Visão Sistêmica da Família

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SUMÁRIO COMO DEFINIR FAMÍLIAS.......................................2 COMPORTAMENTO DE LIGAÇÃO..................................... 3 CRITÉRIOS PARA AVALIAR A MATURIDADE..........................4 OS FATORES DE PROTEÇÃO DE RISCO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO 5 AS FAMÍLIAS NA CONTEMPORANEIDADE.............................................. ..............6 GUARDA COMPARTILHADA.................................................. ..................................6 TERAPIA ESTRUTURAL DA FAMÍLIA........................................................ ..............7 SUBSISTEMA CONJUGAL....................................................... .................................7 O HOMEM EM SEU CONTEXTO ...................................................... .........................8 O TERRENO DA PATOLOGIA...................................................... .............................8 O SUBSISTEMA PARENTAL....................................................... ..............................9 O SUBSISTEMA FRATERNAL...................................................... .............................9 FAMÍLIA E ADAPTAÇÃO...................................................... ...................................10 FRONTEIRAS..................................................... .......................................................10

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Page 1: Visão Sistêmica da Família

SUMÁRIO

COMO DEFINIR FAMÍLIAS.............................................................................. .........2

COMPORTAMENTO DE LIGAÇÃO...........................................................................3

CRITÉRIOS PARA AVALIAR A MATURIDADE........................................................4

OS FATORES DE PROTEÇÃO DE RISCO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO 5

AS FAMÍLIAS NA CONTEMPORANEIDADE............................................................6

GUARDA COMPARTILHADA....................................................................................6

TERAPIA ESTRUTURAL DA FAMÍLIA......................................................................7

SUBSISTEMA CONJUGAL........................................................................................7

O HOMEM EM SEU CONTEXTO ...............................................................................8

O TERRENO DA PATOLOGIA...................................................................................8

O SUBSISTEMA PARENTAL.....................................................................................9

O SUBSISTEMA FRATERNAL...................................................................................9

FAMÍLIA E ADAPTAÇÃO.........................................................................................10

FRONTEIRAS............................................................................................................10

SUBSISTEMAS DE FRONTEIRAS...........................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................12

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COMO DEFINIR FAMÍLIAS

 

  A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado

por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos

domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um

ancestral comum, matrimônio e adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com

clã. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de

uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos

ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os

membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante

as gerações. (MINUCHIN, 2006 – p. 25-69)

Definir família: Art. 226. A Família, base da sociedade tem especial proteção

do Estado. (...) §4º Entende-se, também, como entidade familiar à comunidade

formada por qualquer um dos pais e seus descendentes. Teoria da ligação:

formações de laços afetivos.

Até 1950, só predominava um ponto de vista explicitamente formulado sobre a

natureza e origem dos vínculos afetivos e sobre essa questão, havia concordância

entre psicanalistas e teóricos da aprendizagem. Os vínculos entre indivíduos

desenvolvem-se, segundo era sustentado, porque o individuo descobre que, para

satisfazer certos impulsos, como por exemplo de alimentação na infância e de sexo

na vida adulta, é necessário um outro ser humano.

Esse  tipo de teoria propõe duas espécies  de impulsos, o primário e o

secundário, classifica o alimento e o sexo como impulso primários e a “dependência”

a ter outras relações pessoais como secundária.

Conceito da base segura: acumulam-se evidências de que seres humanos de todas

as idades são mais felizes e mais capazes de desenvolver melhor os seus talentos,

quando estão seguros de que, virão por trás deles uma ou mais pessoas em sua

ajuda caso surjam dificuldade. A pessoa em quem confia também conhecido como

figura de ligação. (BOWLBY 1969)

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COMPORTAMENTO DE LIGAÇÃO

O comportamento de ligação é concebido como qualquer forma de

comportamento que resulta em que uma pessoa alcance ou mantenha a

proximidade com algum outro individuo diferenciado e preferido, o qual é usualmente

considerado mais forte e ou mais sábio. Evidente durante os primeiros anos da

infância, sustenta - se que o comportamento de ligação caracteriza-se que os seres

humanos do berço á sepultura. Inclui o choro e o chamamento.

