XV - Nº 161 - A EDITOR ILTON SALDANHA ZookSul … fileAula de zouk na bem instalada academia Edson...

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Completo na Internet www.jornaldance.com.br Fale com a gente [email protected] DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO XV - Nº 161 - ABRIL– 2009 EDITOR: MILTON SALDANHA 2009 15 anos do jornal pioneiro na dança de salão ZookSul A explosão do zouk em Curitiba Aula de zouk na bem instalada academia Edson Carneiro Dança de Salão – Jaime Arôxa Curitiba, durante o ZoukSul, que aconteceu de 27 a 29 de março, reunindo no total, entre todas atividades, incluindo bailes, cerca de 500 pessoas. Homenagem brasileira a Nito e Elba no 1º Congresso de Tango São Paulo U ma das partes mais bonitas do 1º Congresso de Tango São Paulo, realizado pelo Tango B‘Aires de 2 a 5 de abril, foi protagonizada pelo público brasilei- ro: seu carinho e aplauso caloroso em todas as oportunidades ao veterano casal argentino Nito e Elba. Representantes de uma geração que sedimentou o caminho para os que vieram depois e conseguiram algum, ou muito, sucesso – Nito e Elba são símbolos de épocas passadas e também do presente, onde continuam admira- velmente ativos e viajando, semeando por este mundo seu talento e amor à arte de dançar. Sempre o tango, uma dança com características de sentimentos muito peculiares e diferentes de todas as outras. Outros mestres do evento conquistaram a admiração do nosso público pela demonstração de extraordinário talento, de forma especial Guilhermina Quiroga, com certeza hoje uma das melhores do mun- do. Mas Dance, solidário com o sentimento geral e de quem mais interessa — o público — num tributo ao tango do passado e dos nossos dias, aquele do prazer infinito, eterno e sem fronteiras, pede licença a todos e dedica com reverência esta edição a Nito e Elba. E também, em outra vertente, à mestra brasileira Maria Antonieta Guaycurus, agora no repouso da eternidade. Milton Saldanha, editor. Maria Antonieta, agora só saudade Foto: Milton Saldanha Foto: Milton Saldanha

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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O XV - Nº 161 - ABRIL– 2009EDITOR: MILTON SALDANHA

200915 anos do

jornal pioneiro nadança de salão

ZookSulA explosão do zouk em Curitiba

Aula de zouk na bem instalada academia Edson Carneiro Dança de Salão – JaimeArôxa Curitiba, durante o ZoukSul, que aconteceu de 27 a 29 de março, reunindo nototal, entre todas atividades, incluindo bailes, cerca de 500 pessoas.

Homenagem brasileira aNito e Elba no 1º Congresso

de Tango São Paulo

Uma das partes mais bonitas do 1º Congresso de Tango São Paulo, realizadopelo Tango B‘Aires de 2 a 5 de abril, foi protagonizada pelo público brasilei-

ro: seu carinho e aplauso caloroso em todas as oportunidades ao veterano casalargentino Nito e Elba. Representantes de uma geração que sedimentou o caminhopara os que vieram depois e conseguiram algum, ou muito, sucesso – Nito e Elbasão símbolos de épocas passadas e também do presente, onde continuam admira-velmente ativos e viajando, semeando por este mundo seu talento e amor à arte dedançar. Sempre o tango, uma dança com características de sentimentos muitopeculiares e diferentes de todas as outras. Outros mestres do evento conquistarama admiração do nosso público pela demonstração de extraordinário talento, deforma especial Guilhermina Quiroga, com certeza hoje uma das melhores do mun-do. Mas Dance, solidário com o sentimento geral e de quem mais interessa — opúblico — num tributo ao tango do passado e dos nossos dias, aquele do prazerinfinito, eterno e sem fronteiras, pede licença a todos e dedica com reverência estaedição a Nito e Elba. E também, em outra vertente, à mestra brasileira MariaAntonieta Guaycurus, agora no repouso da eternidade.Milton Saldanha, editor.

Maria Antonieta, agora só saudade

Foto: Milton Saldanha

Foto: Milton Saldanha

Melhorar o baile tem queser um compromisso coletivo

2 Abril/2009

Milton Saldanha

O jornal Dance, com 14 anos, é mensal e distribuídogratuitamente nas principais instituições de dança, públi-cas e privadas, da Região Metropolitana da Grande SãoPaulo. Tem também repartes menores em diversascidades brasileiras. Com tiragem de 10 mil exemplares,pode ser encontrado nas melhores academias, bailes, casasnoturnas, festivais de dança, eventos, restaurantes e ou-tros locais, inclusive não dançantes, como bares, padarias,lojas, etc. Está também completo na Internet.

Editor e jornalista responsável: Milton Saldanha (MTb.3.419; matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). RepórterEspecial: Rubem Mauro Machado (Rio de Janeiro); Dan-ce Campinas: Luiza Bragion, editora regional; Ilustra-ções: Pedro de Carvalho Machado. Fotos: Milton Saldanha.Colaboradores: Alexandre Barbosa da Silva (diagramação);Pedro de Carvalho Machado e André de Carvalho Macha-do. Impressão: LTJ Editora Gráfica.Produção: Syntagma Comunicação Social.

Endereço: Rua Pais da Silva, 60 - Chácara Santo Anto-nio/Santo Amaro, São Paulo/SP. CEP 04718-020.Tels./Fax (11) 5184-0346 / 8192-3012Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet:Agenda da Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected] reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor. Nenhumapessoa que não conste neste Expediente está autorizada a falar em nome do jornal.

Alguém, em qualquer época, ousariaafirmar que Fred Astaire não dan-çava bem? Certamente você faz par-

te dos milhões de pessoas que até hojebabam com as cenas do mestre deslizandoe rodopiando com sua também magistralparceira, Ginger Rogers.

Agora responda: eles dançavam semsair do lugar ou se deslocavam? Reveja osfilmes, por favor, se tiver alguma dúvida.Dizer que se deslocavam é pouco. Eles fa-ziam verdadeiros passeios, com suavidademas extrema agilidade, ao longo do vastocenário montado para suas coreografias.

Então não sou eu falando, é o mestreFred Astaire ensinando, com a melhor dasaulas que é o testemunho das suas cenasimortais: dançar bem, entre outras coisas, ésaber se deslocar, rodar intensamente osalão.

Ou seja, o que a gente menos vê nosbailes, no Brasil ou em qualquer outra par-te do mundo. Logo, amigos, alguma coisamuito importante está faltando na nossadança. Seria bom a gente começar a refletirsobre isso.

Esta é a crítica mais severa que façoaos nossos bailes. Existe uma honrosa ex-ceção e seria injusto não lembrar: a turmadas danças gaúchas. Eles sim sabem fazerum baile rodar bonito e com energia. Quemficar atravancando será atropelado pelaroda humana que avança no consagradosentido anti-horário. É uma lição de como

Melhorar o baile tem queser um compromisso coletivoOs bons dançarinos conhecem esta palavra: deslocamento. O baile tem que

rodar para ser mais gostoso. Mas infelizmente não é assim. Isso pode sermelhorado? Depende. Se a gente aprender a dançar, sim.

dançar bem e de como fazer um baile real-mente gostoso.

