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FEUCP Universidade Católica Portuguesa – Faculdade Engenharia Epidemiologia e Saúde Pública 18 de Dezembro 2012, Sintra, Portugal Bernardo Ribeiro da Cunha – 182812001 Diogo Costa – 182812003 João Mota 181909006 1º Semestre 20122013 12 Estudo Epidemiológico de Incidência e Mortalidade por Traumatismo Crânio Encefálico na População Portuguesa

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F E -­‐ U C P  

Universidade  Católica  Portuguesa  –  Faculdade  Engenharia  Epidemiologia  e  Saúde  Pública  18  de  Dezembro  2012,  Sintra,  Portugal  Bernardo  Ribeiro  da  Cunha  –  182812001  Diogo  Costa  –  182812003  João  Mota  -­‐  181909006  

1º  Semestre  2012-­‐2013  12  

Estudo  Epidemiológico  de  Incidência  e  Mortalidade  por  Traumatismo  Crânio-­‐Encefálico  na  População  Portuguesa  

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ÍNDICE  

LISTA  DE  TABELAS ......................................................................................................................... 3  

LISTA  DE  FIGURAS .......................................................................................................................... 3  

RESUMO.............................................................................................................................................. 4  

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5  

MÉTODOS  E  MATERIAIS................................................................................................................ 5  ORIGEM  E  DESCRIÇÃO  DOS  DADOS ...................................................................................................................5  Associação  Novamente................................................................................................................................5  Instituto  Nacional  de  Estatistica ............................................................................................................6  

TRATAMENTO  DE  DADOS ..................................................................................................................................6  Agrupamento  e  actualização  com  dados  referentes  a  2009  e  2010 .......................................6  Cálculo  das  Taxas  de  Incidência  Cumulativa  e  Taxas  de  Mortalidade  para  2003  a  2010...............................................................................................................................................................................6  Determinação  do  distrito  com  maior  Taxa  de  DI  médio  por  Distrito  em  2009  e  2010 ..7  Determinação  das  descrições  de  TCE  mais  frequentes  por  distrito  em  2009  e  2010 ......7  Dados  referentes  aos  motivos...................................................................................................................7  

RESULTADOS  E  DISCUSSÃO ......................................................................................................... 8  EVOLUÇÃO  DE  DS,  DI,  NO  E  T  DEVIDO  A  TCE  DESDE  1993  A  2010.......................................................8  EVOLUÇÃO  DO  NÚMERO  MÉDIO  DE  DI  E  NÚMERO  DE  DS .........................................................................11  EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  MORTALIDADE  POR  TCE  DESDE  2003  A  2010.............................................12  TAXA  DE  INCIDÊNCIA  CUMULATIVA  DE  TCE  DESDE  2003  A  2010.......................................................14  DISTRITO  COM  MAIOR  TAXA  MÉDIA  DE  DI  POR  DISTRITO  EM  2009  E  2010 ......................................16  DESCRIÇÕES  DE  TCE  MAIS  FREQUENTES  EM  2009  E  2010  POR  DISTRITO.........................................19  DADOS  REFERENTES  AOS  MOTIVOS ..............................................................................................................20  NOTA  EM  RELAÇÃO  AOS  DADOS  OBTIDOS  ATRAVÉS  DA  BASE  DE  DADOS  DO  INE.................................20  

CONCLUSÕES...................................................................................................................................20  

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................21    

LISTA  DE  TABELAS  Tabela  1  -­‐  Descrições  Resumidas  mais  Frequentes  por  Distrito ...............................................19  

LISTA  DE  FIGURAS  Figura  1  -­‐  Evolução  de  DS,  DI,  NO  e  Total  de  Casos  por  TCE  desde  1993  a  2010  nos  

Homens  por  Ciclo  de  Vida ..................................................................................................................10  

Figura  2  -­‐  Evolução  de  DS,  DI,  NO,  e  Total  de  Casos  por  TCE  desde  1993  a  2010  nas  Mulheres  por  Ciclo  de  Vida ................................................................................................................10  

Figura  3  -­‐  Evolução  do  Número  Médio  de  DI  e  Número  de  DS ...................................................11  

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Figura  4  –  Evolução  da  Taxa  de  Mortalidade  por  TCE  em  Homens  por  Ano  e  Ciclo  de  Vida  de  2003  a  2010  por  cada  1,000,000  Habitantes ............................................................13  

Figura  5  –  Evolução  da  Taxa  de  Mortalidade  por  TCE  em  Mulheres  por  Ano  e  Ciclo  de  Vida  de  2003  a  2010  por  cada  1,000,000  Habitantes ............................................................13  

Figura  6  -­‐  Evolução  da  Taxa  de  Incidência  Cumulativa  de  TCE  em  Homens  por  Ano  e  Ciclo  de  Vida  de  2003  a  2010  por  cada  1,000,000  Habitantes...........................................15  

Figura  7  -­‐  Evolução  da  Taxa  de  Incidência  Cumulativa  de  TCE  em  Mulheres  por  Ano  e  Ciclo  de  Vida  de  2003  a  2010  por  cada  1,000,000  Habitantes...........................................15  

Figura  8  –  Taxa  Média  de  DI  para  Homens  Por  Ciclo  de  Vida  por  Distrito  para  2009  e  2010 .............................................................................................................................................................17  

Figura  9  -­‐  Taxa  Média  de  Di  para  Mulheres  por  Ciclo  de  Vida  por  Distrito  para  2009  e  2010 .............................................................................................................................................................18  

Figura  10  -­‐  Taxa  Média  DI  para  homens  e  mulheres  por  ciclo  de  vida  por  distrito  para  2009  e  2010..............................................................................................................................................18  

 

RESUMO  Pretendeu-­‐se  com  este  trabalho  ganhar  experiência  a  trabalhar  dados  reais,  realizando  um  estudo  epidemiológico  para  seguir  a  evolução  da   taxa  de   incidência  e  mortalidade,  por   distrito   e   ciclo   de   vida,   numa   amostra   de   doentes   que   sofreram   de   Traumatismo  Crânio-­‐Encefálico(TCE).  É  objectivo  deste  trabalho  agrupar  dados  não-­‐tratados  relativos  aos  Dias   de   Internamento(DI),   Doentes   Saídos(DS),   Número   de  Óbitos(NO)   e   Total   de  Casos(TC),  para  os  anos  de  2009  e  2010,  e  ainda,  actualizar  os  dados  tratados  desde  o  ano   de   1993,   dados   estes   fornecidos   pela   Associação   Novamente.   A   partir   desta  informação,  complementada  pelos  dados  referentes  à  população,  obtidos  através  do  INE,  determinou-­‐se   uma   aproximação   para   as   taxas   de   incidência   cumulativa   e  determinaram-­‐se  as  taxas  de  mortalidade.  Por  fim,  comparou-­‐se  os  dados  não-­‐tratados,  de  2009  e  2010,  para  determinar  qual  a  taxa  de  dias  de  internamento  médio  por  distrito,  e  ainda,  determinar  qual  a  descrição  de  TCE  mais  frequente,  em  cada  distrito.    

