Viver - Edição 22310 - 31 de julho de 2014

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Jornal O Estado (Ceará)

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E S P E C I A L

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VIVER ESPECIAL FORTALEZA - CEARÁ - BRASILQuinta-feira, 31 de julho de 2014

SEM EXPLICAÇÃO

EDITORIAL

As Shangri-las da América do Sul

As diversas faces da saúde

NATALÍCIO BARROSO

A história não é nova, mas é relevante. Por volta da década de 1950, dr. Eu-gene Payne, dos Estados

Unidos, passou quase um quarto de século estudando doenças na América do Sul e, durante todo este tempo, descobriu coisas curiosas e até misteriosas nas montanhas e � orestas da Bolívia, Brasil, Equador e Peru. Segundo ele, existia, em al-

guns lugares destes países, um pu-nhado de aldeias que guardava, em seu interior, pelo menos seis segre-dos médicos que, se fossem desco-bertos, seriam capazes de alterar, completamente, o curso da história da Medicina. Cada uma dessas al-deias, informa o doutor, era uma ilha de imunidade para uma deter-minada doença. E dá o nome delas: cardiopatia, câncer, malária, opila-ção, cárie e doenças mentais. Claro que, em torno destas aldeias, havia muitas doenças e mortes. As que foram citadas, no entanto, quase nunca apareciam em algumas delas. E conta uma história.

Estava de passagem para uma mis-são na província de Loja, no Equa-dor, quando ouviu falar de um enge-nheiro inglês que sofria de pressão arterial alta e grave lesão cardíaca. Considerado um caso perdido nes-te tempo, foi para Loja, na vertente oriental dos Andes, a � m de passar o resto de seus dias. Mas algo muito

estranho aconteceu. Ficou bom. Por quê? Ninguém soube explicar. A� r-ma o doutor Payne que ele mesmo viu o paciente e constatou esta asser-tiva. E o mais incrível nisso tudo foi o depoimento do paciente. Disse ele para o doutor que toda vez que per-manecia em Loja se sentia bem, mas bastava se afastar um pouco para voltar a sentir os sintomas da pressão alta e as perturbações causadas por um coração doente. Se se tratasse de um caso isolado, concluiu dr. Payne, tudo bem, mas quando pensava que nenhum dos habitantes daquela al-deia sofria do coração ou de pressão alta, � cava intrigado.

NO BRASILEm Gurupá, no Brasil, dr. Payne

se deparou com uma nova realida-de. Toda a região em volta daquela aldeia, que se localiza no estado do Pará e hoje é uma cidade com mais de 30 mil habitantes, estava toma-da pela malária. Menos Gurupá.

Mantendo contato com a popula-ção e perguntando por que tal coi-sa acontecia, ninguém sabia dizer o motivo. O certo, explicavam os habitantes, é que em Gurupá as-sim como em Peixes, ao sul de To-cantins, ninguém era atingido por aquela doença. O mesmo, no en-tanto, não acontecia em Porto Na-cional, próxima de Peixes. A malá-ria, ali, reinava de forma soberana. Mas quando alguém de Peixes se casava com um dos habitantes de Porto Nacional e o casal passava a morar em Peixes nenhum dos dois sofria mais desta doença. Por quê?

BOLÍVIA E PERUEm Cochabamba, por sua vez,

na Bolívia, terceira maior cidade do país hoje em dia, e Chuquissa-ca, as doenças mentais eram tão raras que os habitantes sequer ti-nham uma palavra para designar este estado mental que se deno-mina “loucura”.

Nas montanhas do Peru existia um vale de 120 quilômetros de ex-tensão dentro do qual a população de Callejón de Huaylas era com-pletamente imune a um parasito chamado ancilóstomo que muito debilita o corpo humano. As regiões vizinhas, no entanto, não estavam imunes a ele. Qual o segredo? Nin-guém sabe. Seria a água? As cidades geralmente infectadas pela malária, segundo o doutor, costumavam be-ber a água de um determinado rio enquanto aquelas que eram livres dela, tomavam água de fontes bor-bulhantes nas quais, conforme ele, deveria haver um estranho com-ponente mineral. Mas não tinha certeza. Passadas cinco décadas, a medicina permanece sem expli-cação para vários fenômenos. Um deles se refere à ausência de cárie em algumas regiões do Peru. Coi-sa que vem ocorrendo há séculos e ninguém identi� ca, exatamente, o motivo.

O cuidado com a saúde deve começar ainda na infân-cia. Muitas são as crianças hoje em dia que apresentam um quadro de obesidade porque os alimentos destina-dos a elas não são adequados. E não basta tratar só da criança, nesse caso, é preciso educar os pais para não levar refrigerantes, sucos e achocolatados para casa ou pôr biscoitos recheados na lancheira quando vão para o colégio porque, assim, aumentam a probabilidade de aumentar o peso do filho. Qual a saída, portanto? Infor-mação e atividade física.

