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Vol. XVI • N° 277 • Montreal, 22 de novembro de 2012 Cont. na pág. 14 Editorial Primeiro Orçamento Por Carlos DE JESUS O novo ministro das Finanças do governo pequista, Nicolas Marceau, a- presentou na passada terça-feira o seu pri- meiro orçamento geral do estado do Que- beque. À imagem da saúde financeira da província, o orçamento é austero e sem grandes surpresas. Ao contrário do que fazia prever na sua introdução, na qual acusou incessante- mente o antigo governo de haver agido em mau gestionário, o novo ministro aca- bou por prolongar e adotar uma boa parte das medidas já anunciadas pelo seu prede- cessor, Raymond Bachand, em contraste flagrante com as promessas eleitorais do seu partido. Este orçamento está nas antí- podas do entusiasmo delirante que acom- panhou o enunciado das primeiras medidas do governo Marois nas duas semanas após a tomada de posse. Afinal o novo ministro das Finanças fez seu o voto de Raymond Bachand de al- cançar o objetivo de um orçamento equili- Foto LusoPresse. À chegada ao Canadá... Portugueses repatriados Por Elise FONSECA (Com VM) O TAVA - O embaixador de Portugal no Canadá recomenda que os Portugueses in- teressados em emigrar para este país devem cumprir a legislação existente, referindo conhe- cer casos de repatriamento imediato à chegada ao aeroporto por suspeita de imigração ilegal. “Todos os eventuais interessados em emi- grar para o Canadá deverão estar atentos às leis aplicáveis, bem como conscientes de que a decisão final sobre a matéria caberá sempre às Autoridades canadianas”, realçou à Lusa o em- baixador Pedro Moitinho de Almeida. O diplomata frisou que “têm-se, inclusive, Cont. na pág. 14 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 3 AM 376•BOLA 376•BOLA 376-2652 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Azeite Olivenola Caixas 18 L. 75 00$ BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA Dois autores encontraram-se no meio dum público multicultural de fervorosos leitores para falar, cada um à sua maneira, do Japão, da Coreia e do país de acolhimento. Organizado com o apoio do LusoPresse, o lançamento da livraria Gallimard foi a ocasião de melhor conhecer os livros mais recentes do cineasta Michel Régnier e do professor de literatura Ook Chung. O duplo lança-mento fez-se em dois tempos, sendo o segundo um jantar num dos melhores restaurantes da comu-nidade portuguesa onde os organizadores do dia puderam discutir mais intimamente com os dois artistas da escrita. Leia artigo de Jules NADEAU, página 6.

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Vol. XVI • N° 277 • Montreal, 22 de novembro de 2012

Cont. na pág. 14

Editorial

Primeiro Orçamento• Por Carlos DE JESUS

O novo ministro das Finançasdo governo pequista, Nicolas Marceau, a-presentou na passada terça-feira o seu pri-meiro orçamento geral do estado do Que-beque. À imagem da saúde financeira daprovíncia, o orçamento é austero e semgrandes surpresas.

Ao contrário do que fazia prever nasua introdução, na qual acusou incessante-mente o antigo governo de haver agidoem mau gestionário, o novo ministro aca-bou por prolongar e adotar uma boa partedas medidas já anunciadas pelo seu prede-cessor, Raymond Bachand, em contrasteflagrante com as promessas eleitorais doseu partido. Este orçamento está nas antí-podas do entusiasmo delirante que acom-panhou o enunciado das primeiras medidasdo governo Marois nas duas semanas apósa tomada de posse.

Afinal o novo ministro das Finançasfez seu o voto de Raymond Bachand de al-cançar o objetivo de um orçamento equili-

Foto LusoPresse.

À chegada ao Canadá...Portugueses repatriados

• Por Elise FONSECA (Com VM)

OTAVA - O embaixador de Portugalno Canadá recomenda que os Portugueses in-teressados em emigrar para este país devemcumprir a legislação existente, referindo conhe-cer casos de repatriamento imediato à chegadaao aeroporto por suspeita de imigração ilegal.

“Todos os eventuais interessados em emi-grar para o Canadá deverão estar atentos àsleis aplicáveis, bem como conscientes de que adecisão final sobre a matéria caberá sempre àsAutoridades canadianas”, realçou à Lusa o em-baixador Pedro Moitinho de Almeida.

O diplomata frisou que “têm-se, inclusive,Cont. na pág. 14

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 3 AM

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Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury

António RodriguesConselheiro

Natália SousaConselheira

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Visite o nosso MausoléuSÃO MIGUEL ARCANJO

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*Hélio PereiraCHA

Dois autores encontraram-se no meio dum público multicultural de fervorosos leitores parafalar, cada um à sua maneira, do Japão, da Coreia e do país de acolhimento. Organizado com oapoio do LusoPresse, o lançamento da livraria Gallimard foi a ocasião de melhor conhecer oslivros mais recentes do cineasta Michel Régnier e do professor de literatura Ook Chung. O duplolança-mento fez-se em dois tempos, sendo o segundo um jantar num dos melhores restaurantes dacomu-nidade portuguesa onde os organizadores do dia puderam discutir mais intimamente comos dois artistas da escrita. Leia artigo de Jules NADEAU, página 6.

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Página 222 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

• Permanente por computador• Pose de unhas e manicura• Depilação com cera

69, Mont-Royal est Montréal

FICHE TECHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusChefe de Redação: NorbertoAguiarRedator-adjunto: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Raquel Cunha• Fernando Pires• Osvaldo Cabral• Jules Nadeau• Elisa Fonseca• Lusa

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé Canadienne des Postes - Envoisde publications canadiennes - Numérode convention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.

Port de retour garanti.

O noO noO noO noO novvvvvo cico cico cico cico ciclololololo• Por Osvaldo CABRAL

Vasco Cordeiro começou bem onovo ciclo.

Cumpriu a promessa de reduzir a orgâ-nica do governo e renovou em quase todasas secretarias.

Surpreendeu mesmo, ao integrar gover-nantes da área do PSD e cortou abrupta-mente com a linha dura que caracterizava osgovernos de César, em que quase todos ossecretários eram oriundos do aparelho socia-lista.

Não é um elenco genial e a sua estruturanão é original (já houve governos com estadimensão, que depois engordaram...), masdeixa sinais positivos no arranque de umalegislatura que vai ser muito difícil e com de-safios bastante duros.

A escolha da Presidente do Parlamentotambém não deixa de ser um ato de descom-pressão partidária, mesmo que por razõesde equilíbrio geográfico.

Em sentido contrário continua o PSD-Açores, querendo provar que mereceu a der-rota de 14 de outubro.

Anunciou antes das eleições que votariacontra o Orçamento de Estado, depois vol-tou atrás, ao dar liberdade de voto aos deputa-dos dos Açores e estes, numa atitude incom-preensível, votam a favor e sem uma decla-ração de voto a explicar esta desorientação.

Logo a seguir são os dois principaiscandidatos independentes que renunciam aomandato de deputados, permitindo que odesgastado aparelho do partido avance parao parlamento.

E como se não bastasse tanta trapalha-da, agora que é claro que José Contente vaicandidatar-se à Câmara de P. Delgada, elevan-

do a fasquia, o candidato do PSD, José ManuelBoliero, em vez de se resguardar das lutas par-tidárias, aparece a representar o PSD no pri-meiro debate público entre partidos, na televi-são, para comentar o novo governo!

É um PSD sem pés nem cabeça.

****WINE AND FIXE! – O festival de vinhos

“Wine and Fish Azores” que se realizou emPonta Delgada revelou um mercado rico, a quese junta a produção regional de algumas ilhasdos Açores que é motivo de orgulho e esperan-ça no futuro do setor.

A viticultura e a enologia estiveram sem-pre na tradição de muitas das nossas ilhas, masnunca foi conferida tanta qualidade e valor ànossa produção como agora.

Por entre tanta concorrência nacional –250 marcas do melhor que se faz em Portugal– é profundamente motivador constatar a qua-lidade dos nossos vinhos, com particular desta-que para os produzidos na ilha do Pico.

Especialmente os brancos, que vêm sur-preendendo os especialistas nacionais, deixamantever que o Pico está no bom caminho, gra-ças aos seus produtores e à sua capacidade deassociativismo.

Os vinhos açorianos deveriam ser o sím-bolo mais importante da nossa restauração.

Uma boa carta de vinhos pode incluir detudo, mas a marca açoriana deveria merecer omaior destaque, a melhor sugestão e até a pos-sibilidade de uma prova de oferta para os turis-tas que nos visitam.

Alexandre Relvas, produtor do Herdadede São Miguel e Herdade da Pimenta (bem re-presentados no festival do Pavilhão do Mar),diz que os vinhos portugueses precisam deuma identidade forte, nas castas, no rótulo, namarca e no tipo, como fatores de modernidade,a que eu acrescentaria, no caso dos vinhos aço-rianos, um marketing mais agressivo e umamaior disponibilidade e profissionalismo noprocesso de distribuição, se é que pretendem

alargar e consolidar mercados.Está visto que temos potencial, mas

precisamos de menos amadorismo e maistrabalho no terreno para expandir o negó-cio.