Este tema não é novo aqui no Dance.Aliás, há 15 anos estamos tratando dele. Obaile travado é o que chamo de praga, ervadaninha, que você corta aqui e ali, mas sem-pre volta. Atribuo várias causas ao proble-ma. A primeira, e mais difícil de extirpar, énossa incompetência coletiva. As pessoasnão se deslocam porque não sabem dan-çar. E os que sabem não conseguem se des-locar porque os demais estão parados. Estáformado o impasse. Excluo dessa crítica osiniciantes, que estão aprendendo agora, esão bem-vindos aos bailes. O iniciante temque ser aceito com compreensão e genero-sidade. A crítica se aplica apenas aos vete-ranos das pistas. Estes, por favor, já deve-riam saber coisas tão elementares.

O dançarino tradicional dos bailes,aquele refratário ao ensino formal de dançade salão, o anti-acadêmico, já encontrouos bailes assim. Então para ele isso é nor-mal. Assimilou essa cultura. Por outro lado,a safra dos dançarinos que teve sua ori-gem nas academias, recebendo aulas, res-salvadas as poucas exceções de sempre,não teve bons professores que ensinas-sem, além dos passos, o que é um baile dequalidade. Como eles aprendem os passosna escola sem sair do mesmo lugar, acabampensando que no baile também é assim.

Numa das vezes em que fui a BuenosAires fazer aulas de tango, com meu paviocurto desisti de um professor famoso nomeio da sua aula. Ele me pediu para fazer opasso que estava ensinando. Saí dançan-do com a parceira, para entrar no passo daaula. Ele me interrompeu bruscamente, pe-dindo o absurdo de partir do ponto zero. Asituação se repetiu três vezes e ficou insu-portável. Foi quando percebi que o caradança divinamente, mas não sabe ensinar.

Ora, dança a gente aprende é dançan-do. Inclusive porque é a forma mais fácil eagradável. Eu só posso entrar num deter-minado passo, no caso o da aula, quandosentir que estou equilibrado, no eixo, emperfeita conexão e sintonia com a dama.Partir simplesmente do ponto zero é umaestupidez. Isso é admissível e até necessá-rio como demonstração do professor e nãona execução prática do aluno. O bom pro-fessor é o que manda a turma dançar e sófazer o passo da aula no momento certo,principalmente quando a música ensejaressa atitude, e não de forma automática ealeatória. E se não for assim, desculpem,estará formando robozinhos e não dançari-

nos. Tanto é verdade que conheço, e certa-mente você também conhece, gente quedança no baile rigorosamente dentro dacontagem que aprendeu em classe. Tudomarcadinho e sem espontaneidade. Impro-viso, então, nem sonhar. Convenhamos,dançar assim, abdicando do prazer de co-mandar o próprio corpo, é muito chato. Enenhuma mulher merece.

É esse tipo de professor, castrador típi-co, que contribui para o baile atravancado,porque não percebe o principal e básico:tudo parte do corpo em movimento, não docorpo estático (o tal ponto zero, favor nãoconfundir com ponto G), e tem sua horapara acontecer. É preferível, inclusive, seperceber que não vai dar certo, abortar opasso e improvisar algo em seu lugar doque arriscar executar algo mal feito, e por-tanto, feio.

Repito aqui minhas homenagens à gran-de mestra que foi a Madame Poças Leitão,que formou Andrei Udiloff, Stella Aguiar,Carla Salvagni, Chico Peltier, RobertoMendoza, Marcello Palladino, entre outrosque depois se tornaram professores e do-nos de academias. Além, claro, da geraçãosucessora, com o casal Silvia e EduardoPoças Leitão, meus amigos e vizinhos deporta, na Chácara Santo Antonio. As aulasda Madame, que cheguei a assistir num sa-lão do colégio Pueri Domus, na rua VerboDivino, ensinavam aquilo que na minha opi-nião é o melhor baile, rodando intensamen-te. Aulas maravilhosas, num estilo próprio eda época, bem caminhado e sem muitos en-feites. Com o célebre chicotinho, uma brin-cadeira, claro, ela ia empurrando a perna doslerdos, mandando avançar. Isso era saberensinar a dançar, ao contrário do argentinoobtuso que citei acima. E não vai aqui ne-nhuma crítica generalizada, falei de um casoisolado. Posso apontar uma extensa lista deexcelentes mestres portenhos, começandopelo fabuloso Mingo Pugliese. Além de lem-brar que lá, como aqui no Brasil ou em qual-quer outro país, há de tudo, do mais admirá-vel ao mais lamentável professor.

Outra atenção que o baile requer é seufluxo. Dançar em linha, ou respeitando a ron-da do baile, como dizem alguns. Você se des-loca dentro de um círculo, em faixas imagi-nárias, no sentido anti-horário. Como nasfaixas de trânsito para os carros, nas ruas.Jamais em diagonal, atravessando do meiodo salão para as pontas, ou vice-versa. Emais jamais ainda contra o fluxo, na contra-mão. Não dê risada, já vi isso acontecer. Emdiversas cidades por esse Brasil, inclusive

capitais deestados, ainda hábailes sem nenhuma norma decirculação: cada um vai para onde bem en-tender e achar espaço. São verdadeiros fes-tivais de trombadas, um caos total.

Conheço mais de um casal, com vinteanos ou mais de bailes, que até hoje nãoassimilaram as regras mais elementares decirculação na pista. Não dançam em linhareta, é diagonal o tempo inteiro, fora os mo-mentos em que recuam em pleno salãolotado. Ninguém, muito menos eu, tem co-ragem para falar. Não é maldade, falta-lhesconhecimento técnico; vão passar o restoda vida, ainda que inocentemente,avacalhando o baile.

Não são únicos. Até alguns professo-res, que deveriam dar bons exemplos, come-tem tais infrações. E muitas vezes são tam-bém professores que comandam suas da-mas em movimentos perigosos, quando apista está lotada. Nada contra o show, pelocontrário, gosto do baile com gente que dan-ça bem. Mas, por favor, não em pista cheia.

Uma questão final a comentar é o usode habilidades no baile. Refiro-me a pas-sos e efeitos coreográficos. Tornou-se qua-se uma lei, não escrita mas muito falada, eda qual discordo totalmente, que no baile“não se faz isso, nem aquilo”. Uma monta-nha de restrições. Então pergunto: por quea gente aprende passos nas academias? Seeu não posso fazer nos bailes os passosque aprendo, para que servem? E para queservem tantas escolas e professores?

Amigos, se for para dançar só no feijãocom arroz, sem maior ousadia e criatividade,para que ficar gastando tempo e dinheirocom aulas, práticas, estudos, pesquisas?

Creio que chegou a hora de começar aderrubar tabus.

Um baile é para curtir em toda sua ple-nitude, com cada um fazendo tudo que sejacapaz. Só que tem que existir bom-senso.Isso é outro departamento. Se a pista esti-ver lotada, fica-se no básico, em respeitoao espaço coletivo. Mas se houver espa-ço, sem risco a ninguém, mande bala, divir-ta-se e aplique sim todos os seus conheci-mentos e principalmente improvisos.