Para dormir bem é preciso tomar alguns cuidados. A maioria das pessoas que dorme fora de hora ou não se alimenta de forma adequada e possui vida sedentária, corre o risco de ter insônia e, como consequência, ad-quirir doenças como hipertensão arterial ou diabetes mellitus tipo 2. Para reverter esta situação é necessário

mudar de atitude ou passar por cirurgia se o quadro for muito grave. O mal de Alzheimer exige outro tipo de tratamento. Neste caso, não adiantam as orientações médicas se a família não fizer a sua parte. Destinadas a perder a memória completamente, se não forem devi-damente tratadas, estas pessoas ainda têm o recurso de se apoiar na família para, assim, manter a consciência por intermédio do afeto e retardar o máximo possível os efeitos do Alzheimer.

Começando com um texto que lembra a cidade lendária de Shangri-la a partir do trabalho desenvolvido por um médico norte-americano, dr. Eugene Payne, que passou um quarto de sua vida viajando pelo Brasil, Peru e Bo-lívia e viu certos fenômenos ainda hoje inexplicados pela medicina, VIVER ESPECIAL mostra para o leitor, nesta edição, além dos temas citados acima, outros como trata-

mentos estéticos não-cirúrgicos, tratamento odontológico integrado e cirurgias refratárias para, finalmente, entrar no tema da Terceira Idade citando dona Clotilde Bezerra, do bairro Dionísio Torres, e o Coral Vozes de Outono que, com seus 28 integrantes esbanjam alegria e jovialidade quando sobem nos palcos do Brasil e de outros países da América do Sul e da Europa. Hoje, diz dona Coltilde na matéria, os idosos são mais saudáveis e instruídos. Para ela a velhice, atualmente, pode ser considerada uma nova velhice se comparada com a do passado.

A saúde também passa pelo mesmo processo de trans-formação. Os pacientes de hoje não são como aqueles de outros tempos, para os quais não havia mais solução ou, quando havia, eram lentas e dolorosas. Com as novas tecnologias e novas formas de detectar os sintomas, tudo mudou para melhor.

Escrito por James Hilton em 1925, “O Horizonte Perdido” fala de uma cidade, Shangri-la, onde todos os habitantes eram saudáveis e felizes

Expediente EDITORIA: Cely Fraga • REPÓRTER: Natalício Barroso (1375CE/JP) • COORDENAÇÃO GERAL: Ricardo Dreher • COORDENAÇÃO COMERCIAL: Glauber Luna • FOTOGRAFIA: Anderson Santiago e Beth Dreher • DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL: J. Júnior • CAPA: João Luck • REVISÃO: Lena Lopes.

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Harmony Medical CenterAv. Dom Luis, 1233 - SL. 2003 - 20˚ AndarAldeota - Fortaleza - Ceará - (85) 3486-6011E-mail: [email protected]

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VIVER ESPECIAL FORTALEZA - CEARÁ - BRASILQuinta-feira, 31 de julho de 2014

POR CELY FRAGA

Noite mal dormida re-sulta em pouca pro-dutividade no dia seguinte. Cansaço e

sonolência afetam o desempenho de qualquer pessoa. Essas conse-quências da privação de sono são fartamente conhecidas. O que pre-cisa ser colocado em alerta são os problemas de saúde causados pela falta de sono. Conforme o médi-co especialista no assunto, Daniel Chung, os distúrbios podem oca-sionar sintomas diurnos, princi-palmente sonolência excessiva, irritação e problemas cognitivos (falta de memória e di� culdade de aprendizado). “Além desses sinto-mas, a má qualidade do sono pode precipitar doenças como hiperten-são arterial e diabetes mellitus tipo 2”, explica o médico.

Entre os principais distúrbios

do sono, pontua dr. Chung, estão a síndrome da apneia obstrutiva do sono e a insônia. “Segundo um estudo realizado na cidade de São Paulo, em 2007, com mil voluntá-rios, cerca de 42% dos paulistanos roncam, 33% apresentam apneia do sono e 45% se queixam de insô-nia”, relata o especialista.

A falta de sono, segundo alguns estudos, é re� exo dos distúrbios da modernidade. O corpo está arcando com as consequências de comporta-mentos que adotamos na contempo-raneidade. O ser humano dorme fora de hora, repousa pouco, muitas vezes não se alimenta de forma adequada e é sedentário, além de lidar com o stress da vida cotidiana. Os elemen-tos impactam na qualidade do sono, o que precipita também o infarto, o derrame e a depressão.

Para reverter o quadro, dr. Chung esclarece que o tratamen-to adequado deve ser indicado de acordo com o grau e a causa do distúrbio do sono. “Pode variar desde orientações simples como regularizar o horário do sono, exercícios físicos regulares e perda de peso até a indicação do uso de aparelhos mais especí� cos ou ci-rurgias”, orienta o médico.

