinado a coordennr ns atividades nncionais, sendo implanmdo em 1940.
Servif;o dc As~jstcncia n Mcnores - ligado 010 Ministerio cia Justic;:a pJm
atende-.r n ab.1ndonados e delinqOentes.
Orgnniznf;iio Mundinl tin Etluc~u;ao Pre - Escolnr (OMPE) - de inicintivu
privnda. iniciOldn em 1952. atun ate hoje no Brasil.
Coordcnnf;Ho de[duca~i\o Pre - Escolnr - implantndo em 1975 e ligndo 010
Ministerio de Educ:wao e Cui tum, a qunl ate hoje centraiiz3 e dinnmiza as atividades
desenvolvidas nas Secretnrias Estnduais e Municipais de Educ:II;i"io.
LBA - Projeto Casulo - criado pela D. Darcy Vargas, convocava a sociednde
brosileim a buscar esforc;os p<1m promover a assisl.?ncia its maes e as crianc;as enrentes dus
cidadcs brnsileiTils. Foi um papel 3ssumido por muitos anos pelos governos que se seguimm e
25
que nao sobreviveu it faltn de recursos e dificuldades administrntivas. Era mais assistcncial do
que cultural, e preocupava-se com 0 uspecto nutricional dns crianrras, sendo tnmbem voltado
P.ln1 fI recrea950.
Hoje em din a Jegisla9L'io se apresenta tendo pam a cri:l.Ilp 3 prioridnde absolutn no
atendimento as suns necessidades basica.s, e t:\Oto 0 govemo quante as instituiyeies privndas
oferecem em todD 0 pais programas de protec;uo:i inffinciu. A Boisa Familia, para familias de
baixa renda, condiciona 0 recebimento do direito a matricula dns crian~s na escola; 113 "'rea
instilucional, a Pastoral d" Criflllr;.<t, entre Olltrns, faz um trnhnlho semelhante. com
colaborndores em todo 0 p.1is, numa inicintiva da igreja cntoiicn, a qual conta com 0 tmbalho
voluntnrio de 120 mil pessoas dns comunidades bmsileirns que lutam contro a desnutric;ao
infnntil. Tnmbem existe 0 comb.1te a explorn~ao do tTabalho do menor, visto que hoje
considern-se a escolaridade em primeiro lugar, e que il infancia n;lo pode ser lIlll perfodo onde
o trnb:tlho se sobreponha a formn~i!.o intelectual do individuo, pnra que este na vida adu1tn nuo
venha a sofrer as discrimina~Oes que a baixa escolarid:tde traz no mercado de trab..llho.
Algumas orW1niz..'l~oes internacionais tambem se preOCllp;1m com a integridade das
criam;ns, nos p3ises em desellvolvimento, buscnm promover a inclus30 social e inte1ectual das
crianc,::ls em silllac;lio de risco, expostns a violencia urbana ou em situa~ao de pobreza,
principJimente nas grnndes cidades., tilis como a:
UNICEF - E um bmc;o dn ONU diretamente vohado P.1ro 3tendimento a
intuncin e visa sobretudo a melhoria do. qunlidnde de vidn dos menores, visando umn
mat uri dade mais com piela e, em conseqOi?ncia melhor desenvolvimento econ6mico e social
da comunidade em que vivem.
Quanto ao modele de atendimento prestado :1.Scrinnc;ns nos diferentes paises, a
UNICEF deixa n criterio de cada urn 0 reconhecimento de suns necessidades. 0 Brasil investe
em progmmns que lev:lm :\ integrnyilo do. crianyn rom a(t8es comunitArias e de prolc<;:lo contrrt
n violencia.
Neill sempre 0 atendimento infnntil no Bmsil sc deu de forma satisfut6rin, aindn
existem supostns creches que s<"lo verdadeiros depOsitos de cri(\n~as. fUllcionando
cillndestin:unente. e dand nos l11enon::satendimcntos considerados bas.icos e nao voltndQs ~
fOflllnC;iio educacioll.itl.
A falta de integrn9iio entre os projetos e reconhecicinmente 0 motivo de tnntn
denoll1inny~o, 3lc\m de que ninguem se responsabiliza pelos pmgramas. nos quais 0 suceS50 de
U1IS C 0 fmcnsso de outros siIo vistos com n mesrna \iisIio. 15so tcnde n diminuir porque n partir
de. 1990. com n h0l11o1ognc;a:odo Estmuto da Crianc;.n e d Adolesc,entt\( ECA fbi estipuindn
a obrigutoriedade da crinc;.ii.o des Conselhos Tutelnres e os Cons Ihos de Direitos das CriIHH(1lS
e Adolescellies, enda mIl ddes com :llribuiy{ies especifieas em reltH;llo 30 :ttendimento dns
crianc;.as.
A hom lognt;.10 da onstituiy.:l0 Fedeml em 1988. ft regu1omentncllo do o.rtigo 27.
que originol! Estntuto da Crian9n c do Adoiescentc, obrignrnm que todo~ m municipios d~
Bmsii criassem sellS Conselhos de Dire:itos de Defcsa dns riancns e Adolescentes e
COllselho!' Tutdarcs. cada qual com a.lribllj~nes pr6prias n 0 mendimcnto ,\05 l11enOI~S.
Conselhos de Direitos tins CrinIH"l1S e Adolescente.s - A Constiluiyfto Federol
hOl1lolognda ('Ill 1988, no sell artigo 227. preconiza como rX\'er do Estado n sarnntin de todos
05 dirdtos individunis as crianr;.as, como cidadftos, atribuindo It familia, n ~ociedude t: 30
ESlrtdo 0 dever de nssegurn~l s com priorid!lde nbsoluti.l. sal"nguardando~~s de todn a especie
de neglig2ncia. discrimina\~io, explofn!'.fuo. viol~n(:ia, cmeldade e opreSStl0. Em 1990 [oi
S!lIlcionndn n Lei que rcguiamentou 0 artig.o 227,05 direitos dns crianvus, "Lei 8069, de 13 de
julho de 1 90. Estntuto dn Cri:'lnr;.a e do Ad lcscente E A". NesSl.1. legisln~10, no nrtigo 88,
27
1'oi previstn:l obrigatoriedndc da fonna<;ato dos COllselhos de Defcsa dos. Direitos cbs crianyns
e dos adole3cel1te,~ em todos as municipios do Brasil, com camkr consulti,' . dclil>cmtivo e
fiscalizndor dns politicfts voltndas para as criatu;.ns e os Jdoiescente.s. deve-ndo seT fonn:tdos
por representllntes do governo e da so(',iedade, c,otlstituidos par conselheiros indicados pdos
orglios p(,blicos e entidndes organizad!\!S, de [amU!. I aritfuin c.om 0 intuito de aCQlher U!l.
suge.stoes vindets do damor de tII11 pove orgnnizado, e gar;mtir ~1 execuc.;ao das Politicas
Publicas em beneficio da priori dade absoluta d1Ma no Art...J.oi< do ECA. que e n e.fcliviWilo dos
direitos dus c.ri:mvils. EIll !livel nnciollnl, os C()Ilselhos Tutelares e d~ Direito de c..'\da
municipio sao subordinados ao onse-Iho National dn Crian~-a e do Adolesccnte, CONANDA
vi.lMinisH!rio dn Jusliyc'l.
Dlmmte n nprescl1tuc;ao dos projetos dcstinndos n infdncitt, citndos em Kromer
1987), :tparece n preocup:lyno de que os prnjeto..'S JXlrtem de cima pam ba.ixo e que ns
necessidades dn.5 omunic1.1cies n1\o sAo ouvidns,
Dessn fortna, cria-se limn po1itica que igunla as crinnc;:."\Speln perspectivn dns c1nsscs
dominnntes e ns nc;Ocscontemplam t(){insas crinnc;..'\sde UlIl mcsm ponto de vista, procumndo
compensar ilS fnhas do ponto de vista lIutritional. emocionnl c soc.inl. As. expe.ricncias vivida!;
pelas criall9as em S~lI Il1cio nao sao cons.idernd:ts, 0 qlle diminllcm ns possibilidades de
suce-sso nn liren c.ulnmll.
Esse ponto de vista esta mudtmdo (.~om !J .ltll:ty,lo dos CQJlselhos de Oircito. se·ms
conselheiros s!\o as represe.n1ant¢s da vontade popular e em ncuo conjunt:t procurnm mender
as necessidndes con[onne lima vi~io critic..1. de cadn loc.nlidade.
Como ja vimos, as :ttividndes voltn.das p:tril 6 triant;ns de zero n seis ;1I10S no Bmsil
existem e fomtn organizadas em todos os perJodos hist6rico5. No entanto, :lindtl :mbsistem os
mesmos va]ores que. d50 no Rrendimento. primcim infiincia mna carateristica compens.1t6ria,
28
quer sobre as diferenyas soci(lis que n1'l.0 oferecem oportunidades iguais, qucr sobre a
ClllP.1bilidnd~ dns fnmilia:s que suposramente na Sllprem as nec.cssidade.s basic(ts dns c.rinn~~ns
e ;'IS d.:-i:<:m1de5ampamdas. 'e tjearn df;:$l.mp..1md.1!1. ItS crinnc;.as p.'lssam par duas eSpCcies de
mortificnt;'.ao, uma interna e outm extcma: A inte-rnn e veiculada peln f;'l[tn de vnlores
fnmili3r~s e sociais e elas ficam a mert:e da faltn de limites. de perspectivas e SlUeitos a
gmndes perigos oferecidos pela vida no. rue.. A cutm mortitica~'io e a cxiem:t, na qual :1$
criatu;ns 5410 privadns dn alimentar;uo, 5cndo expostns aDs mallS tratos que 0 orpo de criam;a
."i tendo ao longo da vida. Sao cic.'1triz~s CQncretas do dia n dia, quundo e.stao scm n
orienta~?h') nccl?ssaria p..lr.1 sua fOflnay50. Par i550 0 trnbnlho tCI1'1que ser pre\lenti\'o e nno
t'urativo.
