Uso da MBE na Auditoria de Alto Custo: uma estratégia ... · mensagem para os pacientes que é...
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6º CONGRESSO NACIONAL UNIMED DE
AUDITORIA EM SAÚDE.
Uso da MBE na Auditoria de Alto Custo: uma
estratégia competitiva na saúde suplementar ?
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli
Alexandre Miranda Pagnoncelli
1) Residência Médica:
CIRURGIA GERAL E CIRURGIA CARDIOVASCULAR 1990-1995
Pontifícia Universidade Católica do RS.
2) Pós-graduação:
FELLOW EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR E ENDOVASCULAR 1996-1997
Baylor College of Medicine -T. H. I. – Houston - Tx – USA.
3) Professor da PG da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP.
4) Mestrado:
Economia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
5) Pós-graduação:
Gestão e auditoria médica 2002-2003. Universidade Gama Filho /RJ.
6) Coordenador da Câmara Técnica de MBE da UCS-RS.
7) Titular da CTNMBE da UNIMED do Brasil.
8) Diretor da AUDITA CONSULTORES LTDA.
9) Professor da Fundação Unimed.
Disclosure of potencial conflict of interest
Dr. Alexandre Pagnoncelli tem sido convidado a ser pales-
trante em eventos e congressos de Auditoria Médica e
Gestão. Declara que não possui qualquer vínculo comercial
com a Indústria Médica e não possui ações das referidas
empresas.
O palestrante tem relação e vínculo direto com empresas de
plano de saúde, inclusive como sócio (UNIMED Porto Alegre)
e prestador de consultoria (25 operadoras de saúde do
Brasil)
CENÁRIOS
Conflitos:
Ninguém está confortável !
-PACIENTES
-MÉDICOS
-HOSPITAIS
-INDÚSTRIA
-OPERADORAS
-GOVERNO
-JUDICIÁRIO
CENÁRIO
PACIENTES
Cenário Atual
PACIENTES
• Medicina Despersonalizada INSEGURANÇA
• Confiança desgastada (Necessito desta cirurgia?)
• Associações de Defesa do Consumidor
• + serviços
• - custos (dificuldades financeiras)
• + qualidade
Cenário Atual
PACIENTES
• Neste cenário, a Saúde Suplementar brasileira passa umamensagem para os pacientes que é irreal:
a) Médico bom é o que prescreve muitos medicamentos e solicitamuitos exames;
b) Os beneficiários possuem a convicção de que devem utilizarmuito o convênio (exames e check-up’s desnecessários) paramaximizar o seu investimento financeiro.
Com a massificação da informação médica (Internet) estes usuários estão cada vez mais informados sobre as suas patologias e exigem do médico explicações e orientações cada vez mais sofisticadas.
CENÁRIO
OPERADORAS
DE
SAÚDE
Brasil
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
OPERADORAS DE SAÚDE
Cenário Atual
Regulamentação - Agência Nacional de Saúde Suplementar
• Lei 9656/98
• Envelhecimento da população e aumento da
prevalência de doenças crônicas e/ou graves
• Planos de Saúde? Ou de doenças?
• Incorporação tecnológica = acrítica
• Variabilidade da prática médica
OBJETIVOS DAS UNIMEDS
-MEDICINA DE EXCELÊNCIA
-DEFESA DO MERCADO DE
TRABALHO DO MÉDICO
-COLOCAR CLIENTES NOS
CONSULTÓRIOS DOS MÉDICOS
-REMUNERAÇÃO JUSTA
OPERADORAS DE SAÚDE
“NÃO É POSSÍVEL CONCILIAR
ESCOLHA ILIMITADA DE MÉDICOS
E TRATAMENTOS, AMPLAS
COBERTURAS E, AINDA POR CIMA,
CUSTOS RAZOÁVEIS”.
