Volume 05 - setembro de 1977

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INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS FLORESTAIS CONVÊNIO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPTO. SILVICULTURA – ESALQ E INDÚSTRIAS LIGADAS AO SETOR FLORESTAL BOLETIM INFORMATIVO ESPECIAL CURSO DE ATUALIZAÇÃO: HERBICIDAS EM FLORESTAS VOLUME I Piracicaba (SP) – 27 a 30/setembro/1977 Volume 5 N o 15 Setembro, 1977 Circ. Interna Pág. 1-194 Colaboração: ELANCO Produtos Agro Pecuários e Industriais

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  • INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS FLORESTAIS

    CONVNIO:

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO DEPTO. SILVICULTURA ESALQ

    E

    INDSTRIAS LIGADAS AO SETOR FLORESTAL

    BOLETIM INFORMATIVO ESPECIAL

    CURSO DE ATUALIZAO: HERBICIDAS EM FLORESTAS

    VOLUME I

    Piracicaba (SP) 27 a 30/setembro/1977

    Volume 5 No 15 Setembro, 1977 Circ. Interna Pg. 1-194

    Colaborao: ELANCO Produtos Agro Pecurios e Industriais

  • S U M R I O Volume I PLANTAS DANINHAS E MATOCOMPETIO Hlio Garcia Blanco

    1. Importncia das Plantas Daninhas 2. O que so Plantas Daninhas 3. Efeitos prejudiciais do mato 4. Fatores que aumentam ou diminuem a Matocompetio 5. Porque certas plantas tem maior capacidade em retirar do meio ambiente os

    fatores ao seu desenvolvimento e produo 6. Anlise da Matovegetao 7. Classificao das plantas daninhas e estimativas matoflorsticas 8. Bibliografia complementar

    INTERAES HERBICIDA-PLANTA Paulo Nogueira de Camargo

    1. Introduo 2. O ciclo de vida da planta 3. Estrutura Simplstica 4. Classificao Fisiolgica dos Herbicidas 5. Organizao Morfolgica 6. Interaes Fitotxicas 7. Interaes Desfitotoxicantes 8. Surfatantes 9. Seletividade 10. Bibliografia consultada

  • PLANTAS DANINHAS E MATOCOMPETIO

    Hlio Garcia Blanco* 1. Importncia das Plantas Daninhas Segundo CRAFTS & ROBBINS (1962). as pragas da agricultura so: a. doenas dos animais; b. doenas vegetais; c. insetos, nematides, caros, roedores e demais animais predatrios; d. matos ou plantas daninhas, sendo que este ltimo grupo tm possibilidade de causar as maiores perdas produo agrcola, em razo das plantas daninhas estarem sempre presentes e as outras pragas serem de freqncia varivel. O quadro 1 quantifica as perdas de produo (em porcentagem)na Amrica do Sul. de diversos cultivos. em decorrncia da incidncia de parasitas animais (insetos. nematides, roedores, etc.), doenas vegetais (fngicas, bacterioses, viroses) e concorrncia das plantas daninhas. Esses dados, apesar de no concordarem inteiramente com a afirmativa de CRAFTS & ROBBINS, provavelmente porque os dados so ainda em nmero insuficiente, mostram. ainda assim, a situao de importncia ocupada pelas espcies de plantas daninhas, quanto s perdas ocasionadas na produo de diferentes culturas. As perdas de produo causadas pelos 4 grupos citados por CRAFTS & ROBBINS e mais "eroso-inundaes", so, tambm, evidenciadas Cmara pela de Comrcio dos Estados Unidos da Amrica do Norte, no Quadro 2, no qual as plantas daninhas aparecem como maior fator de perda. Nos Estados Unidos. IRVING (1967) estimou que os agricultores gastam cerca de 2,5 bilhes de dlares por ano na luta contra as plantas daninhas, em contraste com US$ 430 milhes no controle de insetos de culturas e US$ 230 milhes com doenas vegetais. Um outro dado que se poderia apresentar aquele preparado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre as perdas estatsticas que ocorrem na agricultura e que resulta no Quadro 3.

    * Pesquisador Cientfico da Seo de Herbicidas, do Instituto Biolgico, Campinas, C.P. 70, SP, Brasil

  • Quadro 1. Produo e perdas de produo de cultivos na Amrica do Sul. Quadro preparado por BLANCO (1972) a partir de dados extrados de CRAMER (1967).

    Produo (milhes ton.) Perdas (em %) causadas por Produto

    Efetiva Potencial Parasitos animais

    Doenas vegetais

    Plantas daninhas

    Trigo Aveia Cevada Centeio Arroz Milho Hortalias Frutferas Cana-de-acar Ch Algodo (fibra) Algodo (semente) Amendoim Fumo Soja

    13.063 1.040 1.500

    725 7.470

    19.057 35.326 13.725

    117.070 16

    980 1.800 1.160

    344 530

    17.894 1.465 2.027

    826 9.396

    31.762 46.576 20.179

    209.503 19

    1.581 2.308 1.818

    513 740

    4,0 3,0 5,0 0,0 3,5

    20,0 5,7 5,4

    15,0 5,0

    15,0 10,0

    4,4 15,0

    4,0

    13,0 15,0 11,0 2,8 6,0

    10,0 15,6 23,4 20,0 3,0

    18,0 8,0

    20,7 10,0 11,0

    10,0 11,0 10,0

    9,4 11,0 10,0

    2,9 3,1 9,0 7,0 5,0 4,0

    11,1 8,0

    13,4 Perdas mdias 7,6 12,5 8,3 Quadro 2. Estimativas de perdas. Dados da Cmara de Comrcio dos Estados Unidos da Amrica do Norte, 1942 a 1957.

    Perdas causadas por: Milhes de dlares Eroso e inundao Insetos (em todas as culturas) Doenas vegetais (todas as culturas) Doenas de gado Plantas daninhas (terras agrcolas)

    1.512 1.065 2.192 1.847 3.747

    Quadro 3. Perdas na agricultura em 1954, nos Estados Unidos da Amrica do Norte.

    Fontes Porcentagem do total Eroso Insetos Doenas: Plantas Animais Plantas daninhas (somente terras agrcolas)

    13,6 9,6 26,3 16,7 33,8

    Por essa razo que desde 1967 o consumo de herbicidas nos Estados Unidos da Amrica maior que qualquer outro defensivo agrcola. Um dado recente mostra a situao de utilizao, por classe de defensivos, nos Estados Unidos (quadro 4).

  • Quadro 4. Utilizao de defensivos agrcolas nos Estados Unidos da Amrica do Norte. CHEM. WEEK. (1974). Classes de defensivos Porcentagem de uso Fungicidas Inseticidas Herbicidas

    7,0 36,0 57,0

    necessrio ressaltar que as perdas que ocorrem na agricultura provocadas pelas plantas daninhas variam com a estao do ano, com as culturas plantadas, com a regio de plantio, e com o grau de agricultura que processada. Devido ao clima e um manejo pobre na agricultura, as regies tropicais do mundo provavelmente devero ter essas perdas aumentadas. 2. O que so plantas daninhas? 2.1. Conceitos Todos os conceitos de planta daninha ou mato so estabelecidos baseados no relacionamento da planta com as atividades ou desejos humanos. Exemplo: Lantana cmara L. (cambar-de-espinho), includa entre as 10 principais espcies daninhas do mundo inteiro, hoje cultivada como planta ornamental em residncias de luxo. razo disto que o conceito de mato relativo e depende inteiramente da importncia econmica que o homem d quela espcie. naquele momento ou naquele ambiente. Por isso so comuns definies de planta daninha como "uma planta fora do lugar", ou "uma planta indesejvel, ou uma planta que ocorre onde no desejvel, ou uma planta sem valor econmico, ou uma planta que compete com o homem pelo solo. So conceituaes que envolvem sempre carter econmico, ou de indesejabilidade. Por essas definies uma planta de trigo que germinasse em uma lavoura de soja seria considerada planta daninha. Outras definies dentro do mesmo sentido poderiam ser elaboradas: "plantas nocivas, sem utilidade, ou txicas", "plantas cuja importncia econmica ainda no foi descoberta". etc.. E necessrio que se d a esses organismos um conceito adequado. Na realidade essas plantas tm grande importncia na manuteno do meio ambiente que o homem sempre procura destruir. Plantas daninhas so plantas que crescem melhor em ambientes ou ecossistemas que foram perturbados pelo homem. So espcies que devido s suas caractersticas de adaptao, rapidamente cobrem um solo que foi perturbado pelo homem, protengendo-o contra a eroso. Elas constituem um elo importante na reconstituio de um climax ecolgico destrudo pelo homem. Se no fossem essas espcies provvel que o homem j tivesse acabado com grande parte do solo agrcola. Felizmente, as plantas daninhas acompanham sempre o homem na sua caminhada de modificador do ambiente. Um aspecto que deve ser esclarecido na parte de conceituao sobre os termos como so conhecidos popularmente essas plantas. Os termos "erva daninha" ou "erva m" so expresses inadequadas porque inmeras plantas consideradas daninhas no so herbceas; o mesmo critrio se aplica ao termo "malerba", introduzida da lngua italiana (MESTICA, 1946), que aglutinao de mala erba (m erva), sendo pois, sinnimo de "erva m". "Plantas invasoras" um termo que d idia de movimento, de plantas que vieram de fora. condio que nem sempre corresponde realidade, pois inmeras plantas daninhas ocupam uma determinada rea atravs de dissemnulos j existentes naquela rea.

  • Alguns autores insistem em dividir esse Grupo de plantas em "plantas invasoras" e "plantas no invasoras" baseando-se, unicamente, na abundncia (quantidade) e no grau de frequncia com que esses organismos aparecem nas reas cultivadas. Esquecem eles que o conceito de planta daninha econmico e que uma determinada espcie poder ocorrer em pequeno nmero ou de modo ocasional, causando, no obstante, prejuzos vultosos por conter algum princpio txico aos animais ou por ser hospedeiro de doenas, insetos ou nematoides de plantas cultivadas. No caso especfico de reas de florestas, diversas gramneas e arbustos silvestres, que ocupam as reas destinadas aos aceiros, contribuem para a propagao do fogo, sem serem, entretanto, classificados por aqueles autores como plantas invasoras, Por essa razo a expresso "planta invasora" deve ser evitada. A definio agronmica para planta daninha que englobaria todo o sentido que se encontra no seu conceito e que propomos aqui seria "qualquer planta que ocorre de modo espontneo e prejudicial em locais relacionados com as atividades agropecurias do homem". Por esta definio, qualquer planta silvestre que ocorra quer seja em uma rea cultivada, ou em uma pastagem ou um campo natural que serve de pasto para animais, ou em um reservatrio de gua, ou em uma rea reflorestada, ou at mesmo nas margens dos caminhos que servem a uma propriedade agrcola, ou sobre uma rede eltrica .... e que de qualquer modo interferem com a explorao agrcola trazendo prejuzos, direta ou indiretamente, deve ser considerada uma planta daninha. Por isso o termo "mato" proposto por CAMARGO (1971) para designar essas espcies realmente o mais apropriado, pois mato designa vegetao silvestre, que nasce espontneamente, sem cuidados, causando problemas de ordem econmica, de sanidade ou esttica, ao homem. Assim essas espcies devem ser denominadas de "plantas daninhas" ou "mato" ou "espcies de mato" ou "planta infestante", pois o termo infestante trs, em si, a idia de um organismo invasor de um espao ocupado por outro, trazendo-lhe prejuzos; d idia de nocividade. 2.2. Origem das Plantas Daninhas O homem, provavelmente, to responsvel pela evoluo do mato como pela evoluo das culturas. A maioria das espcies atuais de mato no existia antes da agricultura; provvel que elas tenham evoludo junto com as culturas e em alguns casos podem ter sido os ancestrais de variedades cultivadas hoje. O homem primitivo j se alimentava de razes, tubrculos, folhas, calmos, sementes de plantas silvestres. Com o correr do tempo o homem foi selecionando aquelas que apresentavam maior rendimento, tendo ento, que cerc-las de cuidados especiais, pois o aumento de rendimento no acompanhou um aumento de capacidade competitiva, que possuam originalmente. Antes do homem como agente perturbador do ambiente, diversos acontecimentos naturais, como a glaciao, foram os causadores da destruio da vegetao estabelecida e, por conseguinte, do aparecimento das espcies de mato. Em resumo, o mato se originou de espcies silvestres que perderam seus ecossitemas originrios, e foram, por longo tempo, adaptadas a locais cuja vegetao foi perturbada por fenmenos naturais; e tambm, de novas espcies ou variedades que evoluram com o desenvolvimento da agricultura. 3. Efeitos prejudiciais do mato O mato causa perdas na agricultura pelos seguintes modos:

  • a. diminuio da produo por competio; b. diminuio da produo por intoxicao de animais; c. diminuio da produo por hospedarem insetos, nematides e organismos

    causadores de doenas vegetais; d. diminuio da qualidade do produto agrcola; e. diminuio do espao dos reservatrios de gua e canis de irrigao; f. aumento dos custos de produo.

