URUGUAI - Revista Flap Internacional · mento de voo avançado operacional dos pilotos ... Ministra...

3
FLAP INTERNACIONAL 124 FLAP INTERNACIONAL 125 DADOS DO PAÍS: POPULAÇÃO: 3.404.189 habitantes ÁREA: 176.215 quilômetros quadrados FRONTEIRAS: Brasil (norte); Oceano Atlântico (sul); Brasil e Oceano Atlântico (leste); Argentina (oeste) SITUAÇÃO POLÍTICO-ECONÔMICA: no quarto e último ano do seu mandato, o governo do presidente José Mujica não conseguiu realizar muitas conquistas, a não ser dividir a sociedade uruguaia com o polêmico projeto de legalização da maconha, tentando envolver as Forças Armadas na custódia dos plantios. O consumo de drogas tem provocado o incremento da violência no país, principalmente dos menores de idade, fato que será motivo de consulta em plebiscito, que será junto com as eleições nacionais de outubro próximo, com vistas a diminuir a maioridade penal de 18 para 16 anos. A economia mostra os primeiros sinais de estagnação, motivada pela crise mundial, pelos problemas cambiais com a Argentina, bem como pelos novos impostos às atividades de turismo nes- se país e medidas retaliatórias contra o comércio realizado através de portos uruguaios. A agrope- cuária é o destaque da economia do Uruguai, bem como as exportações de softwares e a venda de serviços em geral. Quanto às Forças Armadas, estas continuam desmotivadas pelos baixos salários e pelo suca- teamento do material, ocasionando a evasão de talentos. O que salva o cenário é a importante participação de militares do país em forças de paz, com efetivos no Congo, Haiti e em outros países. Muitas aeronaves e equipamentos estão no limite de suas vidas úteis, desatualizados e com baixa disponibilidade, apesar de a Força Aérea Uruguaia (FAU) ter voado 12 mil horas no ano passado. FORÇA AÉREA URUGUAIA CRONOLOGIA HISTÓRICA: 3/1913: o Exército e a Marinha solicitam o início da formação de pilotos militares; 20/11/1916: criação da Escola Militar de Aviação; 1935: criação da Aeronáutica Militar Uruguaia como uma Divisão do Exército; e 4/12/1953: fundação da Força Aérea Uru- guaia (FAU). ORGANIZAÇÃO: a Força Aérea Uruguaia (FAU) tem a responsabilidade de garantir a sobe- rania do espaço aéreo nacional, realizando missões de defesa aérea, de ataque e tarefas subsidiárias, de acordo com as necessidades. Sua estrutura está baseada nos Comandos de Operações, de Pessoal e de Serviços, além da Diretoria Nacional de Avia- ção Civil e Infraestrutura Aeronáutica (DINACIA). O efetivo atual da FAU é de 3 mil integrantes, dos quais 550 são oficiais. As principais unidades aéreas da FAU estão assim organizadas: COMANDO AÉREO DE OPERAÇÕES: tem a incumbência de controlar e coordenar a área operacional da FAU, que está dotada com três Brigadas Aéreas, que abrigam os Esquadrões Aéreos e o Serviço de Sensores Remotos Espaciais, que serão analisados neste trabalho: Serviço de Sensores Remotos Espaciais: sediado na Base Aérea 1, que fica no setor militar do Aeroporto Internacional Cesáreo L. Berisso (ex-Carrasco), em Montevidéu, utiliza uma ae- ronave EMB.110 Bandeirante, configurada para aerofotogrametria, efetuando, quando