Uso do Projetor de Slides, Retroprojetor e...

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Curso: Uso do Projetor de Slides

Vivaldo Armelin Júnior

• 30 horas/aula •

2004 Atualização

Todos os direitos reservados. É proibido o uso, aplicação em cursos, publicação ou reprodução, parcial ou total, sem prévia autorização do autor.

Respeite os direitos autorais.

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Prefácio Este curso tem por objetivo criar novas possibilidades de trabalho em sala de aula, não é nada

inovador, mas sim revitalizador, pois este meio de comunicação está um tanto esquecido. Esta revitalização caminha paralelamente ao desenvolvimento do aprendizado, uma vez que esta mídia não é um mero recurso (termo muito utilizado entre 1950 e 1980), mas sim um elemento desenvolvedor do conhecimento. Um recurso é algo que ajuda completar uma informação, como por exemplo, os objetos usados para se produzir uma experiência qualquer, um martelo, etc. Ao contrário destes, os meios de comunicação conduzem o público à novas informações, pesquisa, análise, conclusão e crítica, ou seja, ao estudo, não sendo portanto um mero transmissor de informações.

O projetor de slides propicia ao Professor de qualquer disciplina dinamizar suas aulas, enriquecendo-as com trabalhos que permitem um estudo mais detalhado do conteúdo abordado, por exemplo: uma aula de ciências poderá ser mais dinâmica e esclarecedora se o aluno puder visualizar uma célula e não simplesmente copiar informações de um texto colocado na lousa, ou seja, na prática ele (aluno) terá uma informação mais completa. Um professor de história poderá exibir construções históricas de povos antigos e até mesmo aquelas contemporâneas, também cenas de momentos cotidianos de outros povos em épocas bem variadas.

Durante o processo de construção do conhecimento é importante que se tenha mídias (meios de comunicação) que ampliem as possibilidades deste processo. Por este motivo foi desenvolvido este curso e que de forma bastante simplificada descreve as possibilidades de uso destas mídias.

Nota:- É bom sempre lembrar: de respeitar os direitos autorais de terceiros e quando estiver fotografando ou reproduzindo algum material verificar se o seu uso é livre,é mais fácil pedir autorização para o autor ou proprietário do que ser prejudicado por uma ação judicial e multa.

A reprodução de imagens fotográficas em livros, revistas, jornais ou mesmo na internet, muitas vezes facilitam o trabalho, mas não respeita o direito de terceiros. Na internet existem muitos sites que oferecem imagens sobre os mais diversos assuntos e de graça, muitas delas são freeware (de domínio público), outras são livres para uso particular e doméstico, mas não comercial.

Normalmente os livros e revistas publicam um endereço para se obter este tipo de autorização.

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Como usar o Projetor de Slides 1 Vivaldo Armelin Júnior Slides

O Surgimento A projeção de imagem é bastante antiga, inicialmente eram feitas, com o auxílio de

lamparinas, com imagens pintadas manualmente (uma a uma) - sobre uma lâmina de vidro – e projetadas sobre uma parede ou tela branca em uma sala escura. Fizeram muito sucesso perante o público durante os séc. XVII, XVIII e XIX, pois era de certa forma um efeito “mágico”.

Mas, segundo alguns autores esta técnica é mais antiga tendo início por volta do séc. 1000 a.C. A técnica era bastante simples e baseada na projeção da sombra. Para entender melhor: era colocada uma fonte de luz ao fundo, provavelmente acima do nível do chão. A frente da fonte de luz, mantendo um espaço vazio, então era colocada uma cortina de tecido relativamente fina e branca. Entra a fonte de luz e o tecido era(m) manipulado(s) o(s) boneco(s) articulável(eis) ou não e suas sombras eram projetadas sobre a cortina criando um efeito mágico. O público se empolgava observando o movimento da(s) figura(s). Os bonecos eram sustentados por varetas, veja a figura ao lado. Provavelmente a fonte de luz era uma tocha, pira etc.

A Caixa Escura Durante o Renascimento, séc. XV e XVI, novas experiências

são feitas, culminando com o descobrimento da caixa escura por Leonardo Da Vinci, que mais tarde iria ser usada para a produção da máquina fotográfica. Segundo a história Leonardo dormia e ao acordar observou na parede a imagem externa projetada na parede só que de cabeça para baixo. Foi a janela e a abriu e a projeção não mais ocorreu, então fechou novamente a janela e a imagem voltou a ser projetada na parede. Indignado e sem explicação começou a observar a janela e descobriu um pequeno furo por onde a luz invadia o seu quarto e para testar o tampou com os dedos. Para garantir que o fenômeno poderia ser repetido e controlado pelo homem construiu uma grande caixa escura e fez um pequeno furo em uma de suas laterais e, ainda para garantir que não houvesse outros pontos luminosos vedou bem as emendas e a porta. Ela foi então montada em um ambiente externo — aproveitando a luz solar — e utilizada pelo menos para fazer cópias das imagens projetadas.

Observe a figura ao lado, fig. A, a caixa - vista externa - com um pequeno furo. Na fig. B, a vista superior, quando a luz externa, luz solar, adentra a caixa escura e é lançada sobre o fundo da caixa. Por fim, a fig. C, podemos observar a luz solar adentrando a caixa escura e projetando a imagem — da paisagem à frente da caixa — sobre o seu fundo, mas esta é vista invertida ou de cabeça para baixo. O efeito luminoso ocorre por uma única razão, os raios luminosos rebatidos na atmosfera (céu) e também aqueles oriundos dos corpos mais altos, ao adentrar a caixa se direcionam para baixo e o contrário acontece em relação aos raios luminosos oriundos dos pontos próximos do solo, ou seja, são projetados na parte superior da caixa. É por este motivo que ocorre a inversão da imagem.

Os primeiros Projetores Os primeiros projetores eram todos acionados manualmente, mais tarde surgem os controles

remotos com cabo (fio) ligado ao aparelho. Os slides chegaram a seu auge entre 1950 e 1975, perdendo destaque pelo surgimento e

popularização dos filmes super 8 e 8 mm. Com o advento do computador pessoal tem-se a retomada da produção caseira de slides, mas este ganha outra forma e é projetado em data show ou projetor multimídia.

As escolas, entre 1950 e 1975, chegaram a usar este meio de comunicação, mas o grande custo dos slides impediu um melhor aproveitamento, pois o estado (para variar) forneceu o aparelho e não

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Como usar o Projetor de Slides 2 Vivaldo Armelin Júnior forneceu a mídia, ou seja, os slides. Como sempre o professor acabava produzindo, comprando ou alugando o material necessário.

É interessante observar que esta mídia é atual até mesmo em nossos dias, pois a qualidade das imagens é de alto padrão, o mesmo ainda não acontece com a televisão e mesmo na tela do computador.

É lançado, no início da década de 70, o projetor de slides que permitia a sincronização de áudio (gravado) e imagem. Este recurso proporcionou o lançamento de diversos títulos sobre o tema, mas pouco utilizados nas Unidades Escolares. O comercio e a indústria, em feiras e cursos, aproveitou de forma coerente e muito bem os recursos oferecidos por esta mídia, não nos esquecendo que o cinema o utilizou para fazer projeções em fundos de cenas gravadas.

Nota: É importante dizer que toda projeção, seja com slides, cinema, retroprojeção, episcópio, a imagem obtida é apenas uma sombra, que poderá ser em preto e branco (P&B) ou em cores.

O Computador Com o surgimento dos programas de desenho e tratamento de imagem para computadores

pessoais, aumentaram as possibilidades de produção de slides, agora digitalizados, pois aquele desenho que a criança faz no papel (que poderá ser escaneado) ou na tela do computador poderá ser transformado em slides.

O problema é que os bons programas geralmente são caros e também não são todas as escolas que possuem computadores. Outro problema, quando se deseja imprimir os slides é a falta de tinta e do acetato (material transparente), que também são caros.

Existem programas que geram aplicativos multimídia, também denominados de slides, mas que não poderão ser projetados com os projetores convencionais de slides, mas sim em data show e projetores multimídia.

Os Slides Existem no mercado diversos modelos de projetores de slides, desde os mais simples aos mais

sofisticados, mas não é destes últimos que queremos tratar neste curso. O projetor de slides é um aparelho que permite projetar sobre uma tela ou parede uma imagem

estática, em P&B ou em cores. Cada unidade é um fotograma em diapositivo transparente, portanto permite a passagem da luz. Os slides poderão ser produzidos a partir de filme fotográfico ou acetato, mas também sobre plástico transparente (grosso), esses usados para embalar arroz, feijão, etc. Aqueles produzidos a partir de filme fotográfico, quando revelados em laboratório privado, já vem montados no interior de uma janela, geralmente de plástico, mas podendo ser em papelão.

Os slides produzidos em acetato poderão ser trabalhados manualmente ou impressos em uma impressora, jato de tinta ou laser, de um computador, ou ainda, pela indústria gráfica, todos poderão proporcionar ótimos resultados.

O Funcionamento O funcionamento do projetor de slides é bastante simples: 1. Liga-se o cabo do aparelho em uma tomada da rede elétrica (verificar se a voltagem é

condizente com o aparelho). 2. Aciona-se o botão liga/desliga, que ligará a ventoinha de resfriamento da lâmpada e a ela

própria. 3. Em seguida coloca-se, individualmente, os slides em uma gaveta até a sua capacidade total. 4. Para projetar coloca-se a gaveta na plataforma do projetor. 5. Em seguida, manual ou mecanicamente, desloca-se cada slide para o interior do

compartimento de projeção (Este compartimento é localizado entre a lâmpada e à lente ou objetiva. Nos projetores mais simples a lente é única e não permite ajustes, como: controle de ampliação e ajuste de foco. Por sua vez, os aparelhos com objetiva, os mais encontrados no mercado, possibilitam estes ajustes, ou ainda, os mais sofisticados permitem o ajuste do zoom).

Nota: Leia atentamente o manual do aparelho.

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Como usar o Projetor de Slides 3 Vivaldo Armelin Júnior Cuidados O projetor de slides é um aparelho bastante sensível, pois o calor gerado pela lâmpada, apesar

do resfriamento, é muito grande. Por esta razão é conveniente seguir algumas regras no que se refere à conservação e manutenção deste aparelho. Não basta guarda-lo em local seguro, é importante que este seja manipulado ou utilizado de forma adequada e com bom conhecimento. A seguir serão fornecidos alguns cuidados necessários para a conservação deste aparelho.

1. O projetor deverá ser guardado envolto em plástico e longe da ação de luz solar direta, calor, umidade, traças e insetos, local com pouca firmeza ou sustentação, de produtos químicos, etc.

2. Manter a objetiva sempre limpa, para isso usar no máximo um pano úmido (macio e que não solte tinta, fibras ou esteja sujo), mas quase que seco. Para a secagem um papel bem macio e que não solte fibras (para a secagem).