Observou-­‐se  uma  tendência  geral  para  a  diminuição  das  taxas  de  incidência  cumulativa,  tanto  para  os  Homens  como  para  as  Mulheres,  no  entanto,  apenas  a  taxa  de  mortalidade  para   os  Homens   apresentou   uma   tendência   decrescente,   até   2008,   não   sendo   notório  qualquer   tendência   para   as   Mulheres.   O   Distrito   com   maior   taxa   de   dias   de  internamento   foi   Beja   em   2009,   para   os   Homens,   e   Portalegre,   para   as   Mulheres,  enquanto  que  para  o  ano  de  2010  verificou-­‐se,  para  ambos  os  sexos,  que  o  distrito  de  Beja  apresentava  as  maiores  taxas  de  DI.  Registou-­‐se  também  que  a  descrição  resumida  de  TCE  mais   frequente,   ao   longo  de   todos  os  distritos,   foram  as  Hemorragias,   excepto  em  Portalegre,  onde  foram  as  Concussões.    

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INTRODUÇÃO  Os  traumatismos  crânioencefálico  são  essencialmente  divididos  em  ligeiros  e  graves.  Os  primeiros   tendem   a   ser   de   gravidade   clínica   relativamente   baixa,   no   entanto,   os  segundos  têm  associados  bastantes  problemas  e  especialmente  muito  sofrimento,  para  o  paciente  e  para  a  sua  família.  As  dificuldades  impostas  por  estas  lesões  e  as  sequelas  que  deixam,   significam   muitas   vezes,   cuidados   de   saúde   especializados,   dispendiosos   e  durante  períodos  de  tempo  prolongados.  É  por  estas  razões  que  os  países  desenvolvidos  têm   vindo   a   procurar   medidas   de   prevenção   mais   eficientes   e   orientadas   para   a   sua  população.   Deste   forma   têm   vindo   a   aumentar   a   necessidade   de   realizar   estudos  epidemiológicos  para  conseguir  compreender  a  causa  -­‐  efeito,  a  incidência  e  mortalidade  de  traumatismos  crânioencefálico (WHO, NA).  

Existe,  em  Portugal,  uma  associação  que  se  dedica  aos  pacientes  vitimas  de  TCE.  O  seu  espectro  de  acção  vai  desde  apoio  psicológico,  técnico,  burocrático,  legal,  etc.  Muitas  das  suas   actividades  passam  por  promover   a   comunicação   entre   pacientes   e   especialistas,  para   assim,   estimular   a   troca   de   experiências   e   promover   a   estabilidade   emocional,  motivação   e   adaptação   das   vitimas.   Esta   organização   pertence   também   ao   Fórum  Europeu   para   a   Deficiência   (EDF),   celebra   protocolos   com   entidades   que   possam  facilitar   a   vida   dos   pacientes,   participa   na   elaboração   do   plano   nacional   de   saúde,  elabora   e   organiza   acções   de   informação   para   melhor   prevenir   traumatismos  crâneoencefálicos.   Esta   mesma   associação   trabalha   também   com   dados   sobre   a  população   Portuguesa   que   sofreram   de   TCE,   nomeadamente   com   registos   clínicos,   de  forma  a  conseguir  delinear  a  sua  forma  de  actuação. (Associação Novamente)  

MÉTODOS  E  MATERIAIS  

ORIGEM  E  DESCRIÇÃO  DOS  DADOS  

ASSOCIAÇÃO  NOVAMENTE  A  Associação  Novamente(AN)  forneceu  3  documentos  no  formato  Microsoft  Excel  (.xml).  

O   primeiro   documento   designado   “2009_2010”   continha   os   dados   brutos   dos   doentes  com   TCE,   agrupados   por   Descrição   de   Patologia,   para   os   anos   de   2009   e   2010.   Cada  descrição(linha   na   tabela)   tinha   associado:   número   de   doentes   saídos,   dias   de  internamento,  número  de  óbitos,  distrito,  concelho,  código  da  patologia,  género  e  ciclo  de   vida.   Os   dados   de   2010   registam   um   total   de   44396   descrições   onde   2818   eram  Homens   e  1578  Mulheres,   por   outro   lado,   os  dados  de  2009   incluem  4612  descrições  onde  2995  eram  Homens  e  1617  Mulheres.    

O   segundo   documento,   com   o   nome   “DGS_Tcraneoence_92_09”,   incluía   197,694   Dados  Tratados  desde  o  ano  de  1993  a  2008  inclusive.  Cada  ano  contêm  os  valores  agrupados  de   DS,   DI,   NO   e   T   para   cada   género   e   ciclo   de   vida.   O  mesmo   documento   continha   a  evolução  de  DS  e  ainda,  média  de  DI  desde  1993  a  2008  inclusive,  agrupados  por  género.  Ainda   neste   documento   estavam   agrupados   os   valores   de  DS,   tanto   por   distrito   como  por   concelho,   desde   1993   a   2008.   Por   fim   foram   fornecidos   dados   referentes   aos  motivos  de  TCE  desde  2001  a  2008,  agrupados  por  ciclo  de  vida  e  género.  

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O  terceiro  documento,  designado  “DGS_Tcraneoence_92_08_Motivos”,   incluía  os  motivos  de  TCE  desde  2001  a  2008,  dados  estes  que  estavam  agrupados  por  idade  e  género.  Este  documento  continha  igualmente  uma  lista  com  as  correspondências  entre  as  descrições  de  patologia  e  motivo  de  TCE.  

INSTITUTO  NACIONAL  DE  ESTATISTICA  De   forma   a   calcular   as   taxas   mencionadas   foi   necessário   obter   dados   relativos   à  população   para   cada   distrito,   agrupada   por   ciclo     de   vida.   Como   tal   recorreu-­‐se   ao  website   do   INE,   secção   de   dados   estatísticos,   escolhendo   a   ligação   bases   de   dados.   Na  categoria   de   População,   subcategoria   estimativas   e   projecções   é   possível   obter   a  população   residente,   estimada   anualmente,   para   cada   distrito,   agrupado   por   ciclo   de  vida  desde  o  ano  de  2003  a  2010.  

