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Jornal da Metrópole, Salvador, 12 de abril de 20182

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Bárbara Silveira Projeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Alexandre Galvão, Bárbara Silveira, Gabriel Nascimento e Matheus MoraisRevisão Bárbara Silveira

Fotos Tácio MoreiraComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

SoBRou...O ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (DEM) aproveitou o aniver-sário do presidente da Câmara de Sal-vador, Leo Prates, no último domingo, para fazer um dos seus primeiros dis-cursos como pré-candidato ao Gover-no do Estado, após ACM Neto anun-ciar que não ia entrar na disputa.

nÃO TÁ FÁCILQuem não anda nada satisfeito com a desis-tência de Neto é o deputado Jutahy Júnior (PSDB). Dizem nos bastidores que o tucano soltou os cachorros para cima do prefeito. De quebra, ainda teve que se contentar em sair candidato ao Senado na chapa solo de João Gualberto. Haja pesadelo.

Quase marCeLO rOssI O deputado estadual e pré-candidato a federal Marcelo Nilo (PSB), que adora almoçar com aliados, agora é adepto de outras práticas: manda card de bom dia e reflexão para os amigos do WhatsApp. Mais espiritualizado impossível! É de glorificar de pé!

CARRETA DESGoVERNADASe o clima é de tensão entre os aliados do prefeito ACM Neto, passou a ser de festa para os aliados de Rui Costa. Uns, mais animados e confiantes, já falam que o apelido do petista vai mudar de “Correria” para “Carreta desgovernada”. A eleição já começou!

Por outro lado, dizem que o genro de Nilo, Marcelo Veiga (PSB), que é pré-candidato a deputado esta-dual, não se elege nem com reza braba. Na boca miúda, políticos garantem à coluna que, em outubro, será o criador ou a criatura! Eita lelê!

Considerado favorito na disputa pelo Governo do Estado, Rui Costa (PT) preferiu não comentar a definição dos novos adversários para o pleito de outubro. O petista adotou a velha estratégia do “em boca fechada não entra mosca”. Questionado sobre o silêncio do governador, um aliado disse que ele “está deixando rolar”.

NEM CoM rEZA BrABA

DEixANDo rolAr...

... pra zéNo palco, Ronaldo exaltou o prefeito de Salvador e apro-veitou para provocar o gover-nador Rui Costa (PT). Infla-mado, o democrata disse que a Bahia não precisa de “mais correria, precisa de paz”. Ago-ra começou ou não começou?

tácio moreira/metropress

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tácio moreira/metropress

Jornal da Metrópole, Salvador, 12 de abril de 2018 3

Você repórter

absurdO dO absurdOUma ouvinte da Metrópole de prenome Célia flagrou o cúmulo do absurdo na localidade conhecida como La-deira do Pau da Bandeira, no Centro, em Salvador. “Ficava curiosa de onde vinha todo esse lixo na encosta da vista mais linda de Salvador. Como estão vendo, um gari recolhe tudo o que não cabe mais em seu saco e vai dispensando na encosta”, denunciou. Pense num absurdo...

Fazenda sÃO saLVadOrE você aí achando que na capital não existe esse negócio de animal passeando livremente na rua. Em Sal-vador tem e tem de sobra! Um leitor da Metrópole que não se identificou flagrou dois cavalos passeando na Estrada do Curralinho, na última semana. Só Neto na causa!

MoTEl DiSFARçADoUm carro abandonado na Rua Simões Filho, na Boca do Rio, tem tirado a paz de moradores e pedestres. De acordo com leitores do Jornal da Me-trópole, o veículo tem sido usado como motel para os mais assanhadi-nhos e esconderijo para usuários de drogas. Alô, Prefeitura!

Sugestões?

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foto do leitor/divulgacaofoto do leitor/divulgacao


Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

Especialistas apontam que BRT pode privilegiar transporte privado e atender de forma tímida o transporte público da cidade

novo com cara de velhoPrefeitura ignora recomendações do Instituto dos Arquitetos e BRT pode ter utilidade reduzida

Se os planos da Prefeitura de Salvador saírem do papel, em meados de 2020 a mobilidade da cidade terá um novo recurso: o Bus Rapid Transit, o BRT. Ao todo, as duas etapas da obra vão custar R$ 800 milhões – parte custeada pelo Governo Federal.

