Volume 1
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MUNICÍPIO DE AMÉRICO BRASILIENSE – SP
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
VOLUME 1
OUTUBRO/2011
Plano Municipal de Saneamento Básico
Sumário 1. Apresentação............................................................................................................................................................. 1
2. Equipe técnica............................................................................................................................................................ 3
3. Legislação de referência......................................................................................................................................... 3
4. Objetivo ...................................................................................................................................................................... 7
5. Caracterização do municipio.................................................................................................................................. 7
5.1. Contextualização regional ............................................................................................................................ 7
5.1.1. Histórico .................................................................................................................................................... 7
5.1.2. Localização ............................................................................................................................................10
5.1.3. Acesso .....................................................................................................................................................11
5.2. Aspectos físico-ambientais ...........................................................................................................................12
5.2.1. Clima .......................................................................................................................................................12
5.2.2. Geologia ................................................................................................................................................14
5.2.3. Geomorfologia .....................................................................................................................................16
5.2.4. Cobertura vegetal................................................................................................................................17
5.2.5. Hidrogeologia.......................................................................................................................................20
5.2.1. Hidrologia ..............................................................................................................................................26
5.3. Aspectos antrópicos.......................................................................................................................................31
5.3.1. Demografia............................................................................................................................................31
5.3.2. Desenvolvimento urbano .....................................................................................................................31
5.3.3. Economia.................................................................................................................................................34
5.3.4. Saúde......................................................................................................................................................35
5.3.5. Educação ................................................................................................................................................37
5.3.6. Habitação ..............................................................................................................................................39
5.3.7. Gestão ambiental.................................................................................................................................40
5.3.8. Gestão pública......................................................................................................................................40
5.3.9. Qualidade de vida ..............................................................................................................................42
6. Potencialidade e disponibilidade hídrica..........................................................................................................47
6.1. Reservas hídricas do Aquífero Serra Geral.............................................................................................49
6.2. Reservas hídricas do Aquífero Guarani....................................................................................................50
6.3. Áreas contaminadas......................................................................................................................................51
Plano Municipal de Saneamento Básico
7. Organização dos serviços de saneamento........................................................................................................51
7.1. Legislação municipal relacionada ao saneamento.................................................................................51
7.1.1. Código de posturas..............................................................................................................................53
7.1.2. Parcelamento do solo urbano ............................................................................................................54
7.1.3. Normas adicionais para loteamentos...............................................................................................55
7.1.4. Plano diretor de desenvolvimento urbano ......................................................................................55
7.1.5. Revisão geral da lei orgânica ...........................................................................................................58
7.1.6. Criação do DAEMA – Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente ...............................59
7.1.7. Criação do CMMA – Conselho Municipal do Meio Ambiente.....................................................59
7.1.8. Controle do desperdício de água potável .....................................................................................62
7.1.9. Considerações finais ............................................................................................................................64
7.2. Estrutura organizacional e infraestrutura .................................................................................................64
7.3. Estudos e planos anteriores .........................................................................................................................68
7.3.1. Planejamento do sistema de esgotamento sanitário – 1987......................................................68
7.3.2. Planejamento do sistema de abastecimento de água - 1989....................................................68
7.3.3. Planejamento do sistema de abastecimento de água – 1994...................................................70
7.3.4. Parecer técnico - 1996........................................................................................................................71
7.3.5. Parecer Técnico nº 9118-301 - IPT – 2.004 ..................................................................................71
7.3.6. Projeto do sistema de esgotamento sanitário – 2007..................................................................71
7.3.7. Projeto da ETE – 2009........................................................................................................................72
7.3.8. Projeto do emissário – 2009..............................................................................................................73
7.3.9. Caracterização de matas ciliares - 2009.......................................................................................73
7.3.10. Plano Diretor de Saneamento Básico (PDSB) – 2.011..................................................................73
7.3.11. Projetos de ampliações e melhorias do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) .............73
7.3.12. Plano diretor de combate a perdas.................................................................................................74
7.4. Levantamento patrimonial ...........................................................................................................................74
7.5. Aspectos econômicos e financeiros.............................................................................................................84
7.6. Indicadores de desempenho........................................................................................................................87
8. Sistema de Abastecimento de água (SAA)........................................................................................................89
8.1. Captação de água subterrânea ................................................................................................................93
8.1.1. Características construtivas e parâmetros hidráulicos dos poços ...............................................93
Plano Municipal de Saneamento Básico
8.1.2. Condições de instalação, operação e manutenção dos poços ...................................................94
8.1.3. Outorgas dos poços ..........................................................................................................................108
8.1.4. Manutenção e conservação civil e elétrica...................................................................................111
8.2. Elevação e adução de água bruta.........................................................................................................114
8.3. Reservação de água bruta e tratada....................................................................................................117
8.4. Tratamento e controle de qualidade da água ....................................................................................119
8.5. Elevação da água tratada.......................................................................................................................126
8.6. Rede de distribuição de água .................................................................................................................127
8.7. Ligações prediais........................................................................................................................................130
8.8. Micro medição.............................................................................................................................................131
8.9. Rotinas de leitura de hidrômetros ...........................................................................................................135
8.10. Perfil de consumo de água ..................................................................................................................142
8.11. Diagnóstico operacional do SAA........................................................................................................144
8.11.1. Gestão comercial...............................................................................................................................145
8.11.2. Deficiências na operação e manutenção de poços....................................................................145
8.11.3. Perdas d´água...................................................................................................................................147
8.11.4. Deficiências da produção e reservação de água......................................................................149
9. Sistema de esgotamento sanitário ...................................................................................................................151
9.1. Rede coletora de esgoto...........................................................................................................................151
9.2. Volume de esgoto coletado......................................................................................................................156
9.3. Sistema de afastamento de esgoto ........................................................................................................156
9.4. Projeto da estação de tratamento de esgoto - ETE ............................................................................161
9.5. Licenças ambientais e outorgas para implantação da ETE................................................................165
9.6. Custo operacional previsto da ETE..........................................................................................................177
Plano Municipal de Saneamento Básico
9.7. Aproveitamento da área remanescente da ETE ..................................................................................177
9.8. Diagnóstico operacional do SES..............................................................................................................178
Plano Municipal de Saneamento Básico
Figuras
Figura 5-1: Retrato de Américo Brasiliense de Almeida e Mello ............................................................................ 8
Figura 5-2: Estação ferroviária de Américo Brasiliense em 12/2008 (Foto de Rafael Correa:
http://www.estacoesferroviarias.com.br/a/ambrasil.htm) ....................................................................................... 9
Figura 5-3: Região Administrativa Central (http://www.igc.sp.gov.br)...............................................................10
Figura 5-4: Limites dos municípios vizinhos .................................................................................................................11
Figura 5-5: Localização dos postos pluviométricos e superfície de tendência de precipitação .....................13
Figura 5-6: Balanço hidrico no solo ao longo do ano..............................................................................................13
Figura 5-7: Mapa geológico do município de Américo Brasiliense.......................................................................15
Figura 5-8: Mapa geológico simplificado sobre superfície 3D .............................................................................15
Figura 5-9: Mapa geomorfológico do município de Américo Brasiliense............................................................17
Figura 5-10: Mapa da cobertura vegetal do município de Américo Brasiliense...............................................18
Figura 5-11: Imagens do satélite Landsat - Embrapa - 2001...............................................................................19
Figura 5-12: Uso e ocupação do solo no município de Américo Brasiliense .......................................................19
Figura 5-13: Principais aquíferos da BH Mogi..........................................................................................................21
Figura 5-14: Distribuição dos volumes explotados de água subterrânea entre os aquíferos: Bauru,
Bauru/Serra Geral, Serra Geral e Guarani..............................................................................................................21
Figura 5-15: Divisão do Estado de São Paulo em unidades de gestão de recursos hídricos..........................28
Figura 5-16: Subdivisão da UGRH09 em 5 compartimentos .................................................................................28
Figura 5-17: Enquadramento dos cursos de água (azul: Classe 2, amarelo: Classe 3, vermelho: Classe 4)
.............................................................................................................................................................................................29
Plano Municipal de Saneamento Básico
Figura 5-18: Rede de drenagem do município .........................................................................................................29
Figura 5-19: Bacias urbanas dos córregos Ponte Alta e Xavier............................................................................30
Figura 5-20: Zoneamento urbano ................................................................................................................................33
Figura 5-21: Evolução do PIB municipal total e per capta .....................................................................................34
Figura 5-22: Evolução do IPRS......................................................................................................................................47
Figura 7-1: Organograma do DAEMA........................................................................................................................65
Figura 8-1: Componentes do setor do CRD 1............................................................................................................89
Figura 8-2: Componentes do setor do CRD 2............................................................................................................90
Figura 8-3 Componentes do setor do CRD 3.............................................................................................................90
Figura 8-4: Componentes do setor do CRD 4............................................................................................................91
Figura 8-5: Componentes do setor do CRD 6............................................................................................................91
Figura 8-6: Planta de localização dos componentes do SAA ................................................................................92
Figura 8-7: Exemplo de ordem de serviço de manutenção preventiva ............................................................112
Figura 8-8: Rede de distribuição de água..............................................................................................................129
Figura 8-9: Rotas de leitura de hidrômetros...........................................................................................................142
Figura 8-10: Curva de permanência do consumo mensal ....................................................................................144
Figura 8-11: Modelo de Balanço Hídrico Anual de Água- IWA– Lambert & Hirner (2000).......................147
Figura 9-1: Bacias de contribuição e pontos de lançamento de esgoto ...........................................................155
Figura 9-2: Localização das áreas do emissário e da ETE ..................................................................................157
Figura 9-3: Fluxograma do projeto da ETE, elaborado em 2007, com sistema de lagoas de estabilização
..........................................................................................................................................................................................161
Figura 9-4: Fluxograma do projeto da ETE, elaborado em 2009, com reatores anaeróbios .....................163
Plano Municipal de Saneamento Básico
Fotografias
Foto 7-1: Perua Kombi - pedreiro................................................................................................................................67
Foto 7-2: Caminhão Agrale – rede de água.............................................................................................................67
Foto 7-3: Pickup Fiat Strada – Chefe de Operações ..............................................................................................67
Foto 7-4: Fiat Uno – Hidrômetros .................................................................................................................................67
Foto 7-5: Interior do Fiat Uno........................................................................................................................................67
Foto 8-1: Poço P01 - próximo Luiz Ometto.............................................................................................................106
Foto 8-2: Poço P02 - próximo ao Recinto de Exposições.....................................................................................106
Foto 8-3: Poço P03 - Sinhá Prado.............................................................................................................................107
Foto 8-4: Poço P04 – próximo bairro São José.....................................................................................................107
Foto 8-5: Poço P05 - Maria Mendes ........................................................................................................................107
Foto 8-6: Poço P06 - São José...................................................................................................................................107
Foto 8-7: Poço P07 - São Judas Tadeu ...................................................................................................................108
Foto 8-8: Poços P08 e P08A - Recinto de Exposições...........................................................................................108
Foto 8-9: Poço P09 - Santa Terezinha .....................................................................................................................108
Foto 8-10: Poço P10 - Vista Alegre..........................................................................................................................108
Foto 8-11: P03 - alambrado rompido .....................................................................................................................111
Foto 8-12: P04 - tela do alambrado furtada ........................................................................................................111
Foto 8-13: P07 - alambrado rompido .....................................................................................................................111
Foto 8-14: EAB1 - bomba centrífuga, sem reserva ...............................................................................................114
Plano Municipal de Saneamento Básico
Foto 8-15: EAB2 - transferência setor 1 para setor 3..........................................................................................114
Foto 8-16: EAB1 / EAB2 - cobertura da casa de bombas ..................................................................................115
Foto 8-17: EAB1 / EAB2 - painéis elétricos sem proteção...................................................................................115
Foto 8-18: EAB3 - poço de sucção e bombas centrífugas ...................................................................................115
Foto 8-19: EAB3 - cobertura da casa de bombas ................................................................................................115
Foto 8-20: EAB4 - bombas centrífugas ....................................................................................................................116
Foto 8-21: EAB4 - painel elétrico..............................................................................................................................116
Foto 8-22: Reservatórios RE11, RA11 (perfuração por corrosão) e RA12 ......................................................118
Foto 8-23: RE21 - vazamento na base por corrosão............................................................................................118
Foto 8-24: RA21- perfurações causadas por corrosão........................................................................................118
Foto 8-25: RE41 - reservatório elevado e apoiado sem bomba elevatória ...................................................118
Foto 8-26: RS31, RS32, RE31 com capacidade de reservação insuficiente ....................................................119
Foto 8-27: RE61 e RA61 (câmara superior e inferior) chapa de aço com deformação e perfurações por
corrosão ..........................................................................................................................................................................119
Foto 8-28: Bomba de cloro do CRD1.......................................................................................................................121
Foto 8-29: Reservatório de cloro do CRD1.............................................................................................................121
Foto 8-30: Bomba dosadora de cloro do CRD1....................................................................................................122
Foto 8-31: Reservatório de flúor do CRD1 .............................................................................................................122
Foto 8-32: Bomba dosadora de fluor do CRD1 ....................................................................................................122
Foto 8-33: Reservatório de cloro do CRD2.............................................................................................................122
Foto 8-34: Bomba de flúor do CRD2 .......................................................................................................................123
Foto 8-35: Reservatório de flúor do CRD2 .............................................................................................................123
Plano Municipal de Saneamento Básico
Foto 8-36: Bomba de cloro do CRD3.......................................................................................................................123
Foto 8-37: Reservatório de cloro do CRD3.............................................................................................................123
Foto 8-38: Bomba de flúor do CRD3 .......................................................................................................................124
Foto 8-39: Reservatório de flúor do CRD3 .............................................................................................................124
Foto 8-40: Bomba de cloro do CRD4.......................................................................................................................124
Foto 8-41: Reservatório de cloro do CRD4.............................................................................................................124
Foto 8-42: Bomba de flúor do CRD4 .......................................................................................................................125
Foto 8-43: Reservatório de flúor do CRD4 .............................................................................................................125
Foto 8-44: Bomba de cloro do CRD6.......................................................................................................................125
Foto 8-45: Reservatório de cloro do CRD6.............................................................................................................125
Foto 8-46: EAT1, localizada no CRD1......................................................................................................................126
Foto 8-47: EAT2, localizada no CRD2......................................................................................................................126
Foto 8-48: EAT3, localizada no CRD3......................................................................................................................126
Foto 8-49: EAT4, localizada no CRD6......................................................................................................................126
Plano Municipal de Saneamento Básico
Tabelas
Tabela 5-1: Precipitação média mensal e anual (mm) por posto pluviométrico ................................................12
Tabela 5-2: Declividade do terreno no município ....................................................................................................17
Tabela 5-3: Áreas com cobertura vegetal nativa no município.............................................................................18
Tabela 5-4: Usuários de água subterrânea - Aquífero Bauru...............................................................................22
Tabela 5-5: Usuários de água subterrânea - Aquífero Bauru / Serra Geral....................................................23
Tabela 5-6: Usuários de água subterrânea - Aquífero Serra Geral ...................................................................24
Tabela 5-7: Usuários de água subterrânea - Aquífero Guarani ..........................................................................25
Tabela 5-8: Municípios paulistas da UGRHI09 - Fonte: CBH-Mogi, 2008b .......................................................27
Tabela 5-9: Vazão critica das bacias urbanas dos córregos Ponte Alta e Xavier ...........................................30
Tabela 5-10: Áreas definidas pelo zoneamento urbano........................................................................................32
Tabela 5-11: Vínculos empregatícios por atividade – 2.010 (SEADE) ................................................................34
Tabela 5-12: Frota municipal de veículos - 2.009 ...................................................................................................35
Tabela 5-13: Consumo de energia elétrica – SEADE - 2010 ................................................................................35
Tabela 5-14: Infraestrutura de saúde no município – 2.009 .................................................................................36
Tabela 5-15: Estatísticas vitais e de saúde................................................................................................................37
Tabela 5-16: Parâmetros estatísticos de educação básica - 2.000.....................................................................37
Tabela 5-17: Concluintes, taxas de evasão, aprovação e reprovação por nível de ensino (SEADE) ...........38
Tabela 5-18: Matriculas em instituições de educação municipais e estaduais - 2.010 ....................................39
Tabela 5-19: Previsão orçamentária - 2011 ............................................................................................................42
Plano Municipal de Saneamento Básico
Tabela 5-20: IDH-M dos municípios da RG de Araraquara (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil)
.............................................................................................................................................................................................44
Tabela 5-21: Parâmetros do município para o cálculo do Índice Futuridade - 2008 ......................................46
Tabela 7-1: Veículos utilizados pelo DAEMA ............................................................................................................66
Tabela 7-2: Parâmetros de projeto da ETE de esgoto bruto e tratado..............................................................72
Tabela 7-3: Materiais de escritório – plaquetados .................................................................................................75
Tabela 7-4: Materiais de escritório - não plaquetados..........................................................................................76
Tabela 7-5: Materiais plaquetados no CRD1 ...........................................................................................................76
Tabela 7-6: Materiais não plaquetados no CRD1 ...................................................................................................78
Tabela 7-7: Materiais não plaquetados da unidade de serviços de rede de água........................................79
Tabela 7-8: Materiais não plaquetados da unidade de serviço de rede de esgoto.......................................80
Tabela 7-9: Materiais não plaquetados da unidade de ligação de água ........................................................80
Tabela 7-10: Materiais da unidade de serviço geral .............................................................................................80
Tabela 7-11: Equipamentos eletromecânicos utilizados pelo DAEMA .................................................................81
Tabela 7-12: Bombas submersas reserva no almoxarifado...................................................................................83
Tabela 7-13: Imóveis da Prefeitura - DAEMA...........................................................................................................84
Tabela 7-14: Receitas provenientes dos serviços de água e esgoto- 2010.......................................................84
Tabela 7-15: Despesas com os serviços de água e esgoto - 2010......................................................................85
Tabela 7-16: Tabela tarifária dos serviços de água e esgoto - 2010/2011...................................................85
Tabela 7-17: Comparação com municípios vizinhos e outros municípios paulistas do mesmo porte – SNIS
2009...................................................................................................................................................................................86
Tabela 7-18: Indicadores de desempenho dos serviços de água e esgoto - SNIS 2009................................88
Plano Municipal de Saneamento Básico
Tabela 8-1: Características construtivas dos poços ..................................................................................................93
Tabela 8-2: Parâmetros hidráulicos dos testes de bombeamento dos poços do DAEMA................................94
Tabela 8-3: Sistemas de acionamento elétrico.......................................................................................................104
Tabela 8-4: Condições de operação e produção dos poços (valores médios – 2010) ................................105
Tabela 8-5: Capacidade de produção diária em função do tempo de funcionamento dos poços ...........106
Tabela 8-6: Vazões outorgadas e regime de funcionamento dos poços .........................................................109
Tabela 8-7: Estações elevatórias de água bruta ..................................................................................................114
Tabela 8-8: Tubulação do cavalete de saída dos poços e adução aos reservatórios..................................116
Tabela 8-9: Adutoras e sub-adutoras de água bruta ..........................................................................................116
Tabela 8-9: Localização dos Centros de Reservação e Distribuição (CRD) .....................................................117
Tabela 8-10: Características dos reservatórios .....................................................................................................117
Tabela 8-11: Resultados do controle de qualidade da água - 2010..............................................................120
Tabela 8-12: Resultados do controle de qualidade da água pela Vigilância Sanitária - 2010...............121
Tabela 8-13: Estações elevatórias de água tratada ...........................................................................................126
Tabela 8-14: Plantas de projetos urbanísticos disponíveis ..................................................................................128
Tabela 8-15: Diâmetro e extensão da rede de abastecimento de água........................................................128
Tabela 8-16: Ligações e economias atendidas pela rede de água, por bairro e setor de distribuição -
2010................................................................................................................................................................................130
Tabela 8-17: Quantidade de hidrômetros instalados por categoria da ligação de água .........................131
Tabela 8-18: Hidrômetros instalados por bairro e setor de abastecimento - 2010 .....................................132
Tabela 8-19: Faixas de idade dos hidrômetros instalados - 2010...................................................................133
Tabela 8-20: Índice de prioridade para troca de hidrômetros por bairros ...................................................134
Plano Municipal de Saneamento Básico
Tabela 8-21: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 1 .......................................................................................135
Tabela 8-22: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 2 .......................................................................................137
Tabela 8-23: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 3 .......................................................................................139
Tabela 8-24: Consumo por categoria da ligação de água - 2010..................................................................143
Tabela 8-25: Incidência de ligações com consumo mensal dentro das classes (faixas de consumo) ..........144
Tabela 8-26: Comparação entre demanda e capacidade disponível .............................................................150
Tabela 9-1: Projetos de loteamentos com dados de rede coletora de esgoto...............................................152
Tabela 9-2: Rede de esgotamento sanitário por ponto de lançamento...........................................................154
Tabela 9-3: Parâmetros para estimativa de volume de esgoto coletado e lançado nos cursos de água 156
Tabela 9-4: Vazão de lançamento e vazão crítica nos pontos de lançamentos de esgoto .........................156
Tabela 9-5: Parâmetros de projeto da ETE de esgoto bruto e tratado...........................................................165
Tabela 9-6: Estimativa de custo operacional da ETE por UASB e lodos ativados..........................................177
Plano Municipal de Saneamento Básico
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1. APRESENTAÇÃO
A Lei nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217 de 21 de Junho de
2010 determina que a prestação de serviços públicos de saneamento básico esteja baseada em planos
de saneamento básico.
O Municipio de Américo Brasiliense - SP, com o objetivo de viabilizar a elaboração do Plano Municipal de
Saneamento Básico – PMSB, publicou, em 08 de abril de 2.011, edital de Procedimento de Manifestação
de Interesse – PMI com o objetivo de autorizar que interessados elaborassem os estudos e as propostas
necessárias ao desenvolvimento dos serviços de saneamento básico nos termos previstos na legislação.
A petição do Consórcio Saneamento Básico Américo Brasiliense, com sede na Rua Fidencio Ramos, n.º
195 - 14º andar – conjunto 142 SL. E, Vila Olímpia, Cidade e Estado de São Paulo foi analisada pela
Comissão Especial nomeada por meio da Portaria nº 248/2011, datada de 07 de abril de 2.011, que a
considerou em conformidade com o edital do PMI. O parecer favorável da comissão foi ratificado pelo
Prefeito, conforme publicação no Diário Oficial de 18 de junho de 2011.
Em conformidade com as especificações técnicas do PMI, a realização dos estudos foi organizada em três
blocos, cujas atividades e escopo são descritas a seguir:
Bloco 1 – Diagnóstico físico, jurídico, técnico-operacional, gerencial e institucional dos sistemas atuais
de prestação de serviços públicos de saneamento básico:
Estudos técnicos, jurídicos e econômicos dos modelos utilizados na prestação dos serviços públicos de
saneamento básico, verificando a estrutura de funcionamento e gestão dos órgãos e dos contratos
existentes, bem como da legislação municipal pertinente.
Bloco 2 – Estudos sobre os Requisitos da Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 (Diretrizes
Nacionais de Saneamento Básico):
Estudos técnicos, jurídicos e econômicos necessários a elaboração do Plano Municipal de Saneamento
Básico, nos termos inciso I, do art. 9º, da Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, contendo:
1. diagnóstico da situação do saneamento básico no Município e de seus impactos as condições
de vida em cada uma das faixas socioeconômicas da população utilizando sistema de
indicadores sanitários, epidemiológicos, hidrológicos, sócio-econômicos e ambientais
apontando as causas das deficiências detectadas;
Plano Municipal de Saneamento Básico
2
2. proposta de objetivos de curto, médio e longo prazo para a universalização de acesso aos serviços,
bem como a melhoria de sua qualidade, admitidas soluções graduais e progressivas com horizonte,
no máximo, de 30 (trinta) anos, sendo atingida a universalização dos serviços num prazo não
superior a 20 (vinte) anos;
3. proposta de programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas,
com demonstração de sua viabilidade econômico-financeira;
4. proposta de ações para emergências e contingências, e
5. sugestões tecnicamente fundamentadas para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia
das ações programadas.
Bloco 3 - Estudos necessários para a licitação e/ou contratação dos Serviços de Saneamento Básico:
1. Estudos técnicos, jurídicos e econômicos sobre a implementação das alternativas apontadas
para a prestação dos serviços públicos de saneamento básico, nos termos do art. 175 da
Constituição Federal e Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007;
2. Minutas de projeto de lei e outros instrumentos necessários para a instituição e funcionamento
do órgão ou entidade de regulação dos serviços, após estudo prévio de alternativas;
3. Estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação dos serviços através de
contrato, a fim de se cumprir o previsto no art. 11, inciso II, da Lei Nacional de Saneamento
Básico;
4. Minutas de projeto de lei para a autorização de concessão ou de gestão associada de
serviços públicos, bem como para o cumprimento de todos os outros requisitos da legislação
correlata; e
5. Minutas de edital de licitação e de contrato de concessão ou de programa, a fim de que
sejam submetidos à consulta pública.
A primeira reunião entre representantes da Prefeitura e do Consórcio, destinada à coleta de dados e
informações, foi realizada em 28 de junho de 2011. A equipe técnica do Consórcio deu inicio aos
trabalhos, em 08 de agosto de 2001, a partir da entrega pela prefeitura de cópias em meio digital dos
documentos solicitados.
O presente relatório equivale ao primeiro produto do processo de elaboração do PMSB, relativo ao
Bloco 1.
Plano Municipal de Saneamento Básico
3
2. EQUIPE TÉCNICA
Para a elaboração do presente trabalho, o Consórcio Saneamento Básico de Américo Brasiliense,
constituiu a seguinte equipe técnica:
Profissional Função
Eng. Civil Jose Miguel Maia Responsável Técnico e Coordenador
Eng. Sanitarista Fabrício Jacques Vieira Engenheiro
Eng. Civil Luciano Farias de Novaes Consultor
Eng. Civil Marcos Antonio Moretti Consultor
Eng. Ambiental Felipe Pereira Honda Consultor
Eng. Agrícola Thiago Bueno de Oliveira Consultor
Engª Civil Madelon Rebelo Peters Engenheira
Dr. Pedro Miguel Cardoso Alves Administrador
Dr. Walter Roberto Freitas Administrador
Dr. Gustavo Russignoli Bugalho Advogado
O Sr. Valdemiro Brito Gouvêa, Prefeito do Município, por meio da Portaria 477/2.011, datada de 02 de
agosto de 2011, designou uma Comissão Especial com a finalidade específica de coordenar a
elaboração do PMSB. A comissão é composta por Julio Cesar Arantes Perroni, representante do
Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente, Murilo de Souza Correa, representante do
Departamento de Planejamento, Obras e Serviços e Sebastião Donizete Rorato, representante do
Gabinete do Prefeito.
3. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
Em conformidade com as diretrizes estabelecidas por documento do Ministério das Cidades (MINISTÉRIO
DAS CIDADES, 2010), na elaboração do PMSB foram aplicados os princípios, diretrizes e instrumentos
definidos na legislação aplicável e nos Programas e Políticas Públicas com interface com o Saneamento
Básico, em particular:
• Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades
• Lei 11.445/07 – Lei Nacional de Saneamento Básico
Plano Municipal de Saneamento Básico
4
• Decreto 7.217/10 – Que regulamenta a Lei 11.445/07
• Lei 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos
• Decreto 7.404/10 – Que regulamenta a Lei 12.305/10
• Lei 11.107/05 – Lei de Consórcios Públicos
• Lei 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde
• Lei 8.987/1995 – Lei de Concessão e Permissão de serviços públicos
• Lei 11.124/05 – Lei do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social
• Lei 9.433/1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos.
• Portaria 518/04 do Min. da Saúde e Decreto 5.440/05 – Que, respectivamente, definem os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle de qualidade da água para consumo
humano e à informação ao consumidor sobre a qualidade da água.
• Resolução Recomendada 75 de 02/07/09 do Conselho das Cidades, que tratada Política e do
conteúdo Mínimo dos Planos de Saneamento Básico.
• Resolução CONAMA 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil.
• Resolução CONAMA 283/2001 - Dispõe sobre tratamento e destinação final dos resíduos dos
serviços de saúde.
O PMSB contempla as interferências com outros instrumentos legais municipais, tais como:
• A Lei Orgânica, o Plano Diretor, que é o instrumento básico de expansão e desenvolvimento
urbano e estabelece as diretrizes para a ocupação de áreas urbanizáveis e as que não podem
ser ocupadas;
• As leis municipais que estabelecem e modificam os códigos municipais de: Tributos, Posturas,
Edificações, Arborização e Meio Ambiente.
O PMSB contempla os planos da bacia hidrográfica na qual o município de Américo Brasiliense está
inserido: Mogi-Guaçu (UGRHI 09).
Plano Municipal de Saneamento Básico
5
Os princípios estabelecidos na legislação federal vigente e que foram incorporados na elaboração do
PMSB são:
a) Diretos constitucionais:
• Direito à saúde, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (art.196);
• Direito à saúde, incluindo a competência do Sistema Único de Saúde de participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico (inciso IV, do art. 200);
• Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo (art. 225, Capítulo VI); e
• Direito à educação ambiental em todos os níveis de ensino para a preservação do meio ambiente (inciso VI, § 1º, art. 225).
b) Da Política Urbana, estabelecidos na Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades:
• Direito a cidades sustentáveis, ao saneamento ambiental, [...] para as atuais e futuras gerações (inciso I, art. 2º);
• Diagnósticos setoriais, porém integrados (abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e águas pluviais), para áreas com populações adensadas e dispersas;
• Direito a participação na gestão municipal por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano (inciso II, art. 2º);
• Garantia das funções sociais da cidade e do controle do uso do solo para evitar a deterioração de áreas urbanizadas, a poluição e a degradação ambiental; e garantia do direito à expansão urbana compatível com a sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território e a justa distribuição dos benefícios e ônus da urbanização (art. 2º); e
• Garantia à moradia digna como direito e vetor da inclusão social.
c) Da Política de Saúde, estabelecidos na Lei nº 8.080/90:
• Direito universal à saúde com equidade e atendimento integral;
• Promoção da saúde pública;
• Salubridade ambiental como um direito social e patrimônio coletivo;
• Saneamento Básico como fator determinante e condicionante da saúde (art. 3º);
• Articulação das políticas e programas da Saúde com o saneamento e o meio ambiente (inciso II, art. 13);
• Participação da União, Estados e Municípios na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico (art. 15); e
• Considerar a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas no modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena (art. 19-F).
Plano Municipal de Saneamento Básico
6
d) Da Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecidos pela Lei nº 9.433/97:
• Água como um bem de domínio público (inciso I, art. 1º), como um recurso natural limitado, dotado de valor econômico (inciso II, art. 1º), devendo ser assegurada à atual e às futuras gerações (inciso I, art. 2º);
• Direito ao uso prioritário dos recursos hídricos ao consumo humano e a dessedentação de animais em situações de escassez (inciso III, art. 1º);
• Gestão dos recursos hídricos voltados a garantir o uso múltiplo das águas (inciso IV, art. 1º);
• Garantia da adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País (inciso II, art. 3º);
• Garantia da articulação dos planos de recursos hídricos com o planejamento dos setores usuários (inciso IV, art. 3º); e
• Promoção da percepção quanto à conservação da água como valor socioambiental relevante.
e) Da prestação dos serviços públicos de saneamento básico, estabelecidos no Art. 2º, da Lei
11.445/07:
• Universalização do acesso;
• Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
• Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
• Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
• Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;
• Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;
• Eficiência e sustentabilidade econômica;
• Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
• Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados;
• Controle social;
• Segurança, qualidade e regularidade; e
• Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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4. OBJETIVO
O objetivo geral do Plano Municipal de Saneamento Básico é apresentar o diagnóstico técnico dos
sistemas de água, esgoto, manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana, identificando as suas
deficiências e propondo as melhores alternativas para o plano de intervenção, abrangendo ampliações,
melhorias ou recuperação do sistema, para o atendimento à demanda futura de serviços, para o
horizonte de 30 (trinta) anos.
Assim, os objetivos específicos do presente trabalho são:
• realizar diagnósticos setoriais, porém integrados (abastecimento de água, esgotamento sanitário,
resíduos sólidos e águas pluviais), para áreas com populações adensadas e dispersas do
município de Américo Brasiliense;
• elaborar propostas de intervenções com base na análise de diferentes cenários alternativos e
estabelecimento de prioridades;
• definir os objetivos e metas de curto, médio e longo prazo a serem realizados no município de
Américo Brasiliense, bem como definir os programas, ações e projetos necessários para atingir os
objetivos e metas estabelecidos;
• realizar uma programação física, financeira e institucional da implantação das intervenções
necessárias para atingir os objetivos e metas, associada a um planejamento para revisão e
atualização.
