Xadrez: o lúdico na cultura - · PDF fileO xadrez é uma luta de idéias...

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Xadrez: o lúdico na cultura

Proponente: Direção e Corpo Docente da E.E. Jayme Siciliano Órgão executor: Direção da E.E.Jayme Siciliano Comunidade Escolar (Pais e/ou Responsáveis) Professor de Xadrez: Elcio Conte Lofredo Mourão Clientela: professores, assessores, alunos do ensino infantil e fundamental, além da comunidade em geral. Duração: sem prazo definido, devido à própria natureza do projeto. Eixo temático: ludicidade e cultura. Temas: esporte, lazer, recreação, manifestação artística, expressão lógico-matemática e fer-ramenta pedagógica. Assuntos: 1º- No esporte:: Regras, Ética, Raciocínio lógico e técnicas, Socialização e congraçamento, Auto-estima. 2º - No lazer e recreação: Enigmas, Lúdico, Tempo do ócio, Tempo do lazer, Higiene mental, 3º - Na expressão lógico-matemática: Análise e síntese, Resolução de problemas, Geometria. 4º - Na manifestação artística: Estética e composição de problemas e estudos, Criatividade, Deleite emocional (fruição), Transcendência de regras, Diversidade cultural. 5º - Na ferramenta pedagógica: História do xadrez Interdisciplinaridade

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Cognição lúdica (pensamento lógico) Inteligência e memória Abstração e objetividade Autocontrole Avaliação: autocrítica, auto-estima e auto-avaliação Justificativa: A atual realidade traz o consenso sobre a importância de uma escola cada vez mais atrativa e, principalmente, inte-grada com um universo mais amplo de conhecimentos. Também é evidente a importância da integração entre escola e sociedade civil na busca da me-lhoria na qualidade do ensino. Surge, então, a necessidade do estabelecimento de parcerias, que promovam o fortalecimento da escola e ao mesmo tempo proporcionem aos alunos um espaço de lazer, onde possa ser explorado seu potencial educativo, voltado à cidadania e à modernidade. Atualmente é admitido que a prática do xadrez deve fazer parte das atividades optativas que os a-lunos podem e devem realizar na escola. O xadrez é uma luta de idéias que estimula o desenvol-vimento mental das crianças, além de lhes impor uma disciplina atrativa e agradável, aumentando suas capacidades de cálculo, raciocínio e também de concentração. Através de experiências reali-zadas no âmbito escolar em diversos países, tais como na extinta União Soviética (há mais de 50 anos), na Argentina, França, Inglaterra, Iugoslávia, Hungria, Holanda e outros, os mestres com-provaram que a prática do xadrez na aula contribui não só para exercitar as qualidades pessoais de cada aluno, brindando-o com um passatempo, mas também como meio para superar proble-mas grupais e de tipo disciplinar. Do ponto de vista pedagógico é inegável que este jogo estimula cinco capacidades do desenvol-vimento cognitivo: 1. Raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um fim; 2. Organizar uma variedade de elementos para uma finalidade; 3. Imaginar concretamente situações futuras próximas; 4. Prever as prováveis conseqüências de atos próprios e alheios; 5. Tomar decisões vinculadas à resolução de problemas. Se o xadrez é para uns, esporte e para outros arte e ciência, não é menos certo que constitui um dos recursos pedagógicos mais preciosos que a civilização inventou, síntese de muitas qualida-des em uma só atividade. Desenvolve todas as potencialidades intelectuais da criança, ao mesmo tempo em que a conduz ao pensamento lógico-formal. Desenvolve a imaginação, educa a aten-ção e contribui para formar o espírito de investigação, além de provocar criatividade e desenvolver a memória. Por outro lado é uma atividade recreativa que permite à criança assumir uma atitude própria, dando oportunidade à obtenção de satisfação pessoal e integrando-a plenamente em seu grupo social. Pelo lado moral, a prática deste jogo, essencialmente correta, dada a impossibilidade de se fazer trapaças, conduz a positiva experiência do ganhar e do perder, assim como a formação do cará-ter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, per-severança, autocontrole, vontade disciplinada, autoconfiança e, principalmente, a sublimação da agressividade. O xadrez – como jogo: É esporte, competição, divertimento e expectativa. O xadrez – como ciência:

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É técnica, estudo, pesquisa, imaginação, invenções. O xadrez – como arte: É beleza, emoção, admiração, criatividade e estética. Neste contexto, propomos a implantação do projeto “Xadrez: o lúdico na cultura” acreditando que: É um meio para se atingir a excelência educativa; É uma ferramenta pedagógica identificada com o princípio de “cultivar o pensar”; É considerado um excelente meio de elevar o nível intelectual dos alunos ensinando o manejo de numerosos mecanismos lógicos e contribuindo para o desenvolvimento de certas qualidades psí-quicas e até físicas; É uma alternativa para o desenvolvimento de habilidades e processos do pensamento capaz de desenvolver competências nos enxadristas; O aluno adquire, através da aprendizagem e prática enxadrística, um método de raciocínio e de organização das relações abstratas e dos elementos simbólicos; É uma oportunidade para o desenvolvimento do caráter e, finalmente; É uma via mediante a qual os hábitos e padrões virtuosos do caráter facilitam a inserção do edu-cando na esfera pública da vida adulta, muito particularmente na integração ao mundo laboral. Objetivos: Geral: O projeto “Xadrez: o lúdico na cultura” visa implantar a prática deste instrumento pedagógico na comunidade intra e extra-escolar, favorecendo assim uma melhor harmonia intelectual e educaci-onal para a comunidade em geral. Específicos: 1. Oferecer lazer sadio e educativo para a comunidade em geral; 2. Fortalecer e ampliar o desenvolvimento intelectual, escolar, social e esportivo dos educandos; 3. Realizar a integração entre escola/comunidade, as UEs e entre o Município/Estado/País; 4. Subsidiar o processo pedagógico em sala de aula e as outras modalidades esportivas no que se refere à memória, visão espacial e raciocínio lógico/abstrato; 5. Propiciar a melhoria do poder de concentração com a conseqüente otimização do aproveitamento dos alunos nos diversos componentes curriculares; 6. Elevar o nível sócio-cultural da população mediante a prática do xadrez; 7. Implantar a prática do xadrez como instrumento pedagógico entre a população escolar, favorecendo assim o desenvolvimento de uma postura ética e de um pensamento estético; 8. Incluir parcelas da população, excluídas da prática do esporte e/ou lazer. Conceitos a serem trabalhados: Malhação cerebral, geometria, coordenadas do tabuleiro, tabuleiro, casas, verticalidade, horizon-talidade, transversalidade, peças, estratégias e tática, paciência, autocontrole, memória, anteci-pação, atenção e concentração, julgamento e planejamento, cultura, lazer, ciência, arte, esporte, ludicidade, criatividade, inteligência, estética, decisão, regras, pesquisa, ócio, fruição, raciocínio, motricidade, ética etc...

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Habilidades: Observação, iniciativa, cálculo, antecipação, capacidade de concentração e atenção, circunspe-ção, imaginação, planificação estratégica, raciocínio, respeito às regras do jogo, engenho e cria-tividade, estabelecer relações, memória visual, organização metódica, espírito de autocrítica e e-xecução tática. Competências . Pesquisa; . Comunicação; . Produção intelectual; . Socialização; . Prudência; . Interdisciplinaridade e contextualização; . Objetividade e decisão; . Conhecimentos teóricos. Metodologia Na escola: Primeiro momento: Oralmente, através de um questionamento informal, ativar o conhecimento prévio dos educandos; Apresentação do vídeo “Uma aventura no reino do xadrez” , enfocando a origem do xadrez, acompanhada de uma reflexão e discussão crítica; Apresentação do tabuleiro; Movimentação das peças do xadrez como representantes de um momento histórico (sociedade medieval) mediante exposição verbal do professor sobre o texto da cartilha de xadrez; Chamar vários alunos ao mural didático (tabuleiro gigante) e pedir que façam movimentações de peças, deixando os alunos explorarem livremente os seus tabuleiros; Mediante a apresentação e manipulação do mural didático o professor narrará a história dos dois reis para definição do posicionamento correto destes reis em suas respectivas casas no tabulei-ro; Enfoque das três fases da partida de xadrez que são a abertura, o meio-jogo e o final; Jogo propriamente dito mediado pelo professor com base em cartilha e exposição no mural didá-tico. Xeque-mate utilizando exemplos da cartilha em exposição no mural; Propor atividades intra e extraclasse dos assuntos abordados mediante orientação do professor; Retomada do tema xeque-mate com aprofundamento relativo ao ritmo e desenvolvimento da classe;