As aques que it socied'\de realiza mostram que n mesma 5e preocup ..1. com n condiyao
inrnntil e que at;:Ocs \'olunuirins c solidftrias ot'ercccm oportunidades. Mns que, ao mesmo
tempo em que tentam oferccer condi((t}es de atendimento, as in:stituiCOes cnfrcntam
dificllldadcs de todns as especies.. print'ip.1hm'.nle fimmccims. Nao conseguindo tnnnter-se. 8:.10
elcl1lems ou J1ludnm de objetivo no decomr do processo.
Outm idein que Kromer (1987) apre.sentn e t-\ .sua preocup:u;iio ("·Olll n superpo!liq.lo
de dc.cisue.s sobrc lim mesilla problema por diferentes instihli9i}es. Pl.!llsa-se que seriu mais
bern atingido 0 objetivo se lim poder centrnli7..:."ldor. composto por governo e. 5.0cicdilde.
pudessem vallnr sell olhar pam todos os aspec.to$: sa6de, nut.riyito. recreily.10. c ~ducnc;:uo.
Outm i(h~ia e 3. de que a crinnq.n cleve ser prep."rnda pam 0 futuro e as diferell«Us
soc.i:lis entre a c1asse. m&iia, que tem wn born vocnbulario que pode:se exprcssM l11elhor t! ler
nce~SQ maior :i infornuWi"io. dcvem ser slipridas peln edtlc:1~ito pr - e..sco1:IJ. Em todo 0 sell
estudo Kmmer (1987 comenla que 0 Ensino Pre - esc lar eo, importante e que neste l>eriodo da
29
vida. humana poctcm ser desenvolvidas um grande numcro de hahilidades que facilitnrao 0
sucesso escolar nilS series do Ensino Fundamental
As pre-escolas, considemdas como direito constitucional as crialwas de 0 a seis
:mos, precisam ser operncionalizndas por pessoas especiaiiznctas e com disclirso e atitudes
voltndos p.1ra a fonnac;;1o diversificada, com projetos pr6prios que descnmcterizem 0 caniter
compensat6rio c que tragam a educa~aocomo urn direito de todas as criall~s,
Crian.yas que possam acreditn.r no tralxtlho de sellS educadorcs e que sinlam a
importt\ncia que h!n1 como cidadaos, nCSSil fase dOl existcncia, afinal nenhum adulto deixou de
cLJlllprir cada lima dessas fases. e se notamos as dificuldndes e as consideramos problemas,
precisamos contribuir no sentido de soluciomi-Ias.
Segundo Barreto
o pr6prio e5fo~0 de nn~lisi'lf n situ~c<'iodn educalYi\o infanlil no Brnsil, tmz-110S um(l const3t3t;:lo que se impck como um desufio. Tmta-se dapr~ricdade d:tS infonna¢es sobre creches e pre e5colas. As infonn3t;6esdi5ponivcis s30 incompletns e desntunliUl.dns, htwendo cvidencia de que umIlluncro rru:oitvel de estnbelecimentos funcionn scm qunlqucr registro junto:\$ ndministrl1t;()es eduenciol1nis au qualquer outm insttinein go\'cmament.'11.Varios cstudos recctltes, apont3ltl para;1 e,xistencia de pre-escolns ch:l.Inndn.spopulnrc:s all cOlllunitari:l$. I1~Oincluidns nos levunt:lInentos oficiais. alcm de11m sistema de creches direfus au cOt1vcniadns. grande parte sob a jurisdir;.aadns in~!-!neias as.sistencinis (BARRETO. 1995, p.9).
Aindn estn mesma alltOTll conclui que 05 dados mais completos sobre 0 nlendimento
.socio-educativo OS cri"nc;us de zero a seis allos sao os levnntamentos do Instituto Bmsileiro de
Geogmfia e Estatistica, lBGE, nil Pesquisa de Sallde e NutJi~o (PSN) de 1989. Segundo esta
pesquisa, 16,9% das crianc;.as l11enores de sete allos freqUentavam nlguma creche ou pre-escola
naquele nno.
Ap6s a promulg;u;.ao da Constituicao de 1988, a qual, no nrtigo 208, inciso VI
reconheceu a criat1(;a pequena 0 direito a educa~fio em creches e pre~escolas, outros questDes
30
forom sendo levnntadas, sobretudo as discuss6es sabre ns consequencias dus novas
djsposi~Oes constitucionais, a partir dn quest;lo conceitutll.
PrOCUfOlHie detinir exatamente n denomina950 de creche e pre-escola em lodos as
aspectos especificos pora c.1da modalidode.
Pam Campos,(1995) se nos reportarmos its necessid:ldes da clientela, pam. que se
fhem as objetivos deste atendimento e se definam as modalidades que ele pode nssumir,
teremos de considerar alguns pontcs, destacando:
- qunlquer aitemnliv:t de ntendimento ;:\crinll'Y:t pequeno. cslnni intervindot~UltOna simac-m dn crinnltn como tambem naquc1a da fn.lllili:t e, maisespeciahnente, dl'l m5e dada ;i estreit:l depcndencin que :l crinn~ pequenn.gU3rda com relru;.i'ionos cuidados do ndulto;- as :trr.lfljos domesticos e as consequentes necessid3des de servi<;:os:l\tem3tivos de educ."l<;:aoe gU3rdll da criall<;:av:ll'i:llll enOllncmente confollllea regiao, J. localizn<;:ao urbana Oll rural, a situ1!y<lode emprcgo dos p:tis, <Icomposir;d:o dn familia e J.s5im por diante;• :Ipesnr des!.."\divcr!<iidadee do fnto de as peculiarid:\dcs de cadl]. faixn. etnriase expre"SS3l'cmde fonna difcrente confonnc 0 contexto, ex.istem :tlgumasc:lrnctenstic(ls do. fuixn de 0 n 6 nno~ que podcm scr collsiderndos comuns nlodns ilS cn:tIl<;:3!: p:'l.r:t as cnam;as Illais novas as troc:!S ofetiv:., 0desenvoivimento fisico e ° cognitivo esl30 intimnmente ligados; confonnenos aproxilmllllos da faixa de 5 :l 6 :lno! as ntividades mais especializadns,que requerem atcn<;:50e concentm~'o. lomam·se ntio s6 mOllS vi3veis comorespondem a interesses e cunosidadcs da pr6prin crial1y:t (CAMPOS, 1995,p.I05).
Vemos, que flU conceitua~'o de creche e pre escola. varios elementos sao
considerados:
_ objetivos de eduatyao, gu:uda e assi5t~ncia;
_ Cnrncteristicas diversas da5 faixas eHirias compreendidils de 0 a 6 anos~
_ Nccessidades especificns de clientelas diversificadas;
_ Vinculnyao ill5titucional a 6rgiios de hem eslar ou educaC;ao;
_ Periodo de funciol1.1memo parcial ou integral
_ Qua.lifica9ilo do pessoal.
31
Hoje snbe-se que a necessidade das famHias e muito maior e que os dados estntisticos
ninda continuam demostmndo a nccessidade de melher atendimento a essn fnixa eturia,
especiaimcnte quando se consider:l que as crian~ns de inmilias de rendn mais b:tixa cstl\o
tendo oportunidadcs muito me-nares que as de nivel socio-cconomico mnis clevado. 0 que 6
demonstrado public.1mente pelos meios de comunicac;30 quando noticiam e mostmm 0
sofrimento dos familiares de criany3s acampadas por dins a fio nos portOes de creches em
busea de V:lgas.
32
4 A SEPARA(:AO ENTRE A MAE E A CRJAN(:A NO MOMENTO DO
INGRESSO NA INSTITUI(:AO DE ENSINO PRE-ESCOLAR.
No nascimento. a primeira ruptura sentida pela crian~a e 0 corte do cordao
umbilical, onde ocorre a primcirn "separac;iio" entre mac e filho. e este corte e apenas
o inicio de lima longa jomada. Apesar de ainda depender da protcc;ao da mae, a crianC;3
passa a respirar, e viver num ambiente que nao e mais restrito como cstava acostumada
3nteriormcntc. Sendo assim. desde 0 inicio da vida dos pequenos, as pais devem
permitir que:1 relac;ao entre eles se faya de mane ira saudavel. para que se descnvolvam
fisica e emocionalmente bem.
o estudo das emo<;oes e urn processo muito importante e complexo da
psicologia para se compreender as dinamicas do comportarnento humane em seu
aspecto global.
