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ANNO XVII

i i iiiiiiinnill irlfilIIIlíllIWiI1 IIi1 IWVBhBIlllWlíri-IPTMnffili¦«mnIIT— itit tt—

UIO DE JANEIRO, 24 DE JANEIRO DE 1914

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NUM. 1579

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**V^A// ===== SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO ^^ í- 7 .---¦

X» ]9BBÍK« AVll.SO -- «©© réis(i'"''*j*v*i.l

Redacção, escriptorio e officinas ¦*¦ Rua do Hospício N. 218 *•• Telephone N. 3515

^^?*V. /\ X*\ m «_^^__lHi_h £ < "" . I // 'OsA

-Meu marido está crente de que vim no Rio'para cuidar de minha mãi enferma,

Mando-lhe dizer que a velha está peor e elle ficará bem satisfeito. . . c eu também.

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceuíico e chimico JOÍO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Única que cura a "Syphilis"

Vende-se em tortas as ptai-macla» e Drogarias.

c)-( O RIO NU .

/o

EJXÍPtEILDniERlTFE

24 de Janeiro de 1914

ASSIGNATURASAnno . . . 12Í000 | Semestre""**"" 7Í000

Exterior: Anno 20$000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja «deque espécie fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

CARTAS EM TRANSITO

(De uma moça á sua melhor ami-ga, sobre o que lhe suceedeucom um cometa, que lhe pa-pou a isca e... etc.)

«Saudosa Idalina.

Bem me dizias tu, Idalina, que não mefiasse nos homens!

Tinhas absoluta razão quando me acon-selhavas a mantel-os á distancia, allegandoque elles são uns confiados de marca a quemsi se offerecer o pé tomam logo a mão.

A coisa commigo começou mesmo pelopé, mas o bruto não me tomou a mão e simoutra coisa.

Lembras-tedaquellecaixeiro-viajantequcse hospedava sempre lá em casa? Pois foielle—o famigerado Leonel—o heroe desta fa-çanhaque te estou contando.

Eu bem devia andar prevenida contraelle, pois já abusara commigo : uma vez pe-diu-me licença para me beijar na testa, euconsenti e elle ferrou-me um beijo na boca...Emfim, como elle tinha os bigodes muito per-fumados e aquella caricia, apezar da surpresacom que a recebi,me produziu uma agradávelsensação, perdoei-lhe o atrevimento, mas nãopennitti que o repetisse, como era do seudesejo.

Dahi por diante, fez diversas investidaspara conseguir umas tantas coisas, que—diziaelle—não tiravam pedaço... Certa oecasiãoreparei que nào tirava os olhos do meu col-lo... O seu olhar denunciava uma grande co-bica e eu quiz saber a causa daquillo. Elleentão mostrou-me os bicos dos meus seios,que se desenhavam nitidamente através dotecido transparente da minha blusa.

Nesse dia Leonel estava impossível I Que-ria por força acariciar aquelles encantos...(O termo é delle). Para justificar as suas pre-tenções, falava sempre no nosso casamento,mas nunca se decidiu a fazer o pedido official,embora eu insistisse constantemente em lheaffirmar que, depois de casada com elle, lheconcederia tudo... E ellesempre empalhando.

Para encurtar razões, vou logo ao fimprincipal desta : uma noite, passeávamos pelachácara, quando o cordão de um dos meussapatos ee desatou e eu quasi cahi, tendo da-do um geito no pé. Soltei um pequeno gritoe sentei-me num banco de pedra, que haviapróximo.

Leonel, muito solicito, ajoelhou-se nochão, tirou-me o sapato e poz-se a fazer-memassagem no pé. De repente, pegando-o comambas as mãos, levou-o á altura da boca ebeijou-o. Não me incommodei; vendo isso,elle passou a massagem para a barriga daspernas e, quando eu quiz protestar, senti osseus lábios tocarem-me a pelle um poucoacima da liga... Senti um arrepio e empur-rei-lhe a cabeça; foi peor, porque elle conti-nuou a subir e... quando dei fé tinha perdi-do os sentidos.

"r PJl Nessa mesma noite, por exigência de'íy .P/Leonel, deixei encostada a porta de meu quar-O*/ to... (Que lhe podia eu já negar, depois do

que se passara no jardim?)Passámos quinze dias numa adorável lua

de mel clandestina, disputando todas as noi-tes um ao outro a palma da victoria nas ba-talhas do amor, que ficavam sempre indecisas,pois não havia vencido nem vencedor: empa-tavamos sempre!...

-Mas ai de mim! O ingrato parece quebem depressa se saciou I Partiu dizendo-meque regressaria dentro de uma semana paralegalizar a nossa situação, e até hoje (sãopassados quatro mezes) não deu mais noti-cias suas!

Felizmente, para mim, apezar do abusoa que me entreguei durante aquelles deli-ciosos quinze dias, a frueta não me fez incli-gestão, de sorte que não me inchou a barriga...

Anda a fazer-me roda agora o Tônico,filho de um fazendeiro nosso vizinho, typoperfeito do tabaréo, que já me perguntou sieu quero casa com elle. Vou pegal-o; talveza sua palermice não lhe deixe perceber quevai lavrar em terra já lavrada...

Ah! Os homens)... Os homens!... Massi a gente não pôde passar sem elles I...

Adeus, minha querida; ajuda-me a fazervotos para que o Tônico, casando commigo,não perceba que antes de ser já era...

Sempre hta—Gcraldina.»Confere.

INDISCRETO.

ZE.

E eu vou lá!

Mandou hontem me dizerA amiga do seu CarvalhoQue muito queria verA forma do meu... nariz.