POLISSONOGRAFIAA polissonogra� a é o exame

usado para a investigação de vá-rios distúrbios do sono. O paciente

deve dormir com sensores � xados no corpo que permitem o registro das fases do sono, profundida-de, da quantidade de sono REM (fase em que ocorrem os sonhos), passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são � xados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o repouso. O exame é indolor, não--invasivo e sem riscos.

“A polissonografia é a avalia-ção de múltiplas variáveis fisio-lógicas ao longo de uma noite de sono. Alguns dos parâmetros avaliados são atividades elé-trica cerebral, níveis de oxi-gênio sanguíneo, esforço dos músculos respiratórios e in-tensidade do ronco”, des-taca dr. Daniel Chung.

O Ceará desponta com um serviço pioneiro, oferecendo a oportuni-dade de realizar o exa-me de polissonogra-� a no domicílio do paciente. As po-lissonografias convencio-

nais, realizadas em clínicas de sono, geralmente são � nalizadas entre 6h e 8h da manhã, a despeito da von-tade do paciente em permanecer dormindo. Com a polissonogra� a domiciliar os horários habituais de sono do paciente são respeitados. O serviço de Atendimento Móvel já está disponível em Fortaleza.

A equipe do Atendimento Mó-

vel se dirige à residência do clien-te ao final do dia, instala os equi-pamentos de medição na pessoa e, no dia seguinte, retorna para retirar os aparelhos. A leitura dos exames é realizada por um médi-co na empresa.

Segundo dr. Chung, a polisso-nogra� a realizada em domicílio obtém resultados similares aos das clínicas, principalmente, quando

há di� culdade de locomoção do paciente ou quando os

horários de sono são muito irregulares. Contudo, o espe-cialista avisa que a

realização do exa-me “deverá ser

indicada pelo médico após

cr i ter iosa avaliação

clínica”.

MUITO ALÉM DA SONOLÊNCIAFalta de sono é fator de risco

para diversas doençasSegundo especialista, a má qualidade do sono pode precipitar doenças como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2

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Oftalmologia & Odontologia Cirurgias de Catarata, Glaucoma e Refrativa Controle de Glaucoma Lentes de Contato Especialistas em córnea, Retina e Plástica Ocular

Serviço de Odontologia Periodontia Estética Prevenção

Capsulotomia com Yag laserLaser Verde para Retina e Glaucoma

Trabeculoplastia com laserAngiofluoresceinografia Digital

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GGonioscopiaOCT - Tomografia de Coerência Óptica

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Campimetria ComputadorizadaECOBIOMETRIA DE IMERSÃO E ÓPTICA (IOL MASTER)

Paquimetria Ultra-sônicaMMicroscopia EspecularTopografia de Córnea

Iridotomia com Yag Laser

POR CELY FRAGA

Criança gosta de fritura, doces, sorvetes, pizzas e sanduíches. Em ge-ral, não são muito fãs

de frutas, verduras e legumes. Para completar, adoram assistir televi-são, navegar na internet, mexer no celular e jogar videogame. São com-

portamentos comuns entre milha-res de crianças e adolescentes. São hábitos, no entanto, que impactam diretamente na saúde deles. Recen-temente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta sobre o crescente número de casos de obe-sidade infantil no mundo. Segundo a nutricionista Ana Carolina Mon-tenegro Cavalcante, mestre em Saú-de Pública e professora do Centro Universitário Estácio do Ceará, cer-ca de 30% das crianças brasileiras estão acima do peso.

“O peso médio das crianças au-mentou nos últimos anos. A obesi-dade tem causas endógenas e exóge-nas, mas em mais de 90% dos casos, a causa é exógena, ou seja, relaciona-da ao estilo de vida da criança e da família, o que inclui hábitos alimen-

tares inadequados e pouca atividade física. As mudanças na forma de vi-ver incrementaram essas taxas”, ex-plica Ana Carolina, que há dez anos trabalha com nutrição infantil.

Conforme a análise da nutricio-nista, o alto consumo de alimentos industrializados hipercalóricos são as principais causas da obesidade infantil. “O consumo de biscoitos recheados, que contém alta con-centração de calorias, gorduras e açúcares, refrigerantes, sucos e achocolatados de caixinhas, fritu-ras, sorvetes, doces em geral são os principais causadores. O grande erro é trazer esses alimentos para dentro de casa, quando os mesmos devem ser consumidos esporadi-camente, em ocasiões especiais. Eles não devem estar inseridos na

rotina da criança e nem na lanchei-ra escolar”, alerta Ana Carolina.

