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    Pr-ModernismoBelle poque

    Parte 1

    Prof. Rgi Macedo

    Belle poque

    Momento na trajetria histrica francesa que teveseu incio no final do sculo XIX (1880) e seestendeu at a ecloso da Primeira Guerra Mundial,

    em 1914.

    No Brasil, este perodo tem incio em 1889, com aProclamao da Repblica, e vai at 1922 realizaoda Semana de Arte Moderna na cidade de So Paulo.poca de florescimento total do belo, detransformaes, avanos.

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    O que chamamos de Belle poque pode serconhecido por outros nomes, como: nacionalistaou ecltico, ou pr-modernismo, sincrticoousincretistaou de transio e sincretismo,e ainda, de art nouveau.

    ART NOUVEAU

    Pr-modernismo

    Perodo de transio: 1902 1922. Interesse pela realidade brasileira. Linguagem simples e coloquial. Regionalismo. Poltica do Caf com Leite. Latifundirios x Misria extrema.

    Euclides da Cunha (1866-1909)

    Os Sertes 1902. Guerra de Canudos Antnio Conselheiro. Canudos: misria e violncia. O Brasil esquecido. Trs partes: A Terra, O Homem, A Luta.

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    Graa Aranha (1868-1931)

    Cana 1902. Romance Ideolgico. Regionalismo Esprito Santo. Imigrantes alemes. Lentz racista: a miscigenao do povo brasileiro o

    condena ao domnio da raa superior. Mikau otimismo HUMANISTA.

    Monteiro Lobato (1882-1948)

    URUPS 1918. 14 contos. Itaoca interior de So Paulo. Personagem: o Caboclo.

    Jeca Tatu: preguioso, indolente. Tcnica expressionista: exagero na descrio da

    personagem.

    Lima Barreto (1881-1922)

    TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA (1916) Primeira Repblica - governo de Floriano Peixoto

    (1891 1894) Nacionalismo (patriota fantico) Idealismo: lngua agricultura poltica Crtica ao Positivismo Desencanto com a realidade

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    AUGUSTO DOS ANJOS (1884-1914)

    EU e Outras Poesias (1912)Multiplicidade de influncias: Parnasianismo +Simbolismo + NaturalismoForma sonetos Parnasianismo + Misticismo Simbolismo + termos anti-poticos (verme, podrido,carnificina) NaturalismoPessimismo

    Este momento da literatura, mostra, como emnenhum outro perodo, como a influncia dosacontecimentos sociais, cientficos e filosficos podemrefletir na arte.

    Parte 2

    Desenvolvimento

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    Os Sertes

    Primeira parte:A Terra. Estudo geogrfico escrito em forma literria. Seguindo os princpios positivistas, o autor descreve

    de forma minuciosa as caractersticas do meiosertanejo.

    - Segunda parte: O Homem- Texto antropolgico. De acordo com a estticanaturalista fortemente amparada pela filosofia deTaine na qual o homem determinado pela trade

    meio/raa/histria.

    - Terceira parte:A Luta.- Narra a batalha entre o litoral desenvolvido e o

    interior atrasado.- Os sertanejos constituam um povo isolado e, por

    isso, homogneo.

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    Cana

    Veja um trecho da obra em que asideias deixamentrever a filosofia de Nietzsche e o evolucionismode Darwin:

    "No acredito que da fuso com espcies radicalmenteincapazes resulte uma raa sobre que se possadesenvolver a civilizao. Ser sempre uma culturainferior, civilizao de mulatos, eternos escravos emrevoltas e quedas (...). No Milkau, a fora eternae no desaparecer; cada dia ela subjugar o escravo.

    MilkauOs seres so desiguais, mas, para chegarmos unidade, cada um tem que contribuir com umaporo de amor. O mal est na fora...

    Urups

    A lei do menor esforo. Personagem central: Jeca Tatu. Lavrador: no planta (preguia, indolncia). Mercador: s vende o que a natureza oferece. Filsofo: vive-se bem sem isso. Anti-heri, antirromntico.

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    Triste Fim de Policarpo Quaresma

    Policarpo Quaresma: Sonhador. Ingnuo. Idealista. Patriota. Desiluso Jogo de interesses Poder + Corrupo

    + Entreguismo.

    Eu e Outras Poesias

    Versos ntimos

    Vs?! Ningum assistiu ao formidvelEnterro de tua ltima quimera.

    Somente a Ingratido esta panteraFoi tua companheira inseparvel!

    Acostuma-te lamaque te espera!

    O Homem, que, nesta terra miservel,Mora, entre feras, sente inevitvelNecessidade de tambm ser fera.

    Toma um fsforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, a vspera do escarro.

    A mo que afaga a mesma que apedreja.

    Se a algum causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mo vil que te afaga,Escarranessa boca que te beija!

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    Agora sua vez

    Quais os principais aspectos da literatura Pr-Modernista que a tornam inovadora e transformadoradentro do cenrio cultural brasileiro?

    Por que se pode afirmar que as obras Os Sertes, deEuclides da Cunha, e Cana, de Graa Aranha,carregam caractersticas do Naturalismo literrio e dascorrentes cientificistas do sculo XlX?

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    Destaque os principais autores e respectivas obrasque marcaram o Pr-Modernismo brasileiro. Ressalteas caractersticas de cada uma delas.

    Quais fatores polticos e econmicos levaram osautores pr-modernistas denncia da existncia dedois brasisdivididos entre a riqueza e a misria?

    O que foi a Belle poque?

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    Finalizando

    Concluso, Reviso e Novidades na rea

    Caracterstias do Pr-modernismo

    A ruptura com a tradio, com o academicismo.Os tipos humanos marginalizados: o caipira deMonteiro Lobato, os sertanejos de Euclides da Cunha,os mulatos e os funcionrios pblicos de Lima Barreto.

    Crtica ao ufanismo dos romnticos e aoconservadorismo dos parnasianos.

    denncia da realidade brasileira, so includos:O serto nordestino.Os subrbios cariocas.Os caboclos do interior (Jeca-Tatu).O Brasil poltico, social e econmico.A paisagem brasileira e o homem regional.

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    Os escritores do perodo demonstram suasinsatisfaes com as diferenas sociais, com a misria,as carncias, polticas e culturais; denunciam, naverdade, a existncia de dois brasis: um rico e outropobre.

    Por no se encaixar em nenhuma corrente literriaespecfica, Augusto dos Anjos considerado um poetapr-modernista.Sua poesia mescla a forma (sonetos) do Parnasianismo,

    com o misticismo do Simbolismo e vocabulrioNaturalista.