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO
Nos itens seguintes são apresentadas a características gerais e físicas do município.
5.1. Contextualização regional
5.1.1. Histórico
A próspera cultura cafeeira da região se iniciou com a chegada das famílias de Germano Xavier
de Mendonça e de Martiniano de Oliveira que se estabeleceram na sesmaria do Rancho
Queimado e de Cruzes respectivamente, em 1854.
Plano Municipal de Saneamento Básico
8
Mais tarde, as famílias do coronel Américo de Toledo Pizza e de Manoel Antônio Borba
construíram as primeiras casas do povoado. Este último deu o nome de Américo Brasiliense ao
povoado, homenageando seu amigo republicano e abolicionista, Américo Brasiliense de Almeida
e Mello (Figura 5-1), que havia sido Presidente do Estado da Paraíba e Rio de Janeiro e
Governador de São Paulo.
Figura 5-1: Retrato de Américo Brasiliense de Almeida e Mello
A ferrovia, construída em 1892, quase 40 anos depois da chegada das primeiras famílias ao
local, foi um grande marco e passou a integrar a economia do povoado com as demais regiões
do Estado (Figura 5-2). Nesta época, o vilarejo já contava com luz elétrica, água encanada,
atendimento médico, hotéis, restaurantes e outros melhoramentos.
Uma epidemia de febre amarela em Araraquara fez com que a população se refugiasse nas
fazendas e povoados próximos e um considerável número de pessoas deslocou-se para Américo
Brasiliense, inclusive órgãos administrativos. Foram construídos casas, bancos, cartórios, escritórios
de advocacias, empresa telefônica e casas comerciais.
Em 20 de novembro de 1922, Américo Brasiliense transformou-se em Distrito de Paz de
Araraquara, no então governo de Washington Luiz P. de Souza, governador do Estado. O Distrito
de paz de Américo Brasiliense foi instalado por ata de 21 de fevereiro de 1923 (Boletim do DEE
de São Paulo, nº 8 - agosto - 1943).
Mas o grande desenvolvimento da região foi interrompido pela crise cafeeira que atingiu o país
na década de 30. As fazendas transformaram-se em pastagens, forçando muitas famílias a
Plano Municipal de Saneamento Básico
9
migrarem para outras cidades. O progresso voltou com a nova cultura que iria prevalecer na
região: a cana de açúcar. Assim, instalam-se na região a partir de 1943, usinas de açúcar e
metalúrgicas, atraindo até pessoas de outras regiões do país.
Figura 5-2: Estação ferroviária de Américo Brasiliense em 12/2008 (Foto de Rafael Correa: http://www.estacoesferroviarias.com.br/a/ambrasil.htm)
Em 1963 foi realizado plebiscito entre os moradores que pediam autonomia política e
administrativa do Distrito. Em 28 de fevereiro de 1964, Américo Brasiliense foi elevado à
categoria de município pela Lei Estadual nº 8092, cuja instalação do Distrito Sede ocorreu no dia
21 de março de 1965, quando tomou posse o primeiro prefeito eleito em janeiro daquele ano.
Depois de conquistar a autonomia política, o município cresceu significativamente em todos os
setores sociais. Com uma população estagnada até início da década de 80, girando em torno de
12 mil moradores, em 20 anos sua população mais que dobrou atingindo, em 2010, 34.522
habitantes, sendo 34.261 moradores da área urbana.
A cidade de Américo Brasiliense, assim como muitas outras cidades brasileiras que apresentaram
rápido crescimento nas últimas décadas, acumulou, nesse período, problemas em praticamente
todos os aspectos da infraestrutura urbana, em particular no que se refere ao saneamento básico.
Plano Municipal de Saneamento Básico
10
5.1.2. Localização
Américo Brasiliense pertence à Região Administrativa Central do Estado de São Paulo (Figura
5-3), com 11.018 km² ou 4,4% do território paulista, formada por duas regiões de governo:
Araraquara e São Carlos, que englobam 26 municípios, sendo:
• Região de Araraquara: Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul,
Borborema, Cândido Rodrigues, Dobrada, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibitinga,
Itápolis, Matão, Motuca, Nova Europa, Rincão, Santa Ernestina, Santa Lúcia, Tabatinga,
Taquaritinga e Trabiju;
• Região de São Carlos: Descalvado, Dourado, Ibaté, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Santa
Rita do Passa Quatro e São Carlos.
Figura 5-3: Região Administrativa Central (http://www.igc.sp.gov.br)
O município de Américo Brasiliense possui área de 122 km2 e sua sede municipal 7,2 km2,
localizada na latitude sul 21º43'43", longitude oeste 48º06'14" e altitude máxima da ordem de
750 metros.
Plano Municipal de Saneamento Básico
11
As divisas intermunicipais são indicadas na Figura 5-4, sendo que os municípios limítrofes são:
Araraquara, São Carlos e Santa Lúcia. As sedes municipais de Américo Brasiliense e Araraquara
são conurbadas.
Figura 5-4: Limites dos municípios vizinhos
5.1.3. Acesso
A posição geográfica privilegiada do município propicia a utilização de sistema viário
multimodal, composto por rodovias, ferrovias e grande número de vias secundárias, que facilita as
relações comerciais com outras regiões do Estado e do país.
O entroncamento ferroviário de Araraquara possui importantes ligações a leste (Campinas, São
Paulo e Santos), ao norte (Barretos e Colômbia, na divisa com Minas Gerais) e a oeste (São José
do Rio Preto e Rubinéia, na divisa com Mato Grosso do Sul).
Distante cerca de 290 km da capital paulista, o acesso rodoviário é feito pelas rodovias
Washington Luiz (SP-310), Anhanguera (SP-330) e/ou Bandeirantes (SP-348).
A cidade vizinha de Araraquara possui aeroporto, heliporto e é servida por rede de comunicação
para transmissão de dados e informações por meio de fibras ópticas, interligando-se às principais
cidades do país.
Plano Municipal de Saneamento Básico
12
5.2. Aspectos físico-ambientais
A seguir são descritos os principais aspectos físicos ambientais do município de Américo Brasiliense
que apresentam relevância para o presente estudo.
5.2.1. Clima
O clima é do tipo subtropical, segundo Köppen é classificado como Cwa, caracterizado como
clima mesotérmico de inverno seco, em que a temperatura de inverno do mês mais frio é inferior a
18 ºC e a do mês mais quente ultrapassa 22 ºC.
A precipitação média anual é de 1.250 mm. O período chuvoso correspondente aos meses de
outubro a março, sendo que a precipitação média nesse período é de 176,45 mm/mês, mas
alcança índices superiores a 227 mm nos meses mais chuvosos (janeiro e fevereiro). No período
seco, de abril a setembro, a média é de 40 mm, no entanto, nos meses mais secos (julho e agosto)
as chuvas não ultrapassam os 23 mm.
A superfície de tendência da precipitação meteórica (Figura 5-5) foi definida com base nos
dados de nove postos identificados pelos seguintes códigos: 2147028, 2147070, 2147110,
2148034, 2148035, 2148040, 2148078, 2148080 e 2148176 (Tabela 5-1), que formam um
polígono que envolve o município de Américo Brasiliense.
Tabela 5-1: Precipitação média mensal e anual (mm) por posto pluviométrico
mês/posto 2147028 2147070 2147110 2148034 2148035 2148040 2148078 2148080 2148176
Outubro 132,60 133,91 114,60 146,30 115,15 114,95 89,26 116,69 102,29
Novembro 161,26 166,59 165,07 176,23 163,48 140,67 115,94 157,85 110,26
Dezembro 244,26 254,78 215,52 281,91 216,21 198,77 159,73 184,15 203,81
Janeiro 248,41 263,19 246,58 246,98 265,74 216,39 165,94 198,83 263,54
Fevereiro 206,44 205,14 216,14 244,84 226,44 226,03 159,21 176,86 239,17
Março 167,96 162,38 161,13 162,84 178,13 146,74 112,15 124,49 187,96
Abril 84,93 83,27 49,85 73,40 47,65 47,86 25,59 48,67 89,19
Maio 60,72 63,28 44,37 50,53 45,08 56,00 33,68 39,32 60,63
Junho 34,29 35,12 31,83 42,28 32,99 27,00 25,17 20,43 37,34
Julho 31,05 30,24 20,25 30,63 19,24 13,61 13,20 7,37 17,69
Agosto 24,93 28,35 16,80 24,90 15,93 23,11 11,87 16,01 21,31
Setembro 61,16 75,31 37,72 72,62 43,16 33,70 40,20 34,35 49,69
anual 1.458,00 1.501,55 1.319,87 1.553,47 1.369,22 1.244,84 951,94 1.125,01 1.382,87
Plano Municipal de Saneamento Básico
13
Figura 5-5: Localização dos postos pluviométricos e superfície de tendência de precipitação
Com base em dados pluviométricos do DAAE (1941-1970) a Embrapa determinou o balanço hídrico no
solo, ao longo do ano, conforme Figura 5-6.
Figura 5-6: Balanço hidrico no solo ao longo do ano
Plano Municipal de Saneamento Básico
14
5.2.2. Geologia
Segundo IPT (2004), a geologia do município de Américo Brasiliense se caracteriza pelas
ocorrências, a leste, de sedimentos da Formação Botucatu e rochas basálticas da Formação Serra
Geral, ambas com áreas restritas recobertas por sedimentos aluviais e sedimentos elúvio-
coluvionares. Na porção oeste do município, principalmente na área urbana da sede municipal,
predomina a ocorrência da Formação Adamantina, constituída por arenitos finos a muito finos,
com lentes de siltitos arenosos e argilitos, com cimentação e nódulos carbonáticos (Figura 5-7e
Figura 5-8).
A Formação Botucatu é composta por arenitos eólicos avermelhados, com granulação fina a
média e estratificação cruzada de médio a grande porte. Nas áreas de afloramento, como
ocorre na confluência do Ribeirão do Cruzeiro com o Ribeirão das Anhumas existem explotações
de areia fina a média esbranquiçada resultantes de intemperismo dos arenitos da Fm. Botucatu.
A Formação Serra Geral aflora a meia encosta, na região ocidental do município, sendo
constituída de basaltos de coloração cinza a negra, textura afanítica, com intercalações de
arenitos finos a médios (intertrap) e em topos de morros da região central e oriental ocorrem
intrusivas básicas tabulares, na forma de diques, sills e soleiras diabásicas.
Na pedreira da Fazenda Ipiranga, as rochas basálticas parcialmente intemperizadas são
explotadas para conservação de estradas.
A Formação Adamantina ocorre na região ocidental do município, em topos de morros, recobrindo
os derrames basálticos da Formação Serra Geral. Essa formação é caracterizada localmente por
sedimentos arenosos, constituídos por bancos de arenitos com granulação fina a muito fina, cor
rosa acinzentada a castanho, maciços ou estratificados, alternados com bancos de lamitos, siltitos
e arenitos lamíticos, podendo apresentar cimentação e nódulos carbonáticos, constituindo solos
com alto grau de erodibilidade, tal como ocorre ao longo do córrego que atravessa o Bairro São
José.
Plano Municipal de Saneamento Básico
15
Figura 5-7: Mapa geológico do município de Américo Brasiliense
Figura 5-8: Mapa geológico simplificado sobre superfície 3D
Plano Municipal de Saneamento Básico
16
As coberturas sedimentares mais recentes são aluviões em geral e compostos por areias
inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais e sedimentos elúvio-
coluvionares compostos por areias finas silto-argilosas avermelhadas tendo na base linhas de
seixo e cangas limoníticas.
5.2.3. Geomorfologia
O município está localizado na região limítrofe entre as unidades geomorfológicas denominadas
o Planalto Ocidental e o reverso das Cuestas Basálticas. A região apresenta a transição de oeste
para leste de uma plataforma estrutural com relevo suavizado, sustentada por arenitos da
Formação Bauru, passando por áreas de afloramento de rochas efusivas da Formação Serra
Geral para uma região onde a erosão expos, no vale do Rio Mogi-Guaçu, os sedimentos das
formações Botucatu e Pirambóia.
As formas de relevo presentes no município são planícies aluviais, colinas amplas e mesas
basálticas (Figura 5-9). O sistema colinas amplas é o predominante na área urbana, a oeste e na
região central onde também estão presentes áreas de planícies aluviais, coincidentes com as
formações de sedimentos aluviais e elúvio-coluvionares. Uma área do sistema mesas basálticas
está presente na região oriental do município.
As planícies aluviais se constituem de terrenos baixos, mais ou menos planos, com declividade
inferior a 2%, junto às margens de córregos e ribeirões, estando sujeitas às inundações
periódicas. O sistema colinas amplas se caracteriza pelo relevo de colinas com interflúvios com
área superior a 4 km2, com topos extensos e aplainados e vertentes com perfis retilíneos a
convexos. As mesas basálticas são formadas por morros testemunhos isolados, com topos
aplainados a arredondados e vertentes com perfis retilíneos, por vezes escarpados e com
exposições rochosas, como ocorre no morro do Nilo.
Plano Municipal de Saneamento Básico
17
Figura 5-9: Mapa geomorfológico do município de Américo Brasiliense
O processo natural de aplainamento do terreno resultou que cerca de 80% da área do município
possui declividade inferior a 5% (Tabela 5-2).
Tabela 5-2: Declividade do terreno no município
declividade (%) área (ha) % da área
0 a 2 4.421,0 36,24%
2 a 5 5.314,3 43,56%
5 a 9 1.950,7 15,99%
9 a 17 437,1 3,58%
17 a 47 73,3 0,60%
maior que 47 3,7 0,03%
total 12.200,0 100,00%
5.2.4. Cobertura vegetal
A vegetação original predominante no município de Américo Brasiliense é representada pelos
cerrados e matas semidecíduas, entretanto com o ciclo cafeeiro, seguido do aumento na produção
regional de cana-de-açúcar essa vegetação já está praticamente toda degradada, restando
Plano Municipal de Saneamento Básico
18
apenas 7,66% de cobertura vegetal nativa, segundo dados do inventário florestal do estado de
São Paulo (http://www.iflorestal.sp.gov.br) (Figura 5-10 e Tabela 5-3).
Figura 5-10: Mapa da cobertura vegetal do município de Américo Brasiliense
Tabela 5-3: Áreas com cobertura vegetal nativa no município
cobertura vegetal área (ha) %
mata 51,04 0,40%
capoeira 167,74 1,32%
cerrado 95,96 0,76%
cerradão 477,71 3,76%
vegetação de várzea 180,62 1,42%
total 973,10 7,66%
reflorestamento 51,20 0,40%
área do município 12.700,00 100,00%
A imagem de satélite (Figura 5-11) e o mapa do município (Figura 5-12) apresentam as
condições de uso e ocupação do solo.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Figura 5-11: Imagens do satélite Landsat - Embrapa - 2001
Figura 5-12: Uso e ocupação do solo no município de Américo Brasiliense
O município possui 436,84 hectares de matas ciliares na zona rural, que representa 93,40 % de
todo o território. O estágio de desenvolvimento das vegetações encontra-se na seguinte
distribuição:
1. Vegetação secundária em estágio pioneiro de regeneração: 41 hectares (9%).
2. Vegetação em estágio médio de desenvolvimento: 89,48 hectares (21%).
Plano Municipal de Saneamento Básico
20
3. As áreas a recuperar de matas ciliares representam 70% de toda a área de preservação
ambiental com 304,56 hectares.
5.2.5. Hidrogeologia
Em função do contexto geológico da área, estão presentes no município os seguintes aquíferos:
• Aquífero Bauru: Aquífero de natureza intergranular, livre e semi-confinado, equivale às
ocorrências das rochas sedimentares permeáveis da Formação Adamantina, que pode
eventualmente ser confundida com sedimentos terciários, que a recobrem;
• Aquífero Serra Geral: Aquífero do tipo fissural, livre e semi-confinado, com forte
anisotropia, equivale às ocorrências de fraturas e fissuras da rocha basáltica da
formação homônima, camadas entre derrame, por vezes preenchidas com arenitos; e
• Aquífero Guarani: Aquífero de natureza intergranular e eventualmente fissural, equivale
às ocorrências das formações Botucatu e Pirambóia, semi-confinado e confinado.
A área territorial do município de Américo Brasiliense apresenta em sua totalidade a ocorrência
do Sistema Aquífero Guarani (Figura 5-13). Na porção leste do município, o Aquífero Guarani
apresenta extensas áreas de exposição em superfície. Na porção oeste, onde está localizada a
sede municipal, o Aquífero Guarani apresenta-se recoberto por rochas basálticas e pelos
sedimentos da Fm. Adamantina.
Na área urbana da sede municipal, além da ocorrência em subsuperfície do Aquífero Guarani,
estão presentes os aquíferos Bauru e Serra Geral, que equivalem às rochas sedimentares da
Formação Adamantina e às faturas das rochas basálticas, respectivamente, e apresentam
potencial para aproveitamento de água subterrânea.
Plano Municipal de Saneamento Básico
21
Figura 5-13: Principais aquíferos da BH Mogi
Segundo dados obtidos no DAEE, a explotação de água subterrânea no município de Américo
Brasiliense equivale ao total de 7.273.027 m3/ano, sendo esse volume distribuído entre os
aquíferos presentes na área conforme gráfico da Figura 5-14.
Figura 5-14: Distribuição dos volumes explotados de água subterrânea entre os aquíferos: Bauru, Bauru/Serra Geral, Serra Geral e Guarani
AMÉRICO BRASILIENSE
Plano Municipal de Saneamento Básico
22
Aquífero Bauru
Esse aquífero apresenta pequena espessura e baixa permeabilidade o que resulta numa
pequena capacidade de produção de água e restringe seu potencial de aproveitamento. O
aproveitamento é feito por meio de poços tubulares com profundidade de até 50 m, ou poços
que captam em conjunto o Aquífero Serra Geral com profundidade de até 200 m e que
apresentam capacidade de produção bastante variável, de 5 a 90 m3/h.
Tem importante papel na manutenção do fluxo de base dos córregos da área urbana sendo que
o seu contato inferior com as rochas basálticas, propicia a ocorrência de nascentes à meia
encosta, alimentadas por esse aquífero.
Os usuários de água do Aquífero Bauru, no município de Américo Brasiliense e as respectivas
vazões outorgadas pelo DAEE constam da Tabela 5-4.
Tabela 5-4: Usuários de água subterrânea - Aquífero Bauru
coordenadas UTM consumo (m3)
km N km E proprietário uso
funcionamento (h/dia) hora dia ano
7.592,84 797,09 Teo Tokus Indústria e Comércio Ltda - EPP industrial 6 1,5 9,0 3.285
7.593,99 799,84 Brasiliense Revendedora Retalhista Ltda. 0
7.594,36 799,58 Auto Posto Brasiliense Ltda. 0
7.592,38 797,45 Fripon Frígorifico Ponchio Ltda industrial 0 1,2
7.592,95 797,24 Aldo Treve próprio 3 3,0 9,0 3.285
7.595,01 797,58 Carlos Alberto do Carmo Faria rural 1 2,0 2,0 730
total 7.300
Aquífero Serra Geral
Os dados disponíveis de perfil geológico dos poços existentes indicam que, na área, a espessura
máxima da Formação Serra Geral é da ordem de 200 m. Esse aquífero é, em geral, explorado
de forma conjunta com outros aquíferos (Bauru ou Guarani) dificultando a avaliação da sua
capacidade de produção em separado.
O Aquífero Serra Geral apresenta na área poços com valores de capacidade de produção
bastante variáveis, desde poços improdutivos, até 60 m3/h, sendo que um poço apresentou
produção de 190 m3/h e o valor médio é da ordem de 15 m3/h.
Plano Municipal de Saneamento Básico
23
Os poços que captam esse aquífero usualmente não possuem revestimento no intervalo perfurado
em rocha dura. Sendo revestidos apenas no trecho superior de solo podem apresentar condições
precárias de proteção sanitária.
Os usuários de água dos aquíferos: misto (Bauru / Serra Geral)e Serra Geral, no município de
Américo Brasiliense, e as respectivas vazões outorgadas pelo DAEE constam daTabela 5-5 e
Tabela 5-6.
Tabela 5-5: Usuários de água subterrânea - Aquífero Bauru / Serra Geral
coordenadas UTM consumo (m3) nº DAEMA kmN kmE
proprietário uso funcionamento (h/dia) hora dia ano
P11A 7.593,28 799,89 Prefeitura Municipal publico 20 40 800 292.000
P11B 7.593,30 799,81 Prefeitura Municipal publico 20 40 800 292.000
7.592,43 797,49 Usicon Construções Pré-Fabricadas Ltda.
industrial 8 5 38 13.724
total 597.724
Plano Municipal de Saneamento Básico
24
Tabela 5-6: Usuários de água subterrânea - Aquífero Serra Geral
coordenadas UTM consumo (m3) nº DAEMA kmN kmE
proprietário uso funcionamento (h/dia) hora dia ano
P01 7.593,41 798,79 Prefeitura Municipal
público 18 20 360 131.400
P02 7.593,43 799,16 Prefeitura Municipal
público 18 40 720 262.800
P03 7.595,60 799,76 Prefeitura Municipal
público 18 16 288 105.120
P04 7.594,33 798,29 Prefeitura Municipal
público 17 90 1.530 558.450
P05 7.592,38 798,65 Prefeitura Municipal
público 10 30 300 109.500
P06 7.594,05 797,75 Prefeitura Municipal
público 10 35 350 127.750
P08A 7.593,41 798,49 Prefeitura Municipal
público 17 25 425 155.125
7.593,16 797,56 HEAB público 12 5 60 21.900
7.593,50 798,60 Fundação Remédio Popular-FURP
industrial 16 57 912 332.880
7.593,12 804,53 Auto Posto Serrito Ltda.
próprio 1 10 10 3.650
7.597,45 795,51 José Carlos Costa rural 7 1 4 1.278
7.592,51 798,48 Whitford Comercio e Indústria Ltda.
industrial 0 - - -
total 1.809.853
Além dos poços cujos proprietários solicitaram outorga de direito de uso da água, certamente
existem diversos poços irregulares, perfurados e/ou operados sem autorização dos órgãos
competentes, porém, provavelmente, com pouca importância no que se refere aos volumes
explotados. Os poços perfurados em desacordo com as normas podem apresentar qualidade
da água inadequada para consumo humano e deveriam ser tamponados, pois podem se
constituir em focos de contaminação para o aquífero.
Aquífero Guarani
Os dados disponíveis indicam que o Aquífero Guarani não apresenta exposições em
superfície na área da sede municipal, sendo integralmente recoberto pelas rochas basálticas
da Formação Serra Geral.
Plano Municipal de Saneamento Básico
25
O perfil geológico de seis poços perfurados na área urbana indica que o topo do Aquífero
Guarani encontra-se entre 200 e 250 m de profundidade, a espessura total do aquífero é da
ordem de 200 m e os poços apresentaram produção máxima da ordem de 120 m3/h.
Os dados de ensaios de bombeamento de poços da região de Araraquara permitiram
determinar os parâmetros hidráulicos do Aquífero Guarani, sendo o valor médio do
coeficiente de transmissividade de 200 m2/dia e condutividade hidráulica de 1,0 m/dia e o
coeficiente de armazenamento de 10-4.
Os usuários de água do Aquífero Guarani, no município de Américo Brasiliense, e as
respectivas vazões outorgadas pelo DAEE constam da Tabela 5-7.
Tabela 5-7: Usuários de água subterrânea - Aquífero Guarani
coordenadas UTM consumo (m3) nº DAEMA kmN kmE
proprietário uso funcionamento (h/dia) hora dia ano
P07 7.595,05 799,15 Prefeitura Municipal
público 20 130 2.600 949.000
P08 7.593,47 798,88 Prefeitura Municipal
público 0 - - -
P09 7.593,16 797,27 Prefeitura Municipal
público 20 80 1.600 584.000
P10 7.592,17 797,71 Prefeitura Municipal
público 10 150 1.500 547.500
7.591,31 801,92 Santa Cruz S.A. Açúcar e Álcool
industrial 20 80 1.600 584.000
7.591,95 801,75 Santa Cruz S.A. Açúcar e Álcool
industrial 20 60 1.200 438.000
7.593,55 798,65 Sadia Concordia SA Ind. E Com.
industrial 20 200 4.000 1.460.000
7.592,95 797,99 Fundação Remédio Popular-FURP
industrial 20 30 600 219.000
7.594,44 807,59 Clube Náutico Araraquara
próprio 8 25 200 73.000
7.594,56 808,49 Clube Náutico Araraquara
próprio 1 10 10 3.650
7.594,56 808,51 Clube Náutico Araraquara
próprio 0 - - -
total 4.858.150
Plano Municipal de Saneamento Básico
26
5.2.1. Hidrologia
O município de Américo Brasiliense localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu (BH-
Mogi), definida pela lei estadual nº 9.034/94 como a Unidade de Gerenciamento dos Recursos
Hídricos (UGRHI) nº 09. Esta Bacia localiza-se na região nordeste do Estado de São Paulo e
sudoeste de Minas Gerais (Figura 5-15). O rio Mogi Guaçu nasce no Estado de Minas Gerais no
município de Bom Repouso, e a sua bacia hidrográfica possui uma área de drenagem total de
18.938 km2, sendo 15.040 km2 no Estado de São Paulo (CORHI, 1999 apud CBH-Mogi, 2008b).
Segundo dados do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) 2004-2007, a Bacia possui vazão
média de 199 m3/s e vazão mínima de 48 m3/s. Os principais rios são os rios Mogi-Guaçu, do
Peixe e Jaguari-Mirim.
A área da UGRHI 09 no Estado de São Paulo abrange 59 municípios, dos quais 27 estão
integralmente contidos e outros 10 têm a cidade sede na bacia, conforme indicado na Tabela
5-8.
A UGRHI09 está subdividida em 5 compartimentos (Figura 5-16) e o município de Américo
Brasiliense pertence ao compartimento denominado Médio Mogi.
A rede de drenagem do município e o enquadramento dos cursos de água do município, segundo
decreto estadual nº 10.755, de 22 de novembro de 1977 são apresentados na Figura 5-17 e na
Figura 5-18.
Cerca de 80% da área urbana está inserida na micro bacia do Córrego Ponte Alta (Classe 2),
afluente do Ribeirão do Rancho Queimado (Classe 3) que deságua no Rio Mogi-Guaçu. A porção
nordeste da área urbana pertence à micro bacia do Córrego Xavier (Classe 4), que ao desaguar
no Ribeirão do Cruzeiro o rebaixa para Classe 3e Ribeirão Anhumas (Classe 2) que após
confluência com o Ribeirão das Cabaceiras (Classe 2) deságua no Rio Mogi-Guaçu.
Plano Municipal de Saneamento Básico
27
Tabela 5-8: Municípios paulistas da UGRHI09 - Fonte: CBH-Mogi, 2008b
Plano Municipal de Saneamento Básico
28
Figura 5-15: Divisão do Estado de São Paulo em unidades de gestão de recursos hídricos
Figura 5-16: Subdivisão da UGRH09 em 5 compartimentos
Plano Municipal de Saneamento Básico
29
Figura 5-17: Enquadramento dos cursos de água (azul: Classe 2, amarelo: Classe 3, vermelho: Classe 4)
Figura 5-18: Rede de drenagem do município
Plano Municipal de Saneamento Básico
30
Figura 5-19: Bacias urbanas dos córregos Ponte Alta e Xavier
As condições críticas utilizadas para planejamento do uso de corpos de água são caracterizadas
por vazões médias de longo período (QLP), as mínimas com 7 dias de duração e período de
retorno de 10 anos (Q7,10) e as mínimas com permanência variável (Q95%), que podem ser
estimadas com base em parâmetros hidrológicos regionais e os valores das precipitações médias
anuais.
Os resultados dos cálculos realizados para as sub-bacias urbanas (Figura 5-19) são apresentados
na Tabela 5-9.
Tabela 5-9: Vazão critica das bacias urbanas dos córregos Ponte Alta e Xavier
curso da água ponto de descarga área (km2) precipitação mm/ano) QLP (m3/h) Q7,10 (m3/h) Q95% (m3/h)
Ponte Alta divisa municipal 15,77 1.266,38 509,23 123,89 184,85
Xavier confluência 4,71 1.333,86 133,99 32,60 48,64
Plano Municipal de Saneamento Básico
31
5.3. Aspectos antrópicos
As condições socioeconômicas mais relevantes do município, fornecidas majoritariamente pelos estudos
realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (SEADE), estão descritas a seguir; partindo-se do pressuposto que as
ações de saneamento ambiental possuem, principalmente nos países em desenvolvimento, o caráter
complementar de política social, além do caráter de política pública.
5.3.1. Demografia
Segundo o senso demográfico do IBGE, realizado em 2010, a população total de Américo
Brasiliense era de 34.458 habitantes, sendo 34.197 na única área urbana do Distrito Sede e 261
na área rural. O grau de urbanização é de 99,24%, ao passo que na Região de Araraquara a
taxa média de urbanização era de 95%.
A densidade demográfica era de 282 hab/km2, ao passo que o valor médio da Região de
Governo de Araraquara era de 79 hab/km2 e a quantidade média de habitantes por domicílio é
de 3,16.
O índice de envelhecimento, referente à proporção de pessoas de 60 anos e mais por 100
indivíduos de 0 a 14 anos, ficou em 34%, ao passo que a taxa média da Região de Araraquara
ficou em 62%.
Nas eleições presidenciais de 2.010 estavam habilitados 22.314 eleitores.
Os últimos dados censitários no Brasil têm indicado uma tendência geral (com exceções
localizadas) de redução nas taxas anuais de crescimento populacional. Na região de
Araraquara, a taxa geométrica de crescimento anual da população vem decrescendo e ficou em
1,06%, no entanto, em Américo Brasiliense, a taxa geométrica de crescimento anual da
população permanece elevada e ficou em 2,03%, entre os anos de 2000 e 2010.
5.3.2. Desenvolvimento urbano
O cadastro de 2.010 apontou um total de 10.896 domicílios, que estão distribuídos em 27
bairros, conforme a relação, em ordem alfabética, a seguir: Cecap, Centro, Cohab, I Distrito
Industrial, II Distrito Industrial, III Distrito Industrial, IV Distrito Industrial, Jardim Américo, Jardim
Bela Vista, Jardim Luis Ometto I, Jardim Luis Ometto II, Jardim Maria Luiza, Jardim Maria Luiza 1,
Plano Municipal de Saneamento Básico
32
Jardim N. Senhora Das Graças, Jardim Novo Américo, Jardim Paraíso, Jardim Planalto, Jardim
Ponte Alta, Jardim Primaveras, Jardim Saci, Jardim Santa Terezinha, Jardim São José, Jardim São
Judas, Jardim Vista Alegre, Loteamento Silvio Bevilaqua, Nova Vila Cerqueira, Sinhá Prado
Guimarães, Sitio Isolabela, Vila Cerqueira.
O art. 47 da lei complementar nº 007/2006, estabelece o sistema de zoneamento apresentado
na Figura 5-20. As áreas de cada zona e sua participação no total da área urbana estão
apresentadas na Tabela 5-10.
A área disponível para edificação, considerando a soma das áreas das ZER, ZPR, ZC1, ZC2, ZE1,
ZE2, ZE3 e ZI, equivale a 6,26 km², representando 55,84% da zona urbana. Assim sendo, a
densidade demográfica, em 2010, era de 54,62 hab/ha.
A ZI’s equivalentes ao I, IV e V distritos industriais apresentam grande potencial para
adensamento da ocupação urbana.
A ZEU representa 23,37% do total da zona urbana, prevista em lei, e está concentrada nas
porções noroeste, nordeste, leste e uma pequena parte na porção sudeste.
Tabela 5-10: Áreas definidas pelo zoneamento urbano
zona descrição perímetro (m) área (km²) (%)
Áreas verdes Áreas verdes 27.044,89 0,45 4,01
ZPA Zona de preservação ambiental 13.360,36 0,90 8,03
ZER Zona estritamente residencial 44.048,78 2,72 24,26
ZPR Zona predominantemente residencial 34.713,70 1,46 13,02
ZC1 Zona comercial 1 32.710,84 0,71 6,33
ZC2 Zona comercial 2 28.788,01 0,62 5,53
ZE1 Zona especial 1 – hospital e FURP 2.262,46 0,18 1,61
ZE2 Zona especial 2 – estádio e ginásio 687,03 0,04 0,36
ZE3 Zona especial 3 – centro de reservação 785,37 0,02 0,18
ZE4 Zona especial 4 – horta municipal 1.468,89 0,06 0,54
ZE5 Zona especial 5 – viveiro municipal 1.002,65 0,04 0,36
ZE6 Zona especial 6 – subestação da CPFL 412,00 0,01 0,09
ZE7 Zona especial 7 – cemitério municipal 544,29 0,02 0,18
ZE8 Zona especial 8 – centro de reservação 1.179,61 0,02 0,18
ZE9 Zona especial 9 – novo cemitério 461,06 0,01 0,09
ZI Zona industrial 6.125,79 0,52 4,64
ZEU Zona de expansão urbana 23.849,76 2,65 23,64
Expansão do perímetro urbano 562,73 0,78 6,96
Total 11,21 100,00
Plano Municipal de Saneamento Básico
33
Figura 5-20: Zoneamento urbano
Plano Municipal de Saneamento Básico
34
5.3.3. Economia
Segundo dados da Fundação SEADE a evolução do PIB municipal que é apresentada no gráfico
da Figura 5-21,o valor do PIB municipal, em 2010, pode ser estimado em aproximadamente R$
526 milhões. O PIB per capta a preços correntes, no ano de 2.008 foi de R$ 14.206 e o valor
estimado para 2.010 é de R$ 16.000.
