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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ADILSON LUIZ DOS SANTOS GUILHERME GIL GOMES BELLEGARD ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS: CONVENCIONAL ABERTURA DE VALAS E O NÃO DESTRUTIVO DE PERFURAÇÃO DE ESGOTO – ESTUDO DE CASO CURITIBA 2014

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

ADILSON LUIZ DOS SANTOS

GUILHERME GIL GOMES BELLEGARD

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS:

CONVENCIONAL ABERTURA DE VALAS E O NÃO DESTRUTIVO D E

PERFURAÇÃO DE ESGOTO – ESTUDO DE CASO

CURITIBA

2014

ADILSON LUIZ DOS SANTOS

GUILHERME GIL GOMES BELLEGARD

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS:

CONVENCIONAL ABERTURA DE VALAS E O NÃO DESTRUTIVO D E

PERFURAÇÃO DE ESGOTO – ESTUDO DE CASO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Eng. Civil da Faculdade de Ciências

Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do

Paraná, como requisito parcial para a obtenção do

grau de e Engenharia Civil.

Orientadora: Prof. Msc. Marisa Weber

CURITIBA 2014

TERMO DE APROVOÇÃO

ADILSON LUIZ DOS SANTOS

GUILHERME GIL GOMES BELLEGARD

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS:

CONVENCIONAL ABERTURA DE VALAS E O NÃO DESTRUTIVO D E

PERFURAÇÃO DE ESGOTO – ESTUDO DE CASO

Curitiba, 26 de maio de 2014.

_________________________________________________

Engenharia Civil Universidade Tuiuti do Paraná.

Orientadora. Prof. Msc Marisa Weber UTP -

Prof. Geni de Fátima Portela Radoll Prof. Liliane Klemann

AGRADECIMENTOS

A Deus por iluminar nossas vidas, e colocar as pessoas maravilhosas em

nosso caminho que de alguma forma contribuíram para tornar esse projeto possível.

Aos nossos pais que sempre nos incentivaram e orientaram em nossas

escolhas, prestaram todo apoio necessário para nossa formação e estiveram

sempre ao nosso lado qualquer que fosse a situação, ajudando-nos a tornar

realidade nossos sonhos.

Á nossas famílias, especialmente esposas, pelo apoio e companheirismo

que nos fortalecem em nossas buscas fazendo-nos acreditar que tudo é possível.

Á nossa orientadora Prof.ª Msc. Marisa Weber pelo seu conhecimento e

orientação necessários para chegarmos ao final deste trabalho com a sensação de

dever cumprido.

Á todos os nossos professores, que contribuíram direta ou indiretamente

com este trabalho, e antes de tudo, com nossa formação, sempre nos orientando a

fazer o melhor e a dar o melhor de nós em nossa vida profissional.

Aos nossos amigos e também colegas de classe, que nos acompanharam

nesta jornada, e compartilharam os momentos bons e ruins vividos neste período.

RESUMO

Este trabalho analisa comparativamente dois métodos: Um de abertura de valas a

céu aberto e outro o método não destrutivo para implantação de rede de esgoto.

Ainda hoje no Brasil o método mais utilizado para assentamento de tubulação para

rede de esgoto é o convencional, vala a céu aberto MD. Entretanto, já existem

tecnologias que a depender da particularidade da obra podem ser muito mais

eficientes, principalmente quanto ao impacto causado ao espaço físico. Os métodos

não destrutivos MND estão sendo cada vez mais usados no Brasil e, como o futuro

da engenharia é a qualidade dos serviços, são necessárias inovações tecnológicas

que possibilitem essa melhoria. Neste estudo abordaremos os fatores que nos

levaram a escolha do método mais viável para cada situação. Este trabalho

apresenta uma revisão bibliográfica sobre o método não destrutivo de escavação,

abordando em relação ao método de escavação a céu aberto e as especificidades

de cada deles. Os resultados obtidos levam em consideração uma comparação de

custos nas duas atividades para os mesmos fins, onde o Método Não Destrutivo

gerou um custo total para a instalação da tubulação em 15 metros avaliados, um

valor de R$ 19.168,34 sendo que o custo gerado para a implantação do Método

Destrutivo de abertura de valas a céu aberto gerou para os mesmos 15 metros

avaliados um custo de R$ 23.033,34 o que resultou em uma diferença de custos de

16,78% equivalente a R$ 3.865,00.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - ESCAVADEIRA SOBRE ESTEIRA........................................................18

FIGURA 2 - RETROESCAVADEIRA.........................................................................18

FIGURA3 - VALADORA PARA ABERTURA DE VALAS DE GRANDES

DIMENSÕES..............................................................................................................19

FIGURA 4 - VALADORAS PARA ABERTURA DE VALAS DE PEQUENAS E

MÉDIAS DIMENSÕES...............................................................................................19

FIGURA 5 - COMPROMETIMENTO DE ESTABILIDADE DE ÁRVORES.................21

FIGURA 6 - INSTALAÇÃO DE ESCADAS EM ESCAVAÇÃO DE VALA COM MAIS

DE 1,25 M DE ALTURA.............................................................................................22

FIGURA 7 - PASSARELA EM ESCAVAÇÃO PARA CIRCULAÇÃO DE

PESSOAS..................................................................................................................22

FIGURA 8 - ESCAVAÇÃO TALUDADA (ESCAVAÇÃO COM PAREDES EM

TALUDES)..................................................................................................................23

FIGURA 9 - ESCAVAÇÃO PROTEGIDA – COM ESTRUTURAS DENOMINADAS

“CORTINAS”...............................................................................................................23

FIGURA 10 - ESCAVAÇÃO MISTA – COM PAREDES EM TALUDES E COM

PAREDES PROTEGIDAS POR CORTINAS.............................................................24

FIGURA 11 – ESCORA DE VALA TIPO PONTALETEAMENTO..............................24

FIGURA 12 – ESCORAMENTO CONTÍNUO............................................................25

FIGURA 13 – ESCORAMENTO METÁLICO.............................................................25

FIGURA 11 - TIPOS DE SINALIZAÇÃO....................................................................26

FIGURA 15 - FORMULA PARA DIMENSIONAMENTO DA LARGURA DA VALA....27

FIGURA 16 - DISTÂNCIA DO MATERIAL ESCAVADO............................................29

FIGURA 17 - MEDIDAS DE AFASTAMENTO MÍNIMO COMUMENTE

ADOTADAS................................................................................................................29

FIGURA 18 - COMPACTADOR DE SOLO................................................................31

FIGURA 19 - INSTALAÇÃO POR INSERÇÃO..........................................................36

FIGURA 20 - INSERÇÃO APERTADA DE TUBULAÇÃO..........................................37

FIGURA 21 - CABEÇOTE DE ASPERSÃO DE REVESTIMENTO EM EPÓXI.........37

FIGURA 22 - FRATURAS MÚLTIPLAS EM UMA REDE DE TUBOS CERÂMICOS.38

FIGURA 23 - TESTE E VEDAÇÃO DE JUNTAS COM UTILIZAÇÃO DE

ASSENTADOR INFLÁVEL.........................................................................................39

FIGURA 24 - O APARELHO DIGITRAK....................................................................41

FIGURA - 25 PERFURATRIZ EQUIPAMENTO SISTEMA AUTOMÁTICO DE

ALIMENTAÇÃO E RETIRADAS DE BARRAS...........................................................41

FIGURA 26 - PERFURATRIZ SONDEQ MODELO SMA200....................................42

FIGURA 27 - FLUXOGRAMA PARA MONTAGEM DO EQUIPAMENTO..................43

FIGURA 28 - FLUXOGRAMA ESQUEMÉTICO DAS OPERAÇÕES.........................46

FIGURA 29 - FLUXOGRAMA PARA ABERTURA DE VALAS...................................47

FIGURA 30 – LOCALIZAÇÃO DA ABERTURA DE VALA A CÉU ABERTO.............48

FIGURA 31 - EQUIPAMENTOS................................................................................49

FIGURA 32 - PROCEDIMENTO DA ABERTURA AO FECHAMENTO DA VALA....50

FIGURA 33: FLUXOGRAMA PARA CRAVAÇÃO DE TUBULAÇÃO.........................51

FIGURA 34: FIGURA 34 - LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO........52

FIGURA 35 - EQUIPAMENTOS PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO......................53

FIGURA 36 - DEMONSTRATIVO DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO

NAVEGATOR.............................................................................................................54

FIGURA 37 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME DO POÇO DE VISITA

(PV)............................................................................................................................55

FIGURA 38 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME DA TUBULAÇÃO.......55

FIGURA 39 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME TOTAL GERADO PELO

MND...........................................................................................................................55

FIGURA 40– FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME GERADO PARA O

SISTEMA DE VALA ABERTA....................................................................................56

FIGURA 41 – FÓRMULA PARA O CALCULO DO VOLUME DA TUBULAÇÃO.......56

FIGURA 42 – VOLUME DO PV (POÇO DE VISITA), 2 POÇOS...............................57

FIGURA 43 - VALOR DO VOLUME DE RESÍDUO RETIDO DO SISTEMA NÃO

DESTRUTIVO............................................................................................................57

FIGURA 44 – VOLUME DE VALA ABERTA..............................................................58

FIGURA 45 – VOLUME DE ESCAVAÇÃO – DIÂMETRO DO TUBO........................58

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - SOBRE LARGURA DE VALAS (SL)....................................................27

QUADRO 2 - PROFUNDIDADE DAS VALAS............................................................33

QUADRO 3 - EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE CRAVAÇÃO DE TUBOS...............35

QUADRO 4 - VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO...45

QUADRO 5 - TEMPO DE EXECUÇÃO DO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO.............59

QUADRO 6 - TEMPO DE EXECUÇÃO DO SISTEMA DE VALA A CÉU ABERTO..59

QUADRO 7 – RELAÇÃO ENTRE SISTEMAS PARA PROFUNDIDADE ATÉ 4,00 METROS....................................................................................................................60

ANEXOS

6.1 CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO ATÉ 4,00 METROS DE PROFUNDIDADE................................................................................63

6.2 CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DESTRUTIVO PARA VALAS ATÉ 1,00 METRO DE PROFUNDIDADE...........................................................................64