    3.1. Matocompetio O efeito primrio e principal que as plantas daninhas apresentam, porm, o efeito de matocompetio. As perdas por matocompetio podem ser enfatizadas pelo quadro 5 apresentado, a seguir, preparado com dados obtidos no Instituto Colombiano Agropecurio (ICA) e por BLANCO et alii. Quadro 5. Perdas de produo por matocompetio. Dados de 13 anos de pesquisas do Instituto Agropecurio da Colmbia (1970) e obtidos por BLANCO et alii a partir de 1968.

    Perdas de Produo % I.C.A. Cultura

    amplitude mdias BLANCO et alii Algodo Arroz Batata Caf Cana-de-acar Cenoura Citrus Feijo Milho Soja Trigo

    0 a 39 30 a 73 0 a 53

    - - - -

    15 a 88 10 a 84

    - 0 a 90

    31 54 16 - - - -

    51 47 -

    29

    94 - -

    53; 77 86 100 41 77

    27; 28; 37; 41; 46; 47; 83 42; 45; 89

    - Percebe-se, claramente, pelos dados apresentados no Quadro 5, porque o efeito da matocompetio aquele considerado o mais importante: em certos casos se a matocompetio no for evitada, os prejuzos, praticamente, sero totais como acontece nas culturas da cenoura, ,algodo, feijo, e em alguns anos em caf, milho e soja. Observa-se, tambm, que os efeitos da matocompetio variam no somente com a cultura, mas, tambm, dentro de uma mesma cultura. 4. Fatores que Aumentam ou Diminuem a Matocompetio Diversos autores do nfase aos fatores que modificam os resultados da competio que as plantas daninhas imprimem as culturas. O conhecimento desses fatores so importantes porque o homem de posse deles pode interferir no equilbrio da competio, favorecendo o brao da balana que suporta a planta cultivada. Para CUYKENDE (1964) esses fatores so a densidade de infestao do mato, o perodo de competio, o nvel de

  • fertilidade e o teor de umidade do solo. NIETO & STANIFORTH (1961) estudando a matocompetio na cultura do milho, relatam que o resultado das perdas de produo dependem da densidade de infestao do mato, da densidade de populao da cultura, do nvel de nitrognio no solo e da umidade do solo. BLANCO et alii (1976) nas condies de Campinas, Estado de So Paulo, demonstraram que a competio do mato no milho, quando se fixa a lotao da cultura para 50.000 plantas/ha depende da densidade de infestao do mato, da adubao nitrogenada, e do perodo de competio. Baseado em BLEASDALE (1960), BLANCO (1972) apresenta uma esquematizao desses fatores, dos quais depende o grau de competio (Figura 1). Em outras palavras, o grau de competio depender das espcies que esto em confronto, da densidade de populao dessas espcies e do perodo em que essas espcies permanecem juntas, competindo (perodo de competio), fatores esses que podem ser modificados por prticas culturais, como araes bem feitas e profundas, por adubaes adequadas e em pocas certas, pelas condies fsicas e de fertilidade do solo, e pelas condies de clima, principalmente no que se refere as chuvas que ocorrem durante o ciclo da cultura. Um exemplo que mostra que o resultado da competio funo da espcie que est competindo demonstrado pelo Quadro 6. Por esse quadro, alm de se verificar que as perdas de arroz produzidas pela matocompetio dependem da espcie de mato, observa-se, tambm, que os resultados variam com a fertilidade do solo. Deve-se chamar a ateno para a espcie Echinochloa crusgalli L. (capim arroz), que uma gramnea anual muito abundantee altamente nociva tambm no Brasil, onde infesta culturas de algodo e amendoim, alm da cultura de arroz (BLANCO, 1975). Figura 1. Representao esquemtica da competio encontrada por um indivduo (planta) segundo BLEASDALE (1960) modificado por BLANCO (1972).

  • Quadro 6. Perdas de produo (%) de arroz, em Taiwan, causadas pelas 5 mais importantes espcies de mato da regio. Densidade: 100 plantas de mato/m2. CHANG, W.L. (1969)

    Fertilidade Espcies

    Alta - % Baixa - % Echinochloa crusgalli Monochoria vaginalis Cyperus difformis Marsilea cuadrifolia Spirodela polyrhiza

    85,5 31,2 73,6 56,5 8,5

    76,1 25,4 49,1 45,1 10,6

    O quadro 7, preparado a partir de dados de diversos autores, apresenta as perdas de produo em porcentagens, em diversas variedades de arroz, e condies diferentes de fertilidade. Verifica-se que as perdas sofridas variam com a variedade cultivada. Quadro 7. Perdas de produo (%) de diversas variedades de arroz. Densidade de mato constante e igual a 200g peso seco/m2.

    Perdas de Produo Arroz

    Fertilidade Ano Variedade Alta (%) Baixa (%)

    Fonte

    1969 IR 8 H 4

    24,5 32,8

    30,0 26,2

    DE DATTA et alii

    1965 1966

    Shiranuhi Shiranuhi

    19,0 9,6

    18,2 NODA et alii

    1968 Nihonbare 23,0 MATSUNAKA A densidade do mato outro fator que influi no grau de competio. ZAKHARENK investigando sobre a habilidade competitiva das espcies invasoras aos cultivos em relao aplicao de herbicidas, mostra que a produo de uma cultura aumenta inversamente com o grau de infestao das espcies daninhas. Prope a frmula Yx = Yo.ax, onde Yx a produo de uma cultura infestada de mato, x a infestao (em nmero ou peso das espcies por unidade de rea), Yo representa a produo de uma rea livre de mato e a um coeficiente (

  • Quadro 8. Perodo de competio do mato em diversas culturas. Dados obtidos no Brasil.

    Perodo de competio

    Cultura Com incio na emergncia da

    cutlura

    Aps a emergncia da

    cultura

    Fonte

    Algodo 35 dias BLANCO et alii (1978) Arroz 30 dias DEUBER et alii (1972) Cana-de-acar (cult. de 1 ano)

    3 4 meses 3 meses

    3 ms 2 e 3 ms

    AZZI et alii (1968) BLANCO et alii (1977)

    Caf (cult. em formao)

    outubro fevereiro

    BLANCO et alii (1976)

    Cebola (transplante) 55 dias

    20 aod 55 dia

    DEUBER et alii (1972)

    Cenoura 20 dias 20 dias

    BLANCO et alii (1971) Pitelli et alii (1976)

    Feijo 20 dias 30 dias

    BLANCO et alii (1969) VIEIRA (1971)

    Milho 30 dias 30 ao 45 dia BLANCO et alii (1976) Soja 50 dias BLANCO et alii (1973) Citrus

    dezembro - maro

    BLANCO et alii (1976)

    No quadro 8 os dados da coluna que apresenta os perodos de matocompetio, a partir da emergncia da cultura, so importantes para a escolha dos herbicidas de aplicao em pr-emergncia pois indicam a durao do efeito residual que esses produtos devero ter; os dados da 3. Coluna servem de orientao de quando devem ser aplicados os herbicidas de contato, isto , aqueles que so aplicados aps a emergncia da cultura. Dados de experimentao obtidos por BLANCO et alii (1976), demostram que, para o milho, a matocompetio pode ser neutralizada quando o matocontrole se faz nos primeiros 30 dias do ciclo da cultura, ou quando se realiza do 30 ao 45 dia. O quadro 9 mostra parte desses resultados. Chama-se a ateno que os resultados da competio variaram conforme o ano em que foram obtidos, e foram funo da densidade do mato existente nos locais dos experimentos.

  • Quadro 9. Produo de milho em funo do perodo de controle do mato. BLANCO et alii, 1976.

    Produo: kg/ha Tratamento em relao ao controle do mato 1971 1972 1973

    Perdas mdias na produo em %

    1. Sem controle todo o ciclo 2. controlado durante 15 dias 3. controlado durante 30 dias 4. controlado durante 45 dias 5. controlado durante 60 dias 6. controlado todo o ciclo

    1.989,0a 2.241,7a 3.172,7a 3.242,5a 3.055,0a 2.735,2a

    2.547,0a 5.138,7b 4.465,2b 4.612,2b 4.291,7b 4.459,7b

    1.373,5a 2.052,7a 3.659,7b 4.330,5b 3.812,5b 3.958,5b

    49,5 19,3 3,4 0,0 4,6 0,0

    Densidade do mato: plantas/m2

    - Gramneas - Dicotiledneas

    57 23

    179 40

    315 14

    Total 80 219 329 A densidade de plantio das culturas um fator que no pode ser desprezado nos resultados da competio. Exemplo: O milho um grande competidor com as espcies infestantes, porm promove uma competio inter-especfica muito grande. As maiores produes de milho so alcanadas com ndices populacionais variando de 12.000 a 16.000 plantas por acre. Nmeros maiores ou menores que esses provocam uma diminuio na produo. Dentro daqueles ndices, valores mais altos de populao foram necessrios para diminuir os efeitos competitivos do mato. As prticas culturais interferem no grau de competio. STANIFORTH (1963) verificou que a aplicao de nitrognio tende a diminuir os efeitos da competio que a Setaria lutescens imprime ao milho. Irrigao suplementares tambm provocam redues na competio. Entretanto, altos nveis de fertilizao no cobriram os efeitos depressivos da competio dada por Agropyron repens ao milho (1964). NIETO & STANIFORTH (1961) observaram que em solos com baixos teores de nitrognio (condies do estado de Iowa), o aumento de produo de parcelas infestadas por Setaria lutescens e S. viridis provocado pela adubao nitrogenada, superior e significativo, quele obtido em parcelas em que apenas se controlou o mato. Sugerem que mais conveniente a aplicao de nitrognio que de herbicidas, nesses casos, para obteno de aumento de produo. BLANCO et alii (1976), para nossas condies, revelam que, mesmo em dosagens altas de N, a competio do mato na cultura do milho, contnua a ocorrer porm, para se obter produes equivalentes a 4.000 kg/ha, ou se faz o controle do mato mais uma adubao suplementar de 40 kg/ha de N em cobertura ou no se controla o mato e aumenta-se essa adubao para 100 kg/h de nitrognio. Em concluso, todos esses fatores devem ser estudados atravs de experimentao apropriada para que as culturas sejam auxiliadas pelo homem na sua luta contra as plantas daninhas. 5. Por que certas plantas tem maior capacidade em retirar do meio ambiente os fatores ao seu desenvolvimento e produo? At aqui nos preocupamos em demonstrar que as plantas daninhas competem com as plantas cultivadas com graves prejuzos para essas ltimas.Verificamos, tambm, que