Figura 5-21: Evolução do PIB municipal total e per capta
O possui uma grande quantidade de indústrias instaladas que se dedicam a metalurgia,
produção de alimentos, fabricação de piscinas, multinacional de tintas, mas ainda prevalece a
economia baseada na agroindústria da cana-de-açúcar.
Diferentemente da média da região, que apresenta maior participação dos vínculos
empregatícios na indústria, Américo Brasiliense apresenta a maior participação na agropecuária
(32,05%), reforçando a vocação desta atividade no Município (Tabela 5-11).
Tabela 5-11: Vínculos empregatícios por atividade – 2.010 (SEADE)
universo agropecuária comércio construção civil indústria serviços
Estado de S. Paulo 2,57 19,47 4,92 22,53 4,92
RG de Araraquara 10,48 21,01 4,12 31,24 4,12
Américo Brasiliense 32,05 15,96 5,5 23,98 5,5
Plano Municipal de Saneamento Básico
35
Segundo dados do Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN – do
ano de 2009, o município possuía uma frota de 12,637 veículos, distribuídos pelos tipos
apresentados na Tabela 5-12.
Tabela 5-12: Frota municipal de veículos - 2.009
tipo quantidade
automóvel 7.717
caminhão 596
caminhão trator 245
caminhonete 591
micro-ônibus 44
motocicleta 3.037
motoneta 164
ônibus 222
trator de rodas 18
total 12.634
O município possui quatro agências bancárias.
O perfil de consumo de energia elétrica do município é apresentado na Tabela 5-13, onde se
verifica que a categoria residencial representa 92% das unidades consumidoras e 42% da
energia elétrica consumida. O consumo médio mensal de energia elétrica nas residências, no ano
de 2010, foi de 146 kWh.
Tabela 5-13: Consumo de energia elétrica – SEADE - 2010
categoria unidades % MWh %
industrial 89 0,8% 9.253 21,9%
comércio e serviços 638 5,7% 5.392 12,7%
residencial 10.219 92,0% 17.924 42,4%
rural 56 0,5% 1.543 3,6%
publico 103 0,9% 8.210 19,4%
total 11.105 100,0% 42.322 100,0%
5.3.4. Saúde
A Tabela 5-14 apresenta um resumo dos números relativos à infraestrutura de saúde no município,
baseado em dados publicados em 2.010 pelo IBGE, relativos à Assistência Médica Sanitária, com
dados de 2.009.
Plano Municipal de Saneamento Básico
36
Tabela 5-14: Infraestrutura de saúde no município – 2.009
infraestrutura de saúde qtde
estabelecimentos de saúde 11
público estadual 1
público municipal 4
privado municipal 6
leitos públicos para internação 114
estadual 94
municipal 20
equipamento de diagnóstico
Mamógrafo com comando simples 1
Ultrassom doppler colorido 2
Eletrocardiógrafo 4
Eletroencefalógrafo 1
Raio X de 100 a 500mA 1
atendimento ambulatorial 5
sem médico 1
com médico em especialidades básicas 4
com médico em outras especialidades 1
com dentista 3
O HEAB – Hospital Estadual de Américo Brasiliense (e o AME – Ambulatório Médico de
Especialidades), gerenciado pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (FAEPA) e
pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), foi eleito
pelos pacientes como o segundo melhor hospital estadual.
A cidade conta ainda com o antigo Hospital "Nestor Goulart Reis" que atua no tratamento da
tuberculose e pela fabrica de remédios da FURP – Fundação Remédio Popular.
A situação geral da saúde da população local apresenta uma situação de inferioridade no
universo regional e estadual, conforme dados de estatísticas vitais e de saúde publicados pela
Fundação SEADE, relativos ao ano de 2.009 (Tabela 5-15).
Plano Municipal de Saneamento Básico
37
Tabela 5-15: Estatísticas vitais e de saúde
parâmetro ano município RG estado
Taxa de natalidade (por mil habitantes) 2010 16,36 12,64 14,59
Taxa de fecundidade geral (por mil mulheres entre 15 e 49 anos)
2009 55,18 46,11 51,30
Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) 2010 8,88 13,06 11,86
Taxa de mortalidade da população entre 15 e 34 anos (por cem mil habitantes nessa faixa etária)
2009 132,22 121,13 123,27
Taxa de mortalidade da população de 60 anos e mais (por cem mil habitantes nessa faixa etária)
2009 3.958,49 3.744,54 3.567,64
Mães adolescentes (com menos de 18 anos) (%) 2009 10,48 8,69 7,22
Mães que tiveram sete e mais consultas de pré-natal (%) 2009 64,04 78,92 76,61
Partos cesáreos (%) 2009 80,88 75,84 57,56
Nascimentos de baixo peso (menos de 2,5kg) (%) 2009 8,64 8,20 9,22
Gestações pré-termo (%) 2009 7,56 7,14 8,62
5.3.5. Educação
Segundo dados do SEADE do ano de 2.010, a educação básica no município apresentava
condições de inferioridades em relação aos demais municípios da região de governo e do estado,
conforme Tabela 5-16.
Tabela 5-16: Parâmetros estatísticos de educação básica - 2.000
parâmetro município RG estado
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais (%) 10,18 8,32 6,64
Média de anos de estudos da população de 15 a 64 anos 6,23 7,12 7,64
População de 25 anos e mais com menos de 8 anos de estudo (%) 72,10 63,05 55,55
População de 18 a 24 anos com ensino médio completo (%) 36,16 41,79 41,88
A média de tempo de estudo da população com mais de 15 anos é de 6,23 anos, a taxa de
analfabetismo da população de 15 anos e mais é de 10,18% (ano base 2000). O número de
concluintes e os índices de aproveitamento, para os anos de 1999 a 2005, podem ser conferidos
na Tabela 5-17.
Plano Municipal de Saneamento Básico
38
Tabela 5-17: Concluintes, taxas de evasão, aprovação e reprovação por nível de ensino (SEADE)
parâmetro 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Concluintes do ensino fundamental
548 610 486 489 518 504 573
Concluintes do ensino médio
374 355 354 419 303 354
Taxa de evasão do ensino fundamental (%)
1,67 0,71 0,5 1,3 1,0 1,0 0,2 0,2
Taxa de evasão do ensino médio (%)
3,24 8,29 1,8 0,7 1,0 3,6 3,7 0,6
Taxa de aprovação do ensino fundamental (%)
96,72 97,37 95,8 96,2 95,8 96,6 95,9 95,7
Taxa de aprovação do ensino médio (%)
89,99 89,51 86,4 91,9 86,1 86,7 86,7 82,9
Taxa de reprovação do ensino fundamental (%)
1,61 1,93 3,7 2,5 3,2 2,3 3,9 4,1
Taxa de reprovação do ensino médio (%)
6,77 2,2 11,8 7,4 12,9 9,7 9,7 16,5
A Tabela 5-18 apresenta um resumo das matrículas em instituições educacionais no município, com
base nos dados do censo escolar de educação básica de 2.010, do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Ministério da Educação, disponível em
http://portal.inep.gov.br/basica-censo.
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39
Tabela 5-18: Matriculas em instituições de educação municipais e estaduais - 2.010
estadual municipal educação infantil
parcial integral parcial integral
creche 218 341
pré- escola 695 151
total 913 492
estadual municipal ensino fundamental
parcial integral parcial integral
anos iniciais 2.471
anos finais 1.294 1.262
total 1.294 3.733
estadual municipal ensino médio
parcial integral parcial integral
ensino médio 1.449
total 1.449
estadual municipal ensino médio
parcial integral parcial integral
EJA fundamental 160 184
EJA médio 251
total 411 184
O município conta com 253 docentes de ensino fundamental e 93 docentes de ensino médio.
O município possui conselho municipal de educação, implantado em 1998; conselho municipal de
alimentação escolar, implantado em 1996; conselho de acompanhamento e controle social do
fundo de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização do magistério
(FUNDEF), implantado no ano de 1998; plano de carreira e remuneração do magistério
municipal, implantado em 2003 e serviço de transporte escolar mantido pela Prefeitura.
5.3.6. Habitação
Segundo as Informações dos Municípios Paulistas – IMP/SEADE, o município possuía, em 2000,
79,26% de seus domicílios com espaço suficiente, com pelo menos quatro cômodos, sendo um
deles banheiro ou sanitário, sobre o total de domicílios permanentes urbanos.
A porcentagem de domicílios com infraestrutura interna urbana adequada, no mesmo período,
era de 97,87%. Essa porcentagem representa a proporção de domicílios que dispõem de ligação
às redes públicas de abastecimento (água e energia elétrica) e de coleta (lixo e esgoto), sendo a
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40
fossa séptica a única exceção aceita no lugar do esgoto, sobre o total de domicílios permanentes
urbanos.
O município possui déficit habitacional e a maioria das habitações de baixa renda não possui
reservatório interno de água.
5.3.7. Gestão ambiental
O Projeto Ambiental Estratégico Município Verde criou, a partir do ano de 2008, incentivos aos
municípios paulistas para o planejamento de ações de conservação e recuperação ambiental.
Anualmente, os parâmetros adotados como critérios de avaliação pelo projeto vêm sendo
readequados, mantendo-se como base dez diretivas relacionadas ao: tratamento de esgoto,
gestão de resíduos sólidos, recuperação de mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental,
habitação sustentável, recursos hídricos, poluição atmosférica, estrutura ambiental municipal e
conselho ambiental.
O histórico da pontuação recebida pelo município é a seguinte:
ano pontuação
2008 0
2009 81,19
2010 59,28
Embora, no ano de 2.009, o município tenha sido pré-certificado com mais de 80 pontos, a
inexistência de sistema de tratamento de esgoto impediu a certificação final.
No ano de 2.010, o município ficou classificado na posição 305 entre os 644 participantes do
projeto.
O esforço da administração municipal no sentido de promover melhorias ambientais foi
parcialmente recompensado pela administração estadual com a liberação de recursos para
reconstrução de uma ponte sobre o Córrego Maria Mendes (Ponte Alta), com valor de R$
800.000,00.
5.3.8. Gestão pública
A estrutura administrativa da Prefeitura Municipal é composta por 16 departamentos (diretorias):
Plano Municipal de Saneamento Básico
41
• Gabinete
• Administração
• Recursos Humanos
• Finanças
• Orçamento e Controle Interno
• Compras e Licitações
• Assuntos Jurídicos
• Comunicação
• Transportes e Trânsito
• Educação e Cultura
• Esporte, Turismo e Lazer
• Saúde Médica
• Saúde Bucal
• Promoção Social e Bem Estar do Menor
• Planejamento, Obras e Serviços
• Água, Esgoto e Meio Ambiente
A existência de diversas diretorias que pertencem às áreas de suporte (administrativa e
financeira) pode ser um fator de entrave à administração, assim como a subdivisão do setor de
saúde (médica e bucal), ao passo que as atribuições de planejamento, obras e serviços estão
reunidas em apenas uma diretoria.
O quadro de pessoal da Prefeitura é composto atualmente por 1.061 servidores municipais, dos
quais 40 pertencem ao DAEMA - Departamento de Água Esgoto e Meio Ambiente.
A receita pública municipal no ano de 2.010 totalizou R$ 49,74 milhões, com R$ 12,07 milhões
proveniente do Fundo de Participação dos Municípios – FPM.
Um resumo da previsão orçamentária da Prefeitura, para o ano de 2011, é apresentado na
Tabela 5-19.
A folha de salários e encargos representa cerca de 51% das despesas correntes, na previsão
orçamentária do exercício de 2011.
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42
Tabela 5-19: Previsão orçamentária - 2011
receitas 52.500.000,00
impostos 2.914.270,00
taxas 1.830.000,00
água 1.717.600,00
esgoto 759.460,00
contribuição melhoria 160.000,00
transferências estado e união 42.388.610,00
outras receitas 2.730.060,00
despesas 52.500.000,00
Legislativo 2.200.000,00
Gabinete 594.000,00
Jurídico 194.000,00
Planejamento 208.500,00
Administração e finanças 3.844.000,00
Serviços 3.832.000,00
Agua e esgoto 1.996.000,00
Saúde 12.635.652,00
Educação e cultura 21.714.277,50
Esporte 2.625.000,00
Promoção social 987.800,00
outras despesas 1.668.770,50
5.3.9. Qualidade de vida
A avaliação da qualidade de vida requer uma comparação padronizada do bem-estar da
população.
O conceito de desenvolvimento sustentável tem sido largamente difundido e tem como objetivo
conciliar desenvolvimento econômico com a manutenção da qualidade do meio ambiente. Desta
forma se faz necessário medir o desenvolvimento, não apenas pelo aumento da renda, mas
também pela qualidade de vida das pessoas.
Atualmente, a sociedade, coma incorporação da preocupação ambiental, necessita de
indicadores que reflitam a qualidade de vida do presente, mas também previsões das
possibilidades de mantê-la no futuro.
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43
Índice de desenvolvimento humano - IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido em 1990 pelo economista
paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual como uma medida que engloba três
dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida.
• Educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH considera dois
indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com 15
anos ou mais de idade — na maioria dos países, uma criança já concluiu o primeiro
ciclo de estudos (no Brasil, o Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição
do analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo indicador é
o somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso,
seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22
anos da localidade. Também entram na contagem os alunos dos cursos de supletivo, de
classes de aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está
incluído o sistema de equivalências, apenas classes especiais de alfabetização são
descartadas para efeito do cálculo;
• Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a esperança de vida ao
nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma
localidade, em um ano de referência, deve viver. Ocultamente há uma sintetização das
condições de saúde e de salubridade no local, já que a expectativa de vida é
fortemente influenciada pelo número de mortes precoces;
• Renda: A renda é calculada tendo como base o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do
país. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda
medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas
diferenças.
O IDH é calculado com a média aritmética entre os três indicadores:
Em que:
L = Longevidade;
E = Educação
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44
R = Renda.
O índice varia de 0 (zero) (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (um) (desenvolvimento
humano total), sendo a classificação apresentada deste modo:
• IDH entre 0 e 0,499: desenvolvimento considerado baixo;
• IDH entre 0,500 e 0,799: desenvolvimento considerado médio;
• IDH entre 0,800 e 1: desenvolvimento considerado alto.
A Tabela 5-20 apresenta os IDH-M dos municípios pertencentes à RG de Araraquara, nos
anos de 1991 e 2000. Nota-se a boa colocação (5º lugar) do município em sua região de
governo, e até mesmo no Estado, onde ocupa a 256ª colocação, entre 645 municípios. Outro
fator que chama a atenção é o aumento do IDH de todos os municípios da região, inclusive de
Américo Brasiliense.
Tabela 5-20: IDH-M dos municípios da RG de Araraquara (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil)
colocação município IDH-M, 1991 IDH-M, 2000
1º Araraquara 0,789 0,830
2º Matão 0,764 0,806
3º Nova Europa 0,759 0,791
4º Ibitinga 0,746 0,789
5º Américo Brasiliense 0,755 0,788
6º Itápolis 0,727 0,785
7º Santa Lúcia 0,734 0,782
8º Rincão 0,744 0,777
9º Borborema 0,710 0,771
10º Gavião Peixoto 0,726 0,763
11º Motuca 0,716 0,761
12º Tabatinga 0,706 0,760
13º Boa Esperança do Sul 0,692 0,755
14º Trabiju 0,658 0,755
15º Dobrada 0,719 0,745
Futuridade
Futuridade é um Plano do Governo do Estado de São Paulo para a Pessoa Idosa,
coordenado pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - SEADS que
tem por objetivo a promoção do bem estar e da qualidade de vida da população idosa
Plano Municipal de Saneamento Básico
45
paulista.O plano busca o fortalecimento das estruturas municipais, incentivando a criação de
uma rede de atenção à pessoa idosa, e desenvolvendo ações e serviços direcionados a esse
público com o objetivo estratégico de viabilizar o envelhecimento saudável e ativo.
O Índice Futuridade se baseou no conceito de envelhecimento ativo da OMS, compreendido
como um processo de otimização de oportunidades de saúde, participação e segurança
(proteções), com o objetivo de assegurar melhores condições de vida às pessoas idosas.O
Índice é calculado pela média ponderada de três dimensões: proteção, com peso de 45%;
participação, com peso de 10%; e saúde, com peso de 45%. O resultado é um índice que
varia de 0 a 100, sendo que, quanto mais próximo de 100, melhor é a atuação do município
com relação às políticas direcionadas à população idosa.
As dimensões consideradas no cálculo do Índice Futuridade são:
Ações de Proteção Social Básica e Especial para o Idoso:
• % de atendimentos realizados na Rede de Proteção Social Básica, no total de idosos
potencialmente alvo dessa proteção;
• % de atendimentos realizados na Rede de Proteção Social Especial (média e alta
complexidade), no total de idosos potencialmente alvos dessa proteção.
Participação:
• Existência de Conselho Municipal do Idoso, (o que expressa a representação
institucional da pessoa idosa)
• Oferta de atividades e/ou programas de cultura, esporte e turismo realizados pela
prefeitura à população idosa (representando a participação sociocultural desse
contingente)
Condições de Saúde da Pessoa Idosa:
• Taxa de mortalidade de pessoas entre 60 e 69 anos;
• Proporção de óbitos de 60 a 69, no total de óbitos de 60 anos e mais.
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46
Em Américo Brasiliense, os dados disponíveis para o ano de 2.008, são apresentados na
Tabela 5-21, segundo Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social – SEADS
(http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br).
Tabela 5-21: Parâmetros do município para o cálculo do Índice Futuridade - 2008
parâmetro valor
População 2008 34.559
População de 60 anos e mais 2008 2.555
Proporção da população de 60 anos e mais no total da população 7,39
% de Atendimento Básico (padronizada) 100
Indicador Sintético Saúde 0,484
Participação Sociocultural 1
Participação Institucional 0
Participação 0,5
O valor do Índice de Futuridade para Américo Brasiliense baseado em dados do ano de
2.008 é de 52,8, considerado médio-alto, resultando na classificação entre os demais
municípios paulistas na 222ª posição.
Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS
O Sistema de indicadores que compõem o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS)
foi criado a partir da solicitação, em 2000, da Assembleia Legislativa do Estado à Fundação
Seade, para a construção de indicadores que expressassem o grau de desenvolvimento social
e econômico dos 645 municípios do Estado de São Paulo.
O indicador resultante consiste na combinação entre duas dimensões – socioeconômica e
demográfica –, que classifica o setor censitário em seis grupos de vulnerabilidade social. A
dimensão socioeconômica compõe-se da renda apropriada pelas famílias e do poder de
geração da mesma por seus membros. Já a demográfica está relacionada ao ciclo de vida
familiar.
Os dados de IPRS disponíveis para Américo Brasiliense são apresentados no gráfico da
Figura 5-22. No período de 2.000 a 2.006, o município ficou classificado no Grupo 3 e no
ano de 2.008 passou ao Grupo 4, que reúne os municípios com baixos níveis de riqueza e
com deficiência em um dos indicadores sociais (longevidade ou escolaridade), tendo avanços
no indicador de escolaridade, mantendo o nível da riqueza e decrescendo na longevidade.
Em termos de dimensões sociais, o nível de longevidade ficou abaixo da média do Estado,
enquanto o de escolaridade igualou-se ao valor médio estadual.
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47
Figura 5-22: Evolução do IPRS
6. POTENCIALIDADE E DISPONIBILIDADE HÍDRICA
O conceito de reserva de água subterrânea é um tema contraditório que envolve a quantificação de um
recurso, nem sempre renovável, que está intimamente associado aos volumes de recarga natural de longo
prazo, à potencialidade e à disponibilidade hídrica no sistema aquífero.
A potencialidade equivale ao volume total de água acumulada na zona de saturação do sistema
aquífero que está sujeito a extração e equivale às reservas totais. Por outro lado, a disponibilidade
refere-se ao volume que pode ser extraído, sem risco de exaustão ou dano ao sistema aquífero. Para
efeito de planejamento sobre o uso futuro da água é importante associar os conceitos de reservas e
disponibilidade das águas, conforme segue:
Reservas permanentes ou seculares – constituem as águas subterrâneas acumuladas que não variam em
função das precipitações, formam uma parcela que se situa abaixo dos níveis de descarga locais ou
regionais e permitem uma explotação mais intensa, regularizadas em períodos de vários anos.
Reserva acumulada - é a totalidade da água acumulada e mobilizável em um sistema aquífero. O termo
mobilizável refere-se à capacidade do sistema de permitir o movimento da água sob a ação de forças
gravitacionais, contrapondo-se à parcela de água retida ou umidade do solo. Deste modo, a quantidade
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48
de água acumulada é o produto do volume de rocha saturado pela porosidade eficaz em sistemas livres
ou pelo coeficiente de armazenamento, em sistemas sob pressão.
Reserva reguladora – representam a quantidade de água livre armazenada no aquífero ao longo de um
período de recarga natural. Estas reservas são as que mantêm relação com o balanço das águas
subterrâneas e que são avaliadas a partir das variações piezométricas ou das curvas de esgotamento do
escoamento superficial. Em geral, parte destas reservas reguladoras é que constitui os recursos
explotáveis.
Reserva explotável - constitui a quantidade máxima de água que poderia ser explotada de um
aquífero, sem impacto ao próprio sistema aquífero e o meio com o qual interage. Dependendo dos
critérios dos órgãos gestores de recursos hídricos, estas reservas são constituídas por parte das reservas
reguladoras e reservas permanentes. Alguns adotam o conceito de vazão segura que equivale à vazão
média anual extraída artificialmente do aquífero sem que acarrete resultados indesejáveis.
Os prováveis efeitos indesejáveis foram listados por Young (1970) e Wisscher (1968) e sistematizados
por Custódio e Llamas (1983) e permanecem atuais até hoje, considerando-se que a superexplotação de
um sistema aquífero pode deflagrar:
• incremento da recarga em prejuízo aos recursos hídricos superficiais;
• rebaixamento excessivo do nível potenciométrico do aquífero aumentando o custo de bombeamento;
• facilitação da entrada no sistema de água de qualidade indesejável;
• o conflito pela águas quando afeta os direitos de outros usuários em decorrência de esgotamento ou
redução sensível da descarga de base dos rios ou de poços pré-existentes; e
• a subsidência do terreno com efeitos adversos a obras de infraestrutura quando existentes.
Adicionalmente, considera-se atualmente, que podem ocorrer situações em que a superexplotação dos
aquíferos provoque a redução da disponibilidade hídrica superficial com efeitos danosos sobre os
ecossistemas aquáticos, fauna e flora natural.
Por outro lado também podem ocorrer impactos positivos da explotação controlada de aquíferos, tais
como:
• redução das perdas por evapotranspiração em áreas com níveis d’água mais próximos à superfície;
Plano Municipal de Saneamento Básico
49
• incremento da recarga do aquífero, que pode proporcionar a renovação e melhoria da qualidade
da água armazenada.
Em aquíferos profundos e confinados, é comum existir reservas permanentes consideráveis e inexistir ou
ser muito reduzido o retorno aos rios e tempo de residência muito longo (dezenas de milhares de anos).
Nos aquíferos submetidos à explotação, as reservas se modificam, assim como sua distribuição entre
reguladoras e seculares. Considerando que as reservas reguladoras anuais podem apresentar grande
variação em função de anos secos e úmidos, admite-se que parte das reservas permanentes possa ser
explotada em anos críticos. Essa possibilidade se baseia no pressuposto de que as reservas permanentes
serão repostas em anos úmidos e que os aquíferos são reservatórios extensos com capacidade de
compensação muito maior que as calhas fluviais.
O cálculo das reservas hídricas subterrâneas equivale a uma estimativa preliminar do volume de água
armazenado, avaliando a potencialidade e disponibilidade desse sistema para auxiliar no processo de
gestão.
6.1. Reservas hídricas do Aquífero Serra Geral
Para determinar a reserva permanente do Aquífero Guarani, no município, foram adotados os
seguintes parâmetros:
• porosidade eficaz: 1%;
• valor médio da espessura total da camada aquífera: 200 m;
• área de ocorrência do aquífero (área urbana e arredores) de 30 km2.
Desta forma, a reserva permanente estimada do Aquífero Serra Geral nos arredores da área
urbana seria de 60 x 106 m3. Considerando como limite de explotação 30% em 50 anos das reservas
permanentes, ou seja, 0,6% ao ano, resulta em 3,6 x 106 m3/ano, ou cerca de 410 m3/h, que seria
suficiente para abastecer uma população de cerca de 32 mil habitantes.
As reservas reguladoras ou renováveis para o Aquífero Serra Geral, no município, podem ser
calculadas admitindo-se os seguintes parâmetros:
• pluviosidade média: 1.400 mm/ano
• taxa de infiltração profunda: 4%
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50
• área de ocorrência do aquífero (área urbana e arredores) de 30 km2.
Desta forma, a reserva renovável do Aquífero Serra Geral na área urbana seria de 1,7 x 106
m3/ano, ou cerca de 192 m3/h, que seria suficiente para abastecer uma população de cerca de 15
mil habitantes, considerando que fossem mantidas condições adequadas de recarga do aquífero.
6.2. Reservas hídricas do Aquífero Guarani
Para determinar a reserva permanente do Aquífero Guarani, na área urbana, foram adotados os
seguintes parâmetros:
• porosidade eficaz: 15%;
• valor médio da espessura total da camada aquífera: 250 m;
• área de ocorrência do aquífero (área urbana e arredores) de 30 km2.
Desta forma, a reserva permanente estimada do Aquífero Guarani na área urbana de Américo
Brasiliense seria de 1,12 x 109 m3. Considerando como limite de explotação 30% em 50 anos das
reservas permanentes, ou seja, 0,6% ao ano, resulta em 6,7 x 106 m3/ano, ou cerca de 770 m3/h,
que seria suficiente para abastecer uma população de cerca de 61 mil de habitantes.
Tendo em vista que o Aquífero Guarani se apresenta confinado na área da sede municipal, não
apresenta reserva reguladora ou renovável. A reposição da água extraída é feita por meio da
transferência de água das áreas vizinhas e assim o efeito de alívio de pressão da água no aquífero
é propagado pelas áreas vizinhas. A consequência desse efeito é o abatimento piezométrico, ou seja,
a queda progressiva do nível piezométrico resultante da extração da água.
A cota do nível piezométrico medida, em 1.988, no poço P07 da Prefeitura Municipal, era de 524 m,
e a última medição, realizada em 2.010, foi de 505 m, indicando no período de 22 anos houve um
abatimento piezométrico nesse local de 19 m.
As características de condições de ocorrência e de qualidade natural da água impõem que o
aproveitamento da água do Aquífero Guarani privilegie o consumo humano considerando-a uma
reserva estratégica para as futuras gerações e reduzindo gradualmente os usos para fins sanitários e
higiênicos, perdas na rede de abastecimento e usos industriais. A adoção do conceito de
sustentabilidade implica na utilização de água menos nobres para fins menos nobres.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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6.3. Áreas contaminadas
O relatório de áreas contaminadas editado pela CETESB (2010) inclui um posto e um depósito de
combustível, ambos localizados na Rua Gentil Prudente Correa, 992 – Centro, coordenadas UTM (m):
799.755,61 E e 7.593.865,18 N, onde houve contaminação do solo e da água subterrânea.
Essas ocorrências de áreas contaminadas se restringem à porção superficial do aquífero freático e
não deverão comprometer a continuidade do aproveitamento de água subterrânea.
Na área rural, existem extensas áreas de exposição do Aquífero Guarani que são utilizadas para o
cultivo da cana de açúcar com utilização intensiva de produtos agro-químicos, que justificaria a
implantação de um amplo programa de monitoramento de qualidade da água.
7. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO
7.1. Legislação municipal relacionada ao saneamento
O município de Américo Brasiliense conta com a seguinte legislação, de interesse para a elaboração
do PMSB:
• Lei nº 978, de 08 de dezembro de 1993, que institui o Código de Posturas do Município de
Américo Brasiliense e dá outras providências;
• Lei nº 1.008, de 10 de outubro de 1994, que dispõe sobre Parcelamento de Solo Urbano –
loteamento e desmembramento – no município de Américo Brasiliense e dá outras providências,
complementado por Decreto nº 028/2009, de 31 de agosto de 2009, que estabelece
exigências para implantação de sistemas de manejo de águas pluviais e arborização de novos
loteamentos;
• Lei nº 030, de 27 de dezembro de 2002, que estabelece normas adicionais para aprovação de
loteamentos;
• Lei Complementar nº 007, de 1º de dezembro de 2006, que institui o Plano Diretor do Município
de Américo Brasiliense e dá outras providências;
• Emenda organizacional nº 05/2008, que dispõe sobre a Revisão Geral da Lei Orgânica do
Município de Américo Brasiliense, e dá outras providências;
Plano Municipal de Saneamento Básico
52
• Lei Complementar nº 004/2009, de 8 de junho de 2009, que dispõe sobre alteração de
denominação de Departamento, criação de empregos públicos e dá outras providências;
• Lei nº 031/2009, de 29 de julho de 2009, que dispõe sobre a aquisição de produtos e
subprodutos florestais de origem nativa e não-nativa para utilização em obras, serviços de
engenharia e outros procedimentos da Prefeitura Municipal, regulamentada pelo Decreto nº
042/2010 de 18 de agosto de 2010;
• Lei nº 032/2009, de 29 de julho de 2009, que instituiu a Política Municipal de Educação
Ambiental, programa de capacitação de professores e de educação ambiental na rede
municipal de ensino;
• Lei nº 033/2009, de 29 de julho de 2009, que dispõe sobre a criação do “Programa Edificações
Mais Sustentáveis” que estabelece incentivos tributários com o objetivo de melhorar as condições
de sustentabilidade sócio-econômica e ambiental das obras e edificações no município;
• Lei nº 034/2009, de 29 de julho de 2009, que dispõe sobre o controle da emissão de gazes de
motores veiculares da frota pública municipal e prestadores de serviços;
• Lei nº 035/2009, de 29 de julho de 2009, que dispõe sobre o controle do desperdício de água
potável distribuída pela rede pública municipal, institui o programa municipal de conservação e
uso racional da água em edificações e cria concurso de economia de água nas escolas da rede
municipal;
• Lei nº 036/2009, de 29 de julho de 2009, que estabelece medidas de proteção e promoção da
arborização urbana no município;
• Lei nº. 039/2009, de 31 de agosto de 2009, que dispõe sobre a criação do CMMA - Conselho
Municipal do Meio Ambiente e dá outras providencias;
• Lei nº. 041/2009, de 24 de setembro de 2009, que instituiu o serviço público de coleta seletiva
dos resíduos secos domiciliares;
• Lei complementar nº 007/2011, de 16 de junho de 2011, que dispõe sobre a organização
administrativa da Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense; e
• Decreto nº 063/2010, de 2 de dezembro de 2010, que estabelece reajuste da tarifa de água.
Plano Municipal de Saneamento Básico
53
7.1.1. Código de posturas
Visando melhorar constantemente as condições de higiene municipais, o art. 6º, do referido código
estabelece que cabe à Prefeitura Municipal, entre outras, a higiene dos sanitários, dos poços e de
fontes de abastecimento de água domiciliar e a instalação e limpeza de fossas.
Ainda visando à higiene municipal, as águas de lavagem ou quaisquer outras servidas deverão
ser canalizadas pelo próprio proprietário ou inquilino para a fossa existente no imóvel, caso não
exista no logradouro rede de esgotos (art. 13). Conforme o art. 42 fica permitida a instalação
individual ou coletiva de fossas nos locais onde não existir rede de esgotos sanitários, desde que
observadas as exigências do Código Sanitário do Estado (art. 43).
Quando da execução de edificação de qualquer natureza, o construtor responsável deverá
manter o leito do logradouro, no trecho compreendido pelas obras, em perfeito estado de
limpeza (art. 15). No caso de entupimento da galeria de águas pluviais, ocasionado por obra
particular de construção, a Prefeitura providenciará a limpeza da referida galeria correndo as
despesas, acrescidas de 20%, por conta do proprietário da obra (parágrafo único).