Os vinhos estão a subir, este ano,nas exportações, cerca de 10% (no anopassado foi um aumento de 4%, represen-tando 675 milhões de euros na globalida-de), o que é motivador para a nossa produ-ção açoriana, que embora noutra dimensãodeve seguir o bom exemplo, aprendendocomo se conseguiu esta viragem estratégicano setor em todo o país.

O mercado interno não está total-mente explorado e as entidades regionaisdevem criar melhores condições para secriarem nichos de mercado no exterior, jáque não podemos ter pretensões à interna-cionalização massiva da marca açoriana.

Por sua vez, a Comissão VitivinícolaRegional (CVRA) tem que atuar com maisdinamismo e maior disponibilidade faceaos produtores.

Ouve-se por aí que a certificação doVinho Regional Açores é muita lenta, oque faz com que apenas 300 mil litros devinho sejam certificados nos Açores, numvolume de produção que ultrapassa os 1,5milhões de litros por ano.

Seja como for, mesmo de forma len-ta, o caminho tem sido positivo, a julgarpela visibilidade no dito festival.

A organização está de parabéns, aojuntar os melhores nacionais aos melho-res regionais (desde as Caves S. Domin-gos à Cooperativa do Pico, às novidadesdo Terrantez e do espumante regional doEng. Maçanita, não esquecendo a zonadas refeições – a ser repensada – e do showcooking), provando-se, mais uma vez, queos vinhos açorianos (e a gastronomia) nãoficam atrás dos nacionais, ressalvando asdevidas dimensões.

L P

Os ex-banqueiros de Goldman Sachs e da Finança Mundial...

Empobrecem as populações europeias!• Por Fernando PIRES

Marc Roche: «O Capitalismo dasombra opõe-se a qualquer forma de contro-lo». E, como diz a nossa gente, aqui é que aporca torce o rabo.

Tentarei aqui expor um pequeno esboçoao que a imprensa económica política costumachamar crise económica, e que eu direi, bandi-tismo destes últimos anos, com cicatrizes his-tóricas, que não se sabe quando serão tratadas.

Antes de me manifestar sobre certos de-talhes que dizem respeito à Finança mundial,farei uma pequena referência sobre os primeiros“fundadores” de um idealismo visionário quefoi a União Europeia dos Jean Monett, RobertShuman, Jacques Delors e, mais tarde, o Presi-dente De Gaulle, que deu algumas provas daintegridade dessa visão europeia!

Hoje anda-se a reboque da França e Alema-nha, com um outro empecilho que é a santaInglaterra.

A outra Europa, a das periferias (sobretu-do a Europa do Sul), não deixa de pagar uma

certa “marginalidade” ao qual são votados al-guns países das periferias.

Deste espaço, faz parte Portugal. SegundoEduardo Lourenço, aquando de uma passagempor Montreal numa entrevista realizada porLídia Ribeiro, ele afirma o seguinte: “Portugalé um dos países mais europeus que existemporque, praticamente, já era europeu quandoainda os países anglo-saxónicos nem sequerexistiam”...

No que diz respeito à Inglaterra, diz-nostambém Eduardo Lourenço que esta nunca seconverterá ao europeísmo. Isso deve-se ao he-gemonismo das culturas dominantes da Eu-ropa do centro-norte, sempre prontas a emper-rarem o processo de desenvolvimento; sobre-tudo sociopolítico e cultural, agora, provocadopela gatunagem da Finança mundial!

Em 1987, já Eduardo Lourenço previa talgatunagem, quando afirmava que “em plenaexpansão europeia já mundial em estado latentede competição implacável, uma elite de capitãesda indústria dos financeiros”. Hoje, essa indús-tria pertence aos financeiros da Omerta, mafiasecreta da Finança mundial bancária, com es-

conderijos em paraísos fiscais bancários, cúm-plices da Omerta de certos chefes de Estado,que indiretamente jogam ao dominó entre Eu-ropa, América do Norte e Ásia!

No final do Concelho da Europa realizadoem 21/10/2012, foi feita uma pergunta ao pri-meiro-ministro da Inglaterra e da City londrinada Finança mundial Senhor Cameron: se elevotaria a favor do orçamento comunitário arealizar em 22-23 de novembro de 2012? Aresposta veio logo a seguir. Claro que não.Como poderia ele votar contra o “paraíso dasua “City”, onde se diz ter havido uma reuniãosecreta entre o maior banco mundial GoldmanSachs e o ex-primeiro-ministro grego LoucasPapademos maquilhando as contas públicasgregas em seis milhares de euros, com um em-préstimo da Goldman Sachs de três milharesde euros à Grécia?

Como se processa a hegemonia da “rou-balheira financeira” que começou nos EstadosUnidos em 2007-2009 com a chamada crise fi-nanceira do imobiliário dos subprims causadopor uma oligarquia financeira de todos os ex-

Cont. Pág. 14 Empobrecem...

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Página 322 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Titulaire d’un permis du Québec

A exposição dos samuraisdo Dr. Richard Béliveau nãosai de Montreal

• Entrevista de Jules NADEAU

O Dr. Richard Béliveau tornou-se conhecido do grandepúblico pelos três anos ao lado de Mitsou na emissão «Kampaï! -À votre santé», assim como pelos seus livros contra o cancro e aalimentação. Mas é também um admirador da «alma tradicional dossamurais». Nada dum guerreiro: antes um homem de sabedoria, quereage numa entrevista com grande delicadeza. E na sua evocação dacultura japonesa, a cultura portuguesa não é de desprezar.

«É preciso lembrar isto de interessante à comunidade que vocêconhece. Os Portugueses tiveram um papel principal na históriados samurais quando em 1543 trouxeram as primeiras armas de fo-go. Esses comerciantes mudaram toda a história do Japão e estiveramassim muito presentes na história dos seus guerreiros. São duasgrandes civilizações que coexistiram durante 200 anos, afirma o bi-ologista numa entrevista telefónica com o LusoPresse.

A exposição da sua coleção privada no Museu de Pointe-à-Cal-lière menciona esta contribuição europeia. Os magníficos catálogosilustrados das edições Libre Expression fazem-no «num nível deescrita acessível». O grande público pode ver esses artefactos exce-cionais até março de 2013.

Sabendo que está a dirigir-se a um público lusófono, ele apro-veita para fazer um elogio a Carlos Ferreira. «Conheço bem o Carlos.Fizemos alguns eventos juntos. Como regularmente no seu restau-rante... É o exemplo da pessoa que fez imenso pela sua comunidade.Eu conheço-o desde o princípio quando começou o seu Van Houttena McGill College. Cito muitas vezes o Carlos como exemplo doimigrante extraordinário que faz aproveitar a comunidade de aco-lhimento da sua própria cultura.»

A curto prazo, em março próximo, «volta para casa», asseguraciosamente o terapeuta. As armaduras não vão viajar para outras ci-dades. «A longo prazo, quero abrir em Montreal um museu da artesamurai, que compreenderia um dojo para ensinar o kendo (artesmarciais), um salão de chá para ensinar o ikebana (arranjo floral) ea cerimónia do chá, e um jardim zen. Idealmente, criá-lo num sítiodesfavorecido para expor os nossos jovens rapazes e raparigas àbeleza e às virtudes do respeito, da sinceridade, da honra, da bene-volência, da resiliência, e assim de seguida.»

Uma coisa é certa, os nossos amigos do resto do Canadá e dosEstados Unidos decerto gostariam de aproveitar graças a uma expo-sição itinerante. O feliz proprietário foi 5 ou 6 vezes ao Japão, masfez os estudos de pós-doutoramento na Universidade de Cornellcom os detentores de 9 Prémios Nobel e respeita muito os nossosvizinhos do sul. «Os seus museus são caixas de surpresas... Há mili-onários na elite americana... Eles não têm nada a invejar à Europaou a outros lugares. Têm uma diversidade, uma variedade, uma cu-riosidade alucinante em todos os setores», conclui aquele que Pointe-à-Callière teve o génio de descobrir a tempo.

Para todos os pormenores que vos permitam planificar a vossavisita: www.pacmusee.qc.ca. L P

Complexo Funerário Verdun

Reabertura conseguida• Reportagem de Norberto AGUIAR

No dia 6 de novembro último, a em-presa Yves Légaré, com salões funerários umpouco por toda a região da Grande Montreal(Laval, Verdun, Boucherville, Montreal...) pro-cedeu à reabertura do Complexo Verdun, situ-ado no 5784 da rua da cidade do mesmo nome.

Na ocasião, muitos convivas marcarampresença neste complexo, que antes de perten-cer ao Senhor Alfred Dallaire – avô de YvesLégaré – era pertença da Família Wilson, deresto muito celebrada no decorrer da cerimóniade reinauguração.

Espaço de cariz familiar, o Salão Verdunvai continuar a sê-lo, isto a julgar pelas própriaspalavras do seu atual proprietário, o Senhor Y-ves Légaré.