De acordo com o projeto que será executado pelo con-sórcio BRT Salvador, na pri-meira etapa, que custará R$ 212 milhões, o modal vai ligar a região do Parque da Cidade à estação do Iguatemi. O segun-do trecho, que ligará o Parque da Cidade à Estação da Lapa, será licitado até meados do ano e tem previsão de investi-mentos no valor de R$ 412 mi-

lhões – R$ 300 da União e R$ 112 milhões do Programa de Financiamento das Contrapar-tidas do Programa de Acelera-ção do Crescimento (CPAC).

O problema é que, segundo especialistas em mobilidade urbana, o alto investimento do BRT é feito sem o planejamen-to adequado e, muito em bre-ve, o modal será uma solução ultrapassada para o transporte público.

31mil

pessoas devem ser beneficiadas por hora, segundo ACM Neto.

Cidade

pms/divulgacao


Projeto prevê expansão da

linha até a Pituba

Mapa disponibilizado pela Prefeitura de Salvador mostra roteiros do BRT, que pode ter linha extra até o bairro da Pituba Especialistas criticam a construção de elevados que vão canalizar rios como o Lucaia

Quando o projeto do mo-dal foi lançado, em abril do ano passado, o Jornal da Metró-pole ouviu o ex-presidente da seccional baiana do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Paulo Ormindo, que criticou o “emaranhado de viadutos”. Só na primeira etapa estão previs-tos três viadutos e três elevados.

“E uma desvalorização total do uso social”, disse.

Um ano depois e após diver-sas recomendações do Instituto de Arquitetura, o projeto man-teve os erros apontados. “Não se tem pensamento a longo prazo, é [uma solução] imediatista”, pontuou Carl Von Hauenschild, conselheiro do IAB.

Para o urbanista Carl Von Hauenschild, o BRT de Salva-dor, assim como o que aconte-ceu em cidades como Bogotá e Curitiba, vai se tornar uma solução ultrapassada em pou-cos anos, pois não beneficia, prioritariamente, o transpor-te em massa. “É imediatista e sem atender a demanda. Esses

viadutos, no fundo, resolvem mais problema do tráfego pri-vado, do carro, do que do BRT. Eles são, claramente, um apoio ao transporte individual que você quer reduzir com o inves-timento em transporte coleti-vo. Mas incentiva o transporte individual. É uma falta de lógi-ca”, analisa.

Secretário de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota rebateu as críticas sobre a inviabilidade do projeto. “Para o local da cidade não é ultrapassado. Não é só um projeto de transporte público, ele vai resolver toda a questão de saneamento, a questão da mobi-

lidade, pois vai criar os novos via-dutos e elevados”, argumentou. Segundo a Prefeitura, para a se-gunda etapa da obra, estão previs-tos a implantação de viadutos em locais como a Avenida Garibaldi e elevados. A viagem da Lapa ao Iguatemi deve durar 16 minutos.

urbanista cita “emaranhado de viadutos”: “pensamento imediatista”

coletivo em segundo plano: “falta lógica”

lapa-iguatemi em 16 minutos

10estações

do BRT estão previstas para as duas etapas da obra.

Um abaixo-assinado criado pelo Movimento Salvador so-bre Trilhos reúne 37 mil assi-naturas e tenta frear o desma-tamento que deve ser causado pelas obras. Enquanto a Pre-feitura de Salvador afirma que 163 árvores serão removidas, dados do Movimento obtidas junto ao Ministério das Cida-des apontam que 579 árvores — algumas centenárias — se-rão arrancadas. Coordenador do Movimento, Luis Brasileiro cita ainda o prejuízo que será causado pelo revestimento dos rios Lucaia e Camarajipe.

desmatamento mobiliza população

Extinção de árvores centenárias preocupa urbanistas e ambientalistas de Salvador

Cidade

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pms/divulgacao

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QuEM TEM MuiTo...