Tenho uma antiga teoria sobre isso. Oamador pode tudo, o profissional não. Oamador não tem compromisso com sua ima-gem, ao dançar, como tem um profissional.Se o amador não fizer no baile o que apren-deu, fará onde e quando? Já o profissionalinteligente se preserva, guarda o melhor quesabe para seus shows. Essa é a diferença.

3Abril/2009

E São Paulo ganhou seu Congresso de Tango4 Abril/2009

Promoção do Tango B‘Aires, aconteceude 2 a 5 de abril a primeira edição doCongresso de Tango São Paulo, reunin-

do uma equipe de mestres argentinos de longacarreira e prestígio internacional, ao lado demestres brasileiros também reconhecidos pelaalta qualidade técnica do seu trabalho: Nito eElba, Hugo Daniel e Guilhermina Quiroga,Damián e Nancy, Gustavo Sabá e Maria Olivei-ra, Vitor Costa e Giulianna Davoli, MarceloCunha e Karina Sabah, Nelson Lima e MárciaMello, Fabio Martins e Sirley Paplewsky. Nemtodos deram aulas, mas participaram com bri-lho dos shows nos quatro bailes do evento, nosdois salões do Tango B‘Aires e no Baile Noitedos Maestros, no Club Homs, que reuniutangueiros de diversas cidades. Tocou, com alma,o conjunto Che Bandoneón, com César Cantero,dividindo o tempo com o DJ Moacir de Castilho,promotor com a bailarina Alcione Barros doTanghetto, na Dançata, uma das apoiadoras doCongresso. Moacir foi responsável pela ótimamúsica para dançar de todos os bailes.

Dance registra a presença no baile do Homsde Cervila Junior, que participou do Congressocom sua marca Latin Dance Shoes.

O que não agradou no evento foram as in-terrupções dos bailes para longos discursos eagradecimentos. Isso esfria e dá sono nos dan-çarinos, é sempre enfadonho, cansativo. Algumdia as pessoas vão entender que baile é umafesta para dançar e não para ouvir discursos,principalmente quando nela há pagantes queforam lá com este único objetivo. (Leia maissobre isso na página 6).

Diversos participantes ouvidos pelo Dan-ce foram unânimes nos elogios à qualidade dasaulas, e nem se esperava nada diferente. A des-tacar ainda a parte literária do Congresso, comlançamento de livros dos escritores argentinosBenzecry Saba, autor de “Abraçando o Tango”,e Ignacio Lavalle, autor de “Tango, uma dançainterior”, mais a participação especial de outroespecialista, Garufa Garcia.

O 1º Congresso de Tango São Paulo teveótima cobertura de TV, além de ter contado como apoio da prestigiada revista portenha “LaMilonga”, com sua enviada especial MónicaBeltrán. Dance também apoiou o Congressodesde a primeira hora, forneceu suas fotos para“La Milonga”, e vai presentear o Tango B`Airescom uma cobertura fotográfica para o acervo desua memória.

O evento idealizado há anos por Omar For-te e realizado com os esforços de uma dedicadaequipe, mesmo com todas as qualidades citadasacima certamente ainda precisa de ajustes e nãoesgotou todo o seu potencial, podendo retornarmais forte ainda no próximo ano.

Milton SaldanhaApoio: Angela Figueredo

E São Paulo ganhou seu Congresso de Tango

O grupo portenho em pose“albúm de família”

Marcelo Cunha e Karina Sabah

Uma das turmas, num intervalo entre aulas

Vitor Costa e Giulianna Davoli

Fotos: Milton Saldanha

Guilhermina Quiroga Damian e Nancy

5Abril/2009

Tangona Rua

O direito de dançar

6 Abril/2009

O baile da Elite às quintas-feiras estámuito bom, alguém me disse, resolviconferir. De fato, o salão estava cheio,

o que me deixou contente, porque a tradicio-nal gafieira carioca andava há algum tempoum pouco marginalizada, fora do roteiro prin-cipal dos dançarinos; e estamos precisadosde bons bailes no Rio.Passa-se algum tem-po, a dança animada pára; e então fico sa-bendo, comemorava-se ali o aniversário deum conhecido dançarino. Senti logo o dra-ma, mas o que se havia de fazer, só restavarezar para que o inevitável ao menos fossebreve. Bem, o sujeito toma o microfone edeita falação; como é de praxe, agradece aospresentes, a todos os que foram importan-tes na sua vida, cita amigos e parentes,relembra sua trajetória; e aquilo não tem maisfim. Depois um amigo se apodera do micro-fone e durante longos minutos enaltece ohomenageado; aí, tomado de emoção, contaos percalços pelos quais ele próprio passouna vida, o parceiro o ajudou muito, chega àslágrimas. Em seguida o aniversariante anun-cia a apresentação de seus alunos. Eles sealinham, aguardam enquanto se procura amúsica certa; por fim, a turma dança umbolero. Acabou? Não, os esforçados alunostêm de dançar também um samba, para mos-trar o quanto já aprenderam em tão pouco

O direito de dançarRubem Mauro Machado

tempo. Aplausos diplomáticos. Chega então ahora do mestre: ele chama a parceira para dan-çarem; mas é preciso esperar, alguém informaque ela ainda está trocando de roupa. Pode?Pode. Ela chega e aí há um desacordo total como cara do som, a música que ele põe no ar não éa que nosso artista queria, perde-se um maisum tempo até chegar-se a um acordo. Dançada(bem) uma música lenta, chega a vez de umsamba (igualmente bom).

Vocês pensam que acabou? O aniversari-ante quer mostrar que possui múltiplos ta-lentos e, não, não estou mentido, apodera-sedo microfone e começa a cantar, e o que épior, completamente desafinado. A turma deamigos que lota um canto do salão o ovacionacom entusiasmo, só que, a mim me parece, equem sabe estou enganado, por pura gozação.O que acontece? O vaidoso e ingênuo home-nageado anuncia que vai nos brindar com ou-tra canção. Nessa brincadeira já se passouquase uma hora de interrupção do baile e en-quanto isso o público esfria e se aborrece nasmesas, cochicha, faz caras e bocas de raiva edesalento – mas ninguém reclama, ninguémfala nada, com medo de criar atrito, para nãoparecer antipático, para não parecer um cria-dor de caso. Só que essas pessoas pagarampara ir dançar num baile, elas têm direitos quedeveriam ser respeitados.

Ninguém reclama, uma vírgula; uma pessoaresolve se dirigir aos organizadores do baile: estejornalista. Ele quer saber por quanto tempo maisvai ter de esperar pela volta da orquestra. “Nãoposso fazer nada” esquiva-se a organizadora comum sorrisinho amarelo, “é a festa de aniversáriodo fulaninho”. Isso já sabíamos; e então retruca-mos que, se se tratava de evento particular, ti-vesse sido colocado um aviso na entrada do es-tabelecimento; nesse caso, entrava quem qui-sesse. As pessoas ali em sua maioria tinham idopara dançar, e pagaram por isso, não para assis-tir sem aviso um show de gosto mais do quediscutível e muito mal organizado. Enquantofalam, o aniversariante continua a se esgoelar aomicrofone, massacrando uma terceira canção. Edepois passa-se à cantoria do parabéns, cortede bolo e outros rapapés de praxe.

