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Vera Monteiro
Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE nos Relatórios de avaliação
externa dos Agrupamentos de Escolas:
Agrupamento de Escolas Vasco Santana, Odivelas – Março de 2009
Agrupamento de Escolas Avelar Brotero, Odivelas – Maio de 2009
Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas – Março de 2009
Análise e comentário crítico
1. Introdução
Para efectuar esta análise e comentário crítico seleccionei três relatórios de avaliação externa, todos relativos ao ano de 2009, das seguintes escolas/agrupamentos
pertencentes à Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo:
Agrupamento de Escolas Vasco Santana, Odivelas
Agrupamento de Escolas Avelar Brotero, Odivelas
Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas
A escolha destas escolas/agrupamentos prende-se com o facto de todas pertencerem ao concelho onde exerço funções, Odivelas.
Após a leitura cuidada dos respectivos Relatórios de Avaliação Externa das Escolas, procedi à organização de uma tabela para verificar a presença de referências à BE nos
relatórios (ver ponto 2).
Domínios de referência da IGE Agrupamento de Escolas Vasco Santana,
Odivelas – Março de 2009
Agrupamento de Escolas Avelar
Brotero, Odivelas – Maio de 2009
Agrupamento de Escolas a Sudoeste
de Odivelas – Março de 2009
1. Resultados
1.1- Sucesso educativo
1.2- Participação e desenvolvimento cívico
1.3- Comportamento e disciplina
1.4- Valorização e impacto das
aprendizagens
2. Prestação de serviço educativo 2.1- Articulação e sequencialidade
2.2- Acompanhamento da prática lectiva
em sala de aula
2.3- Diferenciação e apoios
2.4- Abrangência do currículo e valorização
dos saberes e da aprendizagem
“A Biblioteca escolar/ Centro de Recursos
Educativos regista taxas significativas de
ocupação e requisição domiciliária de livros.
Promove concursos e oferece livros aos alunos, no
sentido de lhes incutir hábitos de leitura.”
3. Organização e gestão escolar
3.1- Concepção, planeamento e
desenvolvimento da actividade
3.2- Gestão dos recursos humanos
3.3- Gestão dos recursos materiais e
financeiros
3.4- Participação dos pais e outros
elementos da comunidade educativa
3.5- Equidade e justiça
“A escola dispõe de espaços bem equipados (…)
uma Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos
Educativos, espaço amplo e bem equipado que
integra diferentes áreas: utilização informática,
áudio e vídeo, espaço de trabalho para pequenos
grupos e espaço de leitura.”
“Os Encarregados e Educação são (…) incentivados
a participar na vida escolar (…) nomeadamente, na
semana cultural, actividades das Bibliotecas.”
“O Centro de Recursos Educativo é um
espaço adequado que possibilita o
acesso à leitura, a computadores e ao
estudo, registando-se uma elevada
frequência.”
“… uma Biblioteca/ Centro de Recursos
Educativos (BE/CRE), com sala de estudo
e 8 computadores…”
2. Análise à presença de referências à BE nos Relatórios de avaliação externa dos Agrupamentos
4. Liderança
4.1- Visão e estratégia
4.2- Motivação e empenho
4.3- Abertura à inovação
4.4- Parcerias, protocolos e projectos
5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola 5.1- Auto-avaliação
5.2- Sustentabilidade do progresso
3. Comentário Crítico
Após a análise efectuada, verifica-se que as referências às BEs são mínimas surgindo, apenas em comum às três escolas, no ponto 3.3. Gestão dos recursos materiais e
financeiros.
Das três escolas/agrupamentos analisados, constata-se que apenas o Agrupamento de Escolas Vasco Santana faz referência à BE em três pontos distintos:
2.4- Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem
3.3- Gestão dos recursos materiais e financeiros
3.4- Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa
Parece-me que há ainda um longo caminho a percorrer, na medida em que são poucas as referências às BE’s, bem como a inclusão de juízos avaliativos sobre o trabalho e
serviços prestados pelas mesmas. Sendo a BE o “espaço” central da informação e do saber no seio da escola/agrupamento, é fundamental que esta integre o processo de
autoavaliação da instituição, tendo em conta a estreita relação dos objectivos.
Nos relatórios que analisei, a BE é sempre vista como um espaço físico, desprovida de uma filosofia e identidade própria que fomenta e dinamiza no seio escolar a
autonomia, a criatividade e a literacia da informação.
Espero sinceramente que a autoavaliação das Bibliotecas Escolares venha dar uma nova visão da real importância da BE nas escolas e nas comunidades.
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