3. O gabinete do aparelho e o compartimento (gaveta) dos slides devem ser limpos com um pano macio e seco (nas mesmas condições destacadas anteriormente). Nunca usar produtos químicos para limpeza. Também não desmontar o aparelho para limpeza interna, se você não for um técnico.

4. Caso a objetiva possua uma tampa, só retira-la quando da limpeza ou projeção dos slides, mas caso você não a tenha tampar a objetiva com um saco plástico.

5. Verificar sempre, antes de ligar o aparelho à tomada, se a voltagem é a indicada ou ajustada a do projetor. Fazer os ajustes necessários se for preciso.

6. Não usar o aparelho em local que não tenha firmeza ou que não suporte o seu peso. 7. Transportar o aparelho com muito cuidado, evitando batidas. 8. Nunca transportar logo após o uso. É preciso esperar que a lâmpada esfrie por

aproximadamente 5 minutos, no mínimo, o ideal 15 minutos, do contrário poderá danificá-la. 9. Manter sempre a ventoinha ligada enquanto estiver sendo usado. E após o uso mantê-la

ligada, até que haja o resfriamento da lâmpada e demais componentes do aparelho. 10. Quando transportar o aparelho em um veículo, mantê-lo em uma embalagem de papelão e

protegido por papelão ou isopor. Sempre envolto em uma embalagem de plástico. 11. Não permitir que pessoas não habilitadas utilizem o equipamento. 12. Não colocá-lo sobre caixas de som, pois estas vibram. A vibração poderá danificar os

componentes do aparelho e também a lâmpada. A lâmpada costuma ser bastante cara. 13. Usar slides com molduras de tamanho e espessura adequada ao aparelho, caso contrário

poderá danificar o mecanismo de deslocamento destes. 14. Não usar transparências pintadas manualmente ou impressas em impressoras jato de tinta

com a tinta úmida. 15. Seguir o tempo recomendado pelo fabricante para a projeção de cada transparência, ou

seja, manter o slide no compartimento de projeção por um tempo superior ao recomendado pelo fabricante poderá provocar até mesmo incêndio. É bom lembrar que a lâmpada é muito forte e não gera apenas luz, mas calor muito intenso.

Como produzir as suas transparências? As transparências ou slides poderão ser comprados no mercado em catálogos, álbuns ou

individualmente. Mas, também é possível que sejam produzidos pelo próprio aluno o que barateia os custos, pois é possível trabalhar em grupo. São quatro os métodos para a obtenção de transparências, o primeiro é fotográfico, o segundo pelo computador, com acetato pela pintura ou desenho e com o uso de filme plástico também pintando ou desenhando.

Os slides comerciais já estão prontos e basta usa-los, por este motivo não serão abordados neste item.

Tipos de Máquinas fotográficas de filme As máquinas convencionais permitem que seja utilizado filme negativo, que gerará durante a

cópia imagens opacas, e filme diapositivo, que ao ser revelado não será necessário a produção de cópia em papel, pois ele é positivo.

O filme diapositivo, usado para gerar slide é um pouco mais caro, mas é encontrado em Preto & Branco ou para imagens coloridas. Geralmente o bom filme para slides tem Asa/Iso inferior ao filme

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Como usar o Projetor de Slides 4 Vivaldo Armelin Júnior padrão negativo (para cópia em papel), normalmente é adotado os de Asa/Iso 100. É muito comum estes filmes terem Asa/Iso 50, pois resultarão em uma qualidade de imagem melhor quando da ampliação durante a projeção. Mas retornando aos equipamentos vejam alguns exemplos dos mesmos:

1. Com uma máquina fotográfica comum (amadora) é possível produzir transparência de qualidade, normalmente com distância focal superior a 1,5 m para o infinito, em relação ao objeto fotografado.

2. Algumas máquinas fotográficas amadoras permitem a obtenção de imagens a menos de um metro, esta possibilita a obtenção de detalhes.

3. Também podemos usar ainda as máquinas amadoras sofisticadas que possuem objetiva zoom fixa (não removíveis) e que são muito mais caras.

4. As máquinas denominadas de semiamadoras têm recurso de ajuste de foco a pequenas distâncias, sua objetiva é cambiável e melhor ainda, algumas permitem macros (imagens bem próximas, entre 5 e 30 cm). Com este equipamento é possível trabalhar com objetiva zoom (que permite a aproximação óptica da imagem focalizada através de um jogo de lentes no seu interior), neste caso é possível a obtenção de detalhes bem pequenos e ainda, se esta objetiva possuir ajuste para macro melhor serão os resultados. Mas este equipamento tem um inconveniente, o seu preço, normalmente bem elevado, mas em função das máquinas digitais ele vem caindo.

Máquinas Digitais As máquinas digitais não necessitam de filme, pois sabemos que as imagens são armazenadas

no formato digital em uma memória interna ou em um cartão de memória. Mas para obtermos slides será necessário um computador e uma impressora jato de tinta ou laser para imprimi-los em acetato ou transparências para retroprojetores, encontradas em lojas de informática.

As máquinas digitais, ao contrário das máquinas que usam filme de Asa/Iso diferente, bastando ter compatibilidade e acessórios para aquele valor da sensibilidade Asa/Iso - maior ou menor, a câmera digital tem uma resolução máxima definida, ou seja, o equipamento já é comercializado com uma definição de imagem específica e não é a padrão, mas sim a que corresponda ao sensor fotossensível. Vejamos alguns exemplos e se elas poderão produzir slides impressos.

1. Câmeras de resolução máxima de até 1 (um) megapixel. São câmeras para a produção de imagens de baixa resolução e destinadas na maioria das vezes para uso em sites da Internet, álbuns virtuais, entre outras possibilidades. Quando da impressão não permitem grandes ampliações e quando são reduzidas perdem ainda mais resolução, por este motivo nem toda impressora poderá garantir um bom resultado durante a impressão. Não são recomendadas para a produção de slides impressos.

2. As câmeras de resolução máxima de 2 (dois) até 3 (três) megapixel. São consideradas amadoras, mas já permitem uma impressão de melhor qualidade, mas lembre-se que será necessário reduzir o tamanho da imagem para o tamanho do slide, por este motivo é recomendável que se tenha um bom programa – vide notas “A” e “B” - de edição de imagem.

3. As câmeras de resolução máxima de 4 (quatro) até 5 (cinco) megapixel. São consideradas câmeras amadoras avançadas ou até mesmo semiprofissionais, dependendo dos acessórios, como lentes zoom, intercambiáveis ou não, controle manual do Iso, da velocidade/tempo de obturação e ajuste externo para flash. Vide notas sobre os softwares.

4. As câmeras de resolução máxima acima de 5 (cinco) megapixel. Estas câmeras são de uso profissional e tem o inconveniente de serem muito caras e na maioria das vezes é impossível de serem adquiridas por uma escola pública, principalmente, e muito menos pelos professores. Produzem os melhores resultados, comparados aos produzidos por imagens químicas (filmes). Para impressão será necessário um bom software de edição de imagem e, um computador de alta performance em função do tamanho de cada imagem produzida pelo equipamento.

Nota: A. Bons programas para edição de imagem são o: Adobe Photoshop, Corel PhotoPaint, os

dois proprietários e pagos, resumindo: caros, mas não se desanime, existe um programa de licença GNU, do Linux e que possui uma versão para o Windows e em fase de elaboração uma para o MAC, que é grátis. Este programa possui ferramentas para a melhoria da qualidade da imagem, para a edição e montagem, trabalha com layers, máscaras e possui opções para vários tipos de impressão.

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Como usar o Projetor de Slides 5 Vivaldo Armelin Júnior B. A impressora deverá ser usada em uma resolução superior a convencional – 300 dpi, por

volta de pelo menos 800 dpi Planos Fotográficos Para entendermos melhor e principalmente trabalharmos com imagem de forma adequada é

preciso ter uma noção, mesmo que mínima dos planos fotográficos, pois é a partir dele que o professor poderá explorar melhor todas as suas imagens e desenvolver um projeto que proporcione a construção do conhecimento.

Entender os planos permitirá a obtenção de imagens bem amplas, em planos mais abertos como paisagens, panorâmicas, etc., mas também analisar melhor uma imagem durante uma aula.

Observe na figura a relação entre os planos fotográficos. A figura representada está alongada por questões ilustrativas.

1. Grande Plano Geral 2. Plano Geral 3. Plano Americano 4. Plano Médio Aberto 5. Plano Médio 6. Primeiro Plano 7. Close-up ou simplesmente close ou

detalhe. 8. Big Close-up, Big Close ou Grande

Detalhe.

Quadro de Planos. Relação entre o primeiro plano e o fundo Existe uma relação entre o fundo e a imagem principal, primeiro plano, que conduz a uma

forma diferenciada de leitura (lembre-se que não é só a escrita que é lida), neste exemplo, por sinal bem simples, tem-se uma pequena idéia das relações entre os planos e sua abrangência. Estes são referenciais para que se obtenha uma imagem com melhor qualidade final.

O maior problema da maioria dos

fotógrafos amadores ocorre quando ao fotografar, em função dos ajustes do equipamento, misturam planos e não exibem nem um e nem outro, ficando com uma imagem confusa e sem destaque, por exemplo:

Numa praia ele coloca seus familiares ou amigos a uma distância superior a 5 m, e tenta ao mesmo tempo capturar a imagem das pessoas e do fundo. Quando da revelação do filme e a cópia no papel vai descobrir que as pessoas ficaram muito pequenas e que muitas vezes não há como até mesmo identificá-las, ou ainda, como a imagem ao lado.

Em um plano mais aberto contém maior quantidade de informações em função da amplitude

da abertura da objetiva, mas sem detalhamento, então quando é tirada uma foto de uma paisagem é importante lembrar que o objetivo será identificar o local, não permitindo uma análise mais detalhada de cada um dos elementos.

Na produção de slides é importante, numa seqüência de imagens de um mesmo espaço, realizar capturas em vários planos, como: algumas mais abertas que possibilitarão a identificação do elemento fotografado, outras mais próximas, ou seja, em plano mais fechado e que mostrem o conjunto

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Como usar o Projetor de Slides 6 Vivaldo Armelin Júnior do elemento fotografado e algumas, em planos bem fechados, que capturem os detalhes deste elemento, por exemplo:

Numa seqüência para um estudo de órgãos internos do corpo humano é importante que seja tirada uma foto mais aberta para capturar a imagem da área onde se localiza o fígado, por exemplo, mostrando o corte da pele expondo o órgão. Após esta seqüência são tiradas as demais fotos em planos mais fechados pormenorizando o órgão em questão.