Con forme Winnicott (200 I) Nos prirneiros meses de vida, a mae represcnta
urn papeJ l11uitoirnportante na fonnayrto da aprendizagem do bebe. A nfetividade e a
mais importante experiencia que pode ser reconhecida pelo bebe ate os tn?s mcses de
vida. A ternurn da mae ofereee ao filho urna garna de experic3ncias vitais, as quais sao
determinadas pela atitude afetiva trocada entre des. Tambem as crianr;.as percebem as
manifestayl'ics de afetividade muito mais do que um adulto, por isso, qunndo no
momento de optar por uma volta ao mundo do trabalho e deixar seu ftlho muito
pequeno aos cllidados de OlitroS. a decisao precisarn ser muito bem pcnsada, porque a
emor;.aodeste afilstamento padem C3tlSarrea~es adversas nas CrianY8s.
33
Correlacionando 0 tema da emOC;MOC·OIlla e.SCObl, todos os seres hlilnanos
posslIcm l11ecios, $em quuiquer razao 16gica e que se manifestam d diversas 1'orm35.
Enrrctanto. quando as crinn<;as ingressam nu E~cola matemaL e comum que os adultos
nJo deem muitn importAncia parn ns rea~.Qes adversas que sLlrgem com a separtu;ilo de
sellS pais. par Il1Jis momemftneas que elas sejam. Essas rCiu;oes a uma nova renlidade
silo e:xperi~ncias que devem ser considerndas. algumas silo PJssagl~iras. porem olltras.
demornm mais pam desaparecer. Quando s manifestam, alguns pais l1~ioconseguem
compreender a rowo e l11uitas vczes as ignornm. mas n maioria deles conseguc com
carillho e dedicil\ii1ofazer com que sellS mhos sllpercm 0 medo e adquimm A scguI1lI1!;a
necessaria pam encontrarem 0 equilibrio pcssoal.
'ada criulWH nece.ssita semir que e nmadu e accita pm outros, 0 que se refit."te
em sell nivel de nuto- e til11a e em todos os aspectos de sua vidn. Sentimentos
positivQS sobre 5i m~smn desenvolvem-se em grande parte n partir das mnizades e
expc:ri~llcias de relacionamento em sua vida. tsis como sus f~·lJnili8.amigos_ vizinhos e
professores. H sentimcntos Ilegativos tendem a se desenvolver quando a insegLlrnn<;n
tama conta dos pensumentos inrnntis. Em reia930 a e'.ssas sensac;oes. a crinm;a quandQ
senfe qlJC esm ame.ac;.ada passn a apresentar sintomas dt: agressividade e toma atitudes
que tU10 s~o nOflno.is em outras situ:1<;oescomo: descolltrole los esfincteres. hai'o
apetite. chore. isolumento c olltros~ as quais selllpre causftlll constrangimentos pam as
SSOBS que estAo envolvidas com cln.
Rop"ppor! (2001, p.SI , r.florindo-se ao ingresso e adapta<;l!o do, lx,bes em
creches. citn que dais instnllnentos foram de·scnvolvidos com 0 objetivo de exnminar
34
indicadores de udnptoc;.ao 9. primeirn creche. Um deles e a escala de ad. pt9yilO de
Varin. Croglloia, Molinn c Ripamonti (1996) que se constitui IlUIll interessant.e
instrumento que tl\lalia sete conjuntos de indicndore de mCi adaptnQiio In Crinnjf8 no
cont~xto da creche, a saber:
Pobreut no brinquedo e na oomunic89110 da criam;a com adultos e·JhUX"S.com bnixtl expn:uAo d(;) $elltimenlOi posiriv s c pequeno intereMe !las<'tti \,idudes dn e_r~he:2. Sofrimenro I~a sepam~o do objeto de apego. 0 que tmnoem estcvt'relaciollndo COIll a necC1$idnd(~ f.cral de cstnbilidade e bnixtl toiernnc,ia nmtidall~M:3. Rc.ay&:s tV:tre,.sivl1s -om outrns cri.,nyas e educadoms, com atividademotam ~ brinqm'do simb6lico (',Q1lIconttllido dcstmtiYo. belli como baixQ gmude aut(X:Olltroie-:-I. Difieuldade geTi'll dunmte 0 reenCOlllro com os p:;:i1 i.'llvol\-endo
cOlllpOrmmt'llto cvihltivo (" resistcllte:5. Bfiixt\ tolerdncil1 • frustmydo C 0 estresse. b:tix:!. resiliC-nci::t1. edificuldtule em ser confol1ndo:6. Ele\·:!.dn :tll$ie(hldc de separt\<;:l'Io e.x.presS:t ~lQS camport:'IInentos de~a.rrnr-se t\os pais durante <t sep:arnr;llo matinal, ('hOI','f c protestm:
Recust1 :\0 grupo d:t creche. :\Ssoei do a hostilidllde com :tS rotin<15dl!cnx:hc, brincnndo s(})nentc com sellS pr6prios hrinqlll~OJ em pndrtk:s<.5Ierootil"do. (VARIN, CROGNOLA. MOUNA e R1PAMONTI(199 ,apud RAPAI'PORT,2001).
Ainda seguindo a Jiterntllra acima indicad8~ citamos 0 segundo instrumento
que foi desenvolvido por Fein, Gnriboldi e Boni CapudRapHpport, _00 I pm observar
a ndaptu~ao de belles e crianc;,;tspequenas ;i creche, ne qual cadn um dos segllintes
comportam~l1tos e codifkad I1UI11Uescal'l de freqOencin:
I. Interesse n s brinque los e 110 8mbiellte
2. Intera~t\o com p~re.s
3. Tntera\ilo com adultos
.\. A feto negati vo
35
5. Afeto positivo
As duas escaias se completmn e permitem nos educadores observarem
detalhadamente as reac;l5es das crianvus que iniciam na creche.
As crianC;3s lTIuito pequenus. no primeiro ana de vida, requerem cuidados
especiais e reagem mllito rapidamente as mlldan9as que OCOffem Ii sua volta. Elas silo
!TIliito sensiveis as mudanc;as ambientais. mesmo que nila ciltendam 0 que 0 adulto
esteja falando. Bias sentem as vibrac;Oesdo ambiente e rcngcm de forma positiva OLI
negativa, confonne sua sensibilidade passa perceber.
Muitas vezes esses peque.ninos sao negligenciados em suas reac;oes, porque
algumas delas nila C311sam problemas, podendo ser avaliados como bem adaptados.
Alguns psicologos, no cntanto, nf'io hesitam em aflrmur que podcm Qcorrer regressoes
que sao scntidas no ambiente familiar, ref-erindo~seaos acessos de raiv8, aos
problemas de sana e de alimenta9ao.
Todavja. 0 pnnomma :'lPOSlima ana de vidn varia muito, nao so de limacri~ny~ pam outra como trunbem em se tmtando de IImt!. mesm(t crinny:l.Muito lIonnalmcntc um gr<lU de illdependcncia pode ief diversas vczesconquistodo, perdido c nOV3Inentc conquistndo; e bnstante eomum que um;'!eri:tn~a reiorne :i. depcndeneia, tendo j3 sido dcvcnu independe:nte com urnano... Mas a integro~30 e :dgo que pode desenvolver~se pouco a poueo emumn erianya (WINNICOlT, 2001, p. 6).
De uma maneim geral, e simples imaginar que 0 lugar da crian~a e no 5eio fnmiliar e
que toda a dedica((do do tempo dos pJis destinndo ao seu conforto e bem estar, infelizmente
nao e :t realidade da maioria dos i;ues. Gernlmente os pais precisam sair e buscar no mercado
] Car~ctcri~ticJ. mcclnic.t que define ~ resiitcnci~ de um nmterin! 1110 choque.( LAROUSSE, 19SII, p. 5112,V.
36
de tmbalho as condic;:ck5 necessarins p.,ra 0 sustento do InT. Em outros situac;oes, pode seT que
a mac seja a provedoru, e assim tambCm vai necessitnr de apoio para 0 cuidado do pequeno
que deixan'l aDs cuidados de outrem 11" Escola Maternal.
E comprovado que a separB9iio dus crian93S dos sells pais causa ansiedade nas crian93s
pequcnos, pois elas scntcm falta do aconchego do lar e das condi9l>es ambientais que
erOm oferecidas no ambiente familiar. A ansiedade e uma manifesta.;ao comum das
emo9lies humanas. tendo a caracteristica de se.r lim sinal de ulerta que nos coloea em
posi9ao de deresa contra 0 dcsconhecido. Mas tambem pode ser urn problema
patol6gico quando nao conseguimos nos dcsvencilhar deste estodo emocional mesmo
depois de nac estannos mais em sitliacyAo de alerla. A tens~o emocional que advem da
nnsiedade descontrolada e prejudicial.
De acordo com Kaplan e Sadock (1995, in CEMEI Cantiga de Rod., 2005) "a
ansiedade pam as crianY:8s. assim como nos adultos. e urn sentimento desagradaveJ
de-rivado de uma ameay:a potencial ou real, iminentc au remota" As crianc;:as par n~o
se conhecerem tao bem como os adllitos se conhecem. podem 1180 saber descrever esse
sCl1timento ou podem nem mesmo identificar que existe algo errodo. podendo apenas
ser verificado par quem convive com elas atrnves das alternc;:<"ies do comportnmento da
crian<;8.