TRATAMENTO  DE  DADOS  

AGRUPAMENTO  E  ACTUALIZAÇÃO  COM  DADOS  REFERENTES  A  2009  E  2010  O  primeiro  passo  no  tratamento  dos  dados  foi  agrupar  os  dados  do  primeiro  documento,  contendo  os  dados  dos  anos  2009  e  2010.  Desta  forma  pretende-­‐se  actualizar  os  dados  tratados,  no  segundo  documento.  Para  tal  bastou-­‐nos  somar,  para  cada  género  e  fase  do  ciclo  de  vida,  o  número  de  ocorrências  de  Doentes  Saídos(DS),  Dias  de  Internamento(DI)  e   Número   de   Óbitos(NO).   Foi   ainda   necessário   somar   o   número   de   DS   com   NO   para  obter   o   Total   de   Casos   de   forma   a,   posteriormente,   acrescentar   esta   informação   aos  dados  dos  anos  1993-­‐2008.  Durante  este  processo  actualizamos  também  a  média  de  DI  e   valor   de   DS   desde   1993   a   2008   do   segundo   documento,   registando   também   a  percentagem  de  cada  género  na  população,  para  cada  ano.  

CÁLCULO  DAS  TAXAS  DE  INCIDÊNCIA  CUMULATIVA  E  TAXAS  DE  MORTALIDADE  PARA  2003  A  2010  

Seguidamente  procedeu-­‐se  à  determinação  da  taxa  de   incidência  cumulativa.  A  mesma  foi   obtida   por   aproximação,   uma   vez   que   se   considerou   que   cada   doente   saído  representou   um   individuo   que   adquiriu   a   doença.   Desta   forma   bastou-­‐nos   dividir   o  número   de   DS   pelo   valor   da   população   para   o   mesmo   período.   Para   os   valores   da  população   foram  utilizadas  as  estimativas  anuais  obtidos  através  da  base  de  dados  do  INE,  como  descrito  previamente.    

Os  mesmos   dados   obtidos   através   do   INE   foram  utilizados   para   determinar   a   taxa   de  mortalidade   por   TCE,   sendo   que,   para   este   cálculo,   foram   utilizados   os   valores   do  número   de   óbitos.   Assim   bastou-­‐nos   dividir   o   número   de   NO,   por   período,   pela  população  desse  período.  

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DETERMINAÇÃO  DO  DISTRITO  COM  MAIOR  TAXA  DE  DI  MÉDIO  POR  DISTRITO  EM  2009  E  2010  

Inicialmente  determinou-­‐se  a  média  dos  dias  de   internamento,  para  cada  descrição  de  ocorrência,  nos  dados  não-­‐tratados  tanto  de  2009  como  de  2010.  Deste  modo  dividiu-­‐se  o  número  de  DI  pelo  valor  de  DS.  De  seguida  agrupou-­‐se  estes  dados  por  género  e  ciclo  de   vida,   para   cada   distrito,   sendo   que   o   valor   obtido   foi   dividido   pelos   valores  correspondentes   para   a   população   estimada,   obtida   através   do   INE,   como   indicado.  Desta  forma  obtemos  algo  como  uma  taxa  de  dias  de  internamento  por  distrito,  género  e  ciclo  de  vida.  

DETERMINAÇÃO  DAS  DESCRIÇÕES  DE  TCE  MAIS  FREQUENTES  POR  DISTRITO  EM  2009  E  2010  

Nesta   parte   do   trabalho   agrupou-­‐se   as   descrições   de   TCE,   fornecidas   nos   dados   não-­‐tratados  de  2009  e  2010,   em  sete  descrições   resumidas.  As   sete  descrições   resumidas  utilizadas   foram  a  patologia  principal  de  TCE,  observadas  nas  descrições  provenientes  dos   dados,   nomeadamente:   contusões,   concussões,   traumatismos,   hemorragias,  lacerações,  hematomas  e   fracturas.  Foi  determinado  o  valor  de  DS  para  cada  descrição  resumida,   e   de   seguida,   determinadas   as   frequências   relativas   de   cada   descrição  resumida,   em   termos   de   percentagem   em   relação   ao   total,   para   cada   distrito.  Posteriormente   tentámos   compreender   qual   a   descrição,   faixa   etária   e   género   mais  afectado  em  cada  distrito  para  a  descrição  resumida  mais  frequente.  Como  critérios  de  desempate,   para   descrições   com   iguais   números   de   DS   em   cada   distrito,   foram  seleccionadas  as  descrições  que  levavam  a  mais  NO  e,  de  seguida,  mais  DI.  

DADOS  REFERENTES  AOS  MOTIVOS  Apesar   de   não   termos   tratado   estes   dados,   acabamos   por   ter   contacto   com   várias  referencias,   nomeadamente   entre   os   diferentes  motivos   e   as   diferentes   descrições   da  patologia.  Este  factor  foi  posteriormente  importante  na  nossa  análise,  isto  pois  permite-­‐nos  introduzir  algumas  sugestões  que  podem  explicar  padrões  observados.  

 

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RESULTADOS  E  DISCUSSÃO  

EVOLUÇÃO  DE  DS,  DI,  NO  E  T  DEVIDO  A  TCE  DESDE  1993  A  2010  Mantendo   a   organização   estabelecida   no   Dados   Tratados,   no   segundo   documento  fornecido  pela  AN,  foram  actualizadas  as  tabelas  e  gráficos  que  mostram  a  evolução  de  DS,  DI,  NO  e  T.  Desta   forma,  apresentam-­‐se  os  resultados  para  os  Homens,  Mulheres  e  total  de  ambos  géneros  nas  figuras  1,  2  e  3  respectivamente.  É  de  salientar  a  diferença  na  escala  entre  a   figura  1  e  a   figura  2,  o  que   indica,   claramente,  que  os  Homens  estão  sujeitos  a  maiores  DI,  DS,  NO  e  TC.  Isto  pois,  tirando  a  escala,  os  gráficos  aparentam  ser,  no   geral,   bastante   semelhantes.   Convém   também  referir  que  os   valores  de  NO,   lidos   a  partir   do   gráfico,   são   demasiado   pequenos   na   escala   utilizada,   logo,   deveriam   ser  estudados  separadamente.  Contudo,  são  apresentadas  as  taxas  de  mortalidade,  e  como  tal,  a  evolução  dos  valores  de  NO  não  foram  avaliadas  nesta  secção.  