Sem Centro de Conven-ções desde 2015, Salvador pa-rece longe de voltar a ter um complexo. Do lado do gover-no, a gestão ainda não sabe nem mesmo onde instalar o empreendimento. De acordo com o governador Rui Costa (PT), há duas possibilidades

em estudo: o bairro do Co-mércio e a área do Parque de Exposições. Na Cidade Baixa, o prédio pode ficar na área da Marinha.

A força militar, no entan-to, ainda não enviou o pro-jeto à Superintendência de Patrimônio da União (SPU), que tem de referendar a tran-sação com o Estado. “Até o momento, não recebemos

nenhuma solicitação nem do governo, nem da Marinha”, garantiu o superintendente do órgão, Ricardo Saback. Já a

edificação municipal, apesar de ter local definido, segue sem colocar as obras para co-meçar. A mudança, segundo o

secretário de Turismo, Cláu-dio Tinoco, não representa atraso. “Até o final do mês vamos terminar essa fase de habilitação das empresas que querem construir”, prometeu.

De acordo com o secre-tário, foram recebidas nove propostas, de sete consórcios e duas empresas individuais. Ao todo, 20 organizações de-monstraram interesse.

Integrantes do trade turís-tico reclamam da demora na definição dos empreendimen-tos. Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ho-téis da Bahia (ABIH), Glicério Lemos diz que empresários do setor “não aguentam mais” as indefinições.

“Essa indefinição é hor-rível. Todo trade sofre com a sazonalidade do turismo. O Centro de Convenções é feito para equilibrar isso. O muni-cipal está no edital de con-corrência. Esperamos que não demore mais”, disse ao Jornal da Metrópole.

preJuÍZo para o turismo

Prédio que abrigou antigo Centro de Convenções, no Stiep, segue sem uso e aguardando uma definição de futuro

“Estamos no quarto mês e não sabemos onde vai ser o Centro de Convenções do Estado”

– Paulo Gaudenzi, vice-presidente da Salvador Destination

Turismo perde R$ 200 milhões por ano sem o espaço

QuEM TEM MuiTo...Cidade

Foto Tácio MoreiraTexto Alexandre Galvã[email protected]

pms/divulgacao

Não tem nenhum! Alvos de disputa, centros de Convenção Estadual e Municipal ainda estão só na promessaNão tem nenhum! Alvos de disputa, centros de Convenção Estadual e Municipal ainda estão só na promessa


A desistência de ACM Neto também impactou em cheio os planos do deputado federal João Gualberto, pré--candidato do PSDB ao go-verno do Estado.

Em conversa com Mário Kertész na última terça-feira (10), Gualberto adiantou que não quer coligar com o MDB por conta da presença do Lú-cio Vieira Lima no partido. Apesar da resistência em se alinhar à legenda, o tuca-no não rechaçou apoios de

quadros da sigla. “Irei con-versar com todos que fazem oposição ao governo do PT, menos o MDB. O partido não, os Vieira Lima. Eu quero apoio de membros do parti-do, como Herzem Gusmão, Colbert Martins. Quero con-versar com esses. Mas estou falando do MDB dos Vieira

Lima”, afirmou. Na ocasião, questiona-

do por MK, o pré-candida-to também negou ceder a cabeça da chapa ao PSDB. “Primeiro vamos conversar com a sociedade. Político hoje só quer conversar com político. Eu sou um políti-co novo, mas acostumado a atender à população. Você tem que conversar com o eleitor, com as pessoas”, completou o pré-candidato ao Governo da Bahia.

Entrevista

Pegando opositores e apoiadores de surpresa, o pre-feito ACM Neto (DEM) desistiu de concorrer ao governo do Es-tado, na semana passada. Com a decisão, coube ao até então Prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, representar o partido na disputa.

Em entrevista a Mário Ker-tész na última quarta-feira (11), o democrata confirmou que é pré-candidato ao Gover-

no do Estado nas eleições de outubro. “Eu tenho pesquisas, antes da desistência de Neto, que me colocavam como se-gunda opção das oposições, com bons números, com o do-brou ou o triplo de candida-turas que forma vitoriosas. Eu renunciei à prefeitura de Feira e fiz consciente. Feira me deu tudo. Eu me acho um homem preparado para ser governa-dor. Já conversei com marque-teiros, estou tentando andar rápido”, analisou.