«Simplesmente refrescado, modernizado,adaptado às necessidades e exigências atuais, o«Salão Wilson» depois de ter passado pelasmãos de meu pai, quando a empresa carregavacom o nome de meu avô paternal, abre agoraas suas portas sob o nome de Complexo Fune-rário Yves Légaré».

Lugar mítico da cidade de Verdun, o novoSalão Yves Légaré quis manter a traça de muitosdos seus elementos, mesmo se os seus pensa-dores quiseram oferecer um «columbarium»dos mais modernos, para além de um espaçoboutique preparado para responder aos pedi-dos mais sofistica-dos, isto segundo asconceções quebe-quenses mais avan-çadas, consubstan-ciadas num projetomultimédia.

Considerandoque quer estar o mais

perto possível das famílias em luto, Yves Légaré assegura que onovo complexo tem todas as comodidades, incluindo as maisíntimas, de maneira a que as famílias possam viver os momentosde emoção na maior tranquilidade. «Nós estamos convosconesses momentos preciosos de homenagem aos vossos entesqueridos, ao pôr tudo o que seja necessário para responder aosdesejos da nossa clientela».

Agora, se o nosso leitor vive para aquelas bandas, ou pertodelas, o convite está feito para que dê um pulo ao Salão Com-plexo de Verdun de forma a aquilatar das condições do espaço.De resto, os vossos comentários são esperados por parte daadministração.

Depois da reabertura do Salão Verdun, o casal Légaré irradia-va pura felicidade. Foto LusoPresse.

L P

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Página 422 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Os Açores presos à PT• Por Osvaldo CABRAL

Há mais de um ano que me venho insurgindo contra a escandalosa explo-ração que a Portugal Telecom está a praticar nos Açores através do monopólio do ca-bo submarino.

São preços que não se praticam em mais nenhum país ou região da Europa e quese repercutem nas tarifas pagas pelo consumidor de televisão por cabo, telefone ouInternet.

Acabo agora de saber que três operadoras, Zon, Vodafone e Optimus, apresen-taram queixa ao Governo da República, mas este remete o problema para a entidadereguladora, a ANACOM.

Trata-se de uma entidade que pouco ou nada faz pelos Açores, reagindo apenaspor empurrão e nunca por iniciativa própria.

Pior do que isso, segundo o jornal “Expresso”, a queixa formulada pelas opera-doras concorrentes terá sido “despachada” pelo chefe de gabinete do Ministro daEconomia, que até há pouco tempo era quadro superior, imagine-se... da PT!

De acordo com a mesma fonte, a ANACOM deliberou recentemente que ospreços dos circuitos de capacidade menor (abaixo dos 155 Megabites por segundo),para os Açores e Madeira, deveriam descer entre 35% e 45%.

Para já, é um reconhecimento, mesmo tardio, de que a PT andou-nos a esfolardurante estes anos quase o dobro do que seria justo.

Mas o problema maior está nos circuitos de maior capacidade, múltiplos de Gi-gabites, a chamada banda larga para redes de nova geração.

Estes circuitos são alugados pelas outras operadoras, nomeadamente a Zon,que tem a maior implantação de televisão por cabo nos Açores, pagando preços quedeveriam ser reduzidos, também, para metade.

É um negócio que só nos prejudica a nós, consumidores açorianos, na senda doque já vem sendo feito noutras áreas em que se envolve a monopolista PT.

Foi, por exemplo, na entrega de mão beijada, àquela empresa, de toda a rede dedistribuição do sinal de televisão nos Açores: um negócio ruinoso para a RTP, per-mitido pelo Primeiro-Ministro de então, Cavaco Silva, que tem como resultado a te-levisão açoriana pagar, anualmente, cerca de um milhão de euros pelo aluguer da dis-tribuição do sinal televisivo.

Neste negócio, a PT pagou apenas metade por todos os transmissores e retrans-missores espalhados pelas ilhas (o que a RTP-A já pagou à PT durante estes últimosanos, dava para uma televisão nova e ainda uma nova rede de distribuição).

Mais recentemente foi o vergonhoso processo da TDT (Televisão Digital Terres-tre), atribuído à PT, que detém uma operadora com interesses no mercado de distri-buição de televisão, a MEO.

O mercado de TV por subscrição está a crescer no país, valendo mais de 100 mi-lhões de euros por mês às operadoras, sendo que a MEO é uma delas, pelo que nãointeressa à PT que haja concorrência.

Daí que a TDT tenha sido um autêntico “flop”, por culpa do governo de Só-crates, depois seguido por Relvas, que mantêm uma proteção à PT fora do comum.

O mesmo acontece nesta história do cabo submarino que liga o continente aosAçores.

A nossa região pagou, com a comparticipação da União Europeia, 21 milhõesde euros pela instalação do cabo (que não há maneira de chegar às Flores e Corvo –outra vergonha!).

A PT investiu apenas 5 milhões, mas ficou com a totalidade do negócio, explo-rando-o até à exaustão e explorando-nos a nós, que já tínhamos pago por ele atravésdas verbas regionais.

Só a Zon paga, por ano, quase 2 milhões de euros pelo aluguer dos circuitos àPT.

Ou seja, em pouco mais de dois anos a PT já pagou o seu investimento e agoralucra à nossa custa.

Como se não bastasse, atua ainda no nosso mercado de subscrição de TV compreços parecidos aos do continente.

Os Açores têm cerca de 80 mil lares cablados, quando há três anos eram apenas66 mil.

É um negócio apetecível para quem possui fibra ótica e, ao mesmo tempo, é do-na de uma operadora, como a MEO – é só faturar.

Só para termos uma ideia da fatura, a utilização do cabo submarino pelas outrasoperadoras custa 30 vezes mais do que o praticado por outros cabos internacionais,incluindo o que a PT cobra pelo circuito entre Lisboa e Londres, que é mais curto.

O Governo dos Açores e o parlamento regional deveriam analisar este assuntocom alguma urgência, porque está em causa o acesso da nossa região às novas redesde informação, à inovação digital e ao perigo que representa um monopólio que nospode atirar para a infoexclusão.

L P

35 anos

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Página 522 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

LavalFim do reinado de Gilles Primeiro

Primeiro judeu a dirigir MontrealLUSOPRESSE - Michael Applebaum

foi eleito presidente interino da Câmara deMontreal. O antigo presidente do conselhoexecutivo que tinha abandonado o partido U-nião Montreal, substitui assim Gérald Tremblayaté ao próximo escrutínio municipal em no-vembro de 2013.

Applebaum obteve 31 votos contra 29 pa-ra o seu rival Richard Deschamps. Três bole-tins de votos foram anulados.

Antigo agente imobiliário, Michael Ap-plebaum foi eleito vereador municipal em 1994.

Em janeiro de 2002 foi eleito presidenteda junta de freguesia Côte-des-Neiges-Notre-Dame-de-Grâce.

Facto curioso, quase toda a imprensa tem

assinalado o facto de Michael Applebaum ser oprimeiro anglófono a presidir os destinos da ci-dade de Montreal, desde há um século, mas pou-cos referiram o facto de se tratar de um membroda comunidade judaica, como assinalou JoshFreed, cronista do jornal The Gazette.

Também foram poucos os que se referiramà fraca qualidade do francês falado pelo novoMaire. Jean Chrétien saía-se muito melhor eminglês quando dirigia o Canadá como primeiro-ministro do que Applebaum se sai em francês,sobretudo tendo em conta que se trata de ser oprimeiro magistrado da principal metrópole fran-cófona do mundo, fora da França. O que é tantomais de estranhar visto que ele é nativo desta ci-dade e que há já quase dois decénios que serve avida municipal.

LUSOPRESSE – No passado dia 9 denovembro, Gilles Vaillancourt renunciou aoseu cargo de presidente do município de Laval,após 23 anos de reinado, no seguimento dasalegações de corrupção e das perquisições po-liciais levadas a efeito na sua residência, na Câ-mara Municipal e nos seus cofres bancários.

Na Comissão Charbonneau, o ex-emprei-teiro Lino Zambito tinha dito que o presidenteda Câmara de Laval recebia uma comissão de2,5% dos contratos municipais. Ao contráriodo seu homólogo de Montreal, Gérald Trem-blay, o maire Vaillancourt está diretamente pos-to em causa nas alegações de corrupção.

Com esta demissão termina a era de Gilles

I, que presidiu aos destinos de Laval, a terceiramaior cidade do Quebeque, desde 1989, e pra-ticamente sem qualquer oposição.

Se as acusações de corrupção se confir-marem, Gilles Vaillancourt teria desviado cen-tenas de milhares de dólares das taxas pagaspelos cidadãos lavalenses para seu uso pessoale partidário.

A Oposição em Laval há muito tempoque vinha denunciando as tendências auto-ritárias do município, o que não impediu GillesVaillancourt de ter sido re-eleito cinco vezes(1993, 1997, 2001, 2005 e 2009), por conse-guinte com o apoio indesmentível dos seuseleitores.