Fonte: Robert J. Samuelson – Washington Post
*Jan a Jun/2002
Elevação dos Custos e
Redução do nº de Vidas
64
68
72
76
80
84
%
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002*
Sinistralidade
0
1
2
3
4
5
6
Mil
hõ
es
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 *2002
Número de Segurados*Jun 2002
CENÁRIO
GOVERNO
Cenário Atual
GOVERNO
Custos elevados na Saúde suplementar = migração para o SUS.
O Governo ainda não está apto a realizar a gestão de ATS.
ANVISA emite apenas um nº de registro com critérios mínimos de
segurança.
CITEC novo órgão, 12/2006, incorporação de novas tecnologias.
Noruega• População: 4,6 milhões
• PIB per capita U$ 38.454,00
• 8,6% do PIB é investido em saúde
Income
Despesa
em saúde
GAP
Orçamentário
Brasil THE LANCET May 2011
Cenário Atual
GOVERNO
“O Brasil não é para principiantes” **.
** Tom Jobim, um dos compositores mais populares do século XX.
Brasil
• População: 190 milhões
• PIB per capita U$ 8.304,00
• < 2% do PIB é investido em saúde
Income
Despesa
em saúde
BrasilTHE LANCET May 2011
BrasilTHE LANCET May 2011
Brasil
THE LANCET May 2011
BrasilTHE LANCET May 2011
USA
• Gasto anual com saúde: 2 trilhões de dólares.
• Sistema de saúde insustentável.
• Milhões de habitantes desassistidos. (45 Milhões)
BMJ 2004;329:227-229 (24 July), doi:10.1136/bmj.329.7459.227
CENÁRIO
MÉDICOS
QUE MÉDICO É ESTE ?Com o qual nos relacionamos.
CENÁRIO
MOMENTO MÉDICO
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICAMÉDICOS ESTÃO PERDENDO O PRESTÍGIO
Fonte: Médicos e Sociedade
Prof.Dr. Mario Rigatto, 1976.
“O prestígio social depende de 03 fatores:
a) Fazer coisas notáveis;
b) Não estar facilmente disponível;
c) Atuar por mecanismos que escapem à
inteligência popular.”
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICAMÉDICOS ESTÃO PERDENDO O PRESTÍGIO
Respondendo a imprensa sobre o que faria frente a
possibilidade de greve da categoria por melhores
salários.
“Para mim, médico é como SAL; branco,
barato e encontro em qualquer lugar. ”
Governador Ciro Gomes/CE - 1989
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICA
BRASIL
190 milhões de hab.
347 mil Médicos.
181 Faculdades de Medicina. 16 mil alunos / ano.
01 profissional - 547 habitantes.
OMS
01 profissional - 1000 habitantes.
Informativo CFM N. 196 Maio 2011
• Crise da Medicina Tradicional:
– Crise de Financiamento:
• Aumento exponencial dos custos assistenciais
• Demanda sempre superior à disponibilidade de recursos
– Crise Pedagógica:
• Métodos pedagógicos obsoletos
• Modelo hospitalocêntrico e de especialização precoce
• Valores autoritários, paternalistas, corporativistas
– Crise de Informação:
• Volume importante e heterogêneo da produção científica
• Descompasso entre a quantidade de novos conhecimentos e a qualidade das novas habilidades necessárias para bem utilizá-los
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICAMÉDICOS ESTÃO PERDENDO O PRESTÍGIO
Vários subempregos x Nenhum emprego
Dificuldades financeiras + Desvio de caráter:
# Tentação para o “Espírito Frágil”;
# Estratégias “não-ortodoxas”.
Reação de uma minoria
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICA
- Grande influência da Indústria médica na decisão médica.
- Por estarem vulneráveis, alguns profissionais médicos, prescrevem
medicamentos apenas porque o propagandista da indústria afirmou
que é bom e funcionam.