Questionado por Mário Kertész, José Ronaldo con-fessou que, de certa forma, faltou apoio ao Prefeito de Salvador — que buscava gua-rida das siglas como o PR, MDB e PP.

“O meu desejo era que

Neto fosse o candidato a governador da Bahia (...) Eu entendo que sou candidato e nunca fechei porta para conversar com ninguém”, disse, indo de encontro com as afirmações de Neto, que rechaçou o apoio do MDB.

faltou apoio a neto

Gualberto busca apoio de opositores de Rui Costa na busca pela gestão estadual

Foto Tácio Moreira

“me acho um homem preparado para ser governador”Ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo deixa cargo e mira campanha para o Governo da Bahia

José Ronaldo, pré-candidato do DEM ao governo do Estado

“não quero coligar com o mdb dos vieira lima”Pré-candidato ao governo, Gualberto vai tentar unir oposição e nega ceder cabeça da chapa ao PSDB

João Gualberto, Pré-candidato do PSDB ao governo do Estado

“Conversarei com todos que fazem oposição ao PT”

Ex-prefeito de Feira, José Ronaldo comentou desafio de concorrer ao Governo do Estado contra Rui Costa nas eleições de outubro

gustavo lima/camara dos deputados


Bahia

fArrA DA liBErAçãoCritérios do INSS para suspender benefício de aposentados causa desconfiança e casos contrariam a lógica

Se o processo para conseguir a aposentadoria por invalidez fosse uma novela, seria mexi-cana! Quem depende do auxílio hoje no Brasil por alguma defi-ciência adquirida após longos anos de trabalho, sofre com um sistema cada vez mais burocrá-tico e vagaroso. Mas, imagine conseguir ultrapassar todos os obstáculos a partir da solicita-ção, alcançar o benefício e depois simplesmente perdê-lo...

Esta semana, a Metrópole reverberou as reclamações de cidadãos que deram entrada, en-

tregaram documentos, passaram por perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e tive-ram acesso aos recursos apenas por um tempo – sendo agracia-dos posteriormente com a “alta”, dada ao contribuinte quando o órgão julga que a pessoa recupe-rou a capacidade de trabalhar.

Gumersindo Armada, de 63 anos, trabalhou como coorde-nador técnico de um time de futebol na década passada e não pode continuar na função por problemas na coluna, au-dição e visão. De acordo com ele, o benefício foi cancelado mesmo com o aumento das li-mitações do corpo e a Justiça Federal precisou ser acionada.

inss: ordem é liberar

Gumersindo conta que, mesmo com três hérnias de disco e diversos problemas, teve alta na última perícia fei-ta. “Um funcionário me disse que a ordem de Brasília é li-berar todo mundo. Sofri uma amputação no dedão do pé esquerdo, também na pon-ta de outro dedo, fiz cirurgia na visão, tive perda auditiva. Aí, para minha surpresa, tive alta”, relatou.Em sentença de 2009, juiz determinou que benefício fosse mantindo ao aposentado

DECiSão JuDiCiAlFoto Tácio MoreiraTexto Bárbara Silveira e Gabriel [email protected]


“A perícia chega a ser desumana. Tem que estar morrendo?”

– Anônima que tenta o benefício

Bahia

inss adota o silÊncio diante de denÚncias

A teoria da atual Previ-dência diz que tem direito a aposentadoria por invalidez aqueles que não conseguem mais desenvolver suas “fun-ções laborais” por causa de um acidente grave ou doença ocupacional – provocada por fatores ligados ao ambiente de trabalho. Ainda segundo

as regras vigentes, o cance-lamento acontece quando o aposentado retorna ao traba-lho, recupera a capacidade ou quando há óbito. O Jornal da Metrópole entrou em conta-to com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas não obteve resposta até a pu-blicação desta reportagem.

Sem opção, quem precisa do auxílio concedido pelo INSS enfrenta longa espera para ter direito a aposentadoria

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Política

SErviço fiDEliDADEGráfica favorita de deputados do PCdoB já recebeu quase R$ 2 milhões com impressão de material de campanha

A divulgação da atividade parlamentar dos deputados federais baianos já consumiu quase R$ 700 mil em recursos públicos em 2018. Entre os gastos, alguns saltam os olhos, como é o caso dos parlamenta-res do PCdoB, Alice Portugal, Daniel Almeida e Davidson Magalhães.

