Victor Ramos Padilha (Trabalho Estradas i)

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UNIVERSIDADE DE UBERABA VICTOR RAMOS PADILHA REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO EM PROJETOS DE RODOVIAS UBERABA-MG 2013

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  • UNIVERSIDADE DE UBERABA

    VICTOR RAMOS PADILHA

    REBAIXAMENTO DE LENOL FRETICO EM PROJETOS

    DE RODOVIAS

    UBERABA-MG

    2013

  • VICTOR RAMOS PADILHA

    REBAIXAMENTO DE LENOL FRETICO EM PROJETOS

    DE RODOVIAS

    Trabalho apresentado Universidade

    de Uberaba como parte das atividades

    avaliativas da disciplina de Estradas I,

    do 7 perodo do curso de Engenharia

    Civil.

    Professor: Paulo Roberto Garcia

    UBERABA-MG

    2013

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................................................. 1

    2 DRENOS PROFUNDOS ............................................................................... 1

    3 DRENOS EM ESPINHA DE PEIXE ............................................................ 2

    4 COLCHO DRENANTE .............................................................................. 2

    5 DRENOS SUB-HORIZONTAIS ................................................................... 3

    6 VALETOES LATERAIS ............................................................................... 4

    7 DRENOS VERTICAIS .................................................................................. 4

    8 ELETROSMOSE ........................................................................................... 5

    9 CONCLUSO ............................................................................................... 5

    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................... 5

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    1 INTRODUO Quando se fala em drenagem de estradas possvel reconhecer dois destinos para

    as guas provenientes de precipitaes: parte escorre sobre a superfcie dos solos e parte

    se infiltra, podendo formar lenis subterrneos. Dentre essa situaes h diversas

    variaes devido a diversidade das caractersticas de cada regio, tais como tipo de solo,

    topogrfica e clima.

    Geralmente h sempre a necessidade de se manter o lenol fretico a

    profundidades de 1,50 a 2,00 metros do subleito das rodovias. Esse trabalho tem por

    finalidade apontar as formas possveis de resolver esse problema, as quais foram

    desenvolvidas ao longo dos anos. So elas: Drenos profundos, Drenos espinha de peixe,

    Colcho drenante, Drenos horizontais profundos, Valetes laterais, Drenos verticais de

    areia e a Eletrosmose.

    2 DRENOS PROFUNDOS Tem por finalidade interceptar o fluxo de agua subterrnea atravs do

    rebaixamento do lenol fretico. So instalados preferencialmente em profundidades

    que variam entre 1,50 a 2,00m, aliviando assim o lenol fretico protegendo o corpo

    estradal. Temos dois tipos de materiais a serem empregados:

    a) Materiais filtrantes: areia, agregados britados, geotextil, etc. b) Materiais drenantes: britas, cascalho grosso lavado, etc. Para se dimensionar um dreno profundo devemos considerar que existem dois

    modelos, ou seja, drenos com tubos, rgidos ou flexveis, e drenos cegos.

    Os drenos com tubos so constitudos por uma vala onde so instalados os tubos e o

    material de enchimento, ou envoltrio, podendo ou no ser selados. recomendado que

    o material de enchimento tenha granulometria prpria e adequada para evitar

    colmatao e atender as condies de vazo. Essas granulometrias so obtidas pelo

    processeo de Terzaghi, Darcy dentre outros. Abaixo a Figura 1 ilustra as sees de

    drenos profundos contnuos e descontnuos, e a Figura 2 que mostra o perfil do lenol

    fretico rebaixado.

    Figura 1. Sees de Drenos Profundos.

    Fonte: DNIT Manual de Drenagem (2006)

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    Figura 2. Perfil dos Lenis Freticos Rebaixados.

    Fonte: DNIT Manual de Drenagem (2006)

    3 DRENOS EM ESPINHA DE PEIXE So destinados a drenagem de grandes reas em sentido obliquo ao eixo

    longitudinal da rodovia (figura 3). So normalmente usados em srie, e com

    profundidade mais baixa, sendo assim sem tubos, entretanto podem eventualmente ser

    usados com tubos. Devido s condies existentes podem desaguar livremente ou em

    drenos longitudinais.

    Seu dimensionamento segue a mesma linha de raciocnio dos drenos profundos,

    devendo ser calculado a vazo demais elementos utilizando os mtodos descritos acima.

    Figura 3. Drenos em espinha de peixe.

    Fonte: DNIT Manual de Drenagem (2006)

    4 COLCHO DRENANTE Seu principal objetivo so guas situadas a pequena profundidade do corpo

    estradal, em que o volume no possa ser drenado pelos drenos espinha de peixe. So usados em:

    Nos cortes em rocha;

    Nos cortes em que o lenol fretico estiver prximo do greide de terraplanagem;

    Na base dos aterros onde houver gua livre prximo ao terreno natural;

    Nos aterros construdos sobre os terrenos impermeveis

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    A agua drenada pelos colchoes deve ser removida pelos drenos longitudinais.

    Figura 4. Obra de duplicao da BR-101 na Paraba

    Fonte: Melo (2006)

    Seu dimensionamento, como se trata, ainda, de meio poroso, existe a necessidade

    de determinar o volume dagua que vai escoar e o gradiente hidrulico do fluxo, que poder ser substitudo pela declividade da camada. Os coeficientes de permeabilidade

    devero atender as necessidades da vazo. De posse desses dados o calculo da espessura

    da camada depende da lei de Darcy como j mencionado anteriormente.