- Utilizam materiais cirúrgicos desnecessários apenas para receber
incentivos financeiros da indústria. Mais do que isto, incentivam
pacientes a ingressarem com demandas judiciais contra as
operadoras que emitiram pareceres desfavoráveis (cientificamente
suportados) para a utilização de determinado material de alto custo.
- Esta situação lamentável, sob todos os aspectos, desencadeou uma
verdadeira avalanche de denúncias contra Hospitais, Médicos e
Indústria na imprensa brasileira.
Conseqüência
IMPACTO NA PROFISSÃO MÉDICA
Fonte: Prof.Dr. Mario Rigatto, 1992.
“1. O uso na rotina dos mesmos recursos tecnológicos
utilizados na pesquisa.
2. A ignorância de que os recursos da tecnologia são
úteis para esclarecerem dúvidas suscitadas pela
anamnese e exame físico, mas desastrosos quando
empregados para substituir estes procedimentos
básicos.”
ERROS FUNDAMENTAIS DOS MÉDICOS
QUESTIONAMENTOS
• Como deve ser o relacionamento entre a indústria e os ortopedistas, na opinião da Academia Americana de Ortopedia (AAOS). Congresso em 2006 em Chicago - USA
• Os principais tópicos apontados pelo Guia de Conduta são:
• Qualquer ajuda deve estar vinculada ao benefício do paciente.
• Qualquer suporte não deve influenciar a escolha de implantes para o tratamento de seu paciente.
• O ortopedista não deve aceitar ajuda (brindes , alimentação , inscrições, viagens, estágios etc.) que estejam atrelados às condições impostas pela indústria.
• Nunca receber dinheiro para
– Usar determinado implante
– Mudar sua indicação de implante
• O ortopedista não deve participar de atividades sociais, como jantares, entrada para teatros, jogos etc., onde não haja propósito educacional.
• O ortopedista pode receber honorário para ministrar aulas em atividades educacionais.
• O ortopedista não deve receber dinheiro para assistir determinada conferência, nem qualquer outra atividade.
• A indústria pode patrocinar a organização de congressos.
• Bolsas de estudos e estágios podem ser patrocinados pela indústria desde que não haja obrigatoriedade do cirurgião em usar aquelas técnicas aprendidas.
• O relacionamento indústria-ortopedista deve ser transparente.
QUESTIONAMENTOS
• Congresso em 2006 em Chicago - USA Academia Americana de Ortopedia (AAOS).
• A AAOS reconhece que o médico que recebe comissão para colocar implante acaba indicando implantes piores ou indicando operações desnecessárias, apenas para ganhar mais dinheiro.
CENÁRIO
INDÚSTRIA
INDÚSTRIA
Fonte:Livro “A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos: como somos enganados e o que podemos fazer a
respeito” (Ed. Record, 2007), a ex-editora do New England Journal of Medicine, Prof. Dra. Marcia Angell.
EUA
� Faturamento de US$ 179 bilhões em 2001, sendo:
US$ 30,3 bilhões de investimento em pesquisa;
US$ 54 bilhões em marketing.
� Ocupa o 1º lugar no ranking mundial em vendas de
varejo, com quase 50% do mercado.
Informações
A Indústria Farmacêutica
0
20
40
60
80
100
120
140
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42
PRESCRIÇÃO-PADRÃO
PRIMEIRO CURSO SEGUNDO CURSO
BAHAMASCONVITE
MESES
TA
XA
DE
PR
ES
CR
IÇÃ
O
Orlowski JP Chest 1992;102:270
CENÁRIO
JUDICIÁRIO
CENÁRIO JURÍDICO
A má prática médica (de alguns médicos),
má gestão de algumas operadoras de
saúde e do Governo tem congestionado os
nossos tribunais de liminares e ações
cíveis e criminais.
O judiciário encontra-se no “olho do
furacão”.
Visão RealOperadora do Plano ← Poder Judiciário → Consumidor
CENÁRIO JURÍDICO
A interferência do sistema judicial na prescrição de medicamentos é uma característica
singular do Brasil.