Um levantamento realiza-do pelo Jornal da Metrópo-le mostra que os comunistas têm uma empresa favorita para imprimir folhetos e ou-tros meios de divulgar suas

atividades: a Envelopes & Cia. Desde 2016, a gráfica recebeu quase R$ 2 milhões dos políticos. Apesar do va-lor suntuoso, a fachada do comércio pode facilmente ser confundida com uma sim-ples casa do bairro do Campo Grande, em Salvador.

Já os parlamentares citados negaram que a preferência pela Envelopes & Cia envolva algu-ma irregularidade. De acordo com dos deputados Alice Por-tugal, Daniel Almeida e Davi-dson Magalhães, as atividades realizadas no estabelecimento são para “divulgar o mandato”. Entre os instrumentos, está um folheto informativo distri-buído “em toda Bahia”. “Grá-fica não é barato. Não tenho ninguém que rode de graça para mim”, disse Alice.

“gráfica não é barato”, rebate alice

empresa Justifica valorProcurado pela reporta-

gem, um dos donos da Enve-lopes & Cia, Moacy da Cruz confirmou que faz “atividades gráficas” e justificou o alto valor sob o argumento de que

“todo mês” presta serviço a parlamentares.

O empresário, no entan-to, não soube precisar quanto custaria a unidade de um fo-lheto informativo. Gráfica funciona em casa aparentemente normal no bairro do Campo Grande, em Salvador; movimentação não se assemelha a empresa

Deputada negou irregularidades na escolha da gráfica e ressaltou custos para divulgação

2milhões

foi o valor recebido pela empresa nos últimos dois anos.

Foto Tácio MoreiraTexto Alexandre Galvã[email protected]

divulgacao


Política

SErviço fiDEliDADENada menos que 21 depu-

tados baianos – 18 na Assem-bleia Legislativa e três na Câ-mara Federal – aproveitaram a janela partidária, encerrada no sábado (7), para mudar de morada.

No troca-troca, apenas dois viraram a casaca, ambos para o lado do governador Rui Costa (PT): em Brasília, Cláudio Cajado deixou o DEM e passou para o PP, enquanto no CAB o “traíra” foi Samuel Júnior, que bateu em retirada

do PSC rumo ao PDT. Ainda no DF, Uldurico Jr.

trocou o PV pela chefia do PPL e Arthur Maia migrou do PPS para a sigla do prefeito ACM Neto. Ideologias à parte, a maioria justifica: “melho-res condições para disputar a eleição”.

Na AL-BA, quatro partidos deixaram de existir. O PSL per-deu os cinco assentos após o ingresso de Jair Bolsonaro. O MDB, com o desgaste dos Viei-ra Lima e do presidente Michel Temer, viu de luneta o desem-barque dos cinco membros. Deputado Estadual, Samuel Júnior trocou o PSC pelo Partido Democrático Trabalhista

Em Brasília, o baiano Cláudio Cajado deixou o Democratas e pasou a fazer parte do PP

Na contramão do esvazia-mento em algumas legendas, duas passaram a figurar no qua-dro legislativo – PR, que voltou à AL-BA com Paulo Câmera (ex-PDT) e Reinaldo Braga (ex--PSL), e o nanico Pros, que tam-bém recebeu os exilados de Bol-sonaro Manassés e Alan Castro.

Com a mudança no tabu-leiro, o PT manteve os seus 12 representantes e seguiu

como a maior bancada, mas o PSD, do senador Otto Alencar, embora não tenha perdido ca-deiras, comeu poeira do DEM, que ganhou a medalha de pra-ta ao passar de seis para 10 integrantes, com o reforço dos ex-emedebistas Leur Lomanto Júnior, Luciano Simões Filho e Pedro Tavares, bem como Tar-gino Machado, que partiu a mil do PPS.

sobe e desce movimentado

quatro mortes e dois vira casacaVinte e um deputados trocaram de legenda na janela partidária; Rui Costa ganha dupla dissidente

câmaRa dos dEputados

assEmbLEia LEgisLativa da baHia

cajado dEm pp

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Texto Evilásio Jú[email protected]

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