Quando o baile por fim recomeça, é sem amesma graça e vibração; e boa parte dos presen-tes vai dando o fora, inclusive o autor destaslinhas.

O que se quer dizer com tudo isso? Que nãose deva comemorar aniversários em bailes? Dejeito nenhum. Um baile é um local de encontrosocial, presta-se bem à confraternização. Masseus organizadores e os próprios homenagea-dos precisam ter um mínimo de bom senso, des-lumbrar-se menos com o som da própria voz,olhar um pouco menos o próprio umbigo e um

pouquinho mais ointeresse alheio. Fazer umaapresentação: ótimo, maravilha, é sem-pre um prazer assistir. E ponto final. Bailenão é local para fazer marketing da própriaescola. Falação, que seja curta e objetiva. Nafesta do Oscar, o premiado tem um minutopara dar o seu recado e fazer os seus agradeci-mentos: isso é respeitar o público. E caberiaaos promotores estabelecer limites, do tipo:você tem um intervalo de dez minutos do meubaile para comemorar o aniversário e fazersua apresentação; e estamos conversados.

Já contei aqui em outra ocasião de umbaile do Bola Preta truncado pela solenidadede troca, cheia é claro de elogios mútuos, dadiretoria que saía pela que entrava. Eram tãoboas ambas que o Bola fechou as portas fali-do e vai reabrir em breve na Lapa, e isso porter sido presenteado de mão beijada com umasede nova.

Alguém quer estimular seus jovens alu-nos a dançar, quer exibir o seu trabalho? Tudobem, mas baile não é vitrine; faça uma festaparticular, com os amigos e familiares, nuncanum espaço público onde são cobrados in-gressos; que não se castigue quem não temnada com isso. Este jornal não é mal humorado;ele apenas sempre defendeu um direito básicodos dançarinos: o de dançar.

O Baila Floripa – VIII Mostra de Dança de Salão de Florianópolis, promoção da ACADS, de 30de abril a 3 de maio, está convidando os seguintes grupos e trabalhos selecionados: Emoções no concurso

do Baila FloripaIntegrando o Baila Floripa, ocorrerá de

1º a 3 de maio o Baila Floripa Duo – IVConcurso de Danças de Salão. Podem parti-cipar dançarinos a partir dos 16 anos e dequalquer cidade. As inscrições ficam abertasaté 30 de abril, pelo site abaixo, e até meio-dia de 1º de maio, na sede do evento, noHotel Castelmar, rua Felipe Schmidt, 1260.A taxa de inscrição custa cem reais.

O concurso é limitado a 30 duplas, e setiver menos de 15 pode ser cancelado, a cri-tério da comissão organizadora. Terá duasetapas, classificatória e final. Os competido-res serão avaliados pelo desempenho embolero, samba, salsa, zouk e tango, com doisminutos de prova para cada ritmo. A ordemdas músicas será sorteada pelos própriosconcorrentes antes de cada bateria.Os jura-dos levarão em conta presença cênica, apre-sentação visual, coreografia, técnica, harmo-nia, ritmo, criatividae. Os três primeiros co-locados serão premiados, cabendo ao casalcampeão R$1.500,00 e dois pacotes para oBaila Costão 2009. O segundo lugar levarámil reais e dois pacotes Day Use no BailaCostão; e o terceiro ganhará 800 reais e in-gressos para os bailes do mesmo evento. Acompetição é sempre um momento bonito emuito alegre do Baila Floripa, com torcidasestimulando seus preferidos, e depois termi-na tudo em confraternização geral.

Baila Floripa selecionou grupos

Distrito FederalSalsa Livre - salsa.

ParanáEscola Edson Carneiro – Jaime ArôxaCuritiba - zouk.Oito Tempos Cia de Dança – bolero.

Rio de JaneiroCarlos Bolacha – samba.Cia Dom – samba.Cia Jimmy de Oliveira – samba.MamboRio – salsa.Rafael Oliveira e Yasmin Carvalho – zouk.

Rio Grande do SulCia de Dança Alexandre e Tracy – salsa,forró e samba.

São PauloCia 2 Tons – salsa.Cia de Dança Renato Veronezzi – Centrode Dança Jaime Arôxa São Paulo – zouk.Cia de Dança Stilo Refinado – samba-rock.Clube Latino – salsa e zouk.Interacto Academia de Dança – bolero,

Santa CatarinaCia de Dança Nando Berto – samba e tango.Cia Puro Ritmo – bolero.Grupo de Dança Laura Flores – forró.Grupo Experimental Kirinus – bolero.Grupo Ritual 3ª idade – samba.Kirinus Cia de Dança – samba lounge esamba-rock.Salão de Dança – Ensino, Arte e Cultura –mosaico cubano e roda de cassino.Twist Dança de Salão – zouk.

Dança BHDança BH 2009, entre 18 e 20 de abril, terá aparticipação especial de Jaime Arôxa, BianchaGonzalez e Stephane Massaro (França).

PilobolusPilobolus Dance Theatre, famosa Cia de dançanorte-americana criada há 38 anos, fará turnêpelo Brasil a partir de maio, passando por vári-as cidades. Dias 30 e 31 de se apresenta no ViaFunchal.

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Turmas novas em maioGafieira – início dia 7, às 21:30, com Marcelo Cunha

Tango – às terças, 20h, com Marcelo Cunha

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Jornal pioneiro - 15 anos

8 Abril/2009

O zouk explode em Curitiba!O zouk está bombando em Curitiba, com

bailes de estrondoso sucesso que jáchegaram a reunir cerca de 400 pesso-

as. Isso encorajou Edson Carneiro e CrisleyThomé, da nova academia Edson Carneiro Dan-ça de Salão – Jaime Arôxa Curitiba, à produçãodo 1º ZookSul – 1º Encontro de Zouk do Sul doBrasil, que aconteceu de 27 a 29 de março, comapoio do Dance. O evento, entre todas as ativi-dades, incluindo bailes, reuniu no total cerca de500 pessoas. Os professores convidados foramJaime Arôxa, Renata Peçanha, Lídio Freitas,Rodrigo Delano, Giuliana Manfio, Renato Zóiae Kelly Tortora. Edson Carneiro também deuaulas. Teve zouk básico, intermediário e avan-çado; palestra para cavalheiros; musicalidade;técnicas de cambré; alongamento; iniciação amovimentos de corpo; movimentos de efeitos;técnicas de cabeça; zouk com duas damas; sen-sualidade para damas; movimentos para shows;iniciação de cabeça; enfeites; contato e improvi-so. E bailes todos os dias, sendo o principal,com show e buffet de frutas, no Clube Duquede Caxias. O show reuniu Eloíse Alcântara, pro-fessora de sensualidade do Centro de Artes daacademia; bolsistas da Escola de Dança JaimeArôxa do Rio de Janeiro; Rodrigo Delano eAdriana Coutinho (BH); Lidio Freitas eMonique Marculano (RJ), Cia de Dança JaimeArôxa (RJ); Renata Peçanha e Jorge Peres (RJ);Jaime Arôxa, Priscila Mendes e Maria RosaArôxa.

