..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se...

16
..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^

Transcript of ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se...

Page 1: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^

Page 2: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

Página 2 Sexta-feira, 22 de junho de 1945 O GL01IO SPOKTTVO

—•Passar roupa pesava-me como

15. | ' ¦•^"-""" ¦¦'.¦¦'¦¦¦'• í(- >¦ 9

/^ "'' \

,..mos. essa extrema sensação de desânimo desapareceucom o wso do Vinho Reconstituinte Silva Atavio*

Às vezes, a mais leve das tarefas parece-nos tão pesada,tão árdua, tão penosa... E quando se toma necessário ave-riguar se não se trata de sangue pobre, fraco e desnutrido.Porque daí às vezes advém tal estado de depauperamento

que o desânimo impede qualquer trabalho... Para os fracose esgotados, nossos eminentes médicos recomendam VinhoReconstituinte Silva Araújo. Ê que esse poderoso fortifl-cante contém cálcio, fósforo, quina e peptona. Assim,abrindo o apetite, estimulando a assimilação dos alimen-tos e reajustando todas as energias, Vinho Reconstttuin-te Silva Araújo deve ser tomado quando o enfraqueci-mento geral e a indisposição para a menor tarefa sò-mente podem ser combatidos mediante a ação de um

poderoso revigorante do sangue.

I£*»5

W

Como outras sumida-des. assim atesta oprofessor AugustoPaulino:

um-f-.r •'.

v-

"Tenho empregado, deIo noa data e semprecom ótimos resultados,o Vinho Rcconstituin-te Silva Araújo, ótinio

e conhecido preparado que nuncafalha" nos casos indicados'. Paia-t>ras como estas constituem osinúmeros testemunhos atestando oVinho Reconstituinte Silva Araújocomo consagrado revigorante dosangue.

<%/O Jrnecouá////a/í/è

__ O TÔNICO QUE VALE SAUDEI

SdX M íil SVW—ltt V»

mH

'| jV* *c,V*__|

«__i \-~_£&J

w/t M

IV RO\-J cd rx tz

Joreca, o técnico do São Pau!o, durante a sua

permanência no rio, fez uma revelação sensacio»naf: está escrevendo um tratado sobre Domingos.Não se traía de uma biografia, e sim de um e;:tu-

do das excepcionais virtudes rfutebolísticas do "divino mês- "'tre". Jcreca considera o za-gueiro urrj "poço de ciência"em matéria de football. Cadavez que o vê atuar descobrena atuação do crack novosrecursos, uma mestria insttpe-raveí. Certa vez um "fan" deDomingos, após uma . jogadodo sensacional zagueiro, fez

questão de comprar outra en-

ARTIGOS I>E ESPORTES

CA54

trada, porque só aquela intervenção do jogadorpagara a quantia que dispendera para assistir aojogo. O fato foi comentado, imitado, adquiriu qua»se o sentido de legenda. No entanto, isso é um

3 hábito de Joreca, pagar entra-da exclusivamente para ver Do-mingos atuar. Quando não hájo&o do São Paulo, o "coach"

vai ver o Corintians, ou me-lhor, Domingos jogar. O obje-tivo é colher elementos para o

I II

Encerrou-se o primeiro turno do campeonato paulista,itXÉmo São Paulo destacado na liderança — quatro pontos de vài-Jtagem sobre o Palmeiras, segundo colocado — tendo perdido,;um só ponto, no empate com o Santos, em Vila Belmiro. Qa!detalhes da rodada de encerramento do turno do certame ban*'ideirante foram estes:

São Paulo 5 x Portuguesa Santista 0RENDA: Cr$ 51.342,00. Juiz: Jo&o Etzcl. Goals de Barrios

no primeira fase e Sastre, Remo (2) e Teixcirinha, na segunda.SAO PAULO — Gijo, Piolim e Ruy; Bauer, Zaraur e No-

ronha; Barrios. Sastre, Leonidas, Remo e Teíxeirinha.PORTUGUESA SANTISTA — Barola. Guilherme e Graham

Bell; Filhlnho, Brandaozinho e Ary Silva; jatir, Odilon, Paiva,Olegario e Mario.

Corintians 3 x S. P. R. 0RENDA: Cr$ 31.588,00. Juiz: José Alexandrino. Goals de

Eduardlnho, Ruy e Milani. no primeiro tempo.CORINTIANS — Bino, Domingos e Beglíomme; Palmer,

Hélio e Aleixo; Cláudio, Milani, Servido. Eduardlnho e Ruy.S.P.R. — ivo. Moacyr c Dedão; Damasceno, Celeste e In-

glôs; Xavier, Charuto, Rivetti, Passarinho e Vicente.

Santos 3 x Comercial 2RENDA: Cr$ 7.292,00. Juiz: Sino Del Debbio. Goals de

Jorginho, Odair e Alberto, no primeiro tempo, e Vacarg (2) nosegundo. Tuffy defendeu dois penaltyes, ambos no 2* tempo.

SANTOS — Joel, Toninho e Árticas; Nene, Alberto e Avala-Jorginho, Odair, Aveiro, Eunapio c Rabeca.

COMERCIAL — Tuffy, Jaú e Saraca; Ulisses, Baia c Ma-grl; Mendes, invernizi, Romcuzinho, Paulo e Vacaro

Port. de Desportos 3 x Jabaquara 0RENDA: Cr$ 3.693,00. Juiz: Jorge Miguel. Goals de Ma-noelão, Pinga e Nininho.PORTUGUESA DE DESPORTOS — Caxambú, Lorlco eNino; Luizinho. Manoclão e Hélio; Nininho, Arturanho, Re-nato, Pinga e Capelozl.JABAQUARA — Taladas, Souza e Zé Maria; Gambá, Ma-rio e Maravilha; Godoy, Baltazar, Baía, Leonaldo e Tom Mix.

A situação dos concorrentesPOSIÇÃO DOS CLUBES — Io lugar — São Paulo, com 19

pontos ganhos e um perdido; 2a — Palmeiras, com 15 pontosganhos e cinco perdidos; 3o — Corintians, com 14 pontos ganhose seis perdidos; 4o — Portuguesa de Desportos, com 13

"pontosganhos e sete perdidos; 5o — S..P.R.. com 11 pontos ganhose nove perdidos; 6o — Ipiranga é Juventus, com io pontos ga-nhos e 10 perdidos; 7o — Santos e jabaquara, com oito pon-tos ganhos e 12 perdidos; 8o — Portuguesa Santista, com cincopontos ganhos e 15 perdidos; 9° — Comercial, com três pon'osganhos e 17 perdidos.

ARTILHEIROS — Passarinho 14 goals): Servilio e Barrios(8); Jorginho (Santos) e Teixcirinha (7); Romcuzinho _ Li-ma — Oswaldinho (Palmeiras) e Milani (6); Vicente — Leo-tildas — Gonzalez e Sastre (5); Luizinho — Paulo — Eunapio— Aldo — Artur — Nenê — Alemãozinho — Cláudio _ Balta-zar — Capelozi —- Og — Teleco — pinga — Remo e Vacaro (4);Terrari — Duzentos — Baia — Mario Miranda Nelson -1Olegario — Milton — Nininho e Eduardinho (3>; Otacilio —Renato _ Mantovani — Ruy (Santos) — pipl Geraldo —Leonaldo — Reinaldo _ Ruy (Corintians) — Alberto n Odair(2); Mendes — viladonlga — Maracaí — oswaldinho (Portu-guesa) — Aleixo — Magri — Pilola — Parid — Pedrito — Ru-bens — Gengo — Viana — Lorlco — walter Charuto — Lu-percio — Zali — Brandcãozinho — Rivetti — Tom Mix — Gam-ba e Manoelülo (um goal).

ARTILHEIROS NEGATIVOS — Moacyr (S.P.R.) • Caiei-ra (Palmeiras-) e Souza (Jabaquara) — Um goal.ARQUEIROS VAZADOS — Rodrigues e Talladaa <27 goals)-Chiquinho e Joel (24 goals); Tadeu (2); Barola (19)- Ivo (14):Oberdan (11); Rato, Gijo e Caxambú (10); Antônio (9)- Pió(8<; Mauro (7); Mario (5); Rafael (3); Tuffy (3) e Bino' (2).JUIZES QUE ATUARAM — Joio Etzel, 12 vezes: José Ale-xandrino, sete vezes); Artur Cirlrin, Aldo Bemarrll e JorgeMiguel, seis vezes; Silio Del Debbio. cinco vezes- Rodolfo Wen-zel, quatro vezes; Paulo Garcia, Artur Rocha,

'Artur Garcia eAtílio Grimaldl, duas.

18, Praça Tiradenteg, 18ABERTA AXÉ 22 HORAS

RENDAS: 1" rodada— CrS 131.574,00; 2R:CrS 222.710.00; V. CrS278.831,00; 4»: CrS486 G98.00: »•: CrS153.760,00; 6a: CrS346.512,00: 7*: CrS177.995.00: 8": Cr$167.948,00; 9»: CrV148.242,00; 10": CrS264.622,00; 11": CrS....304.734,00; 12»: CrS93.915,00. Total: CrS2.778,330,00.

CABELG5 BRâNCDS1k^SíjS I I I í J J 1 L J jj l

5Â-5E COMOLOCAO

. O GLOBO SPORTIVO — Diretorcm Roberto

| Marinho e Mario Rodrigues Filho, ilerente: —Henrique Tavares. Secretario: Ricardo Serran.

livro, que será um verdadeiro J Redação, administração e oficinas: rim Itefchenronrttratado de football. (la SÜVJlj 21j 1>0 andar< R|o flfi Jftneiro ()oh Joreca, antigo jornalista, Ipoderá realiwr uma obra inte- j

numero «'l>l»,so I>ar" todo o Brasil: Cr* 0,50. _ressante. I Assinaturas: anual, Cr$ 25,00; semestral, Cr$ 15,00.

Page 3: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

O (j 1,0110 SPORTIVO Sexta-feira, ü*2 de junho de 1945 Página 8

wèF iDUd lloí lUldüo mWÊmmÉÈKÈHmfflm

ias sua roup5 rirei

SF O SEU ROMANCE já não vai tão bem

quanto antes, penso neste ponto fácilde corrigir. Ao fim do dia, faça este teste:sinta, em sua roupa, o que os outrossentem em você... Se a reação não fôrboa — use Salus! De ação ultra-ativa,Salus limpa rigorosamente a epiderme,remove o pó. os detritos e as impurezas

que se depositam sobre a pele, facultandoaos poros respiração li- ,-~~_^_ /—^vre.repousante. Ut (Salus!/ j—/^-x, Ox>

— • • •

va ^ 'A nõo/» í 7,\ r- i A &¦¦¦iry {-y}\ v~ n\

I ' //\ \\ ^

¦*sffl^^fSf!lÍlPÍͦ•'' C-/V(x> ^"^-^WÈi ^pÜf k «I lÉÉt ^ W;:_ - jp|

I

[PGSQ0Q80"

Valeu-me de alguma coisa a ex-periencia cio ano passado, Flavio.

Ainda é cedo para que você diga is-so, Ondino.— Cedo por que?

O campeonato não começou.E que tem isso?Tem muita coisa. Por enquanto

você não fez mais do que fez o ano

Não pense, Flavio, que todo diaé dia santo.

Eu não estou pensando nada, On-dino. Mas lhe digo uma coisa: o Vas-co aperfeiçoou-se em levantar tor-neios, o Flamengo ape-rleicoou-.se emlevanl ar campeonatos.

O Vasco, Flavio, aperfeiçoou-secm ganhar jogos.

ai!

Aguardem o próximonúmero de "\/

(j/m W

passado. Até, se a gente for examinarmuito menos.

Ah! você está se referindo ao'* Ri lámpago".

Exatamente. Você sabe perfeitamente, Flavio,

que „ Vasco não botou em «impo o | que ganhe o campeonato

Vamos ver.O ano passado não entra em con-

t;s, Flavio. Foi a primeira grande ex-periencia do Vasco.

O Flamengo não se imporia deperder uns jogos, Ondino, contanto

seu liam no "Relâmpago .—- Agora é que você diz isso. Ondi-

no. Na ocasião você dizia que aquele ;era <. team do Vasco.

Era um dos leams do Vasco.-.- o Flamengo também nao botou ,

o seu team completo no "Relâmpago", ;

t hwlino. .No "Municipal" o Flamengo não i

tom desculpa nenhuma.O Flamengo nem esta completo

ainda, Ondino. Falta o Norival.Foi com Quirino que o Flamengo

venceu o campeonato do ano passado.Quem vai jogar no campeonato

deste, ano é o Norival. OndinoEu só sei de uma coisa, Flavio:

ê que o Vasco pegou o Flamengo queg.,nhou o campeonato do ano passa-do e deu nele.

Não vanms faíar em derrota, On-Ihui.dino. O Flamengo sem team deu n<>Vasco iio ¦"Relâmpago".

Num team do Vasco.(1 Vasco lambem só deu num team

do Flamengo.Num team que era o único que

u Flamengo tinha.O Flamengo está melhorando,

Ondino. E vai melhorar ainda muito. () Vasco não pode melhorar as-

_ Pode.() Vasco está dando o que pode

dai . O máximo que o Vasco pode la-zer e isso.

Ganhar cmapeonalos.For enquanto ganhar torneios.

il.i uma diferença entre Relâmpagos,Municipais e campeonatos, Ondino.

O meio mais seguro de ganharcampeonatos é não perder nenhumjogo.

Ah! você pensa em não perdernenhum jogo?

Se lõr possível, Flavio.-- Fois o Flamengo não espera tan-

Io, Ondino. Embora conte com maisum campeonato, está certo que vaiperder um match ou dois.

Se o Vasco perder um match oudois dois eu acho que será demais,Flavio — eu me conformarei, Flavio,contanto que não pena o campeo-nato.

- Fois a minha vantagem é esta,Flavio: eu estou preparado para aderrota.

Fu me preparei para a vitoria. Quando o Flamengo perder, não

havei á nada de mais, tudo estará co-mo devia estar. O Flamengo fez che-gada, Ondino.

Fazer chegada é perigoso. Fia-VJO .

Deu certo durante três anos.F' melhor sair na frente e che-

gar nu frente. Se o Flamengo sair na frente e

chegar na frente, melhor. O Vasco está aí para atrapalhar

¦a vida do Flamengo. O Flamengo também está aí para

atrapalhar a vida tio Vasco.Vamos ver qual dos dois é o

mais forte.E só se saberá qual é o mais

forte, Ondino, no último jogo do cam-peonato e é lá na Gávea, igualzinho co-mu no ano passado.

transuonlnnte <le mistérios e aventuras vertiginosas m

1 0 0 1* A G I N A S i: 3H r <> li U A S TE SPKKCJO — Cli* 1,50

Quem fôr a Gene-ral Severiano. aos sa-bados, defrontar-se-âcom um espetáculointeressante. A Ge-neral Severiano, nocaso, no estádio doBotafogo.

Entre outras coisa*você poderá ver omaestro Carlos Ma-chado no goal, sua-rento. despenteado, eo Luiz Aranha esco-lhendo o " ângulo"melhor para "fulmi-ná-lo". E verá o Car-lito querendo "ma-tar" o couro c arran-car alguns topetes dagrama do '-tapete"verde da cancha...E não se esquecerájamais do poeta Sch-mitd "arrancando-se"pela ponta e imagi-nar um centro quenunca sairá, dadonão á velocidade comque foi feito o passe,vias pela dificuldadede localizar o balão.

Há os que entra vicm campo, assim co-mo o Carlito, tal qualnos mostra o clichêacima, e há os des-

(Conclue na pág. D) ¦f.-iiirtTivii • f r in mini mi i" '- í'iftBjüiMiw

Page 4: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

Página Sexta-feira, 22 de junho de 1945

HISTORIA DO SUL-AMERICANO DE FOOTBALL

O GLOIH) SlMHiTIVO

IQuaaido

foi instituída a "CopaAmérica", ficou resolvido que aprimeira disputa oficial do cer-

< teme continental, teria lugar em Mon-'ftevidéu. Em 1917, participaram do; campeonato número um, os mesmos[concorrentes do torneio do ano an-íterior: Brasil, Uruguai. Argentina e! Chile.

Chilenos e uruguaios deram inicio; «o certame. Os andinos, nos primei-I ros trinta minutos, ameaçaram seria-i mente os orientais, mas acabaram ba-i tidos por 4x0. Já no final da primei-i ra fase vencia o team celeste por 2x0.í Carlos Scarone e Romano fizeram doisj goals cada um, dividindo-os pelosi half-times.

Brasileiros e argentinos jogaram o! segundo match. Foi uma demonstra-! ção soberba de técnica desportiva. OsI argentinos, vencedores da luta, fica-| ram entusiasmados, pois no torneio deI 1916 haviam perdido o título devidoí ao empate com os brasileiros. Na pri-S meiro fase a nossa representação\ vencia por 2x1, mas os platinos re-' agiram e marcaram três goals.

¦jiimmnirinirn— ... ,JUU!i»!.MiP"^ ! """""" ' ¦—"¦l"llir-lllJIW"-wliiW,l-w-'"" ¦•^jy-'

f O Parque Central de Montevidéu,no dia da realização do encontro dos gargentinos com os uruguaios

.«*_—. ,_*¦»«— sER ,N|C|AD0 D|A 8 DEmm?^mmim^wm

A equipe uruguaia, campeã do certame sul-americaneteam era assim formado: Saporiti; Varela c Foglmo;

número um, saúda o público. OPacheco. Rodriguez e Vanzino;

Pérez, H. Scarone, Romano, Carlos Scarone e Pomma

2

No prelio seguinte, entre argentinos e chilenos, quase houve unia surpresa. Onlacard de zero a zero íoi mantido até o 31." minuto da segunda fase quandoo za^eho Garcia, da equipe chilem, fez tim goal contra, o que foi o da vitoria

dos argentinos Contra os uruguaios, os brasileiros estiveram num mau dia e viram-se

SatiS?o?^0. Mas, na partida com os chilenos, marcaram a. maior contagei do

certame *

Cinco a zero íoi o placard, imposto aos andinos, depois que estes vinham

de fazer tanta força contra o team argentino.O MATCH IINAL

Foi muito discutido o triunfo uruguaio, no match final do certame. A atuação

da eauipT argeS foi notável. Foram noventa minutos de grande movimentação,sofrendo os uruguaios grande pressão dos adversários. Saporiti, Vanzino e =^0

£-focaram-se para impedir o sucesso dos avantes contrários e foram «^g»»-*^Vs do -'onze" qo pais que inscreveu o seu nome, pela primeira vez, na tao cobiçada^Cona America». O goal que decidiu o certame f*i assunte.de^ discussão durantes lon-

ros anos e a ituavão do juiz chileno Livingstone foi criticada por todos. Segundo

Publicaram os crenças da época, o árbitro estava mal colocado quando; Romano jogouFerro ao solo, caindo juntamente com ele. Livingstone, então, deu foul contia a Ar-

gentma. Cobrada a falta, apesar dos protestos dos alvi-anis, a bola foi a cabeça deHéctor Scarone que, sem perda de tempo, vazou a cidadela de Isola.

Assim foi conquistado o título máximo, sendo que o Uruguai conseguiu a façanhainigualável de não ter nenhum goal contra. E diga-se que as linhas dianteiras dos ad-versarios ™^Ç^^«^bBBTAOiJMM N0 CERTAME DE 1917

Neco entre cs brasileiros, foi considerado o número um. O público uruguaio nao

legatSa'aplausos ao nosso famoso atacante. O arqueiro Guerrero foi o player mais

destacado do team chileno. O centro-medio Olazar tido como o melhornato- Ohaco e Caiomino, sobressairam-se no quadro argentino.

È no team campeão, o triângulo final Saporiti, Foglmo e Vanzino «

Romano, Carlos e Hector Scarone. foram as figuras salientes.No próximo numero: BRASIL, CAMPEÃO DE 1919

do cainpeo-

os atacantes

A TABELA DE JOGOS 1>K IÍ>17

PAÍSES

I «*acs :3

j5 <sj CQ ü

Partidas

E

Goals

Uruguai

Argentina

Brasil ...

Chile • ,*.*;? «¦* * '

X

0x1

0x4

0x4

1x0 i 4x0 I 4x0

I 4x2

2x4

1x0

5x0

oi I

— 1 2

0

0x1 0x5

7

10

Pontos

G 1 P_

6 0

4 2

I 2 4s

I o ! 6

Conforme estava programado, a as-sembléia geral da F.M.F., após a apro-vação final do novo regulamento, proce-deu ao sorteio das tabelas dos campeona-tos oficiais da entidade. O Sr. AntônioAvellar usou da palavra, inicialmente, pa- .ra fazer uma exposição detalhada e cia-ra sobre o critério que seguiu para apu-rar a estrutura básica das tabelas; cri-terio esse perfeitamente lógico e que me-receu a aprovação de todos. Apenas oSr. Fontes Romero, do Madureira, pre-tendeu, de inicio, que melhor seria o sor-teio em bruto dos jogos, com todos osclubes na unia, mas depois acabou con-cordando com o projeto apresentado.Nessas condições, com a homologaçãounânime do plano de sorteio, isto é, coma tabela armada apenas em números, pro-cedeu-se â distribuição dos clubes poresses mesmos números. Primeiramentefoi feito o sorteio dos dois blocos cen-trais, ficando os números de 1 a 3 paraos três grandes clubes da zona sul e de4 a 6 para os grandes da zona norte. Obloco perimetral ficou automaticamentenumerado de 7 a 10. Depois passou-se aosorteio especificado dos números para ca-da clube, cabendo ao Fluminense o n. 1,ao Flamengo o n. 2, ao Botafogo o 3, aoAmérica o 4, ao Vasco o 5, ao São Cris-tovão o 6, ao Bangú o 7. ao Madureirao 8 ao Bonsucesso o 9 e ao Canto doRio o 10. isto para o campeonato dadivisão extra, isto é, o principal de pro-fissionais. Para os outros campeonatos,dos quais o Canto do Rio não participa,íoi sorteado para o Manufatura o n. 10(o mesmo do Canto do Rio portanto natabela armada), para o Andaraí o 11 epara o Olaria o 12. „„„.»

A TABELA PRINCIPALDistribuídos os clubes pelos números

respectivos a tabela do campeonato prln-cipal ficou assim organizada, para o pri-meiro turno:

1ft rodada — Fluminense x Sao Cris-tovão — Bangú x Vasco - Botafogo xBonsucesso (já transferido para-o dia 11)

Flamengo x Canto do Rio.2.a rodada — América x Flamengo —

Madureira x São Cristóvão — Bonsuces-so x Fluminense — Canto do Rio x Bo-tafogo.

3.a rodada —Botafogo x FluminenseFlamengo x Madureira — São Cristo-

vão x Bangú - Canto do Rio x Ame-rica.

4* rodada — São Cristóvão x Vasco —Botafogo x Madureira — Bangú x Ame-rica _ Bonsucesso x Canto do Rio.

5* rodada — Fluminense x América —Bangú x Flamengo — Canto do Rio xVasco — Madureira x Bonsucesso.

6» rociada — Vasco x Botafogo — Fia-mengo x Bonsucesso - - Bangú x Flumi-nense _ são Cristóvão x Canto do Rio.

7 a rodada — Flamengo x São Cristóvão— Bonsucesso x Vasco -- Botafogo X Ban-gú — Madureira x América.

8.tt rodada — Botafogo x Flamengo —Vasco x América — Bangú x Cantç doRio — Fluminense x Madureira.

9.B rodada — Fluminense x Vasco —América x São Cristóvão — Bonsucesso xBangú — Canto do Rio x Madureira.

10.R rodada — Flamengo x Fluminense

do quatroclubes emrealizada a

jogoscada.

8 deFLAMENGO X

JULHO PRÓXIMO—São Cristóvão x Botafogo — Amérl-

ca x Bonsucesso - • Madureira x Vasco.11.a rodada — Botafogo x América —

Vasco x Flamengo — Bonsucesso x SãoCristóvão — Canto do Rio x Fluminense— Madureira x Bangú.

Como se vê, apenas a última rodadaterá cinco jogos, sendo as outras todas

apenas, folgando doisA primeira etapa serájulho próximo.VASCO E AMERI-

CA x BOTAFOGO OS FECHOSDO CERTAME

De acordo com a tabela sorteada verl-fica-se uma coincidência interessante: ocampeonato apresentará na sua etapa fi-nal novamente o jogo Flamengo x Vasco,na Gávea, tendo ainda outra grande atra-ção que será o prelio América x Boto-fogo.

AS TABELAS PAKA OS OUTROSCERTAMES

As tabelas para os demais campeonatos,da l.a divisão iantiga 1.» de amadores),da 2.a divisão (aspirantes) e da 3.ft (ju-venis), compreenderão mais dois jogospor etapa, ou seja apresentando cada ro-dada seis jogos. Assim, alem dos mat-ches entre os clubes que disputarão asrodadas profissionalistas, as outras tabe-las apresentam mais os seguintes, salien-tando-se que o Manufatura substitue oCanto do Rio em todos os jogos:

1.» rodada — Flamengo x ManufaturaAmérica x Andaraí — Míúlüreinr—x-—

Olaria.2.-1 rodada — Manufatura x Botafogo

_ Andaraí x Bangú - Vasco x Olaria.3.a rodada — Manufatura x América —

Vasco x Andaraí — Olaria x Bonsucesso.4." rodada — Bonsucesso x Manufatura

Fluminense x Olaria — Andaraí x Fia-mengo.

5." rodada — Manufatura x Vasco —Olaria x Botafogo — Andaraí x S. Cris-tovão.

6.a rodada — São Cristóvão x Manufa-tura — América x Olaria — Andaraí XMadureira.

7." rodada — Fluminense x Andaraí —Olaria x Manufatura.

8." rodada — Bangú x Manufatura —Olaria x São Cristóvão — Andaraí x Bon-sucesso.

9.a rodada — Manufatura x Madureira— Botafogo x Andaraí — Flamengo xOlaria.

10.a rodada — Bangú x Olaria An-daraí x Manufatura.

11.» rodada — Manufatura x Fhiminen-se __ Andara! x Olaria.

Para melhor compreensão vamos re-constitiúr a primeira rodada dos campeo-natos das outras divisões inferiores: Flu-minense x São Cristóvão, Botafogo x Bon-sucesso, Bangú x Vasco, Flamengo x Ma-nufaturá, América x Andaraí e Madurei-ra x Olaria.

Como se vê, o Manufatura entrará nolugar do Canto do Rio e o América e oMadureira, que estarão de folga no cer-tome principal, jogarão nos outroe certa-mes com o Andaraí e o Olaria.

Page 5: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

O GLOItO SPORTÍVO Sexta-feira, 22 de junho de 1945'Página 5

ff

KL.-" ,- -T-T-.-W^lr».,.mm

unsdar

UM DOS SINA1H mais defini-tivos da primavera nos EstadosUnidos surge na figura do en-tusiasta das corridas de lancha,que deixa a sua longa inverna-da para inspecionar o seu barco,deitar-lhe os olhos com orgulho,com o espírito fixo nos diasagradáveis da estação prima-verll.

Gny Lombardo, o líder da or-questra, 6 um fanático dos des-portes de lancha e sonha comos dias em que se tornará tãoconhecido pelas suas exploraçõesentre as vagas oceânicas, comoestá sendo conhecido atualmen-te nas ondas aéreas. Pilotandoo seu próprio bidro-plano "22G","tempo 111", Lombardo tem-secolocado em numerosas compe-tições. O famoso músico estácorrendo apenas há um ano emelo, mas, já estabeleceu umaboa reputação nesse desporte au-dacioso e arriscado.

'"Não poderei apresentar-mecomo um verdadeiro corredor delanchas, até que conquiste a vi-t o r i a numa competição emdisputa de uma taça de ouro" —declarou Lombardo. "Agora, pro-curo correr sempre que se meoferece urna oportunidade, e es-tou colhendo um sem número deexperiências valiosos".

No caso de Lombardo, não setrata de um simples "hobby".Ele trabalha realmente no des-porte. Depois de quase todas asgrandes carreiras, Lombardo des-mofita o motor, e passa uma re-vista completa na lancha.

O entusiasmo de Lombardopelo desporte quase o forçou atransferir a sua residência In-teira da cidade de Preeport N.Y.,porque os regulamentos locais to-lhlam-no nas suas atividadesdesportivas. Parece que um an-tigo édito na aldeia proibia queas lanchas corressem alem deuma certa velocidade, numa en-senda que Lombardo era obriga-do a atravessar para chegar atéao cais, nos fundos de sua casa.Se Guy obedecesse a ordem eviajasse a pouca velocidade, ofundo do seu barco seria arra-nhado e danificado, necessitandode extensos reparos. Afinal, tudofoi arranjado.

Recentemente, Lombardo foinomeado capitão honorário doporto de Long Beach, NovaYork, pelo prefeito daquela cl-dade, Sr. Orenstoin. Em conexãocom isso, Lombardo está Craçan-do planos para uma grande re-gata em meio do verão, a serrealizada ao largo do novo por-to público que está sendo cons-tinido ali.

Uma vez que Guy trouxe pa-ra as fileiras dos aficionados dodesporte das corridas de lan-chás vários membros da suabanda, como Fred Higman, Ken-ny Gardoer e Lebert, Lombardopode eventualmente transfor-mar-se em "comodoro" de umaverdadeira frota.

ANTÔNIO CORDHIUO — Houve tempo emque as outras torcidas tomaram multa cerveja,â custa da torcida do Vasco. Os rubro-negros,então, são velhos fregueses, porque apostamcom malícia, Irritam O parceiro para depois en-tão fazer a proposta, sempre com alguma laibugem.,. Mas esse tempo, Já vai longe. Demeses para cã, os vascainos começaram agoals de vantagem e a ganhar assim mesmo...

HOlll.NA — Ouvi ontem Juüo de Almeida,num Instante de grande dor. Chorava comobom tricolor que é, como velho e sincero adeptode um clube «pie é uma das razões fortes desua vida. Todos compreendemos os sentimen-ilos do bom tricolor e magnífico camarada quelambem o compreendam assim. E mais: que semantenham coesos em torno à bandeira glorio-sa, lambem nesses Instantes, como se manteveruidosa nos golpes de felicidade.

VARGAS NETTO — Se ha um homem quemereça boa vontade, colaboração e simpatia, esseliou m, dentro do espolie c do Fluminense, 6,nesta hora, Jullo de Almeida. Num momentonegro para o team tricolor, com grandes falhosna eciulpc] com um mercado de Jogadores es-

do país, Jullo de Almeida, porgotado dentro

um apelo que lhe flseram, nao teve receio deenirentar a situação!

AKY HAItKOHO — No football passam-se coí-sas Interessantíssimas, surpreendentes e desc.on-certajites. E' um esporte que apaixona, enerva,desorienta e empolga. Muitas vezes as reservasde tolerância de uma pessoa traquejada no tra-to de graves problemas estranhos ao football,são perdulária mente esgotadas em noventa ml-nulos de torcida. Outras vezes, parece que alua exerce definitiva Influencia na carreira deum crack ou de um Juiz, iiiferlorlzando-se umquando é reconhecidamente um "vlrtuose", dan-do por paus e por pedras, outro, qne em opor-t unidades anteriores demonstrou classe c co-nhecinient.os à altura do cargo...

MNS 1K> REGO — O torneio está no papotio Almirante E Já anda o homem a allsar asua espessa bigoileira, de cima de sua torre deComando a ver o mundo inteiro a admirar o seufeito.

Eu diria ao orgulhoso almirante que uma mo-destia mais humana não llie faria mal, As tem-pestades vêm por aí, e às vezes, as grandes naussão as que emborcam primeiro. Quem avisa,amigo é.

__,j«ju»» ''-''"^''"^^SEBHHHHBIBSBHHBHIH! H# ¦— inSM

O SC AI PEREIRA GOMES

gaFLUMINENSE x VASCO

jffty, .. * '% '-¦ '.-'¦K. \\\ \\

m^ÜmmWy '',"'' •/> ''*' ¦' ' ' '>.'¦'#>' !¦ v'^V '*' ^

JtffltfS'''":';"í/i-> '• '''¦'"' ''¦¦'»' ''• ' K'-'^r ' :__•' ¦***

Mi^iÈV: %> ":r y ' - ké «£k,0ÊES^Mm%^.^',

*^à: íflf^Ri

mÊm'* 'mÈÊwfW- ¦'• ^i» í!^^^^^m, I 'mÊmí^m^mWÊ

WBÊgmWÈÈmmWmW* ¦'" ''&' '¦& .í:i^^P^^P«W

m\ WÊÊIÊÊÊ07Ü *'<riânHa

ÂmmmmmmVkmmmmm^^^^^^^^^^m^m^,

WÊmmmWÈSÊÈMÍl&í'{' ffi U

S| wÊHmlB^mWm^Ww

W%i $W$y *t'f

^L^^J0 "—^—i

A arbitragem de Oscar Pereira Gomes deixou a desejar. Indeciso e falho, è pouco enérgico,não reprime o jogo violento. Não expulsou Pinnhegas quando o ponta do Fluminense pisouBarqueta para expulsar depois, sem razão, Magnones e Beracochéa. sendo que o segundo devido

;IvroeJos da assistência. Alem dessas, teve outras falhas o árbitro da partida Vasco x Hu-ao

A Marcha do Tempo^___^___^___„ Wmmmmmmmmmmmmmmmmm ——I

^IWWBIWmWWl —|- - -- ff--|-r —*"—jt

I •.I^R/-:-.:T.',s,:, '.-¦¦;;:¦ 'Ê

'i^^^*** ¦*• 1

Wèêê w$b ImWmWÈmmmmmWÊÊÈ^' W

í&ZBSÈmW &?: 5®^vl5wHcí^OT

mWsÈB&ÊÈÊ&Zmt,- "¦'*. '-é^^LWmmlWÊmmm M

.1 i

Pode parecer, mas não c uma enfermeira cer-cando um louco foragido. Trata-se de «midesportista de 1904 trajada à última moda mos-trando ao mundo alarmado que as mulherestambém eram capazes de jogar tennis,

jíiíueíise. (A NOITE)Mas a torcida é 0 diabo! Começa-

ram as reclamações, os erritos de fora!,e Pereira Gomes voltou a errar maisdesastradamente, como o fizera porocasião do encontro Magnones x Be-racochéa: passou a ameaçar Pinhe-gas. (DIÁRIO DA NOITE).

Embora a partida, tivesse um de-scnrolar próximo da monotonia, ojuiz Oscar pereira Gomes achou opor-tunldade para falhar. Sem energia,permitiu que Os jogadores trocassemsocos, pontapés c outros recursos ei-tra-esportivos. Quando Magnones eBeracochéa ensaiaram duplo estran-gulamento, quase defronte ã tribunade imprensa, o árbitro demorou a to-mar atitude. E expulsou somenteMagnones. para depois ordenar 'am-bem a saida do meáio uruguaio, anteos protestos da torcida. Foram semconta as penalidades assinaladas cr-raãamente e as faltas que deixaramde ser marcadas. Se n score não tos-se bem amplo, as conseqüências de talarbitragem poderiam ser lamentáveis.— (O

'GLOBO).

O Sr Oscar pereira Gomes não riuum pontapé em Isaias, na arca, nemum foul de Rubens em Pinlicgas, Iam-bem na arca. Na dupla chave Magno-ncs-Bcracochca, ia equivocando-se oárbitro, pois expulsou primeiro, isola-damente, Magnones, e só depois con-certou a "gaffe", mandando sair Be-racochéa. Aliás, ambos completaram acena com um ato variado, à porta dovestiário. Repreendeu Pinhcgas qnan-do do incidente com Barqueta. mas ofato é que ambos tiveram igual dosede culpa, já que o kecper se embru-lhou com o ponta e este, ao cair, pi-sou-lhe o queixo. Não foi bom c, o queé pior, esquivara-se ao ver, que ascoisas poderiam ficar pretas. (FOLHA CARIOCA)

Primeiro capitulo da historia deste busto:Jock Dempsey visitou a Alemanha, no apo-geti da sua carreira; o escultor ItalianoErnesto Flori, radicado em Berlim, convl-dou o campeão mundial de bpx para posarPronto o trabalho, que os críticos cobriramde elogios, foi adquirido pela Galeria Na-dona! de Arte de Berlim, onde ficou emexposição até que (segundo capítulo), oslistados Unidos declararam guerra ü Ale-manha O busto foi, então, jogado no po-rão dos trastes inúteis da galeria, a es-pera de fundição. ..

| .—¦># ' '; . r

Qual foi a primeira vitoria intemacio-nal do Brasil em natação?

_ Alem de football, em que esportes Ade-inir conquistou título de campeão, em Per-nambucu?

:i — A quem se dv\c a iniciativa da funda-

crio da C. B. D.?,\ — Otávio, do Botafogo, é estudante de

veterinária, arquitetura, odontologia <>u far-macoiogia?

esporte mais praticado nos5 — final éCstadnn Unidos

(ltesposta.s na '¦' icinu 14)

J^

JUNHO IR: Jaguaré estava parapara Montevidéu, mas resolveu aguardar «acpu at-esposta do uma proposta feita no Rampla Júnior.— À capital uruguaia chega Silvio Hofímann parajogar no Penarol. 10: O Botafogo quer Leonidase oferece-lhe 10 contos de luva, um de or-Senado mensal e cinco pelo passe, ao Vasco —Os jornais bandeirantes criticam a Liga Paulistade Footb&U acerca da "pacificação", taxando a suaatitude de antipática. — O Flamengo derrota oModesto por 8x1. — Inaugurando o campeonato

Sul-Americano de Basket-ball, os argentinos vencem os brasileiros por 28x22. _ 20: Um'£"™?«u-sentino. examinando "os apáticos do football," diz que Domingos. é q, cra^que não laz Ço^g*;~*ao público. - 21: O Corintians pede 5 contos ao Vasco pelo passe de Guimarães. - 23 Ma mu

no Torneio Aberto. Resultado. 0x0. E o América vence os Fruzíleiros por 2x0. _ Na Federação

MetropoStana, o Vasco ganha do Botafogo por 4x0. No sul-emericano de basket os brasdeiros

detroVim os uruguaios por 29x27. O juiz. argentino.foi agredido pelo guarda oriental Gabim.

£2 * °"

e e ^Qj >v

— \ai!a falta — mas esquecemos os alimentos !

¦ Hb>.1

Page 6: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

Página (5 Sexta-feira, 22 «le junho de 1045 O GLOBO SPORTIVO

PBJMliJJM^ "" '" *"""—-*"""*""*" "" "**"" """ wmmam-mmmm

OS PERIGOS T)E UM ESPORTE ARISTOCRÁTICO — E' muito co-

mum, quando nos referimos ao hipismo, usarmos a expressão "aris-

toerático esporte". Na verdade esse apelido é perfeitamente justifica»rei. tinia vez que é privilegio de uma elite deleitar-se com saltos a

cavalo, esporte dos mais dispendiosos e pouco acessível às massas.

JNo entanto nunca lhe deveríamos deixar de acrescentar outro ad.ie-tiyo perigoso. E isso confirma a serio de fotografias que ilustraa página, cuja publicação devemos a uma gentileza de "O Esporte Em

Marcha", e que foi tirada de um filme daquela empresa, recentemente

passado em um de nossos cinemas. Nela vêem-se as diversas fases

de sensacional queda sofrida pelo cavaleiro Jurandir L'ntrone, da So-ciedade Hípicu Brasileira, durante uniu das últimas competições lupi-cas, na pista daquela entidade. Pode-se notar perfeitamente que o ca-valo bate no obstáculo e perde o equilíbrio, Iançando-se espetacular-mente ao chão, juntamente com seu irineto, que felizmente nada so.

freu Na ultima fotografia, quase não se pode distinguir o cavaleiro,

completamente deitado em frente à sua montaria. Após o tombo, Ju-randir fairone tornou u montar o mesmo cavalo e terminou a pista

que tão sensacionalmente havia interrompido. Cumpre notar que es-

pectáculos como esse são comuns em provas hípicas, na maioria, p<>-rem, sem mniores conseqüências para o cavaleiro ou o cavalo.

Page 7: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

I

O GLOBO SPORTIVO

1 lempia do BocaI..ia auuxMÚ&da para julho pró-

ximo. uma temporada, do Boca .lu-nior O M-campeão argentino, na¦ua excursão &o Brasil, enfrentarã o São Paulo e o Botafopro, nosdias 4 e 7 do ra«* vindouro.

Team formado por autênticosuses, o Boca deverá fazer sucessonos jogou do Rio e São Paulo.

l>e alguns dos seus defensores,publicamos a seguir dados blogra-fie os, que foram enviados a OGLOBO SPORTIVO pelo nossocorrespondente Carlos De La Bar-ga São eles:

JOSÉ MARANTE — Tem sur-gido nos quadros inferiores doBoca; José Marante é atualmenteo ponto alto da equipe. Jogadorde ação enérgica, não é mal in-tencionado e goza de muitas sim-patias pela sua atitude cavalhei-resca.

Por sua. destacada atuação, me-rercu ser considerado o melhorjogador do bi-campeão na tem-porada de 44.

Marante iniciou a carreira em1931, na quinta divisão do Barra-cas Júnior e no ano seguinte pas-sou pana. o quadro da mesma ca-tegoria do Boca, onde teve «ornocompanheiros San/, que atuou noFlamengo; Vidal, que está na Por-tuguesa Santista. e Castagna, quejogou pelo Santos.

Desde então, passou por todas asdivisões do Boca, escalando posi-cões até a primeira. Integrou, du-rante três anos, a reserva da P"-tneira e em 1938, por empréstimo,foi cedido ao Ferro Canil

Marante. segundo declarou aonosso correspondente, acompanhacom interesse o desenvolvimentotio football brasileiro, valendo-sedas informações d'" O Globo", querecebe com freqüência de um ami-go radicado no Rio

NATALIO TESCIA — Jogadordinâmico, jovem e de coraçãogrande, NattUio Pescia ficou con-sagrado, apesar de atuar apenashá duas temporadas na 1." divi-são. Onta 23 anos de idade etem um grande futuro no foot-bali .

Iniciou-se mu* divisões mfeno-res do Boca, atuando sempre comocenter-half, passando para a asaesquerda, forçado pelas circuns-tancias. O Boca precisa substituiro veterano Arico Suarez e "El

Leonctto" (como é conhecido Pcs-cia), foi para o seu lugar.

Sua responsabilidade era grau-de, dado o prestigio de Arico noseio da torcida boquense. Seu en-tusiasmo extraordinário, sua vita-lidade e seu «.mor às cores do Bo-ca. fizeram o milagre e hoje Pes-cia é um ídolo.

I)e volta do Chile, para onde se-guiu como titular do scratch, masfoi forcado a sofrer uma operaçãode apendieite, o Racing pleiteou ofoi-lhe oíerecida, mas os dirigen-tes boqur-nses acabaram por cobrirseu concurso e esteve próximo deconseguá-lo. Uma qtfantia vultosaa proposta.

CARLOS SOS Este, comoBiguá. foi uma revelação no Sul-Americano do Chile. E' um doscracks do Boca. Começou a car-reira nas divisões inferiores doAtlanta, e em 1941 transferiu-separa o seu atual clube. Jogadorde qualidade insuperável, sempredeclarou o seu amor pchvs coresboquense*

Conte. *Z5 anos de idade e seuingresso no Boca custou milharesde pesos Vinte mil pagou o seuatual clube ao Atlanta. alem dedar os "passes" de General Vian-na e Tenorio.

Carlos Sosa é bi-campeão ar-gentino, campeão sul-americano eespera ser tri-campeão argentinoAcredita que o seu clube obtenhasucesso nos jogos de São Paulo eRio. -

CLÁUDIO VACA — Há dezanos Cláudio Vaeu defendia o llu-racan e Estrada era o arqueirotitular. Este passou para o Bocae Vaca foi para a reserva do llu-racan. Depois foi também para oBoca, como suplente. Num torneionoturno foi colocado no team prin-cipal e o seu team foi o campeãoe Vaca ficou como especial isttv emJogos sob a Im dos refletores

Vaca er» o titular do scratch ar-gentino, mas ficou enfermo e ce-deu o posto a Ricardo.

Sexta-feira, 22 <le junho de 1945 Página I- i ¦¦¦¦¦ i ¦¦ i ¦

—-

^^y MSfímn&>*~'1, 4 járaw SS"'--'S®^ jéÊ$tt^7*$&ÊÊÈÊ£& \gÉgi^ninhi^^XA J&SSSiEÊÊima BHlHkJ^r' W : $ÊÊmmwWÊ$>%¦¦'¦(^^mmsSSry^ímm«M my -^9mKuKw "xsx; BBya s||if!$w WÈm%*Êmmmmm!SB '^"'i|Pw

WÊÊmÊÊt ~ymÊ&: "^UÈto^^m^Ffi

Mm.- wÊFwÈÉmm1 ¦¦¦¦-¦ ^ ^iTBHtMfT^BlIlHBrfrJTr i ""' ' rf^^^rlri^ri ;i -f

' ¦ - ':¦¦¦

¦¦'.¦'... . ¦

'

-c*ÈÊSB& jDr^ÂVlr F^ownWCTfli^rilnwDWfllIBHBIBH^^^ &¦*.-¦¦ v ~*£mwBSB!s$$8&maÊt^*^mmKw -x- amvmmwmMzí&&M.-Mmmww&&tmm\ ng^^mmmO

• ¦•'• í^^iÉ^^-C - ^ffinSítliíafriiTi^^ r^ÊÊSKr

~—?¦.' "^^^^w^khhKi:' ^ípp!™^; y y i*'':^MêÈiÈÊÉm\ y

üÇ3»

Esta magnífica concep-ção é obra de Lorenzo-Mo-Ias e constituo uma home-nagem que o brilhante ca-ricaturista, nosso conipa-nheiro, prestou ao Botafogode Football e Regatas, hojeem exposição num dos sa-lões do clube de General Se-veriano. Nela vamos encon-trar seis dos atletas que oGlorioso ofereceu às ForçasBrasileiras, que atuaram naEuropa. Sob a epígrafe de"Estes Botafoguenses Bula-ram pelo Brasil", trazendono fundo a "Estrela Solita-ria", emblema da tradicio-nal agremiação, a alegoriarealça as figuras de Geni-nho, Walter, Matto Grosso eDunga, todos da F.E.B., eGoulart e Marcus, perten-centes à F.A.B.

Goulart, que conta 23anos, ó 1." tenente e vetera-

no das nossas forças aéreas, com atuaçãona guerra. Integrante, da primeira turmade expedicionários, foi citado pelo co-mando como dentre os dez aviadores pa-tricios que participaram de mais de SOmissões de combate. E' bi-campeão da ei-dade em basketball pelo Botafogo e seunome. completo é Renato Goulart Pe-reira.

Marcos Andrade de Almeida Maga-Ihães, natural de Minas Gerais, contaatualmente 22 anos, ê 2." tenente e como

Goulart, faz parte da F.A.B, Participouigualmente com destaque cia luta na"frente" italiana.

Ostenta o título de tri-campeao d*basket da eiâade.

Page 8: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

p HH HP

^^^^^^^^^^^^sWmSkWSm Mm ^m^MãÈm^XM ^.'^m^ m^m^sW^-^ . ;:'"wlèl^^NÉ -—¦¦¦— m.-~—- ¦¦ illlrlP lUl • t«_F ¦'^Mk^^^^HNtP^- -^ '

< JÍIlÍlÍlÍfl Barqueta sendo socorrido, apôs o choque com Pinhetms.

S_^^>HÍr' - *»^«*w^----^í^:;¥:;:? ^^8«5|ík<- «Swí<«»W'íí(«^ <, y,>- ,íf&_„*____&_a_____Í3B^^ j5BR£fflH«»K«fr_&^'^^

le' % ". , , " - ^y-'y^^m-'j^' *ÍAr ?7^****í- ••'--*-, -"W ,-*v^,|

^^^^^^«^^^^^ _.,i:__s__1 b: - ''-r* - -¦• ' - ir .yá^Bm-in-r *

1

Ainda com um jogo por cumprir, um grande jogo, aliás, dâm oo Vasco ria Gama já ostenta, desde domingo, com largos mpitosjustiça o título de campeão cio Torneio Municipal. Prosseguinçlo n

rasadóra campanha, que se iniciou com os 3x0 sobre o Bangú. no rfeatch.<e se estendeu pelos 6x1 sobre o São Cristóvão, 5x1 sobre o Flamengo, 6>Bonsucesso 2x! sobre o Canto do Rio, 5x3 sobre o Botafogo e 3x1 sob

domingo ao Fluminense, no estádio da Gáveao de forma incmteste pela ampla contagem de 5x1. o resultado >

aliás não deixou de decepcionar um pouco, E' que, embora tivesse srodada nmerio- um revés contundente ante o Flamengo, por 7x), o Falterou de tal forma o seu conjunto, num esforço fiara a reapilit içao, ^cperava fosse ele oferecer ao Vasco um combate digno das tradiçoíB doNo entanto o quadro tricolor não correspondeu a essa expectativa otímiibindo-se cheio de falhas, deixou o campo sob o peso de nove. clerftta est

NÃO DERAM CERTO AS MODIFICAÇÕES

Em verdade, as alterações introduzidas no quadro tricolor rulo derisultados esperados. Robertinho, embora tivesse praticado algumas deimcMrou insegurança em outras ocasiões, positivando que Batatatís ainc

aparecendo na /.aga direta, nva de back e de halí esduerdonão deu conta cio recado;5iEst(estreando no centro da latia 1mostrou ã altura das necjesstàá

m&t&áiss^à^^

queiro ideal do Fluminense. Morales,tini e ¦; ¦ rcacio. Amaury, rese

ao quadro principal como halí direito,• ua ciítica. E Adolfo Rodriguez,

alguns treinos règulares, não se .team que tenha pretensões a uma posição destacada no campeonato.íisico não há dúvida, para o posto, mas não evidenciou, peio menos ncçuaiidades técnicas de maior relevo. Assim, na defesa o Fluminense t<dois pontos sóiirios — Haroldo e Afonsinho -- justamente os doisservados depois dos 7x0 do Fla-Flu.

LX^tCK'-^ —MB ¦ ¦*'¦*

A defesa do tricolor em apuros. Amaury cabeceia, ao mesmo tempo que Robertinho dá a impressão de estar dando umsoco na cabeça do seu half-baek. isaias e Haroldo estão tambem envolvidos no lance.

2

No ataque, por seu turno, as coisas não andaram mui-to melhores. Pascoal, colocado no centro do ataque, suaposição primitiva, e na qual se destacou no campeona-

to paulista do ano passado, conduziu-se apagadamente. Mag-nones, reaparecendo na meia direita, tambem não o íez comfelicidade. Para completar, acabou sendo expulso de campono segundo tempo, após um incidente com Beracochéa. Pe-dro Amorim mais <>ma vez apenas discreto na ponta direita,assim como Pinhegas, eme reapareceu substituindo Murilinho.O ponta esquerda, aliás, desapareceu depois de um choquecom Barqueta, em que foi severamente advertido pelo juiz,por ter pisado a cabeça do arqueiro, e quase agredido, emrepresália, por alguns jogadores cruzmaltinos. Por fim, doataque, sobrou Simões. Não chegou a ser um ponto alto, masem todo caso foi o melhorzinho da ofensiva.

O VASCO VENCEU COM TRANQÜILIDADE E FIRMEZADo outro lado, tivemos o Vasco atuando com tranquili-

dade e firmeza, embora sem exibir todo o poderio de que na-turalmente seria capaz se o adversário assim o exigisse. Mascomo o Fluminense não oferecesse uma resistência maior,o Vasco jogou suficientemente bem para ganhar bem, semsombra de dúvida Evidenciou, mais uma vez, domingo, o clu-be de São Januário 0 quanto se acha bem servido de joga-dores De um jogo para outro tem apresentado sempre ai-téracões no seu team. sem que por isso diminua a sua força.Ainda domingo afastou Dino e colocou Nilton no centro dalinha media E Nilton deu conta do recado. Na linha tiroujeir. que vinha fazendo partidas impressionantes e colocouLeló em campo. E Lelé enfiou três goals nas redes de Ro-bertinho E' uma turma que positivamente esta em irrandeSfessade São Januário, e daí a absoluta justiça que re-

presenta a sua vitoria no Torneio Municipal. Embora de ummodo geral todo o conjunto tenha se conduzido satisfatória-mente na peleja de domingo, caberia bem Um destaque à atua-ção de Ademir. Argemiro, Djalma. Lelé, Rafagneli e Barque-ta, que, mesmo contundido no choque com Pinhegas, nao rii-minuiu a sua firmeza de açêo no arco.

DOIS A UM NA PRIMEIRA FASEA exemplo do que fizera no Fla-Flu rio domingo anterior,

o Fluminense conseguiu terminar o primeiro tempo com umplacard caie não dava ainda para assustar: 2x1. E' fato queo Vasco marcou dois goals quase de saida e depois descansouum pouco, até permitir que os tricolores tirassem o zero doplacard, mas de qualquer forma o Fluminense ainda não dei-xará se desenhar a nova golearia. O tento de abertura foiassinalado pelo Vasco aos nove minutos de luta. Afonsinhoconcedeu comer e Djaima cobrou o tiro de canto, lançandoa pelota sobre, a área. Estabeleceu-se a confusão, da qual seaproveitou Beracochéa para conquistar o primeiro goal doVasco. Um minuto depois, com os tricolores ainda descon-trolados, Ademir estendeu oportuno passe para Lelé, que, semperda de tempo, arrematou fulminantemente para fazer o se-gundo goal do Vasco. Ficaram o.s 2x0 no placard até que Nil-ton cometeu hands. aos 31 minutos, Afonsinho cobrou a fal-ta, passando a Adolfo Rodriguez, que atirou alto para a fren-te Pinhegas, em valente arrancada, cabeceou a bola para afrente da meta e Pascoal. entrando firme, mandou-a ás redes.2x1 no placard, e assim encerrou-se o primeiro tempa.

VASCO 5x1, NO FINALReiniciada a pugna, verificou-se logo nos primeiros mi-

nutos o choque de Pinhegas com Barqueta.

Y - % ,. - ¦::*,^''jj-

-¦ ¦ • ** • liL \ ^'-¦'¦' HH '][¦¦ ¦'''¦-¦

¦'".¦-: y 4 " *'y

. ...

tjMimammamttfmi '' i '\t\\mmmmmmmmÊÊmÊÊÊmmÊtr\\>>mnmw<n\i Mi Bi—¦

Barqueta cm ação. O goleiro vascaino defende firme, vroiegido p

Page 9: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

-_m___m___a___t_t___mmmMmmmÊmmmmmm—WÊm*mmm—w*MÊÊÊmm****wmwm^ ¦'"" ' "' *"— ' ' ¦•¦•——••••¦•"-'"•••"'' ' " ''""" """f" mm—~ianuLiimnw~wi»«iv

V^ ____-_^mmmmmmmm_m_m__m!Çl!^^

M ^«^^^i?ífeí| ásító-V <tr /-¦ ' *

j;: ¦.¦- "-v :* _^ ••¦- jí^-v.-. ¦..'¦¦95.. ,í .íív.-; ".

::;|k|Í I - ': -rH:^:: ?¦'"' •:Í^C~' Jfl ?iiS^á^^^^i * ^ 4" V¦ Ihcc/as.

s, <j|tn o América,í mííitos e inegávelegusnçio na sua ar-iò match de estréia,.meáiío, 6x0 sobre oe 3kl sobre o Ma-da pavea, e sobre-resultado do match,

tivesse sofrido na7xb, o Fluminense

nliíèeão, que se es-içõcfe do "clássico".tivj otimista e, e:<i-lermta esmagadora.

• n!so deram os re-rurais defesas boas,atacas ainda é o ar-direita, não passouesquerdo, guindado

fciEsteve mesmoda linha media, cie-necessidades de um

ípeanato. Tem bommenos no domingo,

ninepse teve apenasdois]que foram cou-

riâiSS^5S^'i**«s * líaii&tów -imsáSííeS&iasiai—f^:

L__̂ -^r^rr^^^,, -,.,-ra^ zz.r^z;^, .^rs^r^r ° Mto- g"<r'°c"-'"SCT& fHMMMMJMB —IIIIIIP ————¦¦Mi—0—nim»il« lilinilii ¦ «iir«in«ii™iimni Minwii

WÍÊÈtâ^/tiSü __r_i l__L I

• « - '"'¦•" ¦¦ ' íflS,- ¦' ¦':—---: V, ' I

4 •¦¦¦' :'* .-¦ .'¦¦¦?-..,..- ¦-* ¦ <. ..>v- r:%ü'-^—" ¦.¦». .- ¦"*¦¦ . «i ., «s-í> ¦•'¦••',

sjfss A>; -v j? . ., > ¦ ¦ -.r ',N,-W:; , . ... .. ... "í--kwí^. ^'-il

* '-iíí Í-- "":'-''#:<> i'- "_

.1 ,j^._r ¦!¦¦ ¦- _<_._3TTla »!-!-¦

roíegido por seu companheiro Rafagncli, que vigia Pedro Amorim.

O ponteiro pisou a cabeça do arqueirc numa atro-

3 pelada e o jogo paralisou-se ligeiramente, sendo Bar-

queta socorrido, enquanto Pinhegas era advertido pelojuiz e ameaçado por alguns jogadores vaücainos. A coisaficou, porem. ai... Aos dezesseis minutos atacou o Vasco eMorales "estourou" com Ademir. A bola acabou indo aLelé, que nao perdeu tempo, mandando-a em goal. parafixar o.s 3x1 no placard. Aos 28 minutos Beracochéa deuuma '-gravata-- cm Magnones, nue reagiu. O juiz só viuo gesto dc Magnones e expulsou este. ma: ante a grita ge-ral expulsou também Beracochéa. Aos 38 minutos Chico,escapando, passou a Ademir, que "dcixoir^para Lelé. E omeia-direita mais uma vcz acertou com o arco. Vasco.4X1. Quando parecia que o score ficaria por ai, Chico avan-cou novamente, aos 41 minutos, e centrou, paro Ademir,de cabeça, marcar o quinto goal do Vasco c último da tarde.Terminou assim a contenda com a justa vitoria do esqua-drão cie São Januário por 5x1. com a qual se laureou, pelasegunda vi?, consecutiva, campeão do Municipal,

UMA ARBITRAGEM FALHA

Embora o desenrolar da partida fosse propicio a umaboa arbitragem, o Sr. Oscar Pereira Gomes não conseguiuisso. atuando com muitas falhas. Permitiu que os jogado-res trocassem socos e pontapés, deixou passar penaltlesvisiveis de Rubens e Afonsinho em Pinhegas e Chico, alemde outras falhr.x flagrantes, No incidente Beracochéa xMagnones, vacilou na decisão. Expulsou primeiro apenasMagnones, para depois ordenar também a saida de Bera-cochéa, ante o protesto geral.

OS TEAMS E A RENDA

VASCO Barqueta. Rubens c Rafagneli; Beracochéa(Djalma). Nilton c Argcmiro; Djalma, Lelé. Isaias, Ade-mir c Cliico.

FLUMINENSE — Robertinho. Morales e Haroldo;Amaury, Adolfo Rodrigues e Afonsinho; Pedro Amorim,Magnones. Pascoal, Simões e Pinhegas.

O prelio atraiu ao estádio da Gávea uma assistênciaconsiderável, sendo apurada a renda bruta de 7O.ü6<3,30cruzeiros.

¦BUM—1——— ————¦ J ~I —¦ ¦—¦"¦¦¦ ""."Aji.,' ';"-y;A "j

¦ i . i:::ilSÍIiÉttBMii—i»ÉJ__*______]

Chico e Adolfo Rodriguez numa curiosa disputa da bola.D

Page 10: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

Página IO Sexta-feira, 22 de itinho de 1945 O GLOBO SfOlíTIVO

^lUSSí

CT* 1* '+ A

JVuto setor qualquer vascaino no estádio da Gávea. Os espectadores estão sérios. Provavelmente,o jogo apenas tinha começado e os tricolores ainda eram adversários temíveis. Se o placard já

estivesse em cinco, não seria outra a expressão dos fans ?

Reconheço positivamente ser eu um desses seresvulgares, propensos a derramar lágrimas quando assis-tem a melodramas; a prorromper em gargalhadas nos«aínetes; bocejar nas conferências, dormir nos sermões,se exaltar, até à incandescencia, nos comícios políticos;sent/v frenesís quando saem duma corrida de cavalos, evociferar conselhos técnicos aos toureiros nas touradasou aos jogadores de partidas de baseball. como se, aca-so, esses profissionais não soubessem o que fazer de suasmãos e, para escapar de apuros, esperassem tomar co-nhecimento da ilustrada opinião do espectador e pro-íano, cuja oportuna lição lhes é impossível ouvir, de-vido à distancia, ao ruído das múltiplas conversações esobretudo porque, executadas, representariam um ver-dadeiro suicídio, pelo menos em 99% dos casos.

Longe de fazer essa confissão com o rubor de quemreconhece uma inferioridade, sinto-me orgulhoso de per-tifncer ao setor evolutivo dessa massa privilegiada e sau-dosa, a que é chamada o público, e cuja missão so-ciai consiste, segundo supõe a maioria das pessoas, empresenciar, sem cansaço e mediante razoável estipendio,como outros suam tinta.

Este atrasado conceito do papel que corresponde aopúblico nos espetáculos deve ser a causa de algum ho-mem de ietras com tendências à exageração tenha ba-tlzado o conjunto dos espectadores com a frase, notória-

mente falsa quanto á qualidade e à quantidade, de **omonstro de um milhão de cabeças".

Minha teoria é que o público não deve se limitara presenciar um espetáculo; mas deve intervir nele.

Lembro, a propósito, os esforços do infortunadoWladimiro Maiakosky, o mais revolucionário dos ai;-tores dramáticos contemporâneos, para que o públicomoscovita tomasse, espontaneamente, parte na repre-sentacão teatral, e não me esqueci das "andansas- dopoeta Marinetti, quando surgia no proscênio ostentandouma jaqueta amarela e incitava os espectadores a seintrometerem na farsa cênica.

Maiakosky e Marinetti representavam a tendênciarenovadora na evojução do espetáculo, aplicada concre-tamente ao teatro.

Por outra parte, tenho gravado na memória umincidente que presenciei em minha infância, entre umpalhaço e um espectador de circo.

Estava o "clown" fazendo seus gracejos com êxitomedíocre e o espectador o interrompia com ditos quemereciam a aprovação do público c provocavam suabilariedade quendo o palhaço, talvez suscetibilizado pelacor^UTencia, propôs a seu bobo competidor uma aposta.

- Aposto um milhão de centavos em como nãosabes qual a diferença entre esse engraçado que meestá interrompendo e eu.

Sim, que o sei — respondeu ointerpelado — porem não posso após-tar um milhão de centavos, porquenão tenho troco. Só tenho comigo ummilhão cie pesos.Bem. Aceito, porque irei ganhara aposta.

Apostas?Aposto.Qual é a diferença?

A diferença é que o engraçadoestá na galeria e o desgraçado no pi--adeiro.

Perdestei a diferença é que amim me pagam para fazer rir e essehomem paga para bancar o palhaço.

Aquele "clown" representava a cor-rente estática e conservadora no con-ceito da missão social do público, en-quanto o seu companheiro, comoMaiakosky e Marinetti, estava navanguarda cie um movimento que tal-vez, urn dia, triunfe nos espetáculosa portas fechadas e do qual podemconsiderar-se precursores os lança-mentor, de ovos e verduras a divas,cômicos e dansarinos, por espectado-'res defraudados ou em desacordo comn atitude passiva a que se lhes con-dena. O termo passividade não sraplica, está claro, ao nosso espectadorde football. Se o seu clube não vai ládns pernas, ele absolutamente não seconforma. Descarrega toda a bilis emcima do pobre juiz, invectivando-onuma escala de epitetos em que omais suave é o de "ladrêo", vocifera-do com toda a forca dos pulmões.Os cracks ou assim chamados jogado-res também passam pela peneira im-piedosa e mordaz da crítica popular.

(Concluc na pág. seguinte)

""IBonito!.. . E' ou não um espetáculo esse, feliz tor-cedor vascaino? E diga-nos o leitor se não há car-radas de razão para que se sinta feliz o nossoamigo? O Vasca caniinua invicto e naquela oca-sião (jogo com o Fluminense) já prenunciava aconquista de mais um Torneio Municipal. Coir:uma superioridade tão esmagadora, o torcedorsentia-se propenso à indulgência até em relação ao

juiz, esse seu inimigo das horas ruins

¦mwçBtBsmumjÊummmKm

^s&m^. I

'4, ^\ A / *|l t ii* ' \'¦' í / @9k &¦

¦ _~——- -—¦¦¦¦ in ¦¦mm, iihimji taMMWanBHNHHHMMMnMMWMtM

Nos grandes jogos quem não madruga não arranjalugar ao sol e muito menos à sombra. Este jovem"fan" tricolor foi previdente: arranjou um farneie foi cedinho para a Gávea. Mas esse não foi um

dia feliz para os tricolores...

'«¦

Page 11: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

o <;i,oito srmtTivo Sextn-feirn, 22 de junho de lí)45 l*áama 1 í

I

__. Mg^ Jf. {&

BlísK"-*-:---' ¦** -¦• *¦¦ * »' yo^y^íSSc^SScSNA ^bNBctSSSíccòC

«SS*^- '' jí^:íÃv *-¦'.." *jKímmBBm

Pc.o «r satisfeito que ostenta esse valoroso•'soldado'' deve ser torcedor do Vasco

O homem ria arquibancada vai (se está de bom nu-mor» desde o conselho paterna! de "0 telefone estachamando" até o Insulto pessoal. De um certo medo,as reações do público ê que dão a medida do valor- doespetáculo e servem de estimulo aos jogadores, porquelhes excita os brios. Pode-se dizer assim qvie o nosso

público de football influe no maior ou menor brilhoda exibição futebolística. Influe só. não. participa domesmo, porque, em última análise, o público de -íoot-bali é outro espetáculo, embora individualmente dissonão -se aperceba o espectador. Dai o sentido dessa re-

portagem fefta durante o jogo de football disputadoentre o Fluminense e o Vasco, na Gávea.

A intenção não foi imitar urna camponesarussa, mas sim a de se defender da caníada...

* ///A

;i <^\^A\

Wi/ÍÍWÍfi§ÊMmjjjSíSS 2

Tudo pode vir abaixo... Mas, êlc não abando-na a hora do "seu" Brahma Chopp... £ irre-sistível... Mas, não é apenas uma pirraça, não...Ao contrário, essa atração está cheia de razões.Pois, para fascinar incontáveis admiradores,Brahma Chopp é super-dçliciosa! Isso porquehá um rigor extremo na seleção dos seus in-gredientes, que são o puríssimo fermento, ovigoroso malte e o aromático lúpulo. Tão sau-dável e gostosa bebida tinha, por força, queconquistar tantos fans e deles fazer fiéis e in-condicionais consumidores por todo o Brasil!

-1

/í-feyí^ OUÇA as transmissões de \

/W%_+ futebol, aos DOMINGOS, )

?V^k^ Pela Rác*io Nacional /a,' ^^ sAbados, à noite, pela Rá- \

dio Sociedade Guanabara. /

PRODUTO DA

/^'A"^V>

CIA. CERVEJARIA ItAHMA SOCIEDADE ANÔNIMA BRASILEIRA - RIO DE JANEIRO -S. PAULO - CURITIBA.

A Utoria brilhante <i<> clube, alvi-negro no campeonatoda 'i.a classe, veio provai qui' felizmente os poucos clubes detennls que nos restam na cidade, ainda procuram trabalharpelo progresso dr: elegante esporte. I luminense, Cmintry,l'i|iie.i e lasco com suas Instalações. <ã>> uma garantia para

o futuro iln nosso tenuis, precisamos porem que o esforçotécnico dos demais clubes contribuam com sua parcela

O comportamento tio Vasco nos Infanto-juvenls é dignarte registo, mas é preciso que o clube de são Januário, dêmaior assistência técnica aos seus juvenis contratando umprofissional afim iie que as boas qualidades de seus infamo-Juvenis, detentores da taça "Henrique Dodosworth", nao es-taelone.

o Botnlogo com um homem dedicada â frente, como I.ulzRamos, («in feito progressos e a sua \itnria alcançada ic-centeinente no Campeonato da 1.m (lasse, é uma afirmaçãodo esforço <lc \Mis tenistas.

O liotnfogo está bem localizado, mas ê pena que assuas dependências sejam pequenas para a quantidade de te-nistas müitntttci em- suas fileiras; contudo, temos certezaque I.uiz líamos, como bom botufoguense e tenista, não es-morecerá enquanto não melhorar as condições materiais desen clube, l.sta vitoria trará estimulo e fazemos votos paiaque breve <• Rotan>go volte a concorrer ao Campeonato da1.» (lasse, com o progresso de seus tenistas que ja e evi-dente.

t\ equipe vencedora (" composta dos seguintes tenistas:Antenor Maciel Rodrigues, o conhecido e veterano "baby", quemuito trabalho dá aos jogadores de sua classe para vencê-lo.ratito silveira, pftssutdor de-jogo vistoso e agressivo, e quemuito progredirá. Nelson Lopes, o jogador da classe de maiorfuturo. 1'ierre Wolbo, Joaquim Loureiro, Luiz Ramos e Ma-

mede, completaram i equipu^-formando as duplas que muitocontrüitiiram para o êxito final.

(» riuniiiu-n.se conquistando o Campeonato da 4 .a ClasseInvicto, vem juntar mais um aos muitos que está habituadoa \ em er .

I'sía equipe composta de jovens dotados de reais quall-dades. encontro" no Botafogo o seu maior adversário, a quemvenceu com dificuldade por ¦'' l.

Paiabcns pois a: Paulo terra/. Carlos Vasconcelos, (ar-los A. licitas, A. Caliera, Ivan figueiredo, II. Malheis eJacijiies Lcv \ .

V .'.:i Ciasse de seuhoras foi vencida facilmente pelo I lu-minense, tinto do entusiasmo e progresso de seu elementofeminino.

Sugraram-se campeões desta classe pelo dinâmico clube trl-color carioca, as seguintes tenistas: H.rta Aurreaux, ( i-cltiaVtnumindiscoll. Clelin (astro, i.olita Almeida c Maria ísoares.

Aguardemos agora os demais campeonatos promovidos pe-Ia federação Metropolitana de Tennls.

IIIS MAIISTY

Ontem cracks, hoje "Cartolas",,.(Conclusão da página 3)

pretensiosos como o Sr. Luiz Aranha, que se atiramà luta como se acham. De paletó e chapéu... ^

Eles são os cracks de ontem, os 'cartolas a*hoje...

Page 12: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

rnsfina ia Sexta-feira, 22 de junho de lí>45 O G1.OH0 SPOTíTIVO

'-^V(y__f______S_E___________i___HBU_H__K__Mfl

íawKralwíí- ''-V' . <i :¦:IBliillinil fn *)_ii „ il I V! '?l f 1)1 ft ia II. III BrTl ITilImrX n 'Ir Bi

A <_,

m ¦ a

Embora restando ainda uma rodada para a sua terminação, oTorneio Municipal já está decidido, com o Vasco de posse do titulode campeão. Invicto em oito jogos já cumpridos, o Vasco está ab-Boluto- com eeis pontos na frente dos segundos colocados, a pe-núltima etapa do certame de preparação ofereceu estes detalhes:

Vasco 5 x Fluminense 1LOCAL: Gávea. Renda: Cr$ 70.666,30. Juiz: Oscar Pereira Go-

mes. Goals de Beracochèa, Lelé e Pascoal, no primeiro tempo, eLelé (2) e Ademir, no segundo.

FLUMINENSE — Robertinho, Mor ales e Haroldo; Amaury,Adolfo Rodriguez e Afonsinho; Pedro Amorim, Magnones, Pascoal,Simões e Pinhegas.

VASOO — Barqueta, Rubens e Rafanelli; Beracochèa, Nilton eArgemiro; Djalma, Lelé, Isaias, Ademir e Chico.

América 2 x Botafogo 2LOCAL: São Januário. Renda: Cr$ 26.210,60. Juiz: Antônio da

Rocha Dias. Goals de Jorginho, no primeiro tempo e Otávio, Jor-gínho e Heleno, no segundo.

AMERICA — Osny II, Osny I e Gritta; Oscar, Danilo e Ama-ro; Cliina, Wilton, Maxwell, Lima e Jorginho.

BOTAFOGO — Oswaldo, Laranjeira e Sarro; Ivan, Spineli eNegrinhão; Oswaldinho, Otávio, Heleno, Tim e René.

Tim, Spineli e Heleno, do Botafogo, e Danilo, Amaro, Maxwelle Jorginho, do América, foram expulsos de campo por agressão ejogo violenío.

Flamengo 4 x Canto do Rio 3LOCAL: Laranjeiras. Renda: CrS 25.960,70. Juiz: Pereira Pei-

xoto/Goals de Zé Luiz e Zizinho, no primeiro tempo e Adilson, Ede-slo, Hernandez (de penalty), Zizinho e Tião, no segundo.

FLAMENGO — Dolly, Newton e Quirino; Biguá, Bria e Jayme;Adilson, Zizinho, Vaguinho. Tião e Jarbas.

CANTO DO RIO — Odair. Gualter e Hernandez; Edesio, Elyc Careca; Nelsinho, Zé Luiz, Pascoal, Pedro Nunes e Vadinho.

Bangú 3 x São Cristóvão 2LOCAL: Madureira. Renda: CrS 3.963,30. Juiz: Aristides Fi-

g-úelra. Goals de Nadinho e Magalhães, no primeiro tempo, e Sono(2) e Carreiro, no segundo.

BANGÚ — Robertinho. Enéas e Bilulú; Mineiro, Brito e Ada.ito;Cardoso, Nadinho, Moacyr, Menezes e Sono.

SAO CRISTÓVÃO — Louro, Florindo e Lilico; índio, Santa-maria e Emanuel; Magalhães. Archimedes, Cabeção, Nestor e Car-reiro.

Madureira 7 x Bonsucesso 1LOCAL: General Severiano. Juiz: Alzilar Costa. Renda: CrS

939,10. Goals de Jorge (2) e Corrêa, no primeiro tempo, e Durval (3),Spina (1) e Bolinha, no segundo.

MADUREIRA — Veliz, Mario Brandão e Danilo; Araty, Spinae Castanheira; Pirombá, Moacyr, Corrêa, Durval e Jorge.

BONSUCESSO — Pedrinho, Gualter e Laercio; Otacilio, Pé deValsa e Duca; Sobral, Mileidy, Helmar, Bolinha e Darcy.

A situação do certameARTTJJEIETROS — 1° lugar — Pirilo, 16 goals. 2o lugar — Ade-

mír, 10 goals; 3o lugar — Maxwell e Heleno, oito goals. 4o lunar --Geraldino — Otávio e Jorginho, sete goals; 5" lugar — Lelé, seisgoals, 6° lugar — João Pinto — René e Gerson, cinco goals. 7o lu-gar — Mical — Nadinho — Sono — Tião e Adilson, quatro goals.8° lugar — Durval — Beracochèa — Magalhães — Zizinho _ ZéLuiz — Pirombá — Simões — Moacyr (Bangú) — wilton e Mu-rilinho, três goals. 9o lugar — Oswaldinho — Helmar — Chico —Baleiro — Moacyr (Bonsucesso) — Moacyr (Madureira) — Pas-coal —¦ Nestor — Maneco — Sobral — Brito — Jair — Cidinho eJorginho (Madureira), dois goals. 10° lugar — Godofredo — Ca-beção — Oscar — Walfredo — Amorim — Amaro — Eugen — Tsaíis

Djalma — Santo Cristo — Bucheli — Afonsinho — Carnnc.0 —Darcy — Vevé — David — Ivan — Ubaldo — Jarbas — PedroNunes — Pascoal (Flu) — Carreiro — Edesio — Bolinha — Lima

Hernandez c Corrêa, um goal,ARTILHEIROS NEGATIVOS — Jurandyr, Enéas c Ivan. umARQUEIROS VAZADOS — Io lugar: Robertinho (Bangú), 2li

goals, 2o lugar — Jurandyr ("Flamengo), 24. 3o lugar — Veliz (Ma-durelra) ê Louro (São Cristóvão), 17. 4o iugar — Batataes (Flu-rnínense) e Oswaldo (Botafogo), 13. 5o lugar — Camisolão (Bon-sucesso) e Osny n (América), 12. 6o lugar — Odair ("Canto do Rio).11. 7o lugar — Jacey (Bonsucesso), 9. 8o lugar — Bento (Bangú),Barqueta (Vasco) e Pedrinho (Bonsucesso). 8. 9o lugar — Roberti-nho (Fluminense), 5. 10° lugar -- Darcy e Pepino (ambos do Bon-sucesso), 4. 11° lugar — Dolv (Flamengo), 3. 12° lugar — BaleiroCS. Cristóvão). 2. 13° — Arv (Botafogo), 1. 14° — Luiz (Flamengo». 0.

.TUTZES QUE ATUARAM — Oscar Pereira Gomes, José Pe-reira Peixoto e Alzilar Costa (cinco vezes"); Guilherme Gomes e Aris-tldcs Figueira (quatro vezes); Mario Viana e Carlos Gomes Po-tengy (três vezes); Belgrano dos Santos. Fioravanti Dangelo, So-lon Ribeiro, Carlos Milstein e Antônio da Rocha Dias (duas vezes):João Aguiar (uma vez).

RF_NDAS — 1" rodada: Cr$ 04.897.20; 2» rodada: CrS 80.621.70.3» rodada- Or$ 123.463.30. 4B rodada: CrS 95.835,20; 5a rodada: CrS100 170,70- 6" rodada: CrS 147.486.30; 7a rodada: Cr$ 136.415,10;8* rodada': Cr$ 127.740.00. Total: CrS 910.628,50.

_$&__, yÍ\_ -.íf «.

¦:">.

__" _fe fl?" <****.

Á T 1 C ASEU RÁPISO DESENVOLVIMENTO

v ¦*

Mgjxgxjxjgxjxfggggixj^

A equipe de volley do Telefônica A. C, à esquerda, que. disputou um torneio com a doIndependente Tauá, da ilha do Governador, que sq vê à direita

E' talvez, entre nós, o mais no-vo dos esportes. Mas não deixade ser. entretanto, um dos maiselegantes e distintos.

Por isso mesmo, o Volleiballvem sendo ultimamente diftmdi-do em todos os nossos grandescentros esportivos. despertandonoa seus aficionados um grandeinteresse e entusiasmo.

Nos campos de educação físicada Inglaterra e dos Estados Uni-dos, o Volley é praticado com amesma intensidade do cricket, dofootball, do tennis, do box o ou-tros jogos, compreendidos estes,como expressão da viril idade deum povo.

Articulando-se com a intelec-tual, a educação fisica fortalece oinstinto, a alma e o espirito que,por sua vez, se refletem no equi-librio físico do indivíduo, esta-belecendo a plenitude da vidahumana perfeita.

Por sua técnica é o Volley umjogo que exige uma ação conti-nua e uma certa desenvolturamental para melhor compreen-são do momento psicológico deum lance do adversário.

Daí, da necessidade desse equi-librio entre mãos e cérebro, o in-teresse que o Volley vem desper-tnndo em os nossos meios espor-tistas, principalmente porque po-de ser praticado por jogadoresde ambos os sexos.

m

Nos clubes filiados à Associa-ção Desportiva dos Empregadosdas Companhias Associadas( A D E C A ) o Volley vem sedesenvolvendo de forma plena-mente satisfatória.

Já vários clubes filiados àque-Ia prestigiosa entidade dos fun-cionarios das referidas Compa-nhias mantêm suas equipes, mas-cuilina e feminina, realizando in-teressantes e movimentadas par-tidas que são disputadas com en-tusiasmo e denoclo.

Entre esses clubes podemos ei-lar o Força e Luz A. C, cujotorneio interno de Volley temdespertado um grande interesseentre os esportistas "Lighleanos".Organizou o Força e Luz A. C.

sole quadros, assim denomina-dos: — Ledger, Oriente, Lightoa-no, Atlético, Olímpio, Universale Mocidade.

Esses quadros têm levado aefeito movimentados torneios, or-ganizados pelo diretor técnico doForça e Luz A. C Manuel Fun-reca, obtendo sempre um gran-de sucesso, dado o valor dosdisputantes e o absoluto senso áedisciplina que preside sempre osJO.L.OS.

Outro Clube que se vem dedi-cando ao Volley é o TelefônicaA. C.

Possuindo dois quadros mas-culinos e femininos, o Telefòni-ca A. C. é, presentemente, jun-lamente com o Força e Luz A.C , um dos grandes propugnado-res do Volley nos meios esportis-tas das Companhias.

Organiza constantemente par-tidas amistosas desse apreciávelesporte entre equipes masculinase femininas, tendo já realizadomagníficos jogos com clubes degrande projeção no Rio, dentreos quais se destacara os seguiu-tes: Esporte Clube Mackeiwie,equipes feminina e masculina;Graiaú Tennis Clube, equipemasculina; Madureira A. Cequipe masculina; Centro CívicoLeopoldinense, equipe masculi-na; Imprensa Nacional, equipemasculina: Associação Cristã deMoços, equipe masculina c La-boratorios Silva Araújo, equipesmasculina e feminina.

Alem desses jogos locais, o Te-lefôhica A. C. tem excursiona-do, a Ilha do Governador, levan-cio alem dos seus dois quadrosmasculinos a forte equipe femi-nina, o que aumenta, sem dú-vida. o brilhantismo das pugnasde Volley.

Assim sendo, já preliou naque-le aprazível recanto da nossalinda Guanabara com as seguin-tes agremiações: Esporte ClubeCocotâ, Independente de Tauá eJequiã F. C.

O Clube do Tennis Independen-cia, muito embora seja uma agre-mlação especializada na práticado elegante esporte da "raquotte",vem de criar uma equipe mas-rulina de Volley, constituída porum grupo dos seus mais fervo-rosos tenistas.

Esw equipe, festejando o ter-ceiro aniversário da fundação doClube de Tennis Independência,realizou um disputadíssimo prelíocom o "six" do Fluminense F.C, também formado pelos te«snistas do querido clube das La-ranjoiras.

No ano corrente, a atual dire-toria do Clube do Tênis Tnde-pendência, constituído, como játivemos ocasião de di/:cr, porfuncionários das Companhias As-sociadas e filiado à A D F. C Ao à Federação Metropolitana deTennis, vem ativando a -iráticado Volley. com agrado geral detodes os esportistas das Compa-tíbias.

De onde se concluo, portanto,que as atividades esportivas nosclubes dos ftmeianorios da Lightnão se limitam ao football.

O Tennis, c baskett, o tennis demesa e, agora, o Volley, encon-tram um clima satisfatório nashostes da A D E C A , com opleno apoio do DepartamentoSocial das Companhias que in-crementa e auxilia qualquer mo-vimento da cultura física dos seusjovens funcionários.

São de Ruy Barbosa, que foium dos mais autênticos lumlna-res da nossa jurisprudência estaspalavras:"A ginástica não é um agentematerialista, mas, pelo contrario,uma influencia tão moralizadora,quanto higiênica, tão intelectualquanto fisica, tão imprescindívelá educação do sentimento e doespírito quanto á estabilidade dasaúde e ao vigor dos órgãos. Ma-terialísta de fato é. sim, a peda-gogia falsa, que, descurando ocorpo, escraviza, irremissivel-mente a alma à tirania odiosa das.iberrações do um organismo so-lapado pela debilidade e peladoença"

Cultivemos,físico, fontecorpo e da

pois, o exercícioregeneradorn doalma e louvemos

aqueles que, como os esportistas,objetivados resta página, sabemcultivá-lo com admirável espíritoesportivo.

Page 13: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

O «LOBO SVOKT1VO Sexta-feira, 22 de junho de. 11)45 Página 18

gp^W^^I^V'1^' ¦r""'!ü"j,r;jft ¦ .-.$£

s* . ^v

l'ma liistoria simiples em dois episódios — í>e-cénter-forward a goal-keeper — As preferenciasdo guardião vascaino e sua vida íntima — Pirilloe Batataes na vida. do campeão do "Municipal"

(líenortairem de Cera Ido Rnmualdo da Silva")

Bfck

JrV^Sf0,

' - .

¦• -:- ¦

.' • ¦ ' ¦¦:¦¦¦

" ¦

': '

, '

v

w^-.»íjs?í;'-*;v^^íÇS^S --. -~,';! '.. » v '•¦»':¦ -'-..'¦. •¦-.- a,. -í";,: *"(- . - .. .'.-' ¦¦:.¦'.

,&MHB

BOLAS. A maior é deadí

"medicine" e a outra é de football. Com ambas o arqueiro do Vasco sestra para as lutas do campeonato de verdade...

Barqueta também temo seu "hobby". E um"hobby" curioso: a barba.Toda simpatia dele estávoltada para o rosto. Naoque seja um dandí, umvaidoso. Ao contrario.Faz questão de mostrarque não é nada disso.Basta dizer que é incapazde "limpar" a cara antesde unia partida de foot-bali, saiba ela a perigo oua matéria vencida. E'ele no Rio e Cláudio Vac-ca em Buenos Aires. E omais interessante é quenão se conhecem, nuncaso viram, pouco se lhesimportando, por conse-guinte, o que um faca noVasco da Gama e outrono Boca Juniors.

Quem não acreditarque repare se o caso exis-te ou não. O caso da bai-ba, bem entendido, por-que a coincidência ficapor conta de mera iníor-rriação...

PAI ITALIANO E MAEPORTUGUESA

Fausto Barqueta nas-ceu no Estado de SãoPaulo, na cidade de Jun-diaí. Nasceu e criou-seali. fazendo vida do cam-po, trabalhando de sol asol e jogando football so-mente aos domingos. Opai, bom e pacato italia-' no. hoje naturalizadobrasileiro, foi sempre umhomem de luta. não per-mitindo, em absoluto, odesperdício de tempo emcoisas de pouca monta."como o football", comocie dizia. E isso duroutempo. Enquanto Bar-quêta foi center-forwardo "velho" pensou assim.Pelo menos enquanto oAlho pretendeu ser "ar-tilheiro"...

'¦J& WmÈ

^%4.

(»<&«**

&#*"

Não se trata de "baseball". O que está na mão deBarqueta c um peso. Ele também é do atletismo

^obéÉPím£*W**

f:'" t. v - "

Ele não qosta de concentração. Por que? Por vários motivos. Menos,naturalmente, por causa da boia. A baia de São Januário é quase tão

boa quanto a de casa

MARCAR GOALS ERA UMA- AMBIÇÃO COMO OUTRAQUALQUER

Em Jundiaí Barqueta jogava de center-íurwaxd. Foisua posição predileta durante muitos anos Caracteriza-va-se pela violência com que "carregava" sobre os pobreskeepers jundiaienses. Por isso mesmo chegou a ter fa-ma de "artilheiro perverso". Hoje ele confessa que gos-tava da brincadeira.

— Afinal, pensando bem. é sempre mais divertidofazer goals que evitá-los. A responsabilidade é muito me-nòr, já se vê...

UMA OPERAÇÃO MUDOU O RUMO DE SUASPREDILEÇÕES

Chegou a vez de perguntar a Barqueta como foi queele se transformou em goal-keeper. O profissional vas-cai no assim explica a metamorfose:

Tudo por causa de uma operação melindrosa.Uma intervenção que exigiu repouso e severo tratamen-to durante tempo indeterminado.

Um sorriso se escapa de seus lábios. Ele cofia a bar-ba abandonada e revela:

Meu médico con fossara-me, certa vez, entre aus-tero e amigo:

Você ficará bom, voltará a. ser o mesmo faustode ontem, mas é necessário que compreenda uma coisa:o football está morto em sua vida. E aconselhou-me:

Nade. danse. faça um pouco de atletismo, de pre-ferencia o lançamento, mas pulos e chutes é que naopodem mais ser repetidos !

¦— E você ?-— Eu me conformei com a decisão. Também, que

remédio'... , i„*„,{Oonclue na pagina seguinte}

Page 14: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

-. -"...„."U'".,J j___v '.'-."''-Tyji'1^..'.'.',!."."'??:,y:.\g.i_ir;?w.i'~gry''w^^ _J^jff_ãt*MII»W»!W^^«_*.ii«<_<.Mm^^*.^»«iMy»^»m'^^

Página 14 Sexta-feira, 22 de junho «le lí>If> O ÍJLOHO SfOltTIVO

loiitnífini¦? "Vi

¦55 '''¦:¦:

ffi-

HIDALGO, UM AUTÊNTICO CRACK — JUAN AR_. TiGÁS, UM GRANDE GINETE

Juan Artigas, o hábil freio argentino que conduziuCântaro ao vencedor domingo último e que, depoisde passar curta temporada em nosso turf, volta a

atuar nos hipódromos de seu país de origem

A grande atração datarde de domingo últimono Hipódromo da Gávea,estava condicionada ãdisputa do Grande Pre-mio "São Francisco Xa-vier". Concorria paraisso a estréia do "crack"Hidalgo, o rcaparecimen-to de Cântaro e a novaoportunidade de rehabi-litação que se apresen-tava para Irará. Cume-lén, que completava ocampo dessa prova, erao que menos interessedespertava.

O desenrolar da tracli-cional prova clássica foiperfeitamente normal.Dada a largada, Hidalgodentro de sua caracte-rística, foi para a ponta,sendo seguido por Irará,correndo Cântaro em ter-ceiro e Cumelén em úl-timo. Entre a milha e os1.500 metros, Artigas ex-perimenta Cântaro quecorresponde prontamen-te, o que faz com que ohábil piloto argentino re-colha prudentemente suamontada.

Não se modifica a or-dem da carreira. Ao en-trarem na reta, Hidalgodestaca-se um pouco, ini-ciando n e s se momento

Artigas a atropelada de seu pilotado. Irará é logo batido. Entre as "especiais" e as""sociais", Cântaro alcança o ponteiro, dando clara demonstração de ter dominado acarreira.' Daí para o vencedor, Artigas, absolutamente sereno, traz o tordilho do Sr.Nelson Seabra, com elegância e evidente confiança, para o disco de chegada, que foi cru-sado sobre Hidalgo, por três quartos de corpo.

Irará entrava terceiro, encerrando o lote Cumelén, cuja atuação foi muito fraca.HIDALGO, UM AUTENTICO VALOR

Embora batido, Hidalgo confirmou plenamente sua fama de "crack".. Depois de umlongo tempo afastado das pistas, marcava seu reaparecimento. Apesar disso evidenciousua classe, correndo magnificamente. Perdeu, é verdade, mas fazendo uma exibição es-plêndida de suas possibilidades. Falta-lhe um poucodo que pode produzir e, sem querermos diminuir o bri-lho da vitoria de Cântaro, pensamos que de futuro,Hidalgo dificilmente será por ele batido.

Seu vencedor de agora apresentou-se em grandeestado, já corrido na Gávea, onde estreou no "Pre-feitura Municipal", ganho por Secreto, chegando, en-tão, em quarto lugar.

.HIAN ARTIGAS, O PILOTO DE CÂNTARO

Já se encontra novamente na Argentina o "gi-

neto" Juan Artigas que levou Cântaro ao vencedor,domingo último.

Foi breve — menos de dois meses — sua passa-gem pelo nosso turf. Sua proficiência foi discutidaíartamente. Para uns não se justificava a fama quetrazia do turf argentino; para outros, um profissionalde valor positivo. Nós formamos entre estes últimos.Juan Artigas é um grande profissional. O que talveznão tenha agradado a muitos é a serenidade com queconduz sua montada, o pouco uso que faz do chicotee a absoluta elegância com que durante o percursoou mesmo no final se mantém no dorso do animal.

Não se pode duvidar da proficiência de um jockeyque, atuando num turf como é o argentino, figura,

permanentemente, entre os primeiros colocados na es-tatística de vitorias, impondo-se como serio rival deLeguisamo.

-# ' .

Cântaro, depois de seu esplendido triunfo no "O. P. São Francisco Xavier'*. Ivolta â repesagem seguro por seu jovem proprietário. Sr. Nelson Seabra

¦ _m_iiiiiii_—iiiir_nn_n_rT¥imrmn—m—rm tu—nr mi n"iinniiiiii 11

I I 0 BARQUETA

MfilS UMA AVENTURA DO FANIJ1SM!!!

__^ "n_§p^ jss J¥ .«_____

v*<2k xTv!wers.

ÓleoElêfiteFamoso linimento,combate as duresmusculares, torce-duras, inflamações,clática, lumbngo.Peca Óleo Elétricofio Dr. Charles de Grath

í "^CLI l X

SK NAOSABE...

— Em 1908,Abrahão Saliture.em Montevidéu, tri-unfou nos 100 c500 metros, numtorneio internacio-nal.

— Water-poloe natação.

— Ao chance-ler Lauro Muller

— Arquitetura— Basketball.

A RADIO GLOBO estáapresentando diariamente,

o mais eletrizante programa!O FANTASMA VOADOR,

pessoalmente, falando com a suavoz de valente, conta as suas sen-

sacionais aventuras na luta contraos malfeitores! Este programa de-

dicado especialmente aos fans doFANTASMA VOADOR, é urna

oferta de COMPLEXAL — tabletesde vitaminas e sais minerais, que

tornam as pessoas tnais fortes emais nutridas.

Rádio GLOBODiariamente, às 18,'10 exceto aos sábados e domingos.

BL ¦¦]_. „,,iVi -¦ ^___._"-__j ijlm____'_t-Ji_'-"'"—¦,_. . '!._.¦_ "-*ile«_

iConclusão da página anterior)

BATENDO BOLA EU FAZIA EXERCÍCIOS...Durante um ano e quase metade só fiz assistir a jogos. Nesse ínterim ia

a campo e, geralmente, me postava encostado ao arco, que era meu ponto pre-ferido paia ver melhor a coisa. Às vezes, durante os intervalos, de calça etudo, checava mais para lá cio "encosto" e rebatia umas bolas. Tudo muito,naturalmente, sem a menor pretensão. Ou melhor pretendendo apenas desça-ferrujar oc músculos...

DEPOIS FOI DE CIIUTEIRA E TUDO...Os olhos de Barqueta ficam grandes. E ele prossegue:— Com o tempo enfiei as chuteiras e vesti meu velho calção de goleada.".

memoráveis. Cheguei â conclusão de que o arco não me podia fazer mal algum.Uma cone asão naturalmente meio arriscada, mas que fazer? E treinei, trei-nei, treinei. Sem querer havia virado goal-keéper. Assim, um dia — zás ! —

escalaram-me. "Não é possível!" — respondi ao por-tador da novidade. "Não posso e não posso!" Tinhao pensamento voltado para meu médico. "E ele?"."Que não dirá quando der comigo de novo em ativi-d a de ? "

No fim convenceram-me. E olhe: não houve nomeu ""drama" nenhum titular enfermo ou contundido.O rapaz estava são, são como eôeo...

PIRILLO E BATATAESA palestra vai crescendo. Vai num crescendo real-

mente relâmpago. Dos 19 anos Barqueta chega aos 2G,que é a sua idade atual, para lembrar que arqueirosó admira um. E diz no tom mais natural destemundo:

Sou louco pelo "velho" "Batata". Se eu chegara ser como ele. serei um homem feliz dentro do es-porte. Qual o "artilheiro" que maLs o incomoda?

Barqueta pensa, pensa, balbucia os nomes de Jair,Lelé, recorda o pé esquerdo de João Pinto, lembra os"rushs" de Isaias...

Mas esses são todos de seu clube, rapaz !...Ele sorri. Achou a resposta.

Pirillo! Não é que eu tenha medo dele. MasPirillo sempre incomoda a gente...

UM HOMEM SEM VÍCIOS...Fausto Barqueta é a bem dizer um homem sem

vícios. , Fumar ele fuma. Beber. nada. Água. Água,sim. Jogo? Cartas? Nem é bom falar. E" casado etem duas filhas. Dua.s maravilhosas meninas. Neidetem dois anos e Neuza cinco. Vive para elas. E quan-do dormem, o que faz é procurar um cinema. Emcasa brinca com Neuza e Neide e lê romances policiais.Historias complicadas não lhe interessam...

UM POUCO DE CADA ESPORTE, Mas o guardião cruzrnaltino não faz bonito apenas

no arco. Gosta do atletismo, tem queda especial paraos lançamentos, salta com desembaraço, nada bem econsegue fazer acrobacias em trampolins. Ainda assim,consegue arranjar um pouco de tempo para pôr-sc emdia com a pista e com a piscina. O mar o atrae. mas"seu" Ondino é contra. A areia endurece e o sol cmexcesso amolece o corpo. Eis porque não abusa muitodessas inclinações.UMA MAGOA: Si) SER QUASE INVICTO NO RIO

Um dia falarão nele definitivamente como um ar-queiro de qualidade, Como um clássico, "made" Bata-taes. Porque Barqueta possue tudo para atingir o "es-trelato" rapidamente. Por exemplo: convicção e quedanatural. Está entre nós há pouco tempo — um anoapenas — mas já conseguiu realizar o milagre de os-tentar um título que nenhum outro em sua posiçãopode apresentar nesses doze últimos meses de footballno Rio de Janeiro. Só perdeu uma partida. Sim, aque-

( Ia do "goal de Valido"...

p n f. -.?I.IHO KLCS.

TABLETES DE VITAMINAS

! ,.1 1.-J

Page 15: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

£»¦*. .„:-':'Kf<*>'"*Vi?'?'r'--

r—i ^^-^^¦^^^^^^'^^'í''^''^^wwíííí"»>i"p*^pí^íp'^,p^^

"'—— *——1GIJO, DEPOIS DE MANDAR A PELOTA A CORNER

¦ ''"' ' l',,lll,11lM""l,i „_.,__MMM^,^|^^gMqMW»IR'M—¦" "— —— *

B/LKQt/ETM EM AC-TO

Houve lootball de verdade, no match deSão Januário, que reuniu as equipes do Vascoe do São Paulo. Líderes e invictos, os quadroscarioca e paulista brindaram o público comum espetáculo de técnica e entusiasmo. Foramnoventa minutos de movimentação, repletos delances emnolgantes. A assistência — numerosaa despeito" do mau tempo — soube recompen-sar os esforços dos contendores, aplaudmdo-osincessantemente. Partidas como a que reaii-zaram cruzmaltinos e tricolores, fazem csque-cer comoletamente os aborrecimentos que cau-sam certos matches de desfecho desagradável.

Os vascoinos apresentaram um bom rendi-mento técnico. Excelentes na defensiva, cornohabilidosos no ataque. Nas ocasiões em que es-tiveram retraídos ante a pressão adversaria,valeram-se de todos os conhecimentos, consse-guindo evitar a queda de sua cidadela.

Os locais ganharam o match por 2x0. Umgoal em cada tempo, obtidos em ocasiões emque exerciam domínio no gramado. Esses pe-riodos, no inicio do primeiro tempo e ao tinalda segunda fase, deram aos vascainos a justiíi-cativa para a conquista do trivaxfo.

fambem o São Paulo apareceu como umautêntico campeão. Provou a razão da posiçãoque ocuna no certame paulista, atuando comacerto nas duas fases da peleja. É verdade queos seus jogadores não evitaram à derrota, massouberam dignificá-la. através o esforço quedesenvolveram. Vencidos e vencedores foramleais adversários.

Ademir foi o melhor jogador em campo.Quando formando ala com Jair e. depois, nameia esquerda, o player pernambucano apre-sentou eficiente produção. Barqueta, como Bar-

bosa; Rafanelli, Dino, Lelé e Jair foram ou-tros elementos de destaque na equipe local. Osdemais, sem alcançar o sucesso dos elementoscitados, também colaboraram com entui>ía::mopara o triunfo.

Entre os sampaulinos. Renganeschi estévem plano de destaque. Gijo, Ruy, Barrios eSastre seguiram-lhe os passos. Colocando essesnomes em evidencia, não queremos concluirque os demais tenham agido mal. Ao contrario,também procuraram contribuir para o êxitoda noitada. • * •

Arthur Cidrin dirigiu o match. _ Numaépoca de fracassos constantes dos árbitro:-, ecom prazer que registamos a sua atuação, quefoi cem por cento perfeita.

COMO ATUARAM OS QUAORO.S

VASCOBarbosa (Barqueta)SampaioRafanelliBeracoclféaDinoArgemiroDjalmaLeléJoão PintoJair «Ademir)Ademir (Cinco)

I SÃO PAULO

GijoPiolimRenganeschiBauer (Rury)Ruy (Zarzur)NoronhaBarrios (Sastre")Sastre (leso)

| Leonidas (Teixeiri-nha)

j Remo1 Teixeirinha (Barrios)

Apesar do mau (empo a peleja arreta-dou a apreciável cifra <lc €r$ <íBJM8,50.

^^^^.ítgog*.

Page 16: ..V. ¦;¦¦¦¦' :*; - ¦¦¦fJ^memoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1945_00356.pdf · Não se traía de uma biografia, e sim um e;:tu-do das excepcionais virtudes r futebolísticas

¦y ¦?; • ¦ ¦. ¦ . ¦ •. • • ¦ ¦ • '¦¦;¦<¦"¦ nv> ¦.r^m^m'a.r<:'- mo

, T _^-«^ **..— <• ¦.¦ : ¦¦¦¦¦.-¦ ^l ¦ . -. - - ¦'-: i ¦ ¦ "- —-J^-- i - ,Jjt ¦ ¦'-r 1 1 imiw m i i

• ¦¦'-* i

. '.'..'""> tr^ —-^—mí———»—¦ h