De   forma   a   facilitar   a   análise   dos   resultados   obtidos,   apresenta-­‐se   por   vezes,   uma  percentagem  de  redução  entre  determinados  anos.  Esta  foi  obtida  fazendo  o  quociente  da  diferença  entre  os  dois  anos  e  o  valor  do  ano  inicial,  multiplicado  por  100%.  

Evolução  de  DS,  DI,  NO  e  TC  nos  Homens  

Observando  a   figura  1,  nota-­‐se  uma  tendência  geral  para  os  valores  de  DI  diminuírem,  desde  1993  até  2010,   à   excepção  de  1996  e  1997.  A   redução  do  número  de  DI   foi  de,  aproximadamente,  39%  de  1993  a  2010.  A  Faixa  Etária  Predominante(FEP)  é  15-­‐44  até  2005,  e  ≥65  anos    a  partir  de  2006.    

Os   valores   de   DS   apresentam   também   uma   tendência   geral   para   descer,   desde   1993-­‐2010,  excepto  novamente  os  anos  de  1996  e  1997.  Neste  caso,  é  de  salientar  que  o  valor  máximo  é  obtido  no  ano  de  1997.  A  redução  do  número  de  DS,  desde  1997  a  2010,  foi  de  aproximadamente  63%.  Neste  caso,  a  FEP   foi  de  15-­‐44  anos,  até  o  ano  de  2008,  e,  até  2010,  foi  ≥65  anos.  

O  número  Total  de  Casos  revela   igualmente  uma  tendência  geral  para  reduzir,  desde  o  ano  de  1993  a  2010,  sendo  que  o  valor  máximo  é  obtido  outra  vez  em  1997.  A  redução  do   número   Total   de   Casos   foi   de,   aproximadamente,   65%,   desde   1997   a   2010,   onde  verificou-­‐se   que,   a   Faixa   Etária   Predominante   até   2004,   era   15-­‐44   anos   e  posteriormente,  ≥65  anos.  

Evolução  de  DS,  DI,  NO  e  TC  nas  Mulheres  

Tendo  em  conta  a  figura  2,  é  de  salientar  uma  tendência  decrescente  do  número  de  DI,  desde   1997   a   2002,   contudo,   para   os   restantes   anos   nota-­‐se   uma   oscilação.   O   valor  máximo   foi   registado   no   ano   de   1997.   A   redução,   desde   1997   a   2010,   foi   de,  aproximadamente  29%,  sendo  a  FEP  sempre  ≥65  anos.  A  redução  de  DI,  de  1993  a  2010,  foi  de  22%,  para  a  mesma  Faixa  Etária  Predominante.  

Os  valores  de  DS  apresentam  uma  tendência  para  diminuir,  desde  1997  até  2010,  sendo    que  o  valor  máximo  foi  novamente  registado  em  1997.  A  redução  de  DS,  desde  1997  até  

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2010,   foi   sensivelmente  63%,   e,   a   FEP   foi,   até  1995  15-­‐44  anos   e  posteriormente  ≥65  anos.  Note-­‐se  que  a  redução  de  DS,  de  1993  a  2010,  foi  de  59%.  

O  número  Total  de  Casos  tende  também  a  descer,  desde  1996  até  2010,  sendo  os  valores  máximos  obtidos,  desta  vez,  em  2006  e  2007.  A  redução  de  TC,  desde  1997  a  2010,  foi  de  aproximadamente   61%,   e   a   Faixa   Etária   Predominante,   até   1995,   foi   15-­‐44   anos,  enquanto  que  posteriormente  foi    ≥65  anos.  A  redução  de  TC,  desde  1993  a  2010,  foi  de  57%.  

Evolução  de  DS,  DI,  NO  e  TC  nos  Homens  e  Mulheres  

Os   dados   apresentados   acima,   para   ambos   os   sexos,   reflectem   uma   diminuição  acentuada  de  quase  todos  os  valores  de  DI,  DS  e  TC,  desde  1993  até  o  ano  de  2010.  Este  factor   pode   dever-­‐se   a   boas  medidas   de   prevenção,   incluídas,   por   exemplo,   no   Plano  Nacional  de  Saúde,  ou  até  noutras  áreas,  como  a  segurança  rodoviária  e  a  segurança  no  trabalho.   Áreas   estas   salientadas   pois   foi   notada   uma   associação   entre   as   descrições  mais  frequentes  e  a  correspondência  com  os  motivos,  utilizando  a  referencia  no  terceiro  documento  fornecido  pela  AN.  Nomeadamente,  notou-­‐se  uma  frequência  acentuada  das  descrições   relacionadas   com   acidentes   rodoviários   e   acidentes   no   trabalho,   em   dados  referentes  ao  inicio  do  estudo.  

As  Faixas  Etárias  Predominantes  acima  mencionadas   levam  a  crer  que  actualmente,  as  pessoas   na   faixa   etária  ≥65   anos,   tendem   a   ficar  mais   tempo   internadas   em   relação   a  outras   faixas   etárias.   Uma   possível   explicação   é   que   a   sua   saúde,   está   em   geral,  mais  debilitada,   logo,  pretende-­‐se  evitar   sequelas  mantendo  o  paciente  sob  observação.  Por  outro   lado,   no   inicio   do   estudo,   os   pacientes   com  mais   dias   de   internamento   estavam  maioritariamente  na  idade  activa,  tal  pode  dever-­‐se,  por  exemplo,  a  internamentos  para  observação.  Estes  poderiam  não  garantir  melhorias  da  saúde  e  como  tal  deixaram  de  ser  praticados.  Possivelmente  houve  uma  alteração  na  politica  de  saúde,  nomeadamente  ao  nível  dos  critérios  de  internamento  e  duração  do  mesmo.    

Por  outro  lado,  há  que  ter  em  conta  que  a  população  Portuguesa  tem  vindo  a  envelhecer,  desta  forma,  é  expectável  encontrar  maior  fracção  de  idosos  em  cada  descrição,  isto  pelo  simples   facto   de   haver,   gradualmente,   mais   idosos   na   população.   Para   uma   melhor  análise,  seria  necessário  avaliar  a  evolução  da  idade  média  da  população  Portuguesa,  e  posteriormente,   comparar   com   a   variação   da   faixa   etária   predominante,   notada   neste  estudo.  