Estas imagens mais próximas ou mais fechadas, citadas no exemplo acima, propiciam uma leitura mais ampla, pois elas transmitem maior grau de detalhamento, envolve de maneira bem diferente o emocional e a sensibilidade. Esta aproximação, em um plano mais próximo, permite que sejam identificadas várias características peculiares do elemento fotografado, como textura, cor, forma, características físicas, etc.

Numa visão mais ampla é possível afirmar que as imagens promovem mudanças radicais na forma de leitura das várias mídias existentes, enquanto a escrita proporciona um avanço na imaginação do leitor, pois ele recria a situação descrita pelas palavras. Na imagem lhe é dado o direito de interpretar à sua maneira o que é visto e que provocará diferentes reações entre um grupo de leitores. Desde o asco até a paixão, por exemplo. Esta relação de envolvimento atinge nosso interior interferindo no emocional e na sensibilidade, como num texto a imagem interfere nas nossas atitudes, a primeira pelo afloramento da imaginação e a segunda pela interação com o real. O mais interessante é que quando bem integrados, texto e imagem, a magia do saber toma posse do ser humano e o estimula à busca de outras informações.

O Trabalho Fotográfico Um professor antes de sair produzindo suas transparências tem que estar preocupado com

alguns aspectos, como: a. De que maneira chamar a atenção do aluno para o assunto que está trabalhando? b. qual é o objetivo e de que maneira ele irá atingi-lo? Portanto, quando é iniciada a produção da imagem é importante que se planeje até mesmo o

resultado esperado, mas em fotografia e durante a criação, nos casos dos slides produzidos manualmente, existe um elemento muito importante e que interfere no resultado, trata-se do inesperado, da surpresa, do acaso e principalmente da imaginação e interpretação.

Muitas vezes no momento da realização do trabalho algo inesperado acontece, que até pode ser insignificante e inexpressivo naquele momento, mas poderá ser relevante em outro, por isso é importante que este acontecimento seja registrado. O inesperado, o improviso, um estalo repentino de análise, conclusão e criação geralmente produzem resultados altamente satisfatórios e respostas mais espontâneas, isso tudo servirá para aumentar o interesse do aluno pelo estudo e a construção do conhecimento, em outras palavras, a conquista do saber. Por exemplo:

Ao fotografar um agricultor preparando um terreno para o plantio durante o tombamento ou aragem da terra, ele se depara com uma pedra, o assunto registrado pelo professor era o preparo do solo, mas aquela pedra veio atrapalhar.

Durante o estudo será mesmo que aquela pedra estava atrapalhando? Por quê será que ela estava exatamente naquele lugar? Cabe um estudo geológico para saber mais sobre ela? Para o agricultor aquela pedra é, com toda certeza, um obstáculo para o preparo do terreno. Porém se analisarmos melhor, dependendo da topografia, aquela pedra poderá estar servindo de barreira para que não haja um deslizamento, uma forma natural para diminuir a força das águas ou até mesmo desviando-na. Nem agricultor e nem professor devem desprezar aquele “obstáculo” para produzir um estudo e proporcionar uma análise mais coerente da situação.

Quanto ao registro da imagem esta pedra gerou de forma inesperada um problema e uma solução, que se bem aproveitada pelo fotógrafo produzirá um retorno mais profundo para um posterior estudo – observação, análise, conclusão, crítica e produção. Imagens panorâmicas e imagens em planos mais fechados, em ângulos e posições diferentes, poderão gerar uma imagem em 360º e, o melhor, proporcionar visões desta pedra que permitam um estudo mais profundo. O ideal é que o aluno pudesse estar presente no local, mas nem sempre isso é possível, e é neste momento que a fotografia em slides vem contribuir, como uma mídia, para a construção do conhecimento.

Para a produção de slides é preciso pensar no aprimoramento das informações coletadas. É importante lembrar que uma seqüência de imagens para fins didáticos não poderá ser trabalhada, de

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Como usar o Projetor de Slides 7 Vivaldo Armelin Júnior maneira geral, como é trabalhada pela imprensa, esta última está à procura do impacto, o que muitas vezes não permite uma leitura mais ampla do ambiente e nem mesmo da fotografia artística. Estas técnicas quando utilizadas devem ser atentamente analisadas para não distorcer a leitura do meio.

Um bom exemplo desta situação é a maneira como nos livros didáticos e coleções ou enciclopédias é ilustrada uma célula. Geralmente ela é representada de forma plana, sem volume e quando o aluno visualiza a imagem plana, acaba não associando que uma célula possui volume, pois este não é representado na imagem.

A imprensa de modo geral faz isso, ela mostra o detalhe que valorize a ocorrência noticiada, o fato, o incidente, etc. Este “erro” de leitura, na educação, levará a uma análise que conduzirá a uma compreensão errônea do elemento estudado. Não estou dizendo que não é possível estudar estas imagens. Não é nada disso, estas imagens são verdadeiras fontes de informações e que poderão não apenas complementar a informação associada à ela através de textos, mas elucidar e produzir novas informações e o mais importante, produzir novos questionamentos e problematizações.

Concluindo, ao trabalhar com imagens é importante estar preparado para o inesperado, mas o planejamento deverá existir, bem como ter um objetivo. Não simplesmente sair fotografando, por este motivo que é muito importante este trabalho ser parte de um projeto com a participação direta do aluno sempre que possível.

A Leitura do Meio Ao observar as duas imagens, em planos diferentes, podemos constatar que o envolvimento

com a última imagem, que está plano mais fechado, é maior e que ela exibe mais informações quanto ao detalhamento. As flores que compõem a primeira imagem são exibidas em conjunto, amontoadas e misturadas ao verde das folhas. Na segunda imagem, as cores da flor se destacam em relação ao fundo, valorizando ainda mais a composição fotográfica e, neste

detalhe, é possível perceber as características desta flor, o que não é possível na primeira fotografia. Observe que seria incompleto o estudo usando apenas uma das imagens e no momento que

foram exibidas as duas fotografias, com planos diferentes, foi proporcionada uma leitura mais ampla e completa, a da planta e a da flor. Caso fosse exibida uma única imagem haveria uma perda considerável de informações, mesmo que o professor as desse através da fala ou de texto.

O material produzido em slides não pode ficar restrito à sala de aula que o produziu, ele precisa ser compartilhado com as outras turmas através de exibições públicas e, para ampliar os estudos o ideal é que pais e as demais pessoas da comunidade tenham oportunidade de assistir e ouvir as explicações sobre o projeto, seus objetivos, as dificuldades, o aprendizado com o erro e os acertos.

Tema e Assunto A escolha do tema fará com que surja uma infinidade de assuntos pertinentes a ele e que

favorecerão o registro fotográfico em slides. Cada um destes registros – capturas - deverá atender às solicitações do assunto e manter a temática vinculada a ele. Como no exemplo das fotos do jardim e a flor, a primeira imagem apresenta além das flores um banco, calçamento, elementos que não poderão estar desvinculados do tema principal.

O tema sendo, por exemplo, a “vegetação” é preciso não desvincular a sua localização no espaço onde ela esta inserida, como um jardim, à beira de um lago, piscina, vaso, canteiro, calçada...

Imagem em um plano mais aberto. Plano fechado, close.

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Como usar o Projetor de Slides 8 Vivaldo Armelin Júnior Na foto onde são apresentados o banco e a planta é preciso verificar o motivo deste arranjo:

Será ele natural ou artificial? Qual a sua relação com os vegetais? O banco tem algum papel importante na preservação da planta? A planta atrás do banco tem a função de proteger o banco ou quem senta nele? São questões que devem ser levantadas pelo professor e discutidas pelos alunos. Sei que este exemplo é bastante simples, mas são as atividades mais simples que favorecem o aprofundamento e a construção do conhecimento. A imagem, da página anterior, o banco tem relação com os vegetais por fazer parte de uma obra paisagística, porém não é este o único motivo, ele foi produzido com madeira e prego, que foi extraída de uma mata natural ou não, serrada em tábua e depois em sarrafos, envernizada e fixada ao suporte de metal etc. Será que não temos outras fontes para a pesquisa?

Este estudo e pesquisa, mais do que necessários, são importantes por permitir ao aluno descobrir que a partir do pouco será possível construir o conhecimento, como, no exemplo, as diversas possibilidades de uso dos vegetais. A partir destes estudos iniciais é possível chegar a questões mais profundas e que se trabalhado interdisciplinarmente realmente podemos afirmar que o aluno estará construindo o seu conhecimento. Vejamos outros exemplos de questões:

Qual tipo de madeira foi utilizada? Como foi produzida esta madeira? Naturalmente ou em área de reflorestamento? É uma madeira na qual a planta de origem está em extinção? A árvore que gerou esta madeira é frutífera? Esta fruta é comestível? Como esta árvore se reproduz na natureza? Como ela é produzida antes de serem transferidas para as áreas de reflorestamento?

Além destas, muitas outras situações poderão ser exploradas. Nota: Manter uma coerência entre os assuntos e o tema é imprescindível para que se tenha

um material de qualidade e com infinitas possibilidades de análise e conclusões. Cuidados ao fotografar São vários os cuidados ao fotografar, aqui serão citados alguns mais relevantes: 1. Conhecer o equipamento, leia todos os manuais. 2. Aprender a carregar o filme (colocar o filme na máquina). 3. Saber as funções dos botões e alavancas antes de iniciar o uso. 4. Aprender a ajustar a objetiva, caso ela permita ajustes, como distância de foco, abertura,

zoom, etc. 5. Controlar o tempo de exposição (se o equipamento possuir este recurso). 6. Não deixar o equipamento sob luz solar intensa. 7. Não deixar o equipamento na areia (praia, por exemplo). 8. Não deixar o equipamento sob a chuva ou em local de grande umidade. 9. Evitar manusear a máquina com as mãos sujas. 10. Manter a máquina, quando não a estiver sendo usada, na bolsa ou maleta térmica. 11. Não deixar o filme em local muito quente, úmido, poluído, sob o sol, em local com muita

poeira ou poluição. 12. Não deixar o equipamento sofrer quedas ou pancadas. 13. Não ficar chacoalhando o equipamento. 14. Se possível, andar com o equipamento preso ao pulso, pela pulseira ou ao pescoço pela

coleira. 15. Não deixar pilha no interior da máquina quando não estiver sendo usada. 16. Não usar pilha comum, é mais recomendado o uso de pilha(s) alcalina(s) ou pilhas

recarregáveis. 17. Segurar, sempre que possível, o equipamento com as duas mãos ao fotografar. 18. Observar atentamente o local antes de fotografar para que consiga os melhores ângulos e

planos, conseqüentemente melhor qualidade de imagem. 19. Para evitar os temíveis olhos vermelhos, não permitir que as pessoas olhem diretamente

para a câmera (objetiva), mas se seu equipamento permitir, colocar o flash aproximadamente a 50 cm à esquerda ou à direita da máquina (neste caso é necessário um cabo prolongador).