A Constituição de 1988 declara que “a saúde é um dever do Estado”; pacientes para
quem foram prescritos remédios caros, por vezes experimentais e que não integram a
lista de medicamentos essenciais, solicitam a emissão de uma ordem judicial
obrigando os gestores da saúde a comprar esses medicamentos ou proporcionar
procedimentos médicos eletivos, de forma imediata.
Gestores que não obedecem às ordens estão sujeitos à prisão.
Em 2008, o estado do Rio Grande do Sul gastou 22% de todo o seu orçamento referente
a medicamentos para cumprir 19.000 mandatos judiciais.
Análises de decisões judiciais na cidade de São Paulo mostraram que a maioria das
ações foi impetrada por advogados privados, que 47% das prescrições foram feitas por
médicos privados e que três quartos desses pacientes viviam em bairros de alta renda.
Interferências por parte do judiciário violam o principio básico de equidade no SUS, ao
privilegiar indivíduos com maior poder aquisitivo e maior acesso a informações,
boicotar práticas racionais de prescrição e subtrair recursos das áreas prioritárias.
Em reação a esse impasse, está sendo proposta a elaboração de protocolos clínicos –
similares àqueles formulados pelo Instituto Nacional de Excelência Clínica, no Reino
Unido –, de modo a aumentar o poder dos gestores da saúde no que tange a fortalecer
sua capacidade para tomar decisões técnicas e custo-efetivas sobre procedimentos ou
tratamentos necessários.THE LANCET May 2011 : Condições de saúde e inovações nas políticas de saúde no Brasil: o caminho a percorrerCesar G Victora, Mauricio L Barreto, Maria do Carmo Leal, Carlos A Monteiro, Maria Ines Schmidt, Jairnilson Paim, Francisco I Bastos,
Celia Almeida, Ligia Bahia, Claudia Travassos, Michael Reichenheim, Fernando C Barros & the Lancet Brazil Series Working Group
Poder Judiciário – Quem tu és?
Poder Judiciário – Quem tu és?
Superior Tribunal de Justiça
Poder Judiciário – Quem tu és?
Superior Tribunal de Justiça
STJ
1990 / 33 JUÍZES = 11.742 processos.
2003 / 33 JUÍZES = 217.000 processos.
Responsabilidade Solidária
Há pelos menos 3 acórdãos no Superior Tribunal de
Justiça julgando pela responsabilização das
operadoras em erro médico praticado pelo seu
credenciado/cooperado
CENÁRIO
AUDITORIA
MÉDICA
Auditoria Antiga
- Incentivo à glosa;
- “Policialesca” e punitiva;
- Auditor “escondido” no escritório;
- Pouco participativa nos processos de Gestão;
- Dificuldades Técnicas.
ABSORÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS.
O PAPEL DA AUDITORIA MÉDICA.
Insistir com velhas fórmulas pode ser catastrófico!
Auditoria Nova
- Objetivo: “Glosa Zero”;
- Educativa e Ética;
- Focada nos custos hospitalares e não no honorário médico;
- Auditor não pune, Auditor relata os fatos;
- Auditor nos Hospitais (Supervisão, pró-ativa);
- Participativa nos processos de Gestão;
- Formação Técnica (Pós-graduação);
- Educação continuada. MBE.
ABSORÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS.
O PAPEL DA AUDITORIA MÉDICA.
Auditoria Operacional
- Controle da qualidade da assistência prestada.
- Meta: buscar o equilíbrio
a) TECNOLOGIA DE PONTA
b) O MELHOR PARA O PACIENTE
c) CUSTOS JUSTOS (custo x benefício)
- Identificação de Especialidades Médicas
complexas geradoras de Altos Custos :
Oncologia, Cirurgia Cardiovascular e
Hemodinâmica, Ortopedia, Neurocirurgia,...