  • diversos fatores influem para que essa competio seja mais branda ou mais intensa. Porm, continua no ar a pergunta: Por que as plantas daninhas apresentam maior capacidade competitiva que as plantas cultivadas? A conceituao de competio poder esclarecer essa questo. 5.1. Competio Conceitos Em Ecologia entende-se como competio o relacionamento entre indivduos de espcies iguais, ou diferentes, que, crescendo em um mesmo ambiente leva uns morte para que outros possam sobreviver. O conceito agronmico ou, fisiolgico de competio. porm, diz respeito s diferenas de eficincia que os indivduos possuem em retirar, de um suprimento limitado, os fatores para o seu crescimento e reproduo. Pelo prprio conceito de competio conclue-se que s espcies de mato devem apresentar certas diferenas das plantas cultivadas que lhes conferem maior capacidade ou eficincia na luta pelos fatores necessrios ao desenvolvimento das plantas. Quais seriam esses fatores e quais seriam essas diferenas de eficincia? 5.2. Fatores de competio As plantas daninhas concorrem com as plantas cultivadas em luz, nutrientes, gua e CO2 e esses so os chamados fatores de competio, porque so os fatores do meio ambiente pelos quais as plantas competem. Porm o que torna uma planta mais eficiente para vencer a competio pelos fatores do meio ambiente so as caractersticas que essas plantas apresentam. Essas caractersticas so de ordem bioqumica ou fisiolgica, hoje consideradas as mais importantes e que esto relacionadas com a competio pelo CO2 ou esto ligadas reproduo dessas espcies. Essas ltimas tm sido conceituadas por muitos autores como "fatores de agressividade" . 5.3. Diferenas de eficincia das plantas na competio de carter fisiolgico: Bases bioqumicas da competio 5.3.1. Competio por CO2 e luz A produo ou crescimento das plantas verdes uma funo da assimilao do carbono no processo fotossinttico. Embora o crescimento da planta seja afetado por vrios outros fatores do meio ambiente e por fatores fisiolgicos (translocao, transpirao, suprimento de minerais e equilbrio entre sntese e armazenamento) provavelmente o crescimento determinado principalmente pela capacidade de fixar CO2. Logicamente a capacidade de retirar CO2 do ar um fator importante na competio entre as plantas. As plantas daninhas crescem rapidamente por sua habilidade em assimilar CO2 em altas taxas. A partir de 1965 diversos trabalhos evidenciaram uma srie de caractersticas que possuem certas plantas, o que permitiu a diviso das plantas em dois grupos: plantas eficientes na competio, isto , aquelas que tem uma alta capacidade fotossinttica; plantas no eficientes, as de baixa capacidade fotossinttica. Essas caractersticas, em funo da assimilao do CO2, das plantas "eficientes" em relao as "no eficientes", podem ser resumidas da seguinte forma:

  • 1. Assimilao de CO2 em funo da intensidade luminosa As plantas eficientes continuam a retirar CO2 quando aumenta a intensidade lminosa. Diversos trabalhos tm demonstrado que um grande nmero de gramneas quando expostas a altas intensidades luminosas (pleno vero) retiram 50-80 mg CO2/dm

    2 de rea foliar/hora. O gnero Amaranthus tambm apresenta essa magnitude de assimilao de CO2. Todavia nas plantas no eficientes a taxa mxima de assimilao varia de 15 a 35 mg CO2/dm

    2/h e so saturadas em intensidades luminosas bem menores (1000 a 3000 ftc). 2. Assimilao de CO2 em funo de temperatura MURATA & IYAMA (1963); MURATA et alii (1965); MILLER (1960); COOPER & TAINTOM (1968), entre outros, mostraram que a temperatura tima da retirada de CO2 de diversas gramneas com alta capacidade fotossinttica est entre 30 40oC. A retirada de CO2 para essas espcies decresceram rapidamente em temperatura tima esteve em cerca de 40oC no qual a retirada de CO2 foi de 60 80 mg CO2/dm

    2/h. Essas no espcies eficientes. As no eficientes tem o seu timo de assimilao de CO2 em 25

    oC, decrescendo com o aumento da temperatura. 3. Assimilao de CO2 em funo de O2 WARBURG (1920), relatou que o oxignio inibia a fotossntese em algumas plantas. Mais tarde HESKETH (2963); FORRESTER et alii (1966) e DOWNES & HESKET (1968), confirmaram essa observao e demonstraram que a fotossntese em diversas gramneas no era inibida pelo oxignio enquanto outras, como a soja (no eficiente), era inibida. BJORKMAN et alii (1968), estudando o efeito da concentrao de CO2 na produo de matria nas plantas superiores, achou que o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) crescendo em um ambiente com 2,5% de O2 teve um crescimento 2,1 vezes maior que crescendo em ambiente com 21% O2. Em resumo: plantas eficientes no tem o processo fotossinttico inibido por alta concentrao de O2; plantas no eficiente tem. 4. Presena de fotorrespirao DECKER (1955-59) demonstrou que a respirao em certas plantas aumentava sob iluminao, fenmeno que se chamou de fotorrespirao e que foi investigado por uma srie de pesquisadores, depois dessa data. A fotorrespirao no foi demonstrada em plantas eficientes incluindo o milho, cana-de-acar e Amaranthus sp., e foi comprovada em plantas no eficientes (algodoeiro, girassol, beterraba). 5. Ponto de compensao Chama-se ponto de compensao aquela intensidade luminosa qual a atividade fotossinttica real igual atividade respiratria, e portanto a fotossntese aparente nula. O ponto de compensao estimado atravs da medida do volume de oxignio ou de CO2 consumido e liberado pela planta. Est demonstrado que as plantas eficientes tem um ponto de compensao baixo (menor que 5 ppm CO2) enquanto que para as chamadas no eficientes a concentrao de CO2 que corresponde ao ponto de compensao de 30 70 ppm. Isso explica a importncia da competio pela luz que as plantas cultivadas sofrem quando sombreadas pelas plantas daninhas (em geral eficientes). 6. Mecanismo de assimilao fotossinttica do CO2

  • Em geral, era aceito que o mecanismo dominante de assimilao de CO2 tinha explicao no Ciclo de Calvin. Porm, em 1965, KORTSCHAK et alii, demonstraram que os primeiros produtos de fixao do 14 CO2 em folhas de cana-de-acar eram os cidos dicarboxlicos com 4 carbonos: mlico, asprtico e oxaloactico. Em 1966, HATCH & SLACK descobriram uma nova reao de carboxilao em cana-de-acar e desenvolveram o conceito de um novo ciclo o ciclo do C4 para a fixao de CO2 na fotossntese. Mais tarde fizeram testes com outras plantas e aquelas que demonstraram a presena do Ciclo do C4 foram consideradas eficientes. Nesse grupo foram includas inmeras espcies de mato, o milho, o sorgo e a cana-de-acar. Assim, hoje j se pode fazer uma lista desses grupos. No grupo de plantas eficientes, todos os gneros estudados apresentaram presena do ciclo fotossinttico C4 e, pelo menos uma das outras caractersticas, em funo da assimilao do CO2. A lista de espcies apresentadas a seguir est incompleta pois foram arroladas apenas aquelas de interesse para o Brasil. Espcies de mato brasileiras consideradas eficientes na competio Monocotilednea fam. Gramnea - Andropogon bicornis capim-peba Perene - Andropogon leucostachyus capim-membeca Perene - Axonopus scoparius capim-columbia Perene - Cenchrus echinatus capim-carrapicho Anual - Chloris gayana capim-de-rhodes Perene - Cynodon dactylon grama-seda Perene - Dactyloctenium aegyptium mo-de-sapo Anual - Digitaria horizontalis capim-colcho-miudo Anual - Digitaria sanguinalis capim-colcho Anual - Echinochloa crusgalli capim-arroz Anual - Echinochloa colonum capim-colonia Anual - Eleusine indica capim-p-de-galinha Anual - Eragrostis pilosa capim-barbicha-de-alemo Anual - Melinis minutiflora capim-gordura Anual - Panicum maximum capim-colonio Perene - Paspalum dilatatum capim-das-roas Perene - Pennisetum setosum capim-oferecido Perene - Setaria lutescens capim-rabo-de-raposa Anual - Setaria viridis capim-verde Anual - Sorghum halepense capim-macambar Perene - Trichachne insularis capim-amargo Perene Cyperaceae - Cuperus esculentus tiririca-mansa Perene - Cuperus rotundus tiririca Perene

  • Dicotiledoneae Amaranthacea - Amaranthus hybridus var. patulus caruru Anual - Amaranthus retroflexus caruru Anual - Amaranthus viridis caruru Anual Portulacaceae - Portulaca oleracea beldroega Anual Muitas espcies importantes, no Brasil, que provavelmente devem possuir fisiologia de plantas de C4, no constam desta lista, porque todas essas determinaes foram feitas em outros pases, principalmente nos Estados Unidos da Amrica do Norte, onde tais espcies no ocorrem, ou no tem a importncia que tem para ns. Entre as plantas cultivadas, os trabalhos realizados j demonstraram o seguinte: culturas eficientes: milho, cana-de-acar e sorgo. culturas no eficientes: feijo, soja, beterraba, espinafre, fumo, algodo, girassol, alface, trigo, aveia, arroz e cevada. 5.3.2. Competio pela gua As plantas eficientes requerem menos gua (cerca de metade da quantidade requerida pelas plantas no-eficientes) porque fazem um uso mais eficiente da gua. No entanto, a maioria dos livros consultados dizem justamente o contrrio, isto , que as plantas daninhas requerem mais gua e por essa razo que competem pela gua com plantas econmicas, no eficientes. O quadro 10 que vamos apresentar original na sua apresentao e demonstra que plantas eficientes necessitam de menos gua para produzir uma unidade de matria seca.

  • Quadro 10. Necessidade de gua das plantas eficientes na competio e plantas no eficientes.

    Plantas eficientes Panicum sp (capim) Sorghum sp (sorgo) Zea mays (milho) Setaria sp. (capim-rabo-de-raposa) Amaranthus sp. (caruru) Portulaca oleracea (beldroega)

    Mdia

    Plantas no eficientes Triticum aestivum (trigo) Chenopodium lbum (quenopdio) Oryza sativa (arroz) Polygonum aviculare (erva-de-bicho) Ambrsia artemisiaefolia (ambrsia, artemsia) Gossypium hirsutum (algodo) Phaseolus vulgaris (feijo)

    Mdia

    kg gua/kg matria seca

    267 153 174 285 152 281 228

    542 658 682 339 456 568 700

    564 5.3.3. Competio por Nutrientes A competio por nutrientes que fazem as espcies de mato pode ser demonstrada por GALLO et alii que realizaram um levantamento nutricional em cafeeiros, nos estados de So Paulo e Paran, e compararam com os nveis encontrados em tecidos de plantas daninhas que estavam vegetando junto com os cafeeiros amostrados. O quadro 11, preparado a partir dos dados daquele trabalho, d uma idia clara da capacidade de extrao de nutrientes do solo das plantas daninhas. BLANCO et alii (1974) levantando o estado nutricional de plantas de milho crescendo junto com plantas daninhas, verificaram grande decrscimo na concentrao de N, de 1,7% para 2,05% N em plantas que cresceram sem competio de mato. No entretanto, a mesma populao de mato no influiu na nutrio do milho em relao aos elementos zinco e fsforo.

  • Quadro 11. Nveis de nutrientes em folhas de diversas plantas daninhas em comparao com plantas de caf, vegetando juntas.