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Como usar o Projetor de Slides 9 Vivaldo Armelin Júnior 20. Mesmo em dia ensolarado o uso do flash é recomendado para que sejam quebradas as

sombras marcantes (suavizando-as), mas evitar quando estiver muito próximo do elemento fotografado (pessoas, animal, objeto, planta, etc.) nestas condições.

21. Em interiores, como igrejas, o flash não ajudará muito, principalmente quando o espaço interno for muito grande. Para a obtenção de imagens de melhor qualidade é necessário se faça uso de equipamento de iluminação.

22. Fotos de frente para o sol devem ser produzidas apenas no início do amanhecer ou no final do entardecer. Outra possibilidade é com o uso de filtros especiais, mas estes só devem ser usados em equipamentos mais sofisticados e que tenham encaixe para ele na frente da objetiva.

23. Verificar a necessidade do uso de um tripé, quando necessitar de maior firmeza ou quando a velocidade para a obtenção da foto for muito baixa.

24. Observar atentamente se os dedos, correia, cabos, pulseiras, coleira não estão na frente da objetiva antes de disparar.

25. Centralize o tema principal se não possuir muita experiência em fotografia, mas cuidado, às vezes é necessário mostrar o que está ao lado do elemento principal.

26. Em muitos momentos é preciso agilidade e rapidez, por este motivo deixar o equipamento sempre preparado para a próxima fotografia.

27. Anotar ou gravar (mais indicado) em fita de áudio, informações sobre cada uma das fotos, descrevendo-as, também o local e a ação do fotografado.

28. Cuidado com a própria sombra sobre o objeto ou modelo fotografado. 29. Evite fumar, mascar chiclete ou comer durante a seção de fotos. 30. Tenha sempre um filme de reserva. 31. Verificar a validade do filme. 32. Verificar também se a ASA do filme para slides é a mais adequada para o ambiente que irá

fotografar. Nota:Os filmes para slides possuem ASA mais baixa que os filmes comuns (para cópia em

papel). Isso ocorre em função da qualidade de ampliação quando da projeção. Por este motivo é necessário verificar as condições de iluminação do local e se seu equipamento permite o uso deste filme em condições especiais de iluminação como as de interiores. Com a luz solar qualquer equipamento permite o uso deste filme com ótimos resultados.

33. Com uma bateria de motocicleta, um suporte para uma lâmpada potente é possível produzir um sistema paralelo de iluminação e desconectado do equipamento. Consulte um técnico. Acender a lâmpada sempre que for utiliza-la, nunca deixar ligada o tempo todo.

34. Nunca desrespeitar o direito alheio. Verificar se é permitido fazer foto no local escolhido. 35. A revelação deverá ser feita por um laboratório idôneo e que tenha condições para a

revelação e montagem dos slides. Este tipo de filme exige alguns cuidados especiais quanto à qualidade de revelação uma vez que a imagem nele contida será ampliada muito além do tamanho de uma foto comum em papel.

Exercício Pratico: 1. Escolher um tema a ser fotografado que possibilite um estudo local. 2. Produzir um pequeno projeto destacando: o tema; a pesquisa; os estudos; seus objetivos;

como trabalhar a inter-relação de conteúdos e a interdisciplinaridade. 3. Fazer umas doze fotografias em diapositivo (slides) no local. a. Respeitar a distância focal de seu equipamento, por exemplo, uma flor fotografada a um

metro e meio de distância aparecerá no slide bem pequena. Para que ela se destaque é necessário uma máquina que permita fotografar a uma distância entre de 30 a 10 cm.

b. Usar flash apenas para distâncias superiores a dois metros. c. Não seja apressado, fique atento ao primeiro e o segundo plano. Você poderá observá-los

no visor durante a escolha do ângulo/posição e plano. 4. As imagens deverão dar destaque através da iluminação frontal, ou seja, não obter imagens

contra a luz. 5. Produzir um relatório final.

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Como usar o Projetor de Slides 10 Vivaldo Armelin Júnior Produção artesanal (não fotográfica) Material 1. Acetato, plástico transparente mais grosso, saco plástico de arroz ou feijão, etc. 2. Tesoura e estilete. 3. Régua de metal para auxiliar no corte com estilete. 4. Régua de plástico ou madeira com graduação. 5. Cola branca para madeira. 6. Outra opção é a fita crepe dupla face. 7. Tinta para vitral, aquarela, caneta para retroprojetor, caneta hidrocor, etc. 8. Papel cartão grosso. 9. Dois pesos — podem ser livros ou tijolos embrulhados — para prensagem das molduras. 10. Molduras prontas desmontadas (opção que substitui o material dos itens 5, 6, 8 e 9). A Moldura Desenhar sobre o papel cartão dois quadrados, sempre obedecendo às medidas indicadas na

fig.01, com os cantos arredondados, em seguida cortar. Desenhar no interior do quadrado um retângulo, seguindo também as medidas indicadas e cortar, usando o estilete e a régua de aço.

A e A’ = 1,4 cm B e B’ = 0,8 cm Largura e Altura = 4,9 cm O Slide Cortar os dois quadrados e também o retângulo interno de cada um deles. Em seguida, para

cortar a transparência, são usados o estilete e a régua de aço, com medida maior que o retângulo interno, conforme fig.02.

Altura = 3 cm Largura = 4,2 cm A Montagem Espalhar cola sobre toda a superfície do cartão quadrado vazado (sem excesso de cola para

não manchar a área que será trabalhada), colocando sobre ele a transparência e em seguida o outro cartão. Fig.03, 04 e 05.

Aguardar a secagem por no mínimo uma hora em local arejado, mas longe de poeira, gordura,

etc. É conveniente produzir todas as molduras e transparências necessárias para o seu trabalho.

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Como usar o Projetor de Slides 11 Vivaldo Armelin Júnior Ao entrar nesta etapa a curiosidade do aluno é muito grande, ele quer ver o resultado na tela,

mas antes de iniciar é conveniente que ele seja orientado sobre o uso da técnica de desenho ou pintura escolhida.

As Técnicas de Desenho e Pintura • A tinta para vitral não deve ser aplicada como se faz com as demais tintas, mas sim

depositada em pequenas quantidades de cada cor até a obtenção das formas desejadas, então é necessário aguardar a secagem e só após pintar usando a segunda cor. Para que isso seja possível é necessário o uso de pinceis bem finos, nº 0, por exemplo. Produz ótimos resultados.

• Ao usar a aquarela, não se deve encharcar o pincel com tinta, a quantidade deverá ser bem

pequena para que seja mantida a transparência da tinta. Não sobrepor cores e nem usar o branco (não é transparente). Os tons muito escuros perdem transparência.

• A caneta de retroprojetor não permite sobreposição ou mistura de cores. O preto não é

transparente. Existem poucas cores e poderá provocar intoxicação pelo cheiro forte que produz. Ao trabalhar com esta caneta é recomendável que se mantenha uma distância considerável dela. Não deve ser usada por crianças. Produz ótimos resultados.

• A caneta hidrocor nem sempre se fixa ao plástico. Suas cores são bem variadas e os

resultados são razoáveis. O inconveniente é que com o uso a ação da luz queima a tinta fazendo com que ela perca a cor ou amareleça.

Outros Suportes • Outro suporte que poderá ser usado é o papel vegetal, para isso é necessário banha-lo em

óleo de cozinha e pendurá-lo para secar em um varal, em local arejado, que não seja atingido por luz solar, poeira ou poluição. A secagem levará no mínimo uma semana. Após este período ele poderá ser trabalhado, bastando monta-lo na moldura e pintar ou desenhar seguindo as orientações para a montagem de cada slide. A transparência não é das melhores, mas produzirá bons resultados e é ideal para uso da caneta hidrocor. O melhor mesmo é usar saco plástico de arroz ou feijão.

• Existe um plástico geralmente usado para forrar mesas, também transparente, que é comprado por metro em lojas de tecidos ou utensílios de cozinha. Este é grosso e resiste bem ao calor, além de suportar caneta para retroprojetor e tinta para vitral. Em testes os resultados não foram bons com caneta hidrocor e com a aquarela.

Nota: É possível apagar a área impressa de algumas embalagens de arroz ou feijão, basta

usar álcool. A limpeza proporcionará o aumentando da área a ser utilizada. Para este trabalho é necessário: algodão, álcool e um tecido absorvente, macio e que não solte fibras.

Exercício Prático: 1. Escolha um tema e uma das técnicas. 2. Faça um pequeno projeto enfatizando um aspecto urbanístico de sua região. 3. Produza uma seqüência de slides alterando os planos, como numa história em quadrinhos. 4. Produzir um relatório final.

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Como usar o Projetor de Slides 12 Vivaldo Armelin Júnior Como Utilizar o Aparelho Uma seqüência de slides não serve apenas para se contar história, mas também para apresentar

fatos, gerar discussão sobre uma determinada imagem ou parte dela, analisar os detalhes desta, descrever situações, aprimorar o estudo de elementos muito pequeno, entender o funcionamento de órgãos vivos ou máquinas, fazer comparações etc.

Estas opções favorecem o trabalho com a inter-relação de conteúdos, interdisciplinaridade, a pesquisa e a conseqüente construção do conhecimento pelo aluno. O trabalho deve ser desenvolvido por ele e o professor ser um observador participante.

É muito comum o Professor ou palestrante usar uma projeção de slides narrando ou descrevendo fatos relacionados ao tema, ideal para palestras, convenções... Numa aula esta não é a melhor solução, está mídia é muito dinâmica e exige a interação com o público ou aluno, que não é apenas um mero assistente, mas sim um observador analítico, crítico e criador.

Chamo a atenção para: falar muito sem dar tempo para o aluno pensar prejudica o aproveitamento.

É importante que o público, seja ele, aluno ou não, participe da projeção, interferindo nas informações prestadas pelo professor ou palestrante, mesmo que estas estejam ”erradas” ou que parte delas não esteja de acordo com a “opinião” do professor ou de quem ele esteja se baseando. Na fig. um dos diversos modelos de projetor de slides.

A interação promoverá um aprimoramento em relação à qualidade e permitirá o enriquecimento das informações, pois favorecerá a discussão. Não podemos deixar que o aluno simplesmente assista, pois neste caso não lhe será permitido o desenvolvimento de seus potenciais e capacidades. O potencial perceptivo está intimamente ligado à análise e a crítica e estes saberes e capacidades só são construídas a partir da participação. Os sentidos nos proporcionam perceber ou reconhecer situações, fatos, acontecimentos, elementos, objetos, entre outros. Quando nossos potenciais perceptivos entram em ação, além de perceber, nos é permitido analisar e concluir, ação realizada por qualquer sentido. E onde está a diferença? Está na participação direta e na intervenção no exato momento que se chegou a uma conclusão e é neste momento que é propício a formação crítica. Exemplo:

• Ao tocar em um pedaço de madeira em brasa o sentido tátil informa ao cérebro que a pele está sendo queimada, portanto é preciso retirar a mão deste objeto.