PEfêOíVEElrBDr©)

Da Chiquinha era o noivo official0 Jucá Marmelleiro.

Já tinha até corrido um editalE o Jucá andava alegre e mui lampeiro:Ia fazer de um sonho a realidade,

Ia gosar emfimDe sua vida a mór felicidade.

Mas o Destino atroz não quiz assim ;Muda a noiva de idéa de repenteE casa co'um tenente,

Deixando o pobre Jucá a ver navios.Mas a sorte tambem tem seus desvios,

E o noivo da ChiquinhaMorreu na mesma noite em que casou.A triste e inconsolavel viuvinha

Para o Jucá voltou,Levando inda de virge' a capellinha...

Vem a pello este diefadoQue se não deve esquecer:«Guardado está o bocadoP'ra quem o deve comer. ¦ ¦»

AMEX1M.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer feridasem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhec.da em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166

Mbtlí© s\ Coflíiíwg©Para o MOTTE n. 8 da 1» serie

Vamos assim, devagar,B verás que não dòc nada...

Recebemos as seguintes Glosas:

Minha adorada Guiomar,Não percas a oecasião,Bem vês que tenho razão,Vamos assim, devagar,Deixa a sonda penetrar,Não sejas desageitada,E facilita-lhe a entrada ;Pois si ella é grossa, menina,Eu unto-a com ctispotinaE verás que não dóc nada...

ELMANO 11.

—Não te ponhas a chorarPor me ver na mão o ferro,Não vás soltar algum berro,Vamos assim, devagar.,.Sentirei grande pezarSi fizeres estralada,-Deixando a coisaestragada.Operador sou perfeito,Enfio o ferro com geitoE verás que não dóe nada...

(S. Paulo) VAM.

—Deixa... deixa... Guiomar...Mettendo o ferro com geito,Faço um trabalho perfeito...Vamos assim, devagar...Não 'stejas a te afastar,Olha que fica estragadaA operação desejada i...—Eu tenho medo que doa...—Qual o quê ! A coisa é bòa,E verás que não dóc nada !

JACINTHO PRAZERES.

Onde eu te quero levarNão precisa ir de carreira ;Deixemos pois de canceira,Vamos assim, devagar.Temos tempo de chegar,Pois não é longa a jornada ;E não fiques assustadaVendo-me a p... inça na mão :E' simples a operaçãoE verás que não dóe nada.

AMBROSIO.

Vai tudo só do teimar,Eu conheço esse dictado,E, pois, não te dê cuidado,Vamos assim, devagar...Não te quero ver chorar,Não fiques lão assustada !.:.E' uma espiga desbulhadaQue procura ser semente ;Faz engordar muita genteE verás que não dóe nada...

(S. Paulo) Dois S. S.

Ia SerieMOTTE N. 10 VPassa-lhe a mão na cabeça

Que elle fica... arrepiado.Recebemos glosas até 31 do corrente.

CORRESPONDÊNCIAM. V. Rebello e Costa.— Na sua glosaha estes dois versos, que podem ser verdade

mas que não rimam :«Mas duma fôrma bem louca;Pata que ninguém nos oi/ca.»

___<___________¦_____

24 de Janeiro de 1914

A peça dc Gastão Leroux, O Mystcrio doQuarto Amarelh, traduzida pelo Sr. Renatode Castro, agradou no theatro Recreio, ondefoi á scena.

A empresa Moraes não poupou esforçospara montar excellentemente essa bella peçae o desempenho que lhe deram os artistasda companhia nacional nada deixou a desejar.

ts Alguém tem reparado na actual ma-greza do Acauã.

Effectivamente, o rapaz está mal.Vallia-lhc alguma senhora da Assumpção!tar Disse-nos um mei língua do S. Pedro

que o Olympio agora é das feras.Das feras, não será; mas de uma fera el-

-leé e-sabei-dissü,mr O Tobias estaUaninado-com o. capi-

tão por causa de umas mentiras que elle an-dou dizendo a propósito da Aurora.

Si o rapaz não fosse de boa fé...ts- Garantiu-nos o Assombro que deixou

de namorar a Julinha Martins, porque não es-tava disposto a sustentar mais do que umaboca.

Si a Julinha sabe que elie nos disse is-so... ai, pobre Assombro!,.. .

ts Por causa da Trindade,o Luiz alfaiateteve oceasião de sentir o peso da mão doMachadinho.

Agora, seu Luiz, metta-se em outra !esr Avaccalharam-se nesta semana :O Alberto Ferreira por coisas que a Lau-

rafez... . „... o Conceição por não saber onde ella

pára... „... o Mattos ao ter conhecimento das ja-

cilidades da Belmira...... o Armando porque não pode ter mao

na Pepa... . . . ' .

... e o Carvalho Edu por historias coma Lourdes.

ia- Com graves dores dc cotovcllo a^ cons-ta Emilia tem-se perdido pelo Carlos Gomes,nas noites em que ali ha baile.

E como é triste a pequena ir Ia... e vel-o com outra !

«ar Sabemos ter a Luiza Caldas arranjadouma esplendida cavação com um rapaz que etoureiro.

Agora, sim ! Agora e que as touradas vaoprincipiar na nossa cidade !...

«ar Para maior desespero do Peixotinlio,a Coralia (é a C. dos Pobres) corista do reiOira, está para ser joanisada.

Agora está ella na ponta e a outra quan-do souber finge desmaiar, mas... acaba fi-cando tudo como dantes .

«ar O Pedroso recolheu-se á vida privada.O amor duplicado ardia... no bolso,

pois não?JOÃO RATÃO.