“Experience is the name every one
gives to their mistakes.”
Oscar Wilde
A operadora está saindo do “eu
acho” e na “minha experiência” para
decisões clínicas baseadas nas
melhores evidências científicas
disponíveis em um determinado
momento.
Podemos aceitar a argumentação do “Eu acho” e “Na minha experiência”?
Cenário Real
Ganha x Ganha ou Perde X Perde
Como operacionalizar soluções?
De quem é a culpa?
Objetivos comuns
Programas visando a Saúde
Investir na qualidade médica
MBE
Farmacoeconomia
ATS
Precificação
Todos os seguimentos são interdependentes
Todos os seguimentos são necessários
Novo Modelo
Gestão da
Atividade Clínica
Gestão de
Tecnologia
Novo Modelo
Avaliação de
Tecnologia
em Saúde
ATS
Economia em
Saúde
ES
Medicina
Baseada em
Evidências
MBE
• Novo Modelo:
– Século XXI Medicina Baseada em Evidências
– Reconhece a importância da experiência clínica
e mesmo da intuição diagnóstica
– Porém enfatiza o valor das evidências externas
bem avaliadas
– Estimula a iniciativa e a criatividade pessoal, em
detrimento da autoridade alheia
– Incrementa, como conseqüência, a qualidade do
atendimento
MBE
Câmara Técnica: Motivo
-A Literatura Médica é confiável ?
-Escolas Formadoras Deficientes;
-Nova Faculdade x Qualificar as existentes;
-Todos os Níveis: Cursinho e Residência;
-Alto Custo da Educação.
Câmara Técnica: Motivo
- Estimativa de que de 1 a 2 trilhões de
dólares poderiam ter sido poupados nos
últimos dois ou três anos se não fossem
desperdiçados com condutas sem
Comprovação científica de sua efetividade
e segurança.
1. Dougherty D. et al. Road Map to transform US Health Care. JAMA. 2008
2. Montori V. M. Progress in Evidence-Based Medicine. JAMA. 2008
Câmara Técnica: Motivo
-Trabalhar com embasamento científico;
-Ciência como aliada e não inimiga;
-Ferramenta de auxílio ao trabalho do Auditor
e do Médico Cooperado;
-Unificar a linguagem no Intercâmbio;
-Utilizar a Auditoria como difusora das diretrizes;
-Administrar a absorção de Novas Tecnologias;
-Co-responsabilidade Jurídica da Unimed.
Por quê uma Câmara Técnica de MBE?
Pressão pela incorporação de novas tecnologias:
Médico
pacientes imprensa indústria
Adota nova
Tecnologia
Usa MBE
Por quê uma Câmara Técnica de MBE?
C
U
S
T
O
S
Novas tecnologias:
Benefício ao
paciente?X
Agências para Avaliação de Tecnologia em Saúde
ATS obrigatória
ATS voluntária
ATS desejável
CADTHCanadian Agency for
Drugs and Technologies
in Health
Canadá
NGCNational Guideline
Clearinghouse
USA
NICENational Institute for
Cinical Excellence
UK
PBACPharmaceutical Benefits
Advisory Committee
Australia
Por quê uma Câmara Técnica de MBE?
Opções:custos
Racionar ?
Câmara Técnica de
Medicina Baseada em Evidências
vs
Racionalizar ?
Câmara Técnica Nacional de MBE
• Minas Gerais
• Paraná
• Rio de Janeiro
• Rio Grande do Sul
• Santa Catarina
• São Paulo
• Espírito Santo
• Mato Grosso
Câmara Técnica MBE Unimed-RSFuncionamento:
Tipos de Estudos Desenvolvidos
Recomendações Baseadas em Evidências.