necessário, missões de transporte. Tal segmento também pode requisitar outras aeronaves da FAU, desde helicópteros Bell 212 até aviões Pilatus PC-7, para missões especiais. Outro detalhe importante é que está capacitado para obter imagens de satélites. BRIGADAS AÉREAS Brigada Aérea Nº 1: estabelecida na Base Aérea Nº 1, que fica no setor militar do Aeroporto Internacional Cesáreo L. Berisso (ex-Carrasco), em Montevidéu, possuindo as seguintes unidades aéreas: Esquadrão Aéreo Nº 3: efetua as tarefas de transporte aéreo de pessoal, logístico, de autoridades e aerofotogrametria com aviões Lockheed C-130B Hercules, CASA 212-200 Avio- car, EMB.110B/C Bandeirante e Cessna 210. O transporte de autoridades (VIP) é realizado por um aparelho EMB.120 Brasilia. Esquadrão Aéreo Nº 5: está dotado com helicópteros Bell UH-1H Huey e Bell 212 para a realização de missões de busca e resgate (SAR), helitransporte, combate a incêndios florestais, evacuação aeromédica e missões utilitárias. Dois aparelhos Bell 212 são empregados em operações de paz da ONU na Etiópia. Já o transporte de autoridades (VIP) é efetuado por um helicóptero Eurocopter SA.365N2 Dauphin, que também pode ser configurado para atuar em missões SAR. BRIGADA AÉREA Nº 2: com sede na Base Aérea Nº 2 “Teniente 2º Parallada”, em Santa Bernardina (Durazno), está constituída pelas se- guintes unidades aéreas: Esquadrão Aéreo Nº 1: utiliza os bimotores FMA IA-58 Pucara para a realização de missões de ataque e COIN; Esquadrão Aéreo Nº 2: atua em missões de ataque, de caça, de reconhecimento tático e de superioridade aérea, utilizando os jatos Cessna A-37B Dragonfly; Esquadrilha de Ligação: empregada em missões de ligação de comando, controle aéreo avançado e utilitárias. Está dotada com aviões Cessna U206A Stationair, Cessna 172, 182 e um Piper PA-23; e Escola de Voo Avançado: ministra o treina- mento de voo avançado operacional dos pilotos formados pela Escola Militar de Aeronáutica, utilizando os aviões Pilatus PC-7U Turbo Trainer. BRIGADA AÉREA Nº 3: localizada na Base Aérea Capitán Boiso Lanza, no Aeroporto Angel S. Adami, em Melilla, Montevidéu. Possui as se- guintes unidades: Esquadrão Aéreo Nº 7: realiza missões uti- litárias, de ligação e transporte leve, empregando URUGUAI aviões Cessna 206H Stationair e Cessna T-41D Mescalero. COMANDO AÉREO DE PESSOAL: encarre- gado de administrar e de gerenciar a formação, o treinamento e a pós-formação do pessoal da FAU. Estão sob a sua subordinação as Escolas de Comando e Estado-Maior (ECEMA), a Escola Técnica de Aeronáutica (ETA) e a Escola Militar de Aeronáutica (EMA), que é a única dotada com aeronaves, de acordo com a seguinte organização: Escola Militar de Aeronáutica (EMA): está sediada na Base Aérea General Artigas, em Pando, Um jato Cessna A-37B do Esquadrão Aéreo Nº 2 ostenta pintura especial pelos 30 anos de operação na FAU. A FAU acaba de incorporar um segundo helicóptero AS.365N2 Dauphin a seu acervo, para atuar em missões de ambulância aérea. Os aviões FMA IA-58 Pucara do Esquadrão Aéreo Nº 1 da FAU atuam em missões de ataque. Cortesia FAU Santiago Rivas Santiago Rivas

