VidaRural FLORES Outubro 2014

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    SUMRIO

    6.CORREIO AGRCOLA

    8.ENERGIA

    Nova lei de produo energtica alivia

    receios da lavoura

    10.AGROGLOBAL

    A feira profissional do setor

    CULTURAS

    14.Cultivo do sabugueiro pode ser aposta vivel18.Famlia chinesa produz vegetais asiticos no

    Alentejo

    22.Cultivo de flores comestveis em Trs-os-

    -Montes

    26. AGROINDSTRIA

    Leite de cabra precisa-se!

    DOSSIER TCNICO

    30.A resistncia da mosca-da-azeitona ao

    dimetoato e a sua expanso em Portugal

    35.Desenvolvimento de uma ferramenta para a

    automatizao da gesto da rega

    36.Colheita mecanizada em olivais de montanha

    40.FLORES COMESTVEIS

    Flores comestveis: Mltiplas utilizaes

    44.MARKETING Tendncias de consumo do sculo XXI

    MERCADOS

    45.Presso do preo dos cereais forrageiros

    parece no se arrastar ao cereais de uso

    humano de qualidade

    46.Mercado estvel

    OUTUBRO 2014

    26. AGROINDSTRIA

    Leite de cabra precisa-se!

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    FLORES COMESTVEIS

    A tendncia de utilizar flores na gastrono-mia tem vindo a crescer nos ltimos anos; o

    mercado de flores comestveis em Portugale no exterior est em plena expanso, pro-porcionando um aumento da variedade deoferta e crescimento econmico.As flores comestveis tm vindo a tornar-secada vez mais populares, o que se torna cla-ramente evidente pelo aumento de livros dereceitas, artigos de revistas e sitessobre otema, para alm do crescimento da investi-gao cientfica relacionada com o seu po-tencial nutricional (Kelley et al., 2003).O foco principal a a lta gastronomia, atrain-do a ateno de gourmetse chefs, e disfru-

    tando de espao garantido em restaurantessofisticados, buffetse redes de supermerca-dos, tratando-se de um nicho de alto padrono mercado nacional e internacional.A degustao de f lores apreciada no s pe-lo sabor e requinte, mas tambm pela belezaque proporciona s preparaes culinrias.

    HistricoAs flores comestveis so utilizadas na culi-nria h centenas de anos. H evidnciashistricas de que eram utilizadas pelos ro-manos como alimento, assim como tambmpelos chineses e povos do Mdio Oriente

    (Newman e OConner, 2009).Em vrias partes do mundo, como a Frana,Itlia e sia, a utilizao de flores na ali-mentao uma antiga tradio, existindoem diversas formas, cores e sabores. Soconsumidas pela populao, visando valori-zar as qualidades sensoriais e nutricionaisdos alimentos (Mlcek e Rop, 2011).No sculo XVII, as flores comestveis come-aram a desempenhar um papel importan-te na culinria, sendo utilizadas na formacristalizada para decorao, em compotase geleias, licores e outros produtos, como oclssico licor verde Chartreuse, de origemfrancesa, que tem entre os seus secretos in-

    gredientes ptalas de cravo (Felippe, 2004).O cultivo de flores comestveis realiza-do em ambiente protegido, com gua e luzcontrolada, sem o uso de pesticidas, sendocolhidas totalmente abertas durante o diaaps o orvalho. Cerca de 100 espcies so

    identificadas como comestveis, entre elas:amor-perfeito, calndula, capuchinha, cra-vina, gernio, rosa, borago, bergamota, bor-ragem (Gegner, 2004).De acordo com Felippe (2004), as flores uti-lizadas na alimentao no so as que seadquirem em floristas, garden centers ouviveiros, uma vez que necessria a contri-buio de produtores especializados e con-fiveis, que respeitem os processos adequa-dos ao cultivo de alimentos, pois existemespcies que possuem princpios txicos eno devem ser utilizadas na alimentaohumana, como exemplo a azaleia, lrio, co-po-de-leite, violeta-africana, entre outras.

    As flores so utilizadas na culinria paramelhorar os atributos sensoriais das pre-paraes gastronmicas, tais como cor,fragrncia e sabor. Geralmente, as espciescomestveis so usadas na preparao demolhos, guarnies, saladas, produtos de

    panificao, geleias, xarope, mel, vinagre,azeite, chs, acares de flores, cristaliza-das, congeladas em cubos de gelo, adiciona-das a queijos, panquecas, crepes e waffles.Contudo, algumas so incorporadas em vi-nhos e licores aromatizados, sendo que asflores maiores, como a de abbora, podemainda ser recheadas e fritas (Felippe, 2004).