Esta é a reação natural, pois o reflexo condicionado trabalhou mais rápido do que a razão e de

forma bastante simplista proporcionou uma análise, a de que o calor queima e, como conclusão é a de que na próxima vez que for mexer neste elemento terá que ser tomado mais cuidado. Esta reação é natural não apenas no ser humano, mas também nos demais seres vivos, porém os seres humanos possuem uma capacidade de análise superior, pois ele consegue abstrair, imaginar soluções e de repente interagir com aquela situação. Provavelmente foi o que aconteceu com o homem lá na pré-história quando teve contato com o fogo e aprendeu a dominá-lo. Este humano, nosso ancestral, de uma outra maneira construiu o conhecimento através da experimentação, casual ou não, que lhe proporcionou buscar maneiras para utilizar o fogo, não se restringindo apenas ao cozimento dos alimentos.

Os potenciais perceptivos são muito pouco trabalhados nas salas de aula e desta forma não é dada ao aluno à oportunidade de crescimento analítico, conclusivo e crítico. Uma vez que não está ocorrendo a integração destas capacidades não haverá o desenvolvimento cognitivo ou este ocorrerá mais lentamente, com muita dificuldade, levando a demorado e o desinteresse, conseqüentemente não há construção do conhecimento.

A utilização dos meios de comunicação poderá resolver este problema por propiciar um debate e questionamento sobre o que é visualizado e o que é ouvido. Uma apresentação implicará em uma organização sobre o tema, por este motivo é importante que o Professor solicite aos seus alunos que confeccionem os seus slides de acordo com um assunto e tema, ou seja, a transparência de um aluno terá continuidade com o outro. Outra possibilidade é a da formação de grupos e para cada grupo um tema com um assunto para cada slides. Esta atitude implicará na apresentação em uma ordem e de forma coerente.

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Como usar o Projetor de Slides 13 Vivaldo Armelin Júnior Esta forma de exibição permite que sejam repensadas a composição da imagem e produzida nova transparência para substituir ou completar a seqüência, portanto é um trabalho que faz com que os potenciais perceptivos sejam aguçados e, este fato, leva a curiosidade, a novas pesquisas e todo o processo se repete.

Trabalhar com o projetor de slides é: 1. Contar história através de um convidado, um aluno, um funcionário da escola ou até mesmo

o professor. 2. Desenvolver uma aula interativa. 3. Utilizar uma projeção como pano de fundo para uma peça teatral. 4. Realizar experiências sobre os efeitos e as ondas luminosas. 5. Realizar seminário, debate, conferência com projeção de slides. 6. Apresentar etapas do crescimento de um vegetal, animal ou de fases de uma construção, da

fabricação de peças, móveis, máquinas, produtos de higiene, entre tantas outras possibilidades. 7. Realizar projeções durante um intervalo para na educação alimentar e a higiene no trato da

alimentação, por exemplo: lavar as mãos, sentar-se em uma mesa para comer, comer tranqüilo, não colocar a colher sobre a mesa, respeitar o alimento não desperdiçando ou fazendo brincadeira com o alimento alheio etc.

8. Exibir exemplos numa aula de Educação Física, como: lances, esquemas táticos, postura, forma de fazer um determinado exercício etc.

Nota É claro que tem aquele aluno que não se interessará, por mais que se proponha um trabalho

novo e inédito não o motivará. Isto é um problema que extrapola a boa vontade e dedicação do Professor. Fatores que interferem são: uso de droga, problemas familiares (abandono, violência familiar etc.), doenças (não se trata dos alunos com necessidades especiais), carência alimentar, que deveriam ser melhor cuidado pelo poder público e não o são. As escolas não têm psicólogos, médicos ou pelo menos uma enfermeira, a facilidade de encaminhamento e acompanhamento de um assistente social etc. Mesmo sabendo destas condições, algumas pessoas insistem na afirmação mesquinha de que o Professor não tem vontade de mudar e não busca novas soluções. Estas pessoas, na maioria das vezes políticos sem compromisso com a Educação e com a população, fazem estas afirmações para livrar a sua responsabilidade. Infelizmente muitos profissionais da Educação, como supervisores, por exemplo: defendem esta hipocrisia. É como aumentar o número de dias letivos e de horas aula dizendo que se está melhorando a educação, isso é atitude de gente mesquinha e desonesta que quer enganar o povo e não investir como deve na educação para todos.

É sabido que o Professor terá que custear a maioria do material necessário para desenvolver o seu trabalho, dever do estado não cumprido, mas também sei que este profissional está lutando para mudar esta situação e fazer com que estas pessoas que adotam atitudes mentirosas, mesquinhas e demagógicas nunca mais sejam eleitas e não interfiram negativamente em nossa sociedade.

Este curso abre uma pequena porta na tentativa de ampliar as possibilidades de trabalho em sala de aula e conduzir o aluno a uma capacidade muito importante no ser humano, a capacidade de analisar, concluir criticar e modificar ou criar. Desta maneira, despertar o interesse pelo aprendizado.

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Como usar o Projetor de Slides 14 Vivaldo Armelin Júnior Exercício Pratico: 1. Fazer um pequeno projeto para a produção de slides que tenha como tema um rio de sua

região. 2. Fazer uma pesquisa sobre o rio observando: a. Onde começa e termina? Qual é o período de

cheia? Ele está limpo ou poluído? É ou não navegável? Ele está ou não assoreado? 3. Produza um conjunto de 6 (seis) slides feitos com material transparente, saco plástico de

arroz, moldura e desenhados e/ou escritos com tinta nanquim. Poderá usar pincel fino nº 3 ou caneta nanquim obedecendo ao tema sugerido.

4. Fazer um relatório final sobre a experiência. Caso tenha um projetor faça uma sessão de slides.

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Como usar o Projetor de Slides 15 Vivaldo Armelin Júnior

Curso: Uso do Retroprojetor

Vivaldo Armelin Júnior

2004 Atualização

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Como usar o Projetor de Slides 16 Vivaldo Armelin Júnior Retroprojetor

O retroprojetor foi inventado bem depois do projetor de slides e ainda é muito usado por:

empresários, executivos, palestrantes, professores universitários, entre outros, pois este aparelho permite a projeção de textos manuscritos sem que seja preciso fotografar e revelar filme.

A transparência tem o tamanho aproximado de uma folha de papel sulfite, tamanho A4 ou carta, e poderá ser de acetato, plástico grosso, papel vegetal banhado em óleo de cozinha, lâmina de vidro, lâmina de plástico ou acrílico transparente (resistentes ao calor), filme plástico para embalagem (estes usados para embalar carne, mas que não são magnetizados), etc.

Histórico Surge bem depois do projetor de slides e foi muito usado para exibir

os planos estratégicos de ataque ou defesa durante a segunda guerra. É um aparelho bastante versátil, pois permite que a pessoa escreva sobre a transparência e a projete sobre a tela logo após.

Muitos economistas fazem uso deste aparelho para demonstrar a evolução ou queda da economia de uma empresa, das ações, da inflação, etc. Também muitos químicos o utilizam em palestras ou para demonstrar suas teorias ou uma reação química. Mas, seu uso mais comum é em palestras ou em sala de aula na faculdade ou universidade. Infelizmente no curso elementar e médio ele não é muito usado, desperdiçando o potencial educativo proporcionado por esta mídia visual.

Com a popularização do computador o retroprojetor ganhou um forte aliado e também um grande concorrente, pois existem programas que produzem apresentações com recursos de animação e som, mas a exibição em um datashow ou projetor multimídia é bastante complicado por serem bastante caros e a solução está no velho e bom retroprojetor.

Todavia no computador é possível produzir transparências com qualidade, contendo imagens, gráficos e textos. Com uma boa impressora, que permita a impressão em transparência, o trabalho de produção é muito mais ágil. Os textos são corrigidos automaticamente durante a edição, evitando as correções pós a produção, nem sempre possíveis, quando feitas à mão.

Funcionamento O funcionamento do Retroprojetor é bastante simples. Ele é composto por uma lâmpada, uma

ventoinha, uma lâmina de vidro transparente, uma haste vertical e nela outra haste, mas móvel, com um espelho e um jogo de lentes.

A lâmpada ilumina a transparência, que é projetada em direção ao espelho, ao jogo de lentes e, ao atravessar as lentes é projetada sobre uma tela, parede ou lençol branco. Uma ventoinha tem a função de manter uma temperatura adequada da lâmpada para que esta não queime ou danifique o aparelho e a transparência.

É importante destacar que a potência luminosa do retroprojetor é bem menor que a do cinema e do projetor de slides, mas isso não compromete o trabalho de projeção. Muitas vezes, em função de lâmpadas menos potentes há uma certa dificuldade em manter a qualidade da imagem em se tratando de transparências coloridas.

Cuidados Como todo aparelho é importante tomar alguns cuidados, tais como: 1. Colocar o aparelho sobre um suporte firme e de preferência de madeira, evitar os de metal

pela possibilidade de conservação do calor. 2. Verificar se a corrente elétrica é a adequada para o bom funcionamento do aparelho. 3. Não utilizar próximo a líquidos. 4. Não permitir a pessoas não habilitadas utilizar o aparelho. 5. Fazer os ajustes seguindo orientação do fabricante, como foco, zoom, tamanho da área de

projeção, etc.

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Como usar o Projetor de Slides 17 Vivaldo Armelin Júnior 6. Guardar sempre envolto por uma embalagem plástica e se possível dentro da embalagem

de transporte. 7. A troca da lâmpada deverá ser feita por uma pessoa habilitada e com muito cuidado.

Lembrar de desligar o aparelho da rede elétrica. Esperar a lâmpada esfriar antes de trocá-la. 8. Manter sempre limpos o vidro e as lentes. 9. Não abrir o aparelho se não possuir conhecimentos técnicos, poderá causar explosão se a

lâmpada estiver acesa. 10. Não colocar sobre a lâmina de vidro objetos que possam danificá-la. 11. Obedecer à distância mínima e máxima de projeção. 12. Manter mais escura a área da tela e se houver a necessidade de iluminação do palestrante

evitar que esta atinja a área da tela. 13. Não transportar o aparelho logo após o uso. Este deverá passar por um resfriamento de no

mínimo 15 min. 14. Não desligar o aparelho logo após o uso, manter a ventoinha ligada por no mínimo 5

minutos. Alguns aparelhos permitem desligar a lâmpada e manter ligada a ventoinha (o tempo para o resfriamento é o mesmo).