Transcript of URUGUAI - Revista Flap Internacional · mento de voo avançado operacional dos pilotos ... Ministra...

FLAPINTERNACIONAL

124FLAP

INTERNACIONAL

125

DADOS DO PAÍS:POPULAÇÃO: 3.404.189 habitantesÁREA: 176.215 quilômetros quadradosFRONTEIRAS: Brasil (norte); Oceano Atlântico

(sul); Brasil e Oceano Atlântico (leste); Argentina (oeste)

SITUAÇÃO POLÍTICO-ECONÔMICA: no quarto e último ano do seu mandato, o governo do presidente José Mujica não conseguiu realizar muitas conquistas, a não ser dividir a sociedade uruguaia com o polêmico projeto de legalização da maconha, tentando envolver as Forças Armadas na custódia dos plantios. O consumo de drogas tem provocado o incremento da violência no país, principalmente dos menores de idade, fato que será motivo de consulta em plebiscito, que será junto com as eleições nacionais de outubro próximo, com vistas a diminuir a maioridade penal de 18 para 16 anos.

A economia mostra os primeiros sinais de estagnação, motivada pela crise mundial, pelos problemas cambiais com a Argentina, bem como pelos novos impostos às atividades de turismo nes-se país e medidas retaliatórias contra o comércio realizado através de portos uruguaios. A agrope-cuária é o destaque da economia do Uruguai, bem como as exportações de softwares e a venda de serviços em geral.

Quanto às Forças Armadas, estas continuam desmotivadas pelos baixos salários e pelo suca-teamento do material, ocasionando a evasão de talentos. O que salva o cenário é a importante participação de militares do país em forças de paz, com efetivos no Congo, Haiti e em outros países. Muitas aeronaves e equipamentos estão no limite de suas vidas úteis, desatualizados e com baixa disponibilidade, apesar de a Força Aérea Uruguaia (FAU) ter voado 12 mil horas no ano passado.

FORÇA AÉREA URUGUAIACRONOLOGIA HISTÓRICA:3/1913: o Exército e a Marinha solicitam o

início da formação de pilotos militares;20/11/1916: criação da Escola Militar de

Aviação;1935: criação da Aeronáutica Militar Uruguaia

como uma Divisão do Exército; e4/12/1953: fundação da Força Aérea Uru-

guaia (FAU).ORGANIZAÇÃO: a Força Aérea Uruguaia

(FAU) tem a responsabilidade de garantir a sobe-rania do espaço aéreo nacional, realizando missões de defesa aérea, de ataque e tarefas subsidiárias, de acordo com as necessidades. Sua estrutura está baseada nos Comandos de Operações, de Pessoal e de Serviços, além da Diretoria Nacional de Avia-ção Civil e Infraestrutura Aeronáutica (DINACIA). O efetivo atual da FAU é de 3 mil integrantes, dos quais 550 são oficiais.

As principais unidades aéreas da FAU estão assim organizadas:

COMANDO AÉREO DE OPERAÇÕES: tem a incumbência de controlar e coordenar a área operacional da FAU, que está dotada com três Brigadas Aéreas, que abrigam os Esquadrões Aéreos e o Serviço de Sensores Remotos Espaciais, que serão analisados neste trabalho:

Serviço de Sensores Remotos Espaciais: sediado na Base Aérea 1, que fica no setor militar do Aeroporto Internacional Cesáreo L. Berisso (ex-Carrasco), em Montevidéu, utiliza uma ae-ronave EMB.110 Bandeirante, configurada para aerofotogrametria, efetuando, quando necessário, missões de transporte. Tal segmento também pode requisitar outras aeronaves da FAU, desde helicópteros Bell 212 até aviões Pilatus PC-7, para missões especiais. Outro detalhe importante é que está capacitado para obter imagens de satélites.

BRIGADAS AÉREASBrigada Aérea Nº 1: estabelecida na Base

Aérea Nº 1, que fica no setor militar do Aeroporto Internacional Cesáreo L. Berisso (ex-Carrasco), em Montevidéu, possuindo as seguintes unidades aéreas:

Esquadrão Aéreo Nº 3: efetua as tarefas de transporte aéreo de pessoal, logístico, de autoridades e aerofotogrametria com aviões Lockheed C-130B Hercules, CASA 212-200 Avio-car, EMB.110B/C Bandeirante e Cessna 210. O

transporte de autoridades (VIP) é realizado por um aparelho EMB.120 Brasilia.

Esquadrão Aéreo Nº 5: está dotado com helicópteros Bell UH-1H Huey e Bell 212 para a realização de missões de busca e resgate (SAR), helitransporte, combate a incêndios florestais, evacuação aeromédica e missões utilitárias. Dois aparelhos Bell 212 são empregados em operações de paz da ONU na Etiópia. Já o transporte de autoridades (VIP) é efetuado por um helicóptero Eurocopter SA.365N2 Dauphin, que também pode ser configurado para atuar em missões SAR.