6.3. CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DESTRUTIVO PARA VALAS ATÉ 4,00 METROS DE PROFUNDIDADE........................................................................65

6.4. RELAÇÃO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS DESTRUTIVOS E NÃO DESTRUTIVOS..........................................................................................................66

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13

1.2 OBJETIVO ...........................................................................................................15

1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................15

1.2.2 Objetivo Específico............................................................................................15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................. ........................................................16

2.1 MÉTODOS CONVENCIONAIS DE ABERTURAS DE VALAS.............................16

2.1.1 Sistema de proteção em escavação: riscos comuns........................................19

2.1.2 Medidas preventivas para abertura de valas a céu aberto ..............................20

2.1.3 Sinalização em escavações..............................................................................25

2.1.4 Avaliação e destino do material removido.........................................................28

2.1.5 Aterro/reaterro em valas escavadas. ................................................................29

2.1.6 Compactação em valas a céu aberto................................................................30

2.1.7 Avaliação quanto a drenagem do local.............................................................32

2.1.8 Larguras das valas............................................................................................32

2.2 MÉTODO NÃO DESTRUTIVO (MND).................................................................33

2.2.1 Categoria dos métodos não destrutivos............................................................36

2.2.2 Reparo e reforma de dutos................................................................................36

2.2.3 Instalação de novas redes.................................................................................39

2.2.4 Substituição in loco das novas redes................................................................40

2.3 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA MND................................................................40

2.3.1 Tecnologia e precisão.......................................................................................42

2.3.2 Tecnologia e capacidade diferenciada do mnd.................................................43

2.3.3 Área de atuação do sistema mnd......................................................................43

2.3.4 Tecnologia e preservação da área de construção............................................44

2.3.5 Vantagens da utilização do método não destrutivo...........................................45

3 MATERIAIS e MÉTODOS.............................. .........................................................46

3.1 ABERTURAS DE VALAS A CÉU ABERTO (MÉTODO DESTRUTIVO)..............47

3.1.1. Caracterização inicial da área de trabalho.......................................................48

3.2 SISTEMA NÃO DESTRUTIVO (MND).................................................................51

3.2.1 Analise dos fatores avaliados para operação entre os dois

métodos......................................................................................................................54

3.2.2 Tempo de execução nos dois sistemas...........................................................56

3.2.3 Custo da implantação dos sistemas, banco de dados planilha (anéxo)...........56

4 RESULTADOS E DISCUSÕES........................... ..............................................57

4.2 ANÁLISE DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRA EM RELAÇÃO AO VOLUME DE

TERRA ESCAVADA COMPARANDO O SISTEMA NÃO DESTRUTIVO EM

RELAÇÃO AO SISTEMA CONVENCIONAL..............................................................58

4.3 TEMPO DE EXECUÇÃO NOS DOIS SISTEMAS PARA EXECUTAR

15M.............................................................................................................................59

4.4 CUSTO DA IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS....................................................60

5 CONCLUSÃO........................................ .................................................................61

6 ANEXOS.................................................................................................................63

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................... ................................................67

13

1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento e o crescimento das cidades é imprescindível à

execução de obras de saneamento básico visando à melhoria da qualidade de vida

dos seus habitantes. Normalmente, as redes de utilidades públicas subterrâneas

utilizadas para rede de esgoto são implantadas através de método de escavação de

valas a céu aberto. Entretanto, este método ocasiona incômodos em grandes

centros urbanos para os habitantes e para as pessoas que se deslocam neste local.

É comum encontrar empresas prestadoras de serviços públicos na área de

abastecimento de água, sistema de rede de esgoto e rede de gás, interrompendo

faixa de tráfego, escavando e reaterrando válas a céu aberto nas vias de acesso dos

veículos e pedestres. A realização de tais serviços deteriora precocemente o

pavimento devido à má qualidade na realização de reparos, ocasiona inúmeros

congestionamentos e outros custos à sociedade tais como: buracos nas pistas,

rachaduras no asfalto, com possibilidade de quebra de suspensões, pneus furados,

podendo até causar acidentes entre veículos.

A introdução de novas tecnologias de engenharia vem melhorando os

métodos de trabalho existentes, reduzindo a interferência no dia-a-dia da população

e dos municípios. Por isso, a utilização de métodos não destrutivos para

manutenção e instalação de redes de água, luz, telefonia e esgoto é uma tecnologia

em franca ascensão no Brasil. Na última década, novos equipamentos chegaram ao

país para fomentar a técnica e, embora seja uma solução inicialmente mais cara,

estes métodos têm despertado o interesse dos gestores públicos, concessionárias e

empresas que necessitam deste tipo de tecnologia, tais como: telecomunicação,

construção civil, empresas de saneamento, etc.

14

Os métodos não destrutivos reduzem o tempo de duração da obra,

minimizam transtornos provocados no subsolo, no entorno urbano e os danos

provocados ao meio ambiente, como desvio de córregos e rios retiradas de arvores

se compararmos com a abertura de valas a céu aberto. Esta vantagem pode refletir

em menor custo global da obra. Cabe destacar que, no método tradicional de

abertura de trincheiras, há o dispêndio de muito tempo e esforço dedicados à

abertura de vala, retirada de árvores, ao rebaixamento do nível de água, à

compactação e à recomposição do pavimento, causando assim um alto custo

econômico, ambiental e na maior possibilidade de ocorrência de acidentes de

trabalho.

Segundo Palazzo (2008), Presidente da ABRATT (Associação Brasileira de

Tecnologia Não Destrutiva), somente nas áreas de extensão de telecomunicações, o

setor emprega mais de 50 mil pessoas. Quando se inclui outros segmentos indiretos,

este número chega a 150 mil. Contudo no Brasil somente 5% das perfurações são

feitas utilizando métodos não destrutivos embora tenha espaço para chegar a 50%.

Enquanto que nos Estados Unidos 80% das obras adotam este processo (FORTES,

2010).

Diante do aspecto econômico, social e ambiental, os pontos para a

sustentabilidade, faz-se necessário intensificar os estudos e as pesquisas sobre esta

tecnologia que, apesar de estar sendo aplicada em algumas obras, ainda carece de

suporte teórico capaz de estimar melhor as variáveis operacionais dos métodos não

destrutivos. Justificando assim a análise do funcionamento do método destrutivo

(valas a céu aberto) e do método não destrutivo (perfuração horizontal direcional)

15

para a situação específica das redes de esgoto, os equipamentos utilizados e as

vantagens e desvantagens de cada método.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar comparativamente a abertura de vala pelo método convencional MD

e pelo sistema não destrutivo MND.

1.1.2 Objetivos Específicos

Em relação aos dois estudos de caso:

• Analisar comparativamente os fatores para a escolha do método de

execução;

• Comparar o tempo de execução nos dois sistemas;

• Analisar comparativamente o volume de material escavado entre os

dois sistemas

• Analisar o custo de implantação dos dois sistemas

16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os Métodos não Destrutivos (MND) podem reduzir os danos ambientais e os

custos sociais e, ao mesmo tempo, representam uma alternativa econômica para os

métodos de instalação, reforma e reparo com vala a céu aberto. Vêm sendo vistas

cada vez mais como uma atividade de aplicação geral do que como uma

especialidade, e muitas empresas de instalação de redes têm uma tendência a

aplicar os Métodos Não Destrutivos (MND) sempre que possível, em função dos

custos e dos aspectos ambientais e sociais (ABRATT, 2007).

2.1 MÉTODOS CONVENCIONAIS DE ABERTURAS DE VALAS

No método destrutivo de valas a céu aberto antes de começar uma obra de

escavação, é primordial os responsáveis pela elaboração do serviço ter a ciência de

estudar a natureza geológica e a resistência do solo que vai ser escavado, bem

como quando se trata de zonas urbanas, fazer um reconhecimento cuidadoso do

terreno para localizar as interferências da infra estrutura de serviços públicos como

redes de água, esgoto, tubulação de gás, cabos elétricos e de telefone, devendo ser

providenciada a sua proteção, desvio e interrupção, segundo cada caso e para

determinar quais as medidas de segurança a serem tomadas (FUNDACENTRO,

2002).

Em casos específicos e em situações de risco, deve ser solicitada a

orientação técnica das concessionárias de: rede de esgoto, rede de energia, rede de

gás e rede de água, quanto à interrupção ou à proteção das vias públicas.

Observada toda a área que possa sofrer alguma influência com a abertura da vala,

deverão ser retiradas destas áreas as pessoas não autorizadas bem como

17

equipamentos, materiais ou quaisquer objetos que possam ser danificados durante

as operações (GUILHEN, 2006).

É importante que os locais onde forem realizadas as operações estejam

sempre mantidos organizados, evitando sujeiras, materiais ou equipamentos

espalhados que possam causar acidentes. Entre os diversos métodos de construção

a céu aberto se destaca principalmente o método de escoramento. Os principais

trabalhos que acompanham esse método são: remoção das interferências,

escoramentos de prédios, medidas para o remanejamento de tráfego, e

desapropriações de terrenos (CERELLO, 1998, apud VIEIRA (2003).

Os métodos tradicionais de abertura de valas apresentam pouco

desenvolvimento tecnológico. Os principais equipamentos utilizados para a

execução dos serviços são: (I) retroescavadeira; (II) escavadeira; (III) valadeiras; (VI)

máquina de corte do pavimento e (VII) caminhões (DEZOTTI, 2008).

Os equipamentos mais utilizados para a abertura de valas são: Escavadeiras

sobre esteiras (Figura 1) e retroescavadeira (Figura 2). As escavadeiras sobre

esteiras abrem valas poucos uniformes, com a base da vala irregular. As

retroescavadeira têm limitações maiores do quê as das escavadeiras para a

abertura da vala por não possuir um giro de 360º fazendo com que a cada concha

de terra tenha que sair da posição para descarregar o material escavado numa

caçamba de caminhão ou depositar em um deposito provisório para ser

reaproveitada na vala (DEZOTTI, 2008).