Assim, segundo o art. 19, não é lícito a quem quer que seja, sob qualquer pretexto, impedir ou
dificultar o livre escoamento das águas pelas canalizações, valas, sarjetas ou canais de
logradouro, danificando tais serviços, ou comprometer por qualquer forma, a limpeza das águas
destinadas ao consumo público ou particular (art. 20).
Além disso, fica proibida, conforme o art. 25, a introdução direta ou indireta de águas pluviais ou
resultantes de drenagem nos esgotos sanitários. Fica proibida também a abertura e manutenção
de reservatórios de captação de águas pluviais nos edifícios providos de rede de abastecimento
de água (art. 28).
Porém, na impossibilidade de suprimento de água a qualquer edifício pelo sistema de
abastecimento público, o suprimento poderá ser feito por meio de poços “freáticos, artesianos ou
semi-artesianos”, segundo as condições hidrológicas locais e a solicitação de consumo (art. 36).
Nos casos gerais de grande consumo de água, e quando as possibilidades do lençol profundo
permitirem volumes suficientes de água em condições de totalidade, os poços artesianos e “semi-
Plano Municipal de Saneamento Básico
54
artesianos”1 deverão ser adotados (art. 38), desde que aprovados pelo órgão competente da
Prefeitura (§ 1º) e executados por firma especializada (§ 2º).
Ainda havendo impossibilidade de suprimento de água ao prédio, por meio de poços, ou
existindo conveniência técnica ou econômica, poderão ser adotadas outras soluções de
suprimento, como fontes, linhas de drenagem, córregos e rios, com ou sem tratamento (art. 39);
desde que sejam asseguradas as condições mínimas de potabilidade de água a ser utilizada (§
1º).
7.1.2. Parcelamento do solo urbano
A elaboração do projeto de loteamento será precedida de fixação, por parte da Prefeitura, de
diretrizes. Já o pedido de aprovação definitiva do loteamento, conforme o art. 18, deverá estar
acompanhado de projetos, devidamente aprovados nos órgãos municipais, estaduais e federais
competentes. Entre esses projetos está o projeto completo, com detalhamentos, orçamento
atualizado e cronograma físico de implantação, entre outros, dos seguintes melhoramentos:
• rede de abastecimento de água, constando interligação com a rede pública municipal
existente e perfuração de poço, adução e reservação de água;
• rede de coleta de esgoto sanitário, constando interligação com os emissários e interceptores
da rede pública existente;
• rede de coleta de águas pluviais;
• ligações mortas de água e esgoto.
Os loteamentos poderão, segundo o art. 25, ser de quatro tipos, que terão diferentes exigências
para implantação.
1 A terminologia leiga utilizada na lei se refere à utilização de poços de pequena profundidade como fontes alternativas de abastecimento, que merece ser revista.
Plano Municipal de Saneamento Básico
55
7.1.3. Normas adicionais para loteamentos
Segundo a lei que adiciona normas para aprovação de loteamentos, o sistema de abastecimento
d’água potável deverá ser entregue ao Município em perfeitas condições de funcionamento, dele
constando, inclusive, equipamentos de reserva, para sistema Stand Bye (art. 4º).
O Decreto nº 028/2009, de 31 de agosto de 2009 incluiu as seguintes exigências: Art. 1º - A
implantação da drenagem pluvial prevista na letra “d” do inciso II do Artigo 18 deverá estar em
sintonia com os melhores princípios do manejo sustentável da água pluvial, identificando e
quantificando os impactos da impermeabilização do terreno e adotando medidas mitigadoras e
compensatórias que permitam minimizar as alterações das condições hidrológicas naturais da
área. Deverão ser dimensionados e projetados dispositivos para controlar e reduzir a geração de
excedentes de escoamento e para conservação da qualidade natural da água pluvial, tais como:
reservatórios, trincheiras, poços e valas de infiltração, bacias de detenção e/ou retenção. Art. 2º -
Não será permitida a transferência de novos excedentes de escoamento pluvial gerados no
interior do empreendimento para fora do seu perímetro. Art. 3º - A implantação de arborização
prevista na letra “k” do inciso II do Artigo 18 deverá estar em conformidade com o que dispõe a
Lei nº 036/09 de 29/07/2009, devendo ser incluída a arborização das vias públicas e das
áreas verdes onde seja necessária a recuperação de cobertura arbórea, de acordo com as
seguintes diretrizes: a. As mudas de árvores a serem plantadas nas vias públicas deverão ter em
torno de 3 cm de DAP e 2,0 m de altura a partir do solo; b. As mudas de árvores a serem
plantadas nas áreas verdes deverão ter pelo menos 0,5 m de altura a partir do solo; c. A fiação
elétrica deverá ser projetada de tal forma a não gerar impedimento ao crescimento natural das
árvores; d. A responsabilidade do empreendedor pela arborização se estenderá por um período
mínimo de 3 anos após o plantio das mudas.
7.1.4. Plano diretor de desenvolvimento urbano
O título III do Plano Diretor trata especificamente do saneamento de Américo Brasiliense, estando
disposto em quatro capítulos; sendo:
• capítulo I - disposições gerais;
• capítulo II - abastecimento de água;
• capítulo III - sistema de esgoto;
• capítulo IV - das águas correntes.
Plano Municipal de Saneamento Básico
56
Os objetivos do Plano Diretor para o abastecimento de água são (art. 98, incisos I ao VI):
• abastecer na totalidade a área urbana municipal, entendida como a contida no perímetro
urbano e na zona de expansão urbana, definida por lei;
• impedir a ocupação irregular nas áreas próximas aos poços de captação e aos
reservatórios;
• limitar a instalação de criadouros de animais nas áreas de drenagem à montante e, no
mínimo a 100 m à jusante do ponto de captação de água;
• tornar as nascentes de todos os cursos de água do Município como áreas de proteção de
mananciais e ambiental;
• criar mecanismos de controle sanitário em todos os mananciais, mediante análises e estudos,
coletas e exames laboratoriais físico-químicos e bacteriológicos de amostras ao longo dos
cursos de água;
• possibilitar a existência de parceria com os municípios vizinhos para o abastecimento de
água do Município, e;
• adotar prática estadual de recursos hídricos como norma de orientação de gestão municipal.
• O art. 99 declara como Áreas de Preservação Ambiental (APA) as margens – de ambos os
lados e até uma distância de 100 m a partir de seu leito, em sentido transversal ao mesmo –
dos corpos d’água. Para os novos loteamentos, a faixa de proteção será de 30 m, em
ambas as margens dos córregos, não sendo permitido incluir esta faixa no cálculo das
percentagens das áreas verdes prevista na lei de loteamento.
O § 2°, do artigo supracitado, estabelece as atividades que ficam proibidas nas APAs, em
distância de 100 m. Entre estas atividades estão:
• implantação e funcionamento de indústria, atividades e instalações outras, potencialmente
poluidoras e capazes de afetar os mananciais;
• realização de obras de terraplenagem, quando estas alterarem, de maneira sensível, as
condições ecológicas ou permitirem ainda, a poluição dos mananciais, com o carregamento
para as águas e suas adjacências, de sujeiras diversas e produtos nocivos à saúde;
Plano Municipal de Saneamento Básico
57
• atividades capazes de provocar uma acelerada erosão das terras e/ou acentuado
assoreamento dos corpos d’água;
• realização de obras e atividades que impliquem em sensível modificação do volume de
água dos corpos d’água e causem diminuição no represamento público;
• plantação, exploração pecuária, recreação poluente e perigosa, corte indiscriminado da
flora protetora do manancial, degradação do solo, depósito ou armazenamento de
produtos e resíduos naturais e físico-químicos prejudiciais, não condizentes com o local e em
qualquer estado de matéria; guarda de máquinas de grande porte, depósito de lixo, de
animais mortos, de entulhos, de materiais e utensílios imprestáveis ou inservíveis e despejos
de esgotos domésticos e industriais; além de outras atividades consideradas perniciosas ou
perigosas aos referidos cursos de águas e à flora local.
A fiscalização do controle de poluição e das APA’s (art. 100.) será exercida por órgãos públicos
competentes ligados à área de saúde, planejamento e posturas municipais, aos quais caberá,
conforme o caso, a autuação aos infratores, a apreensão ou ordem de remoção dos poluentes, a
determinação das exigências a serem cumpridas e a gradação do valor da multa aplicada,
conforme estabelecido no código competente ou legislação Estadual pertinente.
Já a abordagem ao sistema de esgoto é realizada no capítulo III, artigos 101, incisos I ao IV. Os
objetivos do Plano Diretor com relação a esse sistema são:
• interceptação das redes de esgoto antes dos seus lançamentos nos cursos d’água, visando o
encaminhamento para unidade de tratamento a ser definida mediante estudo específico em
conjunto com o órgão Ambiental Estadual;
• tratamento de 100% dos esgotos coletados com eficiência mínima de 90%;
• criação de programa de saneamento básico para as populações rurais, fornecendo projetos
de fossas sépticas e de dissipação final dos esgotos adequado para chácaras de recreio e
produtivas, visando o uso adequado dos mananciais subterrâneos e o afastamento dos
dejetos, como forma de conduta para prevenção de doenças transmissíveis e manutenção da
qualidade as águas;
• implantação, quando necessário, nos pequenos núcleos populacionais, de sistemas de
tratamento de esgotos de baixo custo, mas que atendam as exigências mínimas de
eficiência.
Plano Municipal de Saneamento Básico
58
7.1.5. Revisão geral da lei orgânica
O capítulo IV, da referida lei, alude ao meio ambiente, aos recursos naturais e ao saneamento.
Concernente a este, a seção II, art. 217, traz as competências do Município, entre as quais estão:
• formular e implantar a política municipal de saneamento básico, bem como controlar,
fiscalizar e avaliar o seu cumprimento;
• participar da formulação da política estadual de saneamento básico;
• planejar, proteger, executar, operar e manter os serviços de abastecimento de água e
esgoto sanitário;
• estabelecer áreas de preservação das águas utilizáveis para o abastecimento da
população, nos termos da constituição Estadual;
• planejar, proteger, executar, operar e manter a limpeza dos logradouros públicos e a
remoção do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
• reciclar todo lixo doméstico e industrial promovido no Município, a fim de torná-lo útil e não
prejudicial à comunidade;
• regulamentar e fiscalizar a geração, o condicionamento, o armazenamento, a coleta, o
transporte, o tratamento e o destino final dos resíduos de qualquer natureza;
• ampliar progressivamente a responsabilidade local pela prestação de serviços de
saneamento básico;
• executar programas de saneamento básico em áreas pobres atendendo à população de
baixa renda com soluções adequadas e de baixo custo para o abastecimento de água e
coleta de esgoto sanitário;
• executar programas de educação sanitária e melhorar o nível de participação das
comunidades na solução de seus problemas de saneamento.
Plano Municipal de Saneamento Básico
59
7.1.6. Criação do DAEMA – Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente
A estrutura administrativa do DAE surgiu a partir do Setor de Água e Esgoto criado pela Lei nº.
939 de 28/05/1993 – que dispõe sobre a organização administrativa da Prefeitura Municipal –
vinculado naquela época ao Departamento de Serviços Municipais.
Em 1996, o Setor de Água e Esgoto passa a Departamento de Água e Esgoto, conforme disposto
na Lei nº. 1065 de 06/02/1996 – que dispõe sobre alterações na organização administrativa
da Prefeitura Municipal, na escala de vencimentos e dá outras providências.
Atualmente, o DAE passou por nova reestruturação, visando modernizar e adequar suas
atribuições à legislação específica atual. Nesta reestruturação o DAE alterou sua denominação
para DAEMA - Departamento de Água Esgoto e Meio Ambiente, e além dos serviços de
abastecimento de água e de coleta de esgoto, tem por novas atribuições: a gestão ambiental, a
gestão de resíduos sólidos e a gestão de águas pluviais do município de Américo Brasiliense.
A reestruturação do DAE, que altera suas atribuições e denominação está promulgada na Lei
Complementar nº. 004 de 08/06/2009 – que dispõe sobre alteração de denominação de
Departamento, criação de empregos públicos e dá outras providências.
7.1.7. Criação do CMMA – Conselho Municipal do Meio Ambiente
Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente são organismos vinculados ao Conselho Nacional de
Meio Ambiente – CONAMA, que tem por objetivo promover o exercício da democracia,
aumentando a participação da população na gestão do meio ambiente; proporcionar educação
para a cidadania; e o convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes.
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente – MMA e do CONAMA, o Conselho
Municipal de Meio Ambiente tem a função de opinar e assessorar o poder executivo municipal, ou
sejam, a Prefeitura, suas secretarias e o órgão ambiental municipal, nas questões relativas ao
meio ambiente, servindo ainda como fórum de discussões contendo para tanto caráter
deliberativo, consultivo e normativo.
Ainda segundo informações do MMA e do CONAMA, as atribuições pertinentes aos Conselhos
Municipais podem ser assim relatadas; salientando que cada município deve estabelecer as
atribuições que serão de competência de seu respectivo Conselho:
• propor a política ambiental do município e fiscalizar o seu cumprimento;
Plano Municipal de Saneamento Básico
60
• analisar e, se for o caso, conceder licenças ambientais para atividades potencialmente
poluidoras em âmbito municipal (apenas o conselhos estaduais de São Paulo e Minas Gerais
possuem essa competência);
• promover a educação ambiental;
• propor a criação de normas legais, bem como a adequação e regulamentação de leis,
padrões e normas municipais, estaduais e federais;
• opinar sobre aspectos ambientais de políticas estaduais ou federais que tenham impactos
sobre o município;
• receber e apurar denúncias feitas pela população sobre degradação ambiental, sugerindo
à Prefeitura as providências cabíveis.
Vale lembrar ainda que a criação de um Conselho Municipal corrobora com o artigo 225 da
Constituição Federal de 1988, que estabelece como direito comum a todos o usufruto de um meio
ambiente ecologicamente equilibrado, considerado bem de uso comum e essencial à sadia
qualidade de vida. Compete ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e de
preservá-lo para as gerações atuais e futuras.
O CMMA de Américo Brasiliense é um organismo colegiado local, de caráter permanente, com
funções consultivas, deliberativas, normativas e fiscalizadoras, recursal e de assessoramento do
Poder Público Municipal, com a finalidade precípua de contribuir com a implantação da Política
Ambiental e questões referentes ao equilíbrio ambiental, desenvolvimento urbano e melhoria da
qualidade de vida dos munícipes.
Dentre as atribuições do CMMA, conforme artigo 2º da lei de sua criação, destacam-se as ações
que se relacionam ao desempenho das atividades do DAEMA:
• avaliar e estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e a manutenção da
qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, de acordo
com a legislação pertinente, supletivamente ao Estado e à União;
• obter e repassar informações e subsídios técnicos relativos ao desenvolvimento ambiental
aos órgãos públicos, entidades públicas e privadas e a comunidade em geral;
Plano Municipal de Saneamento Básico
61
• opinar sobre o recolhimento, seleção, armazenamento, tratamento e eliminação do lixo
doméstico, industrial, hospitalar e de embalagens de fertilizantes e agrotóxicos no município,
bem como a destinação final dos efluentes em mananciais.
Ainda no sentido de atender às orientações legais, o Conselho Municipal de Meio Ambiente
visando conceder espaço à ampla participação, devem conter sua composição das seguintes
formas:
• bipartite – poder público (municipal, estadual e federal) e outros segmentos (empresarial,
sindical, academia, entidades ambientalistas etc.); ou
• tripartite – (1) poder público, (2) setor produtivo (empresarial e sindical) e (3) entidades
sociais e ambientalistas.
Em Américo Brasiliense a composição do CMMA é prevista pela Lei nº. 004/2009, conforme
artigo 4º, onde se preveem a participação de representantes do poder público e da sociedade
civil organizada, a saber: será composto por 14 (quatorze) conselheiros, dos quais 50%
(cinquenta por cento) serão indicados pelo Poder Público Municipal, e 50% (cinquenta por cento)
indicados pela sociedade civil, observada a seguinte divisão:
I – Representantes do Poder Público:
a) Um presidente - titular do órgão executivo municipal de meio ambiente;
b) Um representante do Poder Legislativo, designado pelos vereadores;
c) Um representante do Ministério Público do Estado;
d) O titular do órgão do executivo municipal de saúde pública e ação social;
e) O titular do órgão do executivo municipal de educação;
f) O titular do órgão do executivo municipal de obras públicas e serviços urbanos; e
g) Um representante de órgão da administração pública estadual ou federal que tenha em suas
atribuições e proteção ambiental ou o saneamento básico e que possuem representação no
Município, tais como: Policia Ambiental, Instituto Estadual de Florestas - IEF ou Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
II – Representante da Sociedade Civil:
Plano Municipal de Saneamento Básico
62
a) Quatro representantes de setores organizados da sociedade, tais como: Associação do
Comércio e da Indústria, Clubes de Serviços, Sindicatos e Associações de Bairro;
b) Dois representantes de entidades civis de defesa do meio ambiente e/ou educação ambiental,
com atuação no município;
c) Um representante de Universidades ou Faculdades.
7.1.8. Controle do desperdício de água potável
O uso racional dos recursos hídricos em geral é um dos objetivos da Política Nacional de Recursos
Hídricos, instituída pela Lei Federal nº. 9.433/1997.
Tem-se desse objetivo que o consumo responsável dos recursos hídricos, prevendo os usos múltiplos
e priorizando o uso para consumo humano, deve ser um dos princípios da gestão desse bem
natural.
A água potável por sua vez deve ser utilizada com maior critério ainda, considerando que para
torná-la apta ao consumo humano, em conformidade com os padrões de qualidade exigidos pela
legislação estabelecida no país, há o dispêndio de energia elétrica, produtos químicos para o
tratamento e mão-de-obra para a captação, tratamento e distribuição dessa água chegando até
os locais de consumo.
As ações necessárias para produzir água potável incrementam neste recurso natural custos que
são repassados aos consumidores, cobrados em relação à quantidade consumida. Contudo, o
consumo do bem propriamente dito não é cobrado pelas autarquias e departamentos
responsáveis pelo abastecimento, sendo esta uma prática recente que está sendo implementada
por algumas Agências das Bacias Hidrográficas.
O desperdício ou uso inadequado da água potável é, portanto, o desperdício de um recurso
natural escasso e importante à vida humana e também o desperdício de outros recursos que
foram introduzidos para seu tratamento e transporte; devendo o mesmo ser combatido para
evitar aumento da demanda de água, e consequente redução de oferta para outros usos, e
também aumento do custo referente ao abastecimento de água dada a necessidade de
tratamento de uma quantidade maior a que seria consumida sem esse desperdício.
Em diversos municípios já tem sido instituídos regulamentações para combater/controlar o
desperdício de água devido ao consumo inadequado ou falhas no sistema de distribuição e nas
Plano Municipal de Saneamento Básico
63
instalações prediais. O município de Américo Brasiliense instituiu recentemente a Lei nº. 035/2009
que prevê orientações sobre o controle do desperdício de água.
Essa lei, que dispõe sobre o controle do desperdício de água potável em foi elaborada, conforme
consta em seu artigo 2º, em conformidade com as diretrizes estabelecidas na legislação
municipal, em especial: Lei Orgânica, Plano Diretor (Lei 007/06), Lei do Parcelamento do Solo
(Lei 1008/94 e 030/02), Código de Postura (Lei 978/93), observadas, no que couber, as
disposições previstas na legislação municipal, estadual e federal pertinentes.
Os objetivos principais do controle de desperdício de água no município de Américo Brasiliense,
conforme artigo 3º da referida lei são: reduzir custos do fornecimento, transporte e tratamento
da água para as necessidades humanas; promover gerenciamento adequado da água; incentivar
o reuso e a reciclagem de água para fins não potáveis; manter a qualidade e a quantidade da
água; proteger os aquíferos subterrâneos; evitar impactos nos ecossistemas; conservar a
biodiversidade dos sistemas aquáticos; preservar o ciclo natural da água e os mananciais
superficiais; e promover orientações referentes à economia de água.
Segundo o artigo 6º da Lei nº. 035/2009 entende-se por desperdício de água: lavar calçada
com uso contínuo de água; molhar ruas constantemente; manter torneiras, cano, conexões,
válvulas, caixas d’água, reservatórios, tubos ou mangueiras eliminando água continuamente; e
lavar veículos com uso contínuo de água, excetuando-se os casos de lava-jato, que deverá possuir
sistema que reduza o consumo de água potável ou que permita a sua reutilização, a ser
verificado junto ao seu licenciamento.
A penalidade prevista para infrações observadas quanto ao desperdício ou ao uso inadequado
da água potável será aplicada por fiscal autorizado que deverá em primeira instância advertir o
munícipe para que a prática não se repita, anotando o dia e o horário da ocorrência e
registrando a notificação, a qual será sucedida de processo administrativo. No caso de
reincidência, observada em fiscalização, será aplicada ao infrator, uma multa no valor de 50%
sobre o valor registrado no consumo de água do mês anterior.
A Lei nº. 035/2009 instituí ainda o Programa Municipal de Conservação de Uso Racional da
Água e Reuso em Edificações, que tem por objetivo induzir à conservação, uso racional e
utilização de fontes alternativas para a captação de água e reuso nas atuais e nas novas
edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da
água. No caso de imóveis já edificados devem-se buscar alternativas para adaptação dos
dispositivos por meio de soluções técnicas.
Plano Municipal de Saneamento Básico
64
O referido instrumento legal instituiu também concurso anual, nas escolas mantidas pela
municipalidade de Américo Brasiliense, com objetivo de premiar aquela que apresentar maior
economia do consumo de água.
O setor industrial, por sua vez, deverá realizar e apresentar ao órgão municipal de saneamento,
um Plano de Economia de Água, contendo medidas estruturais como implantação de reservatório
de água de chuva, sistemas de infiltração no água de chuva no solo, sistema de reuso de água e
medidas não estruturais; fornecendo prazo para apresentação do mesmo tanto para indústrias já
existentes como para as que pretendem instalar-se no município.
7.1.9. Considerações finais
A revisão do arcabouço legal do município de Américo Brasiliense no que se refere às políticas
públicas de saneamento indica a necessidade de revisões e complementações para adequá-lo à
lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
Os principais aspectos que deverão ser tratados são:
1. Regulamentação da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário;
2. Adequação das leis municipais (Plano Diretor, Código de Posturas, Parcelamento do Solo)
à legislação federal de saneamento e resíduos sólidos;
3. Revisão dos preços públicos, taxas e tarifas;
4. Estruturação da gestão e fiscalização ambiental;
5. Estruturação dos serviços de limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos; e
6. Estruturação da gestão dos sistemas de manejo de águas pluviais.
7.2. Estrutura organizacional e infraestrutura
O DAEMA é formalmente responsável pelo prestação dos serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e recebeu, no ano de 2.009, a responsabilidade pela gestão ambiental e, em
2.011, a coordenação da defesa civil. Além das atribuições formais o DAEMA vem sendo instado a
Plano Municipal de Saneamento Básico
65
atuar informalmente na gestão de resíduos sólidos, no controle da população de animais domésticos e
no controle da arborização urbana.
A equipe do DAEMA é composta por 38 funcionários, incluindo o Diretor, distribuídos em seis setores,
conforme a estrutura organizacional representada esquematicamente na Figura 7-1.
A administração do DAEMA está instalada em prédio da Prefeitura Municipal, com cerca de 250 m2,
localizado à Av. Joaquim Afonso da Costa, 284 – Centro.
O centro de controle operacional, almoxarifado e suporte operacional estão localizados junto aos
reservatórios do CRD1, em prédios que totalizam cerca 200 m2, localizados à Rua Manoel José Pires
nº 197 - Centro.
Figura 7-1: Organograma do DAEMA
Os veículos utilizados pelo DAEMA são relacionados na Tabela 7-1, e as respectivas fotos são
apresentadas na sequencia. A maioria dos veículos e equipamentos disponíveis encontra-se em
situação precária, apresenta falhas recorrentes e longos períodos de manutenção corretiva. A
retroescavadeira e o caminhão tanque são únicos e são compartilhados por todos os departamentos
da Prefeitura.
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Tabela 7-1: Veículos utilizados pelo DAEMA
tipo marca idade foto nº
Furgão Volkswagem 13 1
Caminhão Agrale 20 2
Pick-up Fiat Strada 10 3
Leve Fiat Uno 20 4 e 5
Furgão Volkswagem 13
Motocicleta Honda/NX-4 8
Caminhão tanque Volkswagem 26
Retroescavadeira Massey Fergunson 21
Plano Municipal de Saneamento Básico
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Foto 7-1: Perua Kombi - pedreiro
Foto 7-2: Caminhão Agrale – rede de água
Foto 7-3: Pickup Fiat Strada – Chefe de Operações
Foto 7-4: Fiat Uno – Hidrômetros
Foto 7-5: Interior do Fiat Uno
Plano Municipal de Saneamento Básico
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7.3. Estudos e planos anteriores
Os planos e projetos realizados anteriormente para os serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e caracterização do meio físico foram disponibilizados pelo DAEMA e são
descritos resumidamente a seguir.
7.3.1. Planejamento do sistema de esgotamento sanitário – 1987
No ano de 1987 a SEREC concebeu um projeto de tratamento de efluentes. Esse projeto foi
realizado a partir da parceria entre a Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense e a indústria
Moinho da Lapa S.A., comprada posteriormente pela Sadia. No projeto foram considerados os
efluentes produzidos pela indústria e também o esgoto sanitário proveniente de toda a área
urbana de Américo Brasiliense.
Segundo o projeto, o efluente industrial passaria primeiro por um pré-tratamento, já existente à
época, e depois juntamente com toda a vazão de esgoto sanitário passaria pela estação de
tratamento projetada.
O corpo receptor dos efluentes tratados seria o córrego da Ponte Alta (Maria Mendes). De
acordo com o projeto, 85% das redes coletoras de esgoto estão na bacia do córrego Ponte Alta
e os outros 15% na bacia do córrego Xavier, sendo que toda a vazão coletada nesta seria
transferida para a bacia do Ponte Alta por uma estação elevatória.
O horizonte de projeto determinado foi o ano de 2005, com atendimento final de uma vazão
média de 122,21 l/s de esgoto sanitário e 28,8 l/s de efluente industrial proveniente do
abatedouro de aves. Esse projeto previa atender uma população de 46.225 habitantes.
A tecnologia de tratamento adotada no projeto foi de lagoas anaeróbias seguida de lagoas
facultativas.
A estação projetada pela SEREC não foi totalmente construída. Apenas as obras para o
tratamento do efluente industrial foram construídas, no entanto, a indústria fechou e essa estação
está desativada.
7.3.2. Planejamento do sistema de abastecimento de água - 1989
No ano de 1989 a SEREC entregou à Prefeitura Municipal o planejamento do sistema de
abastecimento de água de Américo Brasiliense, que apontava a necessidade de preservar as
Plano Municipal de Saneamento Básico
69
unidades existentes, melhorar e ampliar a rede de distribuição, reduzir os consumos e ampliar o
sistema produtor.
Esse planejamento constituiu o primeiro trabalho de engenharia para a organização do sistema,
que já começava a apresentar sinais de deficiências frente ao desenvolvimento urbano
experimentado à época.
Na tentativa de solucionar os problemas que se avolumavam foram tomadas algumas medidas,
tais como:
• início da operação do poço P5 (represa);
• adaptações nas ligações;
• implantação dos trechos dos anéis nas ligações dos reservatórios com as áreas mais críticas;
• perfuração do poço P7, com capacidade para 140 m³/h, que substituiu três dos quatro poços previsto à época.
Estas medidas melhoram o problema do abastecimento de água municipal, porém não o
resolveu, restando ainda o desenvolvimento do sistema de desinfecção e de controle de perdas.
Além disso, era necessário:
a) prever reservação para a área central, pois ao contrário do previsto foi executado
apenas um poço, dos quatro planejados, fazendo com que a flexibilidade da produção
diminuísse, impedindo o escalonamento da operação dos poços. Em função disso, tornou-
se necessário ampliar a capacidade de reservação para cerca de 1/3 do volume
máximo diário da zona correspondente (central);
b) perfurar mais um poço até 1995, pois o crescimento da demanda exigiria, em dias de
máximo consumo, 180 m3/h do poço P7, preparado para fornecer apenas 140 m3/h;
c) reforçar o abastecimento do reservatório Vista Alegre, visto o rápido desenvolvimento da
região.
Em vista ao exposto, a Prefeitura Municipal contratou a SEREC para elaboração dos estudos
referentes às necessidades anteriormente apresentadas. Dessa contratação resultaram as
seguintes medidas:
• construção de um reservatório metálico de 1.000 m3 na área central;
• instalação de dois conjuntos de recalque na estação elevatória 1 – EE 1, para abastecimento de Vista Alegre;
Plano Municipal de Saneamento Básico
70
• implantação de uma adutora de 150 mm (6’’) de diâmetro e 1.200 m de extensão, para ligar a EE 1 à nova elevatória do poço P5 para abastecimento do Jardim Vista Alegre;
• construção de uma elevatória junto ao poço P5 (represa) para reunir as águas desse poço com as provenientes da EE1 e recalcá-las ao reservatório de Vista Alegre;
• duplicação da adutora de 100 mm (4”) de diâmetro e 910 m de extensão, entre o poço P5 e o reservatório de Vista Alegre;
• implantação de booster para abastecimento de “Nosso Teto”;
• implantação de 3 postos de desinfecção e fluoretação de água;
• reparação de 6 vazamentos detectados, e;
• implantação de hidrômetros em todas as ligações gratuitas com controle do consumo e cobrança de conta.
7.3.3. Planejamento do sistema de abastecimento de água – 1994
Com o desenvolvimento crescente da cidade os problemas com o abastecimento de água se
agravaram, advindo daí a necessidade da atualização do planejamento até então existente.
Nessa atualização, frente às dificuldades financeiras, fixou-se o horizonte de 10 anos e
apresentou medidas tanto para soluções de forma definitiva, quanto de forma paulatina.
Esse planejamento, apresentado em dois volumes (textos e desenhos), apresentava um relato da
comunidade, do desenvolvimento demográfico, do sistema existente de abastecimento de água,
das projeções de demanda, dos balanços entre oferta e demanda, da setorização da cidade,
do sistema planejado, da caracterização das unidades componentes do sistema planejado e o
programa de intervenção.
Na ocasião, o sistema acusava problemas em épocas secas, quando havia demanda reprimida,
devido a dois fatores: a produção estava no seu limite de capacidade e havia problemas na
adução/distribuição. Outro ponto acusado era a falta de desinfecção da água distribuída que,
embora dispense outro tipo de tratamento, dispunha de um precário e intermitente sistema de
desinfecção, que acusava constantemente problemas operacionais, quando não a falta de
produtos químicos, além da falta da fluoretação de água.
Em busca da solução para os problemas apresentados, o planejamento buscava:
• implantar um programa de controle e redução de perdas;
• implantar postos de desinfecção e fluoretação;
• complementar o aproveitamento de um poço, com a instalação dos equipamentos de recalque e construção de um reservatório “pulmão”;
Plano Municipal de Saneamento Básico
71
• perfurar dois poços profundos com os respectivos sistemas de recalque;
• criar um centro de reservação;
• reforçar a adução e adaptar várias elevatórias às condições de funcionamento;
• ampliar e reforçar a rede primária de distribuição.
7.3.4. Parecer técnico - 1996
O parecer técnico elaborado, também pela SEREC, no ano de 1996, visava avaliar a situação
do sistema de abastecimento de água e apontar caminhos para a implantação do sistema de
esgotamento sanitário em Américo Brasiliense.
Nesse parecer concluiu-se que a cidade estava trilhando em bons caminhos, no que se refere ao
saneamento básico. A situação crítica e a administração deficitária do sistema, encontradas à
época dos primeiros estudos, foram substituídas por um “sistema operacionalmente superavitário,
seguro, confiável e de amplo atendimento ao consumidor”. Além disso, exaltou-se a compreensão
da grande maioria da população e a colaboração da Câmara Municipal nas decisões que
visavam melhorias no sistema de abastecimento de água e a criação do Departamento de Água
e Esgoto de Américo Brasiliense.
7.3.5. Parecer Técnico nº 9118-301 - IPT – 2.004
O IPT realizou por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios - PATEM relatório
para dar suporte técnico à elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município,
caracterizando o meio físico, meio biótico e aspectos sócio econômicos.
7.3.6. Projeto do sistema de esgotamento sanitário – 2007
O sistema de esgoto da cidade de Américo Brasiliense conta com outro projeto de estação de
tratamento esgoto, proveniente do “Programa Água Limpa”, realizado em 2007 pela
INTERPLAN Consultoria e Projetos S.A.
