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Trabalho De Português (Gonçalves Dias) Alunos: Ítalo Sales Números: 08 Maria Eduarda Moura 23 Mariana Nogueira 26 Vitória Campos 34 Yasmin Maciel 37

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Trabalho

De

Português(Gonçalves Dias)

Alunos: Ítalo Sales Números: 08 Maria Eduarda Moura 23 Mariana Nogueira 26 Vitória Campos 34 Yasmin Maciel 37

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Biografia

Antônio Gonçalves Dias (Caxias, 10 de agosto de 1823 — Guimarães, 3 de novembro de 1864) foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo teatrólogo brasileiro. Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", é famoso por ter escrito o poema "Canção do Exílio" um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira, o curto poema épico I-Juca-Pirama e de muitos outros poemas nacionalistas e patrióticos que viria a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas brasileiras e do folclore.

Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Morreu aos 41 anos em um naufrágio do navio Ville Bologna, próximo à região do baixo de Atins, na baía de Cumã, município de Guimarães. Advogado de formação é mais conhecido como poeta etnógrafo, sendo relevante também para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista. Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça, e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que faleceu em 1837. Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835, quando foi matriculado em uma escola particular. Foi estudar na Europa, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.

No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas

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peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária. Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.

Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde se casou com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passaram os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país. Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando em seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixos de Atins, perto de Tutóia, no Maranhão. A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correligionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.

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Contexto Histórico

Em se tratando do “contexto”, o país acabava de conquistar sua independência política, até então colônia portuguesa. Entretanto, a independência política não acarretou maiores transformações na estrutura socioeconômica do Brasil, pois os latifundiários eram os grandes senhores da economia, que se manteve essencialmente agrária, fazendo com que a escravidão permanecesse intocada. Em virtude disso, os escritores queriam definir o rumo cultural do país, baseando em uma identidade nacional, fazendo com que fossem valorizados elementos nativos do Brasil intocados pela máquina colonizadora. E como representante principal deste movimento, destaca-se Antônio Gonçalves Dias. Nascido no Maranhão em 1823 orgulhava-se de suas três raças, que formaram a etnia brasileira: era filho de um comerciante português branco e de uma cafuza (mestiça de negro e índio). Adolescente, seguiu para Portugal, onde concluiu os estudos secundários e formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Gonçalves Dias destacou-se na poesia lírico-amorosa, indianista e nacionalista. A temática principal de seus poemas era a valorização das maravilhas da natureza pátria, na qual o índio ocupou seu lugar de destaque, tendo como influência as ideias de Rousseau, com o mito do “Bom Selvagem”. Dentre a sua produção indianista destaca-se Tabira, Marabá, O canto do Piaga, Canto do Guerreiro, Os Timbiras e I-Juca Pirama. 

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Principais Características

Gonçalves Dias marcou a literatura nacional com suas obras de caráter

indianista. O escritor pertence à primeira fase do Romantismo brasileiro,

fase marcada pela idealização dos indígenas e exaltação das

paisagens nacionais. Entre as suas principais obras, estão “Canção do

Exílio”, “Os Timbiras”, “I-Juca Pirama”. Alguns versos de “Canção do

Exílio”, inclusive, estão no hino nacional. Com ideais nacionalistas, o

escritor buscava colocar mais características do Brasil nas suas obras.

Pela sua atuação na literatura, Dias foi homenageado por Olavo Bilac,

que o colocou como patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira

de Letras.