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Página 622 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Romeiros no Faial da TerraJoão Vital será o mestre

LUSOPRESSE – Uma nota vindado credenciado mestre de romeiros da Co-munidade Portuguesa do Quebeque – vivena cidade de Blainville – João Vital, dá-nosconta de que na próxima Quaresma ele es-tará acompanhando e dirigindo o Ranchode Romeiros do Faial da Terra, paróquia deNossa Senhora da Graça, em São Miguel(Açores).

Sem romeiros há vários anos, João Vi-tal, de acordo com as entidades católicas dacitada freguesia do Concelho de Povoação,decidiu pôr mãos à obra e assim recuperaruma tradição local, que é de quase todas asvilas, freguesias e cidades da ilha.

O grande dia já está definido. Trata-sedo dia 3 de março.

João Vital, perfeito conhecedor das es-tradas, becos e igrejas de São Miguel, porter sido mestre de romeiros da freguesia doRosário da atual cidade de Lagoa durantevários anos, propõe a todos os romeirosda comunidade que o queiram acompanharde o contactar o mais depressa possível demaneira a poderem tomar parte em maisesta iniciativa inédita e de «amor a Jesus». Onúmero a discar é 450 430-7509.

Para todos os interessados neste pro-jeto há, no dizer de João Vital, facilidadesda parte da SATA Express. L P

Lançadas na Gallimard...

Obras de Michel Régnier e Ook Chung• Reportagem de Jules NADEAU

Dois autores encontraram-se nomeio dum público multicultural de fervorososleitores para falar, cada um à sua maneira, doJapão, da Coreia e do país de acolhimento. Or-ganizado com o apoio do LusoPresse, o lança-mento da livraria Gallimard foi a ocasião demelhor conhecer os livros mais recentes docineasta Michel Régnier e do professor de lite-ratura Ook Chung. O duplo lançamento fez-se em dois tempos, sendo o segundo um jantarnum dos melhores restaurantes da comuni-dade portuguesa onde os organizadores do diapuderam discutir mais intimamente com osdois artistas da escrita.

Na livraria do boulevard Saint-Laurent,Michel Régnier insistiu sobre as tragédias queafligiram a população japonesa, em particularo maremoto da primavera de 2011. Conhecen-

do bem o país ao longo de uma quinzena deestadias, o realizador duma centena de docu-mentários da ONF, fez questão de voltar às re-giões atingidas para recolher o testemunhodos sinistrados. Resumindo, em Seize ta-bleaux du mont Sakurajima, uma ficção base-ada na realidade.

Michel Régnier nasceu nas margens doLoire, em Jargeau (Orléans), mas estabeleceuo seu domicílio aqui, com a idade de 22 anos.No caso de Ook Chung, apesar de ser filho depais coreanos, foi na cidade portuária de Yoko-hama (Japão) que ele nasceu e foi de lá queemigrou para a América com a idade de dois a-nos. O homem de letras é assim mais quebe-quense que asiático e, sem surpresa, ele apro-funda a questão da identidade cultural múltipla.

Os nossos dois convidados de honra dis-sertaram sobre as relações entre Coreanos eJaponeses. Sem tomarem partido, eles deplora-ram o triste destino reservado tradicionalmenteaos imigrantes coreanos vivendo no país doSol Nascente. «Antes de sair do Japão eu era

Canadá apoia Israel contra o Hamas

LUSOPRESSE – O primeiro-ministro Stephen Harper declarou na passada sexta-feira,durante a sua visita à cidade de Quebeque, que condena os lançamentos de mísseis contra Israele lamentou a escalada de violência no médio oriente.

“Fundamentalmente acreditamos que Israel tem o direito a defender-se, assim como aosseus cidadãos, das ameaças terroristas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Canadá,John Baird, num comunicado.

John Baird acrescentou que “o Canadá condena o grupo terrorista” e afirmou o apoio a Is-rael perante “as ameaças à paz e à segurança regionais”.

Desde a chegada ao poder em 2006 do Partido Conservador do primeiro-ministro StephenHarper, o Canadá converteu-se num dos principais defensores das políticas de Israel em relaçãoaos palestinos e aos estados vizinhos.

Noburo – toda a gente me chamava assim,mesmo a minha família coreana do Japão», es-creveu Ook Chung, que utiliza agora o seu no-me coreano. Pelo seu lado, Michel Régnier nãohesita em denunciar as injustiças onde elas apa-recem, incluindo o Japão.

Os representantes do LusoPresse tiveramo prazer de ver Ook Chung rodeado dos perso-nagens do seu livro (La Trilogie Coréenne),oito membros da sua família, incluindo a suajovem mãe, de olhar vivo. Na Casa Minhota,apreciando um saboroso bacalhau grelhadona brasa (geralmente servido pelo camaradaespanhol Carlos Ramirez), havia um pequistade Saint-Jean-sur-Richelieu que nos louvava oPortugal da sua recente viagem. Ook Chungcomia ao lado do seu colega (francês) Nicolasdo Cégep Vieux-Montréal. Todo este cruza-mento intercultural bem regado, enquanto aex-professora Judith Désilets continuava a in-terrogar e contra interrogar o septuagenáriode Jargeau e o quinquagenário de Yokohama.Para o grande prazer de todos!

Lançamento feito, com introdução do nosso jornalista Jules Nadeau, e antes dasdedicatórias, os autores trocaram impressões com a plateia. Foto LusoPresse.

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Página 722 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Portugal:

País vedeta da Grande Degustação de Montreal 2012• Reportagem de Jules NADEAU

«Este salão é a melhor coisa quepodia acontecer a Portugal entre todas asmanifestações dos últimos anos no Quebe-que. Temos uma participação massiva, mui-to bem pensada, centrada. A informação épertinente. É assim que se faz. Além disso,os produtores não dão os produtos gratui-tamente. Muita gente vai passar aqui», expli-ca rapidamente Carlos Ferreira ao jornalistado LusoPresse.

Pelo segundo ano consecutivo, no Pa-lácio dos Congressos, os amadores de vi-nhos, de cerveja e de licores puderam desco-brir e provar mais de mil produtos duranteum salão excecional duma duração de trêsdias. O país vedeta de 2012 era Portugal e,sem surpresa, o restaurador Carlos Ferreirafoi o grande promotor e porta-voz. O co-municado de imprensa da Sociedade dosÁlcoois do Quebeque fala dum «notávelcrescimento de 20% das vendas de vinhosportugueses na SAQ durante o últimoano». Quem disse que os produtos portu-gueses tinham atingido o topo na Belle Pro-vince?

O grande hall do Palácio dos Con-gressos designado para o evento estava im-pressionante pelo número de países repre-sentados, mais de 20, e mais de 200 produ-

tores. Era possível deixar-se guiar pelas bandei-ras nacionais – com alguns grandes competi-dores como a França e a Itália. Áleas bem aber-tas, iluminação perfeita, sinalização clara e pes-soas afáveis em cada quiosque. Preços módicospara as provas. O anúncio de conferências paraos mais estudiosos dos enólogos.

Foi vontade firme do proprietário do Fer-reira Café de fazer participar Portugal? «Modés-tia à parte (pequeno riso), se não tivesse sidoeu não teria sido possível... Dei a minha palavrade que ia estar presente e que íamos estar à al-tura do acontecimento. Prometi! Eu mesmotelefonei para os produtores de vinho para queeles fossem sérios, presentes e também paraque estivessem atrás das mesas para falar comas pessoas.»

Diante dum enorme quadro anunciando«Enotria International – Douro/Lisboa», vin-da mais uma vez da Europa, a sua sócia SandraTavares da Silva está à nossa espera com umsorriso segurando orgulhosamente uma garrafamarcada com a letra «F»: «Nós somos bonsamigos há muito tempo, o Carlos e eu. Hádois anos, ele pediu-me para fazermos vinhojuntos e decidimos prosseguir», explica-nos aesguia dama. O excelente resultado está à vista!

Não muito longe, Valdemiro Correia e oseu filho Daniel, assim como José Figueiredoe um amigo, ausentaram-se momentaneamenteda Casa Minhota para vir conhecer algumassafras. Não somente Minho, mas Douro, está

claro, Alentejo, Setúbal, Madeira, etc.Impossível recensear todas as boas mar-

cas da pátria de Camões numa única visita.Com um corte de cabelo moderno, o jovemmontrealense João Carlos Ramos faz dois mi-nutos de pausa para nos responder: «Umagrande diferença, este ano, é que se pode venderimportações do Douro, do Alentejo e de outros

lados à garrafa em vez de ser à caixa. Aliás,até agora tem sido um belo ano. Com aadição de belas casas como Niepoort, au-mentamos as vendas de mais de 30%. Éum grande orgulho para nós como Portu-gueses de ter um lugar especial neste salãovisto que 90% dos nossos produtos sãoportugueses», conclui o diretor da Alvin.