18

FIGURA 1 – ESCAVADEIRA SOBRE ESTEIRA

FONTE: VERMEER, 2014

FIGURA 2 – RETROESCAVADEIRA

FONTE: o próprio autor

As valadeiras (Figura 3 e Figura 4) apresentam uma produtividade mais

uniforme e produzem valas mais uniformes, com dimensões específicas em apenas

uma passada. As paredes das valas são verticais, conforme a da Figura 3, sua base

é mais plana, e com uma inclinação controlada, contribuindo para um menor

trabalho de acabamento e escavação secundária (DEZOTTI, 2008).

19

FIGURA 3 – VALADORA PARA ABERTURA DE VALAS DE GRANDES DIMENSÕES

FONTE: VERMMER, 2014

FIGURA 4 – VALADORAS PARA ABERTURA DE VALAS DE PEQUENAS E MÉDIAS DIMENSÕES

FONTE: VERMMER, 2014

2.1.1 Sistema de proteção em escavação: riscos comuns

Ruptura ou desprendimento de solo e rochas pode ocorrer devido a:

• Operação de máquinas;

• Sobrecargas nas bordas dos taludes;

• Execução de talude inadequado;

• Aumento da umidade do solo;

• Vibrações nas obras e adjacências;

20

• Realização de escavações abaixo do aquífero freático;

• Realizações de escavações sob condições meteorológicas adversas;

• Interferências de cabos elétricos, cabos de telefones e redes de água

potável e de sistema de esgoto;

• Obstrução de vias públicas;

• Recalque e bombeamento de aquífero freático e,

• Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas

(FUNDACENTRO, 2002).

2.1.2 Medidas preventivas para abertura de valas a céu aberto

O projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições

geológicas e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como

coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível

da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas (FUNDACENTRO,

2002).

O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA cópias dos projetos

executivos, e informar aos moradores os horários dos serviços a serem executados

para minimizar possíveis transtornos (FUNDACENTRO, 2002).

Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação,

objetivando observar zonas de estabilização global ou localizada, a formação de

trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias

públicas (FUNDACENTRO, 2002).

Os acessos que permitem a entrada, circulação e saída dos trabalhadores,

veículos e equipamentos nas áreas de escavação, deverão ser amplos, com

desobstrução e sinalização de advertência permanente (GUILHEN, 2006).

21

O tráfego intenso próximo às escavações deverá ser desviado ou, na

impossibilidade de desvio, deverá ser efetuada sinalização para reduzir a velocidade

dos veículos. Em vias que tenham mão dupla de direção, o trecho aonde irá se

desenvolver os trabalhos deverão se restringir a apenas uma: para tanto, deverão

ser colocadas duas pessoas portando bandeiras vermelhas, uma no início e outra no

final do trecho restrito, com a finalidade de orientar o tráfego de veículos (GUILHEN,

2006).

Quando houver riscos do comprometimento de sua estabilidade durante a

execução dos trabalhos, deverão ser rigorosamente escorados com cordas,

palanques, os postes, árvores conforme (Figura 5), muros, edificações vizinhas

etc.(GUILHEN, 2006).

FIGURA 5 – COMPROMETIMENTO DE ESTABILIDADE DE ÁRVORES

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

Segundo Navarro 2005, as escavações com mais de 1,25m de profundidade

devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída

rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência conforme Figura 6.

22

FIGURA 6 - INSTALAÇÃO DE ESCADAS EM ESCAVAÇÃO DE VALA COM MAIS DE 1,25 m DE ALTURA

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

As cargas e sobrecargas ocasionais, como trânsito de veículos, variações

climáticas com chuvas torrenciais que causem fortes enxurradas, bem como

possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração para a determinação das

paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos

estruturais (NAVARRO, 2005).

Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80m, protegida

por guarda-corpos com a altura mínima de 1,20m, quando houver necessidade de

circulação de pessoas sobre as escavações , conforme Figura 7 (NAVARRO, 2005).

FIGURA 7 - PASSARELA EM ESCAVAÇÃO PARA CIRCULAÇÃO DE

PESSOAS

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

23

A estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das seguintes

medidas de segurança:

O responsável técnico deverá buscar a adoção de técnicas de estabilização

que garantam a completa estabilidade dos taludes, tais como retaludamento,

escoramento, atiramento, grampeamento e impermeabilização segundo as Figuras

8, 9 e 10, (NAVARRO, 2005).

FIGURA 8 – ESCAVAÇÃO TALUDADA (ESCAVAÇÃO COM PAREDES EM TALUDES)

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

FIGURA 9 – ESCAVAÇÃO PROTEGIDA COM ESTRUTURAS DENOMINADAS “CORTINAS”

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

24

FIGURA 10 - ESCAVAÇÃO MISTA – COM PAREDES EM TALUDES E COM PAREDES PROTEGIDAS POR CORTINAS

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de

observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação

de terra, (FUNDACENTRO, 2002).

Segundo a NBR 12.266/12, O projeto deve indicar o tipo de escoramento

mais adequado para cada trecho. Os tipos mais utilizados são:

• Pontaleteamento;

FIGURA 11 – ESCORA DE VALA TIPO PONTALETEAMENTO

FONTE: A MONTHI EQUIPAMENTOS, 2014

25

• Escoramento comum, descontínuo ou contínuo;

FIGURA 12 – ESCORAMENTO CONTÍNUO

FONTE: A MONTHI EQUIPAMENTOS, 2014

• Escoramentos metálicos (estruturas, pranchas, perfis metálicos, etc.).

FIGURA 13 – ESCORAMENTO METÁLICO

FONTE: ESCORAMENTO DE VALA, 2014

2.1.3 Sinalização em escavações.

É de suma importância nas escavações em vias públicas a utilização de

sinalizações de advertência e barreiras de isolamento conforme (Figura 14).

Alguns tipos de sinalização utilizados para garantir a segurança da obra e do

trabalhador:

26

• Figura 14 – A - Cones;

• Figura 14 – B - Fitas;

• Figura 14 – C - Cavaletes;

• Figura 14 – D - Pedestal com iluminação;

• Figura 14 – E - Placas de sinalização;

• Figura 14 – F - Telas para tapumes;

• Bandeirolas;

• Grades de proteção e;

• Sinalizadores luminosos.

Devem ser construídas, no mínimo, duas vias de acesso onde estiver sendo

realizadas as obras de escavação, uma para pedestres e outra para máquinas,

veículos e equipamentos pesados FUNDACENTRO (2002).

FIGURA 14 – TIPOS DE SINALIZAÇÃO

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

27

Segundo o manual de obras da SANEPAR, 2012, as valas devem ser

escavadas com a largura definida pela seguinte Figura 15.

FIGURA 15 - FÓRMULA PARA DIMENSIONAMENTO DA LARGURA DA VALA

L = D + SL + X + Y

FONTE: SANEPAR, 2012

Onde:

L = largura da vala, em (m);

D = valor correspondente ao diâmetro nominal (DN) da tubulação, em (m);

SL = valor correspondente à sobre largura para área de serviço, em (m), conforme

Quadro 1.

X = valor igual a 0,10 m, a ser considerado somente em valas com escoramento.

Y = acréscimo correspondente a 0,10 m, para cada metro ou fração que exceder a

Profundidade de 2 m.

QUADRO 1 – SOBRE LARGURA DE VALAS (SL)

FONTE: SANEPAR, 2012

Tipo de Material Tipo de Junta Sl(M)

Cerâmico Elástica 0,45

PCR e RPVC Elástica 0,35

Concreto Até DN 500 Elástica 0,60

Concreto DN 600 -800 Elástica 0,80

Concreto DN 900 – 1200 Elástica 1,00

Concreto DN 1500 Elástica 1,10

Concreto DN 400 a 800 Macho e Fêmea 0,65

FD/PRFV Até DN 300 Elástica 0,35

FD/PRFV 350 – 600 Elástica 0,45

FD/PRFV 700 – 1200 Elástica 0,90

Aço Até DN 300 Elástica 0,30

Aço DN 350 A 900 Elástica 0,40

Aço DN 1000 a 1200 Elástica 0,60

PEAD em Barras Soldada 0,35

PEAD em rolo – escavação manual Soldada 0,30

PEAD em rolo escavação mecânica ate 1,0m Soldada 0,20

28

2.1.4 Avaliação e destinação do material.

Durante a escavação, somente o inspetor civil habilitado deverá efetuar a

segregação entre o material que poderá retornar a vala e o material a ser descartado

GUILHEM (2006).

Deverão ser tomados todos os cuidados para que o material retirado da vala

seja disposto de tal modo a não prejudicar o tráfego neste local (GUILHEN, 2006).

O material a ser descartado deverá ser encaminhado imediatamente ao

bota-fora licenciado por órgão ambiental, ou a locais que satisfaçam aos

proprietários e ocupantes do local ou a fiscalização da obra (GUILHEN, 2006).

No caso de obras realizadas em regiões urbanas, este transporte deverá ser

efetuado de modo a não provocar sujeiras nas vias urbanas pela queda de material

transportado, obedecendo às legislações locais (GUILHEN, 2006).

O material reaproveitável, quando permitido pela legislação local, deverá ser

depositado junto a lateral da vala a uma distância superior a metade de sua

profundidade, medida de borda do talude de escavação até a lateral da vala. Esta

distância de segurança também deverá ser respeitada por equipamentos que

estiverem sendo utilizados e, todas as máquinas que não estiverem em uso (como

rompedores, compactadores etc.) os quais deverão ser mantidos além desta

distância, conforme Figura 16 e 17(GUILHEN, 2006).

É importante ainda salientar que em áreas habitadas ou nas suas

proximidades o tempo entre a abertura da vala e a preparação da tubulação bem

como seu fechamento, e limpeza do local deverá ser o mínimo possível,

considerando as variáveis como clima, abertura da vala, tráfego do local entre

29

outros, para que não haja transtornos aos moradores e não cause prejuízos

financeiros ao comércio local (SANEPAR 2012).

FIGURA 16 – DISTÂNCIA DO MATERIAL ESCAVADO

FONTE: SANEPAR, 2012

FIGURA 17– MEDIDAS DE AFASTAMENTO MÍNIMO COMUMENTE ADOTADO

FONTE: FUNDACENTRO, 2002

2.1.5 ATERRO/REATERRO EM VALAS ESCAVADAS

Segundo MOS (Manual de Obras da Sanepar, 2012), as valas só podem ser

reaterradas depois que o assentamento da tubulação for liberado pela fiscalização.

30

O recobrimento deve ser feito manualmente e alternadamente a compactação de

ambos os lados do tubo, evitando-se o deslocamento do mesmo e danos nas juntas,

(SANEPAR, 2012).

Deve se evitar a compactação sobre o tubo até 30 cm acima da geratriz

superior do tubo de forma a não transmitir a carga do reaterro da vala sobre a

tubulação. A partir da cota da geratriz inferior do tubo até os 30 cm acima da geratriz

superior do tubo, o reaterro deve ser manual, com material homogêneo não

contendo pedras, detritos vegetais ou outros materiais que possam danificar a

tubulação (SANEPAR, 2012).

Quando o material escavado for inconveniente ao reaterro, deve ser

substituído por material de boa qualidade, como brita ou rachão. Quando a vala se

situar em ruas ou áreas de trânsito de veículos, deve-se obrigatoriamente efetuar a

substituição dos solos que não permitam a compactação adequada para receber o

tráfego (SANEPAR, 2012).

No caso de áreas onde houver necessidade de aterros, o solo a ser utilizado

deve ser procedente de área com licença ambiental para a exploração e ter suas

características previamente estudadas no local de origem, visando conhecimento do

tipo do solo, quantidade disponível, homogeneidade, capeamento a ser descartados,

compactação, umidade, suporte expansibilidade e compressibilidade, entre outras.

Deve ainda ser isentos de material orgânico ou contaminados (SANEPAR, 2012).

2.1.6 COMPACTAÇÃO EM VALAS A CÉU ABERTO

A compactação de aterros/reaterros em valas a céu aberto deve ser

executada manualmente, em camadas de 20 cm, até uma altura mínima de 30cm

acima da geratriz superior das tubulações, passando então, obrigatoriamente, a ser

31

executada mecanicamente com utilização de equipamento tipo “sapo mecânico”,

também em camadas de 20 cm (SANEPAR, 2012).

FIGURA 18 – COMPACTADOR DE SOLO

FONTE: o próprio autor

Os defeitos surgidos na pavimentação executada sobre o reaterro, assim

como eventuais recalques do aterro, causados por compactação inadequada são de

total responsabilidade da contratada, para correção destes defeitos é necessária

uma boa compactação e a utilização de material adequado, como asfalto a frio ou

asfalto a quente - CBOQ (SANEPAR,2012).O processo a ser adotado na

compactação da areia utilizada para embasamento e envolvimento das tubulações

deve ser observado:

• Para tubulações de PVC / PEAD / PRFV / RPVC até DN 400 a areia do

embasamento deve ser adensada manualmente, assim como o envolvimento da

tubulação, porém apenas nas suas laterais e não diretamente sobre a tubulação,

para não ocorrer amassamento da tubulação (GUILHEM, 2006).

• Para tubulações de qualquer material acima de DN 400, a areia do embasamento

deve ser adensada por meio de placa vibratória. Para o envolvimento o

adensamento deve ser por meio de vibrador de imersão e água (SANEPAR, 2012).

32

2.1.7 Avaliação quanto à drenagem do local.

Os cursos d’água que originalmente escoarem em direção a vala deverão

ser desviados e canalizados. Caso não seja possível, deverão ser executadas as

obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste do material (GUILHEM,

2006).

Deverão ser construídas canaletas para escoamento das águas pluviais, a

fim de evitar danos que possam ser provocados pela infiltração destas águas na

vala. As escavações em todas as suas etapas deverão ser preservadas secas,

visando se com isto não só a preservação higiênica ambiental como também

garantir a estabilidade de suas paredes. Onde se fizerem necessários deverão ser

executados serviços de drenagem e rebaixamento de aquífero freático (GUILHEM,

2006).

2.1.8 Larguras das valas

A largura da vala é função do DN, da natureza do terreno, da profundidade

de assentamento, do método de escoramento e da compactação. Salvo indicação

contrária, a profundidade mínima da vala é aquela que resulta em uma altura de

recobrimento não inferior a 0,8 m, a partir da geratriz superior do tubo.

No momento da execução, é necessário:

• Estabilizar as paredes da vala, seja por talude, seja por escoramento,

• Eliminar os vazios do declive para evitar as quedas de blocos de terra

ou de pedra,

• Acomodar o material retirado, deixando uma berma de 0,4m de

largura. (GUILHEM, 2006).

33

QUADRO 2 - PROFUNDIDADE DAS VALAS Profundidade em m Terra Rocha Brejo Asfalto Paralelo

ATÉ 2 400 400 400 400 550 4 a 6 500 600 800 500 650 8 a 10 800 900 1100 600 700 12 a 14 1000 1100 1300 700 800 16 a 24 1100 1200 1400 900 1000

FONTE: COMPAGAS, 2000 Nota: • No caso de cruzamentos com outras infraestruturas, a profundidade deverá ser suficiente para permitir a cobertura definida e o espaçamento mínimo de 300 mm entre as geratrizes mais próximas. • Para valas com profundidades entre 1,5 e 3,0 m acrescentar 20% e, para profundidade entre 3,0 e 5,0 m acrescentar 50% aos valores acima. • Estes valores não se aplicam para os casos de atendimento a emergência.

2.2 MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS (MND)

Associação Brasileira de Tecnologias Não Destrutiva – ABRATT, os

métodos não destrutivos (MND), como:

O Método Não Destrutivo (MND) é a ciência referente à instalação, reparação e reforma de tubos, dutos e cabos subterrâneos utilizando técnicas que minimizam ou eliminam a necessidade de escavações, (ABRATT, 2007).

O conceito acima desenvolvido pela ABRATT 2007, seguindo as orientações

da Sociedade Internacional de Tecnologia Não Destrutiva – ISTT. A ISTT e suas

filiadas atendem aos organismos ligados à instalação de redes subterrâneas de gás,

água, esgoto, telecomunicações e distribuição elétrica; consultores, empreiteiros e

instaladores de fábricas; engenheiros rodoviário e pessoal envolvido com o

gerenciamento do tráfego e a integridade das redes rodoviárias; e pessoal de

pesquisa e desenvolvimento de sistemas subterrâneos. Essas sociedades

preocupam-se com a construção e o meio ambiente, e reconhecem os altos custos

sociais impostos ao público pelas obras a céu aberto para instalação de redes, A

NASTT - North American Society for Trenchless Technology tem o seguinte conceito

para MND:

34

Uma família de métodos, materiais e equipamentos cuja utilização pode ser na construção de redes novas ou na recuperação de redes existentes no sub-solo (substituição ou reabilitação), com a menor ruptura possível da superfície, menor influência no sistema viário (tráfego), pouca ou nenhuma influência no entorno da obra (comércio e serviços) e outras atividades, (ARIARATNAM, 2007).

A técnica do Método Não Destrutivo (MND), não é uma novidade recente,

tanto que a Sociedade Internacional de Tecnologia Não Destrutiva - ISTT foi criada

no Reino Unido em setembro de 1986. Desde essa data, vem incentivando em todo

o mundo o emprego de tecnologia dos Métodos Não Destrutivo (MND) e a formação

de sociedades filiadas, nacionais e regionais (ABRATT, 2007).

A partir do século XX, o acesso aos serviços públicos através das redes

de utilidades (internet, TV a cabo, energia, gás, telefonia, etc.) passou a ser

oferecido com maior intensidade nas principais cidades do mundo. No Brasil, as

redes de infraestrutura urbana, no caso de saneamento, começaram a ser

implantada a partir do século XIX em especial na capital da Província, atual

cidade de São Paulo, diante do grande crescimento das aglomerações urbanas

daquela época (ROCCO, 2006).

Nas últimas duas décadas, houve um aumento significativo dos serviços

colocados à disposição do mercado consumidor, o que tem demandado novas obras

de engenharia, seja para sua ampliação ou mesmo a implantação de novas redes de

infraestrutura que venham atender às demandas por esses serviços. No Brasil, a

Associação Brasileira de Tecnologias Não Destrutiva - ABRATT, desde 1999, juntou-

se a esse privilegiado grupo de entidades, e vem trabalhando na divulgação e

suporte a essas tecnologias, em conjunto com Universidades do mundo inteiro,

inclusive a Universidade de São Paulo – USP (ROCCO, 2006).

35

A técnica de cravação de tubos foi desenvolvida nos Estados Unidos há

cerca de 100 anos, e sua evolução no mundo e no Brasil está apresentada no

Quadro 3 (FORTES, 2010).

QUADRO 3 - EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE CRAVAÇÃO DE TUBOS Período Técnica utilizada

Década de 60 Emprego mais frequente da técnica de cravação de tubos

Década de 70 Associações de ¨pipejacking¨Sistema de instalação direta de tubos atrás de um Equipamento Blindado (Shield) que executa o avanço de segmentos de tubos através de pistões hidráulicos (macaco), a partir de uma Coluna de Perfuração, de modo que os tubos formem uma coluna contínua dentro do solo.

Década de 70 – Brasil Mini-túneis, com equipamentos de frente aberta e escavação manual.

A partir de 1993 – Brasil

Máquinas mais modernas

FONTE: COUTINHO e NEGRO JUNIOR, 1995.

No mundo a tecnologia de escavação de túneis do tipo, ‟shield‟ remete do

século passado, entretanto este método ao longo dos anos e principalmente a partir

da década 1960 vem agregando uma série de inovações tecnológicas (FORTES,

2010).

Com a evolução tecnológica acontecendo em todas as áreas, a engenharia

não poderia ficar de fora deste desenvolvimento. Era inconcebível, que para atender

as necessidades da sociedade de instalações, e reabilitações de redes (água,

esgotos, gás, comunicação e etc.), fosse preciso afetar outros aspectos importantes

para esta mesma sociedade, como: o meio ambiente e a mobilidade urbana. A

engenharia precisava de instrumentos, técnicas e tecnologias que permitissem

“navegar” ou “instalar” novos serviços que reabilitassem, ou inovassem melhorando

a qualidade dos serviços prestados (ABRATT, 2007).