TRATAMENTOPara a especialista, o envolvimen-

to da família é essencial para o tra-tamento. Ana Carolina explica que é impossível tratar apenas a criança, quando o foco é a mudança de com-portamento. “A mudança vai desde a alimentação, atividade física e até nos tipos de passeios. Sabemos que muitos passeios que fazemos estão sempre associados a alimentação, e isso deve deixar de ser o foco. Quando a família muda, � ca mais fácil a criança mudar. Sozinha � ca muito sofrido e difícil”, orienta.

No tratamento, Ana Carolina destaca a importância de trabalhar com as porções corretas, evitar re-

petições e educar nutricionalmen-te a família. Ela explica, ainda, que a criança não deve perder muito peso. O objetivo é reduzir o ganho de peso e manter o crescimento para que as medidas corporais, peso e estatura, � quem harmônicos e adequados para a idade da criança.

As escolas, aponta Ana Carolina, também podem ajudar no combate a obesidade infantil, estimulando o consumo de frutas nos lanches e redu-zindo a oferta de alimentos industria-lizados . “A escola pode ajudar dando prioridade as frutas, controlando as porções de biscoitos e pães e estimu-lando o consumo dos integrais. Ela também pode restringir a oferta de guloseimas nas cantinas e nas lanchei-ras das crianças que trazem lanche de casa”, sugere a nutricionista.

OBESIDADE INFANTILOs erros cometidos em casa e na escola

VIVER ESPECIALFORTALEZA - CEARÁ - BRASILQuinta-feira, 31 de julho de 2014

As principais causassão os hábitos alimentares inadequados como achocolatados, frituras e doces

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NÃO CIRÚRGICOS Procedimentos menos invasivos,

mas com efeitos de plástica

Pálpebras caídas, linhas de expressão, rugas, flacidez. Os primeiros sinais de en-

velhecimento disparam o alarme em muitas pessoas. O avanço da Medicina e da indústria cosmé-tica, contudo, desponta como forte aliado no reparo de al-gumas imperfeições. Por outro lado, apenas o estica e puxa já não satisfaz completamente. Outros valores são pensados antes da correção. O visual plás-tico foi substituído pelo desejo de um resultado mais próximo do natural. É neste contexto que a busca do rejuvenescimento através de procedimentos não cirúrgicos como os emprega-dos pela Medicina Estética tem aumentado, consideravelmente, nos últimos anos.

Os avanços nesta área são cada vez mais evidentes, visando tra-tar problemas como envelheci-mento da pele, estrias, celulite, flacidez, manchas cutâneas, queda de cabelos, gordura loca-lizada, dentre outros. Mas, o que são procedimentos estéticos não cirúrgicos? A pergunta é inevi-tável. Dr. Fabiano Magacho, pre-sidente da Associação Brasileira de Medicina Estética, responde. “São procedimentos estéticos realizados em consultórios ou ambulatórios. Fora, portanto, do ambiente cirúrgico. Procedi-mentos minimamente invasivos porque exigem pequenas inci-sões”, explica o médico.

Pacientes que têm alguma queixa estética e não querem se submeter a uma cirurgia podem optar pelo procedimento que demanda menos tempo e possui custo acessível

DR. FABIANO MAGACHO

BETH DREHER

Biópsia/AnatomopatológicoExame histopatológico de rotina

Citologia em geralExame de congelação

Imunoistoquímica

UNIDADE 1 - HOSPITAL SÃO CARLOS - SEDE Av. Pontes Vieira, 2591 - D. Torres - (85) 3207-9393

UNIDADE 2 - HOSPITAL REGIONAL UNIMEDAv. Visconde do Rio Branco, 4000 - Fátima - (85) 3277-7798

UNIDADE 3 - HOSPITAL CURA D`ARSRua Costa Barros ,833 - Centro - (85) 3464-7281

UNIDAUNIDADE 4 - HOSPITAL SÃO RAIMUNDORua Dr. José Lourenço, 777 - Aldeota - (85) 4141-2709

UNIDADE 5 - CLINICA OTOMÉDICAAv. 13 Maio, 1189 - Fátima - (85) 3046-4168

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Tecnologia e Confiançan o s r e s u l t a d o s d o s s e u s e x a m e s

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A ideia, continua dr. Magacho, é dar uma solução para pacientes que têm alguma queixa estética e não querem ou precisam se sub-meter a uma cirurgia. E explica: “Este é um procedimento estéti-co de custo menor que o cirúrgi-co e que demanda menos tempo. Hoje, poucas são as pessoas que dispõem de tempo su� ciente para se submeter a uma cirurgia de um mês, dois meses ou quarenta dias. Todos, a� nal, têm que trabalhar”, aponta o especialista.

Assim, existe uma gama de proce-dimentos surgidos nos últimos anos, que podem ser feitos a um custo acessível e dentro de um espaço de tempo curto. Dentre eles, dr. Ma-gacho cita o botox. “O botox é uma técnica de paralisia muscular, onde se consegue imobilizar determina-dos músculos que causam rugas ou sucos e que, de� nitivamente, não são nem um pouco confortáveis quando se trata de uma boa aparência”.