Sandra Tavares da Silva, sócia de Carlos Ferreira na produção do vinho «F». Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

Prova concorrida, aqui representada pela delegação do popular RestauranteDouro, chefiada por Sérgio Pires. Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

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Página 822 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Colégio Laurier no Coração da Comunidade– “Uma ajuda milagrosa para as crianças comdificuldades de aprendizagem”

• Por Raquel CUNHA

Isto é das coisas que acontecem, e em-bora não seja notícia é, segundo a nossa opi-nião, um dos motivos principais para a publi-cação de um jornal, sobretudo um de carátercomunitário. Na redação, pensamos se faziaou não sentido publicar e chegamos unanime-mente à conclusão que sim, que podem existirmuitos Manueis na comunidade e que as coisasboas são para ser partilhadas.

O pedido, ou a notícia, veio por parte damãe, chamemo-la de Maria. Maria emigrou parao Canadá e como muitas de nós faz a vida co-mo empregada doméstica, não tem luxos, estu-dos e nem muito dinheiro. Maria é mãe de Ma-nuel, filho único. Acontece que Manuel, à en-trada na adolescência, demonstra problemasde aprendizagem, défice de atenção, angústiageneralizada e má gestão do stresse. Maria nãose conformou e “batalhou para o Manuel avan-çar”, deu tudo por tudo, porque “coração demãe é capaz de dar o que não tem” e estevesempre por detrás do filho, suportando-lhe asquedas e festejando-lhe os avanços. O filhoestudava no sistema público e acabaram por opôr “numa escola para deficientes mentais. Euvendo aquilo fiquei revoltada e bati a todas asportas que podia”, conta ainda revoltada coma memória.

Foi assim, a bater a portas, que conheceuo Colégio Laurier, “o único que aceitou o meufilho”. Não é “um colégio de elite” mas tem a-judado bastante o Manuel, pelo qual “está extre-mamente agradecida”. “É um colégio pequeni-no, onde todos se conhecem (...) Somos trata-dos como família e o Manuel tem conseguido

avançar”, explica. “É um colégio para criançascom mais dificuldade de aprendizagem, mastoda a equipa é maravilhosa, têm uma psicólo-ga, uma orto-pedagoga”, conta. Maria quecontatou o LusoPresse porque sabe de “outrarapariga portuguesa que tem tido dificuldadese que os pais também têm batalhado”. Por is-so é categórica: “o colégio foi a melhor coisaque me aconteceu, se não fosse o Colégio Lauri-er o meu filho ainda estaria no sistema públicosem controlo nem supervisão”. É que aqui nocolégio sente-se descansada “à mínima coisacontatam-me”.

Segundo Maria, o “colégio pode ser umasalvação para quem tem batalhado para ajudaros filhos com dificuldades nos estudos, estáno centro da comunidade portuguesa e nãohesito em recomendá-lo a quem for”.

“É um grande orgulho quando nos pro-pomos a fazer coisas impossíveis e consegui-mos. O coração de mãe faz milagres e paramim este colégio foi um milagre na vida domeu filho. Agora sei que vai frequentar oCEGEP e ter algum futuro. Contactei com ojornal para o caso que algum português estejaa passar pelo mesmo que passei. As inscriçõesainda estão abertas e nunca se sabe”, explica.

E é isso que faz uma comunidade. Da par-te do LusoPresse um muito obrigado à Mariapor nos dar a conhecer o Colégio Laurier, umcolégio que não se dedica somente aos melho-res, mas nos vê a todos como seres humanose aposta no potencial de cada um, como indiví-duo, com as suas dificuldades e proveitos.

O colégio situa-se na Rua Jeanne Mance,entre a Saint-Joseph e a Laurier.

Nota: Os nomes de Maria e Manuel são fictícios

de modo a proteger a identidade dos intervenientes.

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Página 922 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Página 1022 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Invista em TróiaLUSOPRESSE – Esteve de passagem em Montreal uma

equipa da reputada companhia Sonae, secção Turismo.Vinda de Toronto, London e Otava, onde também se encon-

trou com as respetivas comunidades, a delegação da Sonae veio fa-lar de turismo e imobiliário, ramos de atividade em que tambémdomina o mercado em Portugal.

Foi a região de Tróia que esteve em evidência na reunião, dan-do-se ênfase às qualidades turísticas desta zona, que já foi da Torraltae agora pertence ao aglomerado de Belmiro Azevedo.

No concreto, os responsáveis do complexo Troiaresort que-rem que os imigrantes invistam ali. Em condomínios de luxo, quepodem ir de 250 mil euros a um milhão. Como justificação, apre-sentam as excecionais condições de vida na Península, situada amenos de meia hora da cidade de Setúbal. São 40 quilómetros depraia, marina, hotel & Spa, casino, golfe, que fazem de Tróia umlugar de excelência para uma qualquer família.

«Num apartamento turístico, numa moradia ou numa town-house, viva a tempo inteiro, passando férias em família», é um dosslogans da Sonae Turismo. Mas o investidor candidato tambémpode encontrar lotes enquadrados com a paisagem, bastando paraisso recorrer a áreas de 1 150 m² e 2 850 m² distribuídos entre a pra-ia, o lago, o golfe e o parque. Nesta situação, os projetos serão de-senvolvidos pelos arquitetos João Paciência, Silva Garcia e peloGabinete de Arquitetura Intergaup, como refere a brochura.

Com esta é a segunda vez que a Sonae Turismo se desloca aoCanadá. Uma terceira visita já está prevista para 2013, provavel-mente no mês de abril.

Novos círculos eleitorais?

LUSOPRESSE – Neste momento oQuebeque tem mais 700 mil eleitores. Vai daí, aComissão de delimitação dos círculos eleitoraisfederal, de passagem por Montreal, quis ouviros políticos quebequenses, assim como outraspessoas interessadas pelo assunto.

O encontro teve lugar na sala 13.04 (13°piso) do Palácio da Justiça de Montreal. Toma-ram parte nela Daniel Paillé, do Bloco Quebe-quense, Hélène Leblanc, do Novo Partido De-mocrático, e Alexandra Mendes, presidente dasecção do Partido Liberal do Canadá, DenisCoderre, Irwin Cotler, Massimo Pacetti, FrancisScarpaleggia, Stéphane Dion e Justin Trudeau,da mesma formação política, numa delegaçãoverdadeiramente imponente se comparada com

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Escândalo SexualLUSOPRESSE – Com 34 anos de idade, casada e mãe de dois

filhos, Paula Broadwell está na origem do primeiro escândalo sexual daadministração Obama.

Este escândalo atinge diretamente o diretor da CIA e herói deguerra, David Petraeus, que se envolveu em relações extraconjugais, oque na republicana América, é um crime de lesa-majestade.

Petraeus foi comandante das tropas americanas no Iraque e noAfeganistão, homem de confiança de democratas e republicanos, e es-tava na calha para ser secretário de Estado.

Paula Broadwell é casada com um radiologista, foi miss nos seustempos de estudos secundários, é atleta e tem aparecido em várias emis-sões de televisão. Como diplomada da escola militar West Point, resol-veu escrever a biografia do general Petraeus e nessa condição acom-panhou-o em várias missões de guerra.

A relação veio a saber-se por causa de uma amiga da família, tambémalegada amante, chamada Jill Kelley, casada, de 37 anos, que estava a re-ceber e-mails anónimos com ameaças a envolvê-la diretamente comPetraeus.

Os e-mails chegaram às mãos do FBI que investigou a origem dasmensagens. Descobriram que era Paula Broadwell quem enviava os e-mails ameaçadores.

O Congresso já tinha chamado Petraeus para explicar o que sepassou no ataque de 11 de setembro em Benghazi, mas agora, com ca-sos extraconjugais e possíveis falhas na segurança nacional, os senadoresquerem esclarecimentos de todos, do general, do FBI e da CIA. L P

a dos outros parti-dos.

Criar uma novacircunscrição «Mau-rice-Richard»; substi-tuir «Rosemont-LaPetite-Patrie» por«Idola-Saint-Jean»;incluir na «Mont-Ro-yal» algumas ruas de«Parc-Extension» ede «Dorval», não va-leram a aprovaçãodos deputados e ou-tras pessoas presen-tes. Quem defendeuesta posição commestria e classe, fo-ram sobretudo os de-putados StéphaneDion e Justin Tru-deau. Antes, porém,Alexandra Mendes,nossa compatriota,haveria de expor emtraços gerais o que vi-ria a ser o papel dosseus amigos deputa-dos.

Recorde-se queeste exercício de divi-são de círculos eleito-rais é efetuado de 10em 10 anos.

Desta vez, Mon-treal esteve em vias depassar de 18 para 19círculos, o que foicontestado pelos po-líticos dos três parti-dos, sobretudo pelaperspetiva de que seriaa Gaspésie a ser agrande derrotada.

Quem tambémesteve quase a desapa-recer foi o círculo elei-toral de «Laurier-Sainte-Marie», quepassaria a denominar-se «Plateau-MileEnd» e que abrangeuma grande parte doBairro Português.