Comportamento de exploração: a segurança e amparo oferecido pelos pais,

coragem para desenvolver-se melhor, certos de que poderão contar com os

respaldos de algum desconhecido. Segundo Jersild e Holmes, a maioria dos medos

dos seres humanos sobre a perda do companheiro ou medo de ficar sozinho está

diretamente relacionado á sobrevivência.

Embora alguns medos como: do escuro, de ficar sozinho num lugar isolado e

aparentemente sem riscos, passa causar estranheza, é perfeitamente

compreensível se considerarmos as circunstâncias, pois o fato de ter uma

companhia provoca a sensação de segurança.

Ansiedade de separação: leva a criança a desenvolver situações de medo,

observadas somente quando vivenciam tais situações. Essas situações ocorrem

com mais ou menos intensidade de acordo com o grau de proximidade entre criança

e seus Critérios para avaliar a maturidade.

Os critérios de maturidade adulta incluem responsividade, diferencial,

atividade participativa, sensibilidade às necessidades alheias uma filosofia de vida

unificadora e a disposição para assumir as responsabilidades adultas. A pessoa

madura é aquela que adquiriu uma idade de personalidade e progrediu integrando

sua personalidade total em sistema suave de funcionamento, não importando o

sexo. A definição de maturidade apresenta muitos problemas. Tem de levar em

conta diferenças individuais em capacidades e suscetibilidade de auto expressão,

expectativas sociais, variações étnicas, culturais e subculturais, as circunstâncias

particulares de cada individuo e uma série de outros fatores.

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CRITÉRIOS PARA AVALIAR A MATURIDADE

 

Resposta diferencial. O desenvolvimento intelectual e, em particular os

vários caminhos de aprendizagem, permitem a criança e ao adolescente

expandirem-se e melhorarem seu entendimento das muitas realidades da vida, suas

dimensões e relacionamentos.

Interdependência. O crescimento em autonomia em independência das pessoas

significativas na vida de um individuo e uma espécie de desmame psicossocial.

Atividade participante. Sem empenho ativo e pessoal, pouco pode ser aprendido

ou realizado.  

Aplicação de conhecimento e experiência. No processo da educação formal e

pessoal, é necessário o autoexame a fim de melhorar a discriminação em termos do

que vale a pena saber e como aplicar o conhecimento.

Comunicação de experiência: A adequação e o ajustamento pessoais são

realçados pela habilidade para relacionar satisfatoriamente as experiências

especialmente as que são emocionalmente importantes.

Sensibilidade ás necessidades dos outros. As crianças, na primeira e na segunda

infância são sensíveis somente as suas próprias necessidades e interesses. 

Tratamento construtivo da frustração. Um dos maiores sinais de maturidade é a

crescente capacidade para adiar a satisfação de necessidades psicológicas e

controlar ou tolerar muito desapontamento, privação, ansiedade e frustração em

geral. Ao recordar e examinar as frustrações passadas, a pessoa deve tirar lições

positivas para as atividades futuras e investigar a possibilidade de prevenção

quando isso for possível. 

Disposição para Assumir Responsabilidades Adultas. Um jovem adulto tem de

desenvolver suas capacidades e avançar sua disposição para assumir

responsabilidades pessoais pertinentes a seu status, deveres e obrigações.

Caráter Moral. A maturação moral começa quando a criança principia a mostrar

alguma obediência aos ditames de sua consciência.  

Uma pessoa madura estrutura o ambiente e é capaz de se perceber objetivamente

nos outros. O indivíduo, de qualquer sexo, adquiriu uma identidade pessoal e uma

integração da personalidade total. No processo de viver, a pessoa madura conduz

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consigo a tarefa de evoluir para seu nível de vida e cria uma quantidade sempre

crescente de capacidades  perícias para fazer frente ao presente e ao futuro.

Em termos de critérios previamente apresentados e suas implicações básicas, um

indivíduo maduro é um a pessoa cronologicamente adequada fisiológica, sexual,

cognitivamente e com desenvolvimento do ego que:

(PIKUNAS 1981)

OS FATORES DE PROTEÇÃO E DE RISCO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO.

É importante reconhecer que os fatores ambientais de risco para o

desenvolvimento raramente ocorrem de forma isolada e sim em um contexto de

risco mais amplo. Como por exemplo, será considerada a macrovariável pobreza

que, segundo Cecconello e Koller (2000), é considerado como um tipo de ameaça

constante que aumenta vulnerabilidade da criança, pois pode causar subnutrição,

privação social e desvantagem educacional.