PREENCHIMENTOSQuando se refere a preenchi-

mento de rugas e sucos ou de

depressões que são causados in-dependentemente do movimento muscular, informa dr. Magacho que é preciso colocar um material no fundo destas incorreções fa-zendo com que a pele volte para a altura normal. Nesse caso, os mé-dicos não vão apenas preencher os sucos, rugas e depressões da face; vão aumentar a maçã do rosto, do queixo e da mandíbula. Mexerão também com os contornos da face como um todo de forma que ela � -que mais harmoniosa.

Outros procedimentos tam-bém vêm ganhando cada vez mais adeptos. Segundo o médico, os que são feitos a laser são fáceis de encontrar. O mais conhecido é a depilação que, neste caso, é de� ni-tiva. Mas há outros procedimen-tos igualmente procurados com assiduidade como o rejuvenesci-mento da pele com laser ou com ácido que são os peelings. Muito procurados por pacientes que es-tão entre quarenta e cinquenta anos que não querem se submeter a uma cirurgia, mas sentem a ne-cessidade de melhorar um pouco

mais a � acidez na pele.

FAIXA ETÁRIAA idade, no entanto, para quem

busca a medicina estética depende muito do paciente. Geralmente es-tão com quarenta a sessenta anos. É quando se melhora o contorno do rosto e corrige-se o dorso do nariz. Não se trata, como se obser-va, de rejuvenescimento, mas de correção de determinados defeitos estéticos da face que também en-volvem cicatrizes produzidas por acnes ou depressões.

SAIBA MAIS• PREENCHIMENTOS. Preenchimentos são técnicas utilizadas para corrigir rugas e depressões cutâneas através da injeção de substâncias especí� cas na derme ou logo abaixo dela. Os preenchimen-tos faciais podem ser injeta-dos na pele para melhorar a aparência de pequenas linhas e rugas, aumentar os lábios, preencher bochechas cavadas, melhorar cicatrizes, levantar

sulcos profundos e reparar algumas imperfeições faciais.

• DRENAGEM LINFÁTICA. A drenagem linfática é a técnica utilizada para drenar o líquido (linfa) que se acumula entre as células. A técnica de massa-gem vai estimular o sistema lin-fático a trabalhar em um ritmo mais acelerado, mobilizando a linfa até os gânglios linfáticos, eliminando o excesso de líqui-do e as toxinas. A drenagem linfática é recomendada no pré e no pós-cirúrgico para acelerar a recuperação.

• DEPILAÇÃO A LASER. A depilação a laser trouxe uma solução mais prática que os métodos utilizados anterior-mente para eliminar os pelos do corpo. A depilação a laser feminina elimina, em média, 80% dos pelos para sem-pre, sendo que a diminuição acontece progressivamente a cada sessão. Ela só não é definitiva porque, com o tempo, o organismo pode produzir novas células ger-minativas que darão origem a outros pelos na mesma região.

• PEELING. O peeling é um dos procedimentos mais comuns da Medicina Estéti-ca e sua principal função é o combate ao envelhecimento da pele. A técnica remove camadas, neste caso da pele, obrigando que o organismo produza uma nova pele, feita de células completamente no-vas, deixando marcas, cicatri-zes e rugas para trás.

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NOVOS TEMPOSA juventude na Terceira Idade

POR NATALÍCIO BARROSO

A Terceira Idade está chegando e, com ela, algumas preocupa-ções. Houve tempo, no

entanto, em que tais preocupações eram maiores. Bastava despontar uma ruga qualquer no rosto ou alguma mancha na pele, para a juventude ser esquecida. Para as pessoas da Terceira Idade hoje em dia, isso não acontece mais. A Terceira Idade pode chegar. Estão preparadas para ela. Pelo menos é o que diz dona Clotilde Bezerra, dona de casa que mora no Dionísio Torres. Para ela, os sessenta anos é uma questão emocional e não cro-nológica. Não é porque chegou a esta idade que deixou de fazer tudo aquilo que os mais jovens fazem. Assim, dialoga normalmente com crianças e adolescentes. Segundo ela, chega a conversar com eles de igual para igual.

No passado, quando as pessoas envelheciam, tinham o hábito de se isolar. Passavam a fazer tricô e se preocupavam apenas com aqui-lo que, para elas, era condizente com a sua idade. Hoje, diz dona Clotilde, os idosos são mais saudá-veis e instruídos. Por isso a velhice de hoje pode ser considerada uma nova velhice, se comparada com a do passado. E cita Suzana Vieira como exemplo de uma terceira ida-de saudável e moderna. Para dona Clotilde, Suzana Vieira está com 72 anos e, mesmo assim, continua atuando como atriz, participando de eventos sociais, cotidianamente,

e esbanjando felicidade. A mesma coisa, a� rma, acontece com ela. Diferente de alguns adolescentes, inclusive, que têm a mentalidade de um velho do século XX quan-do ainda não havia Internet nem celular para se comunicar com o mundo todo, dona Clotilde se ser-ve de tudo o que é eletrônico. Por isso, segundo ela, não tem idade. Apenas juventude.