Além do pessoal de Curitiba, incluindo atéprofessores de outras escolas que prestigiaramo evento, entre eles Tatiana Asinelli, CarlinhosMoro, Gracinha Araújo, Alex Colin e ReginaMonticelli, participaram do ZookSul alunos deFlorianópolis, Blumenau, Caxias do Sul, PortoAlegre, Ponta Grossa, Londrina, Mandaguari,Maringá, Arapongas, Rio, Belo Horizonte e SãoPaulo. Roger Berriel e Betina Strassmann tam-bém compareceram, promovendo o BailaCostão.

A nova academia curitibana, inaugurada emfevereiro deste ano, fica num dos cartões pos-tais da cidade, o centro histórico, de grandemovimento e vida noturna. Edson Carneiro, 33anos, responsável pelas áreas de ensino e artís-tica, foi durante 12 anos do Centro Jaime Arôxado Rio. Neste mês completa três anos emCuritiba, onde trabalhou na escola Oito Tem-pos. Crisley Thomé, 33 anos, especialista emgerenciamento tecnológico, carrega a experiên-cia de ter trabalhado 7 anos em Nova York. Elacuida da parte administrativa e marketing daescola, que agora planeja o 2º DanSul, para ju-nho. (41) 3209-7403 ou 9922-7829.

Milton SaldanhaO jornal Dance viajou a Curitiba a convite do ZookSul.

O zouk explode em Curitiba!Fotos: Milton Saldanha

Serviço

Jaime Arôxa ensinando a dançar com duas damas Rodrigo Delano e Adriana Coutinhodemonstrando seu belo zouk em aula

Edson Carneiro e Crisley Thomé no terraço da escola

Uma das turmas do ZoukSul

Escola de Dança Edson CarneiroJaime Arôxa Curitiba

R. Jaime Reis, 62 - São Francisco, CuritibaCep. 80510-010(41) 3359-7403 / [email protected]

9Abril/2009

10 Abril/2009

11Abril/2009

12 Abril/2009

Adeus Maria Antonieta

Militante do Partido Comunista, em anosde dura repressão ao livre pensamento,

a pequenina Maria Antonieta era mais corajosado que muito marmanjo metido a besta: enfren-tou os cassetetes e bombas de gás da polícia emmanifestações de rua duramente reprimidas nahistórica Praça Tiradentes, no Rio.

É indispensável contar isso para ninguémpensar que naquela cabecinha só havia sambae bolero. Muito pelo contrário, MariaAntonieta era bem-informada, articulada,politizada, apreciava leitura, gostava de His-tória, principalmente quando se referia à suaxará das cortes francesas que acabou na gui-lhotina. E foi graças a essa formação culturalnão formal, de autodidata, que se expressavacom desenvoltura e, não raro, cativante bri-lho. Eu já tinha ouvido falar dela, da lenda emque se transformou na dança de salão e gafieirascariocas, mas só fui ter o primeiro contatopessoal quando ela me recebeu em seu aparta-mento, na Lapa, numa manhã de abril de 1997,

Adeus Maria AntonietaMorreu, no Rio de Janeiro,

na manhã de 7 de abril, agrande mestra da dança de sa-lão carioca, Maria Antonieta.No próximo dia 15 de maio elacompletaria 82 anos.

Passou anos lutando contra umcâncer, e sempre se recusou a parar dedançar, mesmo quando a visão, nes-tes últimos tempos, já estava bastantedebilitada, beirando à cegueira.

Maria Antonieta, nascida emManaus, de família pobre, quan-do jovem já dançava muito em bai-les quando foi se aprimorar eaprender técnica na academia doMoraes, a única que existia no Rio.

Muitas centenas de pessoaspassaram por suas aulas de dan-ça, que nos tempos áureos ti-nham enorme fila de espera. Seumais famoso aluno e depois as-sistente foi Jaime Arôxa.

A mestra teve filme e livro so-bre sua vida, e um dos seus mai-ores orgulhos era uma medalhade ouro outorgada pela Unesco.

O velório foi na gafieiraEstudantina, que ela freqüenta-va todas as semanas, dançandono salão que já tinha seu nomecomo homenagem.

Foi sepultada no Cemitériodo Catumbi. Maria Antonieta, com roupa de gala, fazendo pose nos Arcos da Lapa, Rio, para a capa do jornal Dance nº 26, de maio de 1997

A dama da Lapa não tinhasó samba e bolero na cabeça

portanto há 12 anos. Eu tinha ido ao Rio espe-cialmente para entrevistar a grande dama dossalões cariocas. Voltei com uma palpitante epolêmica entrevista que rendeu a matéria decapa do Dance nº 026, de maio daquele ano.Algumas pessoas, principalmente Jaime Arôxa,tentavam divulgar o ballroom em nosso país.O título da entrevista, só para se ter uma idéiado tom geral, foi uma das frases de Antonieta:“Ballroom é como soldado nazista marchan-do. Não vai pegar no Brasil”. Acho que nempreciso dizer a celeuma que deu.

Fomos para os Arcos da Lapa, sob um solescaldante, ela toda produzida com roupa debaile de gala, e ali assentei a máquina no tripé ebati dois rolos de filmes, para a capa. Uma dasfotos (naquele tempo o jornal não tinha cores)é a que ilustra esta página. Escolhida para ho-menagear Maria Antonieta porque congelouum momento da sua natural vaidade femininae da felicidade que ela irradiava, combinandocom aquele cenário de Rio antigo tão belo.

Milton Saldanha

Foto: Milton Saldanha

Certa vez Maria Antonieta me disse:- Eu nunca recuso um cavalheiro que ve-

nha me tirar num baile, mesmo que ele nãosaiba dançar. Pelo menos uma música eu voudançar com ele. Uma dama nunca deve dizernão a um cavalheiro, a menos que ele estejabêbado.

Atitudes como essas é que faziam dela umexemplar raro dessa espécie cada vez mais emextinção, chamada “dama”. Nos tempos atu-ais de brutalidade nas relações sociais, em quedama e cavalheiro parecem ser apenas indica-ções pregadas nas portas dos banheiros e nãosímbolos de refinamento (nos bailes e foradeles), Antonieta fazia questão de ressaltar:dançar bem (coisa que fez como poucos) nãobasta; é preciso ser também cordial e solidáriocom o próximo. Essa postura talvez derivassede suas convicções socialistas, que nunca es-

Pequena grande damaRubem Mauro Machado

condeu. Apesar de ter feito nome como mes-tra e dançarina, morreu pobre. Mas encontrouna dança a sua forma de ser feliz e talvez issolhe bastasse.