O corpo receptor é o córrego Ponta Alta, classificado como classe 2. Conforme os dados deste
trabalho, 90% das redes coletoras estão na bacia do córrego Ponta Alta e apenas 10% estão
na bacia do córrego Xavier.
O horizonte de projeto determinado foi 2025 e a vazão média final é de 107,06 l/s. A
projeção de população elaborada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
(SEADE) em 2004 foi utilizada no projeto e resultou em 46.740 habitantes para o ano de 2025.
Plano Municipal de Saneamento Básico
72
A estação projetada é constituída de 2 lagoas anaeróbias seguidas de 4 facultativas, possui
tratamento preliminar completo (gradeamento, desarenação e medição de vazão) e sistema de
desinfecção. A eficiência esperada para sistema é de 82% em termos de remoção de Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO).
O projeto não foi executado, pois não obteve aprovação junto à Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB), devido à eficiência projetada não atender o padrão de
lançamento do corpo receptor, que além de ser classe 2, possui vazão muito reduzida.
7.3.7. Projeto da ETE – 2009
O Projeto da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, de agosto de 2009, é de autoria do
engenheiro civil Antonio Carlos Sacilotto e prevê o tratamento do esgoto sanitário, com a vazão
média diária de 85,4 L/s, equivalente à população prevista para o ano de 2030 de 41.030
habitantes
O projeto prevê tratamento preliminar completo (gradeamento, desarenação e medição de
vazão), reator anaeróbio, com circulação de lodo, reator aeróbio com ar difuso, desagamento
de lodos e sistema de desinfecção, considerando os parâmetros apresentados na Tabela 7-2.
Tabela 7-2: Parâmetros de projeto da ETE de esgoto bruto e tratado
parâmetro unidade ano 2.030
Concentração de DBO – Esgoto bruto mg/l 330
Concentração de Nitrogênio Amoniacal – Esgoto bruto mg/l 48,8
Concentração de fósforo – Esgoto bruto mg/l 8,5
Concentração de coliformes fecais – Esgoto bruto NMP/100 ml 106
Concentração de DBO – Esgoto tratado mg/l 30
Concentração de Nitrogênio Amoniacal – Esgoto tratado mg/l 5
Concentração de fósforo – Esgoto tratado mg/l 4,0
Concentração de coliformes fecais – Esgoto tratado NMP/100 ml 103
A implantação da ETE possui licença prévia e de instalação emitidas pela Agência Ambiental –
CETESB, as outorgas de implantação e lançamento final emitidas pelo DAEE e aguardam a
formalização de convênio do Programa Estadual Água Limpa para liberação dos recursos
orçados em R$ 10,5 milhões (fev/2011).
Plano Municipal de Saneamento Básico
73
7.3.8. Projeto do emissário – 2009
O Projeto Básico do Emissário – Ponte Alta também é de autoria do engenheiro civil Antonio
Carlos Sacilotto e foi elaborado em agosto de 2009. O projeto abrange cerca de 1.500 m de
emissário, por gravidade, na margem direita do Córrego Ponte Alta, entre o ponto de
lançamento existente, próximo ao Bairro São José, até o local onde será construída a ETE. O
emissário será construído com tubos de concreto de 600 mm, tendo duas travessias áreas, uma
sobre um afluente do Córrego Ponte Alta, outra sobre área de erosão, com oito PV´s e foi
orçado em R$ 1,2 milhão (fev/2011).
O projeto do emissário possui licença prévia e de instalação emitidas pela Agência Ambiental –
CETESB e as outorgas de travessias emitidas pelo DAEE.
7.3.9. Caracterização de matas ciliares - 2009
O trabalho foi realizado pela Sigmatech Consultoria Ltda. por meio da sobreposição das
imagens de satélite e dos dados vetoriais, aplicação de processos de interpretação visual e de
classificação das imagens de satélites para detectar as áreas de matas ciliares, seu estado de
regeneração e as áreas que necessitam de recomposição florestal.
7.3.10. Plano Diretor de Saneamento Básico (PDSB) – 2.011
No ano de 2.008, a Prefeitura solicitou apoio do FEHIDRO para elaborar o PDSB, tendo como
objeto apenas os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Além do termo
de referência inadequado, o estudo que veio a ser realizado pela empresa VM Engenharia de
Recursos Hídricos Ltda. sofreu ingerência do agente técnico, que impôs critérios técnicos
inadequados e afrontou a autonomia do município para a definição das diretrizes do trabalho.
7.3.11. Projetos de ampliações e melhorias do Sistema de Abastecimento de
Água (SAA)
Em complementação ao PDSB a Prefeitura contratou serviços de engenharia para elaboração de
projetos executivos para as melhorias e ampliações do SAA focando as prioridades, principais
deficiências e vulnerabilidades do sistema existente. Tendo em vista a incapacidade de custeio
das obras e serviços necessários pela Prefeitura, os projetos tiveram como objetivo dar suporte
aos pleitos externos de recursos financeiros. Os projetos foram elaborados pela empresa
Construara Construção e Engenharia Ltda, entre 2010 e 2011, e foram agrupados com base na
divisão de setores de abastecimento e incluíram: reformas, adequações e ampliações das
instalações existentes, construção de poços, adutoras, centros de reservação, casas de química,
Plano Municipal de Saneamento Básico
74
estações elevatórias, redes de distribuição, muros de fechamento e sistemas de segurança,
automação, medição e controle. Os projetos incluem as especificações técnicas dos serviços e
materiais, memorial descritivo, desenhos, planilhas orçamentárias e termo de referência para
contratação das obras.
7.3.12. Plano diretor de combate a perdas
No ano de 2.010, a Prefeitura solicitou apoio do FEHIDRO para elaborar o PDCP, tendo como
objeto o serviço de abastecimento de água. O estudo foi iniciado em 01/07/2010 e está sendo
realizado pela empresa RHS CONTROLS Recursos Hídricos e Sanemanto Ltda., que emitiu, em
dez/2010, os relatórios de atividade R1, R2 e R3 que tratam da elaboração de base cadastral
da rede de distribuição, setorização, medições de vazão, estações pitométricas e ensaios
hidráulicos, e projeto de macromedição de vazão e nível. Devido à lenta tramitação das análises
e aprovações pelo Agente Técnico do FEHIDRO o prazo para execução do trabalho foi
estendido, prevendo-se sua conclusão em out/2011.
7.4. Levantamento patrimonial
Os materiais que compõem o patrimônio utilizado pelo DAEMA, tais como os equipamentos de escritório,
eletromecânicos, ferramentas, etc., plaquetados e não plaquetados, utilizados nos setores administrativos
e operacionais e que constam do levantamento patrimonial são relacionados na Tabela 7-3 até a Tabela
7-10.
Plano Municipal de Saneamento Básico
75
Tabela 7-3: Materiais de escritório – plaquetados
item qtde descrição placa
1 1 CPU DAE 07 8558
2 1 Monitor DAE 07 8626
3 1 Impressora HP Laser Jet 8000
5933
4 1 Máquina de calcular Olivetti Logos
8051
5 1 Máquina de calcular Olivetti Logos
8052
6 1 Monitor DAE 02 8624
7 1 CPU DAE 02 8556
8 1 Máquina de calcular Olivetti Logos
8050
9 1 Cadeira giratória 598
10 1 Cadeira secretaria reta 8854
11 1 Cadeira secretaria reta 8856
12 1 Cadeira secretaria reta 8858
13 1 Comp. servidor HP Server TC 2120
8562
14 1 Triturador de papel Monroe 8397
15 1 CPU super mult Satellite int DAE 01
11178
16 1 Monitor Noc DAE 01 11179
17 1 Impressora Deskjet 930C 7823
18 1 Palm 125 Handheld Palm OS 4.0
7838
19 1 Scanner de mesa 19200- Genius
6593
20 1 PABX Conecta Intelbrás 8935
21 1 Aparelho de fax UX 44/66 Sharp
8869
22 1 Bebedouro elétrico mini Nativus
8868
23 1 Escada de ferro 8150
24 1 Mesa pequena de madeira 2698
25 1 Mesa cantoneira 5006
26 1 Gaveteiro volante c/ 3 gavetas
4985
27 2 Longarina 3 lugares secretaria
8848-8849
28 1 Estabilizador Nobreak 7373
29 1 Ventilador Oscilante 50 de parede
8710
30 1 Switch hub 16 portas 8727
33 1 Impressora HP Laserjet 10467
3005D
item qtde descrição placa
34 1 CPU do servidor 10919
35 1 CPU visa 2 DAE 08 7332
37 1 Balcão em aço c/ portas de correr
12084
38 1 Bebedouro elet. de galão 11871
39 1 Bebedouro elet. de pressão inox
11870
40 1 Arquivo em aço 2 gavetas 12083
41 1 Central de PABX 6 linhas e 16 ramais
12271
42 1 Câmera fotográfica digital 11921
Plano Municipal de Saneamento Básico
76
Tabela 7-4: Materiais de escritório - não plaquetados
item qtde descrição placa
1 1 CPU Balcão
2 1 Monitor Balcão
3 7 Estabilizador Balcão
4 1 Máquina de calcular DAE 05
Balcão
5 1 Arquivo de ferro 4 gavetas
Atendimento
6 1 Encadernadora Atendimento
7 1 Switch 24 porta Atendimento
8 1 Roteador Servidor
9 4 Aparelho de telefone Atendimento
10 1 Banco de ferro Cozinha
11 1 Geladeira Cozinha
12 1 Forno elétrico Cozinha
13 1 Fogão de 2 bocas Cozinha
14 1 Relógio de ponto Atendimento
15 1 Extintor Atendimento
16 1 Relógio de parede Atendimento
17 1 Guilhotina Atendimento
18 1 Suporte de copos água Atendimento
19 1 Suporte de café Atendimento
20 2 Armário de banheiro Atendimento
21 5 Suporte de sabonete Atendimento
22 4 Porta papel Atendimento
23 1 Cadeira giratória Atendimento
24 1 Plotter Hewlett Packard Deskjet 450C
Atendimento
25 1 Monitor Coletor
26 1 CPU Coletor
27 1 Estabilizador Coletor
28 1 Turbidímetro (análise de água)
Atendimento
29 1 Colorímetro digital Del Lab
Atendimento
30 1 Fluorímetro digital Del Lab
Atendimento
31 1 Aparelho pH metro digital
Atendimento
32 1 Aparelho para teste de cor
Atendimento
Tabela 7-5: Materiais plaquetados no CRD1
item qtde descrição placa local
1 1 Ventilador de Teto Venti Delta
8133 Portaria
2 1 Prateleira de Aço
120 Barracão
3 1 Prateleira de Aço
2712 Barracão
4 1 Prateleira de Aço
161 Barracão
5 1 Armário de Aço
806 Barracão
6 1 Armário de Aço
89 Barracão
7 1 Escrivaninha 4994 Barracão
8 1 Cadeira Giratória
4757 Almoxarifado
9 1 Cadeira forrada
482 Almoxarifado
10 1 Aparelho WALK/TALK
8330 Recepção
11 1 Equipamento Sinalização de Poços
8106 Portaria
12 1 Equipamento Sinalização de Poços
7809 Portaria
13 1 Equipamento Sinalização de Poços
8221 Portaria
15 1 Conj. de Antena UHF super Triax 750
10194 Poço 7
16 1 HMS + rádio transmissor+ placa e modulo
Poço 3
17 1 Mesa de ferro 4 gavetas pequenas
131 Barracão
18 1 Mesa oval 8853 Sala de curso
19 1 Cadeira Secretária Reta PE ESKI
8855 Sala de curso
20 1 Cadeira Secretária Reta PE ESKI
8857 Sala de curso
Plano Municipal de Saneamento Básico
77
Tabela 7-5: Materiais plaquetados no CRD1 (continuação)
item
qtde
descrição placa local
21 1 Monitor de vídeo ( tv de segurança)
10224 Portaria
22 1 Bebedouro elétrico de pressão em aço
11869 Atendimento
23 1 Geofone Mecânico localizador de vazamento
12482 Almoxarifado
24 1 Válvula pulsadora e geradora de ondas
12483 Almoxarifado
25 1 Micro ventilador 250x250x85mm 127/220V
11886 Painel do P P10
26 1 Controle elétrico p/ bomba d’água
11827 Almoxarifado
27 1 Ventilador de parede de 60 cm giratório
11757 Almoxarifado
28 3 Cadeira universitária
11758-11759-11760
Sala de curso
29 3 Cadeira universitária
11761-11762-11763
Sala de curso
30 3 Cadeira universitária
11764-11765-11766
Sala de curso
31 3 Cadeira universitária
11767-11768-11769
Sala de curso
32 3 Cadeira universitária
11770-11771-11772
Sala de curso
33 1 Impressora 8959 Recepção
Laser Jet 1300
34 1 Monitor LG 8631 Sala de curso
35 1 Arquivo de aço 80 Barracão
36 1 Aparelho WALK/TALK
8334 Sala do barracão
37 1 Equipamento de controle Poço P7
9064 Portaria
38 1 Coletor de dados completo
9257 Leiturista
39 1 Coletor da marca Tri-pc
8497 Leiturista
Plano Municipal de Saneamento Básico
78
Tabela 7-6: Materiais não plaquetados no CRD1
item qtde descrição local
1 1 Monitor Portaria
2 1 Painel de sinalização
Portaria
3 2 Fonte Recepção/almoxarifado CRD1
4 1 CPU Almoxarifado/recepção CRD1
5 1 Quadro de avisos S/P
Almoxarifado /recepção
6 2 Arquivo de ferro
Almoxarifado CRD1
7 2 Pump control Portaria
8 1 Escada com 6 degraus
Almoxarifado do CRD1
9 2 Reservatório total 4.000 litros
Cloro CRD1
10 1 Reservatório total 3.000 litros
Flúor CRD1
11 2 Aparelho de telefone
Almoxarifado/recepção CRD1
12 2 Cadeiras giratórias preta
Barracão
13 4 Extintores de incêndio
Recepção/almoxarifado CRD1
14 1 Armário com 8 portas metálicas
Almoxarifado 02 do CRD1
15 1 Armário com 12 portas metálicas
Almoxarifado 02 do CRD1
16 3 Prateleiras de aço
Almoxarifado 01 do CRD1
17 1 Ventilador Diplomat
Almoxarifado 01 do CRD1
18 1 Escrivaninha com 3 gavetas
Sala Almoxarifado 02
19 1 Escrivaninha com 3 gavetas
CRD1- doado Banespa
20 2 Escrivaninha com 2 gavetas
CRD1- doado Banespa
Tabela 7-6: Materiais não plaquetados no CRD1 (continuação)
item qtde descrição local
21 1 Mesinha reserva CRD1- doado Banespa
22 1 Cadeira giratória CRD1- doado Banespa
23 1 Mesa grande Almoxarifado 01 CRD1
24 2 Cadeiras giratórias Recepção do CRD1
25 1 Serrote Almoxarifado do CRD1
26 1 Martelo Almoxarifado do CRD1
27 1 Jogo de chave 2" A 1/4
Almoxarifado do CRD1
28 2 Chaves para Tee de serviço
Almoxarifado do CRD1
29 1 Chave grifo 14" Almoxarifado do CRD1
30 2 Chave grifo 12" Almoxarifado do CRD1
31 1 Tesoura Almoxarifado do CRD1
32 1 Alicate Almoxarifado do CRD1
33 3 Chave ali Almoxarifado do CRD1
34 1 Furadeira manual de rede
Almoxarifado do CRD1
35 1 Ar condicionado Recepção do CRD1
36 1 Motor de indução modelo 200
Casa de bombas CRD1
37 2 Motor Weg modelo 100 L
Almoxarifado 02 CRD1
38 1 Motor Weg modelo 132 L
Almoxarifado 02 CRD1
39 1 Motor Weg modelo 200 L
Almoxarifado 02 CRD1
40 1 Bomba KSB Hidrobloc C 3.000 T
Almoxarifado 02 CRD1
41 1 Bomba manual de graxa
Casa de bombas CRD1
Plano Municipal de Saneamento Básico
79
Tabela 7-6: Materiais não plaquetados no CRD1 (continuação)
item qtde descrição local
42 1 Bomba manual de óleo
Casa de bombas CRD1
43 5 Antenas de transmissão
Recepção do CRD1
44 1 Suporte para papel
Recepção do CRD1
45 3 Saboneteiras Recepção/almoxarifado
46 1 Fogão Casa de bombas CRD1
47 1 Geladeira Casa de bombas CRD1
48 1 Relógio de ponto DIMEP
Almoxarifado do CRD1
49 1 Fogão Casa de bombas CRD1
50 1 Geladeira Casa de bombas CRD1
51 1 Relógio de ponto DIMEP
Almoxarifado do CRD1
52 1 Máquina de solda Bombozi
Barracão
53 1 Lixadeira Bochi 110 VTS
Barracão
54 1 Ventilador de teto
Sala de curso
55 1 Cadeira secretária reta
Sala de curso
56 2 Cadeira Sala dos leituristas
57 1 Ventilador de chão Vent Lukis
Sala dos leituristas
58 2 Coletores TR-I TRIGON
Sala dos leituristas
59 1 Estabilizador Sala dos leituristas
60 2 Carregadores para coletores
Sala dos leituristas
61 1 CPU DAE 10 Sala do almoxarifado
62 1 Monitor DAE 10
Sala do almoxarifado
Tabela 7-7: Materiais não plaquetados da unidade de serviços de rede de água
item qtde descrição
1 1 Picareta
2 1 Marreta grande
3 1 Marreta pequena
4 2 Enxadas
5 1 Balde grande
6 1 Balde pequeno
7 1 Pá
8 1 Vanga
9 4 Enxadões
10 4 Chaves de registro
11 1 Arco de serra
12 2 Pares de bota
13 1 Colher de pedreiro
14 1 Espátula
15 1 Cavadeira
16 1 Alicate
17 1 Trena
18 2 Chave de fenda
19 3 Chave de grife
20 1 Tarracha
21 1 Ponteiro
22 1 Tarracha de catraca
23 1 Chave de tubo de corrente
24 1 Talhadeira
25 1 Ponteiro triângulo
26 1 Jogo de thave fixa
27 2 Varetas de sonda
28 1 Arrebitador
29 1 Alicate p/ cortar tubo
30 1 Desbastador de tubo
Plano Municipal de Saneamento Básico
80
Tabela 7-8: Materiais não plaquetados da unidade de serviço de rede de esgoto
item quantidade descrição
1 2 Enxadas
2 2 Enxadão
3 2 Pás
4 1 Vanga
5 1 Picareta
6 1 Pá torta
7 2 Marreta
8 1 Colher para pedreiro
9 1 Turquesa
10 2 Manivelas
11 1 Ponteiro
12 2 Brocas grandes
13 2 Brocas pequenas
14 50 Varetas de 200m
15 1 Chave de registro
16 3 Chave de grifo
17 5 Chaves de fenda
18 1 Alicate
19 1 Desbastador
20 1 Trena
21 1 Estrangulador
22 1 Chave fix 7/16 A 1¨
Tabela 7-9: Materiais não plaquetados da unidade de ligação de água
item qtde descrição
1 1 Chave de fenda
2 2 Chave de grifo
3 1 Alicate universal
4 1 Arrebitador
5 1 Marreta 300 gramas
6 1 Enxada
7 1 Enxadão
8 1 Picareta
9 1 Estrangulador
10 1 Desbastador de tubo
Tabela 7-10: Materiais da unidade de serviço geral
item qtde descrição
1 1 Amperímetro
2 1 Arco de serra
3 1 Jogo de chave de fenda
4 2 Chave de grifo
5 1 Chave para corte de água
item qtde descrição
6 1 Estrangulador
7 1 Alicate cortar tubo
8 1 Chave ferrule
9 1 Desbastador de tubo
10 1 Arco de serra
Os equipamentos eletromecânicos em uso pelo DAEMA para bombeamento da água nos poços e nas
estações elevatórias são relacionados na Tabela 7-11.
Plano Municipal de Saneamento Básico
81
Tabela 7-11: Equipamentos eletromecânicos utilizados pelo DAEMA
unidade operacional
localização código descrição tag
CRD1 Centro BCEN-001 bomba centrífuga KSB ETAM 150315 CRD1-B1-APO/ELE
CRD1 Centro BCEN-002 bomba centrífuga KSB ETAM 150315 CRD1-B2-APO/ELE
CRD1 Centro MBDO-001 motobomba dosadora EMEC (fluor) CRD1-DOS-FLUOR
CRD1 Centro MBDO-002 motobomba dosadora EMEC (cloro) CRD1-DOS-CLORO
CRD1 Centro MELE-001 motor elétrico WEG 225 SM 0786 CRD1-B1-APO/ELE
CRD1 Centro MELE-002 motor elétrico WEG 225 SM 0886 CRD1-B2-APO/ELE
CRD1 Centro PELE-001 painel elétrico(B1) CRD1-B1-APO/ELE
CRD1 Centro PELE-002 painel elétrico(B2) CRD1-B2-APO/ELE
CRD1 Centro SUBE-005 subestação padrão de entrada
CRD1 Centro TELE-005 painel de telemetria
CRD2 Sinhá Prado
BCEN-005 bomba centrífuga KSB 32-250 CRD2-B1-APO/ELE
CRD2 Sinhá Prado
MELE-006 motor elétrico WEG 100L 292 CRD2-B1-APO/ELE
CRD2 Sinhá Prado
PELE-007 painel elétrico(B1) CRD2-B1-APO/ELE
CRD2 Sinhá Prado
TELE-006 painel de telemetria
CRD3 Vista Alegre
BCEN-006 bomba centrífuga KSB 80200 CRD3-B1-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
BCEN-007 bomba centrífuga KSB MEGANORN 65-200 CRD3-B2-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
MBDO-003 motobomba dosadora DLX MA/A (fluor) CRD3-DOS-FLUOR
CRD3 Vista Alegre
MBDO-004 motobomba dosadora DLX MA/A (cloro) CRD3-DOS-CLORO
CRD3 Vista Alegre
MBHO-001 motobomba horizontal KSB MEGANORN BLOCK 40125
CRD3-B3-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
MBHO-002 motobomba horizontal WEG (DRENAGEM) CRD3-MB-DREN
CRD3 Vista Alegre
MELE-007 motor elétrico WEG 7,5 CV CRD3-B1-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
MELE-008 motor elétrico WEG 132-5988 CRD3-B2-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
PELE-008 painel elétrico(B1, B2 e B3) CRD3-B1B2B3-APO/ELE
CRD3 Vista Alegre
SUBE-006 subestação medição direta
CRD3 Vista Alegre
SUBE-007 subestação padrão de entrada
CRD6 Santa Terezinha
BCEN-012 bomba centrífuga KSB AMS G 32-250 CRD6-B1-APO/ELE
CRD6 Santa Terezinha
MBDO-005 motobomba dosadora EMEC (FLUOR) CRD6-DOS-FLUOR
CRD6 Santa Terezinha
MBDO-006 motobomba dosadora EMEC (CLORO) CRD6-DOS-CLORO
CRD6 Santa Terezinha
MBHO-005 motobomba horizontal MEGANORM BLOCK 40/125 CRD6-B2-APO/ELE
Plano Municipal de Saneamento Básico
82
Tabela 7-11: Equipamentos eletromecânicos utilizados pelo DAEMA (continuação)
unidade operacional
localização código descrição tag
CRD6 Santa Terezinha
MELE-013 motor elétrico WEG 100L 295 CRD6-B1-APO/ELE
CRD6 Santa Terezinha
PELE-020 painel elétrico(B1) CRD6-B1-APO/ELE
CRD6 Santa Terezinha
PELE-021 painel elétrico(B2) CRD6-B2-APO/ELE
CRD6 Santa Terezinha
SUBE-008 subestação medição direta
EAB1 Recinto BCEN-010 bomba centrífuga KSB AMS-65200 EAB1 -B1-EA1/CRD3
EAB1 Recinto BCEN-011 bomba centrífuga KSB AMS-65200 EAB1 -B2-EA1/CRD3
EAB1 Recinto MELE-011 motor elétrico WEG 112 M 1091 EAB1 -B1-EA1/CRD3
EAB1 Recinto MELE-012 motor elétrico WEG 112 M 1091 EAB1 -B2-EA1/CRD3
EAB1 Recinto PAI equipamento PAI
EAB1 Recinto PELE-012 painel elétrico(B1 e B2) EAB1 -B1B2-EA1/CRD3
EAB1 Recinto PELE-014 painel elétrico(B1 E B2) EAB1 -B1B2-EA1/CRD1
EAB1 Recinto SUBE-003 subestação de alvenaria
EAB1 Recinto TELE-003 painel de telemetria
EAB3 Rolo BCEN-003 bomba centrífuga KSB MEGANONN 50-200 EAB3 -B1-EA2/CRD1
EAB3 Rolo BCEN-004 bomba centrífuga KSB ETAM 50-200 EAB3 -B2-EA2/CRD1
EAB3 Rolo MELE-003 motor elétrico WEG 200 M 0489 EAB3 -B1-EA2/CRD1
EAB3 Rolo MELE-004 motor elétrico WEG 200 M 50200 EAB3 -B2-EA2/CRD1
EAB3 Rolo PELE-003 painel elétrico(B1 e B2) EAB3 -B1B2-EA2/CRD1
EAB3 Rolo SUBE-002 subestação medição indireta
EAB3 Rolo TELE-002 painel de telemetria
EAB4 Zanoni BCEN-008 bomba centrífuga KSB AMS-65200 EAB4-B1-EA3/CRD3
EAB4 Zanoni BCEN-009 bomba centrífuga KSB AMS-65200 EAB4-B2-EA3/CRD3
EAB4 Zanoni MELE-009 motor elétrico WEG 200 M 0390 EAB4-B1-EA3/CRD3
EAB4 Zanoni MELE-010 motor elétrico WEG 200 M 0390 EAB4-B2-EA3/CRD3
EAB4 Zanoni PELE-010 painel elétrico(B1 e B2) EAB4-B1B2-EA3/CRD3
P01 Recinto MBSU-006 motobomba submersa BHS 512-05, 7,5cv, 220 V P01-PC-P01/EA1
P01 Recinto PELE-017 painel elétrico(POÇO P01) P01-PC-P01/EA1
P02 Recinto MBSU-005 motobomba submersa BHS 512-12, 20cv, 220 V P02-PC-P02/EA1
P02 Recinto PELE-013 painel elétrico(POÇOS P02) P02-PC-P02/EA1
P03 São Judas MBSU-002 motobomba submersa BHS 511-8, 10cv, 220 V P03-PC-P03/CRD2
P03 São Judas PELE-006 painel elétrico(POÇO P03) P03-PC-P03/CRD2
P03 São Judas TELE-007 painel de telemetria
P04 Rolo MBSU-001 motobomba submersa BHS 813-02, 25cv, 220 V P04-PC-P04/EA2
P04 Rolo PELE-004 painel elétrico(POÇO P04) P04-PC-P04/EA2
P05 Zanoni MBSU-004 motobomba submersa BHS 517-08, 27,5 cv, 220 V P05-PC-P05/EA3
P05 Zanoni PELE-011 painel elétrico(POÇO P05) P05-PC-P05/EA3
P05 Zanoni SUBE-004 subestação medição indireta
P06 São José MBSU-008 motobomba submersa BHS 517-07, 36cv, 220/380 V P06-PC-P06/CRD4
Plano Municipal de Saneamento Básico
83
Tabela 7-11: Equipamentos eletromecânicos utilizados pelo DAEMA (continuação)
unidade operacional
localização código descrição tag
P06 São José PELE-015 painel elétrico(POÇO P06) P06-PC-P06/CRD4
P06 São José SUBE-009 subestação padrão de entrada
P07 São Judas DISJ-001 disjuntor BEGIN de alta tensão
P07 São Judas MBSU-010 motobomba submersa BHS 1012-09, 225cv, 440 V P07-PC-P07/CRD1
P07 São Judas SUBE-001 subestação de chapa
P07 São Judas TELE-001 painel de telemetria
P07 São Judas válvula Aut. Antecipadora de Ondas 200 MM
P08 Recinto PELE-018 painel elétrico(POÇO P08) P08-PC-DESAT
P08-A Recinto MBSU-007 motobomba submersa BHS 512-05, 7,5cv, 220 V P08 A-PC-P08A/EA1
P08-A Recinto PELE-019 painel elétrico (POÇO P08A) P08A-PC-P08A/EA1
P09 Santa Terezinha
MBSU-009 motobomba submersa BHS 1010-8, 140cv, 380 V P09-PC-P09/CRD6
P09 Santa Terezinha
PELE-016 painel elétrico (POÇO P09) P09-PC-P09/CRD6
P10 Vista Alegre
MBSU-003 motobomba submersa BHS 1012-09, 225cv, 440 V P10-PC-P010/CRD3
P10 Vista Alegre
PELE-009 painel elétrico(POÇO P010) P10-PC-P010/CRD3
Tabela 7-12: Bombas submersas reserva no almoxarifado
descrição
BHS 1012-09, 225 cv, 440 V
BHS 1010-08, 140 cv, 380 V
BHS 516-10, 25 cv, 220 V
BHS 516-09, 20 cv, 220 V
BHS 512-13, 20 cv, 220 V
BHS 512-06, 10 cv, 220 V
Os imóveis que abrigam os componentes do sistema de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário que estão sob a titularidade da Prefeitura Municipal são relacionados na Tabela 7-13. Não
estão incluídos os terrenos onde estão localizados os poços P04, P05 e CRD4.
Plano Municipal de Saneamento Básico
84
Tabela 7-13: Imóveis da Prefeitura - DAEMA
componente matrícula do imóvel
P01, P02, P08A, EAB1, RA13, cabine energia - área do recinto de exposições e eventos
18.107
P06, cabine energia, alambrado e portão 18.408
ETE - área cercada com guarita container e fossa séptica 18.246
P07, subestação elétrica, cabine de energia, alambrado e portão 650
CRD3: subestação elétrica, cabine energia, casa de química, P10, EAT3, RS31, RS32 e RE31, alambrado e portão
18.052
CRD1: subestação elétrica, casa de química, CCO, sala de reuniões, sanitários, copa, almoxarifado, EAT1, RA11, RA12 e RE11, área murada, com portões
transcrito sob os nº s 6.112, 6.113 e 6.585 do Livro 3-G e 7.488 e 7.528 do Livro 3-H
CRD6: subestação elétrica, cabine de energia, casa de química, P09, EAT4, RA61 e RE61, alambrado e portão
18.229
CRD2: EAT2, RA21 e RE21, cabine elétrica, casa de química, alambrado e portão
18.417
P3 e cabine de energia, área institucional, não edificada, alambrado com portão
inscrito sob nº 5 fls. 49 no Livro Auxiliar nº 08 de Registro de Propriedades Loteadas, ao " Loteamento Jardim Ponte Alta"
7.5. Aspectos econômicos e financeiros
A Tabela 7-14 apresenta uma comparação entre as receitas e despesas relativas ao abastecimento
de água e coleta de esgoto, no ano de 2.010, conforme dados fornecidos pela Prefeitura Municipal,
evidenciando que os custos desses serviços não são inteiramente cobertos pelas tarifas, sendo
parcialmente custeados pelo tesouro municipal.
Tabela 7-14: Receitas provenientes dos serviços de água e esgoto- 2010
serviço receita
abastecimento de água 1.562.511
coleta de esgoto 661.550
total 2.224.061
Plano Municipal de Saneamento Básico
85
Tabela 7-15: Despesas com os serviços de água e esgoto - 2010
descrição da despesa valor (R$)
pessoal próprio (vencimentos e obrigações) 658.774
produtos químicos 26.969
energia elétrica 1.186.289
serviços de terceiros 522.457
investimento com recursos próprios 179.970
total 2.574.459
Tabela 7-16: Tabela tarifária dos serviços de água e esgoto - 2010/2011
2010 reajuste 2011 faixa (m3/mes)
água esgoto total água esgoto total
0 10 0,33 0,17 0,50 9,1% 0,36 0,18 0,54
11 20 0,54 0,27 0,81 14,8% 0,62 0,31 0,93
21 30 0,73 0,37 1,10 13,7% 0,83 0,42 1,25
31 40 0,94 0,47 1,41 13,8% 1,07 0,54 1,61
41 50 1,12 0,56 1,68 14,3% 1,28 0,64 1,92
51 60 1,23 0,62 1,85 13,8% 1,40 0,70 2,10
61 70 1,33 0,67 2,00 14,3% 1,52 0,76 2,28
71 80 1,45 0,73 2,18 13,8% 1,65 0,83 2,48
81 90 1,55 0,78 2,33 14,2% 1,77 0,89 2,66
91 100 1,66 0,83 2,49 13,9% 1,89 0,95 2,84
101 150 1,77 0,89 2,66 17,5% 2,08 1,04 3,12
151 200 1,98 0,99 2,97 18,2% 2,34 1,17 3,51
201 2,39 1,20 3,59 18,0% 2,82 1,41 4,23
Para possibilitar uma avaliação comparativa dos aspectos econômicos e financeiros dos serviços de
água e esgoto, foram selecionados os municípios vizinhos de Américo Brasiliense e outros municípios
paulistas do mesmo porte que apresentaram relatórios dos seus sistemas de água e esgoto ao SNIS –
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, no ano de 2009,
conforme dados apresentados na Tabela 7-17.