O OUTONO NA PRIMAVERANádia Calheiros de Oliveira,

diretora financeira e coordena-dora do Coral Vozes de Outono, corrobora com dona Clotilde. Para ela não dá para ficar em casa fazendo crochê. É preciso inven-tar alguma coisa. Assim, parti-cipa do grupo Vozes de Outono, que existe há 20 anos e reúne 28 pessoas das quais a mais nova

está com 60 anos e a mais velha com 82. Ela, por exemplo, está com 64 anos.

A atração principal do grupo é a música, diz dona Nádia. Foi por causa dela que as 28 integrantes já estiveram em Portugal, Espa-nha e Bélgica além, claro, de se apresentar em países da América do Sul depois de viajar pelo Bra-sil. Mas também fazem teatro. A

maior emoção do grupo, no en-tanto, ocorre quando se apresenta no meio de crianças. A integração é muito grande, informa a diretora � nanceira. Chamadas para shows em colégios de Fortaleza percebem a admiração das crianças quando veem aquelas senhoras cantando e dançando em torno delas como se fossem uma delas e não suas avós, quando estão em casa.

Com apresentaçõesno Brasil e exterior, o Coral Vozes de Outono surpreende a todos com sua vitalidade

CORAL VOZES DO OUTONO EM AÇÃO

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ODONTOLOGIAIntegrar para melhor atender

Um simples tratamento de dente perdido, ex-plica Dr. Wail Al Hou-ch, implantodontista,

pode envolver várias especialida-des. E cita algumas delas: perio-dontia, cirurgia e implante, por exemplo. Por isso que especialistas em odontologia procuram uma maior integração entre eles, hoje em dia, para melhor atender a seus pacientes. A� nal, para dr. Wail, os pacientes estão cada vez mais exi-gentes quando se trata de obter um sorriso perfeito.

Há muito tempo, diz ele, que a classe vem trabalhando no senti-

do da integração. Hoje, continua, esta integração está cada vez maior até por conta desta exigência. Mas, para que ela, a integração, seja e� -ciente, dr. Wail cita dois fatores importantes: primeiro, o dentista se especializa em di-versas áreas ou faz o que ele e al-guns colegas estão fazen-do: formar uma equipe de especia-listas para t r a b a l h ar em prol dos clientes.

A mídia, segundo Dr. Wail, ajuda b a s -t a n t e . “ C o m um sim-ples toque no computador, pode--se enviar o arquivo de um paciente para qualquer especialista analisar e, em seguida, efetuar um

tratamento virtual que, posterior-mente, é divulgado em rede e dis-

cutido por toda a equipe para se saber qual o melhor procedimento naquele caso especí� co”, explica o implantodontista.

VANTAGENSA vantagem de agir desta manei-

ra, explica o doutor, é que, neste caso, o cliente não precisa se des-locar de um consultório para ou-tro para continuar seu tratamento.

Depois que se pede os exames iniciais como radiogra� a e tomogra� a e se faz a primeira análise, todo

o resto é traba-lhado com os colegas virtu-almente. Dado o

diagnóstico e detecta-da a necessidade de algum

tipo de tratamento de canal, o paciente,

se necessário, é encaminha-do para o cole-ga especialista neste assunto. E

o custo é o mesmo. Como o colega solicitado

também consulta o que solici-

tou, tudo permanece pelo valor orçado, inicialmente, sem sofrer nenhuma alteração.

Outra vantagem, neste serviço, é a seguinte. Como a consulta é feita pela Internet, os pro� ssionais po-dem estar em qualquer lugar, mas atendem a solicitação e passam a tratar do caso imediatamente. A equipe que trabalha com dr. Wail, no momento, é composta de cinco dentistas e um protético.

Implantodontista, dr. Wail Al Houch destaca a necessidade de os especialistas se integrar para, juntos, alcançar um maior nível de e� ciência em seu trabalho

Tel: (85) 3257-1516Av. Soriano Albuquerque, 1010Aldeota - Fortaleza - CE

Tecnologia Cadcam para reabilitaçõesimediatas e definitivas em próteses e imp l antes den tários .

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CIRURGIA REFRATIVAChegou a hora de tirar os óculos!