    Elemento analisado Planta N

    % P %

    K %

    Ca %

    Mg %

    S %

    Fe %

    Mn %

    Cu %

    Zn %

    B %

    Caruru Beldroega Amendoim-bravo Capim-carrapicho Pico-preto Caf

    4,04 3,72 5,04 3,40 4,47 3,23

    0,16 0,18 0,18 0,15 0,18 0,10

    3,62 8,08 2,24 4,50 3,57 2,17

    4,28 2,00 2,27 0,40 1,87 0,80

    1,28 1,03 0,48 0,28 0,53 0,28

    0,34 0,26 0,34 0,24 0,27 0,20

    402 243 268 294 609 163

    269 472 149 135 197 124

    11 28 11 12 21 18

    47 33 37 21 36 10

    50 38 34 13 51 51

    5.4. Diferenas de eficincia na competio ligadas reproduo A possibilidade que tem numerosas espcies de viver melhor em um espao limitado est relacionada com a sua agressividade. A agressividade das espcies dependem do seu rpido desenvolvimento (que funo de suas caractersticas de absoro de CO2), de sua fecundidade, sua rapidez de reproduo e da disseminao dos seus rgos de reproduo ou dissemnulo. Como as caractersticas ligadas a absoro de CO2 j foram relatadas, nos ocuparemos aqui aquelas relativas produo das espcies de mato. 5.4.1. Reproduo por sementes A semente um dos meios pelos quais as plantas daninhas se multiplicam ou se reproduzem. o meio predominante pelo qual as espcies anuais, isto , aquelas que completam o seu ciclo vital dentro de um ano, se multiplicam. No obstante essas espcies que se propagam apenas por sementes serem consideradas de fcil controle pois bastaria elimin-las antes que lanassem sementes, na prtica elas so agressivas por produzirem um nmero grande de sementes por indivduos, e por fatores que fazem com que essas sementes persistam no solo, com viabilidade, durante algum tempo (dormncia). 5.4.2. Nmero de sementes por planta Algumas espcies de mato produzem um nmero notvel de sementes por planta. Alm dessas espcies apresentarem um nmero incrvel de sementes, estas, na sua maioria so de pequeno tamanho, o que facilita a sua disperso aumentando a sua agressividade. O quadro 12, a seguir, organizado a partir de dados apresentados por KLINGMAN (1975), d uma idia de grandeza do tamanho das sementes de vrias espcies de mato.

  • Quadro 12. Nmero de sementes produzidas por planta, nmero de sementes por libra e peso (g) de 1000 sementes.

    Espcie Botnica no de sementes por

    planta no de sementes por

    libra peso de 1000 sem.

    (g) Polygonum convolvulus Sinapis arvensis Rumex crispus Cuscuta campestris Kochia scoparia Chenopodium lbum Vicia cracca Brassica nigra Cyperus ferax Avena ftua Amaranthus retroflexus Plantago major Portulaca oleracea Ambrsia artemisiaefolia Capsela bursa-pastoris Euphorbia esula Cirsium arvense

    11.900 2.700 29.500 16.000 14.600 72.450 2.350 13.400 2.420 250

    117.400 36.150 52.300 3.380 38.500

    140 680

    64.857 238.947 324.286 585.806 534.118 640.570 378.333 267.059

    2.389.474 25.913

    1.194.737 2.270.000 3.492.308 114.937

    4.729.166 129.714 288.254

    7,0 1,9 1,40 0,77 0,85 0,70 1,2 1,7 0,19 17,52 0,38 0,20 0,13 3,95 0,10 3,5 1,57

    5.4.3. Permanncia das sementes no solo Alm de serem numerosas e de propores diminutas, as sementes de mato conseguem permanecer no solo durante muito tempo, com viabilidade. STAMPER & CHILTON (1951), demonstraram que aps 3 anos, em uma rea cultivada com cana-de-acar, sem que fosse permitida a entrada de sementes de capim-maambar (Sorghum halepense) nesse perodo, ainda existiam 1,3% do nmero de sementes que existiam originalmente. O tempo de viabilidade de uma semente varia com a espcie e com as diferentes condies do meio. Algumas sementes mantm sua viabilidade por muitos anos, enquanto outras morrem em poucas semanas aps a sua maturao, se no encontram condies favorveis para a germinao. Para determinar a longevidade das sementes, DUVEL colocou sementes de 107 espcies em vasos de argila e enterrou-os a diversas profundidades. Depois removeu-os a intervalos de tempo. Os resultados encontrados, relatados por TOOLE & BROWN (1946), foram os seguintes: - aps 1 ano, germinao de sementes de 71 espcies; - aps 6 anos, germinao de sementes de 68 espcies; - aps 10 anos, germinao de sementes de 68 espcies; - aps 20 anos, germinao de sementes de 57 espcies; - aps 30 anos, germinao de sementes de 44 espcies; - aps 38 anos, germinao de sementes de 36 espcies. Essa fase, em que a semente apresenta capacidade de suspender ou paralisar o seu desenvolvimento, denominado de estgio de dormncia.

  • 5.4.4. Dormncia das sementes Um certo grau de dormncia comum em quase todas as plantas. No trabalho de seleo o homem procura escolher aquelas que tem o menor grau de dormncia, para obter germinao uniforme e conseqente crescimento e frutificao. Uma planta daninha que tivesse uma germinao uniforme, poderia ser eliminada com uma simples cultivao do terreno, ou mesmo por condies desfavorveis de uma estao. A seleo natural permitiu a sobrevivncia daquelas espcies cujas sementes germinam periodicamente durante um perodo grande de tempo, escapando assim aos cultivos ou ultrapassando o perodo de ao dos herbicidas. Esse fato das sementes de plantas que infestam os solos, como plantas indesejveis, permanecerem longos perodos no solo significa tambm que o solo bem suprido com sementes capazes de germinar quando o solo arado. Isso representa uma das caractersticas de agressividade desses organismos. 5.4.5. Multiplicao vegetativa O fato de muitas espcies de mato conseguirem se multiplicar assexuadamente ou vegetativamente resulta em maior agressividade para esses organismos. Esse tipo de reproduo encontrado em muitas espcies perenes, isto , as que vivem por um perodo de tempo igual ou maior a 3 anos. Essa capacidade de se reproduzir por meios de rgos vegetativos faz com que essas espcies sejam de difcil controle, razo pela qual, nesse grupo so encontradas com mais freqncia as espcies-problemas altamente nocivas agricultura, como tiririca (Cyperus rotundus), grama-seda (Cynodon dactylon), capim-peba (Andropogon bicornis), grama-batatais (Paspalum notatum), capim-quiquio (Pennisetum clandestinum), capim meambar (Sorghum halepense), alho-bravo (Allium vineale), leiteiro (Peschiera fuchsiaefolia), trevos (Oxalis spp.), etc..

    Tomemos como as espcie Cyperus rotundus (tiririca). Essa espcie, (figura 2) alm de se multiplicar por meio de sementes, se multiplica predominantemente por rgos vegetativos. Nesta figura: (1) representa o tubrculo basal que um rgo caulinar subterrneo ou hipgeo; (2) um tubrculo em formao; (3) rizoma de formao recente com folhas em escamas (rizoma tambm um rgo caulinar hipgeo); (4) um tubrculo com desenvolvimento completo (maduro); (5) um rizoma com desenvolvimento completo (no qual as folhas foram perdidas) e (6) gema sobre o tubrculo. A presena desses rgo imprime a espcie conhecida como tiririca uma grande capacidade de dominar uma rea de terreno.

  • Alm daqueles tipos de rgos vegetativos podemos encontrar outros como, por exemplo, na espcie Cynodon dactylon (figura 3) (grama-seda). Como ocorre em muitas gramneas, essa espcie apresenta capacidade de enraizamento em cada n, o que significa que um pedao de caule com n, tem capacidade de reproduzir uma outra planta; emite, tambm, rgos caulinares superfcie do solo (ou epgeos), conhecidos por estolhes ou estoles; apresenta tambm rizomas. Alm de ter toda essa capacidade reprodutiva como aparece na figura 3, a grama-seda tambm se multiplica por via sexuada ou por sementes. bulbos e bulbilhos so rgos caulinares hipgeos que so os meios predominantes de propagao de algumas espcies como as do gnero Oxalis ou trevos. O leiteiro, uma espcie-problema de pastagens, apresenta gemas em suas razes que se desenvolveram formando uma outra planta quando as razes so seccionadas.

    5.4.6. Disseminao O ltimo fator que faz com que as espcies de mato se tornem presena constante nos terrenos so certas caractersticas que possuem os seus dissemnulos (qualquer rgo de reproduo) em se propagaram com certa rapidez ou a grandes distncias. So conhecidas certas adaptaes morfolgicas encontradas nos frutos de espcies conhecidas quase sempre com a denominao popular de carrapicho, pois se agarram ou se prendem aos objetos que os tocam, como Cenchrus echinatus, Xanthium spinosum, Acanthospermum hispidum, Triunfetta semitriloba, Desmodium cannum, Desmodium cannum, Desmodium barbatum e outros. Esse tipo de disseminao chamada de zocora, pois so os animais o elemento vetor onde se prendem aqueles frutos. A disseminao por vento, ou anemcora, realizada quando as espcies apresentam frutos com certas adaptaes como as encontradas

  • no dente-de-leo (Taraxacum officinale), conhecida como pappus (caracterstica da famlia Compositae) que funcionam como paraquedas ou flutuadores quando transportados pelo vento. A gua outro veculo empregado na disseminao das plantas daninhas (disseminao hidrcora) o que facilitado pelo pequeno peso dos frutos ou sementes da maioria das espcies e pelas adaptaes que fazem com eu as sementes flutuem na gua. 6. Anlise da matovegetao Os pesquisadores necessitam de coletar muitos dados relacionados quantidade de mato nos diferentes programas de controle de mato; porm, por causa da grande variao no tamanho e habito de crescimento das diferentes espcies de mato, existem alguns problemas na obteno desses dados. Algumas espcies so altas, podem ser at rvores; outras so rasteiras ou prostadas. Algumas so parasitos como a cuscuta, ou trepadeiras como as compainhas, etc.; algumas apresentam razes nos interndios como a grama-seda, com uma srie de ramos estolonferos entrelaados de tal modo que difcil de distinguir quantos indivduos existem em uma unidade de amostra. Neste captulo iremos abordar de modo bem suscinto alguns mtodos usados para medir a vegetao daninha. BROWN (1954) indica que as tcnicas para analisar vegetao podem ser agrupadas em uma das seguintes categorias: 1. Freqncia de ocorrncia; 2. nmero de indivduos por unidade de rea; 3. rea coberta ou cobetura; e 4. peso. 6.1. Freqncia de ocorrncia Est ligada disperso ou distribuio das espcies em uma comunidade de plantas. Ela expressa a homogeneidade ou heterogeneidade da comunidade. determinada pela presena ou ausncia da espcie dentro de uma unidade amostrada. um mtodo rpido, objetivo, que permite levantar a presena de plantas de baixo valor em cobertura, que geralmente subestimado pelos mtodos visuais. O maior problema a escolha do tamanho da amostra que ir aumentar ou diminuir a probabilidade de uma espcie estar presente. Parece que essa amostra estaria ao redor de 5% do tamanho da rea em estudo e de preferncia dividida em sub-amostras. Grau de freqncia ou percentagem de freqncia so variaes do modo de se expressar a freqncia de ocorrncia. Exemplo:

    Unidades de amostras Espcie

    1 2 3 4 grau de

    freq. % de freq.

    X Y Z

    Sim Sim No

    Sim No Sim

    Sim No No

    Sim Sim No

    4 2 1

    100 50 25

    A escala de freqncia de RAUNKIAUER (1934) serve tambm, para medir a freqncia.