Evans (2004) adverte que as crianças pobres enfrentam iniquidades

ambientais. Elas são mais expostas às agitações familiares, violência e instabilidade.

A acumulação de múltiplos riscos ambientais em vez de um risco de exposição

apenas pode ser um aspecto especialmente patogênico da infância empobrecida.

As pesquisas de Ackerman, Brown e Izard (2003) enfocam que as

desvantagens econômicas estão associadas aos vários fatores que colocam em

perigo a adaptação e o desempenho das crianças no contexto escolar. É possível

concluir que o empobrecimento cognitivo do contexto familiar reduz a habilidade

verbal e outros desempenhos de ordem intelectual.

Os maiores impactos dentre as mudanças estruturais ocorridas nestas ultimas

décadas, no contexto familiar dizem respeito, segundo Demo (1992), ao divórcio, ao

emprego da mãe fora do lar, ausência do pai e da mãe grande parte do dia.

A literatura popular frequentemente responsabiliza a família pelas altas taxas

de atividade sexual dos adolescentes, gravidez precoce, delinquência e uso de

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álcool e drogas, citando recorrentemente os baixos níveis de interação pais crianças

adulto nível de conflito familiares.

AS FAMÍLIAS NA CONTEMPORANEIDADE

As família, de acordo com Kaslow (2001), estão experimentando grande

turbulência e vivendo em circunstancias tumultuadas. Uma pesquisa desenvolvida

por Jaffee, Moffitt, Caspi e Taylor (2003) evidenciou a existência de efeitos salutares

em crianças que convivem com seus pais biológicos, isso, dependerá da qualidade

dos cuidados que os pais podem oferecer a elas.

Em geral, as crianças crescem sem problemas de ajustamento quando têm

uma boa relação com um só pai e/ou mãe, do que quando crescem em um lar com

os pais (mãe e pai) que se caracteriza pela discórdia e descontentamento. O lar,

anteriormente retratado como um lugar seguro, um refúgio de paz, é, muitas vezes,

o lugar em que as esposas e crianças são violentadas e maltratadas. Em países

atingidos pela fome, desemprego, profunda frustrações.

GUARDA COMPARTILHADA

A guarda compartilhada está longe de ser aceita com unanimidade por

juristas e profissionais das áreas de família. No entanto todos vêem positivamente

quando se conclui que tal decisão é o melhor para as crianças e adolescentes

envolvidos nos processos de separação. As decisões de guarda compartilhada são

muito mais benéficas aos envolvidos quando a decisão ocorre em comum acordo

com os ex-casados e quando estes têm bom diálogo entre si, no entanto quando

esta decisão ocorre por meio de determinação judicial, a probabilidade de sucesso

se reduz.

Alguns fatores são relevantes e devem ser considerados antes deste tipo de decisão

como: a idade e sexo dos filhos, pois estudos comprovam que crianças de até cinco

anos tendem a sentir menos os efeitos da separação nos casos de guarda

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compartilhada, embora alguns autores percebam muitas vezes estas crianças

acreditam na reconciliação dos pais.

Outro fator importante é que meninos e meninas têm reações diferentes

quando da separação dos pais.

Um cuidado que os ex-casados precisam ter principalmente, o que passa a maior

parte do tempo com o (s) filho (s), é não permitir que desavenças pessoais ou

mágoas contra o ex-cônjuge influenciem na formação da personalidade do (s) filho

(s).

A guarda compartilhada deve privar pela convivência das crianças ou adolescentes

com ambos os pais e ao mesmo tempo propiciá-las um ambiente estável. A ressalva

a ser considerada é aos casos de violência comprovada ou presumida.

Gostaria de terminar dizendo que as medidas sugeridas acima pretendem

reconhecer que, mais do que o direito de conviver com ambos os genitores (pais), as

crianças merecem que tal convivência se dê liberando-as de qualquer conflito que

seus pais tenham entre si. Neste sentido deve se dar nossa ação.

