Web 1.0 â 4.0

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UniversidadeLúsiada deAngola NovasTecnologias 1

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Atualmente, a web é um universo em crescimento de páginas e de aplicativos da web interligados, além de vídeos, fotos e conteúdo interativo. O que o usuário comum não percebe é a interação de tecnologias da web e navegadores que possibilita tudo isso.Com o tempo, as tecnologias da web evoluíram para proporcionar aos desenvolvedores da web a capacidade de criar novas gerações de experiências da web úteis e imersivas. A web atual é resultado dos esforços contínuos de uma comunidade da web aberta que ajuda a definir essas tecnologias da web, como HTML5, CSS3 e WebGL, e a garantir que elas sejam suportadas em todos os navegadores da web.

Transcript of Web 1.0 â 4.0

SumrioIntroduo3Desenvolvimento4Histria a origem da Internet.4A criao da World Wide Web6A chegada dos padres web7A formao da W3C7O Projeto Padres Web8popularizao dos padres web8Web 1.010Web 2.011Principais diferenas entre a web 1.0 e a web 2.013Web 3.014Web 4.017Web Semntica18A Web Semntica: algumas caractersticas19Consideraes Finais.21Bibliografia22

Introduo

Atualmente, a web um universo em crescimento de pginas e de aplicativos da web interligados, alm de vdeos, fotos e contedo interativo. O que o usurio comum no percebe a interao de tecnologias da web e navegadores que possibilita tudo isso.Com o tempo, as tecnologias da web evoluram para proporcionar aos desenvolvedores da web a capacidade de criar novas geraes de experincias da web teis e imersivas. A web atual resultado dos esforos contnuos de uma comunidade da web aberta que ajuda a definir essas tecnologias da web, como HTML5, CSS3 e WebGL, e a garantir que elas sejam suportadas em todos os navegadores da web.

Desenvolvimento

Histria a origem da Internet.

No final de Outubro de 1957 ocorreu um evento que iria mudar o mundo. A Unio Sovitica lanou com sucesso o primeiro satlite na rbita da Terra. Chamado Sputnik 1, ele chocou o planeta especialmente os Estados Unidos, que tinha seu prprio programa de lanamento de satlites, mas ainda no havia lanado.Este evento levou diretamente criao da ARPA (Agncia de Projetos de Pesquisa Avanada) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, devido a uma reconhecida necessidade de uma organizao que possa pesquisar e desenvolver ideias e tecnologia avanada para alm das necessidades identificadas atualmente. Talvez o seu mais famoso projeto (certamente o mais amplamente utilizado) foi a criao da Internet.Em 1960, o psiclogo e cientista de computao Joseph Licklider publicou um documento intitulado Relao Homem-Computador, que articulava a ideia de computadores em rede fornecendo armazenamento e consulta de informaes. Em 1962, ao mesmo tempo em que trabalhava para a ARPA como o chefe do escritrio de processamento de informao, ele formou um grupo para futuramente fazer pesquisas com computadores, mas deixou o grupo antes que qualquer trabalho sobre a ideia tenha sido feito.O plano para esta rede de computadores (chamada ARPANET) foi apresentado em Outubro de 1967, e em Dezembro de 1969 a primeira rede de quatro computadores estava pronta e funcionando. O grande problema em criar uma rede era como conectar redes fsicas separadas sem que as ligaes aumentem os recursos de rede para links constantes. A tcnica que solucionou este problema conhecida como troca de pacotes e envolve requisies de dados sendo divididos em pequenos pedados (pacotes), que podem ser processados rapidamente sem bloquear a comunicao de outras partes este princpio ainda usado para o funcionamento da Internet hoje.Este conceito recebeu grande adoo, com o surgimento de vrias outras redes usado a mesma tcnica de troca de pacotes por exemplo, X.25 (desenvolvida pela Unio Internacional de Telecomunicaes) formou as bases da primeira rede universitria do Reino Unido JANET (Conjunto de rede acadmica),permitindo todas as universidades britnicas a enviarem e receberem arquivos e emails, e a rede pblica americana CompuServe (um empreendimento comercial permitindo pequenas empresas e indivduos a cessarem recursos computacionais por um tempo compartilhado, e depois acesso Internet). Estas redes apesar de terem muitas conexes, foram mais redes privadas que a Internet de hoje.A proliferao de diferentes protocolos de rede logo se tornou um problema, quando se tentava fazer todas as redes separadas se comunicarem. Havia uma soluo vista no entanto Robert Kahn, enquanto trabalhava em um projeto de pacotes de rede de satlite para a ARPA, comeou a definir algumas regras para uma arquitetura de rede mais aberta para substituir o protocolo atual usado na ARPANET. Depois, com a chegada de Vinton Cerf da Universidade de Stanford, os dois criaram um sistema que mascara a diferena entre os protocolos de rede usando um novo padro. Na publicao do rascunho da especificao em Dezembro de 1974, eles o chamaram de Internet Transmission Control Program (Programa de Controle de Transmisso Entreredes).Esta especificao reduziu o papel da rede e moveu a responsabilidade de manter a integridade da transmisso para o computador servidor. O resultado final disto foi que ela tornou possvel acessar com facilidade quase todas as redes simultaneamente. A ARPA financiou o desenvolvimento do software, e em 1977 foi conduzida uma demonstrao de uma comunicao entre trs redes diferentes. Em 1981, a especificao foi finalizada, publicada e adotada; e em 1982 as conexes da ARPANET para fora dos EUA foram convertidas para usar o novo protocolo TCP/IP. Foi a chegada da Internet como ns conhecemos.

A criao da World Wide Web

O Gopher foi um sistema de recuperao de informao usado no incio dos anos 90, oferecendo um mtodo de entrega de menus de links para arquivos, recursos de computadores e outros menus. Estes menus puderam atravessar as fronteiras da computao atual e usar a Internet para obter menus de outros sistemas. Eles foram muito populares com universidades que buscavam oferecer informao dentro do campus e grandes empresas procurando centralizar o armazenamento e gerenciamento de documentos.O Gopher foi criado pela Universidade de Minnesota. Em Fevereiro de 1993, ela anunciou que comearia a cobrar taxas de licena pelo uso de sua referncia de implementao do servidor Gopher. Como consequncia, muitas empresas comearam a buscar alternativas ao Gopher.A Organizao Europeia para Investigao Nuclear (CERN), na Suia, tinha uma alternativa. Tim Berners-Lee estava trabalhando em um sistema de gerenciamento de informao, no qual o texto poderia conter links e referncias para outros trabalhos, permitindo o leitor a pular rapidamente de um documento para outro. Ele havia criado um servidor para publicar este tipo de documento (chamado hipertexto) bem como um programa para l-lo, que ele havia chamado de WorldWideWeb. Este software foi lanado em 1991, entretanto, ele teve dois eventos que causaram sua exploso em popularidade e a eventual substituio do Gopher.Em 20 de Abril de 1993 o CERN lanou o cdigo-fonte do WorldWideWeb em domnio pblico, ento qualquer um poderia usar ou construir algo sobre o software sem nenhuma taxa.Ento, mais tarde no mesmo ano, o Centro Nacional de Aplicaes de Supercomputao (NCSA) lanou um programa que combinava um navegador web e um cliente Gopher, chamado Mosaic. Ele estava disponvel originalmente apenas para mquinas Unix e em forma de cdigo-fonte, mas em Dezembro de 1993 saiu uma nova verso do Mosaic que podia ser instalada em Apple Macintosh e Microsoft Windows. O Mosaic viu sua popularidade aumentar rapidamente, e junto com ele a Web.

O nmero de navegadores disponveis aumentou drasticamente, muitos criados por projetos de pesquisa em universidades e empresas, como a Telenor (uma empresa de comunicaes Noroeguesa), que criou a primeira verso do navegador Opera em 1994.A chegada dos padres web

Durante a guerra dos navegadores, Microsoft e Netscape estiveram focadas em implementar novas funes em vez de consertar os problemas com as funes j suportadas, e adicionaram funes proprietrias e criaram funes que competiam diretamente com funes existentes no outro navegador, mas implementadas de uma forma incompatvel.A esta altura, os desenvolvedores eram forados a lidar com o crescente aumento do nvel de confuso enquanto tentavam criar web sites, as vezes chegando ao ponto de construir dois sites diferentes para os navegadores principais, e outras vezes escolhendo suportar apenas um navegador, e bloqueando os outros de usarem seus sites. Esta era uma maneira terrvel de trabalhar, e o recuo dos desenvolvedores no foi muito longe.A formao da W3C

Em 1994, Tim Berners-Lee fundou o World Wide Web Consortium (W3C), no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, com suporte do CERN, DARPA (como foi renomeada a ARPA) e da Comisso Europeia. A viso da W3C era a de padronizar os protocolos e tecnologias usados para criar a web de modo que o contedo possa ser acessado largamente pela populao mundial tanto quanto o possvel.Durante os prximas anos, o W3C publicou vrias especificaes (chamadas recomendaes) incluindo o HTML, o formato de imagens PNG, e as Folhas de Estilo em Cascata verses 1 e 2.Entretanto, a W3C no obriga ningum a seguir suas recomendaes. Os fabricantes precisam adotar os documentos da W3C apenas se eles quiserem etiquetar que seus produtos como complacentes com a W3C. Na prtica, isto no tem muito valor mercadologicamente j que a maioria dos usurios da web no sabem, nem provavelmente se importam com, quem a W3C. Em consequncia disto, a guerra dos navegadores continuou inabalvel.

O Projeto Padres Web

Em 1998, o mercado de navegadores era dominado pelo Internet Explorer 4 e o Netscape Navigator 4. Uma verso beta do Internet Explorer 5 foi lanada, e ela implementava um novo e proprietrio HTML dinmico. Isto significava que os desenvolvedores web profissionais deveriam saber cinco maneiras diferentes de escrever JavaScript.Como resultado, um grupo de desenvolvedores web e web designers profissionais se uniu. Este grupo se auto-denominou como Projeto Padres Web (ou Web Standards Project - WaSP). A idia era que chamando os documentos da W3C de padres, em vez de recomendaes, eles poderiam convencer a Microsoft e a Netscape a suport-los.

Popularizao dos padres web

Em 2000, a Microsoft lanou o Internet Explorer 5 para Macintosh. Este foi um marco muito importante, ele se tornou o navegador padro instalado no Mac OS nesse momento, e teve um razovel suporte s recomendaes da W3C tambm. Juntamente com o suporte decente do Opera para CSS e HTML, isto contribuiu para um momento geral positivo, em que desenvolvedores e web designers se sentiram confortveis projetando sites usando padres web pela primeira vez.O WaSP persuadiu a Netscape a adiar o lanamento da verso 5.0 do Netscape Nativagor at que ele esteja mais complacente (este trabalho formou a base do que hoje o Firefox, um navegador muito popular). O WaSP tambm criou uma Fora-tarefa para o Dreamweaver, para encorajar a Macromedia a mudar sua popular ferramente de desenvolvimento para estimular e suportar a criao de sites complacentes.O popular site de desenvolvimento web A List Apart foi refeito no incio de 2001 e num artigo descrevendo como e por que, afirmou:Em seis meses, um ano, ou dois anos no mximo, todos os sites sero refeitos com estas normas. [] Ns podemos ver nossos conhecimentos se tornando obsoletos, ou comear agora a aprender as tcnicas baseadas nos padres.Isso foi um pouco otimista nem todos os sites, mesmo em 2008, so feitos com padres web. Mas muitas pessoas ouviram. Navegadores antigos perderam parte do mercado, e mais dois grandes sites foram refeitos usando os padres web: Revista Wired em 2002, e ESPN em 2003 se tornaram lderes na rea de suporte aos padres web e novas tcnicas.Tambm em 2003, Dave Shea lanou um site chamado CSS Zen Garden. Este deve ter tido mais impacto aos profissionais web do que qualquer outra coisa, porque demonstrou verdadeiramente que o design inteiro pode mudar apenas alterando o estilo da pgina; o contedo pode permanecer idntico.Desde ento na comunidade de desenvolvedores web profissionais os padres web se tornaram obrigatrios. E nesta srie, ns vamos lhe dar uma excelente base nessas tcnicas para que ento voc possa desenvolver sites mais limpos, semnticos, acessveis e complacentes com os padres como as grandes empresas.

Web 1.0

Foi criada num projeto ultra secreto do governo dos estados unidos para servir como um meio de comunicao interna entre os exrcitos dos Estados Unidos somente nos anos 90 podemos usufruir da web 1.0. mesmo assim era muito restrito s mais universidade e centros de pesquisas os que mais usavam os servios da web 1.0 A web 1.0 considerada como esttica, sendo que seus contedos no podem ser alterados pelos usurios (utilizadores) finais. Todo o contedo da pgina somente leitura, por isso o termo esttico. Na web 1.0, no existia a interatividade do usurio com a pgina, onde somente o webmaster ou o programador pode realizar alteraes ou atualizaes da pgina.Foi a primeira gerao de internet comercial. Seu grande era a quantidade de informaes disponveis , o usurio ficava no papel de mero espectador da ao que se passava na pagina que ele visitava.J existiam hiperlinks mais os aplicativos da web eram fechados. Mximo numero de usurios conectados na web 1.0 45 milhes de usurios em 1996.

Web 2.0

Web 2.0 um termo usado para designar uma segunda gerao de comunidades e servios, tendo como conceito a Web e atravs de aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informao. Web 2.0 foi criada em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media.A web 2.0, destaca-se por ser dinmica, ao contrrio da web 1.0 que esttica. Referindo-se web 2.0, dinmico indica a interatividade e participao do usurio final com a estrutura e contedo da pgina. Nela, o usurio final pode postar comentrios, enviar imagens, compartilhar arquivos e fazer milhares de outras coisas que a web 1.0 no permitia. Outra grande mudana entre a web 1.0 e a web 2.0 foi que o usurio diminuiu a taxa de download e aumentou a de upload, o que indica que o usurio est interagindo mais com a web e trocando mais informaes por compartilhamento.

A ideia da Web 2.0 tornar o ambiente on-line mais dinmico e fazer com que os usurios colaborem para a organizao de contedo. Dentro desse contexto a Wikipedia faz parte dessa nova gerao, alm de diversos servios on-line interligados, como oferecido pelo Windows Live, que integra ferramentas de busca, e-mail, comunicador instantneo, programas de segurana, e etc.

A Web 2 chamada de Web participativa ou colaborativa.A sua essncia permitir que os usurios sejam mais que meros espectadores eles agora so parte do espetculo.Os melhores sites so ferramentas para que os internautas gerem contedo, criem comunidades e interajam.Construo coletiva do conhecimento. difcil lidar com o excesso de informao intil.Na web 2.0 os softwares funcionam pela internet, no somente instalados no computador local, de forma que vrios programas podem se integrar formando uma grande plataforma. Os programas so corrigidos, alterados e melhorados o tempo todo, e o usurio participa deste processo dando sugestes, reportando os erros e aproveitando as melhorias constantes.Na web 2.0 os programas so abertos, ou seja, uma parte do programa pode ser utilizada por qualquer pessoa para criar outro programa.Na web 2.0 teve mais de 1 bilho de usurios conectados em 2006.Podes dizer que na web 2.0 a internet deixou de ser um ambiente chato , para um ambiente onde o contedo gerado no vem s de centros de pesquisas e de universidade mas sim de todos ns com frum de discusses , blogs e redes sociais todos podem ter um espao na rede na web 2.0.

Principais diferenas entre a web 1.0 e a web 2.0

Web 3.0

A Web 3.0 a terceira gerao da Internet. Esta nova gerao prev que os contedos online estaro organizados de forma semntica, muito mais personalizados para cada internauta, sites e aplicaes inteligentes e publicidade baseada nas pesquisas e nos comportamentos. Esta nova Web tambm pode ser chamada de "A Web Inteligente".O termos Web 3.0, atribudo ao jornalista John Markoff do New York Times, uma evoluo do termo Web 2.0 que foi criado por Tim O'Reilly durante a conferncia O'Reilly Media Web em 2004.Numa altura em que a Web 2.0 j se estabeleceu na vida dos internautas, que diariamente frequentam redes sociais como o Facebook e o Twitter, est na hora de abrir as portas Web 3.0, o passo seguinte da evoluo tecnolgica num mundo em que as mquinas se aproximam cada vez mais do universo da inteligncia artificial.No comeo era a Internet de primeira gerao, dos motores de busca simplistas e dos emails, conceitos j de si revolucionrios para quem toda a vida esteve dependente de bibliotecas, correios e telefones. Depois tudo mudou. A World Wide Web popularizou-se mundialmente e evoluiu num nanossegundo da Histria, comparativamente com o tempo de penetrao da maioria dos outros inventos humanos at data. Transformou-se na Web 2.0, a da computao social, dos chats em tempo real e das redes de amizade, do cruzamento de informaes, da comunicao e da colaborao, das contribuies para a Wikipdia e dos mundos virtuais. Nos ltimos cinco anos tem sido este o paradigma da web.Na terceira fase que se adivinha para a Net a da Web 3.0, tambm chamada de Web semntica, embora este sinnimo entre as duas ideias, forjado pelo pai da Web, Tim Berners-Lee, no esteja livre de polmica pretende-se que a Rede organize e faa um uso ainda mais inteligente do conhecimento j disponibilizado online.A Web 3.0 serve-se de software que vai aprendendo com o contedo que apanha na Internet, que analisa a popularidade desse contedo e chega a concluses. Em vez de ter as pessoas a refinar os termos da pesquisa, a Web 3.0 ser capaz de o fazer sozinha, aproximando-se do mundo da inteligncia artificial.

Fazendo uma analogia simples: a diferena entre a Web 2.0 e a Web 3.0 a diferena entre ter algum que se limite a elencar todos os restaurantes aos quais poderei ir jantar hoje - desconhecendo que alguns desses restaurantes estaro fechados ou onde podero servir comida que a mim, em particular, no me agrada -, e ter algum a dizer-me exactamente onde que eu posso ir comer, sabendo partida qual a minha localizao geogrfica, qual a hora que me mais conveniente e quais as minhas preferncias gastronmicas.Em resumo: a diferena entre a Web 2.0 e a Web 3.0 a diferena entre obter uma lista de respostas e uma soluo concreta e personalizada para uma pergunta. a diferena entre a sintaxe e a semntica. A Web semntica uma extenso da actual Internet na qual dado significado informao, permitindo que computadores e pessoas trabalhem melhor em cooperao. Foi assim que o prprio inventor da Web, Tim Berners-Lee, e Eric Miller a definiram, em Outubro de 2002. Numa outra analogia, includa num artigo de opinio da revista norte-americana Adweek, o modelo dos aparelhos existentes no mercado para gravar contedos televisivos (disponibilizados em Portugal pela Meo e pela Zon, e que, nos EUA, tm um homnimo mais abrangente, o TiVo) ajuda a explicar a maneira como funciona a Web 3.0. Se algum tiver um interesse particular pelo actor George Clooney, o TiVo pode ser programado para gravar tudo o que passar na televiso sobre ele. No apenas filmes: sries, publicidade, biografias, entrevistas e toda a espcie de contedos relacionados com o actor. isto que faz a Web 3.0: estreita a pesquisa e tenta dar ao o utilizador o que este realmente quer. E aqui poder bater a polmica desta ferramenta, que ajuda a anular a casualidade. Perde-se o efeito-surpresa.

Motores de busca so o corolrio da Web 3.0

A Web 3.0 a viso de uma era em que os motores de busca no se limitam a recolher e apresentar os dados que andam dispersos pela Internet, mas antes so capazes de mastigar essa informao e produzir respostas concretas.

O motor de busca Wolfram Alpha criado pelo cientista britnico Stephen Wolfram pode ser um dos primeiros marcos desta nova Web 3.0. Aquilo que o site faz dar uma resposta, em vez de remeter para potenciais respostas. Depois de feita uma pergunta ao Wolfram Alpha, o sistema processa as respostas recolhendo dados de vrias pginas e bases que contenham unicamente informao relevante para essa pergunta em concreto. Este projecto, que h muito vinha a gerar algum hype na blogosfera especializada, foi oficialmente apresentado a 30 de Abril na Universidade de Harvard (EUA) e est em funcionamento desde o dia 18 de Maio.

A Microsoft tambm j anunciou o seu novo motor de busca, o Bing, com o qual espera fazer concorrncia hegemonia do Google. A ideia que a Microsft tem sublinhado nas apresentaes do Bing que no se trata apenas de um motor de pesquisa, mas, antes, de um motor de deciso (decision engine o termo usado pela multinacional americana).

Simultaneamente, a Google j lanou, embora ainda em fase experimental, o Google Squared, com o mesmo objetivo de responder a perguntas concretas dos internautas, filtrando e interpretando os resultados. O Squared extrai informao da Web e apresenta os dados de forma estruturada, em tabelas.

Para que esta Web semntica venha a produzir resultados preciso que se massifique o uso de software e linguagens informticas especficas, a fim de que seja produzido mais contedo que as mquinas possam usar e que lhes permitam chegar a concluses e no apenas a resultados com base em palavras-chave. O caminho j est aberto.

Web 4.0

Trata-se de deixar a web mais inteligente utilizando recursos da IA;O Crescimento da comunicao sem fio com a possibilidade de acesso de qualquer lugar do mundo, a qualquer momento e em tempo real. Nesta fase destaca-se a criao dos GPS com seus sensores de localizao, a internet mvel e etc..Segundo Seth Godin, ser como um gigantesco SO inteligente e dinmico, que ir suportar as interaes dos indivduos, utilizando os dados disponveis, instantneos ou histricos, para propor ou suportar a tomada de deciso.

Web Semntica

Web Semntica se caracteriza principalmente pelo estabelecimento de padres tecnolgicos e ferramentas que possibilitaro a criao de novos ambientes informacionais e a efetivao da Web 3.0. Para melhor entendimento das diferenas e relaes entre a Web 2.0, a Web Semntica e a Web 3.0, atente-se para a figura a seguir: importante perceber nesta figura a relao entre a Web 2.0, a Web 3.0 e Web Semntica. Da linda traada entre os dois eixos e encaminhando para a parte superior no eixo vertical, denominado de Semantics of Information Connections, Semntica de Conexes de Informao vem-se claramente as ferramentas e tecnologias desenvolvidas para a estruturao da Web. Entre a gerao ou a evoluo da Web 2.0 para a Web 3.0 est a Web Semntica, no como um novo tipo de Web entre elas, mas como uma extenso da Web que dar estruturao aos dados e suporte tecnolgico para a aplicao de outras ferramentas e criao de novos ambientes informacionais propostos na Web 3.0.

Analisando o eixo horizontal, denominado Semantics of Social Connections, Semntica de Conexes Sociais, percebem-se os ambientes informacionais originados da implantao das tecnologias aplicadas na Web 2.0, na Web Semntica e na Web 3.0. Assim, a partir da anlise da Figura 1, pode-se considerar que a Web 3.0 no se constitui como a Web Semntica, sendo esta a denominao dada para a estrutura tecnolgica criada para estabelecer maior nvel semntico aos dados; seu funcionamento envolve a implantao de ferramentas tecnolgicas e mtodos de representao da informao para o estabelecimento de raciocnio sobre os dados e, a partir da, facilitar a recuperao e a construo de ambientes inteligentes. J a Web 3.0 se constitui como uma denominao para um perodo de evoluo da Web marcado pela criao de ambientes informacionais altamente especializados e que s funcionaro efetivamente a partir da implantao da estrutura da Web Semntica.

Sendo assim, percebe-se que a Web 3.0 s poder se efetivar a partir da implantao de uma estrutura tecnolgica anterior, proporcionada pela Web Semntica e para melhor entendimento dessa relao e da diferena entre ambas, apresentam-se a seguir as principais caractersticas da denominada Web Semntica.

A Web Semntica: algumas caractersticas

Recuperar as informaes na Web de modo eficiente e preciso a finalidade de toda ferramenta de busca. Contudo, os robs de busca no interpretam palavras em um determinado contexto, portanto, no conseguem entender o significado do contedo de um recurso informacional. Santarm Segundo e Vidotti (2003, p. 3) apontam que:

Deste modo, a Web Semntica foi idealizada no intuito de instituir maior nvel semntico aos recursos informacionais disponibilizados, por meio de ferramentas capazes de interpretar e distinguir o sentido das palavras em um contexto e, assim, tornar a recuperao mais eficiente. A Web Semntica prope-se estruturar e contextualizar semanticamente os dados representados no intuito de eliminar ou diminuir os problemas de recuperao, e para isso apresenta uma estrutura com ferramentas tecnolgicas que possibilitaro a compreenso e o gerenciamento do contedo dos recursos, bem como o processamento e troca de informaes com outros programas (Bernes-Lee, Hendler, Lassila, 2001; Cunha, 2002; Moura, 2002). Assim, pode-se dizer que:

a Web Semntica seria uma extenso da Web atual que apresentaria recursos informacionais melhor estruturados e representados, ou seja, o contedo informacional destes recursos seriam melhor explicitados e definidos semanticamente, formando uma rede de informaes conectadas que por meio de ferramentas tecnolgicas, tais como os agentes de software, proporcionaria uma melhor recuperao de informao. (Alves, 2005, p. 28).

Consideraes Finais.

Presencia-se nos ltimos tempos o crescimento de novos ambientes informacionais surgidos na Web. Essa realidade marca a evoluo pela qual a Web vem passando a caminho de um futuro caracterizado pelo uso de tecnologias cada vez mais especializadas e ambientes informacionais dinmicos, interativos e colaborativos.

Contudo, a criao efetiva desses ambientes informacionais depender exclusivamente do desenvolvimento e aplicao de ferramentas e tecnologias que garantam maior estruturao e representao dos recursos. Nesse sentido, a Web Semntica se apresenta com uma etapa importante para que possa ser atingida a construo de uma Webinteligente. Consequentemente, a meta dados se constituem como uma ferramenta importante para a representao informacional no s na Web Semntica, mas tambm nos ambientes informacionais almejados pela Web 2.0 e pela Web 3.0.

Assim, a tendncia que diferentes padres de meta dados coexistam em diversos ambientes, necessitando de ferramentas que garantam a interoperabilidade dos dados; ou ainda diferentes nveis de meta dados em um nico ambiente informacional, criando uma representao informacional por camadas: a camada de meta dados simples, elaborada por usurios leigos; a camada de meta dados estruturados, elaborada por usurios com um pouco de conhecimento sobre representao informacional; e a camada de meta dados ricos, elaborada por profissionais da informao capacitados para fornecer uma representao detalhada do recurso, com base em esquemas e modelos conceituais especficos.

Embora os caminhos a serem seguidos para o desenvolvimento das futuras geraes da Web ainda paream obscuros, pode-se considerar a Web Semntica uma estrutura fundamental para o desenvolvimento e efetivao da Web 2.0 e da Web 3.0, bem como os meta dados que se caracterizam como elementos que proporcionam os parmetros para a modelagem dos bancos de dados e dos catlogos nas futuras geraes da Web.

Bibliografia

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