15. Evitar batidas choques, principalmente com o aparelho ligado ou em resfriamento. 16. Evitar queda do aparelho. 17. Ao transportar em veículos é conveniente que esteja em uma embalagem e protegidos de

possíveis choques. 18. Não usar transparências úmidas. 19. Não usar filme plástico que não resista ao calor ou seja muito fino. Ele poderá derreter e

danificar a lâmina de vidro e até pegar fogo. 20. Limpar o aparelho e a lâmina de vidro com um pano macio e seco, que não solte tinta ou

fibras. Se usar papel, este terá que atender as mesmas condições. 21. Nunca usar produtos químicos para a limpeza, inclusive limpa vidro, alguns limpa vidro

poderão incandescer e provocar fogo. Excetuam-se os produtos que por ventura sejam indicados pelo fabricante do aparelho.

22. Nunca usar álcool, principalmente com o aparelho ligado à rede elétrica. Como Produzir? Muita gente usa a transparência no tamanho A4 ou sulfite, e tem que ficar ajustando a folha a

cada passo de sua explanação ou exibição. Não há maiores problemas ao trabalhar desta maneira, o inconveniente é que nem sempre a transparência fica firme sobre a superfície de projeção do aparelho. Um vento ou corrente de ar poderá deslocar ou fazer com que a folha caia do aparelho, o próprio movimento da pessoa que está fazendo uso do retroprojetor poderá deslocar o papel. O ideal é produzir as transparências com moldura. Veja algumas das vantagens da moldura:

1. Impedir que a luz se perca lateralmente. 2. Mantêm a transparência mais firme sobre a lâmina de projeção. 3. Delimita o espaço a ser utilizado e, caso seja necessário, facilitar

a cobertura de uma determinada área da transparência que poderá ou não ser exibida momentos depois.

4. Por delimitar o espaço compositivo, melhora também a qualidade da projeção e visualização.

5. Quando bem elaborada, melhorará a qualidade visual, conseqüentemente proporcionará maior atenção do aluno ou público e favorecerá uma melhor assimilação da proposta, seja ela uma aula, uma palestra, uma venda etc.

6. A moldura facilita a identificação da transparência, numerando ou identificando com texto ou marca, sem que o público saiba a sua seqüência e desta forma facilita a inserção de outras que completem o trabalho.

7. Esta possibilidade permite passar a idéia de organização e limpeza.

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Como usar o Projetor de Slides 18 Vivaldo Armelin Júnior Nota: Quando a numeração da transparência é exibida ao público durante a projeção qualquer

salto, ou seja, quando alguma transparência não é exibida haverá sempre a sensação de que algo está faltando e até desorganização.

8. Elas facilitarão o manuseio das transparências, pois não dificultam a separação. 9. Evita que uma transparência grude a outra e até manche. 10. Não haverá a necessidade do uso de papel manteiga para separá-las. A moldura Material: - Papel cartão (não importa se branco, preto, azul etc.). - Tesoura ou estilete (mais recomendada). - Se optar por estilete é necessário uma régua de aço. - Cola branca de madeira (mais recomendada) ou fita crepe dupla face. - Peso maior que a moldura, como livros, tijolo embalado e uma placa de madeira. Nota: O papel cartão preto tem a vantagem de não refletir luz para o interior do aparelho,

mas sim absorvê-la, fator que auxiliará na manutenção da temperatura do aparelho. Técnica Desenhar sobre o papel cartão dois quadrados de 30 x 30 cm, com os cantos arredondados.

Depois desenhar dentro destes um outro quadrado, medindo 20 x 20 cm, desta forma, cada lado da moldura terá 5 cm de espessura (vide a figura abaixo). Com a tesoura ou estilete recortar o quadrado interno dos dois cartões. Em seguida, cortar a parte externa. Obtida as duas molduras, passar cola em uma das faces, fixar a transparência em branco ou já trabalhada (pronta). Por fim, colar a segunda transparência sobre a primeira. Colocar a moldura sob um peso ou prensa até a cola secar (por aproximadamente 20 minutos).

Este é o melhor momento para produzir todas as molduras para suas transparências, mesmo que você não as monte neste momento.

A transparência Existem verias formas (técnicas) de produção das transparências: 1. A primeira técnica, a ser abordada neste trabalho será a

da matriz indireta ou fotocopiagem. Consiste em produzir uma matriz (original) através do desenho ou escrita, em papel branco, com lápis preto, caneta esferográfica, hidrocor preta ou lápis de cor preto, nanquim, ou ainda, texto datilografado. Depois de produzido o desenho e/ou escrita, se necessário aguardar a secagem, e então fotocopiá-lo em transparência. Os originais ou matrizes deverão ter o tamanho da moldura ou passar por redução durante a fotocopiagem.

Nota: Para produzir transparência em cores será necessário que a máquina fotocopiadora produza cópias coloridas. É possível trabalhar com canetinha hidrocor, tinta a óleo, acrílica, etc. Estas deverão estar secas antes da realização da cópia.

2. Usando caneta hidrocor ou caneta para retroprojeção diretamente sobre a transparência. Neste caso é conveniente que a moldura já esteja montada. Neste caso basta desenhar, escrever, decorar etc. Para facilitar a escrita é possível trabalhar com gabarito e/ou colocar uma folha em branco, com linhas, sob a transparência. Será possível trabalhar com P&B ou com cores. Também é possível trabalhar com nanquim, caneta ou bico de pena. Não há a possibilidade de sobreposição das cores. O inconveniente é que com o passar do tempo a tinta perderá cor.

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Como usar o Projetor de Slides 19 Vivaldo Armelin Júnior 3. A terceira técnica é a produzida com tinta, como: aquarela, vitral, nanquim, etc. Com estas

tintas a projeção é bastante prejudicada, pois o retroprojetor não tem a mesma potência de iluminação que um projetor de slides, por isso vai depender da potência da lâmpada do aparelho.

a. A tinta de vitral deverá ser depositada, com cuidado sobre as áreas que correspondem à cor trabalhada. É necessário que a tinta aplicada seque antes de aplicar outra cor, do contrário, as tintas se fundirão. Portanto, se estiver produzindo mais de uma transparência, inicie o trabalho das outras, enquanto a primeira está secando. Lavar os pincéis logo após o uso e muito bem, com o solvente indicado para a tinta.

b. A aquarela deverá ser trabalhada sem sobreposição e qualquer mistura deverá ser feita no godê. Aguardar a secagem antes de trabalhar outra cor. Não usar o branco, não é transparente. O mesmo para o preto, a não ser que queira sombra.

c. A tinta nanquim produz linhas marcantes, portanto sombra de alto nível, é bastante resistente à luz. Os traços poderão ser finos ou mais grossos e permitem linhas cruzadas, paralelas, perpendiculares, hachuradas, etc. O nanquim produz um dos melhores resultados entre as técnicas acima. O nanquim vermelho não é transparente.

4. O computador e impressora são fortes parceiros das transparências, por abrirem a possibilidade da reprodução de imagens transparentes, a inclusão de textos sobre as imagens, a criação de efeitos visuais de textos e imagens etc. Neste caso é necessário um computador e uma impressora que permita imprimir transparências. Será preciso também um programa de processamento de texto, de tratamento fotográfico e/ou de desenho, mas para isso existem diversos softwares para Windows e são grátis, como o OpenOffice – editor de texto, imagem, planilha e gráficos; também, para edição de imagem o Gimp. Os dois são software parte do projeto GNU. É bom lembrar, a maioria dos programas de computador exigem registro, pois pertencem a uma empresa ou pessoa, desta forma elas são detentoras dos direitos autorais, estes são denominados software ou programas proprietários. Os programas de domínio público ou freeware são livres para uso, sem a necessidade de pagamento, mas às vezes é necessário seu registro. Já os programas shareware ou demo (demonstração) são liberados para uso (experimentar) em um determinado tempo, depois é necessário o seu registro ou a sua eliminação (deletar) do computador.

5. Com papel celofane cortado e montado como num vitral, é preciso apenas colar as partes até que se obtenha a forma desejada final. É possível escrever ou desenhar sobre o papel celofane, mas é preciso evitar o uso de tinta, pois ela provocará o enrugamento do papel. Esta recomendação também vale para as canetinhas hidrocor e a tinta nanquim.

É importante nesta técnica a criação de uma estrutura para a colagem do papel celofane. Caso ele seja colado diretamente a outro aparecerão áreas enrugadas pela cola e durante a projeção poderá ocorrer deformação na imagem.

6. Usando bonecos de papel cartão fixado a um palito de sorvete para dramatização. A imagem projetada será a sombra total e o contorno da figura. Veja a primeira figura ao lado.

a. Outra possibilidade é o recorte do interior da figura e para dar cor usar o papel celofane bem claro, como: a cor da pele, roupa, cabelo, etc. Veja a segunda figura ao lado.

b. Será possível fazer uso de sonoplastia, diálogo, dramatização, etc. Com a sonoplastia será possível reproduzir sons ambientais para enriquecer a dramatização. Estes sons poderão ser gravados ou conseguidos através de efeitos especiais, como: Amassar papel ou plástico, de maneira cadenciada, para imitar o som de pisar no mato (pessoa ou animal). Despejar água com um regador em uma bacia com um pouco de água para imitar o som da chuva. Bater no chão ou mesa para imitar passos. Usar duas metades de coco e batê-los imitando o som dos cascos de um cavalo nobre o chão. Entre outros efeitos possíveis.

c. A armação poderá ser feita com plástico das embalagens Pet de refrigerante.

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Como usar o Projetor de Slides 20 Vivaldo Armelin Júnior 7. A sétima é produzida com arame flexível de cobre ou outro metal modelado. Basta dar a

forma desejada dobrando-o, com as mãos ou com o auxílio de um alicate, e em seguida enrolando ou soldando-o antes de formar a haste. São trabalhados da mesma maneira que o item anterior. Veja a figura. Não recomendamos se for utilizado por crianças menores de 14 anos.

Usar arame galvanizado ou envernizado.

8. Usar fio de cobre encapado número 10. Este é mais recomendado que o arame e pode ter as suas pontas revestidas para que não haja metal sobrando. A técnica é a mesma do arame.

9. Com plástico, aquele usado para forrar mesa e com caneta para retroprojetor. Deve ser usada moldura. O plástico deverá ser colocado em uma moldura para evitar que enrugue. Basta escrever e/ou desenhar sobre ele.

10. Esta técnica faz uso de peças soltas sobre a lâmina de projeção, com formas variadas, e que são movimentadas e colocadas em uma determinada ordem, como o uso de papel cartão recortado na forma de letras e números, sinais matemáticos e de escrita. As letras soltas ou em sílabas favorecerão ao desenvolvimento de trabalhos de alfabetização, construção e estudo de palavras e, os números, as operações matemáticas, a quantificação, a problematização etc. É recomendado forrar os cartões com papel camurça ou veludo, esta proteção evita que a lâmina de vidro seja riscada.