Gostava de contar como, mocinha, teve dementir a idade para poder freqüentar a famosaAcademia Moraes, onde depois se tornou ins-trutora. Partilhou sua arte como alguns dosmaiores nomes da dança de salão brasileira. Aperda recente de um filho foi mais um golpeduro; nem assim se deixou abater. Nos últimostempos, mesmo doente e alquebrada, aparecianos bailes, especialmente na sua amadaEstudantina da Praça Tiradentes, onde dança-va um ou dois boleros, antes de voltar paracasa, situada não muito longe. As pessoas pas-sam, o exemplo que deixam permanece. A dan-ça de salão brasileira não vai esquecer MariaAntonieta.

13Abril/2009

Eu a vi apenas uma vez. Foi num domingoúmido do verão de 2008. MariaAntonieta passou algumas horas a bor-

do do Costa Magica, atracado na Praça Mauá,coração do seu Rio de Janeiro. Convidada dehonra para um encontro com cerca de 50 profis-sionais da dança de salão que protagonizariampor uma semana o cruzeiro Dançando a Bordo,ela se produziu como se fosse brilhar em maisum dos milhares de bailes de que participou. Eassim foi.

No banco do passageiro do táxi, a caminho deseu modesto apartamento na região central da ci-dade, fui me informando com Monica Steinvaschersobre a notável figura. Me soava familiar, tinhaouvido falar dela, mas confesso que não enxergavanítida sua relevância para o mundo da dança desalão brasileira. Maria Antonietta era uma novida-de para mim, quanta ignorância...

Apenas 15 minutos mais tarde, acessando onavio, eu já tinha claro que estava ao lado darainha das nossas pistas e salões. Falava muito,e rápido. Construía discursos sensatos e espon-tâneos, com densidade de rio em cheia. Seus 80anos de vida passaram voando por mim, pelasruas desertas da antiga capital, no curso de umacorrida de táxi. Já sabia, então, de muitas coisasde sua vida : alegrias na dança, discípulos, dores,dramas familiares, vitórias contra doenças, cos-tumes e códigos dos bailes de ontem e de hoje.

Ao ingressar no átrio, suas antenas sintoni-zaram de pronto na valsa que Christovão

Christianis e Katiusca Dickow ensinavam paramais de 60 turistas em férias. Percebi então deseu instinto musical : em frações de segundocaptou o momento da aula, os passos que ovirtuoso dançarino dava com sua parceira, a aten-ção dos alunos, tudo. E, num átimo, invadiu apista, apresentando-se para a função. Surpresoe feliz com a inesperada visita, Christóvão fez-lhe reverência, interrompeu a aula, gaguejou

Momento histórico e raro, em que o jornal Dance conseguiu reunir nesta foto exclusi-va, durante um evento no Rio, cinco grandes estrelas da dança de salão brasileira:Maria Antonieta, Carlinhos de Jesus, Jaime Arôxa, Bianca Gonzalez e Sheila Aquino.

poucas frases, puxou aplausos da curiosa pla-téia. Ela então tomou a palavra, agradeceu a aten-ção, e se propôs a dar alguns passos de valsa.Delírio. Conquistou a atenção de todos com avelocidade da luz. Percebi que cochichava deli-cadamente no ouvido de Christóvão enquantoevoluía lépida ao som da valsa. Curioso, subin-do para o restaurante onde almoçaríamos, tive aousadia de perguntar-lhe o que dizia ao discípu-

lo. “Muito simples, meu filho. Ele precisa cor-rigir a posição do braço. De valsa eu entendo.”Quanto talento para ensinar ! E que respeitopelo profissional de dança. Ninguém se deu contada correção na postura que ela tinha detectadonecessária, e transmitido com sutileza.

Após o almoço, pausa para sessão de fotose gravação de depoimento em vídeo. Contoupor quase uma hora novas e velhas histórias.Eu, a esta altura, já me sentia seu biógrafo, tantosabia dela. A seu lado, a atenta Fabiana Terraescutava, concordava (inevitável) e intervinhaquando possível (raras vezes). Este depoimen-to precioso, aliás, agora será editado e copiado,sendo exibido e distribuído em eventos nos pró-ximos meses. Um carinho deste jornal Dance eda Costa Cruzeiros para com a memória da nos-sa dança de salão.

Pouco antes do navio zarpar, a equipe deprofessores do navio assistiu à emocionante in-trodução de Raquel Mesquita, herdeira moraldo legado de Maria Antonietta. E teve então oprivilégio de absorver letra por letra, gesto porgesto, do que esta levava dentro de si como nin-guém: um incondicional amor pela dança de sa-lão, atividade para a qual exigia respeito e reco-nhecimento.

Através dos janelões do Costa Magica eulevei meus olhos marejados até o horizonte, per-corri a ponte Rio-Niterói e me fixei naemblemática Ilha Fiscal. Nunca mais veria Ma-ria Antonieta. O baile continua.

Domingo com AntonietaFrancisco Ancona

Foto: Milton Saldanha

14 Abril/2009

Cia A2 e Clube Latino, um felizcasamento no palco do Carioca

Karina e Rodrigo, sempre inspirados

Cia A2, dirigida por Karina Sabah e Marcelo Cunha

Foto: Divulgação

O Carioca Club lotado e os calorosos aplausos, em dois finais de semana, marcaram o

sucesso da união no palco de duas companhiasde dança de salão, o Clube Latino, dirigido porKarina Carvalho e Rodrigo Oliveira, e Cia A2,dirigida por Karina Sabah e Marcelo Cunha. Com“Desejos” e “Romântico”, a dança de salão rea-firmou sua maturidade e capacidade de empol-gar grande público, sem apelações vulgares e fu-gindo do previsível. Cada espetáculo durou 30minutos. O grupo do Campo Belo, Cia A2, en-trou primeiro. A idéia era inverter essa ordem nasemana seguinte, mas deu certo assim e as dire-ções acharam melhor não mexer. Os grupos sãodiferentes, mas somando os dois espetáculos nãose percebeu uma ruptura muito abrupta. A razãodisso foi a alta qualidade de todos os dançarinose bailarinos, a maioria com sólida experiência. E adireção segura das duas Karinas conseguiu umandamento dinâmico, mantendo o público sem-pre ligado. Uma hora passou muito rápido.

“Romântico”, da A2, foi atualização de umapeça de Karina Sabah de 8 anos atrás, que con-tava a história dos ritmos. “Desejos” teve rotei-ro de Thiago Castilha, inspirado em MichaelJackson, segundo Karina Carvalho.

Participaram pela A2 Adriana Cabral, AnaMatiê, Danilo Santos, Fernanda Giuzzio, Karina

Foto: Divulgação

Sabah, Karla Mello, Luiz Cardoso, MarceloCunha, Reginaldo Gouveia e Renato Veronezzi.No Clube Latino, Karina Carvalho, RodrigoOliveira, Fernanda Giuzzio, Renato Veronezzi,Aline Batista, Gilberto Rocha, Fernando de Oli-veira, Rose Silveira e Ricardo Lima.

Milton Saldanha

Evandro Paz convida

Forró em Cananéiae Ilha do Cardoso

Dias 24, 25 e 26 de abrilMuito forró para dançar com música ao vivo, passeio de

escuna (sempre com forró ao vivo), almoço na paradisíacaIlha do Cardoso, forró na pousada, festival de crepesfranceses, forró no quiosque na praça e muito mais.