  • Classe de freqncia A de 1 a 20% B de 21 a 40% C de 41 a 60% D de 61 a 80% E de 81 a 100% Para uma anlise mais precisa da homogeneidade de uma populao pode-se empregar o teste de X2 para anlise de freqncia. Nesse caso preciso contar o nmero de indivduos que ocorre em cada amostra. 6.2. Nmero de indivduos O nmero de indivduos contado ou estimado visualmente e a importncia das espcies expresso em abundncia, composio percentual ou densidade de populao. A abundncia uma apreciao do nmero de indivduos de uma espcie. Da idia geral da quantidade das espcies existentes por meios visuais. representada pro escalas qualitativas que representam classes de abundncia. Exemplo:

    Classe TRANSLEY & CHIPP (1926) BRAUN BLANQUET (1932) 1 2 3 4 5

    raro ocasional freqente abundante meio abundante

    muito escasso escasso pouco numeroso numeroso muito numeroso

    Escala semi-quantitativa de HANSON que alia abundncia e contagem:

    Classes de abundncia

    1 2 3 4 5

    No de plantas/m2

    de 1 a 4 plantas de 5 a 14 plantas de 15 a 29 plantas de 30 a 99 plantas 100 ou mais

    Composio percentual da populao uma grandeza relativa; o nmero de indivduo de uma espcie expresso em porcentagem sobre o total de todos os indivduos presentes. muito usado em testes de herbicidas. Pode levar a m interpretao se a populao no apresenta uma disperso uniforme. Densidade de populao a relao exata entre o nmero de indivduos e a rea: o melhor mtodo para certas condies: reas pequenas: densidade baixa. demorado e necessrio definir a unidade da espcie amostrada.

  • 6.3. rea coberta Se refere a rea do terreno ocupada pelas plantas. Essa rea pode ser medida ou calculada pela base da planta ou pela projeo da copa. Em trabalhos de controle de mato onde o que se analisa a competio, o importante a rea ocupada pela projeo da copa das plantas. Pode ser estimada visualmente ou medida exatamente por mtodos especiais. Costuma-se usar escalas em percentagens: Exemplo:

    Grau de cobertura SERNADER

    (1921) HULT-SENANDER

    (1939) BRAUN-BLANQUET

    (1932) 1 2 3 4 5

    0 5% 5 10%

    10 20% 20 50% 50 100%

    0 6,25% 6,25 12,50% 12,50 25,00% 25,00 50,00%

    50,00 100,00%

    0 5% 5 25% 25 50% 50 75% 75 100%

    Escala de BRAUN-BLANQUET (1932), que relaciona abundancia e cobertura: Classes + escassa ou muito escassa; cobertura muito pequena 1 abundante; cobertura pequena 2 muito numerosa: cobertura de pelo menos 5% 3 qualquer no de indivduos; cobertura de 25 a 50% 4 qualquer no de indivduos; cobertura de 50 a 75% 5 cobertura maior que 75% da rea. A cobertura uma das caractersticas mais expressivas do tipo de vegetao; til em trabalhos de controle do mato. 6.4. Peso O peso expressa a importncia das espcies de acordo com a sua biomassa (quantidade de substncias orgnicas). Pode ser definido em termos de biomassa verde, ou biomassa seca (70 80oC); pode se referir biomassa epgea (partes areas), biomassa hipgea (parte subterrnea) ou a biomassa total. O peso um metodo exato, porm tem o inconveniente das plantas terem de ser retiradas das parcelas, o que conforme o tipo de estudo nem sempre conveniente. Na prtica deve se utilizar mais do que um mtodo de anlise. Em trabalhos de avaliao de perdas de produo em decorrncia do mato, por exemplo, alem da contagem dos indivduos em relao a rea ocupada (densidade) deve se realizar o levantamento visual da rea coberta pelo mato pois poder ocorrer casos de baixa densidade populacional com alto grau de cobertura vegetal. No se deve esquecer que em ltima anlise a competio pela gua e por conseguinte, tambm, pelos nutrientes ser determinada pela

  • evapotranspirao da superfcie foliar exposta radiao solar, razo pela qual o dado de rea coberta pelo mato de grande importncia. Em vista de certos problemas que esses mtodos apresentam na prtica, para avaliao do grau de controle de herbicidas e de sua fitoxicidade em relao s culturas, o Comit de Mtodos do Conselho Europeu de Pesquisas sobre plantas daninhas (EWRC, 1964) prope a seguinte escala de avaliao (quadro 13). Quadro 13. Escala para avaliao dos efeitos dos herbicidas (Escala EWRC).

    Efeito do herbicida ndice

    Controle de ervas Fitotoxicidade cultura 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    Total Muito bom Bom Suficiente Duvidoso Fraco Mau Muito mau Nulo (igual testemunha)

    Nula (igual testemunha) Muito leve Leve Sem influncia na produo Mdia Quase forte Forte Muito forte Total (destruio completa)

    7. Classificao das plantas daninhas e estimativas matoflorsticas 7.1. Classificao As plantas daninhas ou espcies de mato podem ser classificadas de diversos modos, segundo a maneira como so consideradas. Por essa razo existem classificaes quanto ao local de ocorrnica; quanto a durao do ciclo biolgico; quanto ao habitus vegetativo, etc., etc... Sob um ponto de vista agronmico que visa o controle dessas plantas tem importncia uma classificao que as rena segundo os seus mtodos de reproduo, seu ciclo biolgico, sua dinmica de crescimento. Assim, uma classificao agronmica das plantas ser aquela que as divide em: Plantas anuais; Plantas bianuais; Plantas perenes. Plantas daninhas anuais so aquelas que completam o seu ciclo biolgico em menos de um ano. Em geral esse ciclo bem curto e algumas espcies so capazes de produzir diversas geraes durante um ano. Normalmente, essas espcies so consideradas de fcil controle. De certa forma isso verdade porque essas espcies so mais sensveis aos herbicidas. Porm, como so espcies que tem rpido crescimento e produzem grandes quantidades de frutos e sementes, muitos com dispositivos especiais de disperso, e que apresentem o fenmeno de dormncia, elas so muito persistentes e so aquelas que concorrem com os maiores custos em um programa de controle de plantas daninhas. Em locais de clima frio costuma-se dividi-las em anuais de vero e anuais de inverno. Para nossas condies o que se tem observado que certas espcies anuais so

  • presentes o ano todo em rea de culturas, como por exemplo, o pincel (Emilia sonchifolia), a serralha (Sonchus oleraceus), o pico-preto (Bidens pilosa), o pico-branco (Galinsoga parviflora) o mentrasto (Ageratum conyzoides), etc., e outras tem o seu ciclo no perodo de primavera-vero, quando se d o cultivo da maioria das plantas econmicas, sendo por essa razo as mais problemticas. Exemplo: a maioria das gramneas anuais (veja lista no item 7.3). Plantas daninhas bianuais so espcies que vivem mais que um ano porm no chegam a completar di anos. No primeiro ano de vida apresentam crescimento vegetativo, florescendo e frutificando e morrendo no segundo ano. Ex: Rubim (Leonorum sibiricus). Como o florescimento dependente do fotoperodo, em certas condies ambientais algumas espcies podem ora se comportarem como anual ora como bianual. Exemplos: flor-das-almas (Senecio brasiliensis); carrapicho (Xantium cavanillesii). Plantas daninhas perenes so espcie que vivem mais que 2 anos e podem viver quse que indefinidamente. A maioria se reproduz por sementes e muitas apresentam multiplicao vegetativa. Por isso elas so classificadas em: Perenes com reproduo simples; Perenes com reproduo mltipla. Plantas daninhas perenes com reproduo simples. Espcies perenes que se reproduzem, em condies naturais, exclusivamente por sementes. Exemplo: guanxumas (Sida spp), Urena lobata (guanxuma-roxa), etc... Plantas perenes com reproduo mltipla. As plantas desse grupo no tem o seu processo de reproduo restrito produo de sementes, apresentando tambm multiplicao vegetativa. Em certas espcies a multiplicao vegetativa torna-se o meio predominante de disseminao. Exemplos: grama-seda (Cynodon dactylon), capim maambar (Sorghum halepense) e muitas espcies gramneas de ciclo perene (veja exemplos no item 7.3); tiririca (Cyperus rotundus), algumas espcies da famlia Commelinaceae; trevos (Oxalis spp), etc., Entre as plantas daninhas dessa categoria encontram-se as espcies - problemas de erradicao mais difcil. Convm ressaltar que conforme as condies climticas da regio uma espcies poder modificar o seu ciclo biolgico. Por essa razo nas listas apresentadas no tem 7.3., algumas espcies tem o seu ciclo apresentado como "anual ou perene". 7.2. Estimativas Matoflorsticas O conhecimento da flora infestante de uma dada regio e uma dada cultura muito importante. A parte da Botnica que se ocupa em descrever e agrupar as plantas a Taxonomia. Entretanto a taxonomia tradicional, baseada na organografia da flor, descuida com freqncia dos aspectos vegetativos, ocorrendo muitas vezes o caso da impossibilidade de identificao de uma espcie antfita, por falta de rgos florais. Em se tratando de plantas daninhas, esse fato tem importncia j que, em geral, o controle do mato mais eficiente e econmico nas primeiras fases do desenvolvimento da espcie. Por essa razo de grande interesse a identificao da espcie ou variedade em todas as fases do seu desenvolvimento vegetativo, o que seria motivo de uma taxonomia agronmica.

  • Os dados existentes sobre a flora daninha de reas ocupadas pela agricultura no Brasil so relativamente poucos, insatisfatrios e contraditrios. Pode-se citar alguns exemplos: DE MARINIS (1971) compilando as diversas listas existentes chega concluso que ocorrem no Brasil, cerca de 1.100 espcies infestantes de culturas das quais excepto algumas Pteridfitas. 850 so dicotiledneas e 250 monocotiledneas; LEITO Fo et alii (1972) relatam que uma relao das principais espcies daninhas no Brasil dever alcanar um nmero prximo a 330 espcies. Mais recentemente BLANCO (1975, 1975,1976, 1976, 1977) catalogando as espcies citadas, por diversos autores, como daninhas para o Brasil, apresenta a seguinte situao para as famlias at ento estudadas: Famlia Gramneae: Estimativa: 130 espcies Relatadas: 26 espcies de ciclo anual 54 espcies de ciclo perene Famlia Compositae: 125 espcies Famlia Leguminosae: 143 espcies Famlia Solanaceae: 59 espcies Famlia Malvaceae: 58 espcies Esses dados mostram que somente pertencentes as famlias Gramnea, Compositae, Leguminosae, Solanaceae e Malvaceae, que so as mais ricas em espcies daninhas, no Brasil, tem-se um total de 517 espcies. Trabalhando com o mesmo objetivo DE MARINIS (1976) apresenta 43 espcies da famlia Rubiaceae e 128 espcies leguminosas (DE MARINIS, 1975). Por essa situao percebe-se que o problema de listagens de plantas daninhas ainda no est resolvido de modo satisfatrio. H necessidade de trabalhos de descrio de plantas daninhas, com boas fotografias coloridas (planta adulta e plntulas) e com um texto que inclua o "habitus" vegetativo, o ciclo biolgico, os mtodos de reproduo, os locais de ocorrncia e distribuio geogrfica, e uma descrio suscinta das caractersticas morfolgicas da planta fceis de serem percebidas por qualquer tcnico ou mesmo um agricultor, como por exemplo, se a planta trepadeira, rasteira, erecta, etc., a cor e forma das folhas, a cor das flores, etc.. Nesse texto deve ser evita da terminologia essencialmente botnico, como por exemplo, folha hastata, ovrio nfero, pleas naviculares. hipoctilo serceo-pilosos e, no obstante o seu imenso valor, o seu uso bem restrito para aqueles que precisam conhecer a planta para fins de controle. 7.3. Listas das especies de mato mais importantes no Brasil das famlias Gramneae, Compositae, Malvaceae, Leguminosae e Solanaceae Procurando trazer contribuio para um melhor conhecimento das espcies de plantas daninhas agricultura no Brasil BLANCO desde 1975 vem divulgando um trabalho com a denominao geral de "Catlogo das espcies de mato infestantes de reas cultivadas no Brasil", publicado por famlia botnica, na revista "O Biolgico". Coerente com tudo aquilo que foi dito no item 7.2., esse trabalho visa fornecer informaes que ajudem o controle dessas plantas. Infelizmente, por dificuldades financeiras compreensveis, os dados no so acompanhados por fotografias o que facilitaria o reconhecimento das espcies. J foram publicadas as listas das famlias Gramnae (dividida segundo o ciclo em anuais e perenes). Compositae, Malvaceae, Leguminosae e Solanaceae, as duas ltimas ainda, no

  • prelo. A partir da famlia Compositae, o trabalho tem divulgado, tambm. os herbicidas que controlam as espcies. Quadro 14. As mais importantes gramneas de ciclo anual consideradas como plantas daninhas no Brasil segundo BLANCO (1975), com seus nomes em portugus e locais de ocorrnica. So todas espcies herbceas eu se reproduzem por sementes.

    Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e locais de

    ocorrncia Brachiaria plantaginea (Link) Hitch. (*) Cenchrus echinatus L. Chloris pycnothrix Trin. Dactyloctenium aegyptium (L) Beauv.

    capim-marmelada marmelada papu milh-branca grama-paulista capim-de-So-Paulo capim-doce capim-guatemala capim-carrapicho carrapicho arroz-bravo arroz-do-diabo arroz-de-bugre capim-roseta arroz-agarrado capim-amoroso capim-das-praias carrapicho-da-praia trigo-bravo falso-capim-p-de-galinha capim-cebola graminha-de-campinas grama-azul mo-de-sapo capim-calandrini capim-mimoso-do-Piau grama-do-Par p-de-galinha-do-Cear p-de-galinha-verdadeiro grama p-de-papagaio

    alfafa, algodo, amendoim, arroz, banana, batatinha, caf, cana-de-acar, ch, citrus, feijo, hortalias, mandioca, milho e soja. Muito abundante. algodo, amendoim, caf, citrus, feijo, mandioca, milho e soja. Muito abundante. beiras de estradas e terrenos baldios. Freqente. Citrus e mandioca. Freqente.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e locais de

    ocorrncia Digitaria horizontalis Willd. Digitaria sanguinalis (L) Scop. Echinochloa colonum (L) Link. Echinochloa crusgalli (L)

    capim-colcho capim-colcho-mido papu capim-carrapicho capim-de-roa capim-das-hortas capim-p-de-papagaio capim-ting capim-colcho capim-de-colcho capim-mido capim-milh milh capim-p-de-galinha capim-papagaio capim-sanguinrio capim-de-roa-verdadeiro capim-taguari capituva capim-arroz capim-colnia capim-de-colnia capim-ja capim-carrapicho canevo ino-do-arroz capim-da-colnia capim-arroz capituva capim-ja barbudinho ino-do-arroz capim-capivara crista-de-galo capim-p-de-galinha

    algodo, arroz, cana-de-acar, citrus, mandioca e milho. Muito abundante. algodo, amendoim, arroz, batatinha, caf, cana-de-acar, ch, citrus, feijo, girassol, hortalias, mandioca, milho, pomares, soja, trigo e tomate. Muito abundante. amendoim, arroz, mandioca. Muito abundante. algodo, amendoim e arroz, Muito abundante.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e locais de

    ocorrncia Echinochloa cruspavonis (H.B.K.) Schult. Eleusine indica (L) Gaertn. Eragrostis ciliaris (L) R. Br. Eragrostis pilosa (L) Beauv. (*) Ischaemum rugosum Salisb. Melinis minutiflora Beauv.

    capituva capim-ja capim-da-colnia capim-arroz camaro ino-do-arroz capim-canevo-do-banhado capim-pavo capim-p-de-galinha capim-p-de-galinha p-de-galinha capim-da-cidade grama-sapo p-de-papagaio capim-de-rola capim-pelo-de-rato capim-barbicho capim-mimoso capim-fino mo-de-sapo capim-favorito capim-penacho capim-bosta-de-rola capim-barbicha-de-alemo barbicha-de-alemo capim-mimoso capim-orvalho capim-panasco capim-macho capim-gordura catingueiro capim-roxo capim-melado capim-gordura-roxo capim-gordura-branco capim-de-cheiro

    algodo, amendoim e arroz. Muito abundante. algodo, batatinha, cacau, caf, cana-de-acar, citrus, feijo, girassol, hortalias, mandioca, milho, soja, trigo e silvicultura. Beiras de estradas, ruas das cidades, perto das habitaes. Muito abundante. Banana e citrus. Freqente. Algodo, caf e silvicultura. Campos e capoeiras. Freqente. arroz. Pouco freqente. Caf, cana-de-acar, citrus, milho, morango. Muito abundante

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e locais de

    ocorrncia Oryza sativa L. Rhynchelitrum roseum (Nees) Stapf et Hubb (*) Rottboelia exaltata L.f. Setaria geniculata (Lam.) Beauv. Setaria lutescens (Weigel) Hubb. Setaria vericillata (L.) Beauv. Setaria viridis Beauv. Sporobolus indicus (L) R. Br. Sporobolus poiretii (Roem et Schultz)

    arroz-vermelho arroz-macho arroz-preto capim-favorito favorito capim-gafanhoto capim-natal capim-molambo capim-de-tenerife caminhadora capim-rabo-de-raposa capim-rabo-de-rato capim-rabo-de-gato capim-rabo-de-cachorro capim-penasco-de-tabuleiro bambuzinho capim-rabo-de-raposa capim-ting capim-rabo-de-raposa falso-carrapicho milh capim-grama capituva capim-milh-branca capitinga capim-de-cabra capim-verde rabo-de-raposa capim-moiro capim-capeta capim-cortisia capim-mouro capim-toicerinha

    arroz. Freqente. alfafa, caf, cana-de-acar, citrus, milho e soja. Muito abundante. aveia, arroz, batata, cebola, ervilha, feijo, hortalias, milho, morango, pomares, soja, tomate. Freqente. Aveia, arroz, batata, caf, cebola, feijo, hortalias, milho, pomares, soja, tomate, Muito abundante. solos cultivados e terrenos baldios. Freqente. solos cultivados, margens de estradas e terrenos baldios. Pouco freqentes. solos cultivados, terrenos baldios. Freqente. reas de cerrado e silvicultura. Pouco freqente. solo cultivados, terrenos baldios. Pouco freqente.

  • Quadro 15. As mais importantes gramneas de ciclo perene consideradas como plantas daninhas no Brasil segundo BLANCO (1975), com seus nomes em portugus e locais de ocorrncia e modos de reproduo.

    Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e modo de reproduo Andropogon bicornis L. Aristida pallens Cav. Brachiaria purpurascens Henr. Chloris gayana Kunth.

    capim-peba capim-rabo-de-raposa capim-vassoura capim-de-bezerro capim-rabo-de-burro capim-dgua capim-rabo-de-boi cola-de-sorro-grande capim-barba-de-bode barba-de-bode capim-de-bode barba-de-bode-comum capim-Angola capim-de-planta capim-do-Par capim-fino capim-de-Angola capim-de-cavalo capim-de-horta capim-colnia capim-branco capim-de-lastro capim-de-corte bengo capim-Rio-de-Janeiro capim-das-ilhas capim-de-rodes capim-de-Rhodes cloris

    ocorrncia: pastos, beiras de estradas, solos de baixa fertilidade. Freqente reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: pastos, silvicultura, solos de baixa fertilidade. Muito abundante. reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: solos de cultura e principalmente em solos de vrzea. Freqente. reproduo: sementes, rizomas e estoles ocorrncia: silvicultura, solos reproduo: sementes, rizomas e estoles

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e modo de reproduo

    Cynodon dactylon (L.) Pers. Hyparrhenia rufa (Ness.) Stapf. Imperata brasiliensis Trin. Laersia hexandra Swartz. Lolium multiflorum Lam.

    grama-seda capim-de-burro grama-de-burro capim-da-Bermuda capim-Bermuda grama graminha graminha-campista grama-barbante capim-da-cidade erva-das-Bermudas grama-seca grama-rasteira mate-me-embora grama-de-So Paulo capim-jaragu jaragu capim-provisrio sap-gigante capim-vermelho sap capim-sap capim-agreste capim-massap grama-branca arroz-bravo andrequic capim-arroz grama-de-brejo lambe-lambe arroz-da-Guiana capim-peripomango capim-cenuua boiadeira boeiro azevem-italiano azevem orncio

    ocorrncia: cultura de caf, silvicultura, solos de cultura, pastos e beiras de estrada. Muito abundante. reproduo: sementes, rizomas e estoles ocorrncia: solos de cultura com boa umidade. Muito abundante. reproduo: sementes ocorrncia: terrenos de cultura esgotados. Muito abundante. reproduo: rizomas ocorrncia: cultura de arroz, solos de vrzea. Freqente. reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: culturas de aveia, batata, cebola, ervilha, feijo, hortalias, milho, morango, pomares, soja, tomate, trigo. Freqente. reproduo: sementes.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e modo de

    reproduo Panicum maximum Jacq. Paspalum conjugatum Berg. Paspalum dilatatum Poir. Paspalum mandiocanum Trin. Paspalum maritimum Trin.

    capim-colonio capim-da-colnia capim-Guin murumbu capim-elefante capim-sempre-verde capim-colnia cabula-bula colonio-de-bfalo colonio-de-Tanganica capim-forquilha capim-gordo capim-marreca grama grama-das-roas grama-t capim-papu capim-das-roas grama-das-roas capim-comprido grama-comprida grama-das-baixadas capim-da-Austrlia grama-de-Sananduva capim-melado pasto-mel capim-Maca grama-de-Maraj grama-de-Pernambuco grama-de-Maca grama-Pernambuco capim-jaguar capim-gengibre

    ocorrncia: terras de cultura, beiras estrada. Muito abundante. reproduo: sementes e rizomas ocorrnica: culturas de caf, pastos e terrenos de culturas em geral. Freqente. reproduo: semente, rizomas e estoles ocorrncia: solos de cultura. Pouco freqente. reproduo: sementes e rizomas. ocorrncia: cultura de caf, beiras de estradas, pastos, pomares e terrenos de cultura em geral. Pouco freqente. reproduo: sementes, rizomas e estoles. ocorrncia: terrenos de baixa fertilidade. Freqente. reproduo: sementes, rizomas e estoles

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e modo de

    reproduo Paspalum notatum Flgge. Paspalum paniculatum L. Paspalum plicatum Michx. Paspalum urvillei Steud. Pennisetum clandestinum Hochst & Chiov.

    grama-Batatais capim-Batatais capim-Bahia capim-de-pasto graminha-nativa grama-forquilha grama-do-Rio-Grande capim-forquilha grama-cuiabana grama-forquilha-comum grama-do-Mato-Grosso grama-touceira capim-amargoso capim-cuiabano capim-membeca capim-colcho capim-coqueirinho capim-mimoso capim-da-roa milha-grande capim-milho-grande capim-das-roas capim-kikuyo capim-quicuio

    ocorrncia: solos de cultura, pastos, beiras de estradas. Muito abundante. reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: cultura de caf, terrenos de cultura abandonados. Freqente. Reproduo: sementes e rizomas. ocorrncia: culturas de aveia, batatinha, cebola, ervilha, feijo, horticolas, milho, morango, pomares, soja, tomate, beiras de estrads e solos de vrzea. Freqente. reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: culturas de aveia, batatinha, cebola, feijo, hortalias, milho, pastos, pomares, soja, tomate, terrenos de cultura em geral. Pouco freqente. reproduo: sementes, rizomas e estoles ocorrncia: cultura de caf pastos terrenos de cultura em geral e silvicultura. Freqente. Reproduo: sementes, rizomas e estoles

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Culturas e modo de reproduo

    Pennisetum setosum (Swartz) L. Rich. Setaria poiretiana (Schult.) Kunth. Sorghum halepense (L.) Pers. Trichacne insularis (L.) Nees

    capim-oferecido capim-mandante capim-elefante capim-napier capim-elefante-brasileiro capim-rabo-de-macura capim-dos-mambiquaras capim-canoo capim-de-boi capim-massambar capim-maambar sorgo-de-alepo capim-argentino capim-alpinista capim-guedes capim-amargoso capim-au capim-poror milhete-gifante capim-flexa

    ocorrncia: culturas de algodo, milho e soja e terrenos de cultura em geral. Freqente. reproduo: sementes e rizomas ocorrncia: habitat indefinido, terrenos baixos e midos. Pouco freqente. reproduo: sementes e rizomas. ocorrncia: solos de cultura. Pouco freqente. reproduo: sementes e rizomas. ocorrncia: cultura de caf. Freqente. reproduo: sementes e rizomas

  • Quadro 16. As mais importantes compostas consideradas como plantas daninhas no Brasil segundo BLANCO (1976), com os respectivos habitus e ciclo vegetativo, seus nomes em portugus, distribuio e modo de reproduo.

    Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Acanthospermum australe (Loef) O. Kuntze erva anual Acanthospermum hispidum DC erva anual Ageratum conyzoides L. erva anual

    carrapicho carrapichinho carrapicho-rasteiro carrapicho-de-carneiro espinho-de-carneiro amor-de-negro mata-pasto pico-de-praia cordo-de-sapo carrapicho-de-carneiro espinho-de-carneiro espinho-de-cigano espinho-de-agulha carrapicho-de-cigano carrapicho-rasteiro carrapicho-de-praia carrapicho-chifre-de-veado carrapicho benzinho retirante federao amor-de-negro juiz-de-paz mata-pasto cabea-de-boi pico-da-praia camboeiro mentrasto erva-de-So-Joo catinga-de-baro catinga-de-bode mentrasto-branco pico-branco pico-roxo maria-preta santa-luzia erva-de-So-Joo-brasileira

    Em todo o mundo. No Brasil em culturas de algodo, caf, citros, milho, soja; terrenos abandonados. Muito abundante Habitat: desde rea midas at regies de cerrado. Sementes. Nas Amricas. Em todo o Brasil a partir do Piau em cultruas de algodo, amendoim, cana-de-acar, citrus, feijo, mandioca, milho, soja e pastagens. Muito abundante. Habitat: de preferncia: solos frteis. Sementes Nas regies tropicais de Amrica. Em quase todo o Brasil em reas cultivada, culturas de algodo, cacau, caf, citrus, milho, hortalias; terrenos baldios; beiras de estradas; jardins e hortas. Muito abundante. Sementes e enraizamento do caule

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Ambrsia polystachya DC erva a arbusto perene Baccharis coridifolia DC erva a subarbusto Baccharis dracunculifolia DC arbusto perene Baccharis myricaefolia DC arbusto ou rvore perene Baccharis spicata (Lam.) Baillon. arbusto

    artemisia-brava cravo-da-roa cravorana salsa-do-campo losna-do-mato peitudo rabo-de-rojo mio-mio miu-miu vassourinha vassourinha alecrim-do-campo vassourinha-cheirosa alecrim-do-mato vassourinha vassoura

    Em todo o mundo. No Brasil em reas cultivadas; terrenos abandonados; capoeiras; beiras de estradas. Freqente. Sementes e rizomas. No sul do Brasil, Uruguai, Paraguai, e nordeste da Argentina; principalmente em campos sujos. Freqente. Habitat de preferncia: locais secos No estado de So Paulo, Rio de Janeiro e sul do Brasil, em capoeiras e reas cultivadas. Freqente. Habitat de preferncia: solos arenosos e ridos. Em todo o Brasil meridional em capoeiras, pastagens, campos sujos, e terrenos de cultura abandonados ou maltratados. Pouco freqente. No Rio Grande do Sul e Minas Gerais; Paraguai e Uruguai. No Brasil em capoeiras. Pouco freqente.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e

    reproduo Bidens pilosa L. erva anual Chrysanthemum miconis L. Eclipta alba (L.) Hassk. erva anual

    pico erva-pico pico-preto macela-do-campo carrapichinho-de-agulha carrapicho-de-duas-pontas fura-capa cuambu kuambri piolho-de-padre carrapicho pico-roxo coambi coambu espinho-de-coambu goambu pico-da-praia carrapicho-branco cosmos pico-de-campo pico-pico piolho-de-praia malmequer mal-me-quer lanceta erva-lanceta erva-de-boto agrio-do-brejo cravo-branco cravo-bravo surucuina aurucuima erva-boto cadenaco tangarac eclipta-branca

    Nas regies tropicais em todo o mundo. No Brasil, no Par, Piau, Gois, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, So Paulo, Rio Grande do Sul, em culturas de algodo, baatinha, caf, cana-de-acar, cebola, ch, citrus, feijo, hortalias, mandioca, milho, morango, pomares, soja, e em qualquer tipo de solo. Muito abundante. Habitat indiferente: planta de sol e sombra. Sementes. Assinalada no Rio Grande do Sul em culturas de batatinha, cebola, ervilha, feijo, hortalias, milho, morango, pomares, soja e tomate. Muito abundante. Em todas as regies tropicais do mundo. No Brasil no Amazonas, Par, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo, em reas de cultivo, cultura e de arroz, campos e pastagens. Freqente. Habitat de preferncia: locais midos Sementes.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Elephantopus molis H.B.K. erva anual ou perene Emilia sonchifolia DC erva anual Enhydra sessilis DC erva perene Erechtites hieracifolia (L.) erva anual Erigeron bonariensis L. erva anual

    fumo-bravo erva-de-colgio erva-grossa lngua-de-vaca sauai sassol sassuai espinhosa barbaa pincel serralha serralhinha falsa-serralha serralha-mirim bela-emilia caruru caruru-amargo carurru-amargoso capioba capeoba caperioba-vermelho erva-gorda caramuru buva rabo-de-raposa cauda-de-raposa margaridinha-do-campo voadeira macela pega-pega

    Na Amrica tropical. No Brasil desde o Amazonas at o Rio Grande do Sul, em reas cultivadas, reas de cerrado, pastos e capoeiras. Freqente. Sementes. Nas regies tropicais. No Brasil no Par, Maranho, Pernambuco, Gois, Rio de Janeiro, So Paulo, nas culturas de algodo, caf, citros, mandioca, soja; terrenos abandonados. Muito abundante. Sementes. Da Bahia at o Uruguai; principalmente em cultura de arroz irrigado. Freqente Na Amrica Tropical e sub tropical. Em todo o Brasil na cultura de arroz, campos e terrenos abandonados. Freqente. Habitat de preferncia: vrzea e lugares midos. Sementes. Em todo o mundo. No Brasil no Amazonas, Par, Cear, Gois, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, nas culturas de batatinha, caf, ch, citrus, milho, hortalias, pomares, soja e tomate, e terrenos abandonados. Freqente. Habitat de preferncia: solos argilosos. Semente.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Galinsoga parviflora Cav. erva anual Hypochoeris brasiliensis Griseb erva anual ou perene Mikania bracteosa DC. trepadeira Mikania cordifolia (L.f.) willd. arbusto trepadeira anual Mikania paniculata DC. trepadeira

    pico-branco fazendeiro boto-de-couro almeiro-do-brejo chicria-do-mato cip cip-cabeludo guaco uaco erva-de-cobra erva-de-sapo corao-de-jesus

    Em todo o mundo. No Brasil nas culturas de algodo, amendoim, batatinha, caf, cana-de-acar, cebola, feijo, hortalias, milho, morango, pomares, soja. Muito abundante Habitat de preferncia: solos fteis. Sementes e enraizamento do caule. No Paraguai, Uruguai, Argentina e no Brasil em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Esprito Santo, So Paulo, Santa Catarina em reas cultivadas, culturas de caf, campos e terrenos abandonados. Freqente. Habitat de preferncia: solos argilosos, midos e sombreados Sementes. Em todo o Brasil meridional, desde So Paulo at o Rio Grande do Sul em culturas perenes como caf, citros, etc; beiras de estradas, capoeiras. Freqente. Na Amrica tropical e subtropical. No Brasil assinalada do Amazonas at a Argentina em vrzeas, reas cultivadas, capoeiras e matas. Freqente. Sementes. Assinalada no Rio de Janeiro e So Paulo em culturas perenes, matas e terrenos abandonados. Freqente.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC erva anual o perene Senecio brasiliensis Less. erva anual ou perene Senecio oligophyllus Baker. Silybum marianum (L.) Gaertn. anual ou bianual Solidago microglossa DC erva anual ou perene

    cip barbasco barbao branqueja flor-das-almas flor-dos-defuntos flor-de-cemitrio cravo-do-campo craveiro-do-campo erva-lanceta vassoura-mole maria-mole tasneirinha malmequer-amarelo catio cardo-asnal cardo-de-maria lanceta erva-lanceta espiga-de-couro arnica arnica-do-Brasil sap-macho

    Assinalada no Rio de Janeiro e So Paulo, em reas cultivadas de baixa fertilidade. Freqente. Sementes. Desde Minas Gerais at o Uruguai. No Brasil na cultura de cana-de-acar; campos sujos, pastagens e lavouras abandonadas. Freqente. Habitat de preferncia: regies montanhosas e de clima temperado. Sementes. Assinalada no Rio Grande do Sul, nas culturas de batatinha, cebola, ervilha, feijo, hortalias, milho, morango, pomares, soja e tomate. Freqente. Assinalada no Rio Grande do Sul em pastagens cultivadas. Pouco freqente. Habitat de preferncia: solos frteis. Nas regies quentes e temperadas de quase todo o mundo. No Brasil em Mato Grosso, Minas Gerais, Gois, Rio Grande do Sul, Paran, Rio de Janeiro e So Paulo, em reas cultivadas, culturas de batatinha, caf, hortalias, milho, pomares, soja, tomate e trigo e campos; terrenos abandonados e beiras de estrada. Freqente. Habitat de preferncia: solos esgotados e ridos. Sementes e estoles

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Sonchus oleraceous L. erva anual Spilanthes acmella L. erva anual Spilhanthes stolonifera DC. erva Synedrellopsis grisebachii Hieron et Kuntz erva perene

    serralha serralheira chicria-brava serralha-brava alcachofra mastruo agrio-do-par agrio-do-Brasil agrio-da-mata agriozinho pimenta-do-mato pimenteira-do-par pimenta-dgua jambu jambu-rana jambu-au abecedria agriozinho

    Em todas as regies quentes e temperadas de todo o mundo. No Brsil em reas cultivadas principalmente com cana-de-acar, caf, hortalias e em terrenos abandonados no Esp. Santo, M. Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo. Pouco freqente. Habitat de preferncia: solos argilosos e midos Sementes. Nas regies tropicais. No Brasil do Amazonas a So Paulo em reas cultivadas e terrenos abandonados; solos arenosos e cidos. Freqente. Habitat de preferncia: solos de vrzea e midos. Sementes. No Brasil meridional, Uruguai e nordeste da Argentina. No Brasil em reas cultivadas. Pouco freqente. Habitat de preferncia: lugares midos Assinalada em So Paulo, em pastagens. Freqente. Sementes, rizomas e enraizamento de caule

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Tapetes minuta L. erva anual Taraxacum officinale Weber. erva anual ou perene Vernonia ferruginea Less. arbusto a rvore perene Vernonia polyanthes Less arbusto a rvore perene Vernonia puberula Less. arbusto a rvore

    coari-bravo rabo-de-rojo cabo-de-rojo rabo-de-foguete erva-fedorenta alfinete-do-mato cravo-de-defunto-mido cravo-de-defunto-do-mato cravinho-de-defunto cravo-de-urubu cravo-bravo cravo-do-mato coari coar coar coar-bravo voadeira rojo dente-de-leo taraxaco Assa-peixe assa-peixe cambar-gua cambar-branco cambar-de-branco

    Na Amrica do Sul, sul dos Estados Unidos e em todo o Brasil em reas cultivadas e campos abertos. Freqente. Em todo o mundo; no Brasil em reas e terrenos abandonados. Pouco freqente. Habitat de preferncia: solos frteis, sombreados e midos. Sementes Assinalada em So Paulo em reas de cerrado e solos de baixa fertilidade. Freqente. Sementes. No Brasil da Bahia at So Paulo, em capoeira, pastos, beiras de estradas e solos de baixa fertilidade. Freqente. Sementes Em Minas gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, em reas de campos. Freqente. Sementes.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, habitat e reproduo

    Vernonia scorpioides (Lam) Pers. arbusto perene Xanthium cavanillesii Schouw. sub-lenhosa anual Xanthium spinosum L. erva anual

    enxuga erva-pre nogueirinha carrapicho carrapicho-do-grande carrapicho-de-carneiro-grande carrapicho-de-carneiro espinho-de-carneiro carrapicho espinho-de-carneiro carrapicho-de-carneiro carrapicho-de-santa-helena

    Em toda a Amrica tropical e subtropical at o delta do Paran. Em quase todo o Brasil principalmente no litoral. Freqente. Habitat de preferncia: lugares sombreados e midos. Sementes. Em todo o mundo. No Brasil em reas cultivadas, terrenos abandonados e pastos. Freqente. Sementes Em todo o mundo. No Brasil em reas cultivadas, culturas de arroz, cana-de-acar, milho, pastos e terrenos abandonados. Freqente. Sementes

  • Quadro 17. As mais importantes malvceas consideradas como plantas daninhas no Brasil segundo BLANCO (1976), com os seus nomes em portugus, habitus e ciclo vegetativo, distribuio, ocorrncia e modos de reroduo.

    Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e reproduo

    Malvastrum coronandelianum (L) Garcke subarbusto anual Sida acuta Burm. var. acuta erva anual Sida carpinifolia L. f. forma carpinifolia H. Monteiro Sida carpinifolia L. f. forma pauciflora H. Monteiro subarbusto perene Sida cordifolia L. subarbusto perene

    guanxuma guaxima vassourinha malvastro falsa-guaxuma relgio guanxuma guaxima vassoura guanxuma-branca vassourinha malva-branca relgio tupitix tupix tupich zanzo guanxuma guaxima guanxuma-branca vassoura vassourinha vassourinha-alegre malva-branca malva-veludo malva

    Assinalada na Bahia, M. Gerais, S. Paulo e rio Grande do Sul e solos de cultura e pastos, beiras de estradas e terrenos abandonados. Prefere solos arenosos e secos. Tambm no Paraguai e Argentina. Muito abundante. Sementes Em reas cultivadas. Freqente. Cosmopolita tropical e subtropical. No Brasil no Cear, Pernambuco, Gois, M. Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo e Rio Grande do Sul em culturas de algodo, caf e citros, terrenos cultivados em geral, pastos e terrenos abandonados. Prefere solos arenosos e sombreados. Assinalada, tambm na Argentina, Paraguai e Peru. Muito abundante Sementes Cosmopolita tropical. No Brasil assinalada em S. Paulo, M. Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em cultura de algodo e citros terras cultivadas em geral, pastos e terrenos abandoandos. Prefere solos arenosos e secos. Encontrada tambm no Uruguai e Argentina. Muito anbundante. Sementes

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e

    reproduo Sida glaziovii K. Schum. Subarbusto Perene Sida linifolia Cav. erva anual Sida rhombifolia L. var. canariensis (Willd) Griseb. subarbusto perene Sida rhombifolia L. var. rhombifolia subarbusto perene

    guanxuma-branca guanxuma guaxima guaxuma guaxuma-fina guaxima-mida malva-vassoura malva-lingua-de-tucano malva-de-folha-estreita vassoura guanxuma guaxuma guaxima vassoura vassourinha vassoura-de-relgio relgio relgio-tupitix alta-bastarda tipiticha tipitix malva malva-preta zanzo guanxuma guaxuma guaxima vassorinha erva-do-ch

    No Brasil central e meridional em cultura de caf e em todos tipos de solo, exceo daqueles com excesso de umidade. Freqente. Sementes. Na Amrica do Sul. No Brasil assinalada no Amazonas, Cear, Bahia, Gois, Rio de Janeiro, M. Gerais, S. Paulo e Paran em solos de cultura, principalmente arenosos terrenos abandonados. Freqente. Sementes. Cosmopolita tropical. No Brasil assinalada no Par, Cear, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, M. Gerais, S. Paulo, Rio Gde. do Sul, em cultura de algodo, arroz, batatinha, caf, citros, hortalias, milho, pomares, soja, tomate, pastos, beiras de estradas, terrenos abandonados, terrenos cultivados em geral, principalmente os arenosos, cidos e ensolarados. Na Amrica do Sul na Argentina, Colmbia, Uruguai e Peru. Muito abundante Sementes. Assinalada em So Paulo em solos de cultura, principalmente arenosos, cidos e ensolarados. Freqente. Sementes.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e

    reproduo Sida spinosa L. subarbusto perene Sida spinosa L. var. angustifolia Gris. subarbusto perene Urea lobata L. subarbusto perene

    guanxuma guaxuma guaxima malva-lanceta malva zunzo guanxuma guaxuma guaxima guanxuma-roxa guaxima-roxa guaxima-aguaxima guaxima-macho guaxima-cor-de-rosa guaximba, guaxiuba malva-roxa malva-rosa malva-roxa-recortada malva-de-embira malvasco malvasco-cor-de-rosa uacima, uancima uacima-roxa carrapicho carrapicho-do-mato carrapicho-de-cavalo carrapicho-de-lavadeira

    Assinalada em So Paulo, em solos de cultura, principalmente arenosos; terrenos de vrzea. Tambm encontrada no Uruguai e Argentina. Freqente. Sementes. Assinalada no Cear e S. Paulo em solos de cutura principalmente arenosos e secos. Freqente. Sementes. Cosmopolita tropical. No Brasil assinalada no Amazonas, Par, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, M. Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, Santa Catarina e rio Grande do Sul em culturas de algodo, milho e solos cultivados em geral, principalmente os arenosos; terrenos abandonados; terrenos de baixada, beiras de estradas. Assinalada tambm na Argentina e Paraguai. Muito abundante. Semente

  • Quadro 18. As mais importantes leguminosas consideradas como plantas daninhas no Brasil segundo BLANCO (1977, no prelo), com seus nomes em portugus, habitus e ciclo vegetativo, distribuio, ocorrncia e reproduo.

    Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e reproduo Accia bonariensis Gill arbusto a rvore perene Accia farnesiana (L.) Willd. arbusto perene Accia plumosa Lowe arbusto perene Aeschynomene hispidula H.B.K. erva a arbusto anual Aescynomene selloi Vog. arbusto perene

    unha-de-gato arranha-gato espinilho coronha esponjeira aromas nhanduvai nhandubai nhanduv coroa-de-cristo coronacris unha-de-gato arranha-gato carrapicho sensitiva paric rolha-de-garrafa

    No Sul do Brasil em reas florestadas, campos e associaes secundrias; assinalada em So Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na Amrica do Sul na Argentina e Paraguai. Cosmopolita tropical e subtropical. No Brasil assinalada no Par, Cear, Paraba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, M. Gerais, S. Paulo, Paran, e Rio Grande do Sul; em campos e pastagens sujas; considerada, tambm, ornamental. Sementes. Assinalada em Minas Gerais, Rio de Janeiro e S. Paulo, em baixadas midas solos de vrzea, beiras de matas e pastos, onde ocorre de modo frenquente Espcies-problema em pastagens. Sementes. Na Amrica tropical. No Brasil do Cear ao Rio de Janeiro, M. Gerais, Mato Grosso; em cultura de algodo, cana-de-acar; prefere solos midos, ocorre de modo freqente. No Brasil do Rio de Janeiro, S. Paulo e Paran at o Rio G. do Sul; prefere solos midos, de vrzea; assinalada em cultura de arroz irrigado em S. Paulo, onde muito abundante.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e reproduo

    Andira humilis Mart. ex Benth. arbusto perene Calopogonium muconoides Desv. erva volvel anual ou perene Cssia flexuosa L. erva a subarbusto perene Cssia occidentalis L. subarbusto a arbusto anual ou perene

    mata-barata angelim-rasteiro angelim-do-campo enxada-verde falso-or jequitirana jiquitirana catinga-de-macaco-falsa calapogonio fedegoso-de-folha-mida mata-pasto fedegoso fedegoso-verdadeiro fedegoso-para-caf caf-do-paraguai caf-chimarro caf-do-goso caf-negro mata-pasto matapasto mangerioba magerioba lava-pratos tararucu taperib taperigu folha-de-paj mamang pajamarioba panamarioba maioba ibixuma

    Assinalada no Planalto Central brasileiro, M. Gerais e S. Paulo, em formao de cerrados e pastagens. Prefere solos de baixa fertilidade. Espcie problema em pastangens. Da Amrica Central at M. Gerais, Piau, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro; em reas cultivadas, cultura de cana-de-acar, campos. Freqente. Da Amrica Central e Cuba at o Uruguai, principalmente nas regies subtropicais. No Brasil assinalada em So Paulo, Paran e rio Grande do Sul; em cultura de caf, cerrados, reas cultivadas, terrenos baldios; terras baixas, costa marinha, em solos arenosos, secos e cidos. Frquente. Sementes. Cosmopolita tropical. No Brasil assinaldada no Amazonas, Par, Pernambuco, Paraba, Bahia, M. Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, S. Paulo, Paran, Rio Grande do Sul; em reas cultivadas, culturas de algodo, cana-de-acar, citros, soja e outras culturas, cerrados, terrenos baldios; pastos, solos de vrzea. Prefere solos argilosos. Na Amrica Central, na Argentina e Peru. Muito abundante. Sementes.

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e reproduo

    Cassia patellaria DC. erva a subarbusto perene Cassia rotundifolia Pers. erva a subarbusto anual ou perene Cassia tora L. erva a subarbusto anual ou perene Centrosema brasilianum (L.) Benth erva volvel perene

    cassia falsa-dormideira falsa-sensitiva matapasto erva-corao erva-de-corao alfafa-nativa accia-rasteira pasto-rasteiro matapasto fedegoso fedegoso fedegoso-branco mata-pasto matapasto matapasto liso feijo-bravo cunh jequiritirana jequitirana

    Das Guianas e Colmbia at Argentina e Uruguai. No Brasil assinalada em Pernambuco, Bahia, M. Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, Paran e Rio Grande do Sul; em cana-de-acar, citros, sorgo, campos sujos e pastos. Prefere solos arenosos secos e cidos. Freqente. Sementes. Da Amrica Central para baixo at o Uruguai. No Brasil assinalada no Piau, Pernambuco, Bahia, Gois, M. Gerais, Rio de Janeiro, So Paulo, Paran e Rio Grande do Sul; em reas cultivadas, pastos, campos, cerrados, cultura de cana-de-acar, terrenos baldios, beiras de estradas; prefere solos arenosos, cidos e secos. Tambm no Paraguai e Argentina. Freqente. Sementes. Cosmopolita tropical e subtropical. Em toda a Amrica Central. No Brasil assinalada no Amazonas, Paraba, Pernambuco, Gois, Bahia, M. Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, Paran; em reas cultivadas, cultura de algodo, caf, cana-de-acar, soja, pastagens, terrenos bladios; prefere solos argilosos. Freqente. Sementes Do Amazonas at S. Paulo; assinalada no Piau, Maranho, Paraba, Pernambuco, Mato Grosso, Gois, M. Gerais; em cultura de cana de acar, reas cultivadas, terrenos bladios. Frequente

  • Espcie botnica Nomes em Portugus Distribuio, ocorrncia e reproduo

    Crotalaria incana L. erva anual Crotalaria lanceolata E. Mey erva anual Crotalaria mucronata Desv. erva a subarbusto anual Crotalaria stipularia Desv. erva anual ou perene Desmanthus virgatus (L.) Willd. erva a arbusto

    cascaveleira chique-chique xiqu