Embora seja um município de maior porte, Araraquara foi incluído nas comparações não só por sua
área urbana contígua, mas também, pela tradição de qualidade dos serviços de água e esgoto.
Considerando o universo de 33 municípios, o município de Américo Brasiliense apresenta, na
composição de custos, a maior incidência de custo de energia elétrica, a menor incidência do custo de
pessoal.
Plano Municipal de Saneamento Básico
86
Com base nos dados disponíveis, pode-se verificar que o valor da tarifa média praticada em
Américo Brasiliense ocupa a 8a posição entre os mais baixos dos municípios considerados, equivalendo
a cerca de 1/3 do valor de Araraquara e representa 81% do custo total dos serviços de água e
esgoto.
Tabela 7-17: Comparação com municípios vizinhos e outros municípios paulistas do mesmo porte – SNIS 2009
composição das despesas (%)
nº município população pessoal
energia elétrica
produto químico
outras
custo unitário (R$/m3)
(*) tarifa média (R$/m³)
1 Rincão 9.133 61,94 33,80 4,26 - 0,62 0,31
2 Orlândia 37.534 51,74 44,31 3,95 - 0,60 0,38
3 Sta Cruz Palmeiras 32.384 36,79 41,80 17,48 3,93 0,59 0,44
4 Serrana 39.574 42,85 44,45 8,81 - 0,59 0,47
5 S. Joaquim da Barra 43.041 35,01 63,46 1,52 - 0,73 0,52
6 Santa Lúcia 7.599 33,33 62,35 4,33 - 1,08 0,53
7 Jardinópolis 37.471 49,27 46,11 4,61 - 0,67 0,56
8 Américo Brasiliense 35.342 29,95 67,16 0,78 2,11 0,74 0,60
9 Presidente Venceslau 36.578 49,47 48,01 2,52 - 0,38 0,68
10 Guaíra 36.735 56,55 21,45 4,07 16,69 0,91 0,69
11 Ituverava 40.300 64,14 24,15 9,21 - 0,54 0,77
12 Dracena 44.309 53,26 21,57 1,08 19,37 0,71 0,81
13 Santa Isabel 40.150 33,95 38,38 5,45 15,05 0,82 0,87
14 Artur Nogueira 41.574 50,13 18,32 10,39 19,69 1,09 0,94
15 Pedreira 39.838 66,50 16,36 17,15 - 0,56 0,97
16 Cravinhos 30.647 45,99 42,77 1,53 9,71 1,13 1,00
17 Jaguariúna 40.584 75,02 22,61 1,74 - 1,17 1,16
18 Capivari 45.914 50,39 34,88 3,49 9,97 0,96 1,39
19 Paraguaçu Paulista * 38.284 62,94 2,52 11,81 22,73 1,73 1,41
20 Barra Bonita 36.214 60,20 25,71 1,10 12,00 1,51 1,44
21 Monte Alto * 44.787 61,71 0,37 21,48 16,43 1,75 1,54
22 Pederneiras * 38.008 56,53 0,45 24,18 18,85 1,75 1,55
23 São Manuel * 36.894 55,63 1,21 20,54 22,62 1,67 1,55
24 Jales * 45.767 72,88 0,45 10,45 16,23 1,52 1,56
25 Adamantina * 33.158 56,58 6,06 19,72 17,64 1,63 1,56
26 Promissão 37.570 60,02 15,73 7,86 15,51 1,19 1,62
27 Esp. Santo do Pinhal * 37.992 72,89 2,10 9,95 15,05 1,71 1,63
28 Novo Horizonte * 34.194 66,61 1,38 12,54 19,47 1,45 1,65
29 Cerquilho 39.259 75,21 16,53 7,68 - 1,02 1,69
30 Araraquara 192.004 43,05 18,45 3,06 34,30 1,50 1,75
31 Mairinque 40.829 32,01 32,72 3,43 25,36 1,26 1,78
32 Nova Odessa 49.750 52,07 11,24 4,14 20,27 1,85 1,91
33 Bariri 32.824 48,92 25,03 2,29 23,76 6,03 5,43
Obs: (*) municípios operados pela SABESP
Plano Municipal de Saneamento Básico
87
A tarifa média é calculada da seguinte forma:
7.6. Indicadores de desempenho
Para possibilitar uma avaliação comparativa do desempenho dos serviços municipais de água e
esgoto, foram selecionados os municípios vizinhos de Américo Brasiliense e outros municípios paulistas
do mesmo porte que apresentaram relatórios dos seus sistemas de água e esgoto ao SNIS – Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, no ano de 2009, conforme
dados apresentados na Tabela 7-18.
Com base nos dados disponíveis, pode-se verificar que o valor da despesa média anual por
empregado em Américo Brasiliense ocupa a 3a posição entre os mais baixos entre os municípios
considerados, equivalendo a cerca de 1/3 do valor de Araraquara.
Nos demais indicadores considerados a situação de Américo Brasiliense não diverge
significativamente dos demais municípios, sendo que dispõe de 3,8 empregados próprios para cada
1.000 ligações, apresenta um índice elevado de perdas de faturamento de 39,8% e não possui
sistema de tratamento de esgoto.
Plano Municipal de Saneamento Básico
88
Tabela 7-18: Indicadores de desempenho dos serviços de água e esgoto - SNIS 2009
nº município 1 2 3 4 perdas de faturamento
(%)
tratamento de esgoto
(%)
1 Santa Isabel 13.215,87 4,3 55 394 57,8 -
2 Presidente Venceslau 13.345,75 4,4 67 391 -
3 Américo Brasiliense 13.533,85 3,8 53 419 39,8 -
4 Jardinópolis 14.451,23 2,5 105 215 61,2 -
5 Pitangueiras 14.690,93 3,7 64 289 29,0 -
6 Santa Lúcia 15.437,72 5,0 12 372 20
7 Promissão 17.298,12 5,3 93 229 19,8 100
8 Bariri 17.452,42 8,9 79 142 94,5 -
9 Pontal 17.682,18 3,7 39 557 41,5 -
10 Dracena 20.780,25 6,5 109 285 21,6 90
11 Capivari 20.812,52 5,5 117 236 36,9 23
12 Sta Cruz Palmeiras 20.962,78 2,9 32 607 29,1 -
13 Pedreira 20.989,98 5,4 95 292 30,1 -
14 Serrana 21.328,75 2,6 48 534 35,7 -
15 Artur Nogueira 22.149,02 5,1 95 250 48,8 -
16 Guaíra 23.968,79 3,8 69 365 31,0 100
17 Rincão 25.433,71 4,4 21 288 36,8 -
18 Mairinque 25.846,24 3,3 44 514 46,1 -
19 Cravinhos 27.864,12 5,1 65 298 50,0 -
20 S. Joaquim da Barra 30.701,10 3,2 53 562 63,3 -
21 Barra Bonita 31.478,03 7,5 134 189 17,7 20
22 Cerquilho 33.812,77 5,7 94 267 32,7 55
23 Jaguariúna 34.001,01 6,8 147 183 32,2 25
24 Nova Odessa 36.666,55 6,2 131 271 45,5 3
25 Araraquara 44.416,11 5,0 421 385 36,1 100
26 São Manuel * 51.427,39 2,6 89 399 35,6 100
27 Novo Horizonte * 54.602,60 1,8 56 583 8,0 100
28 Jales * 54.954,60 2,1 89 486 10,9 100
29 Adamantina * 60.264,27 1,9 63 522 11,3 40
30 Pederneiras * 80.027,55 1,6 55 633 44,4 100
31 Monte Alto * 88.907,92 1,7 66 636 19,8 63
32 Paraguaçu Paulista * 94.458,68 1,5 52 693 14,9 97
33 Esp.Santo do Pinhal * 99.459,41 1,7 54 616 16,7 100
*
1
2
3
4
municípios operados pela SABESP
despesa média por empregado (R$/ano)
nº de empregados próprios por 1000 ligações de água
quantidade equivalente de pessoal total
nº de economias ativas por pessoal total
Plano Municipal de Saneamento Básico
89
8. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA)
O sistema de abastecimento de água (SAA) de Américo Brasiliense atende exclusivamente a sede
municipal e é operado pela Prefeitura Municipal, por meio do Departamento de Água, Esgoto e Meio
Ambiente – DAEMA, assim denominado em 2009, sendo originário do Departamento de Água e Esgoto
– DAE, criado em 1.996.
O SAA utiliza apenas água subterrânea e está subdividido em 5 (cinco) centros de reservação e
distribuição (CRD), atendendo 10.207 ligações.
Os componentes de cada setor de abastecimento e respectivo Centro de Reservação e Distribuição (CRD)
são apresentados esquematicamente nos fluxogramas apresentados na Figura 8-1 até a Figura 8-5 e as
respectivas localizações em planta são indicadas na .
Figura 8-1: Componentes do setor do CRD 1
Plano Municipal de Saneamento Básico
90
Figura 8-2: Componentes do setor do CRD 2
Figura 8-3 Componentes do setor do CRD 3
Plano Municipal de Saneamento Básico
91
Figura 8-4: Componentes do setor do CRD 4
Figura 8-5: Componentes do setor do CRD 6
Plano Municipal de Saneamento Básico
92
Figura 8-6: Planta de localização dos componentes do SAA
A relação dos bairros que compõem cada setor de distribuição são relacionados na Tabela 8-17 e a
delimitação dos bairros consta do desenho da rede de água apresentado no Volume 3.
Nos itens seguintes são descritas as principais características técnicas e as deficiências que foram
identificadas nos componentes do SAA.
Plano Municipal de Saneamento Básico
93
8.1. Captação de água subterrânea
O sistema de abastecimento de água utiliza exclusivamente água subterrânea, captada em 10 (dez)
poços tubulares, cujas características construtivas, parâmetros hidráulicos, condições de instalação,
operação e manutenção são descritas nos itens seguintes.
8.1.1. Características construtivas e parâmetros hidráulicos dos poços
As características construtivas dos poços são apresentadas resumidamente na Tabela 8-1.
Tabela 8-1: Características construtivas dos poços
coordenadas UTM câmara zona produtora
nº bairro kmE kmN
cota (m)
data de perfuração /
aprofundamento prof. (m) prof
(m) Ø
(pol) Ø
(pol) prof (m) 3
1 Luis Ometto 798,73 7.593,41 685 1967/ 2005 145 145 8 8 26 e 39 SG
2 Luis Ometto 799,10 7.593,41 695 1967 82 82 6 SG
10 0-31 B 3 Ponte Alta 799,70 7.595,60 720 1986/ 2008 133 133 6
6 31 a 133 SG
4 São José II 798,20 7.594,33 675 1980 120 120 8 8 23 a 120 SG
8 22 a 120 SG 5 I Distrito Ind.
798,59 7.592,38 710 1985 150 150 8
6 120 a 150 SG
6 São José I 797,68 7.594,00 680 1987 156 156 6 6 36 a 156 SG
7 Bela Vista 799,08 7.595,06 680 1988 415 228 12 6 235 a 402 G
12 228 a 247 G 8 Luis Ometto 798,83 7.593,43 690 1994 377 252 12
6 257 a 359 G
8A Luis Ometto 798,83 7.593,43 690 2005 169 169 8 8 18 a 169 SG
10 222 a 266 G 9 Santa Terezinha
797,21 7.593,17 715 1997 350 278 10
6 285 a 344 G
12 298 a 367 G 10 Vista Alegre
797,70 7.592,17 742 2006 377 374 12
6 378 a 461 G
Nos poços mais antigos (P01 a P06) e no P08A, com profundidade de até 170 metros, a água é
captada nos aquíferos Serra Geral e Serra Geral/Bauru (P03). Os poços P07, P09 e P10, com
profundidade de até 450 metros, captam o Aquífero Guarani.
Os parâmetros hidráulicos disponíveis dos poços do DAEMA são apresentados na Tabela 8-2,
onde se pode verificar que:
1. Nos poços que captam o Aquífero Serra Geral a cota do NA varia entre 667 e 675 m,
ao passo que nos poços que captam o Aquífero Guarani, varia entre 503 e 508 m.
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94
Portanto, a cota piezométrica do Aquífero Guarani encontra-se até 170 m abaixo da
cota piezométrica (nível da água) do Aquífero Serra Geral; e
2. Os poços do Aquífero Guarani apresentam vazão específica (Q/s) entre 4 e 7 m3/h/m,
ao passo que na maioria dos poços do Aquífero Serra Geral o valor é inferior a 1
m3/h/m, com exceção dos poços P01 e P08A que apresentam valores elevados desse
parâmetro.
Tabela 8-2: Parâmetros hidráulicos dos testes de bombeamento dos poços do DAEMA
profundidade NA (m) nº
NE ND cota ND (m) Q (m3/h)
Q/s (m3/h/m)
1 18,00 22,00 667,00 23 5,75
2 20,00 675,00 40
3 18,95 112,50 701,05 16 0,17
4 7,21 19,69 667,79 90 7,21
5 1,00 61,50 709,00 30 0,50
6 6,00 41,50 674,00 35 0,99
7 174,94 204,55 505,06 130 4,39
8 175,00 515,00 0
8A 16,51 26,58 673,49 25 2,48
9 211,70 233,40 503,30 80 3,69
10 233,73 254,71 508,27 150 7,15
8.1.2. Condições de instalação, operação e manutenção dos poços
Os poços são equipados com tubos guia para medição de nível d´água, derivações para coleta
de amostras e /ou instalação de medidor de areia e hidrômetros na tubulação de saída (no caso
do P07, o hidrômetro fica na chegada ao reservatório no CRD1), sendo necessário executar
reparos nos hidrômetros dos poços P01, P05 e P09 e calibrações e todos.
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95
Poço P01
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 512-05, 7,5cv, 220 V, corrente nominal 24 A, altura
manométrica/vazão 66,5 a 28,5 m/0 a 35 m³/h, comprimento do bombeador: 0,63 m,
comprimento do motor: 0,61 m
2 Data da última instalação: 24/11/2005
2.1 Cabo elétrico: Ficap Vinil, 35 m, 3 x 4 mm2, 0,8 KV
2.2 Tubo edutor: 30,12 m, aço galvanizado, diâmetro 3 pol, rosca e luva, 6 barras
2.3 Tubo piezométrico: 30,12 m, diâmetro ¾ pol, PVC Azul
2.4 Profundidade do crivo: 30,75 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (vermelho): 28,75 m
2.5.2 Superior (verde): 25,75 m
3 Não possui área de acesso para guindaste
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96
Poço P02
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 512-02, 20cv, 220 V, corrente nominal 62 A, altura
manométrica/vazão 138,8 a 79,7 m/20 a 34 m³/h, comprimento do bombeador: 0,96 m,
comprimento do motor: 0,95m
2 Data da última instalação: 07/09/2008
2.1 Cabo elétrico: Chato Nabeinax, 60 m, 3 x 1,5 mm2, 1,0 KV
2.2 Tubo edutor: 48,40 m, aço, diâmetro 4 pol, rosca NPT, 8 barras
2.3 Tubo piezométrico: 48,40 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 49,94 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (azul): 47,94 m.
2.5.2 Superior (branco): 35,94 m.
3 Possui área de acesso para guindaste
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97
Poço P03
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 511-08, 10cv, 220 V, corrente nominal 25 A, altura
manométrica/vazão 109,2 a 66,2 m/10 a 20 m³/h, comprimento do bombeador: 0,7 m,
comprimento do motor: 0,62 m.
2 Data da última instalação: 31/01/2008
2.1 Cabo elétrico: Redondo, 3 x 3,5 mm2, 0,6 / 1,0 KV.
2.2 Tubo edutor: 72,66 m, aço galvanizado, diâmetro 3 pol, rosca e luva, 12 barras.
2.3 Tubo piezométrico: 72,66 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 73,36 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (vermelho): 70,36 m
2.5.2 Superior (verde): 63,36 m
3 Possui área de acesso para guindaste
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98
Poço P04
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 813-02, 25 cv, 220 V, corrente nominal 72 A, altura
manométrica/vazão 121,5 a 55,1 m/0 a 130 m³/h, comprimento do bombeador: 0,68 m,
comprimento do motor: 1,16 m
2 Data da última instalação: 31/10/2011
2.1 Cabo elétrico: Redondo flexível, 3 x 3,5 mm2, 1,0 KV
2.2 Tubo edutor: 36,0 m, aço galvanizado, diâmetro 5 pol, rosca e luva, 6 barras
2.3 Tubo piezométrico: 36,4 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 37,08 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (vermelho): 33,40 m
2.5.2 Superior (verde): 18,40m
3 Possui área de acesso para guindaste
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99
Poço P05
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 517-08, 27,5 cv, 220 V, altura manométrica/vazão 90 m / 40
m³/h
2 Data da última instalação: 08/05/2009
2.1 Cabo elétrico: Ficap Vinil, 67 m, 3 x 3,5 mm2, 1,0 KV
2.2 Tubo edutor: 66,26 m, aço galvanizado, diâmetro 4 pol, rosca BSP, 11 barras
2.3 Tubo piezométrico: 66,26 m, diâmetro ¾ pol. PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 67,72 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (azul): 63,26 m
2.5.2 Superior (branco): 53,26 m
3 Possui área de acesso para guindaste
Plano Municipal de Saneamento Básico
100
Poço P06
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 517-07, 25 cv, 220/380 V, corrente nominal 72/59 A, vazão
28 a 50 m³/h
2 Data da última instalação: 15/05/2010
2.1 Cabo elétrico: Redondo, 3 x 3,5 mm2, 1 KV
2.2 Tubo edutor: 66,7 m, aço galvanizado, diâmetro 3 pol, rosca e luva, 11 barras
2.3 Tubo piezométrico: 66,7 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 68,04 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (branco): 63,7 m
2.5.2 Superior (azul): 48,7 m
3 Não possui área de acesso para guindaste
Plano Municipal de Saneamento Básico
101
Poço P07
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 1012-09, 225cv, 440 V, corrente nominal 332 A, altura
manométrica/vazão 292 a 164 m/95 a 210 m³/h, comprimento do bombeador: 1,98 m,
comprimento do motor: 1,85 m
2 Data da última instalação: 13/05/2010
2.1 Cabo elétrico: Redondo, 220 m, 3 x 240 mm2
2.2 Tubo edutor: 215,24 m, aço galvanizado, diâmetro 6 pol, rosca BSP 11 fios x pol.,
36 barras
2.3 Tubo piezométrico: 215,24 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4 Profundidade do crivo: 217,22 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (vermelho): 212,24 m
2.5.2 Superior (verde): 205,2 m
3 Possui área de acesso para guindaste
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102
Poço P08A
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 512-05, 7,5cv, 220 V, corrente nominal 24 A, altura
manométrica/vazão 66,5 a 28,5 m/0 a 35 m³/h, comprimento do bombeador: 0,63 m,
comprimento do motor: 0,61 m
2 Data da última instalação: 24/11/2005
2.1 Cabo elétrico: Redondo, 42 m, 3 x 4 mm2, 0,75 KV
2.2 Tubo edutor: 36,08 m, aço galvanizado, diâmetro 3 pol, 6 barras
2.3 Tubo piezométrico: 36,08 m, diâmetro ¾ pol, PVC Azul
2.4 Profundidade do crivo: 36,71 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (branco): 34,71 m
2.5.2 Superior (azul): 29,91 m
3 Possui área de acesso para guindaste
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103
Poço P09
1. Bomba submersa, Ebara, BHS 1010-08, 140 cv, 380 V, corrente nominal 233 A, altura
manométrica/vazão 312 a 191 m/55 a 130 m³/h, comprimento do bombeador: 1,66 m,
comprimento do motor: 1,71 m
2. Data da última instalação: 29/08/2011
2.1. Cabo elétrico: Ficap Vinil, 280 m, 3 x 185 mm2, 1 KV
2.2. Tubo edutor: 273,38 m, aço galvanizado, diâmetro 6 pol, rosca e luva, 41 barras.
2.3. Tubo piezométrico: 273,38 m, diâmetro ¾ pol, PVC marrom
2.4. Profundidade do crivo: 275,04 m
2.5. Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1. Inferior (branco): 265,04 m
2.5.2. Superior (azul): 251,70 m
3. Possui área de acesso para guindaste
Plano Municipal de Saneamento Básico
104
Poço P10
1 Bomba submersa, Ebara, BHS 1012-9, 225cv, 440 V, corrente nominal 332 A, altura
manométrica/vazão 292 a 164 m/95 a 210 m³/h, comprimento do bombeador: 1,98 m,
comprimento do motor: 1,85 m
2 Data da última instalação: 09/02/2010
2.1 Cabo elétrico: Ficap Vinil, 278 m, 6 x 120 mm2, 0,6 a 1,0 KV
2.2 Tubo edutor: 275,62 m, aço galvanizado, diâmetro 6 pol, rosca NPT, 46 barras
2.3 Tubo piezométrico: 275,62 m, diâmetro ¾ pol, aço galvanizado
2.4 Profundidade do crivo: 277,94 m
2.5 Profundidade dos eletrodos de nível:
2.5.1 Inferior (vermelho): 270,94 m
2.5.2 Superior (verde): 263,94 m
3 Possui área de acesso para guindaste
Os dados dos sistemas de acionamento elétrico das bombas submersas são apresentados na
Tabela 8-3.
Tabela 8-3: Sistemas de acionamento elétrico
poço tensão potencia (cv) tipo de acionamento (*)
P01 220 7,5 pd
P02 220 25 pca
P03 220 10 pca
P04 220 25 pc
P05 220 27,5 pca
P06 220 30 pca
P07 440 225 ps
P08A 220 7,5 pd
P09 380 140 pca
P10 440 225 ps
Chaves de partida: pd: direta; pc: coordenada; pca: compensada; ps: suave
Plano Municipal de Saneamento Básico
105
As condições de operação e a produção dos poços que integram o SAA são apresentadas
resumidamente na Tabela 8-4. A produção total média dos 10 poços totaliza cerca de 532
m³/hora e 8.391 m3/dia.
Tabela 8-4: Condições de operação e produção dos poços (valores médios – 2010)
produção atual poço EAB nº alimenta CRD nº
m³/h m³/d funcionamento (h/dia)
P01 1 1 22 396 18
P02 1 1 36 648 18
P03 2 15 255 17
P04 3 1 58 1.160 20
P05 4 3 42 714 17
P06 4 40 360 9
P07 1 90 1.800 20
P08A 1 1 23 437 19
P09 6 83 1.328 16
P10 3 135 1.485 11
total 544 8.583 165
Obs.: (1) a vazão dos poços foi medida por sistema ultrassônico
(2) o tempo de funcionamento equivale ao valor médio aferido por horímetros
Caso todos os poços trabalhassem o período máximo diário de 18 h/d a capacidade de
produção diária poderia atingir 9.792 m3/dia, que representa um aumento de 14% da produção
atual. Em regime de 21 h/d (descontado o horário de ponta de energia elétrica de 3 horas)
haveria um aumento da ordem de 33% na produção de água, atingindo a capacidade máxima
do sistema existente que seria de 11.424 m3/dia, conforme Tabela 8-7.
Plano Municipal de Saneamento Básico
106
Tabela 8-5: Capacidade de produção diária em função do tempo de funcionamento dos poços
produção diária (m3/d) poço EAB nº alimenta CRD nº vazão (m3/h)
18 (h/d) 21 (h/d)
P01 1 1 22 396 462
P02 1 1 36 648 756
P03 2 15 270 315
P04 3 1 58 1.044 1.218
P05 4 3 42 756 882
P06 4 40 720 840
P07 1 90 1.620 1.890
P08A 1 1 23 414 483
P09 6 83 1.494 1.743
P10 3 135 2.430 2.835
total 544 9.792 11.424
A operação dos poços é automatizada e controlada pelos níveis dos reservatórios, via rádio
transmissor.
As instalações de superfície dos poços são dotadas de monitores de presença e sistemas de
alarme remoto, para proteção patrimonial, mas mesmo assim, devido à falta de conservação dos
alambrados existe grande facilidade de acesso para furtos e vandalismos.
As instalações de superfície das áreas dos poços se encontram em situação bastante precária,
podendo-se observar nas fotos (Foto 8-1 até Foto 8-10) fissuras nas lajes de proteção dos poços
e falta de proteção dos cavaletes de descarga.
Foto 8-1: Poço P01 - próximo Luiz Ometto
Foto 8-2: Poço P02 - próximo ao Recinto de Exposições
Plano Municipal de Saneamento Básico
107
Foto 8-3: Poço P03 - Sinhá Prado
Foto 8-4: Poço P04 – próximo bairro São José
Foto 8-5: Poço P05 - Maria Mendes
Foto 8-6: Poço P06 - São José
Plano Municipal de Saneamento Básico
108
Foto 8-7: Poço P07 - São Judas Tadeu
Foto 8-8: Poços P08 e P08A - Recinto de Exposições
Foto 8-9: Poço P09 - Santa Terezinha
Foto 8-10: Poço P10 - Vista Alegre
8.1.3. Outorgas dos poços
Todos os poços utilizados no sistema de abastecimento público de água possuem outorga de
direito de uso da água, com prazo de 10 anos, conforme portaria nº 1000 do DAEE –
Departamento de Águas e Energia Elétrica, emitida em 18/05/2011 (reproduzida na página
seguinte).
Plano Municipal de Saneamento Básico
109
Tabela 8-6: Vazões outorgadas e regime de funcionamento dos poços
período poço vazão (m3/h)
(h/d) (d/mês)
P01 20 18 30
P02 40 18 30
P03 16 18 30
P04 90 17 30
P05 30 10 30
P06 35 10 30
P07 130 20 30
P08A 25 17 30
P09 80 20 30
P10 150 10 30
Plano Municipal de Saneamento Básico
110
Plano Municipal de Saneamento Básico
111
8.1.4. Manutenção e conservação civil e elétrica
As instalações de superfície das áreas dos poços se encontram em situação precária. Nas fotos
(Foto 8-11 até Foto 8-13) podendo-se observar a falta de conservação dos próprios municipais,
com problemas de erosão hídrica acentuada (poço P06), alambrados rompidos, fissuras nas lajes
de proteção dos poços, inexistência de cabines adequadas de transformadores, falta de
proteção dos barriletes de descarga e macro medidores inoperantes.
Foto 8-11: P03 - alambrado rompido
Foto 8-12: P04 - tela do alambrado furtada
Foto 8-13: P07 - alambrado rompido
O DAEMA mantém um programa terceirizado de manutenção preditiva e preventiva dos
equipamentos eletromecânicos mediante contrato com a empresa Wfer, baseado em
procedimentos padrões realizados com periodicidade mensal, que incluem:
Plano Municipal de Saneamento Básico
112
• análise de vibração, troca de óleo, substituição de gaxetas, rolamentos, limpeza e
reaperto de transmissão de bombas centrífugas;
• medição de corrente, tensão, isolação e lubrificação de motores;
• testes operacionais limpeza e reaperto de chaves de partida;
• termometria de componentes dos painéis e substações elétricas;
• medições de bancos de capacitores.
O sistema computacional gestor do programa de manutenção preventiva emite automaticamente
as ordens de serviço necessárias, conforme exemplo apresentado na Figura 8-7.
Figura 8-7: Exemplo de ordem de serviço de manutenção preventiva
Plano Municipal de Saneamento Básico
113
As principais operações de manutenção preventiva realizadas no ano de 2.010 foram:
CRD1 - Centro de reservação e distribuição 1 (Centro)
• Confecção e instalação da base de fixação do MELE-002
• Fixação da base MELE-001
• Alinhamento a laser do MELE-001
• Alinhamento a laser do MELE-002
CRD3 - Centro de reservação e distribuição 3 (Jd. Vista Alegre)
• Troca de acoplamento BCEN-007
• Alinhamento a laser da BCEN-007
• Confecção e instalação da base de fixação da MBHO-001
CRD6 - Centro de reservação e distribuição 6 (Santa Terezinha)
• Manutenção BCEN-012 (revisão da bomba, troca de rolamentos e retentor)
• Alinhamento a laser da BCEN-012
EAB4 - Estação elevatéria de água bruta 3 (Zanoni)
• Manutenção MELE-009 (revisão do motor e troca de rolamentos)
• Alinhamento a laser do MELE-009
• Manutenção BCEN-009 (revisão da bomba, troca de rolamentos, retentor, óleo e gaxeta)
• Manutenção BCEN-009 (usinagem do eixo)
• Manutenção MELE-010 (revisão do motor e troca de rolamentos)
• Alinhamento a laser do MELE-010
Plano Municipal de Saneamento Básico
114
8.2. Elevação e adução de água bruta
Alguns poços possuem Estações Elevatórias de Água Bruta – EAB que realizam o recalque da água
até os centros de reservação e distribuição (Tabela 8-7).
Tabela 8-7: Estações elevatórias de água bruta
EAB nº origem da água destino da água
EAB1 P01, P02 e P08A CRD1
EAB2 EAB1 EAB4
EAB3 P04 CRD1
EAB4 P05 e/ou EAB2 CRD3
As condições precárias de instalação e conservação das EAB´s podem ser visualizadas nas fotografias
apresentadas a seguir (Foto 8-14 até Foto 8-21).
Foto 8-14: EAB1 - bomba centrífuga, sem reserva
Foto 8-15: EAB2 - transferência setor 1 para setor 3
Plano Municipal de Saneamento Básico
115
Foto 8-16: EAB1 / EAB2 - cobertura da casa de bombas
Foto 8-17: EAB1 / EAB2 - painéis elétricos sem proteção
Foto 8-18: EAB3 - poço de sucção e bombas centrífugas
Foto 8-19: EAB3 - cobertura da casa de bombas
Plano Municipal de Saneamento Básico
116
Foto 8-20: EAB4 - bombas centrífugas
Foto 8-21: EAB4 - painel elétrico
Os dados de localização, extensão e diâmetros das adutoras de água bruta (AAB) são apresentados
na Tabela 8-8 e Tabela 8-9.
Tabela 8-8: Tubulação do cavalete de saída dos poços e adução aos reservatórios
AAB nº origem destino extensão (m) material diam. (mm)
1 P01 RA13 392 aço 100
2a P02 RA13 28 aço galv 150
3 P03 RA21 414 PVC PBA/FoFo 75/60
4a P04 EAB3 40 aço 125
5a P05 RA31 8 aço 100
6 P06 RA41 639 PVC PBA 100
7 P07 RA11 1.520 FoFo 200
8 P08A RA13 280 PVC-PBA 150
9 P09 RC61 20 aço 150
10 P10 RS31 20 aço 150
Tabela 8-9: Adutoras e sub-adutoras de água bruta
AAB nº origem destino extensão (m) material diam. (mm)
2b RA13 EAB1 12 aço 150
2c RA13 EAB1 12 aço 200
4b EAB3 CRD1 1.280 PVC PBA 150
5b EAB4 CRD3 996 FoFo 100
11 EAB1 CRD1 893 aço 150
12 EAB2 EAB4 1.295 FoFo 150
Plano Municipal de Saneamento Básico
117
8.3. Reservação de água bruta e tratada
O SAA conta com 14 reservatórios, com capacidade de reservação de água de 4.500 m³,
distribuídos entre os 5 setores de abastecimento (Tabela 8-10), sendo 8 para água bruta, do tipo
apoiado ou semienterrado, com capacidade total de 2.500 m3 e 6 para água tratada, do tipo
elevado, com capacidade total de 2.000 m3.
Tabela 8-10: Localização dos Centros de Reservação e Distribuição (CRD)
CRD nº localização
1 Rua Manoel José Pires, na Vila Cerqueira
2 Avenida Santa Catarina, no Núcleo Habitacional Sinhá Prado Guimarães
3 Rua Jaú, no Bairro Novo Américo
4 Avenida Secondo Della Rovere, no Jardim São José
6 Avenida João Joaquim, no Jardim Santa Terezinha
Tabela 8-11: Características dos reservatórios
CRD nº nº reservatório material estado de conservação capacidade (m³)
RA11 chapa de aço precário 1.000
RA12 chapa de aço bom 1.000
RE11 concreto necessita pintura 500 CRD1
RA13 chapa de aço bom 500
RA21 chapa de aço precário 100 CRD2
RE21 chapa de aço precário 50
RS31 concreto necessita pintura 200
RS32 concreto necessita pintura 200 CRD3
RE31 concreto necessita pintura 150
EAB4 RA31 chapa de aço necessita pintura 50
RA41 chapa de aço necessita pintura 200 CRD4
RE41 chapa de aço precário 50
RA61 chapa de aço precário 250 CRD6
RE61 chapa de aço precário 250
total 4.500
As condições precárias de conservação de alguns reservatórios podem ser visualizadas nas
fotografias apresentadas a seguir (Foto 8-22 até Foto 8-27).