Porem, as novas propostas de trabalho exigem dos profissiollais da educ3.C;:fl.oe da
comllnidade em gem!, olha-Ias por um novo lingulo: como individuo com direito a
uma posic;:ao adequada e de lima boa integnH;iio social. Especiaimente quando as leis
detenninam, edllcar e cuidar dn crinny:u de zero a seis anos, abre-se um leque fantastico
25).Di!:~sc d3. C.lPJcidllde do individuo de rctorrmr 3. oondiyIo anterior depois de rofrcr um :!ohllo emocional
37
sabre 0 universo das possibilidades que a crian~a de zero a tres 31105 e capaz e que ja ereconhecida pela comunidade cientifica fora do pais (BARRETO, 1995).
As erian<;.s de zero a doze meses de idade, alvos des!. pesquisa, tomb"m sao
submetidas a situa<;:Ocsde ansiedade. angustia e estresse. as sinais sao: expressOes
corporais negativas como chorar. choramingar. expressl5es faeinis de medo, cclera,
tristeL1, inibic;ao comportamentai e ate adoecimento.
4.1 0 PROCESSO DE ADAPTACAO A CRECHE
A reac;ao da crianc;a e da figura materna no momento de deixar a crianC;3 na creche
sempre sera lim ata de separn<;:l'ioe, portanto, serci para ambos lim momento
emocionalmente estressnntc. Porcm. nno tendo alternativ8, a adaptac;llo :i situac;uo e a
forma racional de resolver esse impasse. No estudo cirndo no texto de Rapapport
(200 I), foram realizadas observac;5es que pennitiram concluir que as separa<;oes
matinais das crian<;as de sell pai Ollde sua mae constituiam-se num processo complexo
e longo, e que apesar de as crian<;as cstarem freqlientando a creche h:i algum tempo as
reac;5es Ii separa<;ilocontinuav::un fortes. Em muitos casas, puderam observar que a
momento da separac;lio constituia-se de duas fases: a fase em que a crianc;a ern deixada
na creche e a fase da i.ldaptac;ilo,desde a saida do pailmae ate a criunc;a ter 0 nivel de
atuac;~o csperado para a sua idadc.
38
Enquanto 0 csquemn do di::l,m.'lcreche, concentr:t-sc 11.:1.an:Uisc do scgmenlode \lid" dOlinstituic;lfo, inicin-se 3 reflexiio sobre :lS primC'irns experi~nciM dncri411~ann creche, desenvolviclo. em uma mnpln problclluiticn que se reft.-re atada a fnse da n.daptm;:Io. Logo se evidencia que, esla fase e bem mnis amplaque ados primeiros dias de freqiiencia e :tpresenta as vftritt faces dn relal;50d:t co:tllt;.a COIll a figura familiar que n levn ate :'t creche. da relm;ao com asfigums que :t aoolhcm e que entrrun poT sua vez., em umil rei:'u;:'fomuilocomple..x3.com as figuras famili:.lfcs; e :linda da rclacilo com 0 runbicnte dOlcreche e COlli as oulmS criruu;:u (BONDIOLl, 1998, pA3)
A primeira [flse da separnc;il.o, 110homrio da chegada na creche,
diariamente repoe a Situ8C;80 de separacruo linser<;ao~em seguida vern 8 fase de
adapl3c;ao onde 0 relacionamento com 05 profissionais e outras crianc;as repoem a
condiy.10 da sociabilidade e que mcsmo as criam;as pcquenas ti!m a capacidade de
desenvolver.
As crianc;as sao capazes de constmir relm;oes significativas com figuras diferentes da
materna, articulalldo uma serie de reia90es que compreendem tanto Q apcgo aos pais,
quanta uma rela<;ao de afeto e familiaridade com as educadores. as comportamentos
sociais aparecem diferenciados, de acordo com as pcssoas as quais se referem. sem
nenhuma confusao. evidenciando ate uma capacidade precoce de intera9ao da crianc;a
nos momentos, como 0 da chegada na creche de manhu.
o sucC'no dCHeSmomentos requer, por I'lrte dos plis, e dos educ.ldores. comocornlX'tencia profissiomtl. urn! ool.lborlyao comunic!tiva e uml atenvlo que provemdo compommcnto d. crillny." nl identific3yio dOl tempos c da dir~o de ilialtcnc;lo, nl JXlsll8cm cotidilln3 do lunbiente f'l\miliar ao :tmbicnte de creche(BONDIOLl, 1998, p, 145)
39
4.2 A ESCOLHA DA CRECHE
A escolha de uma creche para deixur 0 filho pequenino e Dutro problema com
que os pais se deparam. mas se forem obscrvados alguns pequcnos detalhes, os
mesmos serito felizes na escolha. Dentre eles. e preciso que se tcnha boa referencia do
espacyo a ser escolhido. Tambem e indicado fazer uma visita ao local, observar as
criancras e !lotar se estil.o aiegres, ntivas e comunicativas naqucie espayo. E preciso
ainda vcr os brinquedos e os jogos educativos ali existentes. Orienta-se ainda vcr se 0
ambicnte e agradavel, higicnico, seguro, indagar sabre a fOfm8yuo dos educadores e se
os mesmos estilo prcparados pam a fnixa etaria. Sugere-se ainda conhecer a filosofia
da Escola e a proposla pedagogica da Instituil'~o}
Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Curitiba, a
creche adequuda
... scm aquela que conseguir ofcrecer 0 calor 3fetivo que a mrieestnri3 3pta i'l ofenx:er, scm aquel3 que acrcsccntur 35 suas respotlSllbilidadesde protey;10 dOls.,{lde fisica, lis de preservay.:~o e estimul:u;ao dn s;uide mcntlllc i§so e..'Xigc cuid"do t!lnto na crim;:do de um ambiente fisico i'lpropriado eespecifico, do :unbiente ruetivo·socii'll, ger.'ldo por rcla(fOes humanas boos eS.3udavcis, que cstimulem 3. enall(f3 a crCiCcr, oferecendo situiJ;;OCs desucesso " fim de que 013 possa continuM crescendo de fonna mlturnl, segurnc feliz(SECRETARIA MUNICIPAL de DESENVOLVIMENTOSOCIAL de CURITlBA, 1986, upud SILVA, 2002, p.103)
o discliTSOaqui apresentado apresenta algumas dicotomias no que se refere :l
operacionaliza~o do trabalho das atendentes. no quesito afetividade que ele propoe
ser idcntico ao da pr6pria tmle. Winnicott (2001, p 6). faz uma importanle referencia it
lAs sUSCJlOes "'qui detCritllscomo rc:f~ncia P;UIlIl~Ihi\ da etCola foram mcontradu no cnC!ne Pais eFilllOS, d3. Serie Vida Modern3, publicado em 1210911005, reb G:lzeta do Povo.
40
tigurn mat.erna quando diz: "c a m?ie cia crianc;.a que costuma ser a pessoa mois
qualificadn a desempenhar csts t refit sumamente delicftda e constnnte~ e a pessoas
mais adeqllada~ pois e eln que, com maior probabilidade. entregnr-se-a de modo mais
natunll e dC\iberado a causa da crjat;~Odo filho"
Saoo-se que durante 0 periodo os 'olar.s educadoms tem que se les lobmr pam
atende.r as ne.cessidadcs dos pequcnos e que atcndem "arias crianY3s. as quuis
solicitum a at~n9iJo das mesmas 0 tempo todo. Isso nao e obm dc. um (mico educadoL
mRS e tlm<;.~io tfpiCH do grupo e: tmbalho. que organiza a pratica cotidianu, com
conhccimentos e:ntitudes operatives compartilhados por todos. com base nos quais se
constr i tim verdadeiro projeto educacional.
Segund Bondioli (1998, p. 149 "devem ser reconhecidos alguns direitos
fundamentais 3S crian9us que freq1ienr81l1a creche: tl de serem hltelados. com grande
arel1(,":aoeducacional e com eficklcia org. !liza-ciQnal". As crinnyas, tem direito de viYer
e, pcriencias pmzerosus.
o puro e :timpies 3udrullcnt de mml "rcell'" ahsolutnllIentc. nt'to gemcOlldi¢es d~~Oelll cst!\[ pltnl as C'.rinnya3devido a inevit3\'cl prioridnde dnse.~g.~nci:ts puram~l1te org:mimcionnis do. instihli\.!o OUt 110maximo. genta1f!.IUlW cOlldilj.Oc.s~~ific~'U l:i onde. peJo oo.nt.n.\rio. devCIIl ser g.amntidnspara toda.s ;\$ Cri:Ul~1, e ('m todos os momentos. A llIedida d1\ t~fidciaeduc.<tcionnl. como p!IDl 1000$ ~ outros '13pecIOs.. e romee.ida pelo pndrJoqtHl.litntivo que se alcanya. somente atrnves de umn sc\'e:m defini~tlo coleti\'ndos objct1Yos e d.'lS priorid:!.dl.".!. n serem perseguidllS. lBONDIOLl, 1998,1'.14 ).
Pel as C)uestlSes acima expostas e preferivel que os bcbes! me-smo os mais
pcqueninos. fiquem nos cuidados de espccialisrns durante 0 periodo do dia que ns mites
41
vOo ao trabalho. Elas terJo atenyao dirigida e estari'io sendo motivadas desde a tenrn
idade a pnrticipar de atividadcs em grupo ease comunicar com outrns crian93s.
Como ja comentamos anterionnente, 0 descnvolvimento de lima c.ria1l1t3que
estil na creche e destacadamente maior do que aquela que fica sabre os cuidados de
babas, em cas•. Para Bondioli (I 998), os resultados sfio encorajadores, principaimeille
para as crial1(;as que freqOentam a creche. e as suns fumilias tem urn envolvimc.nto
alivo com a instituic;Sio, assim como elas apresentam prontidao para 0 desenvolvimcnto
das potencialidHdes tanto cognitiv3S como de sociabilidade.