    Caractersticas de algumas plantascomestveis com floresBorago officinalis(L.) Borago

    Pertence famlia Boraginacea , conhecidapopularmente como flor estrela, borragem, uma planta nativa da regio do Mediter-

    As flores comestveis tm vindo a tornar-se cada vez mais po-pulares, o que se torna claramente evidente pelo aumento delivros de receitas, artigos de revistas e sitessobre o tema, paraalm do crescimento da investigao cientfica relacionadacom o seu potencial nutricional. O foco principal a alta gas-tronomia, atraindo a ateno degourmetse chefs.

    Flores comestveis: Mltiplas utilizaes

    do mais belo da natureza

    Amanda Koike, Amlcar L. Antnio, Isabel C.F.R.

    Ferreira. Escola Superior Agrria, Instituto Politcnicode Bragana

    Amanda Koike, Anna Lcia C.H. Villavicencio.Instituto de Pesquisas Energticas e Nucleares,

    So Paulo, Brasil

    Capuchinha

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    rneo. As suas flores so pequenas e tm oformato de estrela, com tonalidade azul bri-lhante com o centro roxo. A sua caractersti-ca marcante a camada de pelos que recobretoda planta. Possui sabor semelhante ao pe-

    pino e, normalmente, utilizada em saladase sopas (Felippe, 2004; Jauron et al., 2013).

    Calendula officinalis(L.) Calndula

    Pertence famlia Asteraceae, conhecida po-pularmente como boas-noites, maravilha ecalndula. uma planta originria da regiocentro sul da Europa e da sia (Creasy, 1999).As flores so de colorao alaranjada, seme-lhantes a margaridas, porm, com um nme-ro maior de ptalas, podendo ser simples oudobradas (Jauron et al., 2013). As partes daplanta utilizadas na culinria so as folhas eptalas, sendo estas usadas em saladas, so-

    pas, manteigas, arroz, frango e bebidas, sen-do muitas vezes adicionadas aos pratos emsubstituio do aafro (Felippe, 2004).

    Pelargonium hortorum(L.) Gernio

    Pertence famlia Geraniaceae, originriada frica do Sul e conhecida popularmentecomo gernio ou pelargnio. As flores po-dem ser simples ou dobradas e a sua colora-o varia do branco ao carmim escuro, po-dendo ser bicolor. A f lorao ocorre o ano to-do, principalmente no vero (Soares, 2002).De acordo com Felippe (2004), as flores

    frescas podem ser usadas em saladas, tor-tas, bolos e doces em geral, alm de aroma-tizar vinagre e bebidas.Tropaeolum majus(L.) Capuchinha

    Pertence famlia Tropaeolaceaee origi-nria do Peru e Mxico (Creasy, 1999). Asflores possuem formato de clice vistoso,de tonalidade do amarelo claro ao verme-lho, passando pelo alaranjado. uma dasflores comestveis mais conhecidas, tendoum sabor apimentado que pode substituir oagrio ou a mostarda nas saladas e prepara-es culinrias; tambm utilizada em em-

    padas, omeletes e souffls (Felippe, 2004;Garzn e Wrolstad, 2009).

    Viola tricolor(L.) Amor-perfeito

    Pertence famlia das violceas, conhecidapopularmente como amor-perfeito, erva--da-trindade, jcea e violeta-de-trs cores,sendo originria da Europa e sia (Felippe,2004). As flores so pequenas e delicadas,com tonalidade azul, amarelo, roxo, rseoou branco, tendo, s vezes, os tons combina-dos numa mesma flor (Soares, 2002; Jauronet al., 2013). O amor-perfeito possui texturaaveludada e sabor refrescante, o que permiteque seja utilizado em doces, bolos, saladas,

    sopas, vinagres, bebidas (licores, ponches evinhos), cubos de gelo, permitindo tambmobter o corante comestvel azul e amarelo(Creasy, 1999; Newman e OConner, 2009).

    Dianthus chinensis(L.) CravinaPertence famlia Caryophyllaceae , nativada sia e Europa, conhecida popularmen-te como cravina ou cravnia. As flores soachatadas e podem ser simples ou dobradas,com tons de branco, rosa, roxo e vermelhoou bicolores (Creasy, 1999; Felippe, 2004).As ptalas tm um sabor apimentado e sousadas em saladas, sandes, geleias, tartes ena aromatizao de vinagre e vinho. As p-talas desta planta so um dos ingredientessecretos do clebre licor francs Chartreuse(Felippe, 2004).