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118
Foto 8-22: Reservatórios RE11, RA11 (perfuração por corrosão) e RA12
Foto 8-23: RE21 - vazamento na base por corrosão
Foto 8-24: RA21- perfurações causadas por corrosão
Foto 8-25: RE41 - reservatório elevado e apoiado sem bomba elevatória
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119
Foto 8-26: RS31, RS32, RE31 com capacidade de reservação insuficiente
Foto 8-27: RE61 e RA61 (câmara superior e inferior) chapa de aço com deformação e perfurações por corrosão
8.4. Tratamento e controle de qualidade da água
A água bruta produzida pelos 10 poços utilizados no sistema público de abastecimento atende aos
padrões de qualidade para consumo humano, dispensando o tratamento prévio.
Em atendimento à portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde é realizada a adição de cloro e
flúor. Nas cinco unidades de tratamento existentes, localizadas em cada CRD são empregadas
soluções de hipoclorito de sódio a 10% e de ácido flúor-silícico, armazenas em reservatórios plásticos
e dosadas por meio de bombas automáticas na linha de recalque ou nos reservatórios de distribuição.
O monitoramento da qualidade da água é realizado por laboratório próprio, com amostragem em
dias alternados, nas saídas dos reservatórios de distribuição e em 5 pontos da rede de distribuição
sendo analisados os seguintes parâmetros: cloro residual, fluoreto, pH, ferro e turbidez.
A Portaria nº 518 determina que o controle de qualidade da água inclua análises mensais, semestrais
e anuais para determinação de: turbidez, cloro residual livre, cloro combinado, colimetria, pH, cor
aparente, fluoreto, trihalometanos e demais parâmetros físico-químicos. Durante o ano de 2.010 não
foram realizadas as análises complementares devido à necessidade de efetuar processo licitatório
para contratação de empresa especializada e devido ao elevado custo dos serviços.
Plano Municipal de Saneamento Básico
120
Os resultados do controle de qualidade da água feito pelo DAEMA no ano de 2010, apresentados
na Tabela 8-12, apresentam ou um grande número de resultados fora do padrão, seja por falta ou
excesso de cloro e/ou flúor.
Tabela 8-12: Resultados do controle de qualidade da água - 2010
ponto de amostragem cloro flúor
CRD1 198 195
CRD2 198 193
CRD3 198 195
CRD4 199 195
CRD5 198 159
rede 0 0
rede 1 48 48
rede 2 48 48
rede 3 48 50
rede 4 48 48
rede 6 48 48
total 1231 1179
O controle de qualidade da água feito pela Vigilância Sanitária, por meio de amostras analisadas
no laboratório do Instituto Adolfo Lutzs de Ribeirão Preto, coletadas em pontos da rede de
distribuição apresentou resultados não conformes nos exames microbiológicos e de dosagem de flúor,
durante o ano de 2.010, conforme Tabela 8-13.
A dificuldade de manter a dosagem correta de produtos químicos, principalmente o flúor que a
variação permitida é pequena, se deve às deficiências do sistema de controle da quantidade de
água produzida e distribuída, e à falta de segurança das instalações, com a possibilidade de
alterações da regulagem das bombas dosadoras, por pessoas não autorizadas.
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121
Tabela 8-13: Resultados do controle de qualidade da água pela Vigilância Sanitária - 2010
cloro flúor coliformes ponto de amostragem
conforme não conforme conforme não conforme conforme não conforme
rede 1 9 0 2 1 8 1
rede 2 9 0 0 1 9 0
rede 3 9 0 0 1 8 1
rede 4 9 0 0 0 8 1
rede 6 9 0 1 0 9 0
Rua Viradouro, 30 9 0 1 1 9 0
Av. Alagoas, 150 3 0 1 1 3 0
total 57 0 5 5 54 3
As instalações existentes para tratamento da água são precárias e são operadas de forma
inadequada, pois o controle operacional e a manutenção preventiva e corretiva não são realizados
com a frequência requerida (Foto 8-28 até Foto 8-44).
Foto 8-28: Bomba de cloro do CRD1
Foto 8-29: Reservatório de cloro do CRD1
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Foto 8-30: Bomba dosadora de cloro do CRD1
Foto 8-31: Reservatório de flúor do CRD1
Foto 8-32: Bomba dosadora de fluor do CRD1
Foto 8-33: Reservatório de cloro do CRD2
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Foto 8-34: Bomba de flúor do CRD2
Foto 8-35: Reservatório de flúor do CRD2
Foto 8-36: Bomba de cloro do CRD3
Foto 8-37: Reservatório de cloro do CRD3
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Foto 8-38: Bomba de flúor do CRD3
Foto 8-39: Reservatório de flúor do CRD3
Foto 8-40: Bomba de cloro do CRD4
Foto 8-41: Reservatório de cloro do CRD4
Plano Municipal de Saneamento Básico
125
Foto 8-42: Bomba de flúor do CRD4
Foto 8-43: Reservatório de flúor do CRD4
Foto 8-44: Bomba de cloro do CRD6
Foto 8-45: Reservatório de cloro do CRD6
Plano Municipal de Saneamento Básico
126
8.5. Elevação da água tratada
A etapa final de bombeamento da água aos reservatórios em cada setor de distribuição é efetuado
por meio de Estações Elevatórias de Água Tratada – EAT (Tabela 8-14), recebendo a adição de cloro
e flúor na linha de recalque (Foto 8-46 até Foto 8-49).
Tabela 8-14: Estações elevatórias de água tratada
EAT nº CRD nº origem da água destino da água
EAT1 1 RA11 e RA12 RE11
EAT2 2 RA21 RE21
EAT3 3 RS31 e RS32 RE31
EAT4 6 RA61 RE61
Foto 8-46: EAT1, localizada no CRD1
Foto 8-47: EAT2, localizada no CRD2
Foto 8-48: EAT3, localizada no CRD3
Foto 8-49: EAT4, localizada no CRD6
Plano Municipal de Saneamento Básico
127
8.6. Rede de distribuição de água
O cadastro das redes de abastecimento de água é incompleto, conforme dados apresentados na
Tabela 8-15 e está sendo gradualmente melhorado com informações obtidas durante serviços de
reparos de vazamentos.
Com base nos dados disponíveis foi realizado o refinamento e formatação do cadastro gerando uma
planta cadastral digital em escala 1:2.500 contendo as informações de: poços tubulares profundos,
estações de bombeamento, adutoras, reservatórios e a rede de distribuição (Volume 3).
O comprimento total da rede de distribuição de água foi estimado em 90 km, conforme dados
apresentados na Tabela 8-16 e Figura 8-8.
Na área central, os encanadores mais antigos informam que a rede original de FoFo já foi
parcialmente substituída por tubos de PVC DeFoFo, no entanto não foram encontrados registros
cadastrais, da rede original nem das possíveis substituições.
Segundo informações dos encanadores, as redes mais novas foram construídas com tubos de PVC e
nos trechos tronco do tipo DeFoFo. A maior parte da rede, com extensão de cerca de 78 km,
equivalente a 87% do total da rede de distribuição, é de PVC, com diâmetro de 50 mm.
Para possibilitar um diagnóstico mais preciso e detalhado está sendo realizada a modelagem
matemática da rede de distribuição para aplicação do programa de simulação EPANET.
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128
Tabela 8-15: Plantas de projetos urbanísticos disponíveis
bairro rede água urbanístico
Cecap X X
Centro
Cohab X X
I Distrito Industrial X X
II Distrito Industrial
III Distrito Industrial X X
IV Distrito Industrial X X
Jardim Américo X
Jardim Bela Vista X
Jardim Luis Ometto I X X
Jardim Luis Ometto II X X
Jardim Maria Luiza X
Jardim Maria Luiza 1 X
Jardim N. Senhora Das Graças X X
bairro rede água urbanístico
Jardim Novo Américo X
Jardim Paraíso X
Jardim Planalto X
Jardim Ponte Alta X
Jardim Primaveras
Jardim Saci X
Jardim Santa Terezinha X
Jardim São José X X
Jardim São Judas
Jardim Vista Alegre X X
Loteamento S. Bevilaqua
Nova Vila Cerqueira X X
Sinhá Prado Guimarães X X
Sitio Isolabela
Vila Cerqueira X
Tabela 8-16: Diâmetro e extensão da rede de abastecimento de água
comprimento por setor (km) diâmetro (mm) 1 2 3 4 6
total (km) (%)
50 35,33 9,52 17,62 5,65 9,67 77,8 86,9%
75 2,96 0,28 0,44 0,62 1,19 5,5 5,8%
100 1,13 0,08 1,35 0,33 0,49 3,4 3,5%
125 - 0,78 - 0,46 - 1,2 1,3%
150 1,14 0,01 - - 0,42 1,6 1,6%
200 0,73 - - - - 0,7 0,8%
Total 90,2 100,00%
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129
Figura 8-8: Rede de distribuição de água
CRD1
CRD2
CRD3 CRD4
CRD6
EAB1
EAB3
EAB4
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130
8.7. Ligações prediais
O sistema de abastecimento de água atende 10.207 ligações prediais e 11.578 economias, com as
quantidades de cada setor indicadas na Tabela 8-17.
Tabela 8-17: Ligações e economias atendidas pela rede de água, por bairro e setor de distribuição - 2010
setor / CRD bairros economias ligações
CECAP 55 52
Centro 509 450
Jardim São Judas 198 171
Vila Cerqueira 1.542 1.207
Jardim Bela Vista 368 343
Jardim Luis Ometto I 348 348
Jardim Luis Ometto II 539 539
Loteamento Sílvio Bevilacqua 5 5
Nova Vila Cerqueira 257 236
Jardim Ponte Alta 895 602
Centro 153 135
Jardim Planalto 400 333
Jardim Primaveras 473 473
Jardim Maria Luiza 69 69
Jardim Maria Luiza I 350 350
CRD1
Jardim Américo 185 141
Total CRD1 6.346 5.454
Jardim N. Senhora das Graças 24 24
Jardim Paraíso 106 103
Sinhá Prado Guimarães 208 175 CRD2
Jardim Ponte Alta 325 302
Total CRD2 663 604
Sítio Isolabela 9 9
Jardim Vista Alegre 1.278 1.101
Jardim Novo Américo 607 607
Jardim Sacy 332 332
COHAB 37 33
I Distrito Industrial 13 13
CRD3
III Distrito Industrial 41 41
Total CRD3 2.317 2.136
CRD4 Jardim São José (parcial) 502 500
Total CRD4 502 500
Jardim São José (parcial) 484 483 CRD6
Jardim Santa Terezinha 1.266 1.030
Total CRD6 1.750 1.513
Total geral 11.578 10.207
Plano Municipal de Saneamento Básico
131
Embora não exista ainda tabela tarifária diferenciada, os consumidores já estão classificados em
categorias no sistema de gestão de contas de água, sendo estas:
• comercial;
• escola;
• igreja;
• industrial;
• ligação morta;
• mista;
• prédio de dependência municipal;
• residencial;
• terreno vago / sem moradores.
8.8. Micro medição
O sistema de abastecimento de água possui 9.788 hidrômetros sendo que a maioria, equivalente a
cerca de 92%, estão instalados em imóveis residenciais, conforme dados apresentados na Tabela
8-18.
Tabela 8-18: Quantidade de hidrômetros instalados por categoria da ligação de água
categoria qtde %
Comercial 221 2,3%
Escola 7 0,1%
Igreja 2 0,0%
Industrial 67 0,7%
Ligação Morta 2 0,0%
Mista 378 3,9%
Prédio de dependência municipal 6 0,1%
Residencial 8.978 91,7%
Terreno vago/ sem morador 127 1,3%
total 9.788 100,0%
Plano Municipal de Saneamento Básico
132
As quantidades de hidrômetros instalados por bairros e setores de abastecimento são apresentadas
na Tabela 8-19, onde se verifica que cerca de 53% dos hidrômetros estão instalados no setor central
(CRD1).
Tabela 8-19: Hidrômetros instalados por bairro e setor de abastecimento - 2010
setor / CRD bairros hidrômetros %
CECAP 22 0,43
Centro 415 8,04
Jardim São Judas 160 3,10
Vila Cerqueira 1.202 23,30
Jardim Bela Vista 341 6,61
Jardim Luis Ometto I 331 6,42
Jardim Luis Ometto II 491 9,52
Loteamento Sílvio Bevilacqua 5 0,10
Nova Vila Cerqueira 224 4,34
Jardim Ponte Alta 578 11,20
Jardim Planalto 319 6,18
Jardim Primaveras 467 9,05
Jardim Maria Luiza 109 2,11
Jardim Maria Luiza I 350 6,78
CRD1
Jardim Américo 145 2,81
Total CRD1 5.159 52,71
Jardim N. Senhora das Graças 24 7,97
Jardim Paraíso 105 34,88 CRD2
Sinhá Prado Guimarães 172 57,14
Total CRD2 301 3,08
Sítio Isolabela 10 0,49
Jardim Vista Alegre 1.089 53,80
Jardim Novo Américo 509 25,15
Jardim Sacy 329 16,25
COHAB 34 1,68
I Distrito Industrial 14 0,69
CRD3
III Distrito Industrial 39 1,93
Total CRD3 2.024 20,68
CRD4 Jardim São José (parcial) 514 100,00
Total CRD4 514 5,25
Jardim São José (parcial) 500 27,93
Jardim Santa Terezinha 1.282 71,62 CRD6
IV Distrito 8 0,45
Total CRD6 1.790 18,29
Total geral 9.788 100,00
Plano Municipal de Saneamento Básico
133
As faixas de idade dos hidrômetros instalados são apresentadas na Tabela 8-19, onde se verifica
que uma parcela de apenas 10% dos hidrômetros foi instalada em menos de cinco (5) anos. A
maioria dos hidrômetros, ou seja, quase 90%, foi instalada a mais de cinco anos e desde então não
teve aferição.
Tabela 8-20: Faixas de idade dos hidrômetros instalados - 2010
tempo de instalação qtde qtde
acumulada %
acumulada
mais de 15 anos 4.529 4.529 46,3%
entre 10 e 15 anos 3.106 7.635 78,0%
entre 8 e 10 anos 561 8.196 83,7%
entre 6 e 8 anos 556 8.752 89,4%
menos de 5 anos de uso 1.036 9.788 100,0%
total 9.788 3,974
A existência de um grande número de hidrômetros em uso a mais de 5 (cinco) anos representa um
desvio da quantificação na micromedição, devido a perda de precisão causada pelo desgaste dos
componentes do equipamento, ocasionando submedição e por consequência o subfaturamento.
Portanto, existe a necessidade de efetuar a substituição dos hidrômetros que foram instalados a mais
de cinco anos de uso, ou seja, 8.752 hidrômetros, iniciando pelas ligações que possuem consumo
médio superior a 20 m3/mês.
O critério para estabelecer uma sequencia de bairros prioritários para a realização da troca de
hidrômetros pode ser estabelecido pela ponderação dos três fatores selecionados e descritos a
seguir:
• peso 5 - porcentagem de hidrômetros do bairro com mais de cinco anos em relação ao total;
• peso 3 - porcentagem de consumo do bairro em relação ao total; e
• peso 2 - porcentagem do numero de hidrômetros do bairro em relação ao total.
Com base nesse critério foram determinados os valores do indicador de prioridade para troca de
hidrômetros dos bairros, conforme resultados apresentados na Tabela 8-21.
Plano Municipal de Saneamento Básico
134
Tabela 8-21: Índice de prioridade para troca de hidrômetros por bairros
qtde de hidrômetros bairro
total % mais de 5 anos
consumo (1000 m3/ano)
índice
III Distrito Industrial 39,00 94,87 60,90 10,00
Vila Cerqueira 1.202,00 96,26 20,30 9,93
Jardim Santa Terezinha 1.282,00 77,07 15,70 9,43
Jardim Vista Alegre 1.089,00 95,87 19,80 9,30
Jardim São José 1.014,00 85,21 16,40 8,32
Jardim Ponte Alta 578,00 97,58 22,40 7,20
Jardim Novo Américo 509,00 92,14 17,80 6,14
Jardim Luis Ometto II 491,00 99,19 16,90 6,01
Centro 415,00 95,90 18,20 5,78
Jardim Planalto 319,00 96,87 21,10 5,74
Jardim Maria Luiza 459,00 70,59 18,20 5,69
Jardim Primaveras 467,00 84,80 15,30 5,49
Nova Vila Cerqueira 224,00 94,64 20,70 5,19
Jardim Luis Ometto I 331,00 96,98 16,20 5,10
Jardim Bela Vista 341,00 89,44 16,30 5,07
Jardim Sacy 329,00 85,11 15,40 4,83
I Distrito Industrial 14,00 71,43 26,20 4,66
Jardim Américo 145,00 95,86 19,50 4,65
Sinhá Prado Guimarães 172,00 98,26 18,10 4,61
Jardim São Judas 160,00 93,13 17,50 4,40
CECAP 22,00 100,00 21,20 4,34
Jardim Paraíso 105,00 99,05 17,70 4,24
COHAB 34,00 94,12 18,00 3,87
Loteamento Sílvio Bevilacqua 5,00 60,00 14,10 2,76
Sítio Isolabela 6,00 100,00 9,30 2,57
Jardim N. Senhora das Graças 24,00 58,33 11,10 2,41
IV Distrito 8,00 100,00 0,20 1,29
total 9.784,00 504,50
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) estabelece,
conforme Portaria nº 246 de 17 de outubro de 2.000, que as verificações periódicas sejam
efetuadas nos hidrômetros em uso, em intervalos não superiores a cinco anos.
A aferição de hidrômetros é realizada pelos próprios fabricantes tendo em vista que a quantidade
de hidrômetros instalados não viabiliza a implantação de um laboratório próprio.
Plano Municipal de Saneamento Básico
135
8.9. Rotinas de leitura de hidrômetros
O controle de consumo de água é realizado por 3 leituristas de hidrômetros e as rotas de leitura
estão agrupadas em 3 etapas, conforme Tabela 8-22 e Figura 8-9.
O registro de leituras é feito coletor de dados do tipo POS (Point of Sail), com transmissão simultânea
da leitura para o centro de controle por meio de linha de dados de operadoras de telefonia celular e
com o cálculo e emissão imediata da fatura em papel termo sensível.
Tabela 8-22: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 1
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
1 1.1 125 Rua Sebastião Simões 107
1 1.1 125 Rua Victor Barbieri
1 1.1 125 Av. Miguel de Lourenzo
1 1.2 128 Av. Aparecida Schuwenk 94
1 1.2 128 Rua Aparecido Adail da Silva
1 1.2 128 Av. João Antonio Pereira
1 1.2 128 Av. Henrique Polizelli
1 1.3 127 Av. Manoel Vieira Junior 98
1 1.3 127 Av. Luiz Dosualdo
1 1.3 127 Rua Gentil Prudente
1 1.4 129 Rua Matheus Anello 86
1 1.5 130 Rua Manoel Borba 60
1 1.6 131 Av. 02 Aparecida Lopes Flor 167
1 1.6 131 Av. 03 Maria Ap. de Oliveira
1 1.6 131 Av. 04 Euclides Salvino da Silva
1 1.6 131 Rua 09 Achile Bortolo
1 1.6 131 Rua 11 Edvaldo
1 2.1 132 Rua Manoel Borba
1 2.1 132 Rua Emilia Galli
1 2.1 132 Av. Maria Antonia 132
1 2.2 133 Av. Floriza L.P. De Almeida 122
1 2.2 133 Rua Genoveva Embriani
1 2.2 133 Av. Izabel A. De Lourenzo
1 2.2 133 Av. Eugenio Voltarel
1 2.2 133 Prç. Nossa Senhora
1 2.2 133 Rua Bahia
1 2.2 133 Rua Ceara
1 2.3 134 Rua Para 100
1 2.3 134 Rua São Paulo
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136
Tabela 8-22: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 1(continuação)
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
1 2.3 134 Rua Alagoas
1 2.3 134 Rua Parana
1 2.3 134 Rua Amazonas
1 2.3 134 Rua Santa Catarina
1 2.4 135 Av. Alvaro Guimaraes 117
1 2.4 135 Av. Maria prado Guimaraes
1 2.4 135 Rua Tomoe Morise
1 2.4 135 Rua Antonio dos Santos
1 2.4 135 Rua Jose Galli
1 2.4 135 Rua Dorival Barbieri
1 2.4 135 Rua Caetano Treve
1 2.4 135 Rod. Via Acesso SP-257
1 2.5 136 Av. 08 Rubens Spolaor 167
1 2.5 136 Av. 07 Alzira Apda Maduro
1 2.5 136 Av. 06 Jose Carrasco
1 2.5 136 Av. 05 Ana Pinto Santa Maria
1 3.1 141 Rua dos Resedas
1 3.1 141 Rua das Magnolias
1 3.1 141 Rua dos Jacarandas 147
1 3.2 143 Rua dos Flamboyant 85
1 3.3 138 Rua das Grevilhas
1 3.3 138 Rua 17 das Grevilhas 157
1 3.4 144 Rua dos Ipes 145
1 3.5 140 Av. das Palmeiras 73
1 3.5 140 Av. dos Manacas
1 3.5 140 Av. das Quaresmeiras
1 3.5 140 Av. Primaveras
1 3.5 140 Rua 12 Maria Aparecida
1 3.5 140 Rua 14 Eduardo Pavao
1 Total 1.857
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137
Tabela 8-23: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 2
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
2 1.1 86 Av. Amelia Colombo Dias 89
2 1.2 87 Av. Princesa Izabel 72
2 1.3 88 Rua Ribeiro de Barros 76
2 1.3 88 Av. Nove de Julho
2 1.4 89 Rua Candido Moraes 107
2 1.4 89 Av. Nsa. Sra.doPerpetuo Socorro
2 1.5 91 Rua Primitiva Giassi 100
2 1.6 92 Av. Cidade de Matão 85
2 1.7 93 Rua Vicente Rizzo 95
2 1.8 94 Av Mathias Pavão 136
2 1.8 94 Rua Toledo Pizza
2 1.8 94 Rua Zoraide P. Cordis
2 1.9 95 Rua Pedro Mussi 70
2 1.10 96 Rua Joaquim Justo 100
2 1.11 97 Rua Felício Neves 124
2 1.11 97 Av. Tereza Marsilli
2 1.11 97 Praça Pedro de Toledo
2 1.11 97 Av.Francisco Justo
2 1.12 98 Av.Carlos Zamo 55
2 1.13 99 Av. Luigi Romania 61
2 2.1 100 Pça. Paulo Abi Jaudi 145
2 2.1 100 Rua Manoel Jose Pires
2 2.2 101 Rua Dom Pedro II 124
2 2.3 102 Rua Francisco M. de Oliveira 150
2 2.3 102 Rua Jose Nigro
2 2.4 103 Rua Jose Paulo Abi Jaudi 107
2 2.5 104 Rua Nicolau Carneiro Leão 118
2 2.6 105 Rua Benedito Storiani 210
2 2.7 106 Rua Padre Francisco Culturato 149
2 2.8 107 Rua Vitorio Brizolari 96
2 2.9 108 Rua Cap. Alberto M. Jr 84
2 2.9 108 Rua Maria Mendes
2 2.9 108 Al. Dr. Aldo Lupo
2 2.9 108 Rua Amelia F. Manzini
2 2.9 108 Av. Carlos Lima
2 2.10 109 Rua Benedito Padilha 93
Plano Municipal de Saneamento Básico
138
2 2.10 109 Rua José Lucci
2 2.11 110 Rua José Romania 42 Tabela 8-23: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 2 (continuação)
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
2 2.11 110 Rua Luiz José dos Santos
2 2.11 110 Av. Maria Balbina Dotoli
2 3.1 112 Av.Joaquim Afonso da Costa 101
2 3.2 113 Rua Antonio O. Carvalho 101
2 3.2 113 Rua Joaquim P.P de Almeida
2 3.3 114 Av. Jose Zilioli 101
2 3.3 114 Av. Nicolau Spadafora
2 3.4 115 Av. Josefina Dosualdo 119
2 3.4 115 Av. Jose B. Barbieri
2 3.4 115 Av. Santo Antonio
2 3.5 116 Av. 02 Maria M. de Godoi 90
2 3.5 116 Av. 01 Sergio pires de Oliveira
2 3.6 117 Av. 03 Maria barbieri 106
2 3.6 117 Av. 04 Miguel Dias
2 3.6 117 Av. 06 Roque Simonetti
2 3.7 118 Rua 02 Florentina Ferraz 60
2 3.7 118 Rua 01 Carolina
2 3.8 119 Av. 05 Nestor Fernandes 119
2 3.9 120 Av. 07 Rafael Hervias 117
2 3.10 121 Av. 08 Isac C. Azevedo 129
2 3.11 122 Av. C Rosalina dos Santos 89
2 3.11 122 Rua A. Antonio Nelson
2 3.12 123 Av. E Joaquim Vieira Nunes 125
2 3.12 123 Av. F Guimaraes Pinheiros
2 Total 3.745
Plano Municipal de Saneamento Básico
139
Tabela 8-24: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 3
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
3 1.1 145 0900 Rua Boa Esperança do Sul 69 69
3 1.2 146 0860 Rua Borborema 131 131
3 1.3 147 0850 Rua Candido Rodrigues 102 102
3 1.4 148 0840 Rua Dobrada 83 83
3 1.5 149 0820 Rua Fernando Prestes 91 91
3 1.6 150 6050 Rua Itirapina 37 139
3 1.6 150 6040 Rua Pitangueiras 46
3 1.6 150 6030 Rua Viradouro 56
3 1.7 151 6020 Rua Taubate 46 143
3 1.7 151 6010 Rua Guarapua 51
3 1.7 151 6000 Rua Jau 46
3 1.8 152 6110 Rua Mario Vizarin 27 126
3 1.8 152 6130 Rua C Laerte de Oliveira 42
3 1.8 152 6150 Rua E Prof. Maria Ap. Bel. 57
3 1.9 153 6170 Rua G Joao de Souza Palma 70 128
3 1.9 153 6180 Rua H Custodia Marcelino 47
3 1.9 153 6190 Rua I Antonio 22
3 1.9 153 6490 Rua Canario 6
3 1.9 153 6500 Rua Pavao 3
3 1.10 154 4060 Av. Sumare 72 124
3 1.10 154 5000 Av. Barretos 52
3 1.11 155 4070 Av. Catanduva 11 127
3 1.11 155 0880 Av. Ibate 15
3 1.11 155 0870 Av. Taquaritinga 2
3 1.11 155 0750 Av. Araraquara 32
3 1.11 155 5050 Av. Homero Nigro 18
3 1.11 155 5040 Av. Herminio Cristovao 20
3 1.11 155 6800 Estrada Municipal (sitio) 10
3 1.11 155 6801 Estrada Municipal 4
3 1.11 155 5070 Rod. Manoel de Abreu 1
3 1.11 155 0879 Av. São Carlos 14
3 2.1 156 1080 Rua Carlos Bortoli 16 104
3 2.1 156 1090 Rua Zenaide Volp Abi Jaudi 39
3 2.1 156 1091 Rua Joao Dosoaldo 49
3 2.2 157 2000 Rua Joao Pavão 67 151
3 2.2 157 2010 Rua Alfonso Nigro 84
Plano Municipal de Saneamento Básico
140
3 2.3 158 2020 Rua Euclides Fogal 11 132
3 2.3 158 2030 Rua Alexandre Dotoli 23 Tabela 8-24: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 3 (continuação)
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
3 2.3 158 2040 Rua Augusto Franciscatto 36
3 2.3 158 2050 Rua Antonio Barbieri 32
3 2.3 158 2060 Rua Jose Sarti 30
3 2.4 159 2070 Rua João Bernardo Muniz 38 135
3 2.4 159 2080 Rua Luiza Manzine 45
3 2.4 159 2090 Rua Amabile M. Furlan 51
3 2.5 160 3000 Rua Maria I. Toledo Pizza 49 150
3 2.5 160 3010 Rua Otilia Toledo Arruda 38
3 2.5 160 3020 Rua Ana Pereira Godoy 64
3 2.6 161 3030 Rua Jose Vieira Nunes 68 155
3 2.6 161 3040 Rua Renato Marsilli 52
3 2.6 161 3050 Rua Jose Antonio 35
3 2.7 162 3090 Rua Av. Lia Rovere Furkim 19 133
3 2.7 162 4000 Av. Secondo Della Rovere 114
3 2.8 163 4010 Av. Antonio Cavassani 24 144
3 2.8 163 4020 Av. Novenio Pavan Filho 9
3 2.8 163 4030 Av. Julio Correa Arruda 10
3 2.8 163 4040 Al. Mario Cavallani 42
3 2.8 163 4050 Al. Benedito Nicolau 5
3 2.8 163 7020 Rua 35 Jorge Bocci 54
3 2.9 164 7030 Rua 36 Alan Gustavo 50 142
3 2.9 164 7040 Rua 37 Augusto Ap. Santos 30
3 2.9 164 7050 Rua 17 Laura Galliano 13
3 2.9 164 7060 Rua 38 Francisco 28
3 2.9 164 7070 Rua 39 Erminio Gonçalves 19
3 2.10 165 7080 Av. A Antonio Gouvea 88 90
3 2.11 166 7090 Al. Dr. Alberto J. E. M. Rolla 147 145
3 2.12 167 8010 Av. B João Joaquim 107 121
3 2.12 167 8030 Rua 40 Emilia Beraldo Dos 4
3 2.12 167 3080 Rua João Furlan 8
3 3.1 168 6210 Av. B Daniel Guilio 12 73
3 3.1 168 6480 Rua Cotovia 61
3 3.2 169 6470 Rua Grauna 110 110
3 3.3 170 6460 Rua Bem Te Vi 85 132
3 3.3 170 6450 Rua Rouxinol 47
3 3.4 171 6530 Av. Pintassilgo 8 144
Plano Municipal de Saneamento Básico
141
3 3.4 171 6160 Rua F. Luiz Gonzaga maia 55
3 3.4 171 6140 Rua D. João Bombo 81
Tabela 8-24: Rotas de leitura de hidrômetros Etapa 3 (continuação)
etapa rota cod. rota cod. rua nome rua total rua total rota
3 3.5 172 6120 Rua B. Manoel Alves Carneiro 75 130
3 3.5 172 0890 Rua Santa Lucia 55
3 3.6 173 0760 Rua Santa Ernestina 37 141
3 3.6 173 0800 Av. Rincão 2
3 3.6 173 6510 Av. Beija-flor 3
3 3.6 173 0770 Rua Tabatinga 36
3 3.6 173 0780 Rua Nova Europa 36
3 3.6 173 0790 Rua Itapolis 27
3 3.7 174 0810 Rua Ibitinga 21 153
3 3.7 174 0830 Rua Araras 16
3 3.7 174 6870 Rua 20 Jose Carlesci 49
3 3.7 174 6880 Rua 21 Sebastião 12
3 3.7 174 6890 Rua 22 Francisco Ribeiro 25
3 3.7 174 6900 Rua 23 Joaquim Moreira 30
3 3.8 175 6910 Rua 24 Benedito Cindio 51 157
3 3.8 175 6920 Rua 25 Adelia Novelli Zorzi 56
3 3.8 175 6930 Rua 26 Eduardo Pollo 50
3 3.9 176 6940 Rua 27 Antonio Tisoni 67 121
3 3.9 176 6950 Rua 28 Augusto 54
3 3.10 177 6960 Rua 29 Ludgero Alves de 56 110
3 3.10 177 6970 Rua 30 Sebestião 54
3 3.11 178 6980 Rua 31 João Bernardo 51 110
3 3.11 178 6990 Rua 32 Martinho Furlan 59
3 3.12 179 7000 Rua 33 João Gomes 50 109
3 3.12 179 7010 Rua 34 Jovencio Balbino 59
3 Total 4.355
Total Geral 9.957
Plano Municipal de Saneamento Básico
142
Figura 8-9: Rotas de leitura de hidrômetros
8.10. Perfil de consumo de água
O perfil de consumo de água é apresentado resumidamente por categoria das ligações na Tabela
8-25, podendo-se observar que o consumo médio de uma ligação no setor residencial é igual a 17,80
m3/lig.mês, enquanto que para o setor comercial este valor é inferior, ou seja, 16,03 m3/lig.mês.