TERAPIA ESTRUTURAL DA FAMÍLIA

Segundo Minuchin (1982) Em lugar de enfocar o indivíduo, o terapeuta

focalizou a pessoa dentro da família. A terapia estrutural da família é um conjunto de

teorias e técnicas que aborda o indivíduo em seu contexto social. A teoria baseada

neste esquema está orientada para mudança da organização familiar.

Quando a estrutura do grupo familiar é transformada, por conseguinte as

posições dos membros nesse grupo ficam alteradas. Em conseqüência, as

experiências de cada indivíduo mudam.

SUBSISTEMA CONJUGAL

É formado quando dois adultos de sexo opostos se unem, com o propósito

expresso de formar uma família. Têm tarefas ou funções específicas, vitais para o

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funcionamento da família. O casal deve desenvolver padrões, em cada esposo apóia

o funcionamento do outro em muitas áreas.

Desenvolver padrões de complementaridade, que permitam o cada esposo

“entregar” sem a sensação de que renunciou. Ambos, marido e mulher, devem

conceder parte de sua separação, para ganhar em pertencimento.

Pode-se tornar um refúgio para o estresse externo e para o contato com outros

sistemas sociais.

O HOMEM EM SEU CONTEXTO

Informações, atitudes e maneiras de perceber são assimiladas e

armazenadas, tornando parte da abordagem da pessoa ao contexto atual, com o

qual interatua. A família é um fator significante neste processo. É um grupo social

que governa as respostas de seus membros aos inputs de dentro e de fora. Sua

organização e estrutura qualificam as experiências dos membros da família, em

muitos casos pode ser considerada como a parte extracerebral da mente.

O TERRENO DA PATOLOGIA

Quando a mente é considerada tanto extracerebral como intracerebral,

localizar a patologia na mesma não indica se está dentro ou fora da pessoa. A

patologia pode estar dentro do paciente, em seu contexto social ou no feedback

entre eles. A terapia proposta, a partir deste ponto de vista, se baseia em três

axiomas.

Primeiro, a vida psíquica de um indivíduo não é inteiramente um processo

interno. O individuo influência o seu contexto e é por ele influenciado, em

sequências de ação constantemente recorrentes. O individuo que vive numa família

é um membro de um sistema social, ao qual deve se adaptar.

Suas ações são governadas pelas características do sistema e estas

características incluem os efeitos de próprias ações passadas.

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O individuo pode ser encarado como um subsistema ou como parte do

sistema, mas o todo deve ser levado em conta. O segundo axioma, subjacente a

este tipo de terapia, é que as mudanças numa estrutura familiar contribuem para as

mudanças. O terceiro axioma é quando um terapeuta trabalha com um paciente ou

com a família de um paciente, seu comportamento se torna parte do contexto.

O SUBSISTEMA PARENTAL

O subsistema conjugal, numa família intacta, deve se diferenciar, para

desempenhar as tarefas de sociabilização de uma criança, sem perder o apoio

mútuo, que deveria caracterizar o subsistema conjugal. Deve ser delineada uma

fronteira, que permita o acesso da criança a ambos os pais, embora a excluindo das

funções conjugais. À medida que a criança cresce, suas exigências de

desenvolvimento, tanto na sua autonomia como de orientação, impõem demandas

ao sistema parental.

A autoridade que uma vez caracterizava o modelo patriarcal se desvaneceu,

para ser substituída por um conceito de autoridade racional.

O processo parental difere dependendo da idade dos filhos. Quando as crianças são

pequenas, predominam a função de nutrição. O controle e a orientação assumem

importância mais tarde.

À medida que a criança amadurece, especialmente durante a adolescência, as

exigências feitas pelos pais começam a colidir com as exigências dos filhos quanto à

autonomia apropriada à idade.

O SUBSISTEMA FRATERNAL

É o primeiro laboratório social, no qual as crianças podem experimentar com

relações com iguais. Dentro deste contexto, as crianças apóiam, isolam, escolhem

um bode expiatório e aprendem umas com as outras. No mundo de irmãos, as

crianças aprendem como negociar, cooperar e competir. Aprende como fazer

amigos e aliados, ter prestígio, embora se rendendo e como conseguir o

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reconhecimento de suas habilidades. Podem assumir diferentes posições,

trapaceando um com o outro, e assumindo posições desde cedo no subgrupo

fraternal.

