Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em...

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C M C Nascimento C M C Nascimento - - Carvalho Carvalho Uso Racional de Uso Racional de Antimicrobianos em Antimicrobianos em Pediatria Pediatria Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Pediatria Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Faculdade de Medicina Departamento de Pediatria Departamento de Pediatria Os nomes utilizados nesta apresentação são fictícios Profa. Cristiana Nascimento de Carvalho Profa. Cristiana Nascimento de Carvalho

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Uso Racional de Antimicrobianos em

Pediatria

Uso Racional de Uso Racional de Antimicrobianos em Antimicrobianos em

PediatriaPediatria

Universidade Federal da BahiaFaculdade de Medicina

Departamento de Pediatria

Universidade Federal da BahiaUniversidade Federal da BahiaFaculdade de MedicinaFaculdade de Medicina

Departamento de PediatriaDepartamento de Pediatria

Os nomes utilizados nesta apresentação são fictícios

Profa. Cristiana Nascimento de CarvalhoProfa. Cristiana Nascimento de Carvalho

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Caso 1. Paulo, 1 ano e 2 meses, masculino, negro, natural e procedente de Lauro de Freitas, Bahia.

Queixa principal: falta de ar e febre há 15 dias.

HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há 15 dias iniciou febre e desconforto respiratório; com 2 dias de doença, procurou atendimento médico quando recebeu diagnóstico de IVAS; vinha em uso de sintomáticos. Nos últimos 3 dias, observou piora do desconforto respiratório e da febre, anorexia, vômitos e gemência.

IS, DNPM, AM: ndn.

Caso 1. Paulo, 1 ano e 2 meses, masculino, negro, natural e Caso 1. Paulo, 1 ano e 2 meses, masculino, negro, natural e procedente de Lauro de Freitas, Bahia.procedente de Lauro de Freitas, Bahia.

Queixa principal: falta de ar e febre há 15 dias.Queixa principal: falta de ar e febre há 15 dias.

HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há 15 dias iniciou febre e desconforto respiratório; com 2 15 dias iniciou febre e desconforto respiratório; com 2 dias de doença, procurou atendimento médico quando dias de doença, procurou atendimento médico quando recebeu diagnóstico de IVAS; vinha em uso de recebeu diagnóstico de IVAS; vinha em uso de sintomáticos. Nos últimos 3 dias, observou piora do sintomáticos. Nos últimos 3 dias, observou piora do desconforto respiratório e da febre, anorexia, vômitos e desconforto respiratório e da febre, anorexia, vômitos e gemênciagemência..

IS, DNPM, AM: IS, DNPM, AM: ndnndn..

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr.

AA: LM até os dias atuais; introdução de verduras, carne, arroz e frango aos 10 meses.

AV: Cartão da Criança com vacinação em dia.

AE: nega exposição a portador de tuberculose.

HS: Pais têm 1o. Grau incompleto, pai é jardineiro, mãe é doméstica; moram pais e o filho em casa própria, 4 cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda familiar entre R$300,00 e R$350,00. A criança fica das 7 às 19 horas na creche.

AON: G1 P1, PSNV a termo, AON: G1 P1, PSNV a termo, ApgarApgar 9, 10, peso 3.220gr.9, 10, peso 3.220gr.

AA: LM até os dias atuais; introdução de verduras, carne, AA: LM até os dias atuais; introdução de verduras, carne, arroz e frango aos 10 meses.arroz e frango aos 10 meses.

AV: Cartão da Criança com vacinação em dia.AV: Cartão da Criança com vacinação em dia.

AE: nega exposição a portador de tuberculose.AE: nega exposição a portador de tuberculose.

HS: Pais têm 1HS: Pais têm 1o.o. Grau incompleto, pai é jardineiro, mãe é Grau incompleto, pai é jardineiro, mãe é doméstica; moram pais e o filho em casa própria, 4 doméstica; moram pais e o filho em casa própria, 4 cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda familiar entre R$300,00 e R$350,00. A criança fica das 7 familiar entre R$300,00 e R$350,00. A criança fica das 7 às 19 horas na creche. às 19 horas na creche.

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Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Bom Estado Nutricional, hidratado, descorado ++/IV, anictérico, dispnéico, com tiragem subcostal, acianótico, sem edemas, lúcido.

Peso 11,42Kg FR 68ipm FC 130bpm

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de crépitos em 2/3 inferiores de Hemitórax Esquerdo e diminuição do frêmito tóraco-vocal.

Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Bom Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Bom Estado Nutricional, hidratado, descorado ++/IV, Estado Nutricional, hidratado, descorado ++/IV, anictéricoanictérico, dispnéico, com tiragem subcostal, , dispnéico, com tiragem subcostal, acianóticoacianótico, , sem edemas, lúcido.sem edemas, lúcido.

Peso 11,42Kg FR 68ipm FC 130bpmPeso 11,42Kg FR 68ipm FC 130bpm

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de Ao exame segmentar chamou atenção a presença de crépitoscrépitos em 2/3 inferiores de em 2/3 inferiores de HemitóraxHemitórax Esquerdo e Esquerdo e diminuição do frêmito diminuição do frêmito tóracotóraco--vocalvocal..

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Qual o diagnóstico mais provável para a moléstia atual?

1)Sinusite2)Bronquiolite3)Broncoespasmo4)Pneumonia5)Tuberculose

Qual o diagnóstico mais provável para a Qual o diagnóstico mais provável para a moléstia atual?moléstia atual?

1)Sinusite1)Sinusite2)2)BronquioliteBronquiolite3)3)BroncoespasmoBroncoespasmo4)Pneumonia4)Pneumonia5)Tuberculose5)Tuberculose

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Qual o método propedêutico mais indicado para a investigação do caso?

1)Teste com broncodilatador2)Rx de seios da face3)Rx de tórax4)PPD5)Ultrassonografia de tórax

Qual o método propedêutico mais indicado para Qual o método propedêutico mais indicado para a investigação do caso?a investigação do caso?

1)Teste com 1)Teste com broncodilatadorbroncodilatador2)2)RxRx de seios da facede seios da face3)3)RxRx de tóraxde tórax4)PPD4)PPD5)5)UltrassonografiaUltrassonografia de tóraxde tórax

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Formulação diagnóstica: Trata-se de um lactente no curso de uma doença febril de evolução sub-aguda, com manifestações de trato respiratório, em que chama a atenção a presença de desconforto respiratório, manifestado por taquipnéia e tiragem subcostal, quadro este sugestivo de comprometimento de Vias Aéreas Inferiores, que em virtude da idade, da ausência de antecedentes médicos sugestivos de Síndrome do Lactente Sibilante, tem como principal suspeita diagnóstica Pneumonia, devendo-se fazer o diagnóstico diferencial com Tuberculose em decorrência da evolução sub-aguda. É importante também ressaltar a alteração localizada de ausculta, acompanhada de diminuição do Frêmito Tóraco-vocal, quadro este compatível com Derrame Pleural, o qual pode acompanhar tanto a Pneumonia quanto a Tuberculose.

Formulação diagnóstica: TrataFormulação diagnóstica: Trata--se de um lactente no curso de uma se de um lactente no curso de uma doença febril de evolução subdoença febril de evolução sub--aguda, com manifestações de aguda, com manifestações de trato respiratório, em que chama a atenção a presença de trato respiratório, em que chama a atenção a presença de desconforto respiratório, manifestado por desconforto respiratório, manifestado por taquipnéiataquipnéia e tiragem e tiragem subcostal, quadro este sugestivo de comprometimento de Vias subcostal, quadro este sugestivo de comprometimento de Vias Aéreas Inferiores, que em virtude da idade, da ausência de Aéreas Inferiores, que em virtude da idade, da ausência de antecedentes médicos sugestivos de Síndrome do Lactente antecedentes médicos sugestivos de Síndrome do Lactente Sibilante, tem como principal suspeita diagnóstica Pneumonia, Sibilante, tem como principal suspeita diagnóstica Pneumonia, devendodevendo--se fazer o diagnóstico diferencial com Tuberculose em se fazer o diagnóstico diferencial com Tuberculose em decorrência da evolução subdecorrência da evolução sub--aguda. É importante também aguda. É importante também ressaltar a alteração localizada de ausculta, acompanhada de ressaltar a alteração localizada de ausculta, acompanhada de diminuição do Frêmito diminuição do Frêmito TóracoTóraco--vocalvocal, quadro este compatível , quadro este compatível com Derrame Pleural, o qual pode acompanhar tanto a com Derrame Pleural, o qual pode acompanhar tanto a Pneumonia quanto a Tuberculose. Pneumonia quanto a Tuberculose.

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Plano de Investigação Diagnóstica:

Rx de tórax em PA, perfil e decúbito lateral com raios horizontais

*Hemograma

*Hemocultura

Plano de Investigação Diagnóstica:Plano de Investigação Diagnóstica:

RxRx de tórax em PA, perfil e decúbito lateral com raios de tórax em PA, perfil e decúbito lateral com raios horizontaishorizontais

*Hemograma*Hemograma

*Hemocultura*Hemocultura

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Rx de tórax PA, perfil e decúbito lateral com raios horizontais:

presença de condensação em 2/3 inferiores do pulmão esquerdo, borrando a silhueta cardíaca do mesmo lado, com obstrução do seio costo-frênico esquerdo e tênue linha de derrame no Rx em decúbito lateral.

RxRx de tórax PA, perfil e decúbito lateral com raios de tórax PA, perfil e decúbito lateral com raios horizontais:horizontais:

presença de condensação em 2/3 inferiores do pulmão presença de condensação em 2/3 inferiores do pulmão esquerdo, borrando a silhueta cardíaca do mesmo lado, esquerdo, borrando a silhueta cardíaca do mesmo lado, com obstrução do seio com obstrução do seio costocosto--frênicofrênico esquerdo e tênue esquerdo e tênue linha de derrame no linha de derrame no RxRx em decúbito lateral.em decúbito lateral.

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Qual a conduta terapêutica para o caso?

1)drenagem torácica + oxacilina

2)punção torácica + oxacilina

3)drenagem torácica + penicilina

4)punção torácica + penicilina

5)oxacilina

Qual a conduta terapêutica para o caso?Qual a conduta terapêutica para o caso?

1)drenagem torácica + 1)drenagem torácica + oxacilinaoxacilina

2)punção torácica + 2)punção torácica + oxacilinaoxacilina

3)drenagem torácica + penicilina3)drenagem torácica + penicilina

4)punção torácica + penicilina4)punção torácica + penicilina

5)5)oxacilinaoxacilina

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Distribution of Pathogens by AgesNo. of Cases

Pathogen 0-6mos 7-12mos 13-24mos 25mos-5yrs 6-15yrs Total

S. aureus 27 (41) 11 (17) 10 (15) 6 (9) 12 (18) 66S. pneumoniae 7 (14) 13 (27) 16 (33) 8 (16) 5 (10) 49Haemophilus 4 (10) 15 (38) 18 (45) 3 (7) 0 40Sterile 3 (6) 9 (17) 17 (31) 11 (20) 14 (26) 54Mixed bacteria 6 (60) 1 (10) 0 1 (10) 2 (20) 10Streptococci 1 (20) 0 1 (20) 2 (40) 1 (20) 5Gram-Negativerods 2 (67) 0 1 (33) 0 0 3

All cases 50(22) 49 (21) 63 (28) 31 (14) 34 (15) 227

Freij BJ, et al. Parapneumonic effusions and empyema in hospitalized children: A retrospective review of 227 cases. Pediatr Infec Dis J 1984; 3: 578-591.

DistributionDistribution of of PathogensPathogens byby AgesAgesNo. of CasesNo. of Cases

PathogenPathogen 00--6mos 76mos 7--12mos 1312mos 13--24mos 25mos24mos 25mos--5yrs 65yrs 6--15yrs Total15yrs Total

S. S. aureusaureus 27 (27 (4141) 11 (17) 10 (15) 6 (9) 12 (18) ) 11 (17) 10 (15) 6 (9) 12 (18) 6666S. S. pneumoniaepneumoniae 7 (14) 13 (7 (14) 13 (2727) 16 () 16 (3333) 8 (16) 5 (10) 49) 8 (16) 5 (10) 49HaemophilusHaemophilus 4 (10) 15 (4 (10) 15 (3838) 18 () 18 (4545) 3 (7) 0 40) 3 (7) 0 40SterileSterile 3 (6) 9 (17) 17 (31) 11 (20) 3 (6) 9 (17) 17 (31) 11 (20) 14 (26) 5414 (26) 54MixedMixed bacteriabacteria 6 (60) 1 (10) 0 1 (10) 6 (60) 1 (10) 0 1 (10) 2 (20) 102 (20) 10StreptococciStreptococci 1 (20) 0 1 (20) 2 (40) 1 (20) 0 1 (20) 2 (40) 1 (20) 51 (20) 5GramGram--NegativeNegativerodsrods 2 (67) 0 1 (33) 0 2 (67) 0 1 (33) 0 0 0 33

AllAll cases 50(22) 49 (21) 63 (28) 31 (14)cases 50(22) 49 (21) 63 (28) 31 (14) 34 (15) 22734 (15) 227

FreijFreij BJ, et al. BJ, et al. ParapneumonicParapneumonic effusionseffusions andand empyemaempyema in in hospitalizedhospitalized childrenchildren: A : A retrospectiveretrospective reviewreview of 227 cases. of 227 cases. PediatrPediatr InfecInfec DisDis J 1984; 3: 578J 1984; 3: 578--591.591.

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Percentage of Pathogens Recovered in Purulent Effusions from Children(Wheeler JG and Jacobs RF, 1998)

Site/Year (No. of Patients) S. aureus S. pneumoniae H. influenzae Other Sterile

Dallas/64-82 (227) 29 22 18 8 24Nashville/77-89 (61) 11 34 3 11 39Washington, DC/73-85 (33) 15 12 21 52 NRNigeria/89-91 (57) 63 NR NR 37 NRIsrael/72-81 (37) 14 41 NR 35 11

PercentagePercentage of of PathogensPathogens RecoveredRecovered in in PurulentPurulent EffusionsEffusions fromfrom ChildrenChildren((WheelerWheeler JG JG andand JacobsJacobs RF, 1998)RF, 1998)

Site/YearSite/Year (No. of (No. of PatientsPatients) ) S. S. aureus S. pneumoniae H. influenzaeaureus S. pneumoniae H. influenzae OtherOther SterileSterile

Dallas/64Dallas/64--82 (227) 82 (227) 2929 2222 18 8 2418 8 24Nashville/77Nashville/77--89 (61) 11 89 (61) 11 3434 3 11 393 11 39Washington, DC/73Washington, DC/73--85 (33) 15 12 85 (33) 15 12 2121 52 NR52 NRNigeria/89Nigeria/89--91 (57) 91 (57) 6363 NR NR 37 NR NR 37 NRNRIsrael/72Israel/72--81 (37) 14 81 (37) 14 4141 NR 35 11NR 35 11

SIREVA-VIGIA em Recife: pneumococo em 20% dos líquidos pleurais (Maggi R et al., 2001)

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaPlano Terapêutico (Wheeler JG and Jacobs RF, 1998)

1) Medidas de suporte2)Penicilina Cristalina

2.a)Derrame parapneumônico: penicilina cristalina por 3 a 5 dias; após 48-72 horas afebril, Amoxicilina para completar uma semana de antibioticoterapia estando o paciente afebril.

3)Drenagem torácica fechada3.a)empiema3.b)pH < 7,35 OU glicose < 60mg/dl3.c)febre > 72 horas após introdução do antibiótico3.d)função pulmonar comprometida

Plano Terapêutico (Plano Terapêutico (WheelerWheeler JG JG andand JacobsJacobs RF, 1998)RF, 1998)

1) Medidas de suporte1) Medidas de suporte2)Penicilina Cristalina2)Penicilina Cristalina

2.a)Derrame 2.a)Derrame parapneumônicoparapneumônico: penicilina cristalina por 3 a 5 : penicilina cristalina por 3 a 5 dias; após 48dias; após 48--72 horas 72 horas afebrilafebril, , AmoxicilinaAmoxicilina para completar para completar uma semana de uma semana de antibioticoterapiaantibioticoterapia estando o paciente estando o paciente afebrilafebril..

3)Drenagem torácica fechada3)Drenagem torácica fechada3.a)3.a)empiemaempiema3.b)pH < 7,35 OU glicose < 60mg/dl3.b)pH < 7,35 OU glicose < 60mg/dl3.c)febre > 72 horas após introdução do antibiótico3.c)febre > 72 horas após introdução do antibiótico3.d)função pulmonar comprometida 3.d)função pulmonar comprometida

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaPlano Terapêutico (Wheeler JG and Jacobs RF, 1998)

Drenagem torácica fechada

penicilina cristalina por 5-10 dias; amoxicilina após 72 horas afebril para completar uma semana de antibioticoterapiaestando o paciente afebril

Plano Terapêutico (Plano Terapêutico (WheelerWheeler JG JG andand JacobsJacobs RF, 1998)RF, 1998)

Drenagem torácica fechadaDrenagem torácica fechada

penicilina cristalina por 5penicilina cristalina por 5--10 dias; 10 dias; amoxicilinaamoxicilina após 72 horas após 72 horas afebrilafebril para completar uma semana de para completar uma semana de antibioticoterapiaantibioticoterapiaestando o paciente estando o paciente afebrilafebril

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Penicilina G (Reese RE et al., 2000 e McCracken G, 2001)-bactericida-interfere com a síntese e promove a lise da parede celular das bactérias

-muito ativa contra S. pyogenes, S. pneumoniae, streptococcusviridans, S. bovis, S. aureus não produtores de penicilinase, N. meningitidis, anaeróbios com exceção do B. fragilis

-resistência do pneumococo é devido a alteração das PBPs-resistência pode ser intermediária ou absoluta-infecções que não acometem o SNC, por cepas com resistência

intermediária, são tratadas adequadamente por Penicilina G200.000 UI/kg/dia, em 4 doses diárias (6 em 6 horas) OU amoxicilina 50mg/kg/dia , em 2 doses diárias (12 em 12 horas)

Penicilina G (Penicilina G (ReeseReese RE et al., 2000 e RE et al., 2000 e McCrackenMcCracken G, 2001)G, 2001)--bactericidabactericida--interfere com a síntese e promove a lise da parede celular interfere com a síntese e promove a lise da parede celular das bactériasdas bactérias

--muito ativa contra muito ativa contra S. S. pyogenespyogenes, , S. S. pneumoniaepneumoniae, , streptococcusstreptococcusviridansviridans, , S. S. bovisbovis, , S. S. aureusaureus não produtores de não produtores de penicilinasepenicilinase, , N. N. meningitidismeningitidis, anaeróbios com exceção do , anaeróbios com exceção do B. B. fragilisfragilis

--resistência do pneumococo é devido a alteração das resistência do pneumococo é devido a alteração das PBPsPBPs--resistência pode ser intermediária ou absolutaresistência pode ser intermediária ou absoluta--infecções que não acometem o SNC, por cepas com resistência infecções que não acometem o SNC, por cepas com resistência

intermediária, são tratadas adequadamente por Penicilina Gintermediária, são tratadas adequadamente por Penicilina G200.000 UI/kg/dia, em 4 doses diárias (6 em 6 horas) OU 200.000 UI/kg/dia, em 4 doses diárias (6 em 6 horas) OU amoxicilinaamoxicilina 50mg/kg/dia , em 2 doses diárias (12 em 12 50mg/kg/dia , em 2 doses diárias (12 em 12 horas)horas)

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Penicilina G (Reese RE et al., 2000 e McCracken G, 2001)

-cepas de pneumococo resistente a penicilina não são nem mais nem menos virulentos do que as cepas sensíveis a penicilina, se o tratamento adequado é oferecido em tempo hábil

Penicilina G (Penicilina G (ReeseReese RE et al., 2000 e RE et al., 2000 e McCrackenMcCracken G, 2001)G, 2001)

--cepas de pneumococo resistente a penicilina não são nem cepas de pneumococo resistente a penicilina não são nem mais nem menos virulentos do que as cepas sensíveis a mais nem menos virulentos do que as cepas sensíveis a penicilina, se o tratamento adequado é oferecido em tempo penicilina, se o tratamento adequado é oferecido em tempo hábilhábil

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Caso 2. Mariana, 3 anos e 8 meses, feminina, branca, natural e procedente de Salvador, Bahia.

Queixa principal: aumento de volume do pescoço há 4 dias.

HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 10 dias iniciou febre baixa, não medida, coriza, sendo que há 7 dias associaram-se feridas em volta das narinas e anorexia, sendo percebido, há 4 dias, aumento progressivo do volume do pescoço do lado esquerdo. Há 1 dia vem apresentando vômitos pós-alimentares. Nega uso prévio de medicação além de Dipirona.

IS, DNPM, AM: ndn.

Caso 2. Mariana, 3 anos e 8 meses, feminina, branca, natural Caso 2. Mariana, 3 anos e 8 meses, feminina, branca, natural e procedente de Salvador, Bahia.e procedente de Salvador, Bahia.

Queixa principal: aumento de volume do pescoço há 4 dias.Queixa principal: aumento de volume do pescoço há 4 dias.

HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 10 HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 10 dias iniciou febre baixa, não medida, coriza, sendo que há 7 dias iniciou febre baixa, não medida, coriza, sendo que há 7 dias associaramdias associaram--se feridas em volta das narinas e anorexia, se feridas em volta das narinas e anorexia, sendo percebido, há 4 dias, aumento progressivo do volume sendo percebido, há 4 dias, aumento progressivo do volume do pescoço do lado esquerdo. Há 1 dia vem apresentando do pescoço do lado esquerdo. Há 1 dia vem apresentando vômitos pósvômitos pós--alimentares. Nega uso prévio de medicação alimentares. Nega uso prévio de medicação além de além de DipironaDipirona..

IS, DNPM, AM: IS, DNPM, AM: ndnndn..

Page 18: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAON: G3 P1 A2, PSNV a termo, Apgar 7, 9, peso 2.720gr.

AA: LM exclusivo até os 2 meses; aleitamento misto até os 6 meses; no momento duas refeições de sal, fruta 1 vez/dia, leite 2 vezes/dia.

AV: Cartão da Criança faltando MMR.

AE: nega contacto com portador de tuberculose.

HS: Pais têm 1o. Grau completo, pai é garçom, mãe é doméstica; moram pais e a filha em casa alugada, 3 cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda familiar entre R$500,00 e R$550,00. A criança freqüenta escola no turno da tarde; pela manhã fica com a vizinha.

AON: G3 P1 A2, PSNV a termo, AON: G3 P1 A2, PSNV a termo, ApgarApgar 7, 9, peso 2.720gr.7, 9, peso 2.720gr.

AA: LM exclusivo até os 2 meses; aleitamento misto até os 6 AA: LM exclusivo até os 2 meses; aleitamento misto até os 6 meses; no momento duas refeições de sal, fruta 1 meses; no momento duas refeições de sal, fruta 1 vez/dia, leite 2 vezes/dia.vez/dia, leite 2 vezes/dia.

AV: Cartão da Criança faltando MMR.AV: Cartão da Criança faltando MMR.

AE: nega contacto com portador de tuberculose.AE: nega contacto com portador de tuberculose.

HS: Pais têm 1HS: Pais têm 1o.o. Grau completo, pai é garçom, mãe é Grau completo, pai é garçom, mãe é doméstica; moram pais e a filha em casa alugada, 3 doméstica; moram pais e a filha em casa alugada, 3 cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda cômodos, com banheiro, saneamento básico; renda familiar entre R$500,00 e R$550,00. A criança freqüenta familiar entre R$500,00 e R$550,00. A criança freqüenta escola no turno da tarde; pela manhã fica com a vizinha. escola no turno da tarde; pela manhã fica com a vizinha.

Page 19: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Nutricional, hidratada, descorada +/IV, anictérica, eupnéica, acianótica, lúcida.

Peso 13,3Kg FR 32ipm FC 120bpm Temp ax 38,1oC

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de aumento de volume submandibular a Esquerda, medindo 6x8cm, com aumento local de temperatura, hiperemia, dor à palpação e restrição da movimentação ipisilateral do pescoço. Presença de crostas com base ulcerada em volta de ambas as narinas. Demais dados do Exame Físico sem alterações.

Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Ao Exame Físico: Paciente em Regular Estado Geral e Nutricional, hidratada, descorada +/IV, Nutricional, hidratada, descorada +/IV, anictéricaanictérica, , eupnéicaeupnéica, , acianóticaacianótica, lúcida., lúcida.

Peso 13,3Kg FR 32ipm FC 120bpm Temp Peso 13,3Kg FR 32ipm FC 120bpm Temp axax 38,138,1ooCC

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de Ao exame segmentar chamou atenção a presença de aumento de volume submandibular a Esquerda, medindo aumento de volume submandibular a Esquerda, medindo 6x8cm, com aumento local de temperatura, 6x8cm, com aumento local de temperatura, hiperemiahiperemia, dor , dor à palpação e restrição da movimentação à palpação e restrição da movimentação ipisilateralipisilateral do do pescoço. Presença de crostas com base ulcerada em volta pescoço. Presença de crostas com base ulcerada em volta de ambas as narinas. Demais dados do Exame Físico sem de ambas as narinas. Demais dados do Exame Físico sem alterações.alterações.

Page 20: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Qual o diagnóstico mais provável para a moléstia atual?

1)Mononucleose Infecciosa2)Adenite bacteriana piogênica3)Doença de Kawasaki4)Adenite inespecífica5)Linfoma

Qual o diagnóstico mais provável para a moléstia Qual o diagnóstico mais provável para a moléstia atual?atual?

1)Mononucleose Infecciosa1)Mononucleose Infecciosa2)Adenite bacteriana 2)Adenite bacteriana piogênicapiogênica3)Doença de 3)Doença de KawasakiKawasaki4)Adenite 4)Adenite inespecíficainespecífica5)Linfoma5)Linfoma

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Qual o método propedêutico mais indicado para a investigação do caso?

1)Hemograma2)Ultrassonografia da massa cervical 3)Aspirado com estudo do material4)Ultrassonografia de abdome total5)Sorologia para Epstein-Barr Vírus

Qual o método propedêutico mais indicado para a Qual o método propedêutico mais indicado para a investigação do caso?investigação do caso?

1)Hemograma1)Hemograma2)2)UltrassonografiaUltrassonografia da massa cervical da massa cervical 3)Aspirado com estudo do material3)Aspirado com estudo do material4)4)UltrassonografiaUltrassonografia de abdome totalde abdome total5)Sorologia para 5)Sorologia para EpsteinEpstein--BarrBarr VírusVírus

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Qual a conduta terapêutica para o caso?

1)oxacilina

2)penicilina

3)cefalotina

4)amoxicilina

5)cefalexina

Qual a conduta terapêutica para o caso?Qual a conduta terapêutica para o caso?

1)1)oxacilinaoxacilina

2)penicilina2)penicilina

3)3)cefalotinacefalotina

4)4)amoxicilinaamoxicilina

5)5)cefalexinacefalexina

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Formulação diagnóstica: Trata-se de uma pré-escolar no curso de uma doença febril de evolução aguda, acompanhada de aumento unilateral de volume submandibular com sinais flogísticos, associada a coriza, crostas em narinas, anorexia e vômitos, quadro este sugestivo de ADENITE BACTERIANA ESPECÍFICA, mais provavelmente por Streptococcus pyogenes, devendo-se fazer o diagnóstico diferencial com Staphylococcusaureus.

Formulação diagnóstica: TrataFormulação diagnóstica: Trata--se de uma prése de uma pré--escolar no curso de escolar no curso de uma doença febril de evolução aguda, acompanhada de uma doença febril de evolução aguda, acompanhada de aumento unilateral de volume submandibular com sinais aumento unilateral de volume submandibular com sinais flogísticosflogísticos, associada a coriza, crostas em narinas, anorexia e , associada a coriza, crostas em narinas, anorexia e vômitos, quadro este sugestivo de ADENITE BACTERIANA vômitos, quadro este sugestivo de ADENITE BACTERIANA ESPECÍFICA, mais provavelmente por ESPECÍFICA, mais provavelmente por StreptococcusStreptococcus pyogenespyogenes, , devendodevendo--se fazer o diagnóstico diferencial com se fazer o diagnóstico diferencial com StaphylococcusStaphylococcusaureusaureus..

Page 24: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaLinfadenite cervical unilateral aguda é causada por

estreptococo do Grupo A ou S. aureus em 53 a 89% dos casos. (Barton LL and Feigin RD, 1974; Yamauchi et al., 1980)

Faixa etária de maior incidência é entre 1 e 4 anos (70 a 80% dos casos).

Clinicamente é muito difícil assegurar o diagnóstico diferencialentre os dois principais agentes.

Em recém-nascidos, S. aureus é a causa mais comum. (ButlerKM and Baker CJ, 1998)

LinfadeniteLinfadenite cervical unilateral aguda é causada por cervical unilateral aguda é causada por estreptococo do Grupo A ou estreptococo do Grupo A ou S. S. aureusaureus em 53 a 89% dos em 53 a 89% dos casos. (casos. (BartonBarton LL LL andand FeiginFeigin RD, 1974; RD, 1974; YamauchiYamauchi et al., et al., 1980)1980)

Faixa etária de maior incidência é entre 1 e 4 anos (70 a 80% Faixa etária de maior incidência é entre 1 e 4 anos (70 a 80% dos casos). dos casos).

Clinicamente é muito difícil assegurar o diagnóstico diferencialClinicamente é muito difícil assegurar o diagnóstico diferencialentre os dois principais agentes.entre os dois principais agentes.

Em recémEm recém--nascidos, nascidos, S. S. aureusaureus é a causa mais comum. (é a causa mais comum. (ButlerButlerKM KM andand Baker CJ, 1998)Baker CJ, 1998)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Síndrome estreptocócica da infância: (Powers GF and Boisvert PL, 1944)

corizafebre baixa e irregularescoriações e crostas em volta das narinasvômitosperda de apetitelinfadenomegalia após alguns dias do início da doença, a qual pode supurar antes do início de antibioticoterapia eficaz.

Impetigo vesiculopustular ou crostoso da face ou couro cabeludo e linfadenomegalia

Síndrome estreptocócica da infância: Síndrome estreptocócica da infância: ((PowersPowers GF GF andand BoisvertBoisvert PL, PL, 1944)1944)

corizacorizafebre baixa e irregularfebre baixa e irregularescoriações e crostas em volta das narinasescoriações e crostas em volta das narinasvômitosvômitosperda de apetiteperda de apetitelinfadenomegalialinfadenomegalia após alguns dias do início da doença, a qual pode supurar após alguns dias do início da doença, a qual pode supurar antes do início de antes do início de antibioticoterapiaantibioticoterapia eficaz.eficaz.

Impetigo Impetigo vesiculopustularvesiculopustular ou ou crostosocrostoso da face ou couro cabeludo e da face ou couro cabeludo e linfadenomegalialinfadenomegalia

Page 26: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

As adenites causadas por S. aureus têm maior probabilidade de evolução para flutuação e drenagem. (Sundaresh et al., 1981)

Diante de pacientes com quadro típico de adenite bacteriana aguda específica, antibioticoterapia empírica pode ser iniciada. (Butler KM and Baker CJ, 1998)

Em caso de não haver resposta favorável dentro de 48 horas, está indicada a puncão com estudo do material puncionado, incluindo GRAM, Ziehl e cultura para piogênicos e micobactérias. (Butler KM and Baker CJ, 1998)

Nas adenites em que há formação de abscesso, S. aureus é o agente mais provável e a drenagem é mandatória. (Barton LL and Feigin RD, 1974)

As adenites causadas por As adenites causadas por S. S. aureusaureus têm maior probabilidade de evolução têm maior probabilidade de evolução parapara flutuação e drenagem. (flutuação e drenagem. (SundareshSundaresh et al., 1981)et al., 1981)

Diante de pacientes com quadro típico de adenite bacteriana agudDiante de pacientes com quadro típico de adenite bacteriana aguda específica, a específica, antibioticoterapiaantibioticoterapia empírica pode ser iniciada. (empírica pode ser iniciada. (ButlerButler KM KM andand Baker CJ, 1998)Baker CJ, 1998)

Em caso de não haver resposta favorável dentro de 48 horas, estáEm caso de não haver resposta favorável dentro de 48 horas, está indicada a indicada a puncãopuncão com estudo do material puncionado, incluindo GRAM, com estudo do material puncionado, incluindo GRAM, ZiehlZiehl e cultura e cultura para para piogênicospiogênicos e e micobactériasmicobactérias. (. (ButlerButler KM KM andand Baker CJ, 1998)Baker CJ, 1998)

Nas adenites em que há formação de abscesso, Nas adenites em que há formação de abscesso, S. S. aureusaureus é o agente mais é o agente mais provável e a drenagem é provável e a drenagem é mandatóriamandatória. (. (BartonBarton LL LL andand FeiginFeigin RD, 1974)RD, 1974)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Antibioticoterapia empírica

Penicilina resistente a penicilinase: oxacilina 150-200mg / kg / dia IV (6/6 hs) (Butler KM and Baker CJ, 1998) OU

amoxicilina-ácido clavulânico50mg / kg / dia VO (12/12hs)

Em caso de alergia a penicilina, considerar o tipo de alergia; muito freqüentemente o uso de cefalosporina de primeira geração é satisfatório, em virtude das reações alérgicas cruzadas entre penicilinas e cefalosporinas ocorrerem entre 1% e 15%, conforme a casuística. (RED BOOK, 2003) :

cefalotina 100-150mg / kg / dia IV (6/6hs) OUcefalexina 50-100mg / kg / dia VO (6/6hs) OUcefadroxil 30mg/ kg / dia VO (12/12hs)

AntibioticoterapiaAntibioticoterapia empíricaempírica

Penicilina resistente a Penicilina resistente a penicilinasepenicilinase: : oxacilinaoxacilina 150150--200mg / kg / dia IV (6/6 hs) 200mg / kg / dia IV (6/6 hs) ((ButlerButler KM KM andand Baker CJ, 1998) OUBaker CJ, 1998) OU

amoxicilinaamoxicilina--ácidoácido clavulânicoclavulânico50mg / k50mg / kg / dia VO (12/12hs)g / dia VO (12/12hs)

Em caso de alergia a penicilina, considerar o tipo de alergia; mEm caso de alergia a penicilina, considerar o tipo de alergia; muito freqüentemente uito freqüentemente o uso de o uso de cefalosporinacefalosporina de primeira geração é satisfatório, em virtude das de primeira geração é satisfatório, em virtude das reações alérgicas cruzadas entre penicilinas e reações alérgicas cruzadas entre penicilinas e cefalosporinascefalosporinas ocorrerem entre ocorrerem entre 1% e 15%, conforme a casuística. (RED BOOK, 2003) :1% e 15%, conforme a casuística. (RED BOOK, 2003) :

cefalotinacefalotina 100100--150mg / kg / dia IV (6/6hs) OU150mg / kg / dia IV (6/6hs) OUcefalexinacefalexina 5050--100mg / kg / dia VO (6/6hs) OU100mg / kg / dia VO (6/6hs) OUcefadroxilcefadroxil 30mg/ kg / dia VO (12/12hs)30mg/ kg / dia VO (12/12hs)

Page 28: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Reações adversas às Penicilinas (Reese RE et al., 2000)

Reações alérgicas ou de hipersensibilidade 1)imediatas: relacionadas à liberação de histamina e outras aminas vasoativaspor mastócitos e basófilos sensibilizados por IgE; podem ocorrer hipotensão e broncoespasmo.2)aceleradas: mediadas por IgE, exceto pelo edema de laringe não ameaçam a vida.3)tardias: são as mais freqüentes - entre 80% a 90% das reações às penicilinas; não são mediadas por IgE;

Reações adversas às Penicilinas (Reações adversas às Penicilinas (ReeseReese RE et al., 2000)RE et al., 2000)

Reações alérgicas ou de hipersensibilidade Reações alérgicas ou de hipersensibilidade 1)imediatas: relacionadas à liberação de histamina e outras1)imediatas: relacionadas à liberação de histamina e outras aminas aminas vasoativasvasoativaspor por mastócitosmastócitos e e basófilosbasófilos sensibilizados por sensibilizados por IgEIgE; podem ocorrer hipotensão e ; podem ocorrer hipotensão e broncoespasmobroncoespasmo..2)aceleradas: mediadas por 2)aceleradas: mediadas por IgEIgE, exceto pelo edema de laringe não ameaçam a , exceto pelo edema de laringe não ameaçam a vida.vida.3)tardias: são as mais freqüentes 3)tardias: são as mais freqüentes -- entre 80% a 90% das reações às entre 80% a 90% das reações às penicilinas; não são mediadas por penicilinas; não são mediadas por IgEIgE;;

Page 29: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Reações adversas às Penicilinas (Reese RE et al., 2000)

Reações alérgicas ou de hipersensibilidade 1)imediatas: ocorrem 2 a 30 minutos após uso da penicilina

eritema ou prurido, urticária, angioedema, sibilos, rinite, hipotensão ou choque2)aceleradas: ocorrem 1 a 72 horas após uso da penicilina

eritema ou prurido, urticária, angioedema, edema de laringe, broncoespasmoou rinite3)tardias: ocorrem 72 horas após uso da penicilina

erupção morbiliforme, urticária-angioedema, urticária-artralgia, doença do soro

Reações bem menos comuns: anemia hemolítica imune, infiltrado pulmonar com eosinofilia,nefrite intersticial, granulocitopenia, trombocitopenia, febre por droga, vasculite por hipersensibilidade, eritema multiforme, LES induzido por droga

descontinuar o uso caso eosinófilos > 15%.

Reações adversas às Penicilinas (Reações adversas às Penicilinas (ReeseReese RE et al., 2000)RE et al., 2000)

Reações alérgicas ou de hipersensibilidade Reações alérgicas ou de hipersensibilidade 1)imediatas: ocorrem 2 a 30 minutos após uso da penicilina1)imediatas: ocorrem 2 a 30 minutos após uso da penicilina

eritema ou prurido, urticária, eritema ou prurido, urticária, angioedemaangioedema, sibilos, rinite, hipotensão ou , sibilos, rinite, hipotensão ou choquechoque2)aceleradas: ocorrem 1 a 72 horas após uso da penicilina2)aceleradas: ocorrem 1 a 72 horas após uso da penicilina

eritema ou prurido, urticária, eritema ou prurido, urticária, angioedemaangioedema, edema de laringe, , edema de laringe, broncoespasmobroncoespasmoou riniteou rinite3)tardias: ocorrem 72 horas após uso da penicilina3)tardias: ocorrem 72 horas após uso da penicilina

erupção erupção morbiliformemorbiliforme, , urticáriaurticária--angioedemaangioedema, urticária, urticária--artralgia, doença do artralgia, doença do sorosoro

Reações bem menos comuns: anemia hemolítica imune, infiltrado puReações bem menos comuns: anemia hemolítica imune, infiltrado pulmonar lmonar com com eosinofiliaeosinofilia,nefrite intersticial, ,nefrite intersticial, granulocitopeniagranulocitopenia, , trombocitopeniatrombocitopenia, febre por , febre por droga, droga, vasculitevasculite por hipersensibilidade, eritema multiforme, LES induzido por por hipersensibilidade, eritema multiforme, LES induzido por drogadroga

descontinuar o uso caso descontinuar o uso caso eosinófiloseosinófilos > 15%.> 15%.

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Caso o paciente tivesse se apresentado com área central de flutuação, sugerindo a formação de abscesso, cuja etiologia por S. aureus é extremamente provável, estaria indicada alguma associação de antibióticos para o tratamento do caso?

1)SIM

2)NÃO

Caso o paciente tivesse se apresentado com área central de Caso o paciente tivesse se apresentado com área central de flutuação, sugerindo a formação de abscesso, cuja etiologia flutuação, sugerindo a formação de abscesso, cuja etiologia por por S. S. aureusaureus é extremamente provável, estaria indicada é extremamente provável, estaria indicada alguma associação de antibióticos para o tratamento do alguma associação de antibióticos para o tratamento do caso?caso?

1)SIM1)SIM

2)NÃO2)NÃO

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Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

A linha principal de tratamento das infecções estafilocócicasgraves, incluindo Bacteremia e Endocardite é o uso parenteral de antibiótico anti-estafilocócico potente, preferencialmente da família dos beta-lactâmicos.O antibiótico de escolha é a Oxacilina quanto não se sabe o MIC e Penicilina G IV para as cepas sensível à penicilina após estudo bacteriológico.Embora in vitro os aminoglicosídeos apresentem sinergismo com antibióticos beta-lactâmicos para muitas cepas de S.aureus, demonstrou-se apenas moderado benefício no prognóstico de endocardite experimentais em coelhos e não se demonstrou efeito clínico significante em endocardite documentada.

A linha principal de tratamento das infecções A linha principal de tratamento das infecções estafilocócicasestafilocócicasgraves, incluindo graves, incluindo BacteremiaBacteremia e Endocardite é o uso e Endocardite é o uso parenteral de antibiótico parenteral de antibiótico antianti--estafilocócicoestafilocócico potente, potente, preferencialmente da família dos preferencialmente da família dos betabeta--lactâmicoslactâmicos..O antibiótico de escolha é a O antibiótico de escolha é a OxacilinaOxacilina quanto não se sabe o quanto não se sabe o MIC e Penicilina G IV para as cepas sensível à penicilina MIC e Penicilina G IV para as cepas sensível à penicilina após estudo bacteriológico.após estudo bacteriológico.Embora Embora in in vitrovitro os os aminoglicosídeosaminoglicosídeos apresentem sinergismo apresentem sinergismo com antibióticos com antibióticos betabeta--lactâmicoslactâmicos para muitas cepas de para muitas cepas de S.S.aureusaureus, demonstrou, demonstrou--se apenas moderado benefício no

Antibioticoterapia de estafilococcias (Waldvogel FA, 2000)AntibioticoterapiaAntibioticoterapia de de estafilococciasestafilococcias ((WaldvogelWaldvogel FA, 2000)FA, 2000)

se apenas moderado benefício no prognóstico de endocardite experimentais em coelhos e prognóstico de endocardite experimentais em coelhos e não se demonstrou efeito clínico significante em não se demonstrou efeito clínico significante em endocardite documentada. endocardite documentada.

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Coco Penicilina G Ampicilina, Amoxicilina OxacilinaCoc

S. pneumoniae 0,01 0,02 0,04S. pyogenes 0,005 0,02 0,04S. S. agalactiae 0,005 0,02 0,06S. estreptococoviridans 0,01 0,05 0,1E. faecalis 3,0 1,5 > 25E. peptoestreptococo 0,2 0,2 0,6S. aureuspenicilinase neg 0,02 0,05 0,3penicilinase pos > 25 > 25 0,4

N. gonorrhoeae 0,01 0,3 12 N. meningitidis 0,05 0,05 6,0

o Penicilina G Coco Penicilina G AmpicilinaAmpicilina, , AmoxicilinaAmoxicilina OxacilinaOxacilina

S. S. pneumoniaepneumoniae 0,01 0,02 0,01 0,02 0,040,04S. pyogenespyogenes 0,005 0,02 0,005 0,02 0,040,04S. agalactiaeagalactiae 0,005 0,02 0,005 0,02 0,060,06estreptococoestreptococoviridansviridans 0,01 0,05 0,01 0,05 0,10,1E. faecalisfaecalis 3,0 1,5 3,0 1,5 > 25> 25peptoestreptococopeptoestreptococo 0,2 0,2 0,2 0,60,2 0,6S. S. aureusaureuspenicilinasepenicilinase neg 0,02 0,05 neg 0,02 0,05 0,30,3penicilinasepenicilinase pos > 25 > 25 pos > 25 > 25 0,4 0,4

N. N. gonorrhoeaegonorrhoeae 0,01 0,3 0,01 0,3 12 12 N. N. meningitidismeningitidis 0,05 0,05 0,05 0,05 6,06,0

Concentração Inibitória Mínima (MIC) das Penicilinas para Cocos(Chambers HF, 2000)

Concentração Inibitória Mínima (MIC) das Penicilinas para CocosConcentração Inibitória Mínima (MIC) das Penicilinas para Cocos((ChambersChambers HF, 2000)HF, 2000)

Page 33: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaCaso 3. João, 5 meses, masculino, mulato médio, natural de

Feira de Santana e procedente de Humildes, Bahia.

Queixa principal: cansaço e febre há 3 dias.

HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há 15 dias iniciou diarréia, caracterizada como 6-10 evacuações líquidas por dia, fezes amarelo-esverdeadas, com muco e sem sangue, associada a coriza, espirro, tosse e febre durante os primeiros 3 dias de doença; refere ter iniciado uso de Infectrim no 2o. dia de doença, 2,5ml 2 vezes por dia durante 7 dias. Houve diminuição da freqüência das evacuações para 4-6/dia, com manutenção da consistência líquida até o momento; há 4 dias vem apresentando aumento do volume abdominal, há 3 retorno da febre, acompanhada de cansaço e recusa de líquidos.

Caso 3. João, 5 meses, masculino, mulato médio, natural de Caso 3. João, 5 meses, masculino, mulato médio, natural de Feira de Santana e procedente de Humildes, Bahia.Feira de Santana e procedente de Humildes, Bahia.

Queixa principal: cansaço e febre há 3 dias.Queixa principal: cansaço e febre há 3 dias.

HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há 15 HMA: Refere a genitora que o menor vinha bem quando há 15 dias iniciou diarréia, caracterizada como 6dias iniciou diarréia, caracterizada como 6--10 evacuações 10 evacuações líquidas por dia, fezes amarelolíquidas por dia, fezes amarelo--esverdeadas, com muco e esverdeadas, com muco e sem sangue, associada a coriza, espirro, tosse e febre sem sangue, associada a coriza, espirro, tosse e febre durante os primeiros 3 dias de doença; refere ter iniciado durante os primeiros 3 dias de doença; refere ter iniciado uso de uso de InfectrimInfectrim no 2no 2o.o. dia de doença, 2,5ml 2 vezes por dia de doença, 2,5ml 2 vezes por dia durante 7 dias. Houve diminuição da freqüência das dia durante 7 dias. Houve diminuição da freqüência das evacuações para 4evacuações para 4--6/dia, com manutenção da consistência 6/dia, com manutenção da consistência líquida até o momento; há 4 dias vem apresentando líquida até o momento; há 4 dias vem apresentando aumento do volume abdominal, há 3 retorno da febre, aumento do volume abdominal, há 3 retorno da febre, acompanhada de cansaço e recusa de líquidos.acompanhada de cansaço e recusa de líquidos.

Page 34: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaIS: urina escura há 24 horas.DNPM: ndn.AM: primeiro episódio de diarréia aos 2 meses de vida.AON: GV PIII AII, PSNV a termo, Apgar 8, 9, peso 2.820gr.AA: LM exclusivo até 30 dias antes do início da moléstia atual;

atualmente uso de Leite Integral 10% com cremogema ou maizena 10%.

AV: Cartão da Criança faltando segunda doses de DPT, Pólio e Hib .

AE: nega outras crianças com o mesmo quadro onde mora.HS: Pais semi-analfabetos, lavradores; moram pais e 3 filhos

em casa própria, 2 cômodos, com banheiro fora de casa, sem saneamento básico; renda familiar entre R$100,00 e R$150,00. A criança fica sob os cuidados da mãe período integral.

IS: urina escura há 24 horas.IS: urina escura há 24 horas.DNPM: DNPM: ndnndn..AM: primeiro episódio de diarréia aos 2 meses de vida.AM: primeiro episódio de diarréia aos 2 meses de vida.AON: GV PIII AII, PSNV a termo, AON: GV PIII AII, PSNV a termo, ApgarApgar 8, 9, peso 2.820gr.8, 9, peso 2.820gr.AA: LM exclusivo até 30 dias antes do início da moléstia atual; AA: LM exclusivo até 30 dias antes do início da moléstia atual;

atualmente uso de Leite Integral 10% com atualmente uso de Leite Integral 10% com cremogemacremogema ou ou maizena 10%.maizena 10%.

AV: Cartão da Criança faltando segunda doses de DPT, Pólio e AV: Cartão da Criança faltando segunda doses de DPT, Pólio e HibHib ..

AE: nega outras crianças com o mesmo quadro onde mora.AE: nega outras crianças com o mesmo quadro onde mora.HS: Pais semiHS: Pais semi--analfabetos, lavradores; moram pais e 3 filhos analfabetos, lavradores; moram pais e 3 filhos

em casa própria, 2 cômodos, com banheiro fora de casa, em casa própria, 2 cômodos, com banheiro fora de casa, sem saneamento básico; renda familiar entre R$100,00 e sem saneamento básico; renda familiar entre R$100,00 e R$150,00. A criança fica sob os cuidados da mãe período R$150,00. A criança fica sob os cuidados da mãe período integral. integral.

Page 35: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Ao Exame Físico: Paciente em Precário Estado Geral e Nutricional, desidratado, descorado ++/IV, anictérico, acianótico, sonolento.

Peso 4,3 Kg FR 66ipm FC 168bpm Temp ax 37,5oC

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de distensão abdominal importante, fígado percutível a 3cm do RCD, RHA diminuídos, tempo de enchimento capilar entre 3 e 4 segundos.

Ao Exame Físico: Paciente em Precário Estado Geral e Ao Exame Físico: Paciente em Precário Estado Geral e Nutricional, desidratado, descorado ++/IV, Nutricional, desidratado, descorado ++/IV, anictéricoanictérico, , acianóticoacianótico, sonolento., sonolento.

Peso 4,3 Kg FR 66ipm FC 168bpm Temp Peso 4,3 Kg FR 66ipm FC 168bpm Temp axax 37,537,5ooCC

Ao exame segmentar chamou atenção a presença de Ao exame segmentar chamou atenção a presença de distensão abdominal importante, fígado percutível a 3cm do distensão abdominal importante, fígado percutível a 3cm do RCD, RHA diminuídos, tempo de enchimento capilar entre 3 RCD, RHA diminuídos, tempo de enchimento capilar entre 3 e 4 segundos.e 4 segundos.

Page 36: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Na abordagem inicial foi realizada expansão com Solução 1:1, o total de 100 ml por kg, que correu em 3 horas, quando o paciente apresentou diurese franca.

Neste momento o paciente foi re-examinado, observando-se diminuição da sonolência e do tempo de enchimento capilar e manutenção das freqüências respiratória (66) e cardíaca (168). Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios com diminuição da expansibilidade pulmonar em ambas as bases.

Na abordagem inicial foi realizada expansão com Solução 1:1, Na abordagem inicial foi realizada expansão com Solução 1:1, o total de 100 ml por kg, que correu em 3 horas, quando o o total de 100 ml por kg, que correu em 3 horas, quando o paciente apresentou diurese franca.paciente apresentou diurese franca.

Neste momento o paciente foi reNeste momento o paciente foi re--examinado, observandoexaminado, observando--se se diminuição da sonolência e do tempo de enchimento capilar diminuição da sonolência e do tempo de enchimento capilar e manutenção das freqüências respiratória (66) e cardíaca e manutenção das freqüências respiratória (66) e cardíaca (168). Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios com (168). Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios com diminuição da expansibilidade pulmonar em ambas as diminuição da expansibilidade pulmonar em ambas as bases.bases.

Page 37: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Qual o diagnóstico mais provável da moléstia atual?

1)Diarréia aguda + desidratação2)Diarréia persistente + desidratação + sepse3)Diarréia persistente + pneumonia + desidratação4)Diarréia aguda + pneumonia + desidratação5)Diarréia crônica + desidratação

Qual o diagnóstico mais provável da moléstia atual?Qual o diagnóstico mais provável da moléstia atual?

1)Diarréia aguda + desidratação1)Diarréia aguda + desidratação2)Diarréia persistente + desidratação + 2)Diarréia persistente + desidratação + sepsesepse3)Diarréia persistente + pneumonia + desidratação3)Diarréia persistente + pneumonia + desidratação4)Diarréia aguda + pneumonia + desidratação4)Diarréia aguda + pneumonia + desidratação5)Diarréia crônica + desidratação5)Diarréia crônica + desidratação

Page 38: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Quais os métodos propedêuticos mais indicados para a investigação do caso?

1)Hemograma2)Hemocultura 3)Rx simples de abdome 4)Ultrassonografia de abdome total5)Rx de tórax

Quais os métodos propedêuticos mais indicados para Quais os métodos propedêuticos mais indicados para a investigação do caso?a investigação do caso?

1)Hemograma1)Hemograma2)Hemocultura 2)Hemocultura 3)3)RxRx simples de abdome simples de abdome 4)4)UltrassonografiaUltrassonografia de abdome totalde abdome total5)5)RxRx de tóraxde tórax

Page 39: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaFormulação diagnóstica: Trata-se de um lactente no curso de

uma doença diarréica com duração de 15 dias, em cujo início foram descritas características de infecção de trato gastrointestinal, caracterizando então uma Diarréia Aguda que no momento apresenta-se com Diarréia Persistente (duração 15 dias), que há 30 dias foi submetido a uso de leite artificial, vivendo em condições precárias de higiene.

Formulação diagnóstica: Trata

Chama atenção a piora dos últimos 3 dias, documentando-se antes e após a rehidratação, taquicardia e taquipnéia, que no curso da Diarréia Persistente caracterizam o quadro de Sepse. Portanto trata-se de um lactente com Diarréia Persistente cursando com Sepse.

Formulação diagnóstica: Trata--se de um lactente no curso de se de um lactente no curso de uma doença diarréica com duração de 15 dias, em cujo uma doença diarréica com duração de 15 dias, em cujo início foram descritas características de infecção de trato início foram descritas características de infecção de trato gastrointestinal, caracterizando então uma Diarréia Aguda gastrointestinal, caracterizando então uma Diarréia Aguda que no momento apresentaque no momento apresenta--se com Diarréia Persistente se com Diarréia Persistente (duração 15 dias), que há 30 dias foi submetido a uso de (duração 15 dias), que há 30 dias foi submetido a uso de leite artificial, vivendo em condições precárias de higiene. leite artificial, vivendo em condições precárias de higiene. Chama atenção a piora dos últimos 3 dias, documentandoChama atenção a piora dos últimos 3 dias, documentando--se antes e após a se antes e após a rehidrataçãorehidratação, taquicardia e , taquicardia e taquipnéiataquipnéia, , que no curso da Diarréia Persistente caracterizam o quadro que no curso da Diarréia Persistente caracterizam o quadro de de SepseSepse. Portanto trata. Portanto trata--se de um lactente com Diarréia se de um lactente com Diarréia Persistente cursando com Persistente cursando com SepseSepse..

Page 40: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

•Sepse: evidência de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica secundária a infecção, a qual pode ser presuntiva ou confirmada, independente da presença de bactérias viáveis no sangue. (Bone RC et al., 1992)

•Sepse: evidência de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica secundária a infecção, a qual pode ser presuntiva ou confirmada, independente da presença de bactérias viáveis no sangue. (Bone RC et al., 1992)

Page 41: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaSRIS é caracterizada pela presença de pelo menos

dois dos quatro caracteres abaixo (Lowrey GH, 1973; Needlman RD, 2000):

• Temperatura maior que 38ºC (retal), 37,8ºC (oral), 37,2ºC (axilar) oumenor que 36ºC (retal), 35,8ºC (oral), 35,2ºC (axilar);

• Taquicardia definida como freqüência cardíaca maior que o percentil90 para a idade, ou seja, maior que 160 batimentos / minuto em lactentes e 150 batimentos / minuto em crianças;

• Taquipnéia definida como freqüência respiratória maior que o percentil90 para a idade, ou seja, maior que 60 incursões / minuto em lactentese 50 incursões / minuto em crianças ou hiperventilação definida como PaCO2 < 32 mmHg;

• Leucócitos em número maior que 15.000 células / mm3 ou menor que 4.000 células /mm3 ou mais que 10% de neutrófilos imaturos (bastões ou metamielócitos ou mielócitos).

SRIS éSRIS é caracterizada pela presença de pelo menos caracterizada pela presença de pelo menos dois dos quatro caracteres abaixo (dois dos quatro caracteres abaixo (LowreyLowrey GH, 1973; GH, 1973; NeedlmanNeedlman RD, 2000):RD, 2000):

• Temperatura maior que 38ºC (retal), 37,8ºC (oral), 37,2ºC (axilar) oumenor que 36ºC (retal), 35,8ºC (oral), 35,2ºC (axilar);

• Taquicardia definida como freqüência cardíaca maior que o percentil90 para a idade, ou seja, maior que 160 batimentos / minuto em lactentes e 150 batimentos / minuto em crianças;

• Taquipnéia definida como freqüência respiratória maior que o percentil90 para a idade, ou seja, maior que 60 incursões / minuto em lactentese 50 incursões / minuto em crianças ou hiperventilação definida como PaCO2 < 32 mmHg;

• Leucócitos em número maior que 15.000 células / mm3 ou menor que 4.000 células /mm3 ou mais que 10% de neutrófilos imaturos (bastões ou metamielócitos ou mielócitos).

Page 42: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaExames a serem realizados para diagnóstico e monitorização de alterações metabólicas e complicações decorrentes de sepse.

(Nascimento-Carvalho CM et al., 2002)Hemograma com plaquetasCoagulogramaLactato séricoGlicemiaNa, K, Ca, P, MgUréia, creatininaTGO, TGP, FA, bilirrubinasGasometria arterialRx de tórax PA e perfilUltrassonografia de abdome totalTomografia computadorizada de abdomeRessonância Nuclear Magnética de abdomeEcocardiograma (investigar derrame pericárdico)

Exames a serem realizados para diagnóstico e monitorização de alterações metabólicas e complicações decorrentes de sepse.

(Nascimento-Carvalho CM et al., 2002)Hemograma com plaquetasCoagulogramaLactato séricoGlicemiaNa, K, Ca, P, MgUréia, creatininaTGO, TGP, FA, bilirrubinasGasometria arterialRx de tórax PA e perfilUltrassonografia de abdome totalTomografia computadorizada de abdomeRessonância Nuclear Magnética de abdomeEcocardiograma (investigar derrame pericárdico)

Page 43: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaO Infectrim (sulfametoxazol-trimetoprim) utilizado na primeira

semana de doença foi indicado adequadamente?

1) SIM

2) NÃO

O O InfectrimInfectrim ((sulfametoxazolsulfametoxazol--trimetoprimtrimetoprim) utilizado na primeira ) utilizado na primeira semana de doença foi indicado adequadamente?semana de doença foi indicado adequadamente?

1) SIM1) SIM

2) NÃO2) NÃO

Page 44: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Indicações de Antimicrobianos em Diarréia Aguda

presença de sangue nas fezes, ou seja, disenteria (OMS, 2000)

Justificativa: disenteria é habitualmente causada por espécies de Salmonella ou Shigella. Nesta situação, o uso de antimicrobianos encurta a duração da doença e reduz o risco de disseminação da infecção.

Indicações de Antimicrobianos em Diarréia AgudaIndicações de Antimicrobianos em Diarréia Aguda

presença de sangue nas fezes, ou seja, disenteria (OMS, presença de sangue nas fezes, ou seja, disenteria (OMS, 2000)2000)

Justificativa: disenteria é habitualmente causada por espécies dJustificativa: disenteria é habitualmente causada por espécies de e SalmonellaSalmonella ou ou ShigellaShigella. Nesta situação, o uso de antimicrobianos . Nesta situação, o uso de antimicrobianos encurta a duração da doença e encurta a duração da doença e reduz o risco de disseminação da reduz o risco de disseminação da infecção.infecção.

Page 45: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Indicações de Antimicrobianos em Diarréia Aguda

Crianças e adultos com gastroenterite por Salmonella que receberam antimicrobiano têm apresentado taxas mais elevadas de recorrência bacteriológica quando comparados com pacientes que receberam placebo. (Nelson JD et al., 1980; Neill MA et al., 1991)Portanto, antimicrobianos NÃO devem ser utilizados de rotina para tratar gastroenterite por Salmonella NÃO tifóide e NÃO complicada.(Miller SI and Pegues DA, 2000)Resistência antimicrobiana comumente surge após tratamento de infecção por Shigella. (Weissman J et al., 1973)

Indicações de Antimicrobianos em Diarréia AgudaIndicações de Antimicrobianos em Diarréia Aguda

Crianças e adultos com gastroenterite por Crianças e adultos com gastroenterite por SalmonellaSalmonella que receberam que receberam antimicrobiano têm apresentado taxas mais elevadas de recorrênciantimicrobiano têm apresentado taxas mais elevadas de recorrência a bacteriológica quando comparados com pacientes que receberam bacteriológica quando comparados com pacientes que receberam placebo. (Nelson JD et al., 1980; Neill MA et al., 1991)placebo. (Nelson JD et al., 1980; Neill MA et al., 1991)Portanto, antimicrobianos NÃO devem ser utilizados de rotina parPortanto, antimicrobianos NÃO devem ser utilizados de rotina para a tratar gastroenterite por tratar gastroenterite por SalmonellaSalmonella NÃO tifóide e NÃO NÃO tifóide e NÃO complicada.(Miller SI complicada.(Miller SI andand Pegues DA, 2000)Pegues DA, 2000)Resistência antimicrobiana comumente surge após tratamento de Resistência antimicrobiana comumente surge após tratamento de infecção por infecção por ShigellaShigella. (. (WeissmanWeissman J et al., 1973)J et al., 1973)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Antimicrobianos em Disenteria (Dupont HL, 2000)

Cepas sensíveis:TMP 10mg / kg / dia + SMX 50mg / kg / dia VO, 12 em 12 horas, durante 3 a 5 diasCepas resistentes ao SMX-TMP:Ácido Nalidíxico 55mg / kg / dia VO, 6 em 6 horas, durante 5 dias (crianças > 3 meses)

Antimicrobianos em Disenteria (Antimicrobianos em Disenteria (DupontDupont HL, 2000)HL, 2000)

Cepas sensíveis:Cepas sensíveis:TMP 10mg / kg / dia + SMX 50mg / kg / dia VO, 12 em 12 TMP 10mg / kg / dia + SMX 50mg / kg / dia VO, 12 em 12 horas, durante 3 a 5 diashoras, durante 3 a 5 diasCepas resistentes ao SMXCepas resistentes ao SMX--TMP:TMP:Ácido Ácido NalidíxicoNalidíxico 55mg / kg / dia VO, 6 em 6 horas, durante 55mg / kg / dia VO, 6 em 6 horas, durante 5 dias (crianças > 3 meses) 5 dias (crianças > 3 meses)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaNo caso em discussão, há indicação de antibioticoterapia

neste momento, devido ao quadro de Sepse.

Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?

1)Metronidazol + aminoglicosídeo2)Ampicilina + aminoglicosídeo3)Ceftriaxona4)Cloranfenicol5)Ceftriaxona + aminoglicosídeo

No caso em discussão, há indicação de No caso em discussão, há indicação de antibioticoterapiaantibioticoterapianeste momento, devido ao quadro de neste momento, devido ao quadro de SepseSepse..

Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?

1)1)MetronidazolMetronidazol + + aminoglicosídeoaminoglicosídeo2)2)AmpicilinaAmpicilina + + aminoglicosídeoaminoglicosídeo3)3)CeftriaxonaCeftriaxona4)4)CloranfenicolCloranfenicol5)5)CeftriaxonaCeftriaxona + + aminoglicosídeoaminoglicosídeo

Page 48: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaA princípio, a antimicrobianoterapia para o paciente com

Sepse no curso de Doença Diarréica deve ser dirigida para os patógenos que cursam com Diarréia e Sepse.

Antimicrobianos ineficazes para Shigella in vivo (OMS, 2000):metronidazolcloranfenicolaminoglicosídeoscefalosporinas de primeira e segunda geraçãoamoxicilina

Antimicrobianos eficazes para Shigella in vivo (OMS, 2000):sulfametoxazol-trimetoprim *fluoroquinolonas (> 18 anos)ampicilinacefalosporinas de terceira geração

A princípio, a A princípio, a antimicrobianoterapiaantimicrobianoterapia para o paciente com para o paciente com SepseSepse no curso de Doença Diarréica deve ser dirigida para no curso de Doença Diarréica deve ser dirigida para os os patógenospatógenos que cursam com Diarréia e que cursam com Diarréia e SepseSepse..

Antimicrobianos ineficazes para Antimicrobianos ineficazes para ShigellaShigella in vivoin vivo (OMS, 2000):(OMS, 2000):metronidazolmetronidazolcloranfenicolcloranfenicolaminoglicosídeosaminoglicosídeoscefalosporinascefalosporinas de primeira e segunda geraçãode primeira e segunda geraçãoamoxicilinaamoxicilina

Antimicrobianos eficazes para Antimicrobianos eficazes para ShigellaShigella in vivoin vivo (OMS, 2000):(OMS, 2000):sulfametoxazolsulfametoxazol--trimetoprimtrimetoprim **fluoroquinolonasfluoroquinolonas ((>> 18 anos)18 anos)ampicilinaampicilinacefalosporinascefalosporinas de terceira geraçãode terceira geração

Page 49: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Antimicrobianos eficazes para Salmonella in vivo (RED BOOK, 2003):sulfametoxazol-trimetoprimamoxicilinaampicilinacefalosporinas de terceira geração*fluoroquinolonas (> 18 anos)

Antimicrobianos eficazes para Antimicrobianos eficazes para SalmonellaSalmonella in vivoin vivo (RED BOOK, (RED BOOK, 2003):2003):sulfametoxazolsulfametoxazol--trimetoprimtrimetoprimamoxicilinaamoxicilinaampicilinaampicilinacefalosporinascefalosporinas de terceira geraçãode terceira geração**fluoroquinolonasfluoroquinolonas ((>> 18 anos)18 anos)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaEsquema antimicrobiano para o caso em discussão:

Etiologia desconhecida1)ceftriaxona + aminoglicosídeo2)ampicilina + aminoglicosídeo3)ceftriaxona

Etiologia determinada: Salmonella ou Shigellaescolha do antimicrobiano conforme o perfil de sensibilidade1)ampicilina 200-400*mg / kg / dia, IV, de 6 em 6 horas2)ceftriaxona 80-100*mg / kg / dia, IV, de 12 ou 24 horas*Infecção de Sistema Nervoso Central

Esquema antimicrobiano para o caso em discussão:Esquema antimicrobiano para o caso em discussão:

Etiologia desconhecidaEtiologia desconhecida1)1)ceftriaxonaceftriaxona + + aminoglicosídeoaminoglicosídeo2)2)ampicilinaampicilina + + aminoglicosídeoaminoglicosídeo3)3)ceftriaxonaceftriaxona

Etiologia determinada: Etiologia determinada: SalmonellaSalmonella ou ou ShigellaShigellaescolha do antimicrobiano conforme o perfil de sensibilidadeescolha do antimicrobiano conforme o perfil de sensibilidade1)1)ampicilinaampicilina 200200--400*mg / kg / dia, IV, de 6 em 6 horas400*mg / kg / dia, IV, de 6 em 6 horas2)2)ceftriaxonaceftriaxona 8080--100*mg / kg / dia, IV, de 12 ou 24 horas100*mg / kg / dia, IV, de 12 ou 24 horas*Infecção de Sistema Nervoso Central*Infecção de Sistema Nervoso Central

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaCaso 4. Clara, 10 meses, feminino, mulata clara, natural e

procedente de Irecê, Bahia.

Queixa principal: febre há 6 dias.

HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 6 dias iniciou febre diária, 3 a 4 picos diários, entre 38o.C e 39o.C, acompanhada de anorexia, havendo manutenção da ingestão de líquidos.

IS: nega qualquer outra queixa.

Caso 4. Clara, 10 meses, feminino, mulata clara, natural e Caso 4. Clara, 10 meses, feminino, mulata clara, natural e procedente de procedente de IrecêIrecê, Bahia., Bahia.

Queixa principal: febre há 6 dias.Queixa principal: febre há 6 dias.

HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 6 HMA: Refere a genitora que a menor vinha bem quando há 6 dias iniciou febre diária, 3 a 4 picos diários, entre 38dias iniciou febre diária, 3 a 4 picos diários, entre 38o.o.C e C e 3939o.o.C, acompanhada de anorexia, havendo manutenção da C, acompanhada de anorexia, havendo manutenção da ingestão de líquidos.ingestão de líquidos.

IS: nega qualquer outra queixa.IS: nega qualquer outra queixa.

Page 52: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaDNPM: ndn.AM: ndn.AON: GII PII, PC a termo, Apgar 8, 9, peso 3.530gr.AA: LM exclusivo até 6 meses de vida; atualmente uso de

Leite Integral 15%, 2 vezes/dia, refeição de sal e frutas, 2 vezes/dia cada.

AV: Cartão da Criança com vacinação completa.AE: ndn.HS: Pai médico, mãe professora; moram pais e 2 filhos em

casa própria, 6 cômodos, com banheiro dentro de casa e saneamento básico; renda familiar entre R$5.000,00 e R$6.000,00. A criança fica sob os cuidados da mãe no turno da tarde e com a babá no turno da manhã.

DNPM: DNPM: ndnndn..AM: AM: ndnndn..AON: GII PII, PC a termo, AON: GII PII, PC a termo, ApgarApgar 8, 9, peso 3.530gr.8, 9, peso 3.530gr.AA: LM exclusivo até 6 meses de vida; atualmente uso de AA: LM exclusivo até 6 meses de vida; atualmente uso de

Leite Integral 15%, 2 vezes/dia, refeição de sal e frutas, 2 Leite Integral 15%, 2 vezes/dia, refeição de sal e frutas, 2 vezes/dia cada.vezes/dia cada.

AV: Cartão da Criança com vacinação completa.AV: Cartão da Criança com vacinação completa.AE: AE: ndnndn..HS: Pai médico, mãe professora; moram pais e 2 filhos em HS: Pai médico, mãe professora; moram pais e 2 filhos em

casa própria, 6 cômodos, com banheiro dentro de casa e casa própria, 6 cômodos, com banheiro dentro de casa e saneamento básico; renda familiar entre R$5.000,00 e saneamento básico; renda familiar entre R$5.000,00 e R$6.000,00. A criança fica sob os cuidados da mãe no R$6.000,00. A criança fica sob os cuidados da mãe no turno da tarde e com a babá no turno da manhã. turno da tarde e com a babá no turno da manhã.

Page 53: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAo Exame Físico: Paciente em Bom Estado Geral e

Nutricional, hidratada, corada, anictérica, acianótica, eupnéica, sem edemas e lúcida.

Peso 9,1 Kg FR 36ipm FC 126bpm Temp ax 39,5oC

Ao exame segmentar apresenta-se absolutamente normal.

Ao Exame Físico: Paciente em Bom Estado Geral e Ao Exame Físico: Paciente em Bom Estado Geral e Nutricional, hidratada, corada, Nutricional, hidratada, corada, anictéricaanictérica, , acianóticaacianótica, , eupnéicaeupnéica, sem edemas e lúcida., sem edemas e lúcida.

Peso 9,1 Kg FR 36ipm FC 126bpm Temp Peso 9,1 Kg FR 36ipm FC 126bpm Temp axax 39,539,5ooCC

Ao exame segmentar apresentaAo exame segmentar apresenta--se absolutamente normal.se absolutamente normal.

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaQual o diagnóstico sindrômico para o caso?

1)ITU2)Sepse3)Febre de Origem Indeterminada4)Febre sem Sinais Localizatórios5)Meningite

Qual o diagnóstico Qual o diagnóstico sindrômicosindrômico para o caso?para o caso?

1)ITU1)ITU2)2)SepseSepse3)Febre de Origem Indeterminada3)Febre de Origem Indeterminada4)Febre sem Sinais 4)Febre sem Sinais LocalizatóriosLocalizatórios5)Meningite5)Meningite

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaFebre sem Sinais Localizatórios: febre com duração de até

uma semana não sendo evidenciada a provável causa da febre após anamnese e exame físico cuidadosos. (Lorin MI and Feigin RD, 1998)

Febre sem Sinais

Aproximadamente 3% a 5% das crianças com Febre sem Sinais Localizatórios são bacterêmicas. (Baron MA et al., 1980)

Bacteremia Oculta: a criança não apresenta-se comprometida, inclusive clinicamente está tão bem que a decisão é conduzir o caso ambulatorialmente. (Lorin MI and FeiginRD, 1998)

Febre sem Sinais LocalizatóriosLocalizatórios: febre com duração de até : febre com duração de até uma semana não sendo evidenciada a provável causa da uma semana não sendo evidenciada a provável causa da febre após febre após anamneseanamnese e exame físico cuidadosos. (e exame físico cuidadosos. (LorinLorin MI MI andand FeiginFeigin RD, 1998)RD, 1998)

Aproximadamente 3% a 5% das crianças com Febre sem Aproximadamente 3% a 5% das crianças com Febre sem Sinais Sinais LocalizatóriosLocalizatórios são são bacterêmicasbacterêmicas. (Baron MA et al., . (Baron MA et al., 1980)1980)

BacteremiaBacteremia Oculta: a criança não apresentaOculta: a criança não apresenta--se comprometida, se comprometida, inclusive clinicamente está tão bem que a decisão é inclusive clinicamente está tão bem que a decisão é conduzir o caso conduzir o caso ambulatorialmenteambulatorialmente. (. (LorinLorin MI MI andand FeiginFeiginRD, 1998)RD, 1998)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaFatores de risco para Bacteremia Oculta (Lorin MI and Feigin

RD, 1998; Powell KR, 2000):

idade (< 28 dias; < 3 meses; < 24 meses; < 36 meses)febre > 39o.Cleucograma > 15.000/mm3

neutrofilia, desvio para esquerda, VHS e proteína C elevadasco-morbidade: anemia falciforme, imunodeficiência, desnutriçãohistória de contato com doença bacteriana (meningococo)

Fatores de risco para Fatores de risco para BacteremiaBacteremia Oculta (Oculta (LorinLorin MI MI andand FeiginFeiginRD, 1998; RD, 1998; PowellPowell KR, 2000):KR, 2000):

idade (< 28 dias; < 3 meses; < 24 meses; < 36 meses)idade (< 28 dias; < 3 meses; < 24 meses; < 36 meses)febre > 39febre > 39o.o.CCleucogramaleucograma > 15.000/mm> 15.000/mm33

neutrofilianeutrofilia, desvio para esquerda, VHS e proteína C , desvio para esquerda, VHS e proteína C elevadaselevadascoco--morbidade: anemia falciforme, imunodeficiência, morbidade: anemia falciforme, imunodeficiência, desnutriçãodesnutriçãohistória de contato com doença bacteriana (história de contato com doença bacteriana (meningococomeningococo))

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaQuais os métodos propedêuticos mais indicados para

a investigação do caso?

1)Hemograma2)Hemocultura 3)Estudo do Líquor4)Sumário de Urina5)Urocultura

Quais os métodos propedêuticos mais indicados para Quais os métodos propedêuticos mais indicados para a investigação do caso?a investigação do caso?

1)Hemograma1)Hemograma2)Hemocultura 2)Hemocultura 3)Estudo do 3)Estudo do LíquorLíquor4)Sumário de Urina4)Sumário de Urina5)5)UroculturaUrocultura

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaA prevalência de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses

e 2 anos com Febre sem Sinais Localizatórios é aproximadamente 5%. (Hoberman A et al., 1993)

O risco relativo de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses e 2 anos, do sexo feminino é 2,27 vezes em relação ao sexo masculino. (AAP, 1999)

Em menores de 1 ano, a prevalência de ITU em meninas é 6,5% e em meninos é 3,3%. (AAP, 1999)

A prevalência de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses A prevalência de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses e 2 anos com Febre sem Sinais e 2 anos com Febre sem Sinais LocalizatóriosLocalizatórios é é aproximadamente 5%. (aproximadamente 5%. (HobermanHoberman A et al., 1993)A et al., 1993)

O risco relativo de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses O risco relativo de ITU em lactentes, com idade entre 2 meses e 2 anos, do sexo feminino é 2,27 vezes em relação ao e 2 anos, do sexo feminino é 2,27 vezes em relação ao sexo masculino. (AAP, 1999)sexo masculino. (AAP, 1999)

Em menores de 1 ano, a prevalência de ITU em meninas é Em menores de 1 ano, a prevalência de ITU em meninas é 6,5% e em meninos é 3,3%. (AAP, 1999) 6,5% e em meninos é 3,3%. (AAP, 1999)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaSe um lactente, com idade entre 2 meses e 2 anos, com

Febre sem Sinais Localizatórios vai utilizar antimicrobiano, amostra de urina obtida por punção suprapúbica ou cateter transuretral deve ser obtida antes do início do tratamento. (AAP, 1999)

A amostra de urina para Sumário de urina ou Urina tipo 1 pode ser obtida por saco coletor aderido ao períneo. (AAP, 1999)

Se um lactente, com idade entre 2 meses e 2 anos, com Se um lactente, com idade entre 2 meses e 2 anos, com Febre sem Sinais Febre sem Sinais LocalizatóriosLocalizatórios vai utilizar antimicrobiano, vai utilizar antimicrobiano, amostra de urina obtida por punção amostra de urina obtida por punção suprapúbicasuprapúbica ou cateter ou cateter transuretral deve ser obtida antes do início do tratamento. transuretral deve ser obtida antes do início do tratamento. (AAP, 1999)(AAP, 1999)

A amostra de urina para Sumário de urina ou Urina tipo 1 A amostra de urina para Sumário de urina ou Urina tipo 1 pode ser obtida por saco coletor aderido ao períneo. (AAP, pode ser obtida por saco coletor aderido ao períneo. (AAP, 1999)1999)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaInvestigação de ITU em paciente com FSSL (AAP, 1999)

indicação clínica de uso imediato de antimicrobiano

Urina por punção ou Urina por saco coletor paracateter para sumário sumárioe cultura

alterado normal

urina por punção ou cateter para cultura

Investigação de ITU em paciente com FSSL (AAP, 1999)Investigação de ITU em paciente com FSSL (AAP, 1999)

indicação clínica de uso imediato de antimicrobianoindicação clínica de uso imediato de antimicrobiano

Urina por punção ou Urina por saco coletor pUrina por punção ou Urina por saco coletor paraaracateter para sumário sumáriocateter para sumário sumárioe culturae cultura

alterado alterado normalnormal

urina por punção urina por punção ou cateter para culturaou cateter para cultura

sim não

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaSensibilidade e Especificidade de Componentes do Sumário de

Urina (AAP, 1999)Teste Sensibilidade % Especificidade %

(Variação) (Variação)leucócito esterase 83 (67-94) 78 (64-92)nitrito 53 (15-82) 98 (90-100)leucócito esterase OUnitrito 93 (90-100) 72 (58-91)leucócitos > 5 /campo 73 (32-100) 81 (45-98)bactéria (GRAM) 81 (16-99) 83 (11-100)qualquer um dos métodosacima 99,8 (99-100) 70 (60-92)

Sensibilidade e Especificidade de Componentes do Sumário de Sensibilidade e Especificidade de Componentes do Sumário de Urina (AAP, 1999)Urina (AAP, 1999)

Teste Sensibilidade % EspecificidTeste Sensibilidade % Especificidade %ade %(Variação) (V(Variação) (Variação)ariação)

leucócito leucócito esteraseesterase 83 (6783 (67--94) 78 (6494) 78 (64--92)92)nitrito 53 (15nitrito 53 (15--82) 98 (9082) 98 (90--100)100)leucócito leucócito esteraseesterase OUOUnitrito 93 (90nitrito 93 (90--100) 72 (58100) 72 (58--91)91)leucócitos > 5 /campo 73 (32leucócitos > 5 /campo 73 (32--100) 81 (45100) 81 (45--98)98)bactéria (GRAM) 81 (16bactéria (GRAM) 81 (16--99) 83 (1199) 83 (11--100)100)qualquer um dos métodosqualquer um dos métodosacima 99,8 (99acima 99,8 (99--100) 70 (60100) 70 (60--92)92)

Page 62: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaO diagnóstico de ITU só pode ser estabelecido por urocultura.

(AAP, 1999)

Critério para diagnóstico de ITU (Hellerstein S, 1982)

Método de coleta Número de colônias Probabilidade (%)

PSP bacilo Gram -: > 1 > 99%coco Gram +: > x.000

Cateter > 100.000 95%Jato médio* > 100.000 alta*Elder JS, 2000

O diagnóstico de ITU só pode ser estabelecido por O diagnóstico de ITU só pode ser estabelecido por uroculturaurocultura. . (AAP, 1999)(AAP, 1999)

Critério para diagnóstico de ITU (Critério para diagnóstico de ITU (HellersteinHellerstein S, 1982)S, 1982)

Método de coleta Número de colônias Probabilidade (%)Método de coleta Número de colônias Probabilidade (%)

PSP bacilo PSP bacilo GramGram --: : >> 1 > 99%1 > 99%coco coco GramGram +: > x.000+: > x.000

Cateter > 100.000 9Cateter > 100.000 95%5%Jato médio* > 100.000 altaJato médio* > 100.000 alta*Elder JS, 2000*Elder JS, 2000

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaQual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?

1)sulfametoxazol-trimetoprim2)aminoglicosídeo3)ceftriaxona4)cefalexina5)cefalotina

Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o caso?

1)1)sulfametoxazolsulfametoxazol--trimetoprimtrimetoprim2)2)aminoglicosídeoaminoglicosídeo3)3)ceftriaxonaceftriaxona4)4)cefalexinacefalexina5)5)cefalotinacefalotina

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaIndicação para antibiótico parenteral em ITU (AAP, 1999)

criança com SRIS, ou seja, Sepsedesidrataçãoincapacidade de reter medicação oral

Quadro clínico de pielonefrite (Elder JS, 2000)dor abdominal ou em flanco, febre, prostração, náusea, vômito, diarréia, icterícia (em recém-nascidos)

Indicação para antibiótico parenteral em ITU (AAP, 1999)Indicação para antibiótico parenteral em ITU (AAP, 1999)

criança com SRIS, ou seja, criança com SRIS, ou seja, SepseSepsedesidrataçãodesidrataçãoincapacidade de reter medicação oralincapacidade de reter medicação oral

Quadro clínico de Quadro clínico de pielonefritepielonefrite (Elder JS, 2000)(Elder JS, 2000)dor abdominal ou em flanco, febre, prostração, náusea, dor abdominal ou em flanco, febre, prostração, náusea, vômito, diarréia, icterícia (em recémvômito, diarréia, icterícia (em recém--nascidos)nascidos)

Page 65: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianoterapia em ITU X Etiologia (Elder JS, 2000)

ITU são causadas principalmente por bactérias do cólon;em meninas, 75%-90% de todas as infecções são causadas por Escherichia coli, seguida por Klebsiella e Proteus.em meninos > 1 ano, Proteus é tão comum quanto E. coli.Staphylococcus saprophyticus pode ser patogênico em ambos os sexos.

AntimicrobianoterapiaAntimicrobianoterapia em ITU X Etiologia (Elder JS, 2000)em ITU X Etiologia (Elder JS, 2000)

ITU são causadas principalmente por bactérias do cólon;ITU são causadas principalmente por bactérias do cólon;em meninas, 75%em meninas, 75%--90% de todas as infecções são causadas 90% de todas as infecções são causadas por por EscherichiaEscherichia colicoli, seguida por , seguida por KlebsiellaKlebsiella e e ProteusProteus..em meninos > 1 ano, em meninos > 1 ano, ProteusProteus é tão comum quanto é tão comum quanto E. E. colicoli..StaphylococcusStaphylococcus saprophyticussaprophyticus pode ser patogênico em pode ser patogênico em ambos os sexos.ambos os sexos.

Page 66: Uso Racional de Antimicrobianos em Pediatria · Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria AON: G1 P1, PSNV a termo, Apgar 9, 10, peso 3.220gr. AA: LM até os dias atuais;

C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianoterapia em ITU X Quadro clínico (AAP, 1999;

Elder JS, 2000)

agentes como nitrofurantoína ou ácido nalidíxico que são excretados na urina mas não atingem concentrações terapêuticas no sangue ou no tecido renal, NÃO devem ser utilizados para o tratamento de ITU com febre.

AntimicrobianoterapiaAntimicrobianoterapia em ITU X Quadro clínico (AAP, 1999; em ITU X Quadro clínico (AAP, 1999; Elder JS, 2000)Elder JS, 2000)

agentes como agentes como nitrofurantoínanitrofurantoína ou ácido ou ácido nalidíxiconalidíxico que são que são excretados na urina mas não atingem concentrações excretados na urina mas não atingem concentrações terapêuticas no sangue ou no tecido renal, NÃO devem ser terapêuticas no sangue ou no tecido renal, NÃO devem ser utilizados para o tratamento de ITU com febre.utilizados para o tratamento de ITU com febre.

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaOpções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via Oral(AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000; Mc Cracken

GH, 2002)Antimicrobiano Dose

amoxicilina 50 mg / kg / dia, 12 em 12 hsSMX-TMP 30-60, 6-12 mg / kg / dia, 12 em 12 hscefalexina 50-100 mg / kg / dia, 6 em 6 hscefadroxil 30 mg / kg / dia, 12 em 12 hscefprozil 30 mg / kg / dia, 12 em 12 hsnitrofurantoína 5-7 mg / kg / dia, 6 em 6 hs

Opções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via OralOpções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via Oral(AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000; Mc (AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000; Mc CrackenCracken

GH, 2002)GH, 2002)Antimicrobiano DoseAntimicrobiano Dose

amoxicilinaamoxicilina 50 mg / kg / dia, 12 em 12 50 mg / kg / dia, 12 em 12 hshsSMXSMX--TMP 30TMP 30--60, 660, 6--12 mg / kg / dia, 12 em 12 12 mg / kg / dia, 12 em 12 hshscefalexinacefalexina 5050--100 mg / kg / dia, 6 em 6 100 mg / kg / dia, 6 em 6 hshscefadroxilcefadroxil 30 mg / kg / dia, 12 em 12 30 mg / kg / dia, 12 em 12 hshscefprozilcefprozil 30 mg / kg / dia, 12 em 12 30 mg / kg / dia, 12 em 12 hshsnitrofurantoínanitrofurantoína 55--7 mg / kg / dia, 6 em 6 7 mg / kg / dia, 6 em 6 hshs

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaOpções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via

Parenteral (AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000)

Antimicrobiano Dose

cefalotina 100-150 mg / kg / dia, 6 em 6 hscefazolina 50-100 mg / kg / dia, 8 em 8 hsampicilina 100-200 mg / kg / dia, 6 em 6 hsceftriaxona 75 mg / kg / dia, 24 em 24 hsgentamicina 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 hstobramicina 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 hs

Opções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via Opções de antimicrobiano para tratamento de ITU Via Parenteral (AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000)Parenteral (AAP, 1999; RED BOOK, 2003; Elder JS, 2000)

Antimicrobiano DoseAntimicrobiano Dose

cefalotinacefalotina 100100--150 mg / kg / dia, 6 em 6 150 mg / kg / dia, 6 em 6 hshscefazolinacefazolina 5050--100 mg / kg / dia, 8 em 8 100 mg / kg / dia, 8 em 8 hshsampicilinaampicilina 100100--200 mg / kg / dia, 6 em 6 200 mg / kg / dia, 6 em 6 hshsceftriaxonaceftriaxona 75 mg / kg / dia, 24 em 24 75 mg / kg / dia, 24 em 24 hshsgentamicinagentamicina 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 hshstobramicinatobramicina 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 7,5 mg / kg / dia, 8 em 8 hshs

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAminoglicosídeos (Reese RE et al., 2000)

excelente atividade contra a maioria dos bastonetes Gramnegativos aeróbiosno entanto, quando a sensibilidade é conhecida, é preferível utilizar ampicilina OU cefalosporinaa distância entre as concentrações eficazes e tóxicas é muito pequenatoxicidade intrínseca, especialmente quando o uso > 7 diasgrande variação no volume de distribuição e na taxa de excreção monitorização de nível sérico é ideal a cada 3-4 dias se o paciente está estável, no pico (30 minutos após infusão) e na linha de base (antes da infusão da próxima dose)

AminoglicosídeosAminoglicosídeos ((ReeseReese RE et al., 2000)RE et al., 2000)excelente atividade contra a maioria dos bastonetes excelente atividade contra a maioria dos bastonetes GramGramnegativos aeróbiosnegativos aeróbiosno entanto, quando a sensibilidade é conhecida, é no entanto, quando a sensibilidade é conhecida, é preferível utilizar preferível utilizar ampicilinaampicilina OU OU cefalosporinacefalosporinaa distância entre as concentrações eficazes e tóxicas é a distância entre as concentrações eficazes e tóxicas é muito pequenamuito pequenatoxicidade intrínseca, especialmente quando o uso > 7 diastoxicidade intrínseca, especialmente quando o uso > 7 diasgrande variação no volume de distribuição e na taxa de grande variação no volume de distribuição e na taxa de excreção excreção monitorização de nível monitorização de nível séricosérico é ideal a cada 3é ideal a cada 3--4 dias se o 4 dias se o paciente está estável, no pico (30 minutos após infusão) e paciente está estável, no pico (30 minutos após infusão) e na linha de base (antes da infusão da próxima dose)na linha de base (antes da infusão da próxima dose)

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAminoglicosídeos (Reese RE et al., 2000)

tratamento de patógenos sensíveis para os quais não há antimicrobiano menos tóxico disponívelquando a sensibilidade existe para gentamicina e amicacinaa preferência deve ser dada para a gentamicina cuja razão custo-benefício é menornível baixo em secreções brônquicasação muito pobre em abscesso em virtude do baixo pH e da anaerobiose

AminoglicosídeosAminoglicosídeos ((ReeseReese RE et al., 2000)RE et al., 2000)tratamento de tratamento de patógenospatógenos sensíveis para os quais não há sensíveis para os quais não há antimicrobiano menos tóxico disponívelantimicrobiano menos tóxico disponívelquando a sensibilidade existe para quando a sensibilidade existe para gentamicinagentamicina e e amicacinaamicacinaa preferência deve ser dada para a a preferência deve ser dada para a gentamicinagentamicina cuja razão cuja razão custocusto--benefício é menorbenefício é menornível baixo em secreções brônquicasnível baixo em secreções brônquicasação muito pobre em abscesso em virtude do baixo pH e ação muito pobre em abscesso em virtude do baixo pH e da anaerobioseda anaerobiose

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Aminoglicosídeo - dose única diária (Gerberding JL, 1998)

Racionalidade da dose única diária:1)ação bactericida é dependente da concentração2)efeito pós-antibiótico: permanência do efeito supressor sobre a bactéria após queda do antibiótico abaixo do MIC3)nefrotoxicidade e provavelmente ototoxicidade estão relacionadas ao tempo de exposição a droga

AminoglicosídeoAminoglicosídeo -- dose única diária (dose única diária (GerberdingGerberding JL, JL, 1998)1998)

Racionalidade da dose única diária:Racionalidade da dose única diária:1)ação bactericida é dependente da concentração1)ação bactericida é dependente da concentração2)efeito pós2)efeito pós--antibiótico: permanência do efeito supressor antibiótico: permanência do efeito supressor sobre a bactéria após queda do antibiótico abaixo do MICsobre a bactéria após queda do antibiótico abaixo do MIC3)3)nefrotoxicidadenefrotoxicidade e provavelmente e provavelmente ototoxicidadeototoxicidade estão estão relacionadas ao tempo de exposição a drogarelacionadas ao tempo de exposição a droga

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Aminoglicosídeo - dose única diária (Gerberding JL, 1998)

Exclusão para dose única diária de aminoglicosídeo- neonatos / crianças - sepse grave- fibrose cística- endocardite- ascite- diálise- infecção invasiva por P. aeruginosa em neutropênico- etc.

AminoglicosídeoAminoglicosídeo -- dose única diária (dose única diária (GerberdingGerberding JL, JL, 1998)1998)

Exclusão para dose única diária de Exclusão para dose única diária de aminoglicosídeoaminoglicosídeo-- neonatos / crianças neonatos / crianças -- sepsesepse gravegrave-- fibrose císticafibrose cística-- endocarditeendocardite-- asciteascite-- diálisediálise-- infecção infecção invasivainvasiva por por P. P. aeruginosaaeruginosa em em neutropêniconeutropênico-- etc.etc.

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaMiron D. Once daily dosing of gentamicin in infants and

children. Pediatr Infect Dis J 2001; 20: 1169-1173.

From the Pediatric Department, Ha’Emek Medical Center, Afula, and the Technion School of Medicine, Haifa, Israel.

“O número de pacientes pediátrico incluídos nos estudos até então publicados não é grande. Estudos prospectivos controlados, preferencialmente multicêntricos, estudando um número maior de lactentes e crianças, são necessários para estabelecer a segurança e a eficácia da dose única diária de aminoglicosídeos para o uso rotineiro.”

MironMiron D.D. OnceOnce dailydaily dosingdosing of of gentamicingentamicin in in infantsinfants andandchildrenchildren. . PediatrPediatr InfectInfect DisDis J 2001; 20: 1169J 2001; 20: 1169--1173.1173.

FromFrom thethe PediatricPediatric DepartmentDepartment, Ha’, Ha’EmekEmek Medical Medical CenterCenter, , AfulaAfula, , andand thethe TechnionTechnion SchoolSchool of Medicine, of Medicine, HaifaHaifa, Israel., Israel.

“O número de pacientes pediátrico incluídos nos estudos até “O número de pacientes pediátrico incluídos nos estudos até então publicados não é grande. Estudos prospectivos então publicados não é grande. Estudos prospectivos controlados, preferencialmente controlados, preferencialmente multicêntricosmulticêntricos, estudando , estudando um número maior de lactentes e crianças, são necessários um número maior de lactentes e crianças, são necessários para estabelecer a segurança e a eficácia da dose única para estabelecer a segurança e a eficácia da dose única diária de diária de aminoglicosídeosaminoglicosídeos para o uso rotineiro.” para o uso rotineiro.”

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Muito ativas contra cocos Gram positivos e moderadamente ativas contra Moraxella catarrhalis, E. coli, Proteus mirabilis(indol-negativo) e Klebisiella pneumoniae. A atividade antibacteriana para outras enterobactérias é imprevisível. (Karchmer AW, 2000)

Muito ativas contra cocos Muito ativas contra cocos GramGram positivos e moderadamente positivos e moderadamente ativas contra ativas contra MoraxellaMoraxella catarrhaliscatarrhalis, , E. E. colicoli, , ProteusProteus mirabilismirabilis((indolindol--negativonegativo) e ) e KlebisiellaKlebisiella pneumoniaepneumoniae. . A atividade A atividade antibacterianaantibacteriana para outras para outras enterobactériasenterobactérias é imprevisível. é imprevisível. ((KarchmerKarchmer AW, 2000)AW, 2000)

Atividade das Cefalosporinas de Primeira Geração

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

Muito ativas contra S. pneumoniae, S. pyogenes, H. influenzae, N. meningitidis, N. gonorrhoeae, Moraxellacatarrhalis, E. coli, Proteus mirabilis (indol-negativo),Klebisiella pneumoniae, Proteus indol-positivo, Providencia e Serratia. (Karchmer AW, 2000)

Muito ativas contra Muito ativas contra S. S. pneumoniaepneumoniae, , S. S. pyogenespyogenes, , H. H. influenzaeinfluenzae, N. , N. meningitidismeningitidis, N. , N. gonorrhoeaegonorrhoeae, , MoraxellaMoraxellacatarrhaliscatarrhalis, , E. E. colicoli, , ProteusProteus mirabilismirabilis ((indolindol--negativonegativo),),KlebisiellaKlebisiella pneumoniaepneumoniae, , ProteusProteus indolindol--positivopositivo, Providencia , Providencia ee SerratiaSerratia. . ((KarchmerKarchmer AW, 2000)AW, 2000)

Atividade das Cefalosporinas de Terceira Geração

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAtividade das Penicilina contra algumas Enterobactérias(Chambers HF, 2000)

Concentração Inibitória Mínima

Bactéria Penicilina G Ampicilina Oxacilina Ticarcilina Piperacilina

E. coli 100 3 > 1000 6 8

P. mirabilis 50 3 > 1000 1,5 1

Klebsiella spp. > 400 200 > 1000 > 400 16

Salmonella 10 1,5 > 1000 3 4

Shigella 20 1,5 > 1000 3 8

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

É muito importante que o médico ao prescrever o antimicrobiano lembre dos patógenos que serão atingidos propositadamente, pois estão desencadeando doença, e das bactérias potencialmente patogênicas que também serão atingidas; esperamos que este médico tenha a sabedoria de escolher o antimicrobiano com espectro de ação mais estreito possível de modo a trazer o benefício desejado, sem trazer malefícios não só para o paciente em tratamento como também para toda a comunidade e todos os demais seres humanos que ali convivem...

É muito importante que o médico ao prescrever o É muito importante que o médico ao prescrever o antimicrobiano lembre dos antimicrobiano lembre dos patógenospatógenos que serão que serão atingidos propositadamente, pois estão atingidos propositadamente, pois estão desencadeando doença, e das bactérias desencadeando doença, e das bactérias potencialmente patogênicas que também serão potencialmente patogênicas que também serão atingidas; esperamos que este médico tenha a atingidas; esperamos que este médico tenha a sabedoria de escolher o antimicrobiano com sabedoria de escolher o antimicrobiano com espectro de ação mais estreito possível de modo a espectro de ação mais estreito possível de modo a trazer o benefício desejado, sem trazer malefícios trazer o benefício desejado, sem trazer malefícios não só para o paciente em tratamento como não só para o paciente em tratamento como também para toda a comunidade e todos os também para toda a comunidade e todos os demais seres humanos que ali convivem...demais seres humanos que ali convivem...

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C M C NascimentoC M C Nascimento--CarvalhoCarvalho

Antimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em PediatriaAntimicrobianos em Pediatria

O surgimento de cepas resistentes às cefalosporinas, especialmente de Enterobacter cloacae, Klebsiellaspecies e Serratia species, pode ocorrer como um resultado do uso rotineiro de cefalosporinas de espectro expandido em uma enfermaria. (RED BOOK, 2003)

O surgimento de cepas resistentes às O surgimento de cepas resistentes às cefalosporinascefalosporinas, , especialmente de especialmente de EnterobacterEnterobacter cloacaecloacae, , KlebsiellaKlebsiellaspeciesspecies e e SerratiaSerratia speciesspecies, pode ocorrer como um , pode ocorrer como um resultado do uso rotineiro de resultado do uso rotineiro de cefalosporinascefalosporinas de de espectro expandido em uma enfermaria. (RED espectro expandido em uma enfermaria. (RED BOOK, 2003)BOOK, 2003)