Plano Municipal de Saneamento Básico
143
O setor industrial apresenta um consumo por ligação superior, ou seja, igual a 51,45 m3/lig.mês e
87% dos hidrômetros do setor industrial possuem mais de 5 anos de uso.
Tabela 8-25: Consumo por categoria da ligação de água - 2010
qtde de hidrômetros consumo medido de água
categoria total com mais de 5 anos (m³/ano) %
médio (m³/lig.mês)
Comercial 221 191 41.697 1,99 15,72
Escola 7 7 13.823 0,66 164,55
Igreja 2 2 650 0,03 27,10
Industrial 67 58 40.578 1,93 50,47
Ligação Morta 2 2 0 0,00 0,00
Mista 378 371 104.952 5,00 23,14
Prédio de dependência municipal 6 6 371 0,02 5,15
Residencial 8.978 8.034 1.881.376 89,62 17,46
Terreno vago/ sem morador 127 83 15.843 0,75 10,40
total 9.788 8.754 2.099.290 100,00 17,87
Com base nos dados da Tabela 8-25, o consumo médio por ligação é de 17,87 m3/mês, que
equivale a 180 L/hab/dia, considerando-se 3,3 hab/ligação. Esse consumo médio per capta não
deve ser considerado para as projeções de demanda, pois é afetado pela submedição originária da
idade avançada do parque de hidrômetros instalados, pelas interrupções do abastecimento e pela
insuficiência de pressão em setores da rede de distribuição.
Para estabelecer o perfil de consumo por faixa de consumo os dados disponíveis relativos ao ano de
2010 foram analisados estatisticamente conforme resultados apresentados na Tabela 8-26 e Figura
8-10.
Plano Municipal de Saneamento Básico
144
Tabela 8-26: Incidência de ligações com consumo mensal dentro das classes (faixas de consumo)
faixa de consumo (m3/mês) classe
máximo mínimo
nº de ligações com consumo dentro da
faixa
número de ocorrências de
consumo na faixa % acumulada
1 1.500,0 100,1 19 0,19 0,19
2 100,0 50,1 162 1,66 1,85
3 50,0 40,1 215 2,20 4,05
4 40,0 30,1 741 7,58 11,63
5 30,0 20,1 2.088 21,36 32,99
6 20,0 15,1 1.894 19,38 52,37
7 15,0 10,1 2.118 21,67 74,04
8 10,0 5,1 1.510 15,45 89,48
9 5,0 2,1 504 5,16 94,64
10 2,0 0,0 524 5,36 100,00
Figura 8-10: Curva de permanência do consumo mensal
8.11. Diagnóstico operacional do SAA
Os problemas e deficiências existentes no SAA são relacionados a seguir, buscando caracterizar os
níveis de gravidade e sua extensão de forma a poderem ser hierarquizados de acordo com sua
importância e embasar a definição das prioridades de ação.
Plano Municipal de Saneamento Básico
145
8.11.1. Gestão comercial
O sistema computacional que gerencia as contas de água foi implantado, no ano de 2.002, pela
empresa Eddydata e apresenta diversas limitações e dificuldades operacionais e utiliza uma
base de dados inconsistente e incompleta que produz relatórios gerenciais pouco úteis e não
confiáveis.
As falhas do sistema computacional geram reclamações dos usuários dos serviços e dificuldades
para os funcionários responsáveis pelo atendimento ao público.
As instalações para atendimento ao público são precárias, não cumprem normas de
acessibilidade e infraestrutura de sanitários públicos.
O serviço de atendimento ao público é realizado por funcionários reenquadrados de função, sem
prévia avaliação do perfil psicológico e sem treinamento.
O pagamento das contas de água é realizado em 6 (seis) estabelecimentos comerciais:
• Lotérica Pé Quente: Rua Benedito Storani, 622 – Vila Cerqueira
• Basar Papeleria Fantasia: Rua José Paulo Abi Jaudi, 228 – Vila Cerqueira
• Padaria Pão e Vinho: Rua José Paulo Abi Jaudi, 304 – Vila Cerqueira
• Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: Rua Toledo Pizza, 193 – Centro
• Móveis Colombo: Rua D. Pedro II, 227 – Centro
• Bruna Calçados: Rua Santa Lúcia, 221 – Vista Alegre
Os locais que recebem a conta de água são correspondentes bancários e são remunerados pelos
bancos.
O índice de inadimplência é de 28%.
8.11.2. Deficiências na operação e manutenção de poços
A regra que se aplica tanto ao setor público como o privado é que, por serem obras
subterrâneas e sem destaque visual, os poços usualmente não recebem a devida atenção e são
operados sem um programa de manutenção preventiva. No entanto, os poços, assim como
Plano Municipal de Saneamento Básico
146
qualquer outra estrutura, têm um processo de envelhecimento natural que pode ser lento ou
acelerado, dependo de suas características construtivas e das condições de uso.
A deterioração progressiva dos poços resulta de uma combinação de diversos fatores de origem
química, microbiológica e física e depende das suas características construtivas, da natureza e
qualidade dos materiais aplicados, das condições de operação e de manutenção. Em condições
ótimas de construção e operação a vida útil dos poços pode superar os 50 anos. Porém, as
deficiências de construção e operação podem causar o envelhecimento prematuro e os poços
apresentam queda de produção e/ou excesso de areia na água bombeada, ou até mesmo o
colapso do revestimento e podem ser abandonados antes de atingir 20 anos de operação.
O diagnóstico detalhado, preciso e preditivo dos poços deve se basear no registro histórico de
informações e deve incluir:
1. Filmagem do interior dos poços, para determinar as suas características construtivas e o
estado atual dos materiais de revestimento (tubos e filtros), verificando a presença e a
intensidade de processos de corrosão e incrustação;
2. Testes de bombeamento periódicos para avaliar a capacidade ótima de produção e
para as possíveis perdas progressivas de capacidade;
3. Análise de água contemplando todos os constituintes químicos necessários para
caracterização hidrogeoquímica;
4. Exames da água visando a detecção de processos biológicos de corrosão e
incrustação;
5. Monitoramento mensal da vazão, nível da água e pressão na linha de descarga;
6. Monitoramento dos parâmetros elétricos de operação das bombas dos poços (tensão
e corrente, por fase);
7. Registro de dados de trocas de bombas e operações de limpeza e manutenção; e
8. Avaliação do raio de influencia dos poços e delimitação de perímetros de proteção.
A participação da água subterrânea deverá a cada dia ganhar maior importância para o
sistema de abastecimento público e exigirá a atuação de profissionais com formação adequada.
No entanto, contar em seus quadros com profissionais com formação e experiência na área de
geologia, hidrogeologia e captação de água subterrânea, em geral não é viável para os
Plano Municipal de Saneamento Básico
147
municípios de pequeno e médio porte, que contam com apoio de órgãos estaduais, que devido ao
excesso de demanda e ao número restrito de profissionais nem sempre pode oferecer um
atendimento satisfatório.
8.11.3. Perdas d´água
Do ponto de vista operacional, as perdas de água correspondem aos volumes não contabilizados
e englobam tanto as perdas físicas, que representam a parcela não consumida, como as perdas
não físicas, que correspondem à água consumida e não registrada.
As perdas físicas originam-se de vazamentos no sistema, envolvendo a captação, a adução de
água, o tratamento, a reservação, a adução de água tratada e a distribuição, além de
procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede, quando estes
provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação.
As perdas não físicas originam-se de ligações clandestinas ou não cadastradas, hidrômetros
parados ou que submedem, fraudes em hidrômetros e outras. São também conhecidas como
perdas de faturamento, uma vez que seu principal indicador é a relação entre o volume
disponibilizado e o volume faturado.
As parcelas de perdas que contribuem para o subfaturamento são indicadas no modelo de
balanço hídrico apresentado na Figura 8-11.
FATURADO MEDIDO CONSUMO
AUTORIZADO FATURADO FATURADO
ESTIMADO
ÁGUA FATURADA
NÃO FATURADO MEDIDO C
ONSU
MO
AUTO
RIZA
DO
CONSUMO AUTORIZADO
NÃO FATURADO
NÃO FATURADO ESTIMADO
CONSUMO NÃO AUTORIZADO PERDAS
APARENTES ERROS DE MEDIÇÃO
VAZAMENTOS-RAMAIS
VAZAMENTOS-REDES
VOLUME DISTRIBUIDO NO SETOR
PERD
AS DE ÁGUA
PERDAS FÍSICAS
VAZAMENTOS EM RESERVATÓRIOS
ÁGUA NÃO FATURA
DA
Figura 8-11: Modelo de Balanço Hídrico Anual de Água- IWA– Lambert & Hirner (2000)
Plano Municipal de Saneamento Básico
148
Para avaliar as perdas são calculados os valores de indicadores consagrados, tais como:
Índice de Perda de Faturamento (IPF) ou Água Não Faturada (ANF): expressa a relação entre
volume disponibilizado e volume faturado. É claramente uma composição de perdas físicas e não
físicas que, além daquelas atribuídas a desvios de medição, incorporam volumes utilizados não
cobrados.
Índice de Perda por Ligação (IPL): como o anterior, é também um indicador volumétrico de
desempenho, mais preciso que os percentuais. Relaciona a diferença entre volume disponibilizado
e volume utilizado ao número de ligações ativas.
Para o cálculo dos indicadores de perdas, forma utilizados os dados disponíveis do ano de
2.010, conforme segue:
• volume de água produzido: 3.269,24 (1.000 m3);
• volume de água micromedido: 2.099,29 (1.000 m3);
• número de ligações ativas de água: 9.788 ligações
Os valores dos indicadores de perdas resultantes são os seguintes:
• IPF: 35,8 %
• IPL: 915,08 L/ramal.dia
A parcela de perdas comerciais por submedição pode ser significativa e poderá ser reduzida
com a ampliação dos investimentos na adequação do parque de hidrômetros, utilizando
equipamentos mais modernos e mais precisos.
De um modo geral, os principais fatores que influenciam as perdas físicas nos sistemas de
abastecimento de água são (SILVA et al., 2003):
• variações de pressão/ altas pressões;
Plano Municipal de Saneamento Básico
149
• condições físicas da infra-estrutura (material, idade, etc);
• condições de tráfego e tipo de pavimento sobre a rede;
• recalques do subsolo;
• qualidade dos serviços (mão-de-obra e material empregado), tanto na implantação da
rede quanto na execução de reparos;
• agilidade na execução dos reparos;
• condições de gerenciamento (telemetria, método de coleta e armazenamento de dados).
Os valores dos indicadores de perdas acima são elevados e exigem a implantação de um amplo
programa de controle de perdas conforme estudo que se encontra em andamento.
Para efetuar a detecção de vazamentos, o SAAE possui os seguintes equipamentos: 1 geofone, 1
logger pressão, 1 válvula geradora de pulso, 1 detector de massa metálica (PV) e 1 haste de
escuta.
Para efeito apenas de avaliação teórica da demanda atual de água foi adotado o fator de
perdas físicas de 32%, considerando que as perdas não físicas sejam equivalentes a 10%.
8.11.4. Deficiências da produção e reservação de água
Atualmente existem reclamações constantes de falta de pressão na rede de abastecimento de
água, nos bairros São José, Vista Alegre, Santa Terezinha e N.S. das Graças.
Usualmente, nos dias mais quentes e principalmente aos finais de semana quase que totalidade
do volume de água armazenado nos reservatórios durante o período noturno é consumido no
período diurno.
Desta forma, existe demanda reprimida de água e a demanda real atual pode ser estimada com
base na população urbana, estimada para 2.011, de 34.413 habitantes e adotando os seguintes
parâmetros:
• consumo médio per capta de água: 250 L/hab/dia;
Plano Municipal de Saneamento Básico
150
• população urbana atual (98% do município): 34.413 hab;
• perdas de água (90% do total de perdas): 32%;
• coeficiente de demanda para o dia de maior consumo: 1,2;
• fator de demanda máxima horária: 1,5;
• tempo médio de funcionamento dos poços: 18 h/d
• fator de reservação 1/3 demanda máxima + 6 horas com poços parados
A demanda máxima diária foi estimada em:
• 250 L/hab/dia x 34.413 hab x 32% x 1,2 = 13.650 m3/dia
A demanda máxima horária foi estimada em:
• 250 L/hab/dia x 34.413 hab x 32% / 24 h x 1,5 = 710 m3/h
O volume mínimo de reservação foi estimado em:
• 13.650 m3/dia / 3 + 6 x 710 m3/h = 8.800 m3
A Tabela 8-27 apresenta uma comparação das estimativas de demanda com as condições atuais
de capacidade do sistema de abastecimento de água, apresentadas anteriormente (Tabela 8-5 e
Tabela 8-11).
Tabela 8-27: Comparação entre demanda e capacidade disponível
parâmetro demanda disponível
vazão máxima diária m3/d 13.650 8.583
vazão máxima horária m3/h 710 544
volume de reservação m3 8.800 4.500
As deficiências de capacidade de produção e reservação de água resultam provocam períodos
de desabastecimento, principalmente aos sábados no período da tarde e falta de pressão em
trechos da rede de distribuição, com maior incidência nos seguintes bairros:
• Jardim São José 1
Plano Municipal de Saneamento Básico
151
• Parte alta do Jardim Planalto
• Parte baixa do Jardim Santa Terezinha
• Jardim Vista Alegre
• Jardim Novo Américo
• Jardim Sacy
• Parte alta do Jardim Luiz Ometto 1
• IV Distrito Industrial
9. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O sistema de esgotamento sanitário (SES) de Américo Brasiliense atende exclusivamente a sede municipal
e é operado pela Prefeitura Municipal, por meio do Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente –
DAEMA, que efetua apenas a coleta e afastamento do esgoto e faz o lançamento “in natura” em quatro
pontos distintos de dois córregos da periferia da área urbana.
As principais características técnicas e deficiências dos componentes do SAA são descritas nos itens
apresentados a seguir.
9.1. Rede coletora de esgoto
Os dados cadastrais da rede coletora de esgoto são incompletos, sendo que estão disponíveis apenas
as plantas dos projetos de loteamentos relacionadas na Tabela 9-1.
Plano Municipal de Saneamento Básico
152
Tabela 9-1: Projetos de loteamentos com dados de rede coletora de esgoto
bairro rede esgoto urbanístico
Cecap X X
Centro
Cohab X X
I Distrito Industrial X X
II Distrito Industrial
III Distrito Industrial X X
IV Distrito Industrial X X
Jardim Américo X
Jardim Bela Vista X
Jardim Luis Ometto I X X
Jardim Luis Ometto II X X
Jardim Maria Luiza X
Jardim Maria Luiza 1 X
Jardim N. Senhora Das Graças X X
Jardim Novo Américo X
Jardim Paraíso X
Jardim Planalto X
Jardim Ponte Alta
Jardim Primaveras X
Jardim Saci X
Jardim Santa Terezinha X
Jardim São José X X
Jardim São Judas
Jardim Vista Alegre X X
Loteamento Silvio Bevilaqua
Nova Vila Cerqueira X X
Sinhá Prado Guimarães X X
Sitio Isolabela
Vila Cerqueira
Com base nas plantas disponíveis e cadastramento, realizado com o auxílio do Sr. Laudemir Eurico
Geraldo, chefe do setor de esgoto do DAEMA foi elaborada uma planta geral em escala 1:2500,
conforme desenho apresentado no Volume 3.
O resultado do cadastramento indicou que a extensão total rede coletora de esgoto é de 90,24 km e
que a área atendida representa e cerca de 90% da área urbana, sendo constituída por:
Plano Municipal de Saneamento Básico
153
• 85,30 km de coletores (94,53% da rede), com diâmetros de 150 mm e 200 mm. Os coletores
são, quase em sua totalidade, constituídos por manilha de barro e uma pequena parte de
PVC ocre (0,60 km), isso localizado na avenida São Carlos, no bairro Jardim Vista Alegre;
• 1,24 km de interceptores (1,38% da rede), com diâmetros de 150 mm e 200 mm. Os
interceptores são, em sua totalidade, em manilha de barro;
• 3,70 km de emissários (4,10% da rede), com diâmetros de 200 mm, 400 mm e 600 mm. Os
emissários construídos com manilha de barro representam 33,48% (1,24 km) do total de
emissários e os construídos por manilha de concreto 66,52% (2,46 km).
No córrego Ponte Alta (Maria Mendes) são três pontos de lançamento, sendo este corpo d’água
enquadrado, perante o decreto nº. 10.755, de 22/11/1977, como classe 2, e um ponto de
lançamento no Córrego do Xavier, enquadrado pelo mesmo decreto como classe 4.
Os esgotos produzidos nos bairros Ponte Alta, Silvio Bevilacqua, Bela Vista, Nova Cerqueira,
Cerqueira, CECAP, Luis Ometto, Luis Ometto II, Distrito Industrial, Jardim São José, Jardim Santa
Terezinha, COHAB I, COHAB II, COHAB III, COHAB IV, Jardim Vista Alegre, Jardim Novo Américo e
Jardim Sacy são lançados no córrego Ponte Alta. Já o esgoto produzido no Centro, Jardim Américo,
Jardim Primavera, Jardim Planalto, Jardim Maria Luiza, Jardim Maria Luiza II, Jardim Paraíso, Jardim
Nossa Senhora das Graças e Sinhá Prado Guimarães são lançados no Córrego do Xavier.
A localização dos pontos de lançamento, bem como a área correspondente aos bairros atendidos
pela rede coletora de esgoto que neles são lançados, pode ser visualizada na Figura 9-1.
A rede de esgotamento sanitário, por ponto de lançamento nos corpos receptores, de Américo
Brasiliense pode ser conferida na Tabela 9-2.
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154
Tabela 9-2: Rede de esgotamento sanitário por ponto de lançamento
lançamento tipo diâmetro (mm) comprimento (km) material
coletor 150 53,05 tubo cerâmico
coletor 150 0,60 PVC ocre
coletor 200 1,39 tubo cerâmico
interceptor 150 - -
interceptor 200 0,36 tubo cerâmico
emissário 200 - -
emissário 400 0,86 tubo de concreto
LA-01
emissário 600 0,65 tubo de concreto
Subtotal 56,91
coletor 150 5,16 tubo cerâmico
coletor 200 - -
interceptor 150 - -
interceptor 200 - tubo cerâmico
emissário 200 0,71 tubo cerâmico
emissário 400 - -
LA-02
emissário 600 - -
Subtotal 5,87
coletor 150 6,50 tubo cerâmico
coletor 200 - -
interceptor 150 - -
interceptor 200 0,25 tubo cerâmico
emissário 200 0,53 tubo cerâmico
emissário 400 - -
LA-03
emissário 600 - -
Subtotal 7,28
coletor 150 18,60 tubo cerâmico
coletor 200 - -
interceptor 150 0,63 tubo cerâmico
interceptor 200 - -
emissário 200 -
emissário 400 0,95 tubo de concreto
LA-04
emissário 600 - -
Subtotal 20,18
Total 90,24
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155
Figura 9-1: Bacias de contribuição e pontos de lançamento de esgoto
Plano Municipal de Saneamento Básico
156
9.2. Volume de esgoto coletado
Foi realizada uma estimativa de produção de esgoto considerando a população urbana, estimada
para 2.011, de 34.413 habitantes e adotando os parâmetros indicados na Tabela 9-3.
Tabela 9-3: Parâmetros para estimativa de volume de esgoto coletado e lançado nos cursos de água
parâmetro valor
Consumo de água (L/hab. dia) 250
Taxa de infiltração (L/s.km) 0,02
Coeficiente de retorno - C 0,8
Coeficiente de máxima vazão diária (K1) 1,2
Coeficiente de máxima vazão horária (K2) 1,5
Os resultados dos cálculos desenvolvidos são apresentados na Tabela 9-4, evidenciando os valores
da vazão de lançamento de esgoto são incompatíveis com as vazões críticas (Q7,10) calculadas nos
pontos de lançamento de esgotos.
Tabela 9-4: Vazão de lançamento e vazão crítica nos pontos de lançamentos de esgoto
ponto de lançamento vazão lançada (m3/h) vazão crítica (Q7,10) (m3/h)
LA – 01 353,67 59,81
LA – 02 31,67 63,07
LA – 03 36,95 78,33
LA – 04 105,56 15,12
total 527,85 201,60
9.3. Sistema de afastamento de esgoto
A localização das áreas previstas para implantação de emissário de esgoto e ETE são indicadas na
Figura 9-2, tendo como corpo receptor final o córrego Ponta Alta, próximo ao limite com o município
de Santa Lúcia.
Para transportar todo o esgoto coletado até o local onde será construída a ETE, está prevista a
construção de:
1. Estação Elevatória de Esgoto – EEE, localizada na bacia do Córrego Xavier, com linha de
recalque para possibilitar a transposição do esgoto para a bacia do Córrego Ponte Alta até
o ponto de lançamento LA – 03; e
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157
2. Emissário por gravidade, enterrado, marginando a APP do Córrego Ponte Alta, com cerca de
1.500 m de tubos de concreto, diâmetro 600 mm, com duas travessias aéreas, e 16 poços de
visita DN 1200 mm, para reunir o esgoto de todos os atuais pontos de lançamento “in natura”
e transportar até a ETE.
Figura 9-2: Localização das áreas do emissário e da ETE
O valor previsto para elaboração do projeto e implantação da EEE Xavier é de R$ 350 mil, sendo
necessário ainda executar levantamento topográfico e sondagens, estudo de impacto florístico e
licenciamento ambiental.
Para a construção do emissário já foram realizados os serviços de topografia, sondagens de solo,
estudo de impacto florístico, obtenção de licença de passagem do proprietário da terra, licença
prévia e de instalação (CETESB) e outorga de travessia aérea (DAEE). O valor total orçado é de R$
1,2 milhão, sendo que a Prefeitura solicitou, em 2011, apoio ao FEHIDRO para executar um trecho
inicial de cerca de 500 m de extensão, orçado em R$ 250 mil.
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158
Com relação à compensação das intervenções em APP a Prefeitura assumiu a responsabilidade pelos
plantios e manutenção de 7.500 mudas de espécies nativas ao longo de 1.500 x 30 m de APP do
Córrego Ponte Alta e afluente, no prazo de 2 anos, e obteve autorização para remoção de árvores
isoladas que é reproduzida nas páginas seguintes.
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161
9.4. Projeto da estação de tratamento de esgoto - ETE
A ETE teve inicialmente projeto por sistema “australiano” contratado pelo “Programa Água Limpa”,
realizado em 2007-2008, pela empresa INTERPLAN Consultoria e Projetos S.A. O horizonte de
projeto considerado foi 2025 e a vazão média final é de 107,06 l/s, para a população de 46.740
habitantes.
Por meio do decreto nº 012 de 7 de março de 2008, a Prefeitura declarou de utilidade pública para
efeito de desapropriação amigável ou judicial uma gleba rural para construção da ETE.
A ETE seria constituída de 2 lagoas anaeróbias seguidas de 4 facultativas, com tratamento preliminar
completo (gradeamento, desarenação e medição de vazão) e sistema de desinfecção. A eficiência
esperada para sistema é de 82% em termos de remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO) (Figura 9-3).
O projeto não foi executado, pois não obteve aprovação junto à Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (CETESB), devido à eficiência projetada não atender o padrão de lançamento do corpo
receptor, que além de ser classe 2, possui vazão crítica muito reduzida.
Figura 9-3: Fluxograma do projeto da ETE, elaborado em 2007, com sistema de lagoas de estabilização
Plano Municipal de Saneamento Básico
162
Além de não ter recebido a licença de instalação o projeto com lagoas de estabilização apresentava
os seguintes inconvenientes:
1. A declividade média de 10% da área destinada à implantação da ETE não é adequada à
implantação de sistema de tratamento por lagoas de estabilização pelas seguintes razões:
• aumento do volume de serviços de terraplenagem;
• as sondagens indicaram pequena espessura de solo e a presença, em alguns locais, de
rocha em superfície, exigindo a importação de terra para construção de diques com
até 12 m de altura;
• necessidade de aplicar manta de impermeabilização para atender as exigências da
CETESB;
• baixo aproveitamento do terreno;
• necessidade de recalque dos esgotos pela a estação elevatória, conforme discutido no
item 1.
2. A adequação do projeto para o sistema por lagoas de estabilização para atender as
pendências de ordem técnica apontadas pela CETESB aumentaria significativamente o seu
custo de implantação, tendo em vista que o uso de lagoas de maturação para aumentar a
eficiência da ETE demandaria aproximadamente o dobro da área prevista de 250.000 m2;
3. A concepção do sistema de lagoas exigiria a realização do recalque de esgoto a 31,98 m de
desnível geométrico, envolvendo alto consumo de energia elétrica, o que não é compatível com
a alternativa de tratamento do esgoto por meio de lagoas de estabilização, onde se
preconiza a ausência do consumo de energia elétrica;
4. No sistema de lagoas ocorre emissão de gás metano para a atmosfera, comprometendo a
condições de ocupação das áreas vizinhas, além da emissão de altas concentrações de
cianobactérias no efluente final, vindo a comprometer gravemente a qualidade das águas do
corpo receptor;
5. A execução das lagoas está sujeita a maiores riscos de aumento do custo de implantação, em
função do subsolo da área de implantação, da qualidade das jazidas de solo para execução
dos diques das lagoas e principalmente em função de medidas para garantir a
impermeabilização.
Plano Municipal de Saneamento Básico
163
Em 2.009, a Prefeitura contratou a elaboração de um novo projeto baseado em tecnologia mais
avançada para o tratamento de esgotos, com desempenho ambiental superior ao do sistema por
lagoas de estabilização, cujo fluxograma é apresentado na Figura 9-4.
Figura 9-4: Fluxograma do projeto da ETE, elaborado em 2009, com reatores anaeróbios
As principais vantagens do novo projeto da ETE são:
1. Atendimento aos padrões de emissão e de qualidade vigentes (artigos 11 e 18 do
Regulamento da Lei nº 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual nº 8468/76, e artigos 15 e
34 da Resolução Conama nº 357/2005), com exceção dos parâmetros fósforo total e nitrato,
que poderão ser tratados em expansões futuras;
2. A estação elevatória para atingir a cota de entrada da ETE é significativamente reduzida;
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164
3. A planta de tratamento ficará confinada a uma área pequena (6.000 m2) e não gera odores
desagradáveis, facilitando sua eventual ampliação, por causar menor impacto paisagístico e
incômodo à vizinhança;
4. O sistema de reatores não utiliza equipamentos móveis internos e requer apenas um conjunto
mínimo de equipamentos eletromecânicos externos, correspondentes a peneira rotativa,
sopradores de ar, conjuntos motor-bomba de alimentação do reator e centrífuga;
5. O sistema de reatores possui baixo custo de operação e manutenção;
O custo de implantação desta nova concepção é da mesma ordem de grandeza do custo da
alternativa por lagoas de estabilização (após adequação do projeto original) e equivale a R$ 10,5
milhões (fev/2.011).
A concepção proposta para a ETE de Américo Brasiliense poderá garantir o atendimento aos padrões
de emissão e de qualidade vigentes (artigos 11 e 18 do Regulamento da Lei nº 997/76, aprovado
pelo Decreto Estadual nº 8468/76, e artigos 15 e 34 da Resolução Conama nº 357/2005), com
exceção dos parâmetros fósforo total e nitrato. O atendimento a estes parâmetros poderá ser feito
em etapa futura onde serão estudadas as seguintes alternativas:
• tratamento avançado com desnitrificação e remoção de fósforo;
• prolongamento do emissário final de esgoto tratado até ponto com maior vazão de
diluição do corpo receptor;
• redução da vazão de lançamento por meio de reuso de parcela do esgoto tratado.
O Projeto da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, de agosto de 2009, é de autoria do
engenheiro civil Antonio Carlos Sacilotto e prevê o tratamento do esgoto sanitário, com a vazão
média diária de 85,4 L/s, equivalente à população prevista para o ano de 2030 de 41.030
habitantes
O projeto prevê tratamento preliminar completo (gradeamento, desarenação e medição de vazão),
reator anaeróbio, com circulação de lodo, reator aeróbio com ar difuso, desagamento de lodos e
sistema de desinfecção, considerando os parâmetros apresentados na Tabela 7-2.
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Tabela 9-5: Parâmetros de projeto da ETE de esgoto bruto e tratado
parâmetro unidade ano 2.030
Concentração de DBO – Esgoto bruto mg/l 330
Concentração de Nitrogênio Amoniacal – Esgoto bruto mg/l 48,8
Concentração de fósforo – Esgoto bruto mg/l 8,5
Concentração de coliformes fecais – Esgoto bruto NMP/100 ml 106
Concentração de DBO – Esgoto tratado mg/l 30
Concentração de Nitrogênio Amoniacal – Esgoto tratado mg/l 5
Concentração de fósforo – Esgoto tratado mg/l 4,0
Concentração de coliformes fecais – Esgoto tratado NMP/100 ml 103
9.5. Licenças ambientais e outorgas para implantação da ETE
Submetido à apreciação dos órgãos ambientais (CETESB e DAEE) o novo projeto da ETE recebeu
aprovação, com a emissão de LP e LI e outorgas de implantação e de lançamento, apresentadas nas
páginas seguintes.
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9.6. Custo operacional previsto da ETE
O custo operacional da planta de tratamento de esgotos por processo UASB seguido por lodos
ativados, com remoção de DBO5,20 de 90%, desinfecção e desaguamento do lodo, corresponde a R$
0,171 / m3 de esgoto.
As cargas hidráulicas e orgânicas médias consideradas nesta análise de custos operacionais
correspondem à:
• Carga orgânica afluente: 2.524 kg DBO5,20/dia (75.720 kg DBO5,20/mês)
• Carga hidráulica afluente: 7.659 m3/dia (229.770 m3/mês)
A Tabela 9-6 apresenta um resumo dos custos operacionais considerados.
Tabela 9-6: Estimativa de custo operacional da ETE por UASB e lodos ativados
itens de custos diretos valor (R$/mês)
energia elétrica 15.048,00
gerenciamento de resíduos 7.191,32
manutenção e depreciação de equipamentos 2.420,83
mão de obra 6.720,00
insumos e materiais de consumo 7.820,45
total 39.200,60
9.7. Aproveitamento da área remanescente da ETE
A adquirida pela Prefeitura Municipal possui cerca de 250.000 m2, e com a mudança da tecnologia
será utilizada uma área de apenas 5.000 m2 para construção de uma ETE compacta. A área
remanescente deverá ser utilizada para uma central de recuperação de resíduos e educação
ambiental, baseadas em diretrizes de sustentabilidade, prevendo o uso dos gases gerados pela ETE e
o reuso do efluente tratado.
Os usos que estão projetados para a área remanescente da ETE são:
1. Centro de Educação Ambiental contendo: recepção, biblioteca, sala de leitura, salas de
aula, laboratório, auditório, sanitários e copa;
2. Viveiro e bosque educativos para produção de mudas de espécie nativas com sistema de
irrigação abastecido com água de reuso;
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3. Unidade de compostagem alimentada com resíduos de varrição, podas e manutenção de
praças;
4. Parque Eco Industrial composto por galpão para triagem dos materiais recicláveis, com
sanitários e refeitório, prensa e esteira;
5. Unidade de processamento de óleo de cozinha para a fabricação artesanal de sabão;
6. Galpão para guarda temporária de pneus e outros materiais descartados;
7. Área de transbordo e triagem de resíduos da construção e demolição.
9.8. Diagnóstico operacional do SES
O sistema de esgotamento sanitário de Américo Brasiliense apresenta muitas deficiências
operacionais, sendo consideradas de maior relevância as seguintes:
1. as chácaras e parcelamentos de terra informais não são atendidas por rede de esgoto, e
são dotadas em alguns casos de fossas negras;
2. a rede coletora é composta majoritariamente por tubos cerâmicos que se encontram
deteriorados nos bairros mais antigos, causando constantes problemas de obstrução e
extravasamento;
3. os interceptores encontram-se sobrecarregados e deverão ser remanejados após
levantamento topográfico e redimensionamento;
4. os PV´s construídos em alvenaria no bairro São José, encontram-se instáveis e o colapso e
desmoronamento das paredes causa obstruções de difícil reparo;
5. alguns pontos de lançamento de esgoto “in natura” se encontram dentro ou próximo ao
perímetro urbano criando sérios riscos de saúde à população;
6. a grande quantidade de lançamentos de água pluvial na rede coletora de esgoto causa
obstruções e extravasamentos;
7. o DAEMA não possui equipamento do tipo bomba de alta pressão para desobstrução da
rede de esgoto;
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8. algumas empresas que geram efluentes fazem o lançamento na rede de esgoto sem
tratamento prévio, causando sobrecarga de poluentes; e
9. não existe programa de controle de animais sinantrópicos na rede de esgoto.