Para  aprofundar  melhor  este  assunto,   seria   interessante  estudar  mais  detalhadamente  as  sequelas  associadas  a  cada  descrição.  Concretamente,  verificar  se  as  patologias  com  mais  dias  de  internamento  são  de  facto  as  que  podem  levar  a  maiores  sequelas,  e  ainda,  verificar  se,  as  patologias  que  envolvem  mais  dias  de  internamento,  são  de  facto  as  mais  graves.  

 

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FIGURA  1  -­‐  EVOLUÇÃO  DE  DS,  DI,  NO  E  TOTAL  DE  CASOS  POR  TCE  DESDE  1993  A  2010  NOS  HOMENS  POR  CICLO  DE  VIDA  

FIGURA  2  -­‐  EVOLUÇÃO  DE  DS,  DI,  NO,  E  TOTAL  DE  CASOS  POR  TCE  DESDE  1993  A  2010  NAS  MULHERES  POR  CICLO  DE  VIDA  

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EVOLUÇÃO  DO  NÚMERO  MÉDIO  DE  DI  E  NÚMERO  DE  DS  Mais   uma   vez   foram  determinadas   percentagens,   isto   para   facilitar   a   compreensão  da  subsequente  análise.  As  mesmas  foram  determinadas  de  forma  idêntica  às  anteriores.  

Na   figura   3   nota-­‐se   uma   tendência   crescente   do   número   médio   de   DI,   desde   1993   a  2010,  sendo  que  o  aumento  é  de,  aproximadamente,  44%.  É  também  de  salientar  que  o  número   de  DS   também   apresenta   uma   redução,   de   1993   a   2010,   na   ordem   dos   65%,  especialmente  depois  de  2007.    

Observa-­‐se  igualmente  que  o  número  de  doentes  saídos  tem  vindo  a  diminuir,  ao  mesmo  tempo,   aumenta   a   média   de   dias   de   internamento.   Esta   observação   pode   estar  relacionada  com  o  envelhecimento  da  população  uma  vez  que,  a.  priori,  uma  população  mais   idosa  necessita  de  maiores   cuidados.  Por  outro   lado,   considerando  a  hipótese  de  sucesso  das  medidas  preventivas  de  TCE,  torna-­‐se  possível  justificar  a  diminuição  de  DS  verificada   desta   forma.   Contudo,   seria   necessária   mais   informação   sobre   as   medidas  aplicadas   ao   longo   dos   anos,   para   uma   comparação   mais   aprofundada   entre   causa   e  efeito.  

 

 

 

 

FIGURA  3  -­‐  EVOLUÇÃO  DO  NÚMERO  MÉDIO  DE  DI  E  NÚMERO  DE  DS  

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EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  MORTALIDADE  POR  TCE  DESDE  2003  A  2010  À  primeira  vista,   as   figuras  4   e  5   também  apresentam  uma  diferença   considerável   em  termos   de   escala,   apesar   de   as   taxas   terem   em   conta   a   população   de   cada   género,  continua  a  ser  observada  esta  diferença.  É  possível  que  tal  observação  esteja  relacionada  com  o  estilo  de  vida  geral  de  cada  género,   como  por  exemplo,  a  práctica  de  desportos  motorizados   ou   desportos   radicais,   factores   estes   normalmente   associados   mais  frequentemente  ao  género  masculino  do  que  ao  feminino.  

Evolução  da  Taxa  de  Mortalidade  por  TCE  nos  Homens  

Observando  inicialmente  a  figura  4,  nota-­‐se  que  os  valores  correspondentes  ao  total  da  população   masculina   não   apresentam   uma   tendência   acentuada   para   diminuir   ou  aumentar.   Observa-­‐se   igualmente   que,   a   faixa   etária   onde   a   taxa   de   mortalidade   é  superior   é   ≥65   anos.   No   entanto,   é   de   salientar   que   a   faixa   etária   de   15   –   24   anos  corresponde,  até  2008,  à   segunda  maior   taxa  de  mortalidade.  Para  anos  posteriores,   a  faixa  etária  correspondente  à  segunda  taxa  de  mortalidade  mais  predominante,  é  25-­‐64  anos.    

Na  mesma  figura,  analisando  o  padrão  da  taxa  de  mortalidade  total  para  os  Homens,  é  de  salientar  que,  o  valor  máximo  corresponde  ao  ano  de  2003  e  o  valor  mínimo  ao  ano  de  2008.  Houve  uma  diminuição  desta  taxa  de  mortalidade  à  volta  de  21%,  entre  2003  e  2008,  por  outro  lado,  desde  2003  a  2010  houve  uma  redução  de  apenas  14%.  

 Evolução  da  Taxa  de  Mortalidade  nas  Mulheres  

Analisando  o  total  da  população  feminina,  na  figura  5,  nota-­‐se  que  não  há  uma  tendência  acentuada  para  aumentar  ou  diminuir.  Mais  uma  vez,  a   faixa  etária  com  maior   taxa  de  mortalidade  é  ≥65  anos.  As   faixas   etárias  de  15-­‐24  e  25-­‐64   são,   ao   longo  de  2003  até  2010,  variadamente,  as  faixas  etárias  com  a  segunda  maior  taxa  de  mortalidade.  

Na  mesma  figura  nota-­‐se  também  que  a  taxa  de  mortalidade  para  as  Mulheres  regista  o  mínimo   em   2007   e   o   máximo   em   2010.   Entre   estes   anos,   houve   um   aumento   de  aproximadamente   24%   da   taxa   de   mortalidade   total   por   TCE   para   as   Mulheres,   por  outro  lado,  notou-­‐se  que,  para  os  anos  de  2003  e  2010,  a  taxa  de  mortalidade  diminuiu  aproximadamente  5%.    

Comparação  da  evolução  da  Taxa  de  Mortalidade  nos  Homens  e  nas  Mulheres.  

A  percentagem  de  redução  da  taxa  de  mortalidade,  de  2003  a  2010,  para  os  Homens  e  para   as   Mulheres,   é   respectivamente,   de   14%   e   5%.   Esta   diferença   pode   ser  consequência  da  definição  da  população  alvo  das  medidas  preventivas  que  possam  ter  sido   implementadas   ao   longo   do   tempo   do   estudo.   Um   exemplo   é   a   prevenção  rodoviária,  onde  o  esforço  para  a  sensibilização  para  a  condução  sob  o  efeito  de  álcool  atinge,  sobretudo,  o  género  masculino.  