11. Esta é produzida com chapas de raios X usadas e uma ponta seca, como agulha, estilete, tesoura, etc. As formas são obtidas ao riscar e retirar a película que forma a imagem da radiografia. Outra possibilidade, após a raspagem, é pintar as áreas raspadas com a caneta para retroprojetor. Não é recomendada para crianças menores de 12 anos.

12. É conseguida com a utilização de uma lâmina transparente de vidro (de no mínimo 4 mm de espessura), pré-desenhada, que servirá de tabuleiro ou base para outra técnica ou um jogo. As laterais da lâmina deverão estar polidas e/ou protegidas com fita isolante.

É possível produzir um tabuleiro de xadrez, dama, jogo da velha, etc. No caso do tabuleiro de xadrez ou dama as áreas escuras serão pintadas com uma cor clara, mas transparente e aquelas que são brancas não serão pintadas. As peças poderão ser feitas com papel cartão, madeira, gesso etc., mas é importante que elas sejam revestidas em baixo com papel camurça ou veludo. Também poderá produzir uma pista de corrida, com casas marcadas e perguntas para serem usadas durante o jogo sobre matemática, conhecimentos gerais, história, geografia, artes, português, língua estrangeira, etc. Os carrinhos poderão ter a forma demonstrada na figura ao lado. Será necessário um dado ou uma roleta numerada.

Exemplo de Regra: O tabuleiro deverá ter o desenho de uma pista, com quadrinhos numerados. Para cada

número o professor estará segurando várias cartelas com perguntas (e respostas) referentes a sua disciplina ou o assunto estudado, outra possibilidade, para cada número um aluno terá uma pergunta e a resposta oriunda de pesquisa previamente feita.

Determinar o número de voltas, que poderá ser uma, duas ou três, por exemplo. Os carrinhos serão posicionados de acordo com sorteio quanto a posição de largada. Joga-se

o dado e o valor obtido corresponderá ao número de casas que o carrinho andará. Na casa que parar o carrinho o aluno escolhe uma cartela entre as várias para aquela casa. O Professor ou um outro aluno lê a pergunta, se o aluno responder corretamente ele terá direito à próxima jogada, mas se errar, deixará de jogar na próxima rodada ou terá que retornar seis casas.

Ganha o aluno que completar a prova primeiro, com número de voltas preestabelecidas no início da corrida.

Nesta proposta não se usa moldura para ganhar espaço.

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Como usar o Projetor de Slides 21 Vivaldo Armelin Júnior 13. Esta proposta é mais uma solução do que uma técnica, pois é muito boa para ser trabalhada

em: avaliações, jogos de pergunta e resposta, ou mesmo quando se deseja ocultar parte da transparência durante uma apresentação, palestra, estudo, etc.

Durante a montagem da moldura e a fixação da transparência é colada em uma das bordas internas, entre a primeira e a segunda peça da moldura uma folha ou tira opaca de papel ou tecido de cor escura. Ela não será colada no outro lado, pois servirá para ocultar parte da transparência.

Veja a figura acima. O tamanho da altura e também da largura da folha de cobertura poderá

variar de acordo com as necessidades do Professor, palestrante, etc. Também não há a necessidade desta ser retangular, sua forma poderá variar, como nos exemplos abaixo. É possível trabalhar ocultando parte ou vazando a cobertura.

Este recurso proporciona a ampliação das possibilidades de trabalho A possibilidade de se produzir transparência a partir da Técnica Mista poderá enriquecer ainda

mais o trabalho e conseqüentemente a informação. Muitas vezes o suspense é um forte aliado, pois chama atenção, desperta a curiosidade, mas não se deve exagerar para não se tornar monótono.

É um processo de valorização da informação e da evolução cognitiva por motivar o raciocínio, em razão de não se ter à solução a vista, ou seja, explícita, que na prática estará trabalhando as diversas possibilidades comunicacionais desta e de todas as mídias. É por este motivo que uma mídia (meio de

comunicação) não é um mero recurso, desde que saibamos como trabalha-la. O retroprojetor proporciona uma leitura diferenciada e rica. Este que permite analises das

imagens o aprofundamento de uma discussão ou debate favorecendo com esta atitude o aprimoramento da relação comunicacional, tendo em vista que, ao desenvolver um bom trabalho comunicacional, também se

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Como usar o Projetor de Slides 22 Vivaldo Armelin Júnior estará desenvolvendo uma relação emocional e em conseqüência desta haverá o afloramento da sensibilidade, do interesse e da busca de novas informações, a construção do conhecimento.

No exemplo acima, quando a folha de cobertura é vazada será possível acrescentar alguma informação nesta área, por sinal, esta é exatamente para isso. Desta maneira será mantida oculta a área a sua volta e que será revelada no momento adequado ou simplesmente poderá permanecer oculta caso haja necessidade em função de trabalho futuro, como um debate, seminário, etc.

14. A proposta é bastante simples e de resultados imprevisíveis, pois ela é trabalhada com barbante que poderá estar colado à transparência ou ser moldado sobre a lâmina de vidro de projeção.

a. O barbante, quando colado, deverá secar por no mínimo 30 min e as formas poderão ser obtidas com um único pedaço ou com vários. No primeiro caso é exigido maior raciocínio por parte do aluno, pois ele terá que conseguir soluções para cada uma das formas que estará trabalhando. No segundo caso, é facilitado o trabalho de montagem da forma, mas o Professor poderá propor que se obtenha uma forma usando, por exemplo, três pedaços.

b. Quando é moldado sobre a lâmina de vidro do retroprojetor é conveniente que se use um único pedaço, em um primeiro momento, para que o aluno tenha um grau maior de dificuldade ao realizar seu trabalho e dar forma linear ao barbante.

c. Usando o barbante é possível escrever, não apenas desenhar, fator que abre outras possibilidades de trabalho e em qualquer disciplina. Também é possível modelar números e a partir deles realizar operações matemáticas, por exemplo. A escrita deverá ser espelhada.

O barbante permite um desenvolvimento maior de coordenação motora, pois ele se deforma a cada mudança de posição. Se não houver calma e paciência será difícil moldar uma forma.

Exercício Prático: 1. Escolha uma das sugestões para trabalho com retroprojeção e desenvolva o seu. 2. A partir deste trabalho desenvolva um projeto pequeno que o envolva. 3. Criar uma nova possibilidade de uso para a retroprojeção. 4. Fazer uma exibição e um relatório final.

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Como usar o Projetor de Slides 23 Vivaldo Armelin Júnior

Curso: Uso do Episcópio

Vivaldo Armelin Júnior

2004 Atualização

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Como usar o Projetor de Slides 24 Vivaldo Armelin Júnior Episcópio

Como todo meio de comunicação visual, o episcópio, apesar de ser muito pouco conhecido e

pouquíssimo utilizado — na maioria das vezes pelo desconhecimento de suas possibilidades — tem muito a acrescentar ao processo educacional, não como um mero recurso, mas como um meio de comunicação que possui muitos recursos a serem explorados. Este aparelho proporciona a projeção de opacos e não transparências, apenas esta possibilidade já seria um grande achado, mas existem outras, como: a não exigência que o motivo — texto, livro, imagem etc. — esteja espelhado, ou seja, você poderá projetar o texto produzido pelo aluno, seja ele um trabalho envolvendo pesquisa ou a representação em etapas de uma experiência, um cálculo matemático...

É sabido que todo meio de comunicação gera um envolvimento entre autor ou criador e o público. Este envolvimento poderá ser indireto, como é o caso dos filmes, vídeos, discos, CDs, DVDs, cd-rom, etc. Nestes exemplos, a relação sempre será indireta, pois não é permitido ao público a interação e a interferência direta entre ele e o autor.

Nos exemplos acima é o autor que tem o controle total sobre sua obra começando por transmitir toda a informações que deseja e eliminar aquelas que não acha importante, escolhe as suas mensagens, desenvolve sua proposta de uma maneira que seus objetivos sejam atingidos e conduz o expectador a uma leitura, de certo modo, induzida.

É interessante saber que este envolvimento também poderá ser direto, em outras palavras, poderá existir interferência e interação — como é possibilitado pelas mídias visuais abordadas neste curso — onde o autor exibe o seu trabalho visual, com ou sem áudio e, simultaneamente, como resultado haverá interferência nas suas soluções e respostas, bem como nas possibilidades de encaminhamento favorecendo a reinterpretação e recriação, abrindo as portas para a releitura.

Como nas nossas propostas é o aluno que produzirá — e não o Professor ou uma empresa produtora de material didático para estas mídias — o material visual necessário para o desenvolvimento de seu trabalho, porém estas três mídias permitem que o aluno ao interagir e interferir o modifique e busque novas soluções.

Esta proposta é bastante interessante quando se trabalha com qualquer uma destas três mídias, mas o episcópio abre outras possibilidades por permitir a projeção de opacos, como a projeção de um pré-projeto, em outras palavras, possibilita a criação de um rascunho sem maiores custos, pois será usado apenas papel, pode ser até mesmo o jornal e um lápis macio — 5 ou 6 B. Estes rascunhos permitirão em função de sua ampliação discussões que aprimorem o trabalho, como: a ordem, o nível de informação, o contexto, o acréscimo ou retirada de opacos, modificações em sua estrutura etc.

O mesmo não acontece com um filme ou vídeo, pois fica muito mais difícil a edição. Isso vale para a fotografia, mesmo a digital, os slides e até mesmo as transparências.

As interferências favorecerão mudanças na forma de interpretar, analisar e debater a produção individual e coletiva.

O episcópio permite a projeção de opacos, como já informamos, como: de fotografias, imagens criadas pelos alunos, ilustrações, desenhos, textos, recortes de livros e revistas ou eles próprios etc. Com criatividade o uso desta mídia poderá ir além, pois é possível a projeção de vegetais, como folhas, raízes, pele de animais ou do ser humano, casca, flor ou suas pétala, peças ou pequenas máquinas (como um relógio), fatias de frutas, entre outras tantas possibilidades.

No entanto esta mídia tem um pequeno inconveniente, o seu poder de iluminação é bem menor que qualquer um dos outros dois meios de comunicação aqui estudados:

1. É necessário um ambiente mais escuro para que a imagem tenha qualidade. 2. A distância entre o aparelho e a tela não poderá ser muito grande (esta vai depender da

potência da lâmpada e das lentes). No entanto, este inconveniente é superado pelas possibilidades que permitirão um

aprimoramento do trabalho do professor ou do aluno. Nota: Não permita, por ser uma forma de torturar e maltratar, a projeção de imagens de

animais, insetos e plantas vivos. O calor gerado pela lâmpada e o excesso de luz, com certeza provocarão danos e incomodo ou distúrbios físicos nestes. Esta prática não será ecológica e um péssimo exemplo para os alunos.