Para quem estejainteressado nestastrocas e baldrocas, vi-site o site Internetwww.redecopage-f e d e r a l -redistribuition.ca

Alexandra Mendes surpreendida com apresença do fotógrafo do LusoPresse.Coderre e Trudeau, nem por isso.

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Página 1122 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Embaixador de Portugal em França“Quem nasce em Portugal deve poder viver em Portugal”

LUSA – O embaixador de Portugal em França considera que a sua geração e “todasas que obrigaram os portugueses a sair por razões económicas” falharam e devem “criarcondições” para que quem nasce em Portugal possa viver no país.

“Em princípio, os países têm obrigação de criar condições para as pessoas viveremno seu próprio país. A circunstância de isso não acontecer significa que alguma coisa fa-lhou, significa que nós falhámos”, diz à agência Lusa Francisco Seixas da Costa, que estáa pouco mais de dois meses de cessar funções em Paris.

Para o embaixador, a sua geração – “e todas as gerações que obrigaram os portuguesesa sair [do país] por razões de natureza económica” – erraram. E isso é um erro que, consi-dera, têm que “retificar”.

“Nós temos que criar condições às pessoas que nascem em Portugal para viverem emPortugal, para se realizarem em Portugal, e para saírem quando lhes apetecer, e se lhes ape-tecer, mas não por pressão económica”, defende.

Francisco Seixas da Costa sublinha que gosta muito das comunidades portuguesas,que tem “um profundo orgulho” pelo trabalho que elas fazem pelo mundo, mas acrescentaque não tem “um discurso eufórico sobre a saída”.

“A menos que as pessoas queiram mudar de vida e fazer uma opção em termos de ou-tras oportunidades, a emigração forçada por razões de natureza económica é uma tragédianacional e é algo de que nós não nos devemos orgulhar”, acrescenta.

Novo jornal em Montreal• Por Carlos DE JESUS

O jornal luso canadiano de Toronto «Nove Ilhas» associou-se ao jornal «Correioda manhã» para lançar um novo jornal sob o título «Correio da manhã – Canadá, PortugueseNews Paper», o qual comporta uma secção dedicada a Montreal.

Para assinalar o evento, como responsável do jornal em Montreal, Luís Tavares Belloorganizou um cocktail numa sala do Café Ferreira, no passado dia 4 de novembro, onde a-presentou o jornal e os colaboradores locais.

Nesta ocasião, Carlos Ferreira, grande impulsionador da gastronomia portuguesa emMontreal, recebeu os convidados com um bem sentido e vibrante apelo para as suas raí-zes. «J’ai toujours attaché ma culture à mon travail» – afirmou a certo passo. A apresentaçãofoi feita principalmente em inglês e em francês.

Como tivemos a ocasião de observar pelo primeiro número, o jornal é predomi-nantemente dominado pelas notícias de Portugal e de Toronto. Os colaboradores deMontreal são na sua maioria comentadores ou cronistas.

Evidentemente que a vinda dum novo concorrente para a partilha das receitas publi-citárias é vista com alguma apreensão pelos órgãos de comunicação existentes e deve ter si-do essa a razão que explica a ausência de alguns dos seus representantes neste evento. Nãofoi o caso do LusoPresse que se fez representar pelo seu editor e pelo seu diretor, os quaissempre consideraram a concorrência, quando leal, um ótimo encorajamento à busca denovos desafios e mais um veículo para a expressão da nossa língua. Todos não somos de-mais.

Infelizmente, como ficámos a saber pelo senhor Carlos Botelho, representante daSATA em Toronto, a concorrência parece apostada em nos querer sabotar fazendo correro boato que o LusoPresse ia fechar.

Em boa verdade a mentira é a arma dos fracos.

União pela defesa do francêsLUSOPRESSE - As centrais sindicais do Quebeque, o Movimento Nacional dos

Quebequenses e a Sociedade São João Batista de Montreal constituíram uma frente comumpara travar o recuo da língua francesa no Quebeque.

A coligação «Partenaires pour un Québec français» (PQF) deu parte dos seus objetivosao governo de Madame Marois e propôs uma série de medidas relativamente ao meio labo-ral, ao comércio, empresas, administração civil, ensino e cultura.

O mandato do «Office québécois de la langue française» (OQLF), segundo a coligação,deveria ser alargado a fim de impor a língua francesa a todas as empresas quebequenses eque o conhecimento do inglês deve ser abolido das provas de admissão aos empregos. L P

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TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

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Grande Degustação de Montreal:

Portugal aumenta visibilidade• Reportagem de Raquel CUNHA

Decorreu nos dias 8, 9 e 10 de No-vembro, no Palácio dos Congressos, mais umaedição da Grande Degustação de Montreal, queteve Portugal como país convidado. Carlos Fer-reira foi o embaixador do nosso país e o cére-bro que esteve por detrás desta operação. Foigraças a ele que Portugal teve a oportunidadede se colocar mais uma vez no mercado, de ga-nhar visibilidade e de se autopromover.

O convite surgiu por parte dos Agentesde Vinhos do Quebeque, conta-nos o empre-sário, que confessa “ter tomado uma decisãorápida. Achei que era uma oportunidade parao nosso país, falei com os produtores que semostraram interessados em estar presentes euma semana e meia depois já tinha a decisãotomada e o plano do projeto a ser formado”,reconhece.

Foram 40 os produtores representadosna feira, do quais 35 vieram pela “mão” deCarlos Ferreira, quando da organização doevento.

Carlos Ferreira achou que “foi uma dasmelhores feiras que frequentei. Estava organi-zada de forma criativa, interativa, onde os clien-

Carlos Ferreira no uso da palavra no momento de inaugurar o certame da GrandeDegustação de Vinhos de Montreal. Foto LusoPresse.

tes podiam não só contatar diretamente como produtor, como encomendar o vinho, semdepósito ou despesas de transporte, e recebê-lo no prazo de uma semana”. O que foi umaoportunidade para “alguém que queira vinhosmais interessantes que não se encontram naslojas”.

Sobre o balanço da feira, o empresárioconta-se satisfeito por saber sobretudo que“as maiores vendas foram de vinhos portugue-ses e que a maior afluência esteve presente no“canto português”, o que é um ótimo indicati-vo da nossa aceitação pelo mercado regional.

Embora tenha visto “muita gente ligadaà restauração na feira, Carlos Ferreira confessaque “a maioria dos participantes foi do grandepúblico”. Contudo, não nega a possibilidadedeste evento ter ajudado “a introduzir os vi-nhos portugueses nos restaurantes de Mon-treal”.

“Não podemos contar com o mercadoda saudade”

Para o empresário “todas as ações contam.O que se tem feito não é suficiente, é um traba-lho contínuo, esse da divulgação dos nossosvinhos. A semente está lançada, agora é precisoregá-la e cuidá-la para que a possamos colher”,explica. E acrescenta que o vinho português

“tem um grande potencial no Ontário e noQuebeque”, embora confesse que, por questõespopulacionais, “é mais forte no Ontário”. Massabe bem que “são raros os portugueses queconsomem vinho português de qualidade”, ex-plica. “Aqui não podemos contar com o merca-do da saudade. O português consome pelopreço e não pela qualidade”. A prova disso, se-gundo o empresário, foi a ausência de públicoportuguês no evento, onde Portugal foi o paíshomenageado.

Contudo é otimista em relação ao merca-do quebequense e afirma que “existe mercadopara o nosso vinho, uma vez que exista umaforça de promoção substancial”. E comparacom o caso do Chile, onde a estratégia promo-cional resultou na venda “de toneladas de vi-nhos e num lugar de destaque nas lojas da espe-cialidade”.

“É um caminho percorrido muito lenta-mente. Os consumidores sabem que Portugalexiste mas é preciso relembrá-los constante-mente”, afirma, e acrescenta que “o trabalhode comunicação feito por Portugal não temsido suficiente e que não vê nenhuma estratégiafirme de futuro”.

Produtor de vinho “F”, da região do Alto

Douro e com as castas principais a Tinta Rorize a Touriga Nacional, Carlos Ferreira teve a suaprimeira produção em 2008, embora tenha sidofeita “em número reduzido”. Será apenas a co-lheita do próximo ano de 2013 que terá umaprodução substancial. Contudo, caso seja cu-rioso e apreciador de bom vinho, pode encon-trá-lo nos Restaurantes Ferreira.

Quanto à feira propriamente dita, CarlosFerreira encontra-se satisfeito e confessa queter-se-ia “arrependido se não tivesse aproveita-do”. Para além da promoção e de dar esta opor-tunidade aos nossos vinhos, Carlos Ferreirarealizou ainda no seu restaurante um jantar“um pouco informal” com os nossos produ-tores, “onde as pessoas podiam provar vinhosdas diversas regiões”; uma “receção aos produ-tores” e ainda “lhes mostrei a cidade” conta,afirmando que “tudo sai do meu bolso” e queestas coisas “custam dinheiro”.