 

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FIGURA  4  –  EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  MORTALIDADE  POR  TCE  EM  HOMENS  POR  ANO  E  CICLO  DE  VIDA  DE  2003  A  2010  POR  CADA  1,000,000  HABITANTES  

FIGURA  5  –  EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  MORTALIDADE  POR  TCE  EM  MULHERES  POR  ANO  E  CICLO  DE  VIDA  DE  2003  A  2010  POR  CADA  1,000,000  HABITANTES  

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TAXA  DE  INCIDÊNCIA  CUMULATIVA  DE  TCE  DESDE  2003  A  2010  Convém   salientar   que,   os   dados   que   nos   foram   disponibilizados,   não   eram  concretamente   o   número   de   TCE   que   ocorreram   durante   os   períodos   de   tempo  considerados,  por  várias  razões.  Primeiramente,  há  que  ter  em  conta  que  nem  todos  os  indivíduos  que  sofrem  TCE  se  dirigem  a  uma  unidade  de  saúde,  e  como  tal,  podem  não  ter   sido   registados   no   sistema.   Outro   factor   é   que,   um   individuo   pode   ter   tido   uma  sequela   e   ter   sido   registado   novamente   no   sistema,   logo,   teremos   sobreposição   de  resultados.   Contudo,   na   ausência   de   outros   dados,   considera-­‐se   uma   aproximação  razoável   para   a   taxa   de   incidência   cumulativa   o   número   de   doentes   saídos.   Com   os  dados   fornecidos,   esta   aproximação   é   a   que   melhor   estima   o   valor   real   da   taxa   de  incidência  de  TCE  

Evolução  da  Taxa  de  Incidência  Cumulativa  de  TCE  nos  Homens  

Analisando  a  taxa  de  incidência  total  de  TCE  nos  Homens,  na  figura  6,  é  de  salientar  que  se  observa  uma  tendência  geral  de  redução  da  taxa  de  incidência,  de  2003  a  2010,  entre  estes  anos,  a  taxa  de  incidência  sofreu  uma  redução  na  ordem  dos  32%.  Notou-­‐se  que  o  valor  mínimo  registado  para  a  taxa  de  incidência  foi  no  ano  de  2008,  e  o  valor  máximo,  no  ano  de  2003.  Entre  estes  anos  houve  uma  redução  de  aproximadamente  36%.  

A  faixa  etária  com  a  taxa  de  incidência  por  TCE  mais  elevada  foi,  consistentemente,  ≥65  anos,  ao  longo  dos  anos  do  estudo.  Verificou-­‐se  também  que,  desde  2003  a  2008,  a  faixa  etária   com   a   segunda   taxa   de   incidência  mais   elevada   foi   15-­‐24   anos,  mas,   depois   de  2008,  foi  a  faixa  etária  de  25-­‐64  anos.  

Evolução  da  Taxa  de  Incidência  Cumulativa  de  TCE  nas  Mulheres  

Observando   a   evolução   da   taxa   incidência   total   nas  Mulheres,   na   figura   7,   é   de   notar  novamente  uma  tendência  decrescente,  desde  2003  a  2010.  Entre  estes  anos  houve  uma  redução  de  aproximadamente  29.5%,  enquanto  que,  entre  2003  e  o  ano  com  menor  taxa  de   incidência,  2008,   foi  de  29.6%.  Novamente,  observou-­‐se  que  a  FEP   foi  ≥65  anos  ao  longo  de  todos  os  anos.  

Comparação  da  evolução  da  Taxa  de  Incidência  Cumulativa  nos  Homens  e  nas  Mulheres.  

Mais   uma   vez,   nota-­‐se   que  houve   a   presença  maioritária   da   faixa   etária  ≥65   anos,   em  ambos  os  géneros,  contudo  nos  Homens,  notou-­‐se  que  houve  novamente  uma  alteração  da   faixa  etária,   correspondente  à   segunda   taxa  de   incidência  mais  elevada,   a  partir  do  ano   de   2008,   como   foi   notado   para   a   taxa   de   mortalidade.   Novamente,   houve   uma  redução  mais  considerável  nos  Homens  do  que  nas  Mulheres,  sendo  esta  diferença  foi  de  aproximadamente  6.5%.  

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FIGURA  6  -­‐  EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  INCIDÊNCIA  CUMULATIVA  DE  TCE  EM  HOMENS  POR  ANO  E  CICLO  DE  VIDA  DE  2003  A  2010  POR  CADA  1,000,000  HABITANTES  

FIGURA  7  -­‐  EVOLUÇÃO  DA  TAXA  DE  INCIDÊNCIA  CUMULATIVA  DE  TCE  EM  MULHERES  POR  ANO  E  CICLO  DE  VIDA  DE  2003  A  2010  POR  CADA  1,000,000  HABITANTES  

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DISTRITO  COM  MAIOR  TAXA  MÉDIA  DE  DI  POR  DISTRITO  EM  2009  E  2010  

Para   conseguirmos   determinar   quais   os   distritos   com   mais   dias   de   internamento  tivemos  que   recorrer   a  uma  aproximação.  Considerámos  que  os  dias  de   internamento  foram  igualmente  divididos  pelos  doentes  saídos,  desta  forma,  calculámos  a  média  de  DI  por  cada  DS  fazendo  o  quociente  de  ambos,  seguidamente,  dividimos  o  valor  obtido  pela  estimativa  da  população,  para  o  ano  e  distrito  em  causa.  De  qualquer   forma,  os  dados  permitem  obter  uma  ideia  de  quais  os  distritos  que,  em  2009  e  2010,  apresentaram  mais  dias  de  internamento.    

Assumiu-­‐se   também   que   os   critérios   de   internamento,   especialmente   a   duração   do  mesmo,   são   constantes   entre   distritos,   e   também,   constantes   dentro   de   cada   distrito.  Deste  forma  pudemos  comparar  os  valores  obtidos.  No  entanto,  não  temos  informação  que  aponte  neste  sentido.  

Taxa  Média  de  Dias  de  Internamento  nos  Homens  

Observando  a   figura  8,   é  de   salientar  que,  para  o   ano  de  2009,  Beja   foi   o  distrito   com  mais   dias   de   internamento   por   doente   saído,   predominando   a   faixa   etária   ≥65   anos.  Seguidamente   foi   o   distrito   de   Portalegre,   com   uma   FEP   de   0-­‐14   anos   e,   por   fim,   o  distrito  de  Vila  Real,  onde  predominou  a  faixa  etária  de  15-­‐24.    