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Movimentos especiais: a) Roque; b) En passant; c) Promoção dos peões. Mediante explicação e demonstração do professor no mural didático. Exercícios no caderno. Prática: jogo propriamente dito, jogado em tabuleiros nas carteiras dos alunos, cada um com seu parceiro respectivo, mediado pelo professor. É necessário que os alunos tenham no mínimo uma aula semanal de xadrez, de cerca de 50 minutos. O período de aula pode ser dividido em duas partes e a primeira, variando de 15 a 20 minutos, consistirá em um curso durante o qual o pro-fessor explicará as noções-chave da teoria enxadrística; a segunda parte, com duração de 30 minutos, será consagrada à prática das partidas. Segundo momento: Torneio de xadrez entre as UEs envolvidas no projeto. Terceiro momento: Reflexão e discussão com os professores, sobre como utilizar o xadrez como uma fer-ramenta pedagógica na melhoria da qualidade de ensino; Palestras e seminários sobre os fundamentos teóricos e práticos do xadrez nas escolas. Nas praças: Divulgação através de jornais, faixas, cartazes e rádio, de atividades relacionadas ao jogo de xa-drez no município; Confecção de tabuleiros de alvenaria, granilite e mármore em áreas de lazer do município, co-mo: praças, clubes, etc; Fundação de um clube específico de xadrez e/ou criação de um departamento de xadrez em clu-bes sociais do município; Criação de um calendário de atividades nestas áreas de lazer, como: 1) Elaboração de torneios de xadrez em âmbito municipal, regional, estadual e nacional. 2) Elaboração de palestras, seminários e simultâneas de xadrez. Produto final: a) Parcial: torneios; popularização do xadrez; ambientes específicos para o estudo e prática do xadrez. b) Total: conscientização sobre a importância da prática do xadrez no cotidiano do município de Mendes; Institucionalização do jogo de xadrez como ferramenta pedagógica e criação de um clube de xa-drez como uma dimensão cultural em Mendes. Recursos: Humanos: professores, alunos, pessoal da comunidade, instituições comerciais e empresariais, ONGs, Prefeitura de Mendes.

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Físicos: praças, quadras e pátios de escolas, salas de aulas, áreas de lazer, ginásio poliespor-tivo e clubes. Materiais: jogos de xadrez (peças e tabuleiros), cartilhas e livros de xadrez, cadernos, canetas, papel pardo, papel verger, relógios de xadrez, murais didáticos, televisão, vídeo e fitas de vídeo de xadrez, computador de mesa completo com impressora, scanner e internet e computador no-tebook (portátil) com projetor multimídia (Datashow), disquetes, softwares de xadrez, filmadora e máquina fotográfica, máquina xerox, pincel atômico e carimbos de xadrez. Orçamento: Acompanhamento e avaliação: Observação sistemática do professor/técnico em salas de aula, quadras escolares, praças, á-reas de lazer, clubes e ginásio poliesportivo sobre a participação, envolvimento e performance dos alunos nas atividades enxadrísticas. Elaboração de planos, calendários, portifólios e relatórios sobre todas as atividades do projeto. Percepção do professor e dos parceiros sobre as habilidades e competências desenvolvidas e demonstradas pelos enxadristas durante o desenvolvimento do projeto, que acabarão por refletir uma melhor harmonia intelectual e educacional da comunidade em geral. Bibliografia: Blanco, Uvencio. Arbitraje Del ajedrez para Docentes: Principios Generales - sobre Organi-zación, Dirección y Arbitraje del Ajedrez Escolar. Caracas: Linero S. R. L., 1999. Câmara Municipal de Loures. Divisão de Desporto. Plano de Desenvolvimento de Xadrez. Loures, 1993. Sá, Antonio Villar Marques de. O Xadrez e a Educação. Preto & Branco. Revista Brasileira de Xadrez, 1990, v.6 n.º 39 a 50. 1991, v. 7, n.º51 a 57. Responsáveis: Elcio Conte Lofredo Mourão Técnico de xadrez Martha Beatriz Ramalho Alves Diretora da E.E. Jayme Siciliano Projeto implantado na E.E.Jayme Siciliano em 04 de novembro de 2002. Projeto cedido para as seguintes Escolas, em 2003: Colégio Cenecista Marechal Rondon Centro Educacional Mendense Centro Educacional e Crescimento Olivier Furtado E.E. José Costa Gregóres E.E. Profª Odette Terra Passos E.E.Profª Aragão Gomes

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CIEP 288 .