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Au Bijou de Ia Mode - Grande deposito dc calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional c estran-geiro para homens, senhoras c crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. SO — Te-lephone 3.660.

)-( O RIO NU )-(

As roupas de verão para homens e rapazessão vendidas nas «grandes casas» por um preçofabuloso, e ha muita gente que as vê c as deseja,mas não as pode comprar porque o arame é curto.

E', entretanto, fácil obter por pouco dinheiroa mesmissima coisa que essas «grandes casas»vendem por um dinheirão: na ma da Carioca,na famosa Alfaiataria Guanabara, ocelebre 34, ha grande quantidade de ternos debrins e outras fazendas próprias para o calor,que são vendidos pela quarta ou quinta parte dopreço de outras alfaiatarias. Quein aJjLentrar, pormais curto que seja o aramTSé que dispõe, nãosalie sem comprar.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

Almas irmãs...

«Um moço de tratamentoprecisa de uma senhora, atéÜ0 annos e sem compromissos,para cuidar dos seus aposen-tos; respostas etc.»

«Uma senhora branca de30 annos, boa dona de casa êde inteira confiança, desejdempregar-se em casa de umsenhor muito sério e de traia-mento, como governante e ze-ladora da mesma; resposta etc».

(Annuncios.)

Eis um encontro chamadoDa tal Ronda co'a Justiça:Elle, que vive isolado,Ella, que pede uma... coisa!

Dum mér.age venturosoEstão ahi as raizes ;O negocio é vantajoso :Junte-se e sejam felizes !

X.

Tônico JaponezPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

ANNUNCIOS ESPECIAES

UMA SENHORA viuva, ainda moça, cedea um cavalheiro distineto e discreto, uma lin-da e bem emplunmda pomba, que era o en-canto e o enlevo de seu finado marido e quese habituou a só comer alimento dado pormão de homem. Ha urgência, porque a pobrenvezinha anda triste e faminta. Tratar com aCara Manchada, á rua do Hospício n. 194.

Leiam A VIUVA ALEGRE — contos

rápido N. 5. Preço $300 pelo Correio $500

«A Geral»

Temos á vista o l" numero desse sema-nario que se dedica aos theatros e diversões.

Sob a redacçao do Sr. Mario Lage e di-recçSo artística do Sr. Abilio Guimarães, AGeral apresenta-se com um aspecto materialagradável e está muito bemescripta, com va-dada e valiosa collaboração e tiitidas gra-

' Muitos e bons annos de vida prospera

desejamos ao novo collega.

KKEraTTira®)*?

De entliusiasmo crescentePeguei a Maria e zás !Beijei-a muito na frente,.Bcijci-a muito por trás 1

Matadouro.—Devido á crise, traspassa-se um matadouro modelo, vulgo casa de ren-dez-vous, com gado de primeira ordem, entreo qual algumas vitellinhas que mammam. Vere tratar na rua Senhor dos Passos, final dotouro.

Precisa-se de uma gaiola para um pas-saro exquisito, sem azas e sem pernas, decabeça encarnada; a gaiola deve ser em fór-ma de tunnel, com porta oval ou redonda;não precisa ter comedouro nem bebedouro,pois esse bicho phenomenal não come nembebe.-Offertas ao Zé, nesta folha.

Roscas gostosas. — Um cidadão aindamoço, que em tempos atrás levou a sua dedi-cação a dar o seu a quem o pedia, tendo ad-quirido, graças a um regimen de vida espe-ciai, uma esplendida padaria, fornece roscassaborosas que o próprio freguez pôde tirardo forno. E' encontrado todas as noites nolargo do Rocio, em frente ao theatro S. José.

Camisas.—Vendem-se de enfiar,sem man-gas, próprias para evitar a quem as usa com-plicações vindas de moléstias contagiosas oudo vicio de semear em terreno prolnbido,porque não deixa penetrar a semente na terra.Informações com o ex-reverendo Parlatini.

MOÇA quasi donzella, que foi vilmenteenganada por um typo que lhe prometteu ca-samento e depois azulou, offerece-se para es-posa de um cavalheiro de idade que não façaquestão de ser o segundo. A offertante juraque o biltre que a enganou só o fez uma vez,estando, portanto, quasi virgem. O candidatopoderá examinar antes de fechar o negocio.Rua da Conceição, rotula.

PONTO.

CAMISARIA AMAZONAA casa que maisbarato vende

Artigos para corpocama e mesa

tumbas, collarinhos. putos, ttrotllas, meias

camiselas, len.Òes, fronhas, toalhas para--'Io, guardanapos, saias, ítt.

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^y^rt-i -¦

-153 -•' deJanciro de 1914 )-( O RIO NU )-( = 5 =

Regras de civilidade

CD

Abrimos hoje um parenlhesis nesta sec-

ção para satisfazer um justo pedido do nos-so collega do Binóculo, publicando aqui o tes-tamente'do referido cavalheiro que sahiu es-tropiado (o testamento) na Gazeta.

CD

«Estou atacado de uma terrível intpxi-cação smartica na ponta dos tecidos capillo-sos e como temo que a elegante nleccao vc-nha subindo up Io date ate a raiz cabellosae d'ali por effeito de infiltração mter-cuta-nca passe para a n.ioleira, escrevo aqui asminhas ultimas vontades porque sempre ul-

guèi anti-chiquis.no um defunto fazer um tes-tamento posthumo. Ahi vai o troço :

CD

Por exemplo: si minha morte se der nasala de jantar, será a cova na área; si na co-ziuha irei ver as minhocas no quintal; si otíesenlace fòr na sala de visitas podem meenterrar no jardim ou na beira do telhado.