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Como usar o Projetor de Slides 25 Vivaldo Armelin Júnior A partir destas informações é possível o desenvolvimento de um projeto, por exemplo, de

mecânica — roda d’ água — quando os alunos pensam nas possibilidades da construção, fazem seus projetos, discutem através da projeção o que precisa ser acertado ou melhorado, ou até mesmo, modificado, qual o tamanho da roda, o que ela acionará, como será feito para criar um curso de água e permitir o movimento do mecanismo etc. Quando tudo estiver certo os alunos desenvolverão opacos contextualizando todas as etapas necessárias para a construção da roda, como os acertos, erros, dificuldades, soluções encontradas apenas quando foi iniciada a parte prática do projeto, por fim, quando tudo estiver pronto, concluir os opacos descrevendo todas estas etapas.

Informações & História O episcópio surge após a Segunda Grande Guerra e é criado para suprir uma lacuna na

projeção de imagens. Todas as imagens eram projetadas a partir de transparências e não havia como fazer a projeção de opacos, como: textos de jornais, revistas, livros, fotografias, documentos, etc. Esta possibilidade de projeção de imagens opacas permite o barateamento dos custos que incidem sobre as transparências, pois se criou a possibilidade de projeção de impressos em geral.

Apesar de muitas escolas possuírem este aparelho, ele não á utilizado por desconhecimento de suas possibilidades ou por falta de local adequado para sua utilização, em outras palavras não houve formação para a sua utilização.

Em outros países, ainda hoje, tem sido explorado, mas teve seu auge nos anos entre 1960 e 1975. No Brasil muito pouco foi feito com esta mídia a não ser por parte de empresas de publicidade e em reuniões.

Na maioria das vezes, nas escolas, o episcópio fica esquecido em um canto empoeirado e até mesmo danificado pelo tempo, por traças, ratos etc.

Os componentes básicos Observe na figura as características deste aparelho: 1. Possui uma bandeja na sua parte inferior entre os pés onde é colocado o opaco. 2. Acima desta tem uma lâmina de vidro que separa a parte interna da externa. 3. A lâmpada e uma ventoinha. 4. Já internamente, um jogo de espelhos. 5. À frente do espelho um jogo de lentes que ampliam a imagem e a lançam contra a tela. O Funcionamento É bastante simples o funcionamento do episcópio, veja: 1. A lâmpada, bastante forte, ilumina o papel; 2. Esta é refletida em direção a um primeiro espelho que está em posição oposta a um segundo

espelho; 3. Este segundo espelho reflete a luz em direção às lentes e estas projetam a imagem sobre a

tela, lençol ou parede. Para que a lâmpada não queime pela alta temperatura que atinge existe uma ventoinha que a

resfria continuamente. A bandeja que está abaixo do aparelho é o local onde será colocado o material a ser ampliado

e projetado na tela. Ela é ajustável para permitir a colocação de objetos, livros, com aproximadamente oito centímetros de espessura.

A lente poderá ser simples, ajustável ou não, mas também uma lente zoom, que permita o controle do foco e ampliação da imagem. É muito bom para se estudar detalhes do objeto projetado.

É possível realizar estudo das formas e da superfície de parte de um vegetal, de uma pena, dos veios da madeira, das tramas de um tecido, de um mecanismo pequeno, de um componente eletrônico, etc. Nestes casos é possível a comparação e diferenciação entre vários objetos bem como a análise de materiais.

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Como usar o Projetor de Slides 26 Vivaldo Armelin Júnior Cuidados 1. Como todo aparelho de projeção não pode ser transportado logo após o uso, é necessário

que esta esfrie por pelo menos 15 min. Não desligar a ventoinha antes do tempo recomendado. 2. Ler atentamente o manual do fabricante. Não colocar na bandeja qualquer tipo de líquido,

material inflamável ou explosivo. 3. Não colocar na bandeja produtos químicos que evaporem ou que possam reagir com a luz. 4. Manter limpa a lente. Usar apenas pano macio e seco, que não solte tinta ou fibras. 5. Guarda-lo embalado em plástico, se possível dentro da embalagem original e em local seco

e não atingido por luz solar direta. 6. Não permitir que pessoas não capacitadas possam operar o aparelho, sem antes de

receberem todas as explicações necessárias para a sua utilização. 7. Apesar de simples, o episcópio é bastante sensível a choque, pancada ou queda poderá

quebrar a(s) lente(s), espelho(s), lâmpada etc. 8. Tomar os mesmos cuidados quando transportar em veículo. É recomendado que esteja

embalado em plástico e no interior de uma caixa de papelão com proteção contra choques e solavancos. 9. Evitar deixar livros, revistas ou jornais muito tempo na bandeja de projeção, estes poderão

amarelar e até mesmo provocar danos ao papel. Papel muito antigo poderá pegar fogo. 10. Cuidado quando o papel for plastificado, com o calor a folha poderá enrugar. 11. Papel aluminizado poderá aumentar o aquecimento do aparelho. 12. Produza os seus opacos, esta atitude facilitará o seu trabalho, mas é bom lembrar dos

direitos autorais. Como Produzir e utilizar Para produzir cartões opacos a primeira coisa a ser feita é verificar o tamanho da janela de

leitura que permite ao espelho refletir a imagem e/ou texto. Os cartões poderão ser produzidos sobre uma folha de qualquer tipo de papel, mas é

recomendo que sejam produzidos sobre papel cartão, cartolina e até mesmo papel artesanal. A seguir algumas dicas de como produzir, usando o papel cartão, sulfite, canson, ou cartolina. 1. Produzir desenhos em papel sulfite com lápis de cor, lápis grafite preto, giz de cera, giz

pastel seco ou oleoso, aquarela, carvão vegetal, entre outras técnicas de desenho e/ou pintura. O desenho deverá respeitar a largura e a altura da janela de projeção para que seja exibido na sua totalidade.

É importante que o Professor oriente o aluno quanto a ocupação do espaço compositivo e sobre como realizar uma diagramação, mas com o cuidado de não interferir nos resultados.

Depois de produzido e seco, o trabalho será colado sobre o papel cartão já cortado no tamanho da janela e que poderá servir como moldura.

Nesta proposta também é possível integrar: imagem e texto. Nem sempre é necessário utilizar o cartão como sustentação do suporte. Este será necessário

caso o papel seja muito fino.

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Como usar o Projetor de Slides 27 Vivaldo Armelin Júnior 2. Produzir os cartões a partir da colagem de recortes de figuras ou pequenos objetos, arroz,

macarrão, pregos, etc. O objetivo é criar uma forma e uma composição que permita um estudo mais detalhado. O processo é o mesmo que do item anterior, trabalhando sobre uma folha de sulfite e a colando sobre o papel cartão.

Nota: Dependendo do objeto que será colado é conveniente usar a cola quente. 3. Esta proposta é voltada ao trabalho de Professores de ciências em especial, mas não apenas,

pois o Professor de Português, por exemplo, poderá utilizar este cartão para a produção de texto. Sobre o papel sulfite é colada uma folha de uma determinada planta, feita a sua identificação

com um pequeno texto e colada sobre o cartão ou cartolina. Ao ampliar a imagem da folha será possível trabalhar seus detalhes, como poros, veios, etc. Outros vegetais ou partes deles poderão ser colados. Exemplo de partes de vegetais: a cortiça; um pequeno galho; dois pedaços de madeira cortados perpendicularmente e paralelamente aos veios, raízes, flores, pétalas, sementes etc.

Também poderá ser colada uma pedra (ou mais se desejar comparações), um pedaço de pele ou couro, etc.

4. O computador poderá ser usado para produzir os cartões, basta ter um processador ou editor de texto, um programa de desenho ou editor de imagens e uma impressora. O método é o mesmo citado anteriormente.

5. Uma outra possibilidade é produzir os cartões opacos usando fotografia, neste caso será

necessário à produção de suas fotografias com a temática escolhida pelo Professor. É possível ao Professor montar uma fototeca envolvendo o assunto a ser trabalhado em sala de

aula. A utilização de imagens fotográficas trás para a sala de a possibilidade de se conhecer locais,

que na maioria das vezes os alunos não terão oportunidade de conhecer ou visitar, e desenvolver um trabalho sobre o tema.

Durante uma excursão pedagógica os alunos poderão produzir fotografias e desenvolver um trabalho usando a projeção como uma das alternativas.

Nota: Veja em Slides os cuidados ao fotografar, planos fotográficos, etc. 6. Usando papel canson ou um tecido qualquer, não sintético, como suporte. Pintar usando

guache, tinta a óleo, tinta acrílica, tinta para tecido, tinta para artesanato etc. O tecido tem que ser colado sobre o papel cartão antes de ser pintado, é necessário aguardar a

cola secar por no mínimo duas horas. A pintura guache deve secar por no mínimo 4 horas, se o tempo estiver bom. A tinta a óleo deve secar por no mínimo 4 dias. Por último, a tinta acrílica deve secar por no mínimo 3 dias, o mesmo para a tinta de tecido. A tinta artesanal deve permanecer secando por no mínimo 2 dias, mas se ela for a base de óleo

o tempo mínimo de 5 dias. Ao trabalhar estas tintas é possível usar pincel, espátula, os dedos, esponja sintética, palha de

aço, rolinho de espuma, espuma sintética, chumaço de algodão, tecido, bucha etc. 7. Também é possível produzir opacos com colagem a partir de imagens ou de papeis em

escala tonal do preto ao branco, ou ainda, de duas ou mais cores. As formas poderão ser criadas como num mosaico ou pela sobreposição de tons ou de cores

diferentes. 8. A última possibilidade é referente à montagem de textos sobre o papel cartão (colando-os).

Os textos poderão sair de jornais, revistas, livros, periódicos, catálogos, etc. Mas é muito importante que se identifique à origem do texto (nome da publicação), a editora ou empresa que a publica, a data da publicação, se livro: o autor, se jornal ou revista (caso esteja identificado) o nome do jornalista, cronista, editor etc. Este trabalho poderá estar integrado a imagens em P&B ou em cores, com ou sem moldura, cortada em linha reta ou outra forma qualquer, grande ou pequena, etc.

Nota: A cartolina ou papel cartão poderá ser substituído por papelão, madeira compensada, papel canson, entre outros.

Nunca usar isopor como suporte ou para colagem.

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Como usar o Projetor de Slides 28 Vivaldo Armelin Júnior Exercício Prático: 1. Coletar em sua região amostras de folhas de árvores diferentes, se possível identificando-as

e colá-las sobre um cartão que permita ser usado para projeção de opacos. Cinco cartões pelo menos. 2. Desenvolver um projeto baseado nas amostras. 3. Escolher outro tema. 4. Fazer uma sessão de projeção e um relatório final.

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Como usar o Projetor de Slides 29 Vivaldo Armelin Júnior

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