CELY FRAGA

Mesmo quem preci-sa, reclama. Assim é a vida da maioria das pessoas que é

obrigada a usar óculos ou lentes de contato por causa de erros re-fracionais como miopia, hiperme-tropia e astigmatismo. No Censo Demográ� co 2010 do Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatís-tica (IBGE), 18,8% dos entrevis-tados revelaram possuir algum tipo de di� culdade para enxergar. Nesse contexto, cerca de 35,7 mi-lhões de brasileiros sofrem com di-ferentes graus de severidade visual. Entre os entrevistados, mais de 6,5 milhões disseram ter di� culdade de forma severa de enxergar.

Além dessa conjuntura, outras pesquisas apontam o crescimento de incidências de problemas visu-ais, causados por hábitos adqui-ridos no cotidiano como passar muito tempo exposto a iluminação arti� cial da televisão ou computa-dor. Contudo, na maioria dos ca-sos, esses erros refrativos podem ser corrigidos através de um pro-cedimento cirúrgico indolor, rápi-do e preciso: a cirurgia refrativa.

Segundo o oftalmologista e membro da Associação Latino Americana de Cirurgiões de Ca-tarata e Refrativa, Daniel Justa, a cirurgia refrativa é um proce-dimento que visa a correção das ametropias ou erros refracionais. “O procedimento pode ser rea-lizado através de um laser (cha-mado Excimer Laser) ou do im-plante de lentes intraoculares”, explica o médico.

A cirurgia tem um impacto sig-ni� cativo na vida do paciente. No procedimento mais comum, com Excimer Laser, é possível corrigir até 12 graus de Miopia, seis graus de hipermetropia e seis graus de astigmatismo. A idade mínima para esse tipo de cirurgia é de 18 anos, não havendo faixa etária li-mite para o procedimento. “Com o implante de lentes intraoculares conseguimos corrigir graus maio-res de miopia (20 a 30 graus) e de hipermetropia (10-14 graus). In-felizmente, não conseguimos cor-rigir totalmente todo e qualquer grau com uma técnica só. Mas se forem associadas duas técnicas (por exemplo, Excimer Laser + im-plante de lente intraocular) pode-mos eliminar praticamente qual-quer grau, mas isso irá depender das condições pré-operatórias do paciente e se o risco dos procedi-mentos supera o benefício. Cabe

ao o� almologista conversar e ex-plicar todos os riscos e benefícios ao paciente”, orienta dr. Justa.

TÉCNICASConforme dr. Justa, na cirurgia

com Excimer Laser o médico pode optar entre duas técnicas básicas: PRK ou Lasik. Em ambas, pode haver hipo ou hipercorreção do grau desejado. “No Lasik, há a cria-ção de um ‘retalho’ corneano (� ap), empregando-se um aparelho cha-mado microcerátomo ou outro tipo de laser (femtosecond laser). No Lasik, a maioria das complicações é relacionada ao � ap corneano (do-bras, crescimento epitelial embaixo do � ap, etc). Já na técnica PRK, há a aplicação direta do laser na córnea após retirada da camada super� cial (epitélio). A complicação mais te-mida é o “haze” corneano. O haze é uma cicatrização anômala do epité-lio, que interfere muito na qualida-

de visual e acontece mais frequen-temente em pessoas que se expõem ao sol após a cirurgia”, esclarece o o� almologista.

A chance de infecção pós-ope-ratória é mínima (em torno de 0.03% ou três casos a cada 10.000 cirurgias). Atualmente, destaca dr. Justa, há um método chamado TRANSPRK, no qual é aplicado laser do começo ao � m do proce-dimento, não sendo necessário ne-nhum toque no olho do paciente. Em ambas as técnicas, após 30 dias, o resultado visual é semelhante.

EXAMESOs exames pré-operatórios in-

cluem a medida da espessura cor-neana (paquimetria), topogra� a de córnea e tomogra� a de córnea (PENTACAM). Os cuidados pré--operatórios exigem, ainda, sus-pender o uso de lentes de contato por pelo menos 48h, não usar ma-

quiagem ou creme na região dos olhos e boa higiene da região das pálpebras com shampoo ou produ-tos próprios para uso o� almológi-co no dia da cirurgia.

No pós-operatório recomenda--se não coçar os olhos ou dormir fazendo pressão no olho operado, o uso de óculos escuros, evitar ir à praia, piscina ou saunas por pelo menos três semanas no caso da técnica LASIK (60 dias no caso do PRK) e usar corretamente os colí-rios prescritos.

Quando se utiliza a técnica com Excimer Laser, adverte dr. Justa, pode haver “retorno” do grau (re-gressão do efeito cirúrgico). “Mas, felizmente isso acontece apenas em uma pequena porcentagem dos pacientes operados. É muito im-portante que o candidato à cirur-gia refrativa com Excimer Laser já esteja com seu grau estável há pelo menos um ano”, a� rma o médico.