BRIGADA AÉREA Nº 2: com sede na Base Aérea Nº 2 “Teniente 2º Parallada”, em Santa Bernardina (Durazno), está constituída pelas se-guintes unidades aéreas:

Esquadrão Aéreo Nº 1: utiliza os bimotores FMA IA-58 Pucara para a realização de missões de ataque e COIN;

Esquadrão Aéreo Nº 2: atua em missões de ataque, de caça, de reconhecimento tático e de superioridade aérea, utilizando os jatos Cessna A-37B Dragonfly;

Esquadrilha de Ligação: empregada em missões de ligação de comando, controle aéreo avançado e utilitárias. Está dotada com aviões Cessna U206A Stationair, Cessna 172, 182 e um Piper PA-23; e

Escola de Voo Avançado: ministra o treina-mento de voo avançado operacional dos pilotos formados pela Escola Militar de Aeronáutica, utilizando os aviões Pilatus PC-7U Turbo Trainer.

BRIGADA AÉREA Nº 3: localizada na Base Aérea Capitán Boiso Lanza, no Aeroporto Angel S. Adami, em Melilla, Montevidéu. Possui as se-guintes unidades:

Esquadrão Aéreo Nº 7: realiza missões uti-litárias, de ligação e transporte leve, empregando

URUGUAI

aviões Cessna 206H Stationair e Cessna T-41D Mescalero.

COMANDO AÉREO DE PESSOAL: encarre-gado de administrar e de gerenciar a formação, o treinamento e a pós-formação do pessoal da FAU. Estão sob a sua subordinação as Escolas de Comando e Estado-Maior (ECEMA), a Escola Técnica de Aeronáutica (ETA) e a Escola Militar de Aeronáutica (EMA), que é a única dotada com aeronaves, de acordo com a seguinte organização:

Escola Militar de Aeronáutica (EMA): está sediada na Base Aérea General Artigas, em Pando,

Um jato Cessna A-37B do Esquadrão Aéreo Nº 2 ostenta pintura especial pelos 30 anos de operação na FAU.

A FAU acaba de incorporar um segundo helicóptero AS.365N2 Dauphin a seu acervo, para atuar em missões de ambulância aérea.

Os aviões FMA IA-58 Pucara do Esquadrão Aéreo Nº 1 da FAU atuam em missões de ataque.

Cor

tesi

a FA

U

Sant

iago

Riv

as

Sant

iago

Riv

as

Aeronaves utilizadas pela Força Aérea do Uruguai

Tipo Quant. Função OrigemAermacchi SF.260U 12 TR ItáliaAirbus Helicopter 365N2 (Unasev-Same) 01 AMB FrançaBeech B-65 Queen Air (DINACIA) 01 L/U USABeech Baron UB-58U 02 L USABell UH-1H Huey 10 U/SAR USABell 212 Twin Twelve 04 U/SAR USACASA C-212-200 Aviocar 04 T EspanhaCessna A-37B Dragonfly 10 A USACessna T-41D Mescalero 04 L/U USACessna 172 01 L/U USACessna 182 01 L/U USACessna U206H Stationair 11 L/U USACessna C-210 01 L/U USACessna C-310L (DINACIA) 01 L/U USAEmbraer EMB.110B1/C Bandeirante 01/02 T BrasilEmbraer EMB.120 Brasília 01 T/VIP BrasilEurocopter AS.365N2 Dauphin 01 VIP/U FrançaFMA IA-58 Pucará 05 A ArgentinaLet Blanik L-13 01 PLA Rep. TchecaLockheed-Martin C-130B Hercules 02 T USAPilatus PC-7 Turbo Trainer 05 TR SuíçaPiper PA-23 01 L/U USA

Obs.: A=Ataque, AMB=Ambulância, L=Ligação, PLA=Planador, T=Transporte, TR=Treinamento, SAR=Busca e Resgate, U=Utilitário, VIP=Transporte de Autoridades

FLAPINTERNACIONAL

126FLAP

INTERNACIONAL

127

Canelones. Ministra o curso acadêmico e a instru-ção de voo para os cadetes da FAU, empregando aviões Aermacchi SF-260U e Beechcraft UB-58U, bem como planadores Let Blanik L-13. A EMA também está dotada com simuladores de Cessna 182, que foram construídos em parceria com a Universidade Privada ORT, e de SF-260, que foram construídos pela empresa local Thor.