CD

Não quero missas, e si algum amigo em-pacador embezerrar para mandar dizer ai-guina decorpo-presentè passará pelo vexamedo meu não comparecimento.

Para encommendarem mlnh'alma bastamos meus iniuimeros cadáveres.

CDDevo levar: sapatos amarellos, calças de

eanca vermelha, collete de fantazia cor demacaco velho, gravata roxa, cartola branca eluvas dc pelle dc tatl'1 castrado.

E disse.»Confere com o original.

PETRONIO.

Não quero absolutamente, quando estiveresticando a canella, que me empurrem a velana mão Tenho dois motivos para essa réptil-sa' primeiro, nunca tive c.nbocaüura para cas-tlçal; segundo, podem cahir alguns pingos.desebo c São Pedro julgar que et. fui um ele-'ante

porco que não tratava dos mocotós.g

Em ultimo caso, podem metter-me nadestra uma lâmpada electrica.

CDNinguém em absoluto acompanhe o meu

enterro. Os amigos que tiverem essa inten-cão podem desd? já enviar-me a importânciado carro" grinalda, gorgetas do coche.ro eCerXo%?even>l-os de que faço um abati-mento de 20"/.. devido a crise.

CD" Quero ser enterrado no logár mais pro-

ximo aquelle em que eu fallecer.

Agua .Sapoiieza

Não ha outra que torne-a pelle mais,macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.

E' tônico, faz crescer o cabello e extirpe

a caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 a

Hospicio, 164 e 166.

Coisas importantes

Os ve'rsos do Tristão.—As sovas que apanha o Pinto.-As loucuras da Ottilia do Bastinhos.—As pernas da Aurelia Mendes.

.^-.Qs.pés do Machadtnlio,—O meio dedo do galã Mattos.

crenH.nF.nura de estreos

QUER APRENDER.-(São Salvador, Bahia)-Então você tem em casa dos papas umamucama mulatinha, de 22 annos, gordiuhade seios fartos e um bom cachorrinho, a quaacceita-as gracinhas do menino apezai dea nda ter o.. - que perder, e vem muito ara-raniente perguntar o que deve fazer ? Quuvocê talvez que ella, além de lhe fornecer o

pStéo ainda o pegue pela mão e ella mesm.metia a colher no... prato?! Pois si vocêesperar por isso, outro virá que lhe passarao pé. Atire-se, não seja bobo!

MARICOTA.-Não lhe aconselhamos quesim nem que não, desde que faz tanta quês-

ão qiie o ellezinho «não saiba nunca que ateve palpitante de amor em seus braços .0-bUSt01he

que é muito fácil num movimentobrusco desprender-se a mascara e Ia se en-torna o caldo. O melhor, o meio mais segurode se vingar do pérfido maridinho e procurar-nos no chatcau. Não acha?

Noiva.-O que é que tem isso?'Tantofaz uma vez como muitas para as bichas pesarem Agora é tratar do casório ímmed atamente, antes que a vejam pelo Carnaval to-

-7Í'^S"fvotO.-0 quarto estava no es-

com a cara-metade/o fim da festa ouviu-umestalinho. Muito bem '.

£&r**u?J*£l£commetteu algum Peccado contra a Natureza.Pois ahi vai a resposta franca: s. e Pecado,não sabemos; porém que era... e dos bonsnâO^0VRÍdASS,DU0.-Te,,ha

paciência brevemente a nossa «Collecção Amorosa-, cstaiaauementada de novas jóias.

JOÃO DURO.

já leu A VIUVA ALEGRE?... o n. 5 dos

Contos Rápidos 11 E' um suecesso sem igual-a-sua leitura. _

Novella illustrada (38)

77 fis paredes lêi</ft POR

e\_s@ •,nv'-''' ,U Mndcrlcy ^—J

X

—Pois que fique !—E capaz de me lazer alguma scena.—Não sejas gabóla, meu velho ! El-

h não fará scena alguma, porque eu me

encarregarei de lhe provar que estamos no

nosso direito.— Olha: eu lavo as mãos. . •—Deixa a coisa commigo. Daqui a

pouco me explicarei com Juhnha.—E como Cláudio hoje passa a 1101-

te aqui com ella. . .—Tu pássaras commigo.Leonidia, em baixo da mesa, estava

em brazas! A conversa entre Carlota e Uy-

rillo era das mais edificantes e punha em

relevo aquellas duas almas Involas, o 0II1-

ciai não vendo sinão o prazer da conquista

nova e a rapariga embevecida na pressa de

realizar o seu capricho.A esposa de Cláudio comparou men-

talmente as palavras pomposas que Cynl-

Io empregava outrora, para arrastal-a ao

adultério, com as phrases cynicas que lhe

ouvia agora no dialogo com Carlota.Comprehendeu tardiamente, e nao sem

uma certa dose de amargura que o ho-

mem a quem ella havia sacrificado a sua

honra conjugai não tinha dado o devido

valor a esse sacrifício; e ali, naquella po-sicào humilhante de espiona, indignou-secóm a sua própria situação e philosophoutristemente sobre os juramentos de amor

que ouvira dos lábios do capitão. . .Esse perjuro Cyrillo mentia então

quando a estreitava nos braços e lhe mur-

murava aquellas palavras tão doces, tao

ternas tão amoraveis com que pontuavaos seus beijos?. . . Mentia, sim !'. . .