No   ano   de   2010,   Beja   foi   novamente   o   distrito   com   mais   dias   de   internamento   por  doente  saído,  com  uma  faixa  etária  predominante  de  15-­‐24  anos.  Seguiu-­‐se  o  distrito  de  Évora,  onde  a  faixa  etária  mais  presente  foi  15-­‐24  anos.  Por  fim,  o  distrito  de  Portalegre  foi  o  terceiro  com  mais  dias  de  internamento  por  doente  saído,  principalmente  da  faixa  etária  0-­‐14  anos.    

Taxa  Média  de  Dias  de  Internamento  nas  Mulheres  

Analisando   a   figura   9,   é   de   notar   que,   no   ano   2009,   o   distrito   com   mais   dias   de  internamento  por  doente  saído  foi  Portalegre,  principalmente  indivíduos  na  faixa  etária  15-­‐24   anos.   O   segundo   e   terceiro   distrito   com  mais   dias   de   internamento   por   doente  saído   foram,   respectivamente,   Viana   do   Castelo   e   Bragança,   onde   predominaram  também  as  faixas  etárias  15-­‐24  anos.    

No   ano   de   2010   nota-­‐se   que   os   distritos   com  mais   dias   de   internamento   por   doente  saído  foram,  respectivamente,  Beja,  Santarém  e  Setúbal.  As  faixas  etárias  predominantes  foram,  respectivamente,  0-­‐14  anos,  15-­‐24  anos  e  15-­‐24  anos.  

Taxa  Média  de  Dias  de  Internamento  nos  Homens  e  Mulheres  

Comparando   a   figura   8   e   a   figura   9,   desta   vez,   é   de   salientar   que   não   há   grandes  diferenças  de  escala  entre  os  Homens  e  Mulheres,   ao   contrário  do  que   se   tem  vindo  a  verificar.  Nota-­‐se   que,   para   ambos   os   géneros,   a   faixa   etária   que   levou   a  mais   dias   de  internamento  por  doente  saído  foi  a  de  15-­‐24  anos.  É  de  salientar  ainda  que,  o  distrito  que   levou   a   mais   dias   de   internamento   por   doente   saído,   para   ambos   os   géneros,  durante  o  ano  de  2009,  foi  Portalegre  e,  para  o  ano  de  2010,  foi  Beja.  

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Analisando  a   figura  10,  note-­‐se  que,  para  o   ano  de  2009,  Portalegre   foi  o  distrito   com  maior   taxa  média   de   DI.   No   ano   seguinte,   2010,   Beja   foi   o   distrito   com  mais   dias   de  internamento  médio,  como  já  tinha  sido  referido.    

Seria   interessante,   dado   os   padrões   salientados,   estudar   mais   aprofundadamente   se  existe  uma  correlação  entre  zonas  geográficas  e  dias  de  internamento  por  doente  saído.  Isto   no   sentido   de   determinar   concretamente   qual   a   natureza   desta   correlação,  comparando   directamente   a   distribuição   da   população,   em   cada   distrito.  Posteriormente,  seria  de  interesse  tentar  encontrar  uma  relação  entre  as  descrições  e  os  motivos,  para  determinar  quais  as  causas  que  levam  a  maiores  dias  de  internamento  por  doente   saído,   numa   tentativa   de   adequar   possíveis   medidas   de   prevenção   e    tratamentos,  a  cada  distrito.    

FIGURA  8  –  TAXA  MÉDIA  DE  DI  PARA  HOMENS  POR  CICLO  DE  VIDA  POR  DISTRITO  PARA  2009  E  2010  

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FIGURA  10  -­‐  TAXA  MÉDIA  DE  DI  PARA  MULHERES  POR  CICLO  DE  VIDA  POR  DISTRITO  PARA  2009  E  2010  

 

FIGURA  9  -­‐  TAXA  MÉDIA  DI  PARA  HOMENS  E  MULHERES  POR  CICLO  DE  VIDA  POR  DISTRITO  PARA  2009  E  2010  

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DESCRIÇÕES  DE  TCE  MAIS  FREQUENTES  EM  2009  E  2010  POR  DISTRITO  

Com   estes   dados   foi   pretendido   explorar   a   distribuição   das   descrições   ao   longo   dos  distritos.  O  agrupamento  de  dados  não  teve  por  consideração  uma  base  médica,  mas  sim  critérios   definidos   durante   este   estudo,   em   relação   à   gravidade   da   doença,   como  explicado   previamente.   Contudo,   apenas   resumimos   as   patologias   em   agrupamentos  maiores,  não  sendo  assim  perdida  a  natureza  geral  da  patologia.  Provavelmente,  o  que  se  pode  concluir  é  que,  as  descrições  registadas  como  mais   frequentes  são   também  as  menos  graves,  como  seria  de  esperar.  Seria  interessante  ter  alargado  o  espectro  e  assim,  explorado  cada  descrição  resumida,  em  cada  distrito,  e  determinar,  por  exemplo,  quais  os   distritos   onde   ocorrem   mais   fracturas   ou   traumatismos,   pois   estas   podem   ser  descrições  consideradas  geralmente  mais  graves.  

É   de   salientar   que,   a   descrição   resumida   mais   frequente,   são   as   Hemorragias.   Estas  afectam  tanto  Homens  como  Mulheres,  contudo,  nota-­‐se  que  a  faixa  etária  mais  afectada  é   ≥65   anos.   Observou-­‐se   igualmente   que,   para   ambos   os   anos,   a   segunda   descrição  resumida   mais   frequente   foram   as   fracturas,   no   entanto,   neste   caso   não   foi   feita   a  associação  com  a  descrição  mais  frequente.  

TABELA  1  -­‐  DESCRIÇÕES  RESUMIDAS  MAIS  FREQUENTES  POR  DISTRITO  

AS  ENTRADAS  A  AMARELO  SÃO  AS  DESCRIÇÕES  RESUMIDAS  MAIS  FREQUENTES  E  A  AZUL  AS  SEGUNDAS  MAIS  FREQUENTES.  

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DADOS  REFERENTES  AOS  MOTIVOS  Foi  igualmente  disponibilizada  uma  referência  para  agrupamento  dos  dados,  segundo  os  motivos,  correspondestes  à  descrição  de  cada  patologia,  mas  verificou-­‐se  que  a  mesma  não   era   compatível   com   as   descrições   dos   dados   relativos   a   2009   e   2010   e,  consequentemente,  não  foram  trabalhados.    