Avaliação Novas Tecnologias
Câmara Técnica MBE Unimed-RSEstrutura:
Coordenador da Câmara Técnica de MBE
Dr. Alexandre Pagnoncelli
Revisão da Literatura e Proposição da Recomendação
Dr. Fernando Herz Wolff
Dra. Michelle Lavinsky
Nono Nonono – Acadêmico de Medicina (Estagiário da CT-MBE)
Nono Nonono – Acadêmico de Medicina (Estagiário da CT-MBE)
Consultores Metológicos
Dra. Carisi Anne Polanczyk
Dr. Luis Eduardo Rohde
Consultor na especialidade
Crítica: Convidado de “reconhecido saber”
Comitê de Normas da Especialidade Alvo
Como acessar o Portal da Unimed do Brasil para ler as
Recomendações da Câmara Técnica de MBE
do Colégio de Auditores Médicos do Sistema Unimed RS:
1) www.unimed.com.br
2) Á esquerda clicar em UNIMED MAIS PRÓXIMA;
3) Selecionar o Estado do Rio Grande do Sul e a cidade de
Porto Alegre;
4) Clicar na UNIMED/RS;
5) À direita clicar na imagem de cirurgia com a inscrição de
RECOMENDAÇÕES DE MEDICINA BASEADA em
EVIDÊNCIAS;
6) À esquerda da tela clicar na linha RECOMENDAÇÕES DE
MEDICINA BASEADA em EVIDÊNCIAS.
Câmara Técnica de MBE
RECOMENDAÇÕES CONCLUÍDAS
Delineamentos de Pesquisa
Ensaio Clínico Randomizado
É suficiente?
A MBE não é perfeita e infalível.
A Democracia também não.
BMJ considera a MBE como uma das
15 melhores idéias da Medicina
surgidas desde 1840.
Ordem dos Fatores que altera em muito o produto.
Qual é a diferença entre sonho e pesadelo?
Sonho - é comer um churrasco preparado por gaúchos, numa praia nordestina, organizado por paulistas e animado por cariocas.
Pesadelo - é comer um churrasco preparado por nordestinos, numa praia gaúcha, organizado por cariocas e animado por paulistas.
(Luiz Fernando Veríssimo)
• Medicina Baseada em Evidências:
Atenção especial ao analisar
trabalhos patrocinados por
Laboratórios e Indústrias.
• Indústria: Precisa e quer lucrar cada vez mais.
• Judiciário: Preservar o direito.
• Academia: Precisa preservar a sua
credibilidade. Manter e respeitar os processos científicos.
Interesses
Avaliação de Tecnologias em Saúde
ATS
• Definição:
– É o processo de análise sistemática da:
• Efetividade
• Custo / Benefício
• Impacto
– De uma nova (ou atual) tecnologia médica
sobre:
• A saúde do paciente
• O sistema de saúde
“O Raio X é uma mistificação!”
Lorde Kelvin, cientista inglês,1900.
“A teoria dos germes de Louis Pasteur é
uma ridícula ficção!”
Pierre Pochet, cientista francês, 1872.
TECNOLOGIAMuito cuidado com o pré - conceito
TECNOLOGIA - Análise crítica.
Nova Tecnologia
Vantagens
“ Eu quero ! ”
“ Eu preciso ? ”
NOVA TECNOLOGIA
QUESTIONAMENTOS
• O custo final do material acreditado
apresenta uma real vantagem na
utilização do mesmo?
• É financiável?
Tratamento Endovascular
Diminuição do Custo ?
MESMO CUSTO ?
123
=
Identificação da população (B.I.)
Diretrizes Baseadas em Evidências
Incorporações sustentadas em Farmacoeconomia
Negociar preços
Programas de Educação
Avaliação sistemática e ajustes
Ferramentas de Gerenciamento
Berger et al. Health Care Cost, Quality and Outcomes, 2003Fairfield G et al. Managed Care: Origins, Principals and Evolutions, BMJ, 314: 1823, 1997
Quais são os tipos de análise
econômica?