XI

O capitão e Carlota acabavam de sei-

lar o seu pacto com um longo beijo,

quando Cláudio appareceu trazendo na

mão um castiçal, a tempo de os apanhar

em flagrante: , , -,—Ah '.. . . Os noivos em plena lua de

mel! E como elles se beijam sem dizerem

agua vai'!... Bom, bom; vocês têm a

noite toda para se comerem de caricias e

fazer outras coisas. Por emquanto, mo te-

mos um minuto a perder, si qutzermoscheoar ao theatro antes de terminar o pn-meiro acto. Vamos! Julinha! Ordinário,

marche 1. • -—Desgraçado '.—urrou uma voz se-

nulcral que" parecia vir dum subterrâneo—não tens vergonha de trair tua esposa

com essa rapariga indigna ?Nesse mesmo instante, um vulto sur-

du de sob a mesa, dirigiu-se a Cláudio e

soprou a luz que elle empunhava. Logo

em seouida Julinha recebia em plena lace

uma retumbante bofetada e cahia desmaia-

da depois de soltar um grito estridente;

quanto a Carlota, o vulto derrubou-a, pas-sou por cima delia e ganhou a porta.

Querendo ir no encalço do myste-

rioso personagem, Cyrillo esbarrou na es-

curidão com Cláudio e, cada qual julgan-do que tinha nas mãos o tal vulto, poz-sea esmurrar o outro. Quando reconhece-

ram o engano e riscaram um phosphoio

para reaccènder a vela, puderam constata,

que na sala não havia pessoa a guma.^minha; Carlota e Julinha estrebuchiuam

numa crise de nervos, formando um duet-

to horrível. ¦ ¦(Continua)

:4^=§g MO RIO NU)-( ___=

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-«abundo, 2?000 ; pelo Correio, 2>500.

SCENAS DE ALCOVA — lnteressaniis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1#5UU;pelo Correio, 2*000.

AMORES DE UM FRADE - (2' edição,n. 1 da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohioido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(n. 2 da «Col-lecção Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, coutados por Mathusalem, 500 reis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinliapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 reis.

CASTA SUZANNA — (n. 4_da «Collec-ção Amorosa») - Empolgante ãescnpçao descenas amorosas passadas entre uma dou-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chè de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, o, 4 e5. Preço de cada um, 1 _00; pelo Correio1$500.

O TIO EMPATA — N. 1 dos Contos ra-pidos— Engraçadissimo conto, escripto emlinguagem livre, em que o autor se vê bar-rado pelo tio na oceasião em que ia gosar ascaricias dos caclwrrinlws de duas primasdonzellas—Preço 300 rs.; pelo Correio cOU rs.

A MULHER DE FOGO — N. 2 dos Con-tos rápidos—Mesma linguagem. Historia deuma mulher fogosa que casou com um inglez.Preço, 300 rs.; pelo Correio 500 rs.

D. ENGRACIA, n. 3 dos Contos Rápidos— Narração das aventuras dc um rapaz emcasa da madrinha. Preço, 300 réis; pelo Cor-reio, 500 réis.

' FAZ TUDO — N. 4 dos Contos Rápidos —Impressões de um tabaréo sobre uma mulherda rua do Senado. Preço, 300 réis ; pelo Cor-reio, 500 réis.

A VIUVA ALEGRE - N. 5 — dos Contosrápidos — Historia de uma viuvinha que co-meça a alegrar-se durante o velório do ma-rido.

Todos os livros acima citados saoillustrados com gravuras tiradas donatural.

O DONZEL— Aventuras de um moçoacanhado e que as circumstancias fizeram omaior conquistador do Rio. Preço lj?000;pelo Correio, IjSOO.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardcacs», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

CD

Os pedidos dirigidos ao nosso escripto-rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes, dinheiro ou sellos do Correio,

e endereçados aA. VELLOSO, Rua do Hospicio n. 218.

M JkemiúmmmCD

Uíf! Leitora bonita e appetitosa, que ca-lor sente se aqui !

Um pobrezinho de Christo qtte.como eu,tem de agüentar aqui tio toco das treze horasás vinte e dez, quando acaba a penitenciaestá molle, molle p'ra... burro; um molani-bo, com uma bambeira besta que o inutilizapara todos os movimentos suspirativos.

E nessa coisa de ficar bambo até pareceo desespero daquelle camaradão da secreta-ria do Exterior que a Gazeta chamou dc ve-llio e que queimou damnadamente com a no-ticia e fez-se duro, durissimo, para mostrar árapaziada da rosea collega que elle ainda es-tava muilo nos casos até de ser... ministrodo exterior, quanto mais sub-idein.

O Paiz então tomou o pião á unha c xin-gou parlamentar e iüi_i.iiiaticatnente-Qs_mj.ços da Gazeta chamando-os disto, daquillo eaté de águias implumes, como si nesta terri-nha de caixotes que voam as supraditaságuias não nascessem já de pentias, bico afia-do, garras e tudo !

Com franqueza franca, eu não acho razãonem na Gazeta, nem no Paiz.

Vamos investigar o troço sem que comisso queiramos tirar esse direito aos nossoscamaradões delegados, que andam actital-mente matando o bicho tão roxamente queoutro dia um delles até levou o seu pitnpolliode nove annos para farejar a moamba no bi-cheiro.

Nada ! Voltemos á vacca fria, isto é, aoxingaiuento do Paiz na Gazeta por causa davelhice do Carvalho do Exterior.

O Paiz não devia ter chamado ao pes-soai escovado da Gazela um bandão de por-.,ção de coisas feias, assim a modos de depu-tado discutindo na Cadeia Velha o orçamento,sementes porque elle achou que o Carvalhoera velho.

Como é que o Paiz ha de provar queaquelle Carvalho ainda... pôde ser troçogrande, mandão, c'entro da secretaria?