36

2.2.1 Categoria dos métodos não destrutivos

Os Métodos Não Destrutivos (MND) podem ser divididos em três grandes

categorias: reparo e reforma; substituição in loco; e instalação de novas redes

(ABRATT, 2007).

2.2.2 Reparo e Reforma de Dutos

Compreendem os métodos de recuperação da integridade de tubulações

defeituosas e de estruturas subterrâneas, bem como a extensão de sua vida útil. Os

Métodos compreendem:

a) Revestimento por inserção de novo tubo:

Técnica mais simples de substituição de redes cujas dimensões não

permitem a entrada de pessoas, a inserção consiste em puxar como na figura por

guinchos. O conceito de utilizar o “furo existente no solo” para instalar uma nova

rede dentro da antiga foi estabelecido há muito tempo, havendo registros de

inserção de tubos cerâmicos por guincho, para dentro de redes de água e esgoto,

(ABRATT, 2007).

FIGURA 19 – INSTALAÇÃO POR INSERÇÃO

FONTE: ABRATT, 2007

37

b) Revestimento por inserção apertada de tubulação deformada:

O uso de revestimentos por inserção de tubulação deliberadamente

deformada antes da inserção, com posterior recomposição de sua forma original

após a colocação, de modo a ficarem justos dentro da tubulação existente

corresponde a inserção apertada de tubulação deformada (“close-fitlining” ou

“modifiedsliplining”) (ABRATT, 2007).

FIGURA 20 - INSERÇÃO APERTADA DE TUBULAÇÃO

FONTE: ABRATT, 2007

c) Revestimento por aspersão:

Trata-se de sistemas de revestimento por aspersão para tubos

pressurizados de pequeno diâmetro (sem condições de acesso para pessoas)

conforme demonstrado na figura abaixo (ABRATT, 2007),

FIGURA 21 - CABEÇOTE DE ASPERSÃO DE REVESTIMENTO EM EPÓXI

FONTE: ABRATT 2007

38

d) Revestimento por inserção com cura in loco:

A principal alternativa para a inserção com tubos e suas variações é o

revestimento por inserção com cura in loco, às vezes chamado de “revestimento in

situ”, “revestimento macio” ou “tubo curado in loco (CIPP)”, conforme demonstrado

na figura abaixo (ABRATT, 2007)

FIGURA 22 - FRATURAS MÚLTIPLAS EM UMA REDE DE TUBOS CERÂMICOS

FONTE: ABRATT, 2007

e) Reparos e vedações localizados:

Foram desenvolvidos diversos sistemas para reparos localizados, a maioria

destinada à recuperação de redes de esgoto e alguns destinados à vedação de

juntas em redes pressurizadas (ABRATT, 2007).

39

FIGURA 23- TESTE E VEDAÇÃO DE JUNTAS COM UTILIZAÇÃO DE ASSENTADOR INFLÁVEL

FONTE: ABRATT, 2007

f) Recuperação de tubos de grande diâmetro e de Poços de Acesso.

As técnicas de recuperação de redes e poços de visita de tubulações de

grande diâmetro são provavelmente as mais antigas formas de método não

destrutivo (MND) (ABRATT, 2007).

2.2.3 Instalação de Novas Redes

Os Métodos Não Destrutivos (MND) para instalação de novas tubulações,

dutos e redes compreendem (ABRATT, 2007):

• Perfuração por Percussão e Cravação;

• Perfuração Direcional e Guiada;

• Cravação de Túneis e Micro-Túneis.

40

2.2.4 Substituição In loco das Novas Redes

Referem-se à substituição de uma rede por outra de mesmo diâmetro ou de

diâmetro maior através do arrebentamento ou destruição da rede existente e

instalação simultânea da tubulação final (ABRATT, 2007).

2.3 EQUIPAMENTOS DO SISTEMA MÉTODO NÃO DESTRUTIVOS

O avanço tecnológico dos instrumentos de perfuração possibilitou o

desenvolvimento de maquinários que permitissem a evolução do sistema MND. A

metodologia de medir distâncias entre pontos, ângulos entre direções e locar pontos,

além da determinação de coordenadas, possibilitou um aumento significativo da

exatidão dos trabalhos de cravação da tubulação conforme podem ser observados

(ABRATT, 2007):

a) Estações totais integradas com GPS (“Global Positioning System”) que

significa sistema de posicionamento global, permite aos profissionais de diversas

áreas obterem precisão em seus trabalhos e maior precisão em seus levantamentos

topográficos. Na Figura 24, a imagem representa o aparelho de escaneamento

chamado Digitrak que mede a profundidade, inclinação e temperatura da sonda de

perfuração, que orienta o operador da maquina da necessidade ou não de

mudanças de direção ou inclinação, todas as informações do Digitrak, visualizadas

pelo operador da máquina (ABRATT, 2007).

41

FIGURA 24 - O APARELHO DE ESCANEAMENTO DO SOLODIGITRAK

FONTE: ABRATT, 2007

b) Perfuratriz unidirecional - são utilizadas para instalação não destrutiva

de tubos de 40mm e grandes diâmetros 2000mm em PEAD (Polietileno de Alta

Densidade), PVC (Policloreto de polivinila ou policloreto de vinil), aço e tubos-

camisa (ROCCO, 2006). A Figura 25 representa a perfuração do solo para

cravação da tubulação.

FIGURA 25 – PERFURATRIZ, EQUIPAMENTO SISTEMA AUTOMÁTICO DE ALIMENTAÇÃO E RETIRADAS DE BARRAS

FONTE: ABRATT, 2007

c) Sondas utilizadas nas perfuratrizes horizontais direcionais - é

determinada após a elaboração do plano de furo, que é definido em função das

várias interferências existentes e do tipo de solo. Após o conhecimento da

profundidade da tubulação a ser implantada, é definido o tipo de sonda a ser

42

utilizada naquela obra (ROCCO, 2006). As sondas (Figura 26) orientam o operador

da perfuratriz, determinando a inclinação, direção, profundidade do furo guia.

FIGURA 26 - PERFURATRIZ SONDEQ MODELO SMA200

FONTE: SONDEQ, 2014

2.3.1 Tecnologia e precisão

Antes de iniciar a perfuração, engenheiros e técnicos realizam o

levantamento topográfico. Levantamentos precisos e investigações adequadas de

campo são essenciais para o sucesso desses métodos, por minimizarem o risco de

imprevistos que possam ocorrer durante a execução dos serviços (PALAZZO, 2008).

43

FIGURA 27 - FLUXOGRAMA PARA MONTAGEM DO EQUIPAMENTO

Determina o porte e o tipo de equipamento de perfuração

Deve-se ancorar o equipamento no terreno. Alinhar e dar a inclinação correta da haste

Deve-se alimentar o equipamento com a haste de perfuração, a instalçãoautomatizada

na ponta da haste existe um transmissor que envia ondas para um receptor na superfície

Um computador de bordo transforma as informações enviadas pelo receptor em gráficos, por onde se

monitora a perfuração. FONTE: ABRATT, 2006

Inicia-se a perfuração com o furo guia, enquanto a perfuratriz passa sobre o

solo, o navegador ou fiscal de solo segue a sonda de perfuração.

2.3.2 Tecnologia e capacidade diferenciada do MND

Para cada tipo de solo e qual a utilização que se destina, é utilizado um tipo

de sonda diferente, a haste é de 3 metros, o que diferencia uma máquina da outra é

capacidade de armazenamento de hastes.

2.3.3 Área de atuação do sistema MND

Após a primeira perfuração é injetado um fluído polímero enitonita, para

evitar que o vão se feche, protegendo a parede do furo e lubrificando o equipamento

de perfuração; a haste tem movimento giratório e se locomove nos quatros sentidos,

para frente, para trás, para a esquerda e para direita. Após Completar o furo a

cabeça de perfuração é substituída pelo alargador que determina o diâmetro do

44

tuboque se utiliza na obra, que realiza o trabalho inverso do furo guia e traz o tubo

que será utilizado segundo (PALAZZO, 2008).

2.3.4 Tecnologia e preservação da área de construção

O MND preserva ruas, calçadas, conservando o fluxo no trânsito do local da

obra. Pois com o aumento populacional, o grande fluxo de veículos e o

adensamento de grandes centros urbanos, a necessidade do saneamento básico é

indispensável para a garantia da qualidade de vida e a conservação de recursos

naturais (PALAZZO, 2008).

A implantação, manutenção e a operação dos sistemas de esgotamento

sanitário são fundamentais para garantir a eficiência do processo de: coleta,

transporte e tratamento de esgoto. No entanto, qualquer problema no processo

sanitário, principalmente na fase de transporte dos efluentes pode ocasionar

consequências para as redes e coletores de esgoto, podendo gerar passivos

ambientais, refletindo diretamente na população do entorno (CETESB, 1970).

Em áreas densamente edificadas, com grande ocupação do espaço

subterrâneo, a execução de obras subterrâneas, utilizando-se do emprego de valas

a céu aberto, causa impactos sócios econômicos e ambientais cada vez maiores.

Por menores que sejam a extensão e a profundidade necessárias, obras

subterrâneas executadas a céu aberto causam enormes transtornos nos centros

urbanos e nas vias principais, em especial pela intervenção no trânsito naturalmente

intenso (PALAZZO, 2008).

Desta forma, obras pouco dispendiosas, com baixo orçamento, inviabilizam-

se devido aos altos custos sociais inerentes às perturbações que ocasionam a

milhares de pessoas, muitas vezes por períodos prolongados. Inúmeras vezes a

45

necessidade de interrupção do trânsito torna inexequível a execução de obras

imprescindíveis para a comunidade (PALAZZO, 2008).

2.3.5 Vantagens da utilização do método não destrutivo

As vantagens da utilização do método são inúmeras, e se mostram claras

tanto na superfície quanto no subsolo por onde irá passar a rede, suas vantagens

estão expostas no quadro 4.

QUADRO 4 – VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO NO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO

Vantagens para a superfície Vantagens para o subsolo Reduzir a praticamente zero o número de rompimento e reposição de ruas

Evitar desmoronamentos

Minimizar os transtornos e sujeira durante a execução

Evitar medidas muito caras para estabilizar o subsolo

Reduzir drasticamente o número de engarrafamentos devido à paralisação ou desvios no transito

Ser adequado para uma grande variação de solos incluindo argilas moles, areias, pedregulhos, pedras e alterações de rocha.

Minimizar a perturbação no subsolo com a consequente redução de recalques na superfície

Operar em solos com pressão de aquífero freático de até 30 m

Apresentar um baixo risco de danos as tubulações já existentes

Instalar tubulações com precisão de até 2 cm

Permitir a instalação de trechos de até 350 m entre os poços de serviço

Possuir vedação através de anéis de borracha, o que aumenta muito a estanqueidade

Reduzir o volume de material escavado

Dispensar a entrada de pessoas para operação e escavação

Permitir travessias sob córregos, rios, e até emissários submarinos.

Ser executado com tubos de grande resistência(40Mpa) e impermeabilidade, aumentando assim a durabilidade da obra.

FONTE: CALÇA, 2007

46

Estudos para execução do

projeto executivo

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A seguir serão apresentados os principais equipamentos, acessórios e

materiais empregados nesta pesquisa. Além disso, também serão descritos os

procedimentos envolvidos na Análise comparativa entre os métodos convencionais

para abertura de valas e o não destrutivo de cravação para a rede de esgoto.

FIGURA 28 - FLUXOGRAMA ESQUEMÁTICO DAS OPERAÇÕES

Sondagens a percussão para Determinação do

MND

Identificação de presença de rocha e profundidade

do lençol d’água

Determinação das tensões que serão

aplicadas pela frente de escavação e o tipo de

cabeça cortante

Retira-se amostras de solo

Realiza-se ensaios de laboratório (propriedades

mecânicas)

Calcula-se coeficiente de atrito, peso específico

Estima-se as tensões de cisalhamento na interface

maciço-tubo

Define-se a força propulsora dos macacos

hidráulicos e potencia das bombas de injeção de

fluído

47

3.1 Aberturas de valas a céu aberto (Método destrutivo)

FIGURA 29 - FLUXOGRAMA PARA ABERTURA DE VALAS

Sinalização da área de trabalho

↓ Demarcação da área de abertura da vala

↓ Abertura da vala

↓ Nivelamento da vala com areia

Assentamento da tubulação

↓ Aterro da vala aberta

Compactação do solo

↓ Recomposição da pavimentação

FONTE: o próprio autor

48

Com o intuito de avaliar o custo benefício, vantagens e desvantagens de

aberturas de valas a céu aberto para instalação de redes de esgoto, buscamos

avaliar a produtividade na abertura de valas, movimentação de terra bem como

destino final, profundidade de abertura de valas e riscos ao trabalhador, transtornos

gerados a região (pedestres, trafego de carros, ônibus etc...), e problemas

encontrados no decorrer da obra.

A seguir serão descritas as principais etapas constituintes desta fase do

projeto que estruturalmente pode ser divididas em: caracterização inicial da área de

trabalho, atividades de investigação de campo, concepção do projeto, implantação

de estruturas de controle e execução das perfurações.

3.1.1. Caracterização inicial da área de trabalho:

A área onde foram executadas as instalações através de valas a céu aberto,

está localizada na cidade de Curitiba – PR, mais especificamente no Bairro Jardim

Esplanada – Seminário na Rua Dr. Enéas Marques dos Santos (Figura 29).

FIGURA 30 – LOCALIZAÇÃO DA ABERTURA DE VALA A CÉU ABERTO

FONTE: google, 2014.

Para a abertura da vala estudada,

funcionários, dentre eles operador da má

submetidos sob a orientação do mestre da obra

uma Bobcat tipo escavadeira, um

como equipamentos manuais com

31).

FIGURA 31 – EQUIPAMENTOS

a) Bob Cat

FONTE: o próprio autor

O tamanho da vala escavada foi de 1

profundidade e 1,00m de largura para recebe

onde o processo iniciou-

um rompedor, posteriormente a abertura da vala com a Bob Cat

nível para assim a preparação da cama com areia e a colocação da tubulação. Após

a tubulação instalada iniciou

compactação para preenchimento de vazios no solo

Para a abertura da vala estudada, foi destinado à

dentre eles operador da máquina, e mais três

submetidos sob a orientação do mestre da obra, os equipamentos utilizados foram

uma Bobcat tipo escavadeira, um martelo rompedor para quebrar o asfalto bem

manuais como picaretas, cortadeiras e pá conforme

EQUIPAMENTOS

a) Bob Cat b) Rompedor

autor

O tamanho da vala escavada foi de 15m de comprimento,

profundidade e 1,00m de largura para receber uma tubulação de PVC de

-se com o desprendimento do asfalto do solo com a ajuda de

um rompedor, posteriormente a abertura da vala com a Bob Cat

ssim a preparação da cama com areia e a colocação da tubulação. Após

a tubulação instalada iniciou-se o processo de reaterro, a cada 20cm uma

compactação para preenchimento de vazios no solo (Figura 32).

49

escavação quatro

quina, e mais três ajudantes todos

, os equipamentos utilizados foram

para quebrar o asfalto bem

o picaretas, cortadeiras e pá conforme (Figuras

m de comprimento, 0,70m de

r uma tubulação de PVC de 100 mm,

se com o desprendimento do asfalto do solo com a ajuda de

um rompedor, posteriormente a abertura da vala com a Bob Cat colocando-a em

ssim a preparação da cama com areia e a colocação da tubulação. Após

se o processo de reaterro, a cada 20cm uma

50

FIGURA 32 - PROCEDIMENTO DA ABERTURA AO FECHAMENTO DA VALA

a) Abertura da vala b) Diâmetro tubulação

c)Tubulação 100mm d) Fechamento da vala

FONTE: o próprio autor

51

3.2 Sistema Não Destrutivo (MND).

FIGURA 33 - FLUXOGRAMA PARA CRAVAÇÃO DE TUBULAÇÃO (MND)

Sinalização da área de trabalho

↓ Nivelamento do equipamento nave gaitor

↓ Verificação do levantamento topográfico

↓ Acoplamento do alargador guia

Furo guia

↓ Alargamento do furo para o diâmetro da tubulação a ser

cravada

Passagens da tubulação

↓ Recomposição da pavimentação

FONTE: o próprio autor

52

A região onde foi implantado o Sistema MND, também esta situada na

Cidade de Curitiba – PR, mais especificamente no Bairro Ahú, Rua Marechal Mallet

(Figura 34).

FIGURA 34 - LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO DO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO

FONTE: o próprio autor

Para a execução do projeto foi destinado sete funcionários dentre eles estão

subdivididos entre: Operador de maquina, Motorista, Navegador, Operador de retro

escavadeira e Soldador e dois ajudantes. Os equipamentos utilizados para a

realização do projeto foi uma Perfuratriz Direcional (Navegator), Retro-escavadeira

modelo LB 110 Shark New Holand, uma Caminhoneta Ford F - 4000, uma Maquina

de solda para união da tubulação Modelo Rothenberger, Compactador de solo

Bosch, e equipamentos manuais como enxadas, pás, picaretas, marretas dentre

outros (conforme a Figura 35).

53

FIGURA 35 – EQUIPAMENTOS PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO

a) Navegator b) Retroescavadeira

c) Equipamento de solda d) Compactador de solo FONTE: O próprio autor

54

FIGURA 36 - DEMONSTRATIVA DE OPERAÇÃO DA NAVEGATOR

Fonte: ABRATT, 2007

3.2.1 ANÁLISE DOS FATORES AVALIADOS PARA OPERAÇÃO ENTRE OS DOIS

MÉTODOS.

• Fluxo de veículos

• Acesso de máquinas

• Circulação de pedestres

• Comércio

• Zoneamento

• Solo – geologia

• Pavimentação

Analise de movimentação de terra em relação ao volume de material retirado

comparando o sistema não destrutivo ao sistema convencional.

Para sistema MND tivemos um volume de movimentação de terra igual a:

55

FIGURA 37 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME DO POÇO DE VISITA (PV)

Onde:

V1 = Volume

B = Base do poço de visita

L = Largura do poço de visita

H = Altura do poço de visita

�� = 1� ∙ 1� ∙ 4� = 4�³

FIGURA 38 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME DA TUBULAÇÃO

� = ∙ � ∙�

4

Onde:

V2 = Volume da tubulação;

C = comprimento da tubulação;

d = diâmetro nominal em metros da tubulação;

� = 15� ∙ � ∙0,315

4= 1,17�³

FIGURA 39 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME TOTAL GERADO PELO

MND

�� = �� + �

�� = � ∙ � ∙ �

56

FIGURA 40 – FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO VOLUME GERADO PARA O SISTEMA DE VALA ABERTA

�� = ∙ � ∙ �

Onde:

Vv = Volume da vala

C = comprimento da vala;

B = base da vala;

H = Altura da vala.

FIGURA 41 – FÓRMULA PARA O CALCULO DO VOLUME DA TUBULAÇÃO

VT = πd2 × c

4

3.2.2 Tempo de execução nos dois sistemas

Para a análise de campo, como a vala de céu aberta teria uma extensão de

15 metros, optou-se em realizar os estudos nos dois métodos em cima desta

medida, em que se pode comparar o rendimento e volume de terra removida nos

dois sistemas, bem como tempo de execução.

Para a medição de tempo de duração do trabalho em campo nos dois

métodos foi utilizado um celular com cronômetro da marca iPhone 4S. A visita foi

realizada na obra do sistema destrutivo no dia 23/04/2014 e o método não destrutivo

a visita foi realizada nos dias 12/05/2014 e 13/05/2014.

3.2.3 Custo da implantação dos sistemas, banco de dados planilha em

anexo.

57

4 RESULTADOS E DISCUSÕES

4.1 Análise comparativa dos fatores para a escolha do método de execução:

O bairro está dividido em ruas sem saídas, planas, é um local residencial, não

possui comércio nem mesmo alto fluxo de veículos, somente o fluxo de moradores,

está situado em um local onde há aproximadamente 45 anos atrás, era considerado

local de cavas, em que extraíam materiais para olarias de tijolos, possibilitando

assim um solo tipicamente mole o que facilita a execução de valas a céu aberto

utilizando pequenos equipamentos.

Para o sistema de método não destrutivo, antes de decidir o método a ser

implantado foi realizado um estudo de campo para identificar as exigências do local,

bem como fluxo de veículos e pedestres, transportes coletivo, comércio e incidência

de escolas. O levantamento preliminar indicou uma pavimentação em ótimas

condições para a realização dos trabalhos o que com os dados optou-se pelo

método não destrutivo devido ao alto rendimento de passagem de tubulação bem

como vantagens não destrutivas.

4.2. Análise de movimentação de terra em relação ao volume de terra escavado

comparando o sistema não destrutivo ao sistema convencional.

Volume do PV (poço de visita) conforme Figura 41 temos:

FIGURA 42 – VOLUME DO PV (POÇO DE VISITA), 2 POÇOS

�1 = 1� ∙ 1� ∙ 4� = 4�³= 8m3

58

FIGURA 43 - VALOR DO VOLUME DE RESÍDUO RETIDO DO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO

�� = 8�³ + 1,17�³ = 9,17�³

Sendo 8m3 da abertura de P.V e os 1,17m3 da abertura do Fust (furo guia). O

valor de 9,17m3 representa o volume de terra retirado no sistema não destrutivo que

será encaminhado para o aterro devidamente credenciado.

Valor do volume de resíduo retido do sistema destrutivo.

Volume de vala aberta conforme Figura 42 é de:

FIGURA 44 – VOLUME DE VALA ABERTA

�� = 15� ∙ 1� ∙ 0,80� = 12�³

Sendo 15m a extensão da vala, 1,00m largura da vala e 0,80m correspondem

à altura da vala.

O volume de terra do sistema destrutivo que será encaminhado ao aterro será

de retirada de terra que representa os dois PVS (1,00x1,00x0,80m = 0,8mx2m =

1,6m3) e o volume do tubo que é de 0,12m3. Portanto o volume total de material

gerado que será encaminhado para o aterro será de 1,72m3 que representa 14% do

volume de terra escavado deste processo.

Neste caso a quantidade de terra destinada ao aterro foi menor do que no

método não destrutivo devido às diferenças de diâmetro da tubulação e altura de

assentamento da tubulação.

Se considerarmos os mesmos diâmetro de tubulação para os dois métodos e

as mesmas alturas de assentamento iremos obter os seguintes resultados, adotando

altura de 4m de profundidade e diâmetro de 315mm:

59

FIGURA 45 - VOLUME DE ESCAVAÇÃO – DIÂMETRO DO TUBO

� = 15� ∙ � ∙0,315

4= 1,17�³

�� = 1 ∙ 1 ∙ 4=4m3 cada poço de visita, portanto 8m3 para os dois.

O volume total que irá para o aterro será de 9,17m3, portanto 44% do volume de

terra em relação ao método não destrutivo. O volume de terra que vai para o aterro é

igual nos dois casos o que irá mudar é a quantidade de terra escavada que:

No método não destrutivo será de: 9,17m3 e no método destrutivo Vala a céu

aberto será de 60m3, representa 574% a mais do que no outro método.

4.3 Tempo de execução nos dois sistemas para executar 15m.

No quadro a seguir estão representados os respectivos serviços de cada

método estudado com o tempo de execução obtido em campo para cada serviço.

QUADRO 5 - TEMPO DE EXECUÇÃO SISTEMA NÃO DESTRUTIVO Sistema não destrutivo

Serviços Tempo aproximado

Furo guia 15 minutos

Alargador do furo guia 10 minutos

Solda da tubulação 30 minutos

Cravação da tubulação 12 minutos

Construção PV 2 horas e 30 minutos

Total 3 horas e 37 minutos

Fonte: o próprio autor

QUADRO 6 - TEMPO DE EXECUÇÃO SISTEMA DE VALA ABERTA Sistema de vala aberta

Serviços Tempo aproximado

Abertura da vala 60 minutos

Assentamento da tubulação 20 minutos

Aterro e compactação da

vala 40 minutos

Recomposição pavimento 2 horas

Construção PV

2 horas e 30

minutos

Total

6 horas e 30

minutos

Fonte: o próprio autor

60

4.4 CUSTO DA IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS

Analisando o custo de implantação dos dois sistemas podemos verificar que o

sistema, mas viável foi o (MND) por apresentar um custo de 16% mas econômico

(Quadro 7).

QUADRO 7 – RELAÇÃO ENTRE SISTEMAS PARA PROFUNDIDADE ATÉ 4,00 METROS

TIPO DE SISTEMA CUSTO TOTAL PARA INSTALAÇÃO EM 15M

DIFERENÇA DE CUSTO

NÃO DESTRUTIVO R$ 19.168,34 16,78% R$ 3.865,00

VALA ABERTA R$ 23.033,34 - -

FONTE: o próprio autor

61

5. CONCLUSÃO

O método convencional, conhecido como método destrutivo (MD), gera

muitos transtornos devido à necessidade de se avançar com as máquinas

escavadeiras para a abertura das valas para o assentamento da tubulação das

redes de esgotos, transformando muito, o espaço físico. Além disso, o processo

exige um local para bota-fora do material retirado da vala. Necessita de escoramento

das paredes da vala para evitar o desmoronamento. É necessário o desvio do

tráfego próximo às escavações e dependendo do local de execução da vala, gera

interferências sobre a mobilidade de veículos e pedestres.

O método de perfuração direcional Método Não Destrutivo (MND), é uma

tecnologia relativamente nova no Brasil, entretanto, tem-se mostrado muito eficiente

na resolução dos vários problemas gerados no método convencional de vala a céu

aberto. Além disso, este método possibilita a execução de cravação de tubulação,

seja ela qual for. A tecnologia utilizada no método MND, reduz o impacto ao meio

ambiente, custo indireto, sócio econômicos de forma prática e eficiente. Tornou-se

atraente frente a métodos tradicionais, como a solução em vala a céu aberto,

principalmente para a construção de novas redes de esgoto, por minimizar os

impactos e oferecer maior produtividade com menor risco técnico.

Para a avaliação de qual o método a ser implantado, analisamos

comparativamente o fluxo de veículos incidentes em cada região, a flexibilidade de

acesso às máquinas bem como tamanho e modelo das mesmas, circulação de

pedestres junto às calçadas, influência da execução dos serviços junto ao comércio

local, bem como tipo de solo a ser escavado e pavimentação existente no local. O

que resultou no MND um resultado favorável sendo que todos os itens acima

62

mencionados se enquadram neste método, já no Método Destrutivo de abertura de

valas a céu aberto, podemos concluir que por ser uma rua sem saída, baixo fluxo de

veículos e pedestre, ausente de comércio e facilidade na escavação devido a um

solo argiloso e o tamanho da vala a ser aberta considera-se, não necessitaria dispor

de um equipamento sofisticado como a Navegator o que para o tamanho da vala e

condições do local tornara-se inviável.

Comparando o trecho de execução e o tempo nos dois sistemas, concluímos

que no Sistema Não Destrutivo a redução do tempo no trecho de 15m é de 50%

menor do que o comparado ao Método Destrutivo.

Uma vez que comparado o volume de terra escavado entre os dois métodos,

podemos verificar que o sistema MND necessita de uma escavação menor do que o

sistema (ND), o que se equivale a um percentual de 574%. Com os resultados

obtidos a campo e comparações realizadas entre os dois métodos, podemos

concluir que no estudo de caso o Sistema Não Destrutivo (MND) apresentou um

custo de 16,78% a menos do que no sistema destrutivo, totalizando uma diferença

de R$ 3.865,00 em 15m de vala avaliada.

63

6.1. CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA NÃO DESTRUTI VO ATÉ 4,00 METROS DE PROFUNDIDADE

FONTE: o próprio autor, março 2014.

CODIGO DESCRIÇÃO UNIDADE Quantidade Val. Unitário Val. Total %

1 CANTEIRO DE OBRAS

1.1 CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO

1.1.1 Escritório m² 18 235,78 4244,04 22,14%

1.1.2 Barracão aberto m²60,00 56,85

3411 17,79%

1.1.3 Sanitário isolado m²1,50 267,62

401,43 2,09%

1.1.4 Chuveiro isolado m² 1,50 223,13 334,695 1,75%1.1.5 Sanitário móvel ud 4,00 75,80 303,2 1,58%

Total do Bloco 8.694,37 45,36%1.2 ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

1.2.1 Entrada provisória de energia trifásica 70A ud 1,00 1.138,37 1.138,37 5,94%Total do Bloco 1.138,37 5,94%

1.3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA1.3.1 Entrada provisória de água ud 1,00 125,96 125,96 0,66%

Total do Bloco 125,96 0,66%1.4 PLACAS DE OBRA

1.4.1 Em chapa preta m² 6,00 154,10 924,6 4,82%Total do Bloco 924,6 4,82%

2 SERVIÇOS TÉCNICOS2.1 TOPOGRAFIA - SERVIÇOS

2.1.1 Locação e nivelamento para assentamento de tubulação de esgoto m 15,00 2,50 37,50 0,20%Total do Bloco 37,50 0,20%

2.2 CADASTRO DE OBRAS2.2.1 Lineares - esgoto m 15,00 0,19 2,85 0,01%

Total do Bloco 2,85 0,01%Total do Módulo 10.923,65 56,99%

3 SERVIÇOS PRELIMINARES3.1 SINALIZAÇÃO DE SEGURANCA

3.1.1 Fita plástica m 500,00 0,12 60,00 0,31%3.1.2 Tapume móvel contínuo m 30,00 2,79 83,70 0,44%3.1.3 Tapume móvel descontínuo m 30,00 10,49 314,70 1,64%

Total do Bloco m 458,40 2,39%3.2 SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

3.2.1 Cavaletes ud 6,00 220,00 1.320,00 6,89%3.2.2 Placas ud 1,00 85,00 85,00 0,44%3.2.3 Cones ud 1,00 38,79 38,79 0,20%

Total do Bloco 1.443,79 7,53%4 POÇO DE VISITA TIPO F

4.1Poço de Visita Tipo F - M/F conforme ítens complementares do MOS,com profundidade de até 4m

ud2,00 650,00 1.300,00

6,78%

Total do Bloco 1.300,00 6,78%5 MATERIAL DE FERRO DÚCTIL- ÁGUA

5.1 TAMPÃO FD5.1.2 Tampão Classe 50 FD p/ poço de visita padrão Sanepar ud 2,00 267,00 534,00 2,79%

Total do Bloco 534,00 2,79%6 CRAVAÇÃO MECÂNICA m

6.1Execução de cravação mecânica, processo convencional, com autilização de maquina nave gator para passagem de tubulaçãotransportadora em PAD DN 315, sem fornecimento do material.

m 15 250 3750 19,56%

Total do Bloco 3.750,00 19,56%6.2 EMBASAMENTO

6.2.1 Pedrisco m³ 4,00 75,00 300,00 1,57%6.3 RETIRADA DE ENTULHOS

6.3.1 Remoção de residuo de obra com destinação m³ 9,17 50,00 458,50 2,39%Total do Bloco 758,50 3,96%

Total do Módulo 8.244,69 43,01%

TOTAL GERAL 19.168,34 100,00%

Planilha Orçamentaria implantação de rede de esgoto sem material Método não destrutivo para profundidade até 4,00 me tros

64

6.2. CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DESTRUTIVO P ARA VALAS ATÉ 1,00 METRO DE PROFUNDIDADE

FONTE: o próprio autor, março 2014.