FAMÍLIA E ADAPTAÇÃO

A família é sujeita à pressão interna, que provém de mudanças evolutivas nos

seus próprios membros e subsistemas,

- é a pressão exterior, proveniente das exigências para se acomodar às instituições

sociais significativas.

- tem impacto sobre os membros familiares.

Responder a estas exigências, tanto de dentro como de fora, requer transformação

constante da posição dos membros da família, em relação um com o outro, de

maneira que possam crescer, enquanto o sistema familiar mantém continuidade.

O rótulo de patologia deveria ser reservado para famílias que, em face de

estresse, aumentam a rigidez de seus padrões transacionais e de suas barreiras, e

evitam ou resistem a qualquer exploração de alternativas.

FRONTEIRAS

São regras que definem quem participa e como. Por exemplo, a fronteira de um

sistema parental é definida, quando uma mãe (M) diz ao seu filho mais velho: “Você

não é o pai de seu irmão”. “Se ele está andando de bicicleta na rua, diga-me e eu

farei parar.”

M – (subsistema executivo).

Filhos – (subsistema fraternal).

“Se o subsistema parental inclui um filho parental (CP), a fronteira se define com a

mãe dizendo às crianças:” Até eu voltar da loja, Annie é quem manda”.

M e FP (subsistema executivo).

outros filhos (subsistema fraternal).

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Cada subsistema familiar tem funções específicas e faz exigência a seus membros;

e o desenvolvimento de habilidades interpessoais, conseguidas nestes subsistemas,

está baseado na liberdade do subsistema de interferências de outros subsistemas.

Para o funcionamento apropriado da família, as fronteiras dos subsistemas devem

ser nítidas.

A nitidez é um parâmetro útil para a avaliação do funcionamento familiar. Algumas

famílias giram em torno de si mesmas, para desenvolver seu próprio microcosmo,

com um conseqüente aumento de comunicação e preocupação entre os membros e

familiares. → como consequência, a distância diminui e as fronteiras são anuviadas.

Outras famílias desenvolvem fronteiras extremamente rígida, a comunicação se

torna difícil e as funções protetoras da família ficam prejudicadas. Estes dois

extremos de funcionamento das fronteiras são chamados de emaranhamento e

desligamento.

Emaranhamento → O subsistema mãe – filhos podem tender para o

emaranhamento enquanto as crianças são pequenas, e o pai pode assumir uma

posição desligada em relação aos filhos.

Desligamento à medida que as crianças crescem e finalmente começam a separar

da família.

SUBSISTEMAS DE FRONTEIRAS

O estresse num sistema familiar pode vir de quatro fontes. Pode haver o

contato estressante de um membro ou de toda família com forças extrafamiliares.

Quando um membro sofre estresse, os outros sentem a necessidade de se

acomodar às circunstâncias modificadas dele. Por exemplo: um marido, que está

sob estresse no trabalho, critica a sua mulher, quando ambos chegam a casa. Esta

transação pode ficar limitada ao sistema conjugal. Esta acomodação pode ficar

contida dentro de um sistema ou pode penetrar toda família. A esposa pode se

afastar do marido, mas apoiá-lo alguns minutos mais tarde. Ou ela pode contra-

atacar. Resulta em uma briga, mais termina por um termo e apoio mútuo. Estes são

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padrões transacionais funcionais. O estresse sobre o esposo foi minorado pelas

transações com sua esposa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASPIKUNAS, Justin, Desenvolvimento humano, São Paulo, 3ª ed. 1981. 494p.MONDIN, Elza Maria Canhetti, Um Olhar Ecológico da Família Sobre O Desenvolvimento Humano.BOWLBY, John, Formação e rompimentos dos laços afetivos, São Paulo, 4ª ed. 2006. Fontes Editora.

MINUCHIN, Salvador, Famílias: funcionamento & tratamento. Porto alegre, ed. Artes Médicas, 1982. 238p.BASTIEN, Catherine e PAGANI, Linda. “Impact des Facteurs Individuels et Familiaux sur L’Ajustement des Enfants Vivant en Guarde Partagée”. La Revue Canadienne de PsychoÉducation, volume 25, número 2, 1996. Disponível em: < www.rcpe.qc.ca/Articles/article1-25_2.html> Acesso em: 26 de junho de 2011 às 16h30min.

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