Si as «águias implumes» da smartica re-dacção dizem que o homem está mesmo emcondições de aposentadoria, é que têm algu-ma prova, dessas provinhas esmagadoras quenâo soffrem contestação e se chamam provasprovadas, isto é,-."iima: coisa que quem diz jáprovou.

Logo o nosso çjtierido.collega, correligio-nario e quasi parente O Paiz, não tinha o di-reito de xingar a chie e elegante Gazela.

2-1 de Janeiro de 1914

Também os collegões desta não andaramcorreclos na linha do prumo quando disseramque o velhtisco fuiicciòtiario tio exterior eraassim uma espécie de bananeira que ja deucicho ou um cliinello velho para quem nm.apparece pé doente. .

Nada meus amigtiinhos, quem foi reisempre tem mageslade; e um Carvalho queiuneciona um rôr de annos no serviço do ex-terior é sempre um Carvalho.

Depois, afinal de contas, devemos atten-der a que esse negocio de velhice é relativocomo tudo nesta terra de papagaios e batia-nas Um cidadão pôde estar velho, mipresta-vel, molle, aposcntavel para certas coisas,por exemplo, montar ou nadar de bruços; e,entretanto estar mesmo a calhar, niesnunhofeito a talho de foice para outros serviços.

Ora, de que é que se trata ? Qual é a func-ção a desempenhar?

A diplomacia.O que precisa ter muita bôa um dtplo-

mata?A lingua.Esta é a arma da diplomacia. Língua do-

cil, obediente, sabida, que conheça bem quan-do ha de se mexer c quando ha de ficar guar-dada na boca para não se espichar como acon-teceu ha pouco ao Bomüarclino Rachado. Isso-é que é tudo cm diplomacia.

Logo... si o referido funecionario tem alingua em condições, não é velho, nem nada.

Uff! Leitora dengosa, que grande calorsente-se aqui...

L. REPÓRTER.

Que es topada J'...

Eu já tive por amigaUma maldita mulherQue, si querem que lhes diga,Nem prestava p'ra... dansar.

PONTO.

Licor TibainaO melhor purifica'-— dor do xniiLjtte —¦

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

c_n©j_E_ _ iQuando estiver co'o ChavellioFale-lhe, mas não lhe bula!O bruto, depois de velho,Deu p'ra montar numa mula'.

ZÉ.

_. _J L_____l _*_&-_**^^^^MMjMSrjmal^P^gr

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Nào ha cm todo o mundo medica-mento mais efikaz contra tosses, resfriados,iníluenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral dc Angico Pelolcnse, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. I" o melhor peitoral doinundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

„^—«*t-v*7 'A'. -ca-s. .."^,.11 il •;¦¦¦-¦¦¦*,¦

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)-(O RIO NU )-( 24 de Janeiro de 1914

.... W*j* v' ¦^¦°—wu % .

... a Jacyra na zona Visconde do RioBranco á procura do Leal...

... o Fosquinlias com o frontispicio emminas...

... a Amelinha da zona Marrecas, con-tando as vantagens que levava o seu cx-ru-fino Leal...

... o Léo com a cabeça quebrada, 110largo de S. Francisco...

... a Angela Fallabosta no ultimo bailedo «Poleiro» fantasiada de judas...

... no domingo ultimo de manhã muitocedo e á noite a Jacintha da zona Cattete de«landaulet» muito agarradlnha a um alouradomoço...

... a Idalina Alma do Inferno a pão elaranja depois que regressou de Pariz daBahia...

... a Olivia da zona Riachuelo 22 semtampões, depois que arranjou um mondrongo...

... a Mariquinhas Lagartixa,levando suasvantagens amodernadas em cima das suas in-quilinas.

... a Ermelinda avaccalliando-sc com oAmoèdo, devido a ambos andarem com dorde cor... nucopia.

... o Oilet muito interessado para que aPhiló lhe contasse certa coisa da Alice Gal-linha do Bloco...

... as águas candalosas de certos riosdesusando pela zona Cattete...

... o Gilet á procura de uma mãizinlia navida...

VÊ TUDO.

O PAI —E' assim que estavas quasituberculoso ?O FILHO — Estava, sim ; mas um amigo

me fez tomar o Peitoral de Angico Pelotense,e eis-me bom e escorreito !

_J nòicaò or CariocaEditado pela Papelaria e Typographia

Sportiva, acaba de ser lançado no mercado oIndicador Carioca, magnífico repositório deinformações úteis ao commercio e ao publico.

Além das indicações communs a essa es-pecie de publicação, o Indicador Carioca trazum vasto formulário de requerimentos sobreos principaes assumpíos que o publico e ocommercio têm a tratar nas repartições publi-cas federaes, estaduaes e municipaes.

Agradecemos aos editores o exemplarque nos offereceram e recommendamos o seutrabalho, que é de real utilidade.

Dr. Irineu MachadoConvidados pelos artistas dramáticos

Julia Moniz e Ronitialdo Figueiredo assisti-mos hontem no theatro Recreio, ao espec-taculo por elles organizado em homenagemao Dr. Irineu Machado.

Após o discurso de saudação pelo oradorofficial, representou-se a deliciosa comediaCeisoetei c noiva, traducção de J. Brito.

A festa correu com grande entliusiasmo,estando o theatro repleto de admiradores dohomenageado, que foi muito victoriado.