As escolas se estruturaram para 0 atendimento infnntiJ e modernamente
trabalham por projetos, adaptados iI idade eronologica de cada erian,a. A oPl'ao por
este tipo de trabalho justitica-se pelo fato de permitir uma maior aproximac;ao da
estrutura do pensamcnto da crianc;a. possibilitando 0 estabelecimento de relac;oes e a
nmpliac;ao de ideias sobre 0 assunto. vinculando a aprendizagem it situuc;oes dos
problemas do cotidiano. os quais partcm da plurnlidade e da diversidade.
descaracteriznndo a frngmentac;ao de saberes. enraizada na educac;ao brasileira.
Portanlo, bllscar a interac;ao entre as diversas areas do conhecimento e aspectos da vida
cidadil e a tonica pam uma metodologia interdisciplillar. contexlUalizundo contelldos
para uma constituic;ao de conhecimentos e valores. conrorme prcveem as Diretrizes
Curriculnres Nacionais para a Educac;t1o[nrantil.
Nessa forma de conceber a educac;ilo. as crinnc;as participnm de pesquisas e
atividades que t8m sentido para elns e do processo do desenvolvimento da propria
42
aprcndizngemt e Ihes auxilia a serem tlexfveis. a reconhecer 0 "mltrol! e a compreender
seu proprio mcio pessonl e cultural.
o pl:mejamcnto t\ partir de projctos emerge como uma possihilidadc deenfocM difercntt!5 ruC3$ do conhecimento e tmba.lhar tendo em vista :texecur;:i\o de tarcrll.s reais, inscridas 11:1.vida cotidiann das criancas e de lemasconcret'Oi, nuo sep;ll'nndo brinqucdo de trnb::alho. 0 pl!pcl do ooucodor nestcprocesso IS'0 de realiz:tr urn phmejamcnto, ter '0 fio deste prooesso. Tado '0projelo Ii um processo criativo pam crianc~ e ooucQdores. que pennite ric.,srel:l.¢es entre 0 ensina e a aprendizag.em, e. sobretudo pressup6e UIll('l.concc~,'o de aprcndi:mgcm £-lobnlizndorn. que certamente ndo passa porsuperposi.:;6es de atividrldes (CEMEI Canti~ de rodn. 2005).
4.3 UM ESTUDO SOBRE CRECHES E PRE - ESCOLAS
Buscando referencias sobre 0 numero de pre-escolas que atcndem crianc;A.sna
faixa elaria de ate urn ano de idade. encontramos em Campos (1995) a indic8cyaode
que a estatistica desto refercncia e muito imprecisa devido primeiramente a falhas nos
procedimentos de coleta de dados e a mliltiplicidade do conceito de creche e pre-
escola vigorando no pais.
lVIesmo nos dias atunis estes dados continuam imprecisos porque a necessidnde do
:He.ndimento as cri::mcras sempre est6. alem do que e oferecido peln rede pllblica. Tambem
prolifernm as escolinhas PJ.rticulares, mas nao se sabe ao ceno qual eo percentual de clientela
que utiliza estes servicros.
43
A I'Ihli\«;!lo divers:ificod:l e p."\l~I{'I~dos orgaos (Iue sc OCUp..'l1Il<it: cret~h('s epre-cscQl.u jem reflexo!'; 110tipo de ntendilll(mto e. !HI !iUll qllalid6dc. AS$im,qUiUldo vincubdns ao Si~lC1.mt rt£-ul:tr de ensino h6: maior f:I.'ul1l1tin em rel:u;Aoa qunlificn<;fto Illinium. do pessonl e Ullll ~llf6se nos objc.tivos illstrucionais.No c.aSQ ria!'! cnx',hCl. tin maioria cOIlH~ni!ldns com 6rg.iio~de lx'm- cstnr, nlloh~ ex~~ncia quanto a qunlifir:.ayAodo JX'UOal que se 'uP" das t'ri~I.IIr;:u, e nall.i:ue costulJla ¢$.tI\r CQlocad1\ n()s tl:\p..1Ct'O$ de segumnya higiene ealimclltnc;:'io. As pOI1C.,s cn.'Chcs: exisremes nos loc!tis de tmbrllho. sejnmt'mJln~.·..sl'lsprintdns ou de 6rgt1os pilblicos. stum(Un seguir este p:1dr.!o.embom POSS-llll:tp~l1tnr me.lhores condif;:Ocs dc, inslult19!o c equiprunento(CAMPOS. 1995, p. 105).
Tambem se observfI que. independentcmente da forma que uma escola maternal
QU creche se organize para prestnr atendimento as crisl1vas pcqucnas. elns estarno
filzendo parte do des~nvolvil11el1to dn crian<;n no sentido afeti\'o~ .fisico e cognitivo.
Assim toda a escoJa quC' atencia n..'i cri~mr;.as estar.'"l desempenhando duns func;.Oes:
- cduc.aciol1al, no sell sentido mnplo que responde as
necessidndes do de:senvolvirnento infuntil nos prim iros
3tlOS de vida:
- guarda. complemcntando os cuidudos com n cri3nC;~l
tbrnecidos peJn fi:unilia. atelldelldo as necessidudes dos
pais que iTabalham fbrn de casa~ entre outrns~
Acre$cidas a estas, pode-se tambem mencionar a fill1~30 assistcncial. em
relfl~ao aquclas faixas mois empobrecida.s da popuJnyi\o.para as quais 9 creche e 9.pre-
escola pod¢m estar desempenhando tnmbem lim paIXl de "salnrio indircto",
fomceendo alimentac;.do t: cuidados de saude essencinis ~lScrian~'is.
Outro assumo importante abordado na Iite.rnturn consultada e que com a
prol11ulgllydo da nova Constituivilo e de legislac:;oes espedticas pam n infilncia, que as
cree lies tenllam a toea no atendimento as erian9as e nao as miies que trabalham. 0
44
cuidado deve sec considerado, como uma fanna de responder ~i.5 necessidades das
crian'Y8S pcquenas no contexto de uma civiliza~uo em evolu~o.
Enti'lo com essa visao educacional, a creche tnmbem encmninharn ilS crian9as
pam os contclldos cognitivos. com dificuldades especificas para n faixa ehiria e 30S
pOlleos cia ira se integmndo ate que podera segllir os e~stlldos sem ser identificada
como t!criam;a de creche!!.
As cri:myas te.n 0 direito de viver expenencias n:1Squais possam exprcssarlodns 35 potendolidade.$ evolutiv3 implicilns nil sua explorn'Y;1odo :unbicnte,de oprender e adquirir conhecimentos e hnbilidndes, de constmir a propriaidcntidnde :ltmves de !fOCns c relar;Ucs com outr:lS cri:m~as e com adu1tosn30 pcrtencentes a seu snlpo fiunili:tr. Estas finalidndes, considemdns porlodos as cducadores como fundruneotais, esttlo no centro do progrruna~ocducacionnl. Existe uma ccrttl homogeneid:tde l1a identiJicacuo dos objctivosgernis e cspccificos, c dus eSlralegias operativn!, de acol'do com umaalticulru;llo das arcu do descnvolvimento considerndas mais quolific:mlcs.Exiuem portMto alguns prindpios condulmes comuns na orgnniucao dOl:ttividade que tCltemunhrun, aos olhos cia opini50 p(lblica c dos pr6priosedUc.1dorcs. 0 fundtuncllto da vnlidadc CdUCBcionJ.1da creche e 0 nascimentode sua idc.t11idndcpedag6g.ica.(BENIGNI, npud BONDIOLl, \998).
Na questao do afastamento da fumilia e na recepc;ao da crianc;a peln escola
pouca coisa tem se encontrado nu Literatura. principaimente no que se refere it
resistencia de crianc;as menores de lim ano ao ingressar na Escola Infantil.
45
5 M:ETODOS DOS PROFISSIONAIS PARA CONTROLAR A
RESISTENCIA DAS CRIANCAS AO INGRESSAR NA CRECllE E
PRE-ESCOLA
·'Quando a familia est,) insegura, deixar 0 filho l1a EscoJa pode ser mais dificil
para os pais do que parn as proprias crian9as (GAZETADO POVO,2005, p. 14)"
Partimos desse pensamento pam 0 inicio desse capitulo que visa demonstrar as
metodos dos profissionais da pre-escola, no sentido de veneer a resistencia das
crianC;8s que entram pela primeira vez na creche e pre·-escoia e relutam em adaptar-se
a nova condi<;:ao, com urn periodo do diu afastadns da familia.
Cada crian9U rC·'lge de uma forma e ITIuitas delas necessitam passar pelo perfodo
de adapta<;:ao. conteudo este que ja roi descrito anteriormente.
Prevendo que tal situayao sempre acontece, as escolas que recebem as crianc;as
procisarao Ter as mecanismos certos para enfrentar a resistencia e tomar prnzeroso 0
cOllvivio com as atendentes e as outras crian93s da escola.
A condi9aO atual do finalidade da cscola de IEduca<;ao Infantil jll nao e a mesma
que verificamos na apresentayilo do Hist6rico do Pre-escolar no Brasil apreselltado em
(KRAMER, 1987 ) .
