ISSN 2179-4413 Volume 1 / Número 1 / Abril/Jun - 2010
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A FITOMEDICINA DA FEIRA EM CAMPINA GRANDE-PB
José da Silva BARBOSA1,3
; Clélio Barbosa de AGUIAR1,2
; Eduardo Noberto Adamastor de SOUSA1,2
1-Fundação Universitária de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão
2-Curso de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaráu 3- Especialização em Desenvolvimento e Meio Ambiente, UNIPÊ/FURNE
E-mail: [email protected]
RESUMO: O trabalho teve por objetivos realizar um levantamento dos vegetais usados na
fitomedicina em Campina Grande-PB. O período de estudo foi de março a outubro de 2008, tendo
como amostra de 05 pontos de comercialização na feira central da cidade. Verificou-se que além de
chás, outras formas farmacêuticas que podem ser elaboradas com plantas medicinais são os extratos
fluidos, elixires, pomadas, drágeas, colírios, linimento, cremes, loções e tinturas. Foram
identificadas plantas usadas com fins terapêuticos mais que podem causar danos a saúde foram:
Symphytum officinale, Solanum paniculatum L., Brugmansia suaveolens Ber. & Presl., Ficus
benjamina e Ficus carica. Outros, sem contra-indicação e muito usadas foram: Persea americana
Mill., Rosmarinus officinalis L., Lactuca sativa L., Ruta graveolens, Cnicus benedictus, Lippia alba
Cham., Eucaliptus grandis, Anadenanthera peregrina, Lithraea molleoides (Vell.) Engl.,
Anacardium occidentale L, Coumarouna odorata, Cephaelis ipecacuanha A. Rich, Operculina
macrocarpa. Quanto aos problemas no uso desses vegetais para fins terapêuticos os principais
foram (i)plantas que podem causar danos ao fígado; (ii) plantas que podem causar irritação
gastrintestinal; (iii)plantas que podem afetar o sistema nervoso central (SNC); (iv)plantas que
podem causar danos a pele; (v)plantas que podem causar diarréias graves quando usadas de modo
incorreto e (vi)plantas que podem causar a morte. Com isso, para utilizar plantas conhecidas, sejam
elas conhecidas ou de identidade duvidosa, deve-se observar se junto aos locais existam agrotóxicos
em geral ou se os preparos estão dentro das normas específicas e buscar instituições especializadas
e qualificadas.
Palavras-Chave: Fitomedicina, Ervas Medicinais, Comercialização, Feira Central.
ABSTRACT: Thus the study aimed to survey plants used in phytomedicine in Campina Grande-
PB. The study period was from March to October 2008, with a sample of 05 points in Monday
trading center of town. It was found that in addition to teas, other pharmaceutical forms can be
prepared with herbal extracts are fluid, elixirs, ointments, tablets, eye drops, liniments, creams,
lotions and tinctures. We identified plants used for therapeutic purposes that may cause more harm
to health were: Symphytum officinale, Solanum paniculatum L., Brugmansia suaveolens Ber. &
Presl., Ficus benjamina and Ficus carica. Others, without contraindications and were used were:
Persea americana Mill., Rosmarinus officinalis L., Lactuca sativa L., Ruta graveolens, Cnicus
benedictus, Lippia alba Cham., Eucalyptus grandis, Anadenanthera pilgrim, Lithraea molleoides
(Vell.) Engl ., Anacardium occidentale L, Coumarouna odorata, Cephaelis ipecacuanha A. Rich,
Operculina macrocarpa. As for the problems in using these plants for therapeutic purposes were the
main (i) plants that can cause liver damage, (ii) plants that can cause gastrointestinal irritation, and
(iii) plants that can affect the central nervous system (CNS) (iv) plants that can damage the skin, (v)
plants that can cause severe diarrhea when used improperly, and (vi) plants that can cause death.
Thus, to use plants known, whether known or uncertain identity, it should be noted that there are
places close to pesticides in general or whether the preparations are in search of specific standards
and specialized institutions and qualified.
Keywords: Phytomedicine, Herbs, Marketing, Market Central.
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1- INTRODUÇÃO
Há muito tempo, as plantas medicinais têm sido usadas como forma alternativa ou
complementar aos medicamentos da medicina tradicional. Estas são amplamente comercializadas
em farmácias e supermercados em geral, por razões sociais ou econômicas. A crise econômica, o
alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população a assistência médica e
farmacêutica são possíveis fatores que levaram as pessoas a utilizar os produtos de origem natural
(CASTRO e FERREIRA, 2001).