Que lhe sai da bolsa já sabemos. É por is-so que lhe estamos gratos, pelo seu empenhoe dedicação em promover Portugal. Posto emsuas palavras, Carlos Ferreira espera que todosos quebequenses tenham a possibilidade de a-preciar a riqueza da sua terra natal, “terra daqual é tamanho apreciador”.

Comissão Charbonneau

Outro que se pôs à mesaLUSOPRESSE – O empreiteiro Michel Leclerc, proprietário da empresa de

obras públicas Terramex Inc., declarou no início desta semana à Comissão Char-bonneau (encarregada de investigar a corrupção no setor da construção) que há jámuito tempo que vinha a colaborar com os empreiteiros que tinha implementadoo sistema de contratos arranjados no campo dos esgotos, calçadas e parques públicos.

Perante os comissários que o interrogaram, Michel Leclerc esclareceu que co-meçou a participar no sistema de colisão implantado para a realização de obras pú-blicas em Montreal desde 1997 e revelou o caminho tortuoso que teve de percorrerdesde aquela data até ser apanhado pelo fisco em 2010. A testemunha, um homemque aparenta ter mais de sessenta anos, mostrou-se calmo mas, por razões médicasinvocadas conseguiu obter que as suas declarações não fossem difundidas senão nofinal do seu testemunho, prerrogativa excecional a que a comissão acedeu.

M. Leclerc esclareceu que 3 por cento dos contratos iam para as alcavalas entre-gues a Nicolo Milioto da empresa Mivela Construction, quando lhe cabiam os sub-contratos de reconstrução de passeios que tinham sido falsificados. O mesmo a-conteceu, num caso, com obras de esgotos.

M. Leclerc afirmou igualmente que foi Franco Cappelo de Escavations Superque tinha posto em prática o sistema de coligação para partilhar os contratos de o-bras nos parques públicos com a conivência de Nicolo Milioto.

Nas suas declarações, o inquirido denunciou igualmente dois funcionários mu-nicipais, o engenheiro Guy Girard, encarregado da fiscalização das obras e o encar-regado geral das obras públicas de Montreal, Robert Marcil, que se deixaram subornarpara que os contratos pudessem ser sobrecarregados com as alcavalas destinadas aosuborno e aos empreiteiros.

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Página 1322 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

CRIMT 2012, Conferência InternacionalUniões Futuras: inovações, transformações e estratégias

LUSOPRESSE – Decorreu nos dias 25, 26 e 27 de outubro passado, na Escola de AltosEstudos Comerciais de Montreal, a conferência internacional «Uniões Futuras: inovações,transformações e estratégias» na qual participaram especialistas vindos da Europa, da Américado Sul, dos Estados Unidos, da Ásia e do Canadá.

O principal tema da conferência andou à volta de como devem atuar hoje os sindicatos aonível local, nacional e transnacional. Nessa conformidade, estiveram reunidos universitários derenome, juntamente com distinguidos sindicalistas.

Do que o LusoPresse se pôde aperceber, a nossa comunidade esteve representada na con-ferência da Universidade de Montreal unicamente pelo sociólogo Luís Leonardo Marques Aguiar,irmão do nosso chefe de redação. Luís Aguiar, que viveu grande parte da sua adolescência emMontreal, onde chegou a jogar na credenciada equipa de futebol do Luso Stars, é professor naUniversidade da Colômbia Britânica, módulo de Kelowna. A sua palestra teve lugar na tarde dequinta-feira, no painel «Strategies for Union Power: The SEIU and global-local». Foi presidentedos trabalhos Janice Fine, da Rutgers University (Nova Iorque).

No mesmo painel de Luís Aguiar estiveram Lydia Savage (University of Southern Maine),Elizabeth O’Connor (Universidad de Mexico) e Jamie K. MacCallum (Middlebury College). Fa-zer face ao neoliberalismo e mundialização, eis o desafio que se coloca aos trabalhadores e res-petivos sindicatos e que estes especialistas tentaram numa abordagem universitária encontrarnovas formas de resolução.

Como curiosidade, diga-se que entre as dezenas de universitários e sindicalistas presentes,também interveio Gabriel Nadeau-Dubois.

Luís Aguiar no decorrer da sua palestra. Foto LusoPresse.

Depois de Buenos Aires, em Junho passado, Luís Aguiar repetiu Montreal, como a-conteceu em novembro de 2011. Foto LusoPresse.

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Médicos de Portugal para o BrasilO governo brasileiro está neste momento a ponderar a entrada no país de mé-

dicos estrangeiros, sobretudo oriundos de Portugal, mas também de Espanha, avança oDiário Digital.

Com carência no setor, o Brasil estuda facilitar a entrada de médicos no país, princi-palmente devido a falta de profissionais que tem. Com um índice de 1,8 médicos por cada1 000 habitantes, o Governo brasileiro tem como meta alcançar a média de 2,5 em 2020.Mas, até lá, é necessário mão-de-obra especializada.

“A melhor opção é sempre formar médicos mas, neste momento, o Brasil atrai mui-ta mão-de-obra qualificada e isso é interessante para o país. Na medicina são necessáriosseis anos de formação e a verdade é que temos uma carência de médicos”, reconheceu oministro da Educação, Aloizio Mercadante, que revelou ainda no domingo, em Espanha,que o Governo brasileiro está a criar 1 600 novos lugares nas faculdades públicas.

Segundo o diário Folha de São Paulo, o Governo brasileiro avalia neste momentocerca de 900 diplomados estrangeiros. No ano passado, das propostas recebidas, apenas10% foram aprovadas. L P

Cozinha Portuguesa e Mediterrânea desde 1988

A nossa Gerência e os nossos chefes convidam a Comunidade Portuguesa a fazer-nos uma visita.

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O gosto de Portugal

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Page 14: Vol. XVI • N° 277 • Montreal, 22 de novembro de 2012 ...lusopresse.com/2012/277/Textos corrigidos/WEB_LusoPresse22nov2012.pdf · 0TWVY[H[L\Y +PZ[YPI\[L\Y 0TWVY[LY +PZ[YPI\[VY

Página 1422 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

PORTUGUESES...Cont. da pág. 1

EDITORIAL...Cont. da pág 1

EMPOBRECEM...Cont. da pág. 2

iniciados que trabalharam para Goldman Sachscomo, por exemplo: Mario Dragai, MarioMonti, Karl Evan Mire, Peter Sutherland, JonCorzine, Robert Zoellick, Ben Bernanke,(Hank Paulson, Robert Robin ex-secretáriosde estado americanos), Mark Karney, um talAntónio Borges, Rajat Gupta, e Loukas Papa-demos. Este último preparando a entrada daGrécia para União Europeia um ano depois,tendo sido também presidente do Banco Cen-tral Europeu.

Quanto a Rajat Gupta, o pobre, porquenão sendo europeu nem americano, foi conde-nado a dois anos de prisão em Nova Iorque,mais cinco milhões de multa. E os outros?

A integração dos 27 países europeus nãopode ser feita em nome da pobreza e da humi-lhação dos povos europeus. Os postos chavesdo controlo da Finança mundial não podemser controlados por bandidos especuladoressem escrúpulos!

A Europa não pode ser apenas apanágiode uma economia, é preciso que haja coerênciasociopolítica e cultural, para que uma outra es-trutura possa nascer de Confederação Euro-peia, ou uma Confederação de Estados euro-peus possa emergir depois desta roubalheira?O egoísmo dos dominantes e poderosos nãopode continuar.

Atualmente é preciso uma consciência po-lítica esclarecida, que esteja acima dos chauvi-nismos nacionalistas, remetendo para a res-ponsabilidade da democracia dos povos, pro-blemas que ele não provocou acusando o povogrego de não querer trabalhar, como que ascoisas sejam assim tão simples!

Muitos dos nossos governantes e a popu-laça, utiliza ignorância e demagogia barataquando certos governantes nos tentam comeras papas na cabeça ao nos compararem aosgregos diminuindo-os, querendo assim con-vencer-nos que nós estamos melhor que a Gré-cia. Estas comparações de países são semprefeitas a partir da pirâmide, nunca a partir da ba-se, que é o povo grego.

Esperemos que o pessimismo do nossogrande pensador Eduardo Lourenço não pre-valeça e faça eco positivo em benefício de Por-tugal, quando nos diz que “à maintes égards”,em proporção, a cultura europeia é uma culturamorta”...

Ref.: Wikipédia, jornal “Le Devoir” – 25/10/2012.

Reportagem RDI, às 20 horas e trinta – 22/10/2012.

Capitalismo Fora da Lei (Albin Michel, MarcRocha 2010).