•St Galeria Artistica %.Avisamos aos leitoras <|tir .«-nliamfalia ile- alffiuiias estampas <la nossa4»al<>ria Arlislie». «' queiram comi»lc-..ir a collc-cv&o* <|i«' «'eu nosso escrip--<;_-_.» existem exemplar.-s «le (oilns<is numeras «1» 111*11 \| «les.le íi ini-<*¦«» <la piihliea^Ao «lessa (-aleria. po-«lendo ser adquiridos sem aii-jmeiito

<Ie prevo.

Rio á noiteQuasi meia-noite. A rua do Espirito Santo

despeja para a praça Tiradetites uma ondade povo, que vem do .theatro.

Os chauffcurs, com grande perigo paraos que nâo têm cem olhos, avançam comseus vehiculos a disputar a preferencia depassageiros... que quasi nunca arranjam.

Junto a um poste de parada espero pa-cliorrentameiite um problemático bond daLiglit que me leve á casa e aprecio aquellemovimento, que dura pouco, pois o pessoal,chegando ao largo, espalha-se em todas asdirecções. Para o meu lado dirige-se um ca-sal novo. Vêm agarradinhos/gradados, comoque receiosos ambos de que lhe roubemo outro... Param junto a mim e cochicham,muito risonhos, trocando olhares languidos.São recem-casados, com certeza,e ainda nãotiveram tempo para as desillusões...

Chega o meu bond. O casal embarca tam-bem, tomando logar no banco que me fica áfrente. Os dois pombinhos ageitam-se, reme-xem-se, encostam-se muito e elle passa o bra-ço por de trás delia, cingindo-a num amplexoescandaloso; ella repousa a cabeça no honibrodelle e assim seguem, cochichando, approxi-mando os rostos, quasi a beijarem-se!

E' preciso ser de mármore para assistirindifferente aquella scena aphrodisiaca. Pro-curo desviar o olhar do casal e não consigo;mudo diversas vezes de posição, cruzo as per-nas e... cada vez aquillo me faz mais mal!

De repente, do ultimo banco, um gaiatoque também apreciava aquelle derretimentolembra-se de suspirar e exclamar: «Eeu nada,hein ? I»

Como por encanto, o casal desengeita eelle lança um olhar furioso á procura do en-graçado, que encontra a sorrir escarninlia-mente e que lhe diz:

— Desculpe si o interrompi, cavalheiro...—Você é um insolente !—retruca o inter-pellado.—De bronze é Pedro Primeiro, seu aquel-le I Então você pensa que pode impunementetomar no bond o aperitivo amoroso ?

O casal achou mais prudente descer, oque fez debaixo de uma saraivada de chufas,dichotes e risadas.

Qnando o bond continuou a viagem, oconduetor philosophou :—E' isto I Querem transformar um carrodestes, tão bem illuminado, em alcova !...NOCTIVAOO.

JjSDMllboCD

Sim, senhores! Essa noticia que vem doNorte é mesmo de estalo!

O Sr. Luiz Dotiiiiigues, governador doMaranhão, anda a seduzir donzellas I Querser o sultão na terra dos jurarás !

Como informação complementar dessegrave caso, dizem que o amorudo Lulú é umnegreiro de marca e não ha crioula que lhepasse ao alcance da unha (unha é boa, poisnão é ?) que elle não chame uo papo...

Nesse ponto, o Sr. Domingties uão andamal: o Maranhão é um Estado quente p'raburro e—dizem—(não estou ainda cm idadede o affirmar) as crioulas são refrigerantes...

Mas quanto ao outro ponto, virgula I Fiamais fino, pois essa coisa de liarem é paraos povos bárbaros ou degenerados, mas nãopara a nossa terra, onde o pitèo de que tantogosta o actual chefe dos maranhenses nãopôde ser abocanhado assim como o sultãoabocanha as odaliscas.

Cliò, mosca !... Seu Lulú, modere o en-tliusiasmo e deixe em paz as donzellas de S.Luiz, embora lhe assista o direito de aprovei-tar emquanto nâo chega a idade em que seperde de todo a... razão; mas aproveite semestraçalhar objectos delicados que não poderáconcertar nem pagar.

Tome juizo, do contrario os meus colle-gas de lá da sua terra e lhe farão o que eulhe faço agora: fiáu !...

GAROTO.

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do aangttG ~«

GRANADO _ C. - Rua Io de Março, .4

IP CE F- L5 m £__ (_-_.[¦.__*¦§

A mocidade I... Ali ! A mocidade !... E'como a flor do cume: cheira sempre...

SUZANNA.

Que faz a Sociedade Protectora dos Ani-mães que não intervém junto á policia paraque esta desista de matar o bicho?

LÁ BANCA.

Dizem por ahi que o que a mulher querDeus quer. E' uma tolice: ha certas coisasque a mulher quer e que nem mesmo os ho-meus devem querer... si não forem como eu.

GOSTOSO.

Não faço questão de tirar a talada numbilhete inteiro, porque não sou egoísta; seriajá bem feliz si ella me viesse num quarto, desociedade com uma mulher bonita.

D. JUAN.

A uma inulherzinlia da zona chie, que mesegurou pelo braço, gritei «larga!», e ella meinsultou. Por que seria ?...

INGÊNUO.

I

I

24 de Janeiro de 1914

sJaaisffff?-"*^ *-^"'

A/a zona cA/cNo sabbado ultimo, á noite, houve um es-

candalo na zona Riachuelense 5, gritos desoccorro, bolachas cm profusão, sendo neces-saria a intervenção de um gorducho da zonapara serenar os ânimos.

Dizem que motivou essa encrenca teremdito ao marchante da funccionaria que foramimoseada com as bolachas, andar ella oite-recendo caricias ainodernadas a cinco Jacliospor cabeça.