Com  estes  dados  seria  interessante  explorar  as  sequelas  associadas  a  cada  descrição  e,  posteriormente,   comparar   as   frequências   de   cada   descrição,   numa   tentativa   de  compreender   se,   as   descrições   com   sequelas   mais   graves,   levam   a   mais   dias   de  internamento   ou   a   mais   doentes   saídos.   No   entanto,   seria   necessário   um   maior  conhecimento  médico  e  ainda,  mais  informação  sobre  cada  paciente  individualmente,  o  que  não  foi  possível  de  executar  neste  trabalho,  dado  os  dados  disponíveis.  

NOTA  EM  RELAÇÃO  AOS  DADOS  OBTIDOS  ATRAVÉS  DA  BASE  DE  DADOS  DO  INE  

Na  área  do  INE  mencionada  na  secção  “origem  e  descrição  dos  dados”  apenas  estavam  disponíveis  dados  desde  2003  a  2010.  Após   termos  contactado  o   INE   foi  nos  dito  que,  dados   referentes   a   anos   anteriores   a   2003   tinham   um   custo   que   considerámos   ser  demasiado  elevado  para  o  trabalho  em  causa  e,  como  tal,  estes  dados  não  puderam  ser  levados  em  conta  na  determinação  das  taxas  previamente  determinadas.    

CONCLUSÕES  Em  resumo,  os  dados  previamente  apresentados  revelam  que:  

i. Existe  uma  tendência  para  DI,  DS  e  T  diminuírem    tanto  nos  Homens  como  nas  Mulheres  .  A  faixa  etária  predominante  em  2010  foi  ≥65  anos  enquanto  que,  geralmente,  antes  de  1996  era  15-­‐44.  

ii. As  taxas  de  Mortalidade  por  TCE  nos  Homens  e  nas  Mulheres  diminuiu  respectivamente  14%  e  5%,  desde  2003  a  2010,  sendo  que  a  faixa  etária  com  maior  taxa  de  Mortalidade  foi  ≥65  anos,  contudo,  não  se  verificou  uma  tendência  decrescente.  

iii. As  taxas  de  incidência  cumulativa  de  TCE  tanto  nos  Homens  como  nas  Mulheres,  diminuiu,  respectivamente  32%  e  29.5%  entre  2003  e  2010,  sendo  a  faixa  etária  predominante  ≥65  anos.  

iv. O  distrito  que  apresentou  mais  dias  de  internamento,  tanto  nos  Homens  como  nas  Mulheres,  durante  os  anos  de  2009  e  2010,  foi  Beja.  

v. A  descrição  resumida  mais  frequente  foram  as  Hemorragias,  que  afectaram  tanto  Homens  como  Mulheres,  mas  sobretudo  a  faixa  etária  de  ≥65  anos.  

Estes  resultados  permitem-­‐nos  sugerir  essencialmente  que  tem  vindo  a  verificar-­‐se  uma  tendência  para  a  diminuição  da  mortalidade  e  incidência  de  TCE,  possivelmente  devido  a  boas  medidas  preventivas.  Sugeriu-­‐se  medidas  no  âmbito  do  Plano  Nacional  de  Saúde  ou  mesmo  noutras  áreas  como  a  segurança  rodoviária,  contudo,  seria  necessária  mais  informação  sobre  os  mesmos  para  confirmar.  Verificou-­‐se  que  os  Homens  estão  mais  predispostos  a  TCE,  factor  este  que  pode  ser  explicado  pelas  diferenças  entre  Homens  e  

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Mulheres,  no  que  toca  a  estilo  de  vida,  como  por  exemplo,  a  práctica  de  desportos  motorizados  ou  desportos  radicais,  mais  comum  nos  Homens  do  que  nas  Mulheres.  

Os  diferentes  ênfases  que  foram  dados  às  faixas  etárias  mais  predominantes,  e  ainda,  às  alterações  das  mesmas  ao  longo  do  tempo,  podem  reflectir  uma  alteração  do  paradigma  clínico  de  internamento.  Inicialmente  verificou-­‐se,  por  exemplo,  que  havia  maior  incidência  de  TCE  e  mais  DI  nas  faixas  etárias  correspondentes  às  idades  activas,  contudo,  com  o  passar  dos  anos,  verificou-­‐se  que  essa  tendência  alterou-­‐se  para  a  faixa  etária  ≥65  anos.  Assim,  é  possível  que  os  internamentos  sejam  mais  reduzidos  para  as  pessoas  na  idade  activa  e,  pessoas  em  idades  mais  avançadas  são  internadas  mais  tempo,  evitando  assim  sequelas  e  outras  complicações  devido  ao  estado  de  saúde  geral  debilitado.  Os  dados  apresentados  para  o  número  médio  de  dias  de  internamento  e  número  de  doentes  saídos  também  aparentam  suportar  esta  afirmação.  

Por  fim  foram  salientadas,  ao  longo  do  trabalho,  algumas  áreas  onde  possivelmente  seria  interessante  aprofundar  o  estudo,  concretamente,  utilizar  os  dados  relativos  aos  motivos  de  TCE  para  determinar  quais  os  motivos  que  levam  a  maiores  sequelas,  aprofundar  a  relação  geográfica  entre  os  distritos  com  mais  dias  de  internamento  por  doente  saído,  e  ainda,  estender  a  todas  as  descrições  resumidas  a  análise  apresentada  para  a  descrição  resumida  mais  frequente.  

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS  Associação  Novamente.  (n.d.).  Obtido  em  2012  -­‐  07-­‐12  de  Documento  1  -­‐  2009_2010;  Documento  2  -­‐  DGS_Tcraneoence_92_09;  Documento  3  -­‐  DGS_Tcraneoence_92_08_Motivos_vb:  www.novamente.pt  

INE.  (2012  -­‐  6-­‐12).  Portal  do  INE.  Obtido  em  2012  -­‐  6-­‐12  de  Dados  Estatisticos  -­‐  Base  de  Dados:  http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0004163&contexto=bd&selTab=tab2  

Vale,  A.  F.  (2012).  Acetatos  das  Aulas.  Epidemiologia  e  Saúde  Pública,  FE-­‐UCP,  Sintra,  Portugal  

WHO.  (NA).  Neurotrauma.  Obtido  em  26  de  12  de  2012,  de  WHO:  http://www.who.int/violence_injury_prevention/road_traffic/activities/neurotrauma/en/index.html  

 

 

 

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