    Propriedades bioativasAs flores comestveis so tambm uma fon-te de compostos qumicos que apresentamatividade antioxidante (Fu e Mao, 2008).O teor de compostos polifenlicos presen-tes nas flores comestveis, exibe uma ele-

    vada correlao com a sua atividade antio-xidante; de facto, esta atividade tem sidoatribuda presena de diversos compos-tos fenlicos nomeadamente, cido glico,kaempferol, quercetina, apigenina, cidos

    clorognicos (Mlcek e Rop, 2011).As diferentes cores refletem os diversos ti-pos de carotenides e antocianinas presen-tes na sua composio qumica, estando osteores de antocianinas associados aos n-veis de flavonoides, logo atividade antio-xidante (Rop et al., 2012).Devido s propriedades nutricionais e qui-mioprotetoras, as flores comestveis podemser classificadas como fonte de nutracuti-cos utilizadas frequentemente na alimenta-o humana (Mlcek e Rop, 2011).A atividade antioxidante e os compostosfenlicos presentes nas flores comestveis

    proporcionam diversos benefcios sadehumana. A importncia da ingesto de ali-mentos que apresentem substncias compotencial antioxidante para a preveno dedoenas crnicas como as cardiovascula-res, cancro e desordens cerebrais degene-

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    rativas relacionadas com o envelhecimento,tem sido demonstrada (Ikram et al., 2009).O controlo e conservao da qualidade destasflores representam medidas econmicas, poisestas possuem uma vida til muito reduzida,

    tendo durao de sete dias, se embaladas e re-frigeradas, sendo extremamentre delicadas efrgeis. Tratamentos capazes de aumentar avida til e garantir a segurana desses pro-dutos poderiam constituir alternativas paraminimizar tais problemas (Rop et al., 2012).Na preservao de alimentos, o processode irradiao tem demonstrando ser umaferramenta eficaz para aumentar significa-tivamente a vida til dos alimentos, redu-zir perdas, garantir a segurana alimentare preservao de produtosfrescos, assim como trata-mento quarentenrio uma

    vez que as flores destina-das ao consumo humanoprecisam de estar livres deinsetos e doenas, assimcomo de pesticidas e agro-txicos (Farkas, 2006).

    Irradiao dealimentosA irradiao de alimentos uma alternativa segura,limpa, eficaz na conser-vao e extenso da vida

    til dos alimentos. Estatecnologia oferece-nos uma forma verstilpara obter alimentos de boa qualidade, re-duzindo as perdas ps-colheita. Alm disso,o processo ionizante pode ser consideradoeficaz em relao aos tratamentos qumicosusados atualmente no processamento de ali-mentos por no gerar resduos, podendo serusado para tratar uma grande variedade dealimentos (Farkas e Mohcsi-Farkas, 2011).Segundo Fanaro e colaboradores (2007), oprocessamento por radiao de alimentos considerado um tratamento verstil e efi-ciente na preservao e descontaminao,

    desde que a dose mnima absorvida seja su-ficiente para alcanar a f inalidade pretendi-da e a dose mxima no comprometa as pro-priedades funcionais ou quaisquer atributossensoriais do alimento.A irradiao de alimentos um processoque consiste na exposio do alimento sradiaes ionizantes. O processamento porradiao pode ser utilizado na desinfesta-o, conservao de produtos alimentcios,na inibio do brotamento de tubrculos erazes, no prolongamento da vida de prate-leira e na reduo da contaminao por mi-crorganismos em alimentos (Farkas, 2006;Farkas e Mohcsi-Farkas, 2011).

    O processo de irradiao de alimentos re-comendado por diversas autoridades como aOrganizao das Naes Unidas para a Ali-mentao e Agricultura (FAO), OrganizaoMundial de Sade (OMS), Unio Europeia

    (UE) e a Agncia Americana para os Alimen-tos e Medicamentos (FDA), fazendo parteainda das normas do Codex Alimentarius, umguia de padres internacionais para os ali-mentos processados ou naturais, por conside-raram que a irradiao de qualquer produtoalimentar no apresenta quaisquer riscos to-xicolgicos para o consumidor (WHO, 1999).Contudo, cada pas possui uma legislaoespecfica sobre quais alimentos podem sertratados por irradiao e qual a dose mxima

    permitida. Na Unio Europeia, em particu-lar, a aplicao deste processamento regu-lado pela Diretiva 1999/2/EC de 13 de maro.A grande vantagem da aplicao da radia-o em alimentos que o processo pode seraplicado em produtos embalados e do pontode vista econmico, os custos so competi-tivos com outros tratamentos alternativos(Boaratti, 2004).Projeto bilateral Portugal BrasilVisando o aumento da amplitude do estudode flores comestveis alta biodiversidade

    disponvel em Portugal e no Brasil, a equipado Centro de Investigao de Montanha(CI-MO) da Escola Superior Agrria do InstitutoPolitcnico de Bragana (IPB) de Portugaljunto com Centro de Tecnologia das Radia-es (CTR) doInstituto de Pesquisas Ener-gticas(IPEN) da Universidade de So Paulo(USP) do Brasil, estabeleceu uma colabora-o cientfica no mbito de um projeto bilate-ral FCT CNPq, Portugal/Brazil 2014-2016.A equipa portuguesa tem uma vasta expe-rincia no perfil qumico e avaliao de bioa-tividade de matrizes vegetais, enquanto aequipa brasileira tem uma grande experin-cia sobre irradiao e anlise de alimentos.

    Referncias

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    Amor-perfeito