O procedimento cirúrgico pode corrigiraté 12 graus de miopia e seis graus de hipermetropia e astigmatismo

DR. DANIEL JUSTA

ANDERSON SANTIAGO

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VIVER ESPECIAL FORTALEZA - CEARÁ - BRASILQuinta-feira, 31 de julho de 2014

ALZHEIMERComo retardar seus efeitos

NATALÍCIO BARROSO

A situação daquela se-nhora era muito deli-cada. Como perdeu a noção do tempo, passa-

va os dias e as noites no elevador. Como as pessoas que moravam no prédio não sabiam, exatamente, o que havia acontecido, procuraram saber e descobriram algo difícil de acreditar. A moradora de um dos andares do prédio estava com Alzheimer e, o pior nisso tudo, é que não havia ninguém para cui-dar dela. O condomínio se mobi-lizou e entrou em contato com a família para resolver o caso. Esta, certamente, é uma das muitas his-tórias que se pode contar sobre Alzheimer. Mas nem todas elas são assim. Há aquelas histórias como a da mãe da jornalista Tarcília Rego, editora do Caderno Verde do jor-nal O Estado, que também sofre de Alzheimer e nem por isso é tratada com indiferença.

Segundo Tarcília, a primeira vez em que percebeu que a mãe, Edna Fernandes de Oliveira, 89 anos, sofria de Alzheimer, morava em São Paulo. A mãe morava em For-taleza. No dia em que estava para voltar para casa, dona Edna � cou surpresa: “não me querem mais aqui?” Havia esquecido que residia no Ceará e não em São Paulo. Em Fortaleza, posteriormente, Tarcília percebeu que a mãe perdia muitas coisas. “Onde está meu cartão de

crédito?”, perguntava ela e Tarcília respondia: “Está aqui, mamãe”. De-pois, a mãe perguntava pelo cartão de crédito novamente.

A maior prova de que alguma coisa andava errada foi quando dona Edna recebeu uma blusa de presente de uma das cunhadas de Tarcília e disse para a filha que havia recebido duas e não apenas uma blusa. Conversando com a cunhada, Tarcília com-provou que a mãe havia recebido apenas uma e não duas blusas. Levada para o médico, em segui-da, este concluiu que dona Edna estava com Alzheimer.

VARIAÇÕES DE HUMORTarcília passou a morar em For-

taleza em 2005 e, desde então, cui-da da mãe. O grande problema de quem não faz isso, diz ela, é a si-

tuação se agravar. Há pessoas, no entanto, que pouco se preocupam com os sintomas e conta a história de uma conhecida que, apesar de o marido estar com Alzheimer, faz de conta que tal doença não existe e culpa a idade ou a “caduquice” como se isso não tivesse nada a ver com este mal. Como resulta-do disso, a doença progride rapi-damente a ponto de o paciente se tornar agressivo.

Coisa que não acontece com dona Edna, apesar de já estar em um estágio avançado em seu diag-nóstico. E um detalhe. Tarcília aponta algo que Herman Melville cita em “Bartleby, o Escrevente”. Diz ele que um personagem se-cundário deste livro, Turkey, era extremamente simpático de ma-nhã e extremamente agressivo no período da tarde. Dona Edna tam-

bém sofre estas mesmas variações de humor ao longo do dia. De manhã, lê os jornais e assiste à televisão. No período da tarde, logo depois do almoço, come-ça a ficar inquieta. O pior mo-mento, no entanto, é das 15h às 19h30min quando quer ir para a casa da mãe. É o pior momento, lamenta a jornalista. Mas nem tudo, segundo ela, são dissabo-res neste mundo do inconscien-te. Há momentos de profunda emoção. E conta um deles. Havia chegado em casa muito cansada um dia e disse que estava com dor de cabeça. A mãe, ouvindo o desabafo da filha, se levantou de onde estava, dirigiu-se para ela, pegou-a pela cabeça e começou a beijar a sua testa para a dor de cabeça passar. “É comovente”, confessa Tarcília, emocionada.

TERNURA COMO REMÉDIODona Hilda de Castro, 86 anos,

também está com Alzheimer. A fa-mília notou os sintomas a primeira vez quando dona Hilda começou a fazer a mesma pergunta várias ve-zes. Consultada por um psiquiatra, este não detectou nada, mas avalia-da em uma clínica, o mal de Alzhei-mer foi identi� cado. Dona Hilda, hoje, dispõe do mesmo tratamento médico e familiar da mãe de Tar-cília. A família cuida para que não � que sozinha e, segundo uma das cinco � lhas, Hildete de Castro, faz compras, passeia e participa das festas de aniversários promovidas pela família. É a melhor forma, diz ela, de combater esta doença que, se não tem cura, segundo os médi-cos, pode, pelo menos, ser retardar o máximo possível por estas mani-festações de ternura.

Detectado em tempo hábil, o Alzheimer pode não ter cura, mas tem seus efeitos retardados desde que seja tratado, adequadamente, por um especialista e pela família

CARINHO DA FAMÍLIA AJUDA NO TRATAMENTO