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Evandro Paz está organizando o eventoForró em Cananéia e Ilha do Cardoso, entre 24e 26 de abril (sexta a domingo). A programaçãoinclui forrós na pousada, passeio de escuna deCananéia para a Ilha do Cardoso, com petis-cos e música ao vivo dos trios Lua Branca,

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Aurora Lubiz volta ao BrasilAurora Lubiz, a mestra argentina de tango

muito amada pelos brasileiros, madrinha do cru-zeiro Tango & Milonga, aplaudida na Argentinae nos vários países onde já se apresentou, vempara mais uma temporada de trabalho no Brasil.A partir do dia 11 de abril, sábado, estará noRio, oferecendo workshop em promoção deAparecida Belotti. De 16 a 18 Aurora se apre-sentará em espetáculo em Belo Horizonte, comseu parceiro, o brasileiro Luciano Bastos.

Espetáculo“Abraça-me Tango”

O espetáculo “Abraça-me Tango”, com bai-larinos argentinos e brasileiros, terá curta tem-porada em Belo Horizonte, de 16 a 18 de abril,no Teatro Izabela Hendrix. Dançam MaximilianoCristiani e Maricel Giacomini, Aurora Lubiz eLuciano Bastos. As coreografias são de RobertoHerrera e Roneis Rodrigues, que também assinaa direção artística. O teatro fica na Rua da Bahia,2020 – tel. 3244-7219.

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CIA Tango& Paixão

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Novo baile às quartasPromoção: Prof. Robson Freitas

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Nelson Lima e Márcia Mello• Aulas no Tango B‘Aires, às segundas.

• Shows de tango todas as quintas e sábados (21h) no Villa Alvear, com músicos, cantores e bailarinos.

10, sexta – Banda Marcos Fran11, sábado, Koisa Nossa, com Baile de Aleluia17, sexta – Vera Cruz18, sábado – Koisa Nossa24, sexta – San Marco25, sábado – Fênix

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Neste abrilAos domingos

Gafieira da Paulicéia,com a Banda

Gafieira da CasaÀs terças

Terça Insana

18 Abril/2009

LEVEZA DO SER

...foi um dos melhores da casa neste ano, com farta distribuição de frutas, boa música eapresentação de dançarinos, com direito a improviso, no samba, de Juscelino Ribeiro eAngela Figueredo. Na foto, Fernando Di Mathus, DJ André Luis, Deise Noveli Nolla,Juscelino Ribeiro, Nilo Ferraro, Nicola Ferraro e Mário.

O tradicional Baile do Havai, do Zais, foi animado e...

Fotos: Milton Saldanha

Roger Berriel e Betina Strassmann visitaram São Paulo para divulgar o Baila Costão, noCostão do Santinho, em Floripa, e que a partir deste ano terá parceria também com a Confra-ria do Tango, liderada por Thelma e Wilson Pessi. O jornal Dance é forte apoiador do evento.

Cia La Luna, dos professores e DJs EduardoLa Luna e Drika, festejou 17 anos com baileno Clube da Aeronáutica, em Santana. Teveshow com grandes feras da dança de salão.

A artista plástica e tangueira Sandra Semeghinitrabalha há meses com uma modelo na meticulosacriação de uma nova escultura. Ela se inspira empersonagens das mitologias romana e grega.

Interacto convida para a festa de lançamentodo site do 1º Congresso Paulista de Forró, dia26 de abril, às 20h. O evento será de 4 a 7 desetembro, com 3 palestras, um debate, 42 ofici-nas, I Copa Forró, etc. Todos os estilos do forróterão amplo espaço.

ABCDança 2009, 5º Festival de Dança doABCD Paulista, será dia 2 de maio, no TeatroPaulo Machado de Carvalho, em São Caetano.(11) 2538-5122.

Duda Lima será o professor do Tango na Ruano Domingo de Páscoa, dia 12. Já deram aulasno evento Carla Salvagni e Douglas Watanabe,Vagner Rodrigues, Juliana Maggioli, RonaldoBolaño, Luciana Mayumi, Fabio Martins eSirley Paplewsky.

Luciana Mayumi será agraciada com o Tangode Oro, em cerimônia presidida pelo escritor epoeta Iván Serra Lima, no Tanghetto, daDançata, dia 17 de maio, domingo.

Jomar Mesquita e Juliana Macedo dão aulaaberta no Sesc Pinheiros, dia 11 de abril, às11:30. Dia 12, domingo, às 11h, a Mimulus apre-senta a aula-espetáculo “Dolores”, na PraçaVictor Civita. Ainda dias 11 (21h) e 12 (18:30) oespetáculo é no Teatro Paulo Autran. Rua PaesLeme 195, Pinheiros.

Cia Típica Tango apresenta “Tango Forastei-ro”, dia 22 de abril, 20h, no Teatro MunicipalSylvia de Alencar Matheus, em Vinhedo. (19)3226-2821 ou 3289-1752.

Dárcio Barzan, há anos uma das pessoas maisdedicadas ao tango em São Paulo, deixou o Homse agora está com suas turmas e montagens deshows nos salões da Academia Passos & Com-passos, de Solange Gueiros, na Vila Mariana.5549-9598 ou 9609-7869.

Renata Peçanha trabalha na montagem do IICongresso Internacional de Zouk do Rio de Ja-neiro, em janeiro de 2010. Como aquecimento,faz antes o Zouk‘n Rio 2009, de 17 a 19 dejulho, com aulas, bailes, shows. (21) 2221-1011ou 9879-1502.

Eliane & Dulce estão promovendo suas agra-dáveis terças dançantes, sempre com boa músi-ca e muitos amigos, no Hotel Trianon, nos Jar-dins, a partir das 20:30. Tels. 2748-5039 ou9381-1053.

Ricardo Garcia, do Conexión Caribe, daráworkshop de ritmos latinos dia 18 de abril, sá-bado, na Academia Saggitance, rua Clélia 33,Shopping Pompéia Nobre. Entram merengue,chachacha e bachata, está última na onda mun-dial do momento. 3676-0816.

Cia Terra Paraíso, dirigida por José Augusto,fará baile dia 24 de abril, sexta, com ingressos decortesia para eles, para que não faltem parceirospara elas. 3051-4550.

Baila Floripa fará seu Baile de Lançamento dia18 de abril. A mostra será de 30 de abril a 3 demaio. Saiba mais na pagina 6.

Paulo Lauriano inaugura em Itanhaém, dia 25de abril, sábado, a Unidade II da sua academiade dança. Fica na av. Rui Barbosa, 1505. Tels.(11) 2674-1425 e (13) 3427-7639.

Rey Castro promoveu a festa de lançamentodo primeiro CD da banda Quasímodo.

Cia Tango & Paixão, com Nelson Lima eMárcia Mello, se apresenta dia 8 de maio noTeatro Municipal de São João da Boa Vista. Dia28 de março o grupo dançou no TeatroAdamastor, de Guarulhos, para um público de700 pessoas.