• Análise de custo-efetividade (CEA)
• Análise de custo-benefício (CBA)
• Análise de custo-utility (CUA)
Análise de custo efetividade (CEA)
• Na CEA, a efetividade é expressa em unidades não
monetárias, definindo o objetivo da análise.
– Vidas salvas (anos de vida ganho)
- Dias de incapacidade evitada
- Casos tratados
• Limitação: CEA não pode ser utilizada para
comparar intervenções com diferentes desfechos.
Análise de custo benefício
• CBA é um método para comparar o valor monetário de todos os recursos consumidos (custos) para prover a intervenção com o valor monetário do desfecho (benefício) proporcionado pela intervenção.
• Na CBA, custos e desfechos são mensurados em valor monetário (dólar, real).
• Vantagem: CBA permite comparação entre intervenções com diferentes desfechos.
Análise de custo utility (CUA)
• Similar a CEA.
• CUA combina qualidade e quantidade de
vida na mensuração do desfecho.
• O desfecho mais comumente utilizado na
CUA é Quality Adjusted Life Years
(QALYs).
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO - ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS
Estratégia e Eficiência Operacional: a experiência recente da UNIMED RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
Para M. Porter (1985), estratégia é fazer escolhas, sendo que
a essência é escolher o que não fazer.
Sob esse enfoque, sem trade-off não haveria necessidade
de escolhas e, assim, não seria necessária estratégia.
Por isso, toda estratégia tem seu (ou seus) trade-off.
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
POSICIONAMENTO ESTRASTÉGICO - ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS
Estratégia e Eficiência Operacional: a experiência recente da UNIMED RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
Para M. Porter (1998), a estratégia competitiva
significa uma escolha deliberada de um conjunto
diferenciado de atividades, em relação aos concorrentes,
para a entrega de um produto ou serviço de valor único,
o que, em outras palavras pode ser definido também
como o posicionamento estratégico.
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
POSICIONAMENTO ESTRASTÉGICO - ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS
Estratégia e Eficiência Operacional: a experiência recente da UNIMED RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
Os objetivos da Câmara Técnica de MBE de maximizar os benefícios de
saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, assegurando o acesso
dos seus beneficiários a tecnologias efetivas e seguras, estão sendo
alcançados.
Devido ao fato do sistema cooperativista não visar ao lucro, esta economia
gerada serve para o equilíbrio financeiro da empresa e para o financiamento
de novos projetos inovadores que servem para a manutenção da vantagem
competitiva, performance superior em relação aos concorrentes e
manutenção da empresa na fronteira da produtividade; resultando na melhor
combinação benefício percebido por um custo adequado.
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
UNIMED CENTRAL DE SERVIÇOS DO RS
Dissertação de Mestrado em Economia: Estratégias competitivas para Operadoras de Saúde 2010
Dr. Alexandre Miranda Pagnoncelli.
A Unimed RS passou a adequar a sua oferta para
assegurar que seus clientes sejam atendidos com o que
há de melhor na medicina, mas de modo que os recursos
sejam utilizados de forma eficiente.
Essa estratégia foi responsável por uma economia
de R$ 6.743.471,00 nos 12 meses acumulados do ano de
2009.