Resultado : marchante perdido e jóias noPieS°af Diz a velhusca Amparo que a AuroraPé de Boi, da zona Maranguape, e uma ver-dadeira franceza nos seus espectacs trabalhos.

Pois nem mesmo assim ella ganha paracomprar roupa.

.tar A Marocas Sessenta e Nove, da zonaMem de Sá, depois que a Rosinha foi morarna zona Praça dos Arcos, manda-lhe recadostodos os dias para ella voltar para a sua ca-sa, mas a Rosinha respondeu-lhe dizendo quenão vai nesse arrastão. _

Perca a scisma, sua Maioral l.tar Contou-nos um sapateiro que a Noe-

mia Botocuda da zona Corrêa Dutra, depoisque quiz fazer de mamai, perdeu logo o An-tonio da Avenida. Está vendo, sua funcciona-ria, como o azar lhe está entrando na vida!

use Disse-nos a Mariquínhas Cruzeiro quea Angela Fallabosta na sahida de um «Club»apanhou uma surra, ficando com um gallo na

CS 3Ò diabo foi a funccionaria ter voltado

para casa com uma mancha encarnada na saiae ninguém lhe dizer nada.

Livra I O azar chegou até a... barracão!«ar A Zézé Mão Estou Acostumada voltou

novamente para a casa da Maria Pe Sujo.Prevenimos á Maioral que tome cuidado paraque a garage não fique estragada como da ou-tra vez j

mr A Mariquínhas Canavete, depois de

percorrer meio mundo, aboletou-se na casa daMafÍiâ-PCoSnUto0u-nos

a Angela Fallabosta queestá vingada em ver a cara da Violeta Mur-rinha Xexéo, cortada, devido aos ciúmes doPinheiro aboletar-se com a costureira. A pi-menta no... dos outros não arde.

,tar A Eurydice Cabeça de Bagre, tendoido morar na zona Maranguape por cima cio«Prato Fino», mudou-se pela madrugada, le-vando uma blusa de uma outra funccionaria

Devido a isto, a Cabeça de Bagre foiobrigada a mudar de zona, aboletando-se nade Visconde do Rio Branco.

ss- Depois que desappareceu de Nictlie-roy o menino Bahiense, a Diva da zona Bar-bara- de Alvarenga diz que nao faz mais pro-messas para jogar vinténs no mar. Abraolho, sua funccionaria; de feto e que elle naoel"

ãr a' Dolores Cara Manchada mudou asua batuca da zona Moraes e Valle para a doHospício 194,allegandoque foi para esse nu-mero para estar distante do «Rio Nu.»

Pois perdeu o seu tempo, do/ifl Dolores,porque as fitas continuarão a ser publicadas,mesmo estando distante de nós !

42T Depois que o Mario conheceu umatal franceza, não se gaba mais que a NhaLabareda sacrificava o seu corpo por causadelle. ,

Não seja maricaseiro, seu moço 1ss- Diz o Juiz da Fome que não va. mais

para allegorla com a Hercilia Come Fogo.

Aconselhamos a cahir no mangue e versapinlio na lagoa.

..-tf Contou-nos o Leal que, depois quedeixou a Amélia Tatuliy, tem andado comtanta sorte que até já acertou uma centena.

Então, sua funccionaria, você, .alem delhe estragar o sangue, ainda era o azar domenino?

.w Contou-nos certa funccionaria da zonaLapa que o Oarcia photographo arvorou-seagora em protector de vícios, trazendo sem-pre nos bolsos vidros de cocaína. Até você,seu Garcia?

ta- Disse-nos a HelenaTreme Treme Mys-teriosa que gosta do Eduardo, porque esteestá ultimamente um hábil professor de lin-gttas.

Safa !...LÍNGUA DE PRATA.

DR. NICOLAU CIANCIO~zz

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Curta vida

Para o Beduino.

Viveu Mathusalem centenas de annos,Abrahão e Jacob muitos viveram,Outros mais, cujos nomes me esqueceram,Andaram muito tempo entre os humanos,

Hoje, que mil moléstias causam damnos,Que em todos os logares, vicios imperam,Já micróbios não ha, pois proliferamOs terríveis micróbios deshumanos;

A vida cada dia mais se encurta,E até ha quem, covarde, á morte entregueAlguns annos ainda, que se furta;

Si por tal modo assim isso prosegue,Ella encurta-se mais, fica tão curta,Que cem annos viver ninguém consegue.

ELMANO 11.

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangtte --

GRANADO & C - Rua Io de Março, \k

)-( O RIO NU )-( (§3= 7 =

Doutor... á pressa!(MONÓLOGO)

Typo de homem chie, de cartola, bengalac charuto.

Meus senhor's, olhem p'ra mim,Vejam só este espavento !Acham-me bonito assim ?Pois então eu me apresento:

Sou bastante conhecido,Vivo a sorrir, descansado,Ando agora bem vestido,Elegante e perfumado.

Dou na vista a todo instante,Causo furor á gentalha ;Aprendi a ser galanteE a vida não me atrapalha.

Fui moleque desordeiro,Já fui cabo de policia,Fui capanga, fui bicheiro,E em tudo mostrei perícia.

Mas inventando-se a leiQue faz doutores a granel,Sessenta mil réis eu deiE sou hoje bacharel.

Si mal fiz ou si fiz bem,Não sei, nem quero saber!Cada qual idéas temE é senhor do que fizer 1

A vida levo a sorrir,Nada, pois, me dá cuidado IAqui têm para os servir ^Doutor á pressa—um criado I

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rf)-( O RIO NU )-( 24 de Janeiro de 191-1

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