O uso das plantas medicinais tem que ser feitos cuidadosamente, com muito critério, pois as
mesmas não fazem milagres e podem levar a intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem
precauções e contra-indicações destas plantas. Imaginamos que o produto por ser natural, faz bem a
saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os efeitos desejados ou não, pode ser desastrosa
(CORRÊA, BATISTA e QUINTAS, 1998).
Neste trabalho foram abordados os cuidados no cultivo, manipulação e consumo das plantas
medicinais. Juntamente com os erros e problemas mais comuns na sua utilização, visando um maior
conhecimento das pessoas em relação ao modo adequado de plantá-las, colhe-las e usa-las para o
bem estar comum (DANTAS, 2007).
A toxicologia é tão antiga quanto à própria história. Parte integrante da existência humana, o
conhecimento da potencialidade tóxica de plantas, animais e metais registrado nos papiros de Ebers
1500 a.C.. Através dos séculos os conhecimentos toxicológicos foram utilizados nas mais diversas
situações: da caça à guerra, da proteção à saúde ao do homicídio e ao suicídio, dos ritos religiosos à
execução sumária (DIAS e ARAÚJO, 1997).
Ao longo do tempo, plantas tóxicas foram consideradas de modo muito diverso. Em épocas
remotas e também no século 20 em algumas regiões, plantas tóxicas exerceram papel importante
para promover alimentação, através do uso como veneno de flechas na caça ou como veneno para
peixes. Ampla utilização é referida na idade média com fins políticos, militares ou pessoais, como
recurso em envenenamentos intencionais. A tradição do uso intencional remonta à antigüidade,
como a utilização da Cicuta (Conium maculatum L.) no processo de condenação à morte de
Sócrates. Mais recentemente, ao fim do século 19 e início do século 20, plantas tóxicas exerceram
um importante papel como fonte de substâncias ativas, capazes de propiciar modelos moleculares
para o desenvolvimento de fármacos (SIMÕES, 1998).
Atualmente, o principal interesse em plantas tóxicas está relacionado com o potencial de
causar intoxicações em seres humanos ou em animais, com prejuízos significativos à saúde pública
e à pecuária.
Neste contexto, a etnobotânica, aplicado ao estudo de plantas medicinais, como vem sendo
trabalhada atualmente, trabalha em estreita relação com os conhecimentos alopáticos, homeopáticos
e populares, e de acordo com o método, deve ser considerado como uma continuação complementar
entre os três, potencializando um ganho nas ciências e na saúde da população.
2. OBJETIVOS
Identificar os vegetais medicinais comercializados na feira central de Campina Grande-
PB;
Relacionar os tipos de vegetais aos fins terapêuticos;
Pontuar os principais problemas no uso desses vegetais para fins terapêuticos.
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3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1 História das Ervas
3.1.1 ORIENTE O país com a mais longa tradição nas ervas é a China. Quando no ano de 2698 a.C. o
lendário Imperador Shen Nung já havia provado 100 ervas; mencionando em seu “Cânone das
Ervas” 252 plantas, para uso. Cem anos mais tarde, o Imperador Amarelo, Huang Ti, formalizou a
teoria médica no Nei Ching no século VII, quando o governo da dinastia Tang imprimiu e distribuiu
pela China uma revisão do Cânone das Ervas (FARNSWORTH et al., 1995).
Já em 1578, Li Shizehen complementou seu “Compendio de Matéria Médica” onde fez uma
lista de 1800 substâncias medicinais e 11000 receitas de compostos (SIMÕES, 1998).
3.1.2 MÉDIO ORIENTE Encontram-se placas de barro datadas a 3000 a.C. registrando as importações de ervas
medicinais para a Babilônia eram trazidas da China ginseng isto aconteceu por volta do ano (2000
a.C.) (FARNSWORTH et al., 1995).
A Farmacopéia Babilônia abrangia1400 plantas. O historiador grego Heródoto mencionou
que muito babilônicos eram médicos amadores, os doentes deitavam nas ruas e pediam conselhos
aos que passavam (OLIVEIRA e AKISSUE, 1993).
O primeiro médico conhecido foi o egípcio Imhotep (1980 a 2900 a.C. era um sacerdote e
foi quem desenhou uma das primeiras pirâmides). Grande curando foi dei ficado e utilizava ervas
medicinais em seus preparados mágicos. Os papiros de Elers do Egito foram um dos herbários mais
antigos que se tem conhecimento datando da 1550 a.C., e ainda hoje está em exibição no museu de
Leipzig (são 125 plantas e 811 receitas) (CRONQUIST, 1998).
Na mesma época médicos indianos desenvolviam avançadas técnicas cirúrgicas e
diagnósticos e usavam centