UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE
BOVINOS DE CORTE
SISTEMA SILVIPASTORIL COMO ALTERNATIVA PARA A
PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE
Guarapuava
2011
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PAULA MARIA ZANETTE
MARIANA GÓIS KRUGER
SISTEMA SILVIPASTORIL COMO ALTERNATIVA PARA A
PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE
Guarapuava
2011
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE BOVINOS DE
CORTE
SISTEMA SILVIPASTORIL COMO ALTERNATIVA PARA A PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE
Projeto de Pesquisa apresentado no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de Bovinos da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Engº. Agrônomo Mikael Neumann
Guarapuava
2011
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Título: Sistema silvipastoril como alternativa para a produção de bovinos de corte. Instituição Executora: Universidade Tuiuti do Paraná Órgão Executor: Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão - PROPPE
Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de bovinos de
corte.
Duração: 500 horas. Município: Guarapuava - PR Equipe: Alunos: Mariana Góis Krüger e Paula Maria Zanette Orientador: Prof. Dr. Eng. Agrônomo Mikael Neumann - UNICENTRO
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SUMÁRIO
1...............................................................................................................................R
ESUMO ............................................................................................................6
2...............................................................................................................................ABSTRACT .......................................................................................................6
3............................................................................................................................... INTRODUÇÃO .................................................................................................8
4...............................................................................................................................FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................9
4.1.......................................................................................................................FATORES AMBIENTAIS...............................................................................9
4.2.......................................................................................................................FATORES ECONÔMICOS..........................................................................11
4.3.......................................................................................................................FATORES RELACIONADOS À PRODUÇÃO ANIMAL...............................12
4.4.......................................................................................................................PASTAGEM NO SISTEMA SILVIPASTORIL ..............................................16
4.5.......................................................................................................................RESPOSTA DA FORRAGEIRA À SOMBRA, PRODUÇÃO E QUALIDADE17
4.6.......................................................................................................................LEGUMINOSAS LENHOSAS NA RECUPERAÇÃO DE PASTEGENS ......20
5...............................................................................................................................CONLCUSÕES .................................................................................................21
6...............................................................................................................................REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................22
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RESUMO
Sistema Silvipastoril é a combinação intencional de árvores, pastagem e gado numa
mesma área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada, com o objetivo de
incrementar a produtividade por unidade de área. Nesses sistemas, ocorrem
interações em todos os sentidos e em diferentes magnitudes. Os sistemas
silvipastoris promovem a conservação e melhoria do solo, por meio da redução da
erosão eólica, estabilização dos solos, especialmente nas encostas, ação
descompactante das raízes e atividade microbiana. Tais sistemas apresentam
grande potencial de benefícios econômicos e ambientais para os produtores
aumentarem sua rentabilidade na propriedade e para a sociedade. São sistemas
multifuncionais, onde existe a possibilidade de intensificar a produção pelo manejo
integrado dos recursos naturais evitando sua degradação, além de recuperar sua
capacidade produtiva, também podem fornecer alimento para pessoas e para o
gado, madeira, lenha, postes e mourões, frutos e castanhas, resinas, pasto apícola,
entre outros produtos.
Palavras-chave : conservação do solo, rentabilidade, produtividade
ABSTRACT
Silvopastoral system is the intentional combination of trees, pasture and cattle in the
same area at the same time and managed in an integrated manner with the aim of
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increasing productivity per unit area. In these systems, interactions occur in all
directions and at different magnitudes. Silvopastoral systems promote soil
conservation and improvement through the reduction of wind erosion, stabilization of
soils, especially on the slopes, descompactant action of roots and microbial activity.
Such systems have great potential for economic and environmental benefits for
producers rentability and for society. Multifunctional systems where there is a
possibility to intensify production by the integrated management of natural resources
preventing their degradation, and to recover their productive capacity, can also
provide food for people and cattle, timber, firewood, poles and stakes, and fruits nuts,
resins, bee pasture, among other products.
Key-words: soil conservation, rentability, productivity
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3. INTRODUÇÃO
Os sistemas silvipastoris consistem na combinação de árvores, com
diferentes finalidades ao sistema pasto/animal, com a capacidade de aumentar a
eficiência de utilização dos recursos naturais através da complementaridade entre as
diferentes explorações envolvidas, além de obedecerem ao fundamento
agroecológico de manutenção do equilíbrio do ecossistema (Pezo e Ibrahim, 1998).
Sabe-se da existência de grandes áreas plantadas com culturas perenes e
pela necessidade de recuperar extensas áreas de pastagens degradadas; assim, a
implantação de sistemas silvipastoris, surge como uma excelente alternativa para
recuperar e desenvolver novas pastagens de gramíneas de forma sustentável (Veiga
& Serrão, 1990).
Também, entre os benefícios para os componentes do sistema
solo/planta/animal, se destacam ainda, a conservação do solo e da água, a
possibilidade de melhoria das condições físicas, químicas e da atividade biológica na
superfície do solo, e o conforto térmico para os animais (Jackson & Ash, 1998;
Wilson, 1998; Leme et al., 2005). Pois, segundo Deinum et al. (1996) e Durr e
Rangel (2000) ocorre o aumento da disponibilidade de vários nutrientes no solo sob
sombreamento, que podem resultar em melhoria dos teores de proteína bruta e de
minerais na forragem, tais como cálcio, fósforo e potássio (Deinum et al., 1996; Durr
& Rangel, 2000), em comparação com a pastagem exposta ao pleno sol.
Além, disso as árvores existentes nas propriedades rurais são sub-utilizadas,
onde a arborização das pastagens permite repovoar de forma ordenada áreas de
pastagens a céu aberto, para proteger o rebanho dos extremos climáticos e ainda
obter diversificação de produtos florestais e pecuários (Montoya et al.,1994).
Lembrando ainda, que árvores são um investimento de longo prazo, e podem ser
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utilizadas no manejo do risco econômico, no planejamento da aposentadoria e como
forma de transferir riqueza entre gerações (Abel et al., 1997).
Portanto, o Sistema Silvipastoril apresenta grande potencial de benefícios
econômicos e ambientais para os produtores e para a sociedade; como sistemas
multifuncionais, onde existe a possibilidade de intensificar a produção pelo manejo
integrado dos recursos naturais evitando sua degradação e recuperando sua
capacidade produtiva. Assim, a criação de animais com árvores na pastagem, pode
reduzir a erosão, melhorar a conservação da água, capturar e fixar carbono,
diversificar a produção, aumentar a renda e o conforto dos animais (Silva, 2004).
O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão bilbiográfica sobre criação
de bovinos de corte sob sistema silvipastoril esclarecendo sua aplicação na
propriedade rural.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os sistemas silvipastoris podem ser classificados de acordo com o tipo de
arranjo e a finalidade. Alguns dos tipos mais utilizados são árvores dispersas nas
pastagens, bosquetes nas pastagens, árvores em faixas na pastagem, plantio
florestal madeireiro ou frutífero com animais, cerca viva e mourão vivo, banco
forrageiro e quebra-vento (Franke & Furtado, 2001).
O espaçamento recomendado entre as árvores é variável, e depende da
arquitetura das espécies arbóreas, do modo de distribuição das árvores, da
fertilidade do solo, entre outros fatores. Alguns estudos em parcelas indicaram que o
crescimento máximo de gramíneas temperadas e tropicais, tolerantes ao
sombreamento, foi obtido com 40 a 70% de transmissão de luz. Dessa forma em
sistemas silvipastoris, a densidade de árvores não deve ultrapassar 40 a 50% de
cobertura arbórea na área de pastagem, sendo selecionadas as espécies de árvores
de arquitetura adequada (Carvalho et al., 2002).
4.1. Fatores Ambientais
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Os sistemas silvipastoris têm um papel importante no estabelecimento de
corredores biológicos, que favorecem o intercâmbio de genes entre populações de
espécies, pela polinização e dispersão de sementes, interligando fragmentos
florestais dispersos e isolados (Franke & Furtado, 2001).
Os sistemas silvipastoris diminuem os impactos ambientais negativos,
inerentes aos sistemas convencionais de criação de gado, por favorecerem a
restauração ecológica de pastagens degradadas, diversificando a produção das
propriedades rurais, gerando lucros e produtos adicionais, ajudando a depender
menos de insumos externos (como adubos, postes e mourões), permitindo e
intensificando o uso sustentável do solo (Franje & Furtado, 2001).
As árvores auxiliam a conservação do solo de várias maneiras: reduzem a
erosão do solo, aumentam a matéria orgânica do solo, melhoram a sua estrutura e
aceleram a ciclagem de nutrientes. As árvores ajudam a reduzir a erosão pela
redução do fluxo do vento e de água, mantendo o solo agregado e aumentando a
infiltração. A recuperação de áreas degradadas pode ser auxiliada pela deposição
de restos vegetais, incluindo tocos, galhos e liteiras, ao longo de curvas de nível,
onde eles podem segurar matéria orgânica e sementes. O aumento nos teores de
matéria orgânica do solo e de liteira das árvores ajuda a melhorar a estrutura do solo
e aumenta a infiltração da água pluvial. A germinação das sementes e o
desenvolvimento de uma faixa de vegetação ao longo dessas linhas aumentam, com
o tempo, o controle dos fluxos de água e de vento, bem como a ciclagem de
nutrientes As raízes de algumas árvores podem penetrar mesmo em solos bastante
compactados, auxiliando a melhorar a capacidade de infiltração da água (Abel et al.,
1997).
Árvores exploram camadas de solo de um a mais de cinco metros abaixo do
sistema de raízes de culturas anuais e de forrageiras. As raízes trazem nutrientes e
os depositam na superfície do solo como liteira, que se decompõe formando a
matéria orgânica do solo. A dispersão desses nutrientes para longe das árvores
pode ser alcançada pela rotação de longo prazo entre árvores e culturas/pastagens,
pela alimentação dos animais com a forragem oriunda das árvores, e pelo plantio
das árvores junto com as culturas/pastagens. As raízes, ao penetrarem o solo,
formam poros, que com a decomposição das raízes, auxiliam a infiltração de água.
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No ambiente mais ameno sob as árvores, a macrofauna contribui também para
aumentar a permeabilidade do solo (Abel et al., 1997).
As árvores aceleram a ciclagem de nutrientes, principalmente no caso de
plantas fixadoras de nitrogênio e com micorrizas, aumentando os nutrientes
disponíveis no sistema. Além da sombra, também, reduzindo o estresse térmico dos
animais, auxilia no ganho produtivo dos animais (Montoya et al., 1994).
4.2. Fatores Econômicos
Grande parte dos produtores rurais necessita de alternativas de aumento de
emprego e renda. Nesses casos, o produtor pode usar suas melhores terras com
plantios agrícolas e, obedecendo à legislação, ocupar as terras de relevo mais
acidentado, pobres ou abandonadas, principalmente, com o plantio de árvores,
também em sistemas consorciados. Sistemas agroflorestais melhoram a distribuição
da mão-de-obra ao longo do ano, diversificando a produção, melhorando as
condições de trabalho no meio rural e da qualidade de vida do produtor (Rodigheri,
2003).
Sistemas silvipastoris podem fornecer alimento para pessoas e para o gado,
madeira, lenha, postes e mourões, frutos e castanhas, resinas, pasto apícola, entre
outros produtos (Montoya et al., 1994).
Dados do IBGE (1997), citados por Porfírio da Silva (2003) demonstram que,
em média, 29,7% dos estabelecimentos rurais do Estado de Mato Grosso do Sul
apresentavam renda monetária bruta negativa, o que pode ser um indício de que,
entre outras causas, os atuais sistemas de uso das terras podem não estar
conseguindo assegurar a capacidade produtiva.
No caso de pecuaristas que queiram implantar sistemas silvipastoris, pode-se
estimar que pastagens com duzentas árvores por hectare, manejadas para produzir
madeira para serraria, poderia adicionar cerca de R$ 300,00/ha/ano (Silva, 2001).
A lucratividade de sistemas silvipastoris tem sido demonstrada por vários
trabalhos, exemplificado pelo estudo conduzido por Marlats et al. (1995), citados por
Silva (2003), que compararam monocultura de floresta, monocultura de pastagens e
sistema silvipastoril com 250 e 416 árvores por hectare. Esse sistema apresentou as
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melhores taxas internas de retorno do investimento efetuado, superando a renda
líquida obtida nas monoculturas.
Apesar da importância ambiental, social e econômica dos plantios florestais e
agroflorestais, essas atividades apresentam alto custo de implantação e
manutenção, pois normalmente apresentam retornos financeiros mais significativos
do sexto ao vigésimo quarto anos, quando são efetuados os corte finais das
florestas. Um aspecto positivo da exploração de madeira na propriedade pecuária é
a possibilidade de o usufruto ou o corte da madeira ser feito conforme a
oportunidade da época, da rentabilidade da floresta e outros, de forma que a idade
ótima de rotação, ou do desbaste, ou da talhadia, não seja necessariamente pré-
determinada como na agricultura. Assim, os plantios florestais permitem flexibilidade
nos corte de modo a maximizar os lucros (Graça et al., 2000).
Os sistemas silvipastoris devem ser delineados para minimizar os custos
associados à implantação e manutenção das árvores; sistemas de manejo precisam
ser desenvolvidos para que a competição entre forrageiras herbáceas e árvores por
luz, água e nutrientes seja adequadamente conduzida e a associação de árvores e
pastagem precisa ser dimensionada para tirar o melhor proveito da produção de
carne e de produtos florestais (Vilcahuaman et al., 2000).
Áreas consideradas impróprias para a agricultura ou pastagens em estádio
inicial de degradação podem ser utilizadas e recuperadas por meio de sistemas
silvipastoris. Na região Amazônica, por exemplo, a combinação de cultura de milho,
paricá (Schizolobium amazonicum) e Brachiaria brizantha para a recuperação de
pastagens degradadas foi considerada viável, e a produção de milho nos três anos
iniciais de estabelecimento do sistema reduziu os custos totais em 70% (Marques,
1990).
4.3. Fatores relacionados à produção animal
A sombra o abrigo proporcionado pelas árvores afetam a produtividade, pela
proteção às plantas e aos animais, por alterações do microclima, pela competição e
pela redução das perdas de solo (Abel et al., 1997). A produção de forragem e o
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bem-estar animal são influenciados pelo microclima local e tem reflexos no
desempenho animal.
Os bovinos são muito sensíveis ao calor. A temperatura, umidade, quantidade
de luz solar direta e velocidade dos ventos estão entre os principais fatores que
afetam a temperatura corporal. A perda de calor por meio da troca com o ambiente,
que ocorre pela evaporação de umidade na respiração e no suor, é o meio mais
importante de resfriamento de bovinos sujeitos a altas temperaturas. Bovinos de
origem indiana têm mais glândulas sudoríparas e maior área de superfície que
bovinos europeus, o que facilita a dissipação do calor, além da taxa metabólica dos
bovinos europeus ser 15 a 20% maior, assim, esse conjunto de fatores os torna
menos tolerantes ao calor.
Existe uma faixa de temperatura na qual o gado não precisa gastar muita
energia para manter a temperatura corporal, que é a chamada zona de conforto
térmico; que, para bovinos indianos, se situa entre 10-15 e 26°C; já para bovinos
europeus, está entre 0,5 e 15-20°C. Acima da zona d e conforto, há vasodilatação,
suor e aumento dos movimentos respiratórios, com conseqüente aumento no gasto
de energia para manutenção. Para cada aumento de 10°C no ambiente, acima da
zona de conforto térmico o ritmo respiratório do bovino dobra, chegando a 200
movimentos/min (normal = 23). Dessa maneira, nas pastagens do Brasil Central os
bovinos estão sob estresse térmico, variando de graus mediano a severo para os
animais sem proteção, durante boa parte do ano (Blackshaw & Blackshaw, 1994).
O gado usa de várias estratégias no ambiente quente: comportamentais
(procura de sombra, orientação em relação ao sol, aumentando a ingestão de água);
aumenta a transferência de calor para a superfície do corpo, aumenta a temperatura
da pele para aumentar a perda de calor por convecção e radiação, aumenta a taxa
de transpiração para perder calor no suor, aumenta o volume respiratório para
aumentar a perda de calor evaporativo na transpiração. Com a evolução do quadro,
cai também a taxa metabólica; e ainda, se esses mecanismos não conseguirem
evitar a elevação da temperatura corporal, o animal pode morrer (Blackshaw &
Blackshaw, 1994).
O estresse prolongado conduz a uma resposta complexa no animal, que se
traduz em menor desempenho. O estresse leva à perda de peso, reduz a resistência
a infecções, reduz o crescimento tanto pela menor produção de hormônios (como o
hormônio tireotrófico, que estimula a tireóide, e o hormônio do crescimento) como
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pela redução da ingestão de alimento e inibição geral do trato gastrintestinal
(Encarnação, 1997). Além disso, o estresse calórico também afeta a reprodução,
pois altas temperaturas diminuem a produção e qualidade do sêmen, com baixo
volume do ejaculado e maior proporção de espermatozóides anormais.
O estresse térmico parece prejudicar o início da puberdade em novilhas,
efeito associado do crescimento mais lento e do comprometimento da regulação
neuro-hormonal. Vacas submetidas ao estresse térmico mostraram prejuízo no
crescimento e desenvolvimento folicular, bem como na evolução da luteólise,
comprometendo a ovulação. Além disso, o estresse térmico pode prejudicar as taxas
de concepção, influenciar o comportamento de estro, modificar a função hormonal e
alterar os ambientes do oviduto e do útero, sendo implicado no atraso e interrupção
do desenvolvimento inicial do embrião em várias espécies (Encarnação, 1997;
Larson, 2000).
O alto consumo de alimento aumenta a taxa metabólica e a ingestão de água,
exigindo mais esforços na termorregulação. A redução da ingestão de alimento é
uma resposta imediata ao estresse térmico calórico, há relatos de redução de
consumo, em confinamentos, da ordem de até 10 a 35% em temperaturas acima de
35°C (Blackshaw & Blackshaw, 1994).
O clima impõe um certo grau de estresse aos animais, mensurável pelas
disfunções na homeotermia, com reflexos negativos sobre a eficiência produtiva e/ou
reprodutiva. Essa situação pode acarretar prejuízos, por exemplo, pelo decréscimo
na produção de leite (Hafez, 1973; Hardy, 1981; Cameron et al., 1989; Naãs, 1989;
Müller, 1989).
A disponibilidade adequada de sombra produz mudanças favoráveis no
comportamento de pastoreio e sobre a produtividade: os animais dedicam mais
horas diárias ao pastejo e à ruminação; o consumo de alimento se maximiza sob
conforto térmico; diminui a necessidade de água; a conversão alimentar melhora,
com menor utilização de energia para dissipação do calor excessivo (Martin, 2002).
De todos os efeitos da presença de árvores em pastagens, e, portanto, sobre os
animais que nela vivem, o mais importante para estes é, sem dúvida, a melhora no
seu bem-estar (Silva, 2003).
Segundo Garcia et. al (2009), em experimento silvipastoril com pastagem de
mombaça obteve o ganho de peso médio diário de 1 kg/animal/dia, ganho este
superior ao obtido por Olivera et al. (2007), que obtiveram ganhos de 0,6
15
kg/animal/dia. Os dados do presente trabalho foram superiores também aos obtidos
por Costa et al. (2004), que obtiveram médias de ganho entre 0,6 a 0,8 kg/dia, em
sistemas com mombaça. Garcia et. al (2009) ainda obteve ganhos de 0,87kg em
sistema silvipastoril com pastegem de quicuio. Também Garcia et. al (2009) obteve
escore de condição corporal oscilando entre 5 e 8, do início ao final do experimento.
Ao final do experimento, os animais do Sistema Mombaça apresentaram escores
mais elevados (P<0,01) que os do Sistema Quicuio.
Por ser uma análise visual, o escore corporal constituiu uma forma subjetiva,
porém normatizada, para análises de ganhos, principalmente quanto à musculatura
e cobertura de gordura nos animais.
Foi estudada a viabilidade de utilização de bovinos para o controle de
braquiária (Brachiaria decumbens Stapf. Prain.) em povoamentos de Eucalyptus
grandis W. Hill ex Maiden implantados em areias quartzosas anteriormente
ocupadas com a criação de gado, no município de Bocaina, Estado de São Paulo. A
área do experimento foi de 90 ha, dos quais 75 ha ocupados com eucalipto
espaçado de 3m x 2m, com 18 meses de idade e 15 ha constituídos por aceiros e
estradas revestidos com a braquiária. Foram introduzidos e mantidos por um ano,
nessa área, vinte bovinos com peso médio de 250 kg/cabeça. Até 28 meses após a
introdução dos animais, não foram observadas influências sobre o solo nem sobre o
desenvolvimento do eucalipto; eles asseguraram, no entanto, efetivo rebaixamento
da braquiária, impedindo também a sua penetração no sub-bosque. O ganho de
peso dos vinte animais, durante o ano, foi de 1.165 kg (58 kg/cabeça)
(Schreiner,1988).
As plantações de árvores podem funcionar também como banco de
forrageiras para época seca e para complementação da dieta de animais confinados
ou semiconfinados.
No caso de cabras leiteiras, por exemplo, a suplementação alimentar em
pasto à base de hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) aumentou linearmente a produção
de leite com o aumento do consumo deste em relação à gramínea (Mochiutti et al.,
1995). O hibisco tem 17,8% de proteína crua e 73,4% de DIVMS, enquanto estes
níveis para o pasto ficam em torno de 5,3% e 55,3%, respectivamente. Oviedo et al.
(1994) descrevem também um sistema de produção de leite de cabras para
consumo doméstico em sistema de confinamento total, alimentadas com árvores e
arbustos de alto conteúdo nutricional. Esse sistema visa a dar uma alternativa à
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produção de leite de vaca em propriedades muito pequenas ou em terrenos muito
acidentados, e que permite produzir de 1 a 2 litros de leite por dia por animal com
apenas 1,5 hora de trabalho entre todas as atividades. Esse sistema demanda uma
área de 700 a 1.400 m2 por animal, sendo 70% do total com árvores e 30% com
pasto de corte (Engel, 1999).
4.4 Pastagem no sistema silvipastoril
O enriquecimento do solo de pastagens, em áreas soba influência das copas
de árvores, tem sido observado em várias regiões e ocorre em razão do
aproveitamento de nutrientes pelas árvores, de camadas do solo que estão fora do
alcance das raízes das forrageiras, e à incorporação gradativa de biomassa das
árvores (folhas, flores, frutos etc) à pastagem (Sánchez et al., 2003).
A velocidade do processo de decomposição da serrapilheira torna-se mais
eficiente, quando há presença de leguminosas arbóreas, cuja baixa relação carbono/
nitrogênio favorece a atividade dos microrganismos e acelera os processos de
decomposição e mineralização dos principais nutrientes do ecossistema (Wilson,
1996).
Sabe-se que as árvores reduzem a luminosidade disponível para as
forrageiras que crescem sob suas copas, condição que influencia o valor nutritivo da
forragem e os aspectos morfogenéticos determinantes da produtividade
(Castro et al., 1999). Embora ainda escassos, os estudos sobre os aspectos
morfofisiológicos e nutricionais da interação entre árvores e gramíneas forrageiras
mostram que os efeitos dependem tanto da espécie forrageira considerada, quanto
do nível de sombreamento imposto pelas espécies arbóreas associadas.
Paciullo et al. (2007) concluiram que pastagens de Brachiaria decumbens O
sombreamento intenso (65% de sombra) reduz os valores de massa de forragem,
densidade de perfilhos e índice de área foliar da Brachiaria decumbens, enquanto o
sombreamento moderado (35% de sombra) não modifica essas variáveis, em
relação ao cultivo a sol pleno. O sombreamento também provoca alterações
morfológicas no relvado de B. decumbens, que contribuem para o aumento da
interceptação da radiação fotossinteticamente ativa.
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O sombreamento provocado pela presença das árvores, no sistema
silvipastoril, possibilita aumento dos teores de proteína bruta e redução dos de fibra
em detergente neutro, e incrementa a digestibilidade in vitro da matéria seca da B.
decumbens, cultivada no subbosque.
O efeito da sombra sobre as características morfológicas e produção de
matéria seca das espécies forrageiras tropicais foi bastante estudado, mas
relativamente pouca coisa existe a respeito dos efeitos sobre o valor nutricional, e os
resultados são às vezes conflitantes (Garcia & Couto, 1997).
Na Grã-Bretanha, sistemas silvipastoris com ovinos e Acer pseudoplatanus,
na densidade de 400 árvores/ha, não mostraram qualquer redução na produção
anual dos ovinos mesmo aos 12 anos de crescimento das árvores (Macaulay Land
Use Research Institute & UK Agroforestry Forum, s/d). No caso de espécies de
crescimento mais rápido como larch (Larix europaea) e ash (Fraxinus excelsior), na
mesma densidade, houve redução de 10% na produtividade animal, devido ao
sombreamento provocado pelas árvores com 10 e 11 anos de crescimento.
4.5 Resposta da forrageira à sombra, produção e qua lidade
Além da seleção e utilização de espécies forrageiras tolerantes ao
sombreamento, é possível manipular o nível de iluminação do sistema silvipastoril
através da escolha das espécies, densidade e pela disposição das árvores em
relação ao sol e ao relevo, bem como através de alternativas para manter a
produtividade que incluem podas e raleamento (desbaste) das árvores, que podem
inclusive gerar renda direta (venda de escoras, postes) ou indireta (uso na
propriedade rural).
Onde não há problemas de ventos fortes, as linhas de árvores devem ser
dispostas no sentido leste-oeste para melhor aproveitamento da radiação solar. Em
regiões com ventos fortes, deve-se fazer o plantio em ângulo de 45 a 90 graus em
relação à direção predominante dos ventos ou providenciar quebra-ventos
periféricos.
As árvores constituem uma barreira, impedindo a formação de geadas. Essa
proteção resulta, em termos práticos, em pastagens verdes sob árvores durante o
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inverno (Porfírio da Silva, 1994). Porfírio da Silva et al. (1998) registraram, nas
condições do noroeste paranaense, temperaturas do ar mais elevadas em até 2°C
na posição sob as copas de renques arbóreos em noites de inverno, e os valores de
temperatura do ar atingiram até 8°C de diferença en tre as posições sombreadas e
ensolaradas. O pasto pode ter seu crescimento comprometido pelo vento devido a
danos físicos causados pela agitação mecânica.
Em uma comparação entre pastagem não arborizada e um sistema
silvipastoril com árvores dispostas em renques curvilíneos, Porfírio da Silva et al.
(1998), registraram que a velocidade média dos ventos no sistema silvipastoril foram
menores em 26% e 61%, para um dia de inverno e um dia de verão,
respectivamente, aproximando-se dos valores que outros autores consideram
convenientes para a maioria das culturas e para a criação de ruminantes.
Algumas das gramíneas mais usadas para a formação de pastagens no
Brasil, como Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha e cultivares de Panicum
maximum são tolerantes ao sombreamento (Carvalho et al., 2001).
Acredita-se que a umidade mais elevada associada a temperaturas mais
amenas favoreçam a mineralização do nitrogênio, aumentando sua disponibilidade
no solo e contribuindo para um melhor desempenho das pastagens. Fatores
ambientais assim modificados têm um efeito significativo sobre a qualidade da
forragem, já que digestibilidade da matéria seca e conteúdo de nutrientes são
determinados pela morfologia, anatomia e composição química da forrageira. Sob
sombra, a proporção de mesofilo, mais facilmente digestível, é maior em relação à
epiderme, menos digestível. As gramíneas produzidas em ambientes sombreados
mostram geralmente maior teor de proteína bruta, maior teor de nitrogênio não
protéico, cutículas mais finas, lâminas mais largas, elongação estimulada e
desenvolvimento vascular diminuído. Entretanto, à medida que o nível de sombra
aumenta, a concentração de carboidratos solúveis na planta diminui e pode haver
um declínio concomitante de conteúdo de parede celular. Existem informações
contraditórias, com relatos de queda no teor de polissacarídeos de parede celular e
teor de fibra bruta e maior digestibilidade em plantas sombreadas, em relação às
produzidas ao sol. Dados de pesquisa mostraram que a produção, conteúdo de
fibras e de proteína da forrageira podem ser mantidos sob sombra, desde que
selecionadas as espécies adequadas (Lin et al., 2001).
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Muitos estudos encontraram um efeito positivo do sombreamento sobre a
concentração de minerais na planta, que foi relacionada à sua menor taxa de
crescimento (Garcia & Couto, 1997). O componente arbóreo pode também propiciar
maior aporte de minerais pela maior reciclagem de nutrientes.
Somarriba (1995) descreve um sistema comum na América Central de
associação de goiabeiras com pastagens. Os frutos de goiaba são oferecidos ao
gado na razão de 11 kg/animal por dia, e as árvores se estabelecem
espontaneamente nas pastagens, formando bosques quase puros associados ao
pasto. Essas árvores podem ser usadas para lenha e frutos, e também como
vegetação matricial para futuros enriquecimentos e recuperação de pastagens
degradadas. Placas de estrume contendo plântulas de goiaba podem ser
distribuídas ao longo de cercas e depois desbastadas com 10-20 cm de altura, e em
seguida manejadas para fornecer uma cerca viva excelente.
Em um estudo do potencial forrageiro de vegetação secundária para
carneiros, Hernández & Benavides (1995) encontraram cerca de 25 espécies
arbóreas com digestibilidade in vitro de matéria seca (DIVMS) de mais de 50% e teor
de proteína bruta de 15% a 30%. Das quatro espécies mais consumidas por ovinos
satisfizeram de 50% a 75% dos requerimentos diários de energia digerível e
satisfizeram completamente os requerimentos de proteína crua total, sendo elas
Cecropia peltata, Brosimum alicastrum, Lonchocarpus guatemalensis e Hamelia
patens.
Leguminosas de uso múltiplo em sistemas agrissilvipastoris têm sido usadas
como suplementação alimentar para o gado, principalmente na época seca. Podem
ser plantadas em associação com pastagens em piquetes, e constituir de 30% a
50% da dieta dos animais. Exemplo clássico é Leucaena leucocephala, que tem
cerca de 25% de proteína bruta em suas folhas, mas um alto teor de mimosina, que
impede o uso em mais de 30% da dieta de ruminantes e 10% de não-ruminantes.
Calliandra callothirsus também apresenta um alto teor de proteína bruta (22%), mas
uma menor digestibilidade (20.6 % DIVMS). Espécies como Gliricidia sepium,
Erythrina poeppigiana, Guazuma ulmifolia, Albizia falcataria apresentam altos teores
de proteína bruta (3,0% - 4,5% de N nas folhas) e digestibilidade acima de 40%
DIVMS (Chavez, 1994).
20
4.6 Leguminosas lenhosas na recuperação de pastagen s
A grande competitividade das leguminosas é atribuída, em grande parte, a
sua capacidade de se associar simbioticamente às bactérias fixadoras de nitrogênio.
Essa associação pode incorporar mais de 500 kg/ha/ano de N ao sistema solo-
planta, que, juntamente com o fósforo, são os nutrientes que mais limitam o
estabelecimento e o desenvolvimento das pastagens. Assim, quando essa estratégia
de obtenção de nitrogênio ocorre junto com a associação dessas plantas com
fungos micorrízicos, que são capazes de aumentar a área de absorção de nutrientes
pelas plantas (aumentando assim o aporte de fósforo), obtém-se uma eficiente
estratégia para melhorar e manter a produtividade (Franco et al., 2003).
As leguminosas fixadoras de nitrogênio fornecem serrapilheira rica em
nitrogênio, que além de melhorar a fertilidade do solo, reduz a erosão, previne a
infestação de ervas daninhas e serve de substrato para melhorar a estruturação e as
propriedades biológicas do solo (Dommergues et al. (1999) citado por Franco et al.,
2003).
A quantidade de N fixado pelas espécies arbóreas varia em função das
espécies e das relações bióticas e abióticas envolvidas no processo de fixação
biológica do nitrogênio (Franco et al., 2003). Um povoamento de angico-vermelho na
Zona da Mata mineira, plantado em espaçamento 7 m x 7 m (204 árvores/ha),
depositou 4.224 kg de biomassa/ha de matéria seca, entre outubro/93 e abril/94 (6
meses), com concentração de nitrogênio variando de 2,12 a 2,26%. Isso
corresponderia a um aporte de 89,5 a 95,5 kg de nitrogênio/ha. Genericamente,
recomenda-se para adubação de manutenção de pastagens de gramíneas, de 50 a
100 kg de N/ha. A Sesbania sp. chegou a fixar 286 kg/ha em 56 dias, podendo suprir
assim a necessidade nitrogenada de qualquer cultura agrícola (Franco et al., 2003).
Balandier & Dupraz (1999) compararam o crescimento no período inicial (5- 8
anos) de árvores plantadas em espaçamentos largos (50 a 400 plantas/ha) em
sistemas agroflorestais (60% silvipastoris) com plantios florestais comerciais (600 a
1.400 plantas/ha), concluindo que os problemas de crescimento observados se
relacionavam com a escolha de espécies não adaptadas às condições do local de
plantio.
21
Esses autores observaram que as árvores de sistemas silvipastoris se
desenvolveram muito bem, com taxas de crescimento em altura equiparáveis aos
plantios florestais. Tendo em conta o objetivo de obter troncos retos, cilíndricos, sem
ramos, de 4 a 6 m, dentro de 10 a 15 anos, observou-se que o plantio menos denso
deu melhor resultado em locais mais férteis e protegidos; em solos de baixa
fertilidade, sujeitos a ventos fortes e estresse hídrico, é provável que densidades
maiores de plantio sejam aconselháveis, devido à maior perda de exemplares, para
ao final se colherem 50 a 80 árvores/ha.
5. CONCLUSÕES
A produção animal nos trópicos enfrenta novos desafios, com a busca do
equilíbrio entre a segurança alimentar, a conservação do meio ambiente e o bem-
estar animal e social. Sistemas produtivos baseados na combinação de forrageiras
arbóreas podem contribuir para aumentar a eficiência de manejo e o uso dos
recursos naturais, bem como na sustentabilidade de propriedades rurais, em
especial, as pequenas.
O sistema silvipastoril permite o aumento da produtividade por área da
propriedade, melhora o bem-estar animal, promove a manutenção de umidade e
temperatura do solo para produção de pastagens, promovendo assim, o uso
sustentável do solo; além de permitir a preservação ambiental com plantio de
árvores, diminuindo os impactos negativos ambientais na criação de gado de corte;
fazendo restauração ecológica de pastagens degradadas.
Por fim, o sistema silvipastoril constitui uma ferramenta para a otimização do
diferencial já existente na bovinocultura regional e nacional: rebanhos em pasto.
Com isso, pode ajudar a consolidar a bovinocultura brasileira como ambientalmente
adequada no cenário mundial.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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