    5 DRENOS SUB-HORIZONTAIS Os drenos sub-horizontais so aplicados para a preveno e correo de

    escorregamentos nos quais a causa determinante da instabilidade a elevao do lenol

    fretico ou do nvel piezomtrico de lenis confinados. No caso de escorregamentos de

    grandes propores, geralmente trata-se da nica soluo econmica a se recorrer.

    So constitudos por tubos providos de ranhuras ou orifcios na sua parte superior,

    introduzidos em perfuraes executadas na parede do talude, com inclinao prxima

    horizontal. As figuras 5 e 6 mostram um dreno sub-horizontal.

    Figura 5. Seo transversal Figura 6. Vista de Frente

    Fonte: DNIT Manual de Drenagem (2006) Fonte: http://www.sondasul.com.br [2012]

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    Para o projeto e necessrio uma caracterizao geotcnica do macio, por meio

    de sondagens adequadas distinguindo assim trs situaes:

    Rochas ou solos heterogneos com relao permeabilidade; Neste caso a drenagem tem por objetivo interceptar o maior numero possvel

    de veios permeveis ou bolses. A direo dos drenos deve ser tal que

    intercepte cada famlia de fraturas. Em alguns casos podendo dispor de drenos

    em forma de leque.

    Materiais essencialmente homogneos com relao permeabilidade; No caso das rochas ou solos homogneos, podemos utilizar bacos existentes

    para uma primeira estimativa do numero, comprimento e espaamento dos

    drenos.

    Escorregamentos relativamente impermeveis com nvel piezomtrico elevado.

    Nesse terceiro tipo, o comprimento dos drenos deve ser tal que a camada

    saturada de alta permeabilidade seja interceptada ao longo de um trecho

    perfurado do tubo com comprimento razovel. H a necessidade de se

    considerar o dreno dotado de trecho perfurado apenas nesta camada profunda,

    de modo a no se irrigar camadas mais superficiais.

    6 VALETOES LATERAIS Existem casos em que se recomendam os valetes laterais formados a partir do

    bordo do acostamento, sendo este valeto constitudo, de um lado, pelo acostamento, e

    do outro pelo prprio talude do corte, processo este designado por falso-aterro.

    No obstante a economia obtida no sistema de drenagem, a estrada ficar sem

    acostamento confivel na poca das chuvas e nos tempos secos ter um acostamento

    perigoso, face rampa necessria, a no ser que haja alargamentos substanciais, o que

    equivale a dizer que os valetes laterais vo funcionar independentemente da plataforma

    da rodovia.

    O dispositivo (valeto lateral), por outro lado, em regies planas, pode exercer sua

    dupla funo sem dificuldade, visto poder trabalhar como sarjeta e dreno profundo, ao

    mesmo tempo. Recomenda-se o revestimento dos taludes do canal com gramneas.

    A profundidade do mesmo ser de 1.5 a 2.0 m e os taludes de 3/2, quando possvel.

    7 DRENOS VERTICAIS Os drenos verticais de areia consistem, basicamente, na execuo de furos verticais

    penetrando na camada de solo compressvel, nos quais so instalados cilindros com

    material granular de boa graduao. A compresso decorrente expulsa a gua dos vazios

    do solo o que, aliado ao fato de que normalmente a permeabilidade horizontal menor

    que a vertical, faz com que se reduza o tempo de drenagem. Na figura 7 um exemplo de

    dreno vertical.

    Figura 7. Dreno Vertical de Areia

    Fonte: Melo (2006)

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    8 ELETROSMOSE O mtodo de drenagem por eletrosmose, segundo Maragon, baseia-se no seguinte

    princpio: a superfcie das partculas dos solos de granulao muito fina (argilas

    coloidais) possui uma carga eltrica negativa, decorrendo ento em torno das partculas,

    a formao de uma pelcula de gua com predominncia de ons com carga positiva. Se

    se colocarem dois eletrodos em um solo saturado, aps o estabelecimento de uma

    corrente eltrica entre ambos, a gua contida nos vazios do solo percorrer no sentido

    do nodo (polo positivo) para o ctodo (polo negativo).

    Figura 8. Esquema de Drenagem por Eletrosmose.

    Fonte: UFJF - Tpicos em Geotcnica e Obras de Terra (2004)

    9 CONCLUSO Nesse trabalho foram dispostos diversos tipos de dispositivos de drenagem do

    pavimento rodovirio. Estes dispositivos tem que ser dimensionados adequadamente

    garantindo assim integridade da estrutura do pavimento e a segurana dos usurios.

    Os vrios sistemas apresentados, com funes distintas, interagir

    harmoniosamente entre si, evitando assim possveis eroses do solo e tambm uma

    possvel ruptura de taludes, devido grande quantidade de gua que pode incidir no

    solo.

    Alm disso, de acordo com Michelin, devem ser avaliadas as condies

    financeiras, que podem ser de baixo custo de implantao, entretanto, posteriormente

    podero gerar grande manuteno.

    Portanto o projetista da drenagem dos pavimentos deve ter plena conscincia das

    caractersticas naturais do terreno, propondo solues adequadas para cada tipo de

    situao, o que est ligado diretamente com a vida til da via e a qualidade do

    pavimento.

    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    DNIT- DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E

    TRANSPORTES - Manual de Drenagem de Rodovias. Braslia, DNIT, 2006.

    MARAGON, M. Tpicos em Geotcnica e Obras de Terra, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, 2004.

    MELO R. - Drenagem do Pavimento - Departamento de Engenharia Civil e

    Ambiental, UNIERSIDADE FEDERAL DA PARBA, 2007.

    MICHELIN, R. - Drenagem Superficial e Subterrnea De Estradas . INSTRUES PARA DERNAGEM DE RODOVIAS Tomo I e I MT, Editora Multilibri Ltda, 1975.