O editor deste jornal foi ouvido em matériasdas TVs CNT e Record sobre vários temas liga-dos à dança, como saúde, emagrecimento, rela-ções sociais, etc. A Record focalizou especial-mente o Baila Costão, em Floripa, evento apoi-ado pelo Dance. As matérias já foram ao ar.

Marcelo Cunha e Karina Sabah foram ouvi-dos e mostrados no Guia Ação, do jornal “Esta-do”, em matéria sobre dança e saúde.

Ronaldo Bolaño promove a milonga Los Otros,na Dançata, no terceiro sábado de cada mês.Neste abril cai dia 18. Tel. 9585-4845.

Katiusca e Cristovão casam dia 29 de maio,em Curitiba, com cerimônia e recepção na Soci-edade Ucraniana.

Dança de salão brasileira, numa ótima fase,principalmente em São Paulo, promete grandesnovidades para breve. Aguardem!

Francisco Ancona seguiu novamente para a Itália,agora por duas semanas, onde navegará no CostaConcordia, o navio do próximo Dançando a Bordo.

Alcione Barros está feliz por ter conseguidoagendar a vinda dos argentinos Sebastian Arce eMariana Montes para o II Dançata MasterTango, de 21 a 23 de maio. “É maravilhoso ver oArce dançando”, diz Alcione, com seu olho clí-nico de bailarina profissional que fez carreiraem grandes companhias.

Studio Renato Mota, do ABC, promove dia 26de abril o Curso de Formação em Dança de Salão eMontagem Coreográfica. Na rua MarechalFloriano, 386, Vila Gilda, Santo André. 4426-9343.

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Além disso...

O primeiro bailarino do Theatro Municipaldo Rio de Janeiro, Marcelo Misailidis, apre-sentou no final de março em São Paulo o es-petáculo “Maurices: Ravel Pour Béjart”, naCaixa Cultural da Sé, com entrada gratuita.

Noite do Zouk acontece às terças, 21h, no Santu-ário Bar, av. Prof. Luiz Ignácio de Anhaia Mello2797, Vila Prudente. Música com DJ Mané e aulasde zouk com Cesar Oliveira, antes do baile.2154-8881 / 2717-8123 ou 2116-5138.

Semana Argentina em São Paulo levou otango às ruas e ao Shopping Eldorado, emmarço, com apresentações na Praça da Re-pública, Masp, Oscar Freire, Rua Amauri eVila Madalena.

Nelson Lima e Márcia Mello, do Tango & Pai-xão, estão todas as quintas e sábados no Villa Alvear,em Moema, dirigindo show.

Rudy Matos assumiu classes delambaeróbica na Casa de Dança, de BrunoFranchi, em Campinas. (19) 3213-7965.

Até 1º de maio estarão abertas inscrições na mo-dalidade “Seleção Pública” do Programa BR deCultura, da Petrobrás Distribuidora. Nesta primei-ra edição serão selecionados projetos de artes cê-nicas, continuando o “Dançando para não Dan-çar” e “Cinema BR em Movimento”, num totalde 24 milhões para o biênio 2009/10.www.br.com.br

Alex da Silva, coreógrafo e dançarino brasi-leiro, destaque na salsa, foi preso em LosAngeles (EUA), acusado de tentativa de es-tupro a quatro de suas alunas.

Ballet Nacional de Cuba apresenta “Giselle” dias20 e 21 de maio no Credicard Hall.

Magia, glamour, beleza, elegância e umbelo castelo. Quase um conto de fadas!

Esse foi o clima da Gran Milonga de Gala queencerrou o Lady’s Tango Festival no dia 7 demarço em San Telmo, Buenos Aires. O bomgosto expressou-se em todos os detalhes. Aescolha do local do evento - Michelangelo,um edifício histórico de 1849, retratando asociedade colonial. O glamour do tango, per-sonagem principal, expresso em suas infini-tas possibilidades, desde a dança tradicional,tango novo, até desfile das musas que atua-ram no festival. Ambiente composto por lu-zes, perfumes, cores e muito brilho. O públi-co que referendou a universalização dotango,composto por argentinos, brasileiros,suiços,entre outras nacionalidades, promoveuemoção, alegria e encantamento. Satisfaçãogeral com as aulas, professores e com amilonga. O climax do evento ficou por contadas apresentações das estrelas representadas,

Lady’s Tango Festival

entre outros, por nada menos que Juan CarlosCopes – sem dúvida o rei dessa história - queproporcinou à Gran Milonga sua fantásticadança. O final feliz ficou por conta da grandehomenagem ao dia internacional da mulher,no qual, mais uma vez, o bom gosto destacou-se na elegância das mulheres, profissionais dotango, homenageadas: Alejandra Mantinian,Aurora Lubiz, Corina De La Rosa, JohanaCopes, Lorena Ermocida, Milena Plebs eVilma Vega, que representaram simbolicamen-te todas as mulheres do mundo, com um mis-to de sensibilidade e bravura, doçura e força,delicadeza e garra, expressas pelo carinho,atenção e cuidado dedicados a todos os pre-sentes. O jornal Dance, um dos responsáveispelo “Viveram felizes para sempre”, estevepresente prestigiando o Lady’s Tango e con-tribuindo para sua divulgação e memória.

Angela Figueredo, enviada especial do Dance.

Johana Copes, Aurora Lubiz e Vilma Vega brincam exibindo o Dance

Latin Mix Del Sur, ex-Salsamba, organiza-do e dirigido por Alessandra Antunes, vai reunirdançarinos de salão gaúchos com grandes mes-tres, em aulas empolgantes de todos os ritmoslatinos. Será dia 23 de maio, em Porto Alegre. Oencontro terá nada menos que Carine Morais eRafael Barros, Ricardo Garcia, Érico Rodrigo eRachel Buscácio, Cristovão e Katiusca, Theo eMonica. Contando ainda, pela segunda vez, comcobertura do jornal Dance e apoio da Costa

Latin Mix Del Survai sacudir Porto Alegre

Cruzeiros. O baile, no salão do Grêmio Sargen-to Geraldo Santana, terá música da Banda Azúkar.No domingo, 24, haverá churrasco aosapoiadores e mestres na Fazenda Santa Isabel,em Guaiba, do casal Caiado Godoy e CarmenFreitas. A fazenda é conhecida como “Santuárioda Salsa” e Caiado é o maior colecionador doBrasil de CDs e DVDs do ritmo. (51) 3242-3697 ou 9978-8007.

www.latinmix.com.br

Está prevista para a primeira semana de maioa inauguração do Clube Latino Espaço de Dan-ça, de Rodrigo e Karina, na rua Consolação 2416,esquina com Paulista. E já entre os dias 16 e 22de maio o novo espaço promove uma semanaintensiva com professores de grande prestígio,

Rodrigo e Karina abrem a Clube Latinocomo Sheila Aquino e Chocolate, RenatoVeronezi e Carol Agatti, J. Junior e Ana Paula,Érico Rodrigo e Raquel Buscacio, AlexandreBellarosa e Kátia Rodrigues, Magoo e Carol,mais os donos da casa e equipe Clube Latino.2849-4566.

Foto: Angela Figueredo

20 Abril/2009