Escola Técnica de Aeronáutica (ETA): efetua a formação do pessoal graduado da FAU em diversas especialidades. Está sediada em Toledo Sur.

COMANDO AÉREO DE SERVIÇOS: é o res-ponsável pela realização dos serviços de manuten-ção e pelas grandes revisões nas aeronaves da FAU. Também coordena a distribuição de combustível de aviação e de lubrificantes para as diversas uni-dades aéreas, através da Brigada de Manutenção e Abastecimento, que está sediada no Aeroporto Internacional Cesáreo L. Berisso, em Montevidéu. Utiliza aviões Cessna 206H para missões de apoio.

O Comando Aéreo de Serviços também atua nas áreas de intendência, transporte terrestre, comunicações, assistência social e de saúde.

DIRETORIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL E INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA (DINA-

CIA): administra e mantém os aeroportos uru-guaios através da Direção Geral de Infraestrutura Aeronáutica; gerencia e controla a aviação civil, que é efetuada pela Direção Geral de Aviação Civil (DGAC), que possui o Centro de Aperfeiçoamento e o Instituto de Aperfeiçoamento Aeronáutico (IAA), que complementa, supervisiona e controla a instrução aérea ministrada pelos aeroclubes e escolas civis de pilotagem uruguaias.

Também atua ministrando cursos e seminários nas áreas de segurança aeroportuária e operacio-nal, inglês técnico-operacional e controlador de tráfego aéreo (com simuladores Indra). Tem uma pequena frota de aeronaves, baseada no Aeropor-to Angel Adami, com destaque para os aparelhos Tobago TB-10 (para treinamento em aviônica) e um Beechcraft 65 Queen Air (ex-FAU).

SISTEMA DE TRANSPORTE AEROMÉDICO DE EMERGÊNCIA (SAME): criado em maio de 2014, juntamente com a Unidade Nacional de Segurança Vial (UNASEV), que utiliza helicópte-ros AS-365N2 Dauphin, que são gerenciados e operados pela FAU.

O FUTUROA FAU considera a substituição de seus dois

principais aparelhos de combate Cessna A-37B (que teve a sua logística de suprimento reforçada com peças e componentes vindos do Equador) e IA-58 Pucara como prioridade, tendo em vista o final de suas vidas úteis. Foi descartada a aquisição de caças Northrop F-5E (ex-Força Aérea Suíça), sendo que os outros aviões de combate na ordem

de preferência da FAU são o Yak 130, o M-346 e o L-15. Todavia, o principal obstáculo é a falta de recursos financeiros para tal. Também é premente a complementação dos radares 3D, para a com-pleta cobertura radar do país.

Apesar dos poucos recursos, a FAU tem atu-ado em missões de paz da ONU e participado de diversos exercícios internacionais como Cruzex (Brasil), Salitre (Chile), Cooperación III (Peru) e no âmbito de fronteiras com a Argentina e o Brasil (Urubra, Rio e Tanque).

AVIAÇÃO NAVAL DO URUGUAICRONOLOGIA HISTÓRICA:7/2/1925: criação do Serviço Aeronáutico

da Armada;10/9/1947: inauguração da Base Aeronaval

Nº 2;1951: evolução do Serviço Aeronáutico da

Armada para Aviação Naval; e1965: efetivação da Aviação Naval Uruguaia

(ANU).ORGANIZAÇÃO: a Armada Uruguaia está

dotada com um componente aéreo denominado Aviação Naval Uruguaia (ANU), para a realização de missões de vigilância marítima, exercícios combinados com a frota da Armada, treinamento conjunto com os fuzileiros navais em técnicas de infiltração, abordagem e distribuição de forças às ordens das Nações Unidas, patrulhamento, controle da ZEE (Zona Econômica Exclusiva) e das águas jurisdicionais em ações contra a pesca ilegal, contrabando e vazamentos de petróleo.