As Sociedades da Europa do XX ao XXI Século.Armand Colin (Goran Therborn 2009).Eduardo Lourenço (A Europa não Achada, “In-

trouvable”).Métailié essais, Paris 2010.Jornal Voz de Portugal – julho 1993.Nós e a Europa: Ressentimento e Fascínio.Jornal Expresso, junho 1987.

brado para 2013, isto é, de comprimir as despe-sas ao mesmo montante das receitas, uma me-dida que a maioria dos observadores financeirosconsidera como do «wishful thinking», vistoque as previsões não têm em conta a conjun-tura económica mundial deveras periclitante.A baixa de preços dos minerais na Austrália,são mesmo de mau agouro para o aumentodas receitas com que o Partido Quebequense(PQ) contava para a sua re-estruturação do Pla-no Norte – deixado em herança pelos liberais.Alias, ao contrário do que foi apregoado duran-te a campanha eleitoral as companhias minei-ras, neste orçamento, não verão aumentadosos impostos sobre os lucros nem sobre o mi-neral extraído. No campo dos investimentosprivados duas medidas ressaltam contudo. Aabolição das regalias aos brevets das farmacêu-ticas e umas «férias fiscais» de dez anos para osgrandes investimentos, superiores a 300 mi-lhões de dólares.

Outra herança do Partido Liberal do Que-beque, a taxa de saúde, que durante a campanhaeleitoral os pequistas tinham prometido abo-lir, será finalmente mantida tal e qual até aofim deste ano, e em 2013 será modelada emfunção do rendimento do contribuinte.

Para a Hydro-Québec este orçamento tam-bém não anuncia nada de bom. Para além da a-bolição de 2 mil postos de trabalho, para com-pensar as percas com a exportação da eletrici-dade para os Estados Unidos, o ministro dasFinanças resolveu reduzir o aumento das tarifasde eletricidade previstas pelo antigo governo.Esta decisão vai traduzir-se num aumento anualde 1,1%, correspondente à inflação, o que re-presenta um aumento de cerca de 10 dólarespor mês para um proprietário duma casa de ta-manho médio.

O Fundo das Gerações, criado pelo PLQpara proporcionar uma reforma decente às futu-ras gerações, que o PQ tinha prometido abolir,não só vai ser conservado mas irá receber maisuma dotação de mil milhões de dólares duranteo exercício de 2013-2014.

No campo dos particulares assinale-se oaumento dos impostos dos altos assalariados.Os rendimentos superiores a cem mil dólaresanuais terão um aumento de 1,75 por cento,assim como os fumadores e os consumidoresde álcool serão obrigados a partilhar o fardofiscal com um aumento das taxas sobre o preçodo tabaco e das bebidas alcoólicas.

Após a apresentação deste orçamento, osegundo partido da Oposição, a CAQ (Coal-lition Avenir Québec), pela voz do seu líderFrançois Legault, declarou que os seus depu-tados irão votar contra a aprovação do Orça-mento, alegando que as propostas do ministrodas Finanças, Nicolas Marceau, iam contra aspromessas feitas pelo Partido Quebequense(PQ), o que equivale a dizer que este partidoganhou as eleições sob falsas representações.

verificado casos de portugueses que são repa-triados imediatamente após a sua chegada co-mo turistas a um aeroporto canadiano, devidoà suspeita da intenção de emigração para finslaborais”.

Questionado sobre um eventual aumentodo fluxo de portugueses no Canadá, tendo emconta a crise económica vivida em Portugal,Pedro Moitinho de Almeida elucidou que “a

Embaixada de Portugal e os consulados-geraissó têm conhecimento da vinda dos portugue-ses que os contactem ou que neles se inscre-vam.

Não é, assim, possível ter uma ideia exatado volume de emigração nesta altura”, disse.

É a busca de emprego que principalmentemove os portugueses a emigrarem, procurandono caso do Canadá um estatuto legal de “traba-lhador qualificado ou especializado”, quer aonível federal, quer provincial.

O pedido de imigração é um processocomplexo e moroso, podendo obrigar a anosde espera por uma resposta, que pode ser nega-tiva.

Segundo informações recolhidas juntodos serviços de Imigração federal na Embaixa-da do Canadá em Paris, que centraliza a imigra-ção numa área geográfica que inclui Portugal, adecisão de um processo entregue por um can-didato a trabalhador qualificado federal está ademorar 33 meses (ou seja, quase três anos),para pedidos entrados desde novembro de2008 a junho de 2010, ou pode ir até 63 meses(pouco mais de cinco anos) para requerimentosanteriores a fevereiro de 2008.

Além dos que procuram um emprego, háoutros portugueses a emigrarem para o Canadápor razões de reunificação com familiares járadicados, de estudo e em resposta a ofertas deemprego, mas esses são em menor número.

Assinale-se que só a residência permanen-te ou a nacionalidade garantem o direito a estardefinitivamente no Canadá e a usufruir dossistemas de Segurança Social e de Saúde.

“Em 2011, o Canadá concedeu residênciapermanente a um total de 248.748 pessoas,valor que se situa dentro do intervalo fixadopara o ano, de 240 mil a 265 mil”, declarou àLusa Julie Lafortune, responsável do Ministériode Imigração federal.

No total de residentes permanentes admi-tidos no ano passado, as duas maiores parcelassão as relativas às categorias dos chamados“imigrantes económicos” e da “classe fami-liar”, representando, respetivamente, 62,8 e22,7 por cento.

É a categoria dos “imigrantes económi-cos” que integra os trabalhadores qualificados(quer se candidatem individualmente ou junta-mente com as famílias), os imigrantes da “Clas-se de Experiência Canadiana” (trabalhadoresestrangeiros temporários ou estudantes estran-geiros que obtiveram diplomas no Canadá eque receberam residência permanente), assimcomo investidores e empresários imigrantes,entre outros.

O Governo canadiano quer agora favore-cer os imigrantes da “Classe de ExperiênciaCanadiana’’ e está a diminuir o número de imi-grantes na categoria de “Trabalhador Qualifica-do Federal”, anunciando para breve critériosmais seletivos.

Exemplo elucidativo é o tempo de decisãodos processos de imigração no âmbito da“Classe de Experiência Canadiana’’, que é de14 meses, sendo todos analisados no Canadá.

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Pelo seu lado, o antigo ministro das Fi-nanças e atual candidato à liderança do PartidoLiberal do Quebeque (PLQ), Raymond Ba-chand, afirmou, em resposta ao Orçamento,que o seu partido ia tomar uma posição respon-sável. Sabendo-se que o partido está em cam-panha eleitoral para escolher um novo diri-gente, é de concluir que os Liberais não estãoem condições de derrubar o presente governoo que aliás seria mal visto pelo eleitorado, apósapenas dois meses de governança pequista.

COCOCOCOCONSELHO DNSELHO DNSELHO DNSELHO DNSELHO DAS COMUNIDAS COMUNIDAS COMUNIDAS COMUNIDAS COMUNIDADESADESADESADESADESReúne no final do mês

MACAU, China - O Conselho Permanente dasComunidades Portuguesas vai reunir-se no final destemês, em Lisboa, e discutir o parecer final sobre a novalei do Conselho das Comunidades, disse à agência Lu-sa o presidente daquele órgão, Fernando Gomes.

“As últimas comissões vão reunir em breve como secretário de Estado e esta reunião que se realizará a28, 29 e 30 de novembro servirá para que seja definidoum parecer sobre a proposta de alteração da lei queprecisa de ser ajustada a uma nova realidade”, salientouFernando Gomes, destacando “algumas limitações defuncionamento prático” no atual modelo.

Entre as questões que o Conselho Permanentevai abordar está a da tutela do Conselho das Comuni-dades, atualmente a responder diretamente ao Secre-tário de Estado das Comunidades, mas sobre a qualexiste uma proposta para que passe para a Assembleiada República.

Fernando Gomes disse que tem noção de even-tuais dificuldades em proceder à mudança no quadroatual definido que está o Orçamento de Estado, masdefendeu maior agilização da atuação do Conselhopara que este seja mais útil ao país.

“Temos de analisar todas as vertentes, todas aspossibilidades e defender um quadro que seja benéficopara o funcionamento do Conselho das Comunidadese seja útil ao país enquanto mecanismo de consultaque pode ajudar na definição de muitas políticas, mastambém pode ser um mecanismo de promoção donome de Portugal no espaço de cada uma das comuni-dades representadas”, concluiu.

A reunião do Conselho Permanente do Conselhodas Comunidades Portuguesas, que estava inicialmenteagendada para os dias 08, 09 e 10 de outubro, em Lis-boa, foi cancelada em setembro por falta de verbas,anunciou na altura Fernando Gomes.

Num “correio electrónico aberto”, o presidentedaquele órgão afirmava que foi “com enorme pasmar”que recebeu uma carta do Gabinete de Ligação ao Con-selho das Comunidades Portuguesas (CCP) informan-do do cancelamento do encontro nas datas previstaspor “insuficiência de verba”.

Sobre a possibilidade colocada então pelo gabine-te de realizar a reunião até final do ano, Fernando Go-mes questionou a utilidade do encontro.

“O órgão de gestão e executório do Conselhodas Comunidades não reúne por reunir e o ‘timing’ deoutubro não foi à toa”, explicou, salientando que, na-quele mês, “são apresentadas as primeiras iniciativasparlamentares e que o próprio Governo está a elaboraro orçamento”. L P

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Página 1522 de novembro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

“O jornal para saber quem somos!”

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