CODIGO DESCRIÇÃO UNIDADE Quantidade Val. Unitário Val. Total %

1 CANTEIRO DE OBRAS

1.1 CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO

1.1.1 Escritório m² 18 235,78 4244,04 28,72%

1.1.2 Barracão aberto m²

60,00 56,853411 23,08%

1.1.3 Sanitário isolado m²1,50 267,62

401,43 2,72%

1.1.4 Chuveiro isolado m² 1,50 223,13 334,695 2,26%1.1.5 Sanitário móvel ud 4,00 75,80 303,2 2,05%

Total do Bloco 8.694,37 58,83%1.2 ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

1.2.1 Entrada provisória de energia trifásica 70A ud 1,00 1.138,37 1.138,37 7,70%Total do Bloco 1.138,37 7,70%

1.3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA1.3.1 Entrada provisória de água ud 1,00 125,96 125,96 0,85%

Total do Bloco 125,96 0,85%1.4 PLACAS DE OBRA

1.4.1 Em chapa preta m² 6,00 154,10 924,6 6,26%Total do Bloco 924,6 6,26%

2 SERVIÇOS TÉCNICOS2.1 TOPOGRAFIA - SERVIÇOS

2.1.1 Locação e nivelamento para assentamento de tubulação de esgoto m 15,00 2,50 37,50 0,25%Total do Bloco 37,50 0,25%

2.2 CADASTRO DE OBRAS2.2.1 Lineares - esgoto m 15,00 0,19 2,85 0,02%

Total do Bloco 2,85 0,02%Total do Módulo 10.923,65 73,92%

3 SERVIÇOS PRELIMINARES3.1 SINALIZAÇÃO DE SEGURANCA

3.1.1 Fita plástica m 500,00 0,12 60,00 0,41%3.1.2 Tapume móvel contínuo m 30,00 2,79 83,70 0,57%3.1.3 Tapume móvel descontínuo m 30,00 10,49 314,70 2,13%

Total do Bloco m 458,40 3,10%3.2 SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

3.2.1 Cavaletes ud 6,00 220,00 1.320,00 8,93%3.2.2 Placas ud 1,00 85,00 85,00 0,58%3.2.3 Cones ud 1,00 38,79 38,79 0,26%

Total do Bloco 1.443,79 9,77%4 POÇO DE VISITA TIPO F

4.1Poço de Visita Tipo F - M/F conforme ítens complementares do MOS,com profundidade de até 1m

ud2,00 350,00 700,00

4,74%

Total do Bloco 700,00 4,74%5 MATERIAL DE FERRO DÚCTIL- ÁGUA

5.1 TAMPÃO FD5.1.1 Tampão Classe 50 FD p/ poço de visita padrão Sanepar ud 2,00 267,00 534,00 3,61%

Total do Bloco 534,00 3,61%

6ESCAVACAO MECÂNICA DE VALAS EM QUALQUER TIPO DE SOL O, EXCETO ROCHA

m

6.1 Profundidade 0 m < h <= 1 m m 15 20 300 2,03%

Total do Bloco 300 2,03%

7 ATERRO/REATERRO EM VALAS E CAVAS

7.1 Mecânico m³ 11,88 1,5 17,82 0,12%

7.2 EMBASAMENTO7.2.1 Pedrisco m³ 4,00 75,00 300,00 2,03%

Total do Bloco 317,82 2,15%8 RETIRADA DE ENTULHOS

8.1 Remoção de residuo de obra com destinação m³ 2,00 50,00 100,00 0,68%Total do Bloco 100,00 0,68%

Total do Módulo 3.854,01 26,08%

TOTAL GERAL 14.777,66 100,00%

Planilha Orçamentaria implantação de rede de esgoto sem material Método destrutivo para valas até 1,00 metro de prof undidade

65

6.3. CUSTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DESTRUTIVO P ARA VALAS ATÉ 4,00 METROS DE PROFUNDIDADE

FONTE: o próprio autor, março 2014.

CODIGO DESCRIÇÃO UNIDADE Quantidade Val. Unitário Val. Total %

1 CANTEIRO DE OBRAS

1.1 CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO

1.1.1 Escritório m² 18 235,78 4244,04 18,43%

1.1.2 Barracão aberto m²60,00 56,85

3411 14,81%

1.1.3 Sanitário isolado m²1,50 267,62

401,43 1,74%

1.1.4 Chuveiro isolado m² 1,50 223,13 334,695 1,45%1.1.5 Sanitário móvel ud 4,00 75,80 303,2 1,32%

Total do Bloco 8.694,37 37,75%1.2 ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

1.2.1 Entrada provisória de energia trifásica 70A ud 1,00 1.138,37 1.138,37 4,94%Total do Bloco 1.138,37 4,94%

1.3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA1.3.1 Entrada provisória de água ud 1,00 125,96 125,96 0,55%

Total do Bloco 125,96 0,55%1.4 PLACAS DE OBRA

1.4.1 Em chapa preta m² 6,00 154,10 924,6 4,01%Total do Bloco 924,6 4,01%

2 TOPOGRAFIA - SERVIÇOS2.1 Locação e nivelamento para assentamento de tubulação de esgoto m 15,00 2,50 37,50 0,16%

Total do Bloco 37,50 0,16%3 CADASTRO DE OBRAS

3.1 Lineares - esgoto m 15,00 0,19 2,85 0,01%Total do Bloco 2,85 0,01%

Total do Módulo 10.923,65 47,43%4 SERVIÇOS PRELIMINARES

4.1 SINALIZAÇÃO DE SEGURANCA4.1.1 Fita plástica m 500,00 0,12 60,00 0,26%4.1.2 Tapume móvel contínuo m 30,00 2,79 83,70 0,36%4.1.3 Tapume móvel descontínuo m 30,00 10,49 314,70 1,37%

Total do Bloco m 458,40 1,99%5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANCA

5.1 Cavaletes ud 6,00 220,00 1.320,00 5,73%5.2 Placas ud 1,00 85,00 85,00 0,37%5.3 Cones ud 1,00 38,79 38,79 0,17%

Total do Bloco 1.443,79 6,27%6 POÇO DE VISITA TIPO F

6.1Poço de Visita Tipo F - M/F conforme ítens complementares do MOS,com profundidade de até 4m

ud 2,00 650,00 1.300,00 5,64%

Total do Bloco 1.300,00 5,64%7 MATERIAL DE FERRO DÚCTIL- ÁGUA

7.1 TAMPÃO FD7.1.1 Tampão Classe 50 FD p/ poço de visita padrão Sanepar ud 2,00 267,00 534,00 2,32%

Total do Bloco 534,00 2,32%

8ESCAVACAO MECÂNICA DE VALAS EM QUALQUER TIPO DE SOL O, EXCETO ROCHA

m

8.1 Profundidade 0 m < h <= 4 m m 15 45 675 2,93%

Total do Bloco 675 2,93%

9 ESCORAMENTO

9.1 ESCORAMENTO DE MADEIRA

9.1.1 Pontalete m² 120 15 1800 7,81%

Total do Bloco 2475 10,75%

10 ATERRO/REATERRO EM VALAS E CAVAS

10.1 Mecânico m³ 55 10,5 577,5 2,51%

Total do Bloco 577,5 2,51%

11 EMBASAMENTO11.1 Pedrisco m³ 4,50 75,00 337,50 1,47%

Total do Bloco 337,50 1,47%12 RETIRADA DE ENTULHOS

12.1 Remoção de residuo de obra com destinação m³ 13,67 50,00 683,50 2,97%Total do Bloco 683,50 2,97%

13 RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS, GUIAS E SARJETAS COM REAPROVEITAMENTO TOTAL13.1 Lajota sextavada de concreto m² 50,00 22,00 1.100,00 4,78%13.2 Lousa de pedra m² 50,00 35,50 1.775,00 7,71%13.3 Grama m² 50,00 15,00 750,00 3,26%

Total do Bloco 3.625,00 15,74%Total do Módulo 12.109,69 52,57%

TOTAL GERAL 23.033,34 100,00%

Planilha Orçamentaria implantação de rede de esgoto sem material Método destrutivo para valas abertas - equivalencia para valas com profundidade até 4,00 metros

66

6.4. RELAÇÃO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS DESTRUTIV OS E NÃO DESTRUTIVOS

FONTE: o próprio autor

TIPO DE SISTEMA CUSTO TOTAL PARA INSTALAÇÃO EM 15M

NÃO DESTRUTIVO 19.168,34R$ 16,78% 3.865,00R$ VALA ABERTA 23.033,34R$ - -

DIFERENÇA DE CUSTO

RELAÇÃO ENTRE SISTEMAS PARA PROFUNDIDADE ATÉ 4,00 M ETROS

67

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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