Além das atividades essencialmente militares, a ANU também atua em tarefas subsidiárias como missões de busca e resgate (SAR), prevenção e controle de incêndios florestais, operações e ma-nobras internacionais com as armadas do Brasil e da Argentina, apoio à Prefeitura Nacional Naval e serviços de apoio à comunidade, realizando o transporte de feridos e de órgãos para transplante.

Atualmente, a Armada está participando da missão de paz no Haiti, em colaboração com a ONU.

Um avião Pilatus PC-7 Turbo Trainer, da Escola de Voo Avançado da FAU, realiza missão de treinamento de voo por instrumentos.

A Aviação Naval Uruguaia utiliza dois aviões Beech Super King Air 200B/T, que atuam em missões de patrulha, antissubmarino e de treinamento.

A FAU utiliza dez helicópteros Bell UH-1H e quatro Bell 212 Twin Twelve, que são empregados em missões utilitárias e SAR.

Sant

iago

Riv

as

Cor

tesi

a FA

U

Cor

tesi

a C

oman

do d

e Av

iaçã

o N

aval

A ANU está estruturada com o Grupo de Es-quadrões (ESCAN), que coordena e supervisiona as atividades operacionais de apoio à Esquadra, às tarefas de guerra antissubmarino e às missões subsidiárias, possuindo as seguintes unidades aéreas sob a sua subordinação:

Esquadrão de Patrulha e Guerra Antis-submarino: atua em missões de esclarecimento marítimo, guerra antissubmarino e patrulha, empregando aviões Beechcraft Super King Air 200B/T. Eventualmente, esses aviões são utilizados em tarefas de transporte VIP.

Esquadrão de Asas Rotativas: realiza mis-sões de busca e resgate (SAR), evacuação aero-médica, apoio aos fuzileiros navais, helitransporte, reconhecimento, missões utilitárias e voos de ins-trução em aeronaves de asas rotativas, operando com helicópteros Bolkow BO-105 PAH e Helibras HB.355 Esquilo biturbina.

Escola de Aviação Naval (ESANA): dotada com aviões Beechcraft T-34C-1 Turbo Mentor para ministrar a instrução de voo para os futuros pilotos da Armada Uruguaia. Também utiliza simuladores Link, construídos no Uruguai. Existe a possibilida-de de que o único Beechcraft T-34B, que estava estocado, seja colocado em atividade novamente.

Manutenção Geral da Aviação Naval (MAGAN): está encarregada da realização das inspeções, manutenção e logística das aeronaves da ANU, bem como aguarda a aprovação para ativar um centro especializado na manutenção

Aeronaves utilizadas pela Aviação Naval do Uruguai

Tipo Quant. Função OrigemBeechcraft T-34C Turbo Mentor 02 TR USABeechcraft Super King Air 200B/T 01/01 AS/P/TR USABolkow BO-105 PAH 06 SAR/U AlemanhaHelibras HB.355 Esquilo biturbina 01 U Brasil

Obs.: AS=Antissubmarino, P=Patrulha, SAR=Busca e Resgate, U=Utilitário, TR=Treinamento

de jatos Boeing 737-200/500 e 727, cumprindo, atualmente, um acordo com a empresa comercial BQB para a manutenção dos turboélices ATR 72.

O FUTUROEstuda-se a possibilidade de uma solicitação à

FAB para a cessão de aparelhos Tucano T-27 que seriam desativados, para substituir os veteranos Beechcraft T-34C, tendo em vista a indisponibili-dade desses aparelhos nos Estados Unidos.

Com menor prioridade, ventila-se a aquisição de mais um avião Beechcraft Super King Air B-200B e, no futuro, padronizar esses aparelhos com os modernos B-350IER, que efetuaram demonstra-ção recentemente no Uruguai. Outro assunto em estudos é a incorporação de helicópteros de maior porte, que tenham a capacidade de efetuar voos no padrão NVG (Night Vision Googles – Óculos de Visão Noturna).

Um helicóptero Bolkow BO-105 PAH da Aviação Naval Uruguaia opera desde o deque de um navio militar uruguaio.

Cor

tesi

a C

oman

do d

e Av

iaçã

o N

aval

FLAPINTERNACIONAL

128