Esta economia de recursos contribui para manter
os custos dos planos de saúde comercializados pela
Unimed estáveis, sem um aumento muito impactante para
os beneficiários e certamente foi praticada uma medicina
mais eficiente, eficaz e segura para os pacientes
Aline C. B. Mancuso
AUDITA LTDA
CONSULTORIAS
Relatório
Unimed XXXXXXX
2009
Porto Alegre, 20 de setembro de 2010
Aline C. B. Mancuso
Total de Solicitações: 418
Sexo Feminino: 136 (32,5 %)
Sexo Masculino: 218 (52,2 %)
Missing: 64 (15,3 %)
Parecer Final:
Favorável: 377 (90,2 %)
Desfavorável: 16 (3,8 %)
Outros: 25 (6 %)
101
Aline C. B. Mancuso
Tratamentos Solicitados
Frequência Percentual
AAA (aneurisma aorta abdominal) 9 2,2
AAT (aneurisma aorta toráxica) 4 1,0
AP (angioplastia periférica) 45 10,8
ATC (angioplastia coronariana) 120 28,7
CCC (cirurgia cardíaca congênitos) 3 0,7
CRM (revascularização miocárpica) 34 8,1
IMP (implante marca-passo) 36 8,6
MC (material complementar) 25 6,0
PFO (fechamento percutâneo) 7 1,7
TV (troca valvar) 7 1,7
outros 26 6,2
102
Aline C. B. Mancuso
Exames Solicitados
Frequência Percentual
AG (angiografia) 12 2,9
CAT (cateterismo) 103 24,6
EEF (estudo eletrofisiológico)
19 4,5
USIC (ultrasom intracoronariano)
17 4,1
103
Aline C. B. Mancuso
Total de Stent’s
Foram solicitados 250 stent’s (DES,BMS e periféricos) totalizando R$2.013.480,00
Destes foram autorizados 224 nototal de R$ 1.027.925,00
Resultando em uma economia de R$985.555,00 que representa 48,95%do valor total de stent’s solicitados.
104
Aline C. B. Mancuso
Gráfico 5: Total de Stent’s
105
Aline C. B. Mancuso
Gráfico 7: DES autorizado x DES solicitado
106
Aline C. B. Mancuso
Total de Materiais
Foram solicitados R$ 2.870.287,97em materiais.
Destes apenas R$ 1.775.364,00foram autorizados.
Totalizando uma economia de R$1.094.923,97 que representa38,15% do valor total solicitado.
107
Aline C. B. Mancuso 108
Gráfico 6: Total de Materiais
Aline C. B. Mancuso
Teste de Friedman
O teste de Friedman determina aprobabilidade de que os diferentestratamentos (com e sem auditoria) sejamequivalentes, considerando o período (mês)no qual foi feita a solicitação.
Suposição:
Os blocos (meses) são independentes.
Não existe interação entre blocos e tratamentos.
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Aline C. B. Mancuso
Conclusão Teste de Friedman
Decisão: Rejeita-se H0.
Conclusão:
Com 99% de confiança, ou seja, com p-valor < 0,01, os dados possuem evidências deque os tratamentos são significativamentediferentes. Sendo as solicitações comauditoria o melhor tratamento, pois possuimédia significativamente menor.
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“A lot of things are
technologically possible,
but only the economically
feasible products will become
reality”
Noyce R. Ch. 11. Project strategy. In: Matheson D et al. The smart organisation:
creating value through strategic R&D.
Boston (MA): Harvard Business School Press, 1998:221
Players: Desafio
Vamos migrar do mundo do OU (unilateral)
para o mundo do E (associativo).
NOVO PARADIGMA
-PACIENTES: Médicos vs Operadoras;
-OPERADORAS: Pacientes vs Médicos vs Judiciário;
-INDÚSTRIA:Operadora vs Médicos vs Judiciário;
-MÉDICOS: Pacientes vs Operadora vs Judiciário;
-JUDICIÁRIO: Pacientes vs Médicos vs Operadoras.
-PACIENTES
-OPERADORAS
-INDÚSTRIA
-MÉDICOS
-JUDICIÁRIO
OU E
Presidente do ABN Real
Fabio Barbosa
Players: Desafio
A administração de um sistema público complexo e
descentralizado, no qual grande parte dos serviços
é prestada em razão de contratos com provedores
privados, além da atuação de várias seguradoras
privadas de saúde, acarreta, inevitavelmente,
conflitos e contradições.
O desafio é, em última análise, político, e conclui-
se com uma “convocatória para ação” que requer a
participação ativa da sociedade, na perspectiva de
assegurar o direito à saúde para toda a população
brasileira.
PARADIGMA BRASIL