46
A discu!is,,'1osobre a politica de educ-:\V-'o pre-cscolnr supi5e que sc levc emcontn 0 fato que :tpcn:ts a minori:t dena faixn et'iiria e5t!lo sendo atendidashoje no Bros;!... "Dos recursos publicos destinados n. cducuyllo, nao exislcmfOllies pr6pri~s pnrn. a educ3yt10 pre- escoiar, provilldo sellS recursosfinanceiros de verbas destiund:u no I" grall, que slio insuficienlcs para 0proprio 1° &mu. (... ) A an31i5c que teutnm05 fnzer ate aqui, em tomo de umaserie de filtorcs que afetlll1J n aprendimgem da cri::mc,::t. conduziram-nos !I.conclusJo que it ::mtccip:urJo da escolaridade podcria,. com v:mtagcns, seratcndida, priorilnrirunentc como cducl'ly;'~ocOt1lpen~"16ria (KRA1\fER. 1987,p.93).
Baseados na citac;ao da autora pode-se deduzir que importnntes mudanc;as
Dcorreram em relac;!iono ensino pr6~ cscolar, principalmente pelas medidas previstas
na Legisla,tlo de 1988, com a eri.,~o de ampares Icgais para a prote,ao d. 1nmncia e
conseqOente atendimento dos direit.os da crinnc;:u,tuis como cscola, sflude, recreac;ao,
espm;o, etc.
A defesa de uma educayflo lnruntil que compreendesse a crianc;a. ern sua
primeirn inffincia. de tonna integral tornou mais consistencia na De.liberoc;:ao003/99,
do Conselho Est.dual de Educa9lio.( Pr)
"P~migrafo Unico: Dudas as particularidades do desenvoiviment.o da crianC;:3de
zero a seis anos, a educac;ao infhntil cumprc duns fUI1(;Oes indispens3veis e
indissoci:1veis: .duenr e cuidar" (PARANA, Delibero,ilo n.O 003/99, 1999, P 2).
A carnctcristica mais forte nes~1. nova conce{)(;uo da educftyao infantii e a
integraC;::Jodas fUI1c;Oesde cuidar e educar. Essa abordagem trollxe limB grande
conquista. em termos de Lei. sobre a educac;no infantil introduzindo n necessidade de
tambCm "educar", valorizando com isso as potencialidades das crianC;3s, mesmo que
pequenas, na construc;~o de novos conhecimentos.
47
Muito embora ninda se tenha l11uito a construir pam incluir a educac;ao infnntil
no ensino de base previsto 113 iegisiayfio, ha lun esfon;:o na area governamental em
difulldir 0 atendimento de crian<;as em creches e .iii. existe repasse financeiro
espccificamcnte a esse setor da escolaridade. controlado sobretudo pelos Conselhos de
Direitos de Crian,as e Adolescentes, os quais, con forme preve a legislaC;no, fiscalimm
se realmente as recursos da educat;uo infantil estiio sendo aplicados nos fins a que se
destinam, em todos os lTIunicipios do Brasil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Edll""C;~o Nacional (LDB, 9394/96 ) define a
Educa9~o Infantil como a primeirn etapa da Educac;fio 8asica. portanto existem
criterios humanos. fisicos, afetivos e te6ricos que devem seT atcndidos ampiamente.
Parn que uma instituiyi10 infsntil exer~a seu papel de npoio e descnvolvimento
integral da crian<;:a,e importante que conte com 0 apoio de uma equipe de profissionais
qualificados, que se atuaiizem permanentemente, com capacidade de pianejar, executor
e avaliar coletivamente us ayoes, tendo como base para esse trabalho uma concepc;.uo
filos6fica clara do cuidar c do educar.
A parte dos aspectos fisicos do ambiente do pre-escola tamb6m sao definidos
legnlmente pelas Secretarias de Edllc;.W~odos Mlinicipios, com base nas orientac;()es
con tidas nas leis superiores que regulamentam esse fim.
As informa~<'ks descritas em seguida foram fornecidos pelo Centro Municipal
de Edllcac;ao Infantil CEMEI Cantiga de Roda, de Suo .Jose dos Pinhais, Escola
Municipal, Jigada a Secretaria de Educn~ao do Municipio, que se localiza na rua
48
Isabel, a Redentora, 74 e que atende a modalidade creche e pre escola em perfodo
integral.
De 3cordo com 0 Projeto Pedag6gico. a Estmturn dessa Escola esta assim
definida:
Na modalidade creche:
• Ber~airio: 0 meses a 18 meses
• Muternal: 18 meses a 3 al10S
Na modalidade P,'C- Escoln:
• Jardim 1- 481105
Jardim n 5 anos
• Jardim 3 6 Anos
Orgnniza~flo de Turmas c rela~iio Educndor/aluno
Bcr~iirio 2 educadores com ate 16 cri:mc;as
J\tlitternnl 2 educadores com ate 18 crianc;as
Jnrdim] 2 educadores com ate 22 crianc;ns
Jardim II 1 educadoru com ate 25 crinnc;as
Jardim HI I educadorn com ate 25 criam;as
49
5.1 A EQUIPE ESCOLAR
A Equipe Escolar respol1sllvei pelo funcionamento da Instituicylio apresenta:
A Equipe Administrntiv8-Pedag6gica. Diretor, Professor, Secretaria e
auxiliares (a nova nomenclatura referc-se ao Diretor como Coordenador e
cducadora pam as profussoras .)
• Equipe de Servic;os Gerais atendentes. cozinheiras e serventes)
• Instituic;.ao auxiliar ( AssociaC;ilo de pais Professores e Servidores
APPS.)
Esta estrulura refere-se it InstituiC;i1o citada no presente estudo com a finalidade
de demol1strar a maneirn como s~o atendidas as crianCY8s. 0 projeto Pedag6gico da
EscoJa e bastante abrangente e nota-se 110 sell contelldo limn constante preocupac;ilo
com 0 bem estar das crianc;as no pcriodo escolar e com a capacirac;ao de todos os
servidores, os quais nao se descuidam da concep.-;ao filos6fica clara do cuidar e
educar.
o encaminhamento metodo16gico desta Escola e entreguc aos pais no primeiro
dia de aula e estes conhecem 0 planejamento anual e as normas estnbelecidas peln
Coordenac;i'io da Escola e neles estiio os eixos de aprendiz.1gem que vdo de:
• Lingllagem oral e escrita - conhecimento de sinn is. exercicio da
oralidade, brincadeirns com a lingllagem, pequenas hist6rias, reconhecimento e
110meac;aode figuras e objetos
50
• Artes visuais - usa do espa~o. textums, fecortes, usa do carpo e do
cspu<;ocomo subsidio para 0 registro gmtico.
• Musica - recollhecimento de sons, imitnc;uo, jogos cantados. musicas.
• Movimentos - Conhecimento de partes do corpo, equilibria e
coordenu<;ao, explorac;ao das possibilidades de movimentos do corpo.
• Matematica - Contagens orais, comparayiio, farmas. percepryao
• Natureza e Socied"de - express:1o dos desejos. emor;oes. identificar;~o de
objctos do meio, respeito a regras simples, mudnnc;as climaticas. plantas e anirnais.
cuidados e reconhecimento de perigos
• Identidade c autonomia - capacidade de expressar desejos e realizar
tarefas com sucesso
as objetivos aqui citados foram resumidos dos contclldos da Aprendizagem
para a faixa etaria de zero a trt!s anos. e distribuidos em eixos as quais segundo a
Coordenadora, sao trabalh.dos em ate trEs objetivos por dia, denlro das caracteristicas
de cada cria-nya. de forma interdisciplinar e correlacionada.
o Projeto Pedag6gico do CEMEI Canlig' de Roda indica que para 0
funcionamento adequado de uma Escola Infuntil, deveruo ser respeitados as seguintes
requisitos:
As condii;Oes fh.icas minimas serlo llllU\ c:strutur.t adcquada :1.0 n(llllero decri:lIIC3S e :\5 SUIlS respccriv.J..5 f'a.ixas etiuins, numero suficicnte deprofissionrus, politic;t de fOrnl;tIfUO continua, recursos materinis quepennitam n crianC:! cxpreuiSr com liberdade sua crintividnde e ao ndulrotmbalhnr dignnmente c, principn.lmcnle rc~pcito a divcf1idndc cultural esocial d:l.S pcssoa5 envolvidru. no processo.(p.P. CEMEI Cantign de Rodo.,.2005).
51
Embora a pre-escola cujo projeto pedagogico utilizamos neste estudo. esteja adequada
e possua os requisitos acima referidos, par estar localizada em um municipio com um born
nivel de indice de Desenvolvimento Humano, fDH, que garante a qualidade do atendimento,
nas escolas de edllcac;ao infantil que eslao em funcionamento, ainda que haja demanda para
mais vagas ncssa modalidade de ensino devido ao vertiginoso crescimenlo populacional,
principalmente nas pcriferias. Pon!m sabe-se que 0 mcsmo nao acontece na maioria dos
municipios brasileiros. Campos(1995) apresenta a renexao que embora nao existam dados
completos, a maioria das pre-escoJas existentes no Brasil, possuem profissionais, que nao
tern a fonnac;ao adequada, recebem remuneral(ao muito baixa e trabalham sob condil(oes
precarias.
Segundo analise baseada nos dados do SEECIMEC, os professores daedllc3yao pre - escolar sao em sua maioria (56,6%) fonnados na habilitayaomagisterio de segundo grau e lim percentllai menor (17%) tern cursosuperior. Nao lui dados que pennitam quantificar aqueles que possuemhabilitayao espccifica para aluar na pre-escola. Sabe-sc entretanto, que aoferta de fonnayao espccifica para a cducayao pre- escolar eirris6ria.(BARRETO, 1995,p.14)
5.2 ORIENTA<;:OES PEDAGOGICAS
A educac;:ao infantil e uma pr:itica de socializa<;ao e de educac;:fiodas crianc;:as
numa perspectiva pedagogica, que permite aprender pelo jogo, pelo brinquedo, e pela
construc;:ao de uma identidade social. a respeito a autonomia da crianc;:a,das a<;oes de
coopera<;ao, no apoio ao enfrentamento e resoluc;:oesde problemas, it responsabilidade,
52
a criatividade, a forma~ao do auto-conceito estavel e positivD, serao os objetivos mais
visados na operacionaliz3C;3o do trabalho com crianC;3spequenas.
Sendo que essa pnitica pedag6gica deve estar inserida na conceituac;ao do
cuidar e do educar, como detenninam as norm as da LOB. 0 desafio da quaJidade para
Campos (1995) se apresenta com uma dimensao maior, porque os mecanismos da
formac;ao naD contemplam essa dupla func;ao. E preciso que farmas regulaTes de
formayao e especiaiiz3C;30, bern como mecanismos de atualizac;:ao. desenvolvam
conteudos espccificos adequados para essa faixa etaria.
Nem todos os profissionais de educ3C;30 infantil esHio aptos para 0 trabalho de
Educa9ao lnfantil na modalidade creche, estes deveriio ter urn perti! de elevado
altruisrno e solidariedade, mesmo antes de iniciar 0 preparo pro fissional porque. ao se
dedicarem aos pequenos. terao que atuar em situa<;oes que mais se aproximam da
realidade de um lar do que de uma escola. principal mente quando se tratam de crian<;as
que requerem cuidados especiais de higiene e alimenta~ao e em faixa etaria precoce.
Nao e filcil aos proiissionais encontrarem junto a tao diversiticada ciienteia 0
parametro que ofere<;a unidade na qualidade do trabalho. 0 lrabalho e ilrduo e requer
bastante doa9ao.
Os profissionais da educa<;ao infantil atuais saem do perfil assistencialista de
cuidadores e passam a visao de educadores. respondendo a urn pianejamento
pedag6gico direcionado as crian<ras. e desse modo se faz presente a necessidade do
trabalho continuo de sensibiliza<rao em instrU(;:ao dos educadores e atendente de
creche.
53
Silva (1994, p.I05) apresent. a nova denomina,ao dada pela Secretaria
municipal de Desenvolvimento Social de Curitiba aos atendentes de creche: Auxiliar
de Desenvoivimcnto Social.
Reconhecendo que as crian.yBs muito pequenns apresentam alta resistencia ao
periodo de adapta<;ilo it creche, a capacita,ao dos profissionais podem priorizar 0
trab.lho de estimula,ao.
o trabalho por estimula,ilo deverit .cimn de qualquer inova,no pedagogica
respeitar 0 ritmo de 3prendi~1gem e desenvolvimento da crian.yBpcqucns. A mediac;:ao
para que esta crian.y3 confie no seu potencial e no que Ihe for proposto. enquanto
desafio, na exploroc;:iio e conhecimento do mundo, darn a nuance necessaria para 0
significado da palavra estimuiuc;:ao: encorajamcnto.
PortRnto, encorajar a criany3 a cheirnr. tatem, ouvir. degustar, visualizar, mover-
se e comunicar-se, passaITI a fazer parte de urn ambiente IlldieD e prazcroso, que
permitam uma rupturn entre 0 que antes se pensava sobre as crian'Y3s de zero a tres
anos "Pimpolhos que nece·ssitam apenas de carinho e cui dad os". COl1sidenmdo 8
afetividade e a higieniza'Yuo como suporte basico para 0 bern estar da crianC;8frente 80
desnfio atual de educar, e de tlmdamental importancia tambem respeitar que ha no
hebe lim cerebro em COilstante cOllcxlio neural que e bern mais sofisticado do que se
coStUI1lUV8imaginar ha pouco tempo.
Com a matUl1l1;:uOdo sistema ncrvoso e a realizw;:ao de tarefas variadas, com
difercntes companheiros, em situ3<;oes cotidianas, a crianC;3 aprende a sentir e dessa
forma descobre 0 mundo, descnvolvendo seu corpo e as movimentos que pode corn ele
54
realizar. Nos limites da coerEncia, 0 desenvolvimento das inte.iigcncias sc proccssa de
mancira mais acentuada quando premiadas pela oportuilidadc de estimuios.
OrgHllizar um ambiente estimulador desde 0 bcn;ario signifiea. pam a educac;i\o
infuntiL 0 rcspeito II crianc;a como cnpaz de pe:nsar e crinr Sll< S hip6teses sobre 0
Illundo. que vai so aperfei,oando pela inteml}ito com slias colegas e educadoffiS.
Ness:ls intere~~Qessao criadas condi<;5e-Spam 0 desenvoivimento da crianyu de
sua mcm6ria. atcn~1o) c-apacid~de de solucionnr problemas e tambelll de SliitS
em{)~(5es.identidade e 3ut0l10lTIlll..
A organizac;lio do programa pam beb~s e crianyHs pequcnas POdl'nl preyer
atualiza~~oesquinzenais at.rnves de temus pertillentes 30 nivel de int.eresse e atrdtivo das
criullC(HSde berc;6.riosc matemais. A identitic3tfdo dos tcmas das creches se da atra\ics
da percep~~o do educador-estimulador quanta as necessidades que fl sua turma
npresenta. e da sensibilidade e entendimento do g.rau de interesse na aprendizagclll
descnvolvitnento.
As propostas por tcm9S t!m como objetivo dese.nvolver n expe.ri~ncia por
estilllula«oes IlUI1l clima de orgnnizayao visual e 3mbiental que nnitn no beb~ 8
perct':P9Aoe as imilm;d das viv6ncias c.om que a educadorn esta rolando, cantando.
do que 3 pr6prin crian~a esta brincando. tocand ~ cheimndo Oll e.xpcrimentnndo.
Portanto. n:1o hA como s~parur cuidar do cducar. ja que 0 educar estit pre.scntc nos
momentos de troeu, banho. refei~oes e tamb6m no banho de sol.
55
AS estimulos nao dcvem ser vistas como atividade que se completa. mas como
metas que, alcanyadas. implicam novas reinven<;~es. sempre mais elaboradas, do
mesilla estimulo.
A cductly!to dn crinn~n 113 creche lcvanta os mcsmos problelmu que neduc.:tyi'io nil familia em rein"no as ntitudes basi cas: regulnridade II:!.! rotimtsdi;irins, crthtl" e hnnnonin nns ntitudc5, " diferen9n esm. no fato de ser aOOUC3.~ ooletiv3, de natureza menos c;lrregada de afetividndc e que :teentuamais n org.anizn«3:o dns rolin3s das refciy()es, os cuidndos de limpe7-'t e :uQulms atividades diarins dn vidn dns Criruly.1S (CAMPOS, 1995. 1'.43).
ram Campos (1995, p 45), 0 regime adequado implica em estabelerer regms de
bom sensa que exijam de todos aqueJes que educam crianC;3s uma certa regularidade e
estabilidade nas condutns para com as mesmas, a fim de evitar que fiquem excitadas
par vari3~oes bruscas no seu dia a din.
56
6 CONSIDERA(:OES FINAlS
o prcsente estudo permite concluir que as familias cada vez mais lanyam mao
das Escolils infantis pllblicas ou particulares para que as pais possum atuar, ambos no
mercado de trabalha, e ninda conseguircm suprir as necessidades basicas do lar.
Considerando que, hoje em dia, as erian,as estilo protegidas pelo Estatuto do
Crian<;n e do Adolesccnte, que preve a priori dade absoluta aDs sells direitos. as
diferentes escalas govcrnamentais tem se dedicado dentro do passivel na melhoria do
atendimento as necessidades da EduC8yaO Infantil.
Embora csteja sendo a cada ana ampliada a rede pllblica, a defusagem em
relat;.ao it oferta e it procura ainda e bnstante signiticativa em todos os lTIunicipios
brosileiros. sohretudo 113 pre-escoln.
Constam nos dades pesquisados que a maior defnsagem e no ensino no nivel de
ben;ario, que atende criany3s de zero ate dezoito meses .
Na questeo levantada para a pesquisa em pauta, que tmtou da metodologia
utilizada p~lracilfrentar a resistencia da crianc;a 80 entrar na Escola, pudcmos observar
de forma geml, que, as educadoras tBm competencin para conlomar a situ3c;Uoe que.
apesar de preocupar os pais. que se sentem constrangidos pela sepanH;ao de seus
filhos, para 85 criuI198Sa sit1l8C;riOe passagcira, sendo lima questao de adaptnc;ao. Mas
mesilla passageira deve ser respeitada.
Para algumas crianc;as a separac;;1omaterna tem um significado maior do que
para outros, de forma te6rica. conclui-se que as crianC;8s menores sentem mais a
57
separnc;ilo que 3S maiores. A sugestiio e que, no periodo de adaptnc;flo aJgurn familiar
possa estar proximo n criam;a para evitar choques provenientes de uma sih13c;ao
cstressantc e va se afastando aos pOliCOS.A presenc;:a de urn familiar tram 3 segUffifly3
que aenbam refletindo positivamente nft adapt8<;ao do bebe e da criany3 pequena pais
tel110mais contianl'n no ambiente e nas pessoas que os cercam.
Na pesquisa bibliografica , direrentes autores se refercm a separn<;i'1o entre a
mne e a crianya, mas tlcOl! evidcnte a temporalidade da fase de adaptnyao e que em
POliCOSdins a ratina da escola est3ni absorvida pelos pequenos. Estudos sugerem que
as difercn93s individuais influcnciam ncssa adaptnc;iio, entre elas, a qualidade da
relac;ao que mantem com as pais antes e depois da separayiio. as condicroes nas quais
a crian'ra recebe cuidados. a dUf'8'riloda sepanwilo e gmu da privocriloe os sentirnentos
e atitude dos pais A Iiteratum aponta que a maior dificuldade se refere a alimental'ao
porque as criancras pequenas podem ainda estar sendo amamentadas pela mae e assim
selldo htl possibilidades de estmnharem a alimentacr:1oda creche.
A educacrao infnntil no Brasil foi dumnte muito tempo vista sob 0 prism a do
assistencialismo. da caridade e da educ3yk\o compensatoria. Atualmente esta
direcionada ao aspecto fonnativo e a orient8C;:ilolegal para essa finalidade especial
esta na lei 9394/96 de 20 de dezembro de t996 (LDB), cujo contelldo trata de
estabelecer as exigencias minimas para a construc;.iIo, adaptoyrio e instalacrao de
creches. padronizando 0 sell funcionamento. sempre voltado para a formayi1o e
protecruoda saude de crian98s de zero a seis 3110S de idade.
58
Pert~ebcll-se tnmbem que ainda existem grnndes de:ficit!llcias no atcndimento
urn;"!vez que as qucstoes de vngas Pllblicas sao fe-levantes. mas eada lim precisa estar
atento 0" oplicac;{)es e destino de verbas. cobrando das uutoridades a constnI{,:ao c.ndn
vez mnior de creches e pre escolas para ntender 0 direito constitucional de protc<;i\'io (\
infancia , a edllcac;ao int~gral ,compiemcntnndo a a'Yuo da familia e da comunidade.
05 estudos revisados permitcm a conc,lusao que 0 ambie-nte familiar ainda seni
o lugar ideal para que a .rialH;a pequcml est.eja mnparndo, educnda e protegida. N~o
sendo possivel esta condiytl0 e sendo n essario disper do rccurso de cuidados
cxternos enh10 0 ideal e uma boa Escola Infantil, integrHdn com as expe-ctativ9S dos
pais, C0l110se pode perccber pelo estudo do Projoto Politico Pedag6gico do EMEI
Cantiga de Roda. Una escola que:: sejn idOnt':u.que esteja adequada fisicflmente, com
profissionais prcparHdos e tim born projcto pcdo.g6gicop como 0 da referida cscola ..
Uma boa creche pode ser simples. mas prccisa scr muito alegre. com lugares
para brincadeirns . um bOlll re.fc::it6rio~ l1luita higiene nu cozinha eo'" senciaL que sells
prolissionais se doem com muito 31nor. afet c dedica<;f"ioaos pequcninos dcixado.s
sobre. sellS cuidados. Entiio pode-s.e afirmar que 0 perfil des protissionais de creche e
pre-escolas pnx~isn ser identificada pelas carncteri ticas espeeiais de soliclariedade.
abnega9iio, dedicny~o. alegria. entre mltms que scn"i.o especificas no tendimento de
criam;as pcquenas.
Ainda, ficoll evidente ,pelo <studo bibliogrnfico e pel" observa,Ao da r<alidade
apresentada 0 grnnde desnivel entre 0 que a lei dispOe e 0 que se veri fica na priltica I;;'m
relat;fio a Hssistencia prestada it mai rin das crimW3s em pre-eSCQ!as pllblicas. Cabe a
59
populnc;ao lutaT por seus direitos junto aos representantes dos Conselhos de Defesa dos
Direitos das CrianC;3S e Adolescentes de cad a municipio para que sejam ofertadas mnis
vagas.
Novas estudos poderiam cOlltribuir. investigando para cada faixa etm-ia, quais as
rotinas de umn creche. tambCm a mane ira mais eficiente da familia participar
ativamente dos tmbalhos junto it pre-escola. uma vez que as estudos reve1aram que as
crianc;as cujas familias tern participayuQ continua conseguem maior aproveitamento
cognitivo e se desenvolvem socialmente melhar.
Pesquisas relativas as condic;lies sociais das farnili:ls de cada municipio
poderi;'lm ajudar nn eJabornc;i'iode projetos de aumento de vagas nas escolas inrnntis,
de modo que 0 en sino Pllblico de qualidade possa ser ofertado a todas as crianc;as
independentemente dn realidade em que esUio inseridas. A adesao dos estudantes de
Pcdagogia :.'! causa do cumprimento das normas legais previstas no Estatuto da Crianc;a
e do Adolescente, fuzendo valer os direitos de cidaduos, pressionsndo a {lrea
governamental, por certo colabornria para que em lUll futuro nao muito distante. n
creche pudesse estar no aleanee de todas as crianc;as do Brasil.
60
7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
BARRETO, Angelo M. Robelo. Edur"~ilo lnf:llltil no Brasil. In:
Grnndcs politicns pnr!l. O~ pequenos-, Caderno edes 3;, P cd., 1995.
BENIGN!. In: BONDIOLI, Annn. Mnnunl de Edurn~iio Infantil: de
o a 3:1nos- umn abordagc:m reflexivn. 9!t ediYllo. Porto legre: Art}\led.
1998.
BOND lOLl, Anna. Manual de Educn~.o lnfuntil: de 0 a 3anos-
una nbnrdagelll rcfiexiv:\. 9~ edi'Yffo. Pori Alegre: Art~ted. 1998.
BRASIL. E.tatuto da crinn~a e do Adolescente. Lei 8069/90 de
13 de. julho de 1990. S.o Poulo CBIE - SP, 1991.
BRASIL. Lei de Diretriles e Bases dll Educ"~iio Nacional. Lei
9.394/96 de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL Ministerio d. Educa~!o e Desporto. Secretnri. de
Educnc;~o Fundamentnl. Purumetros Curriculttrt.~5 Nnrion:lis. Br:lsilia:
MEC/SEF.1997.
BRASIL. C(lostitui~.iio dn Repi.blicn Federllti"a do Brllsil.
Prollluigada em 5 de outubro de 1988. Sno Paulo' Saraivn, 2000,25.ed.:ttu:t1 e itJllpl. (Coler;llo Sarniva de LegisI:t9ffO).
BRA IL. Constitui~,iio Outorgada de 1937. In: www.gov.brlmp-
leistoxto, Accsso elll ISil1J2005.
CA~IPOS. Marin ~1.ltn . Creches e Pr(\-Eocol •• 00 Brasil. Marin
Malta Campos. Fulvia Ros.mherg. Isabel M. Ferreira, 2' Edil'no. Srro
Paulo: Corle,l' Fundayao Carlos hag." 1995.
CEMEI Cantig. de R dn. Projeto Politico-pedllgrigico do CEMEI
Cnntig:r dc Roda, Secrelari. Municipal de Educ.I"o d. sno Jose do,
Pinhais -PR, 2005.
GAZETA DO POVO. A primeirn Inf~nci.. Enc.rte
RELACIONAMENTO.P IS E FILHOS, serie Vida Modern., de 12 de
setembr", Curitibn: 2005.
61
KAPLAN e SADOCK. In: CEMEI Cantiga de Roda. Projeto
Politico-pedagogico do CEMEI Cantiga de Roda, Secretaria Municipal
de Educa~ao da Sao Jose dos Pinhais -PR, 2005.
KRAMER, Sonia, A politica d. Pre - Escola no Brasil, A Arte do
Disfarce - 3' edi~ao, Sao PauI:Cortez, 1987.
ENCICLOPEDIA LAROUSSE, V. 25, 1988.
LIMA,A.Saboia, Patronato de Menores,in KRAMER, Sonia, A
politica da Pre-Escola no Brasil, a Arte do Disfarce.1987
MORAES, Flavia Teixera de, Atendente de creche, Editora da
Ulbra.1996
PARANA- Delibera~ilo 003/99 Normas para a Educapio luJalltii
110 Sistema Estadual de Ellsillo do Paralla CCE-PR. 1999
RAPAPPORT, Andrea. Psicologia, reflexao e critica. Texto: 0
Ingresso e a adaptnoao de bebes e criancas pequenas it creche: Alguns
aspectos criticos.Porto Alegre, 200 I.
SILVA. Daniel Vieira da, A psicomotricidade como pratica social:
urna analise de sua inscr~iio como clemento pedagogico nas creches
oficiais de Curitiba,140p.Disserta,ao(Mestrado),Universidade Tuiuti do
Parana, Faculdade de Ciencias Humanas. Letras e Artes, Curitiba, 2002.
WINNICOTT.D.W. A Familia eo Desenvolvimento Individual. 2'
edi~ao, Sao Paulo: Martins Fontes, 200 I.