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SEMIO IV – Febre Prof. Filipe Martins de Mello CASO CLÍNICO 2 Id: F.R., 56 a., masculino, branco, pescador, natural de Itajaí, procedente de Itajaí, católico, divorciado, 2 filhos QP: “Falta de ar” HDA: Há 7 dias iniciou com quadro de coriza, dor de garganta e febre (37,7-38 o C) em picos que aconteciam em qualquer horário do dia. Junto com a febre, apresentava mialgia, cefaléia e astenia. Nos intervalos entre os picos febris, sentia-se melhor. Também há 7 dias, apresenta tosse, inicialmente seca, mas que foi progredindo com expectoração progressivamente mais abundante e amarelada, inclusive um episódio com raias de sangue no escarro ontem. Há 3 dias, passou a ter febre mais alta (até 39 o C) com calafrios e também dispnéia mesmo em repouso. Apresentou um episódio de desmaio na sala de espera do PS e precisou ser carregado de maca para o atendimento. ** História colhida com acompanhante (filho). ISDAS: -Olhos: refere hiperemia conjuntival bilateral no início do quadro, mas que já cedeu. Nega perda de acuidade visual e secreção. -Pescoço: nega linfadenomegalias -Cardiovasc: nega palpitação e dor precordial -TGI: refere inapetência, náuseas nos ultimos 3 dias. Nega alteração do hábito intestinal. -TGU: nega disúria, hematúria, descarga uretral. Refere redução do volume urinário no último dia. -Pele: sem alterações -Neuro: perda de consciência logo antes do atendimento

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SEMIO IV – FebreProf. Filipe Martins de Mello

CASO CLÍNICO 2

Id: F.R., 56 a., masculino, branco, pescador, natural de Itajaí, procedente de Itajaí, católico, divorciado, 2 filhos

QP: “Falta de ar”

HDA: Há 7 dias iniciou com quadro de coriza, dor de garganta e febre (37,7-38oC) em picos que aconteciam em qualquer horário do dia. Junto com a febre, apresentava mialgia, cefaléia e astenia. Nos intervalos entre os picos febris, sentia-se melhor. Também há 7 dias, apresenta tosse, inicialmente seca, mas que foi progredindo com expectoração progressivamente mais abundante e amarelada, inclusive um episódio com raias de sangue no escarro ontem. Há 3 dias, passou a ter febre mais alta (até 39oC) com calafrios e também dispnéia mesmo em repouso. Apresentou um episódio de desmaio na sala de espera do PS e precisou ser carregado de maca para o atendimento.

** História colhida com acompanhante (filho).

ISDAS:-Olhos: refere hiperemia conjuntival bilateral no início do quadro, mas que já cedeu. Nega perda de acuidade visual e secreção. -Pescoço: nega linfadenomegalias-Cardiovasc: nega palpitação e dor precordial-TGI: refere inapetência, náuseas nos ultimos 3 dias. Nega alteração do hábito intestinal.-TGU: nega disúria, hematúria, descarga uretral. Refere redução do volume urinário no último dia.-Pele: sem alterações-Neuro: perda de consciência logo antes do atendimento

HMP: portador de DPOC, faz uso de medicações inalatórias, refere 2 internações prévias por “gripes não curadas. Nega outras comorbidades. Refere colecistectomia há 6 anos.

HMF: Pai falecido de bronquite. Mãe hipertensa e diabética, faleceu de doença cardíaca (sic). Filhos saudáveis.

HFS: Tabagista (60 maços.ano). Mora em casa de alvenaria com esgoto tratado. Nega etilismo e uso de drogas ilícitas. Não tem animais em casa. Nega viagens recentes.

EF: MEG, descorado, desidratado ++/4, taquidispnéico, febril (38,7oC), anictérico, cianótico, eutrófico, TEC > 3 seg

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Neuro: nuca livre, sonolento, confuso, GCS 12Pescoço: sem linfadenomegaliasAC: RCR 2T BNF (FC: 120)AP: MV diminuído difusamente com estertores crepitantes em base D e roncos difusosAbd: plano, RHA +, depressível, indolor à palpação sem massas ou visceromegaliasOA: sem artrite

-Qual a hipótese diagnóstica etiológica principal?-Que dados apontam para essa hipótese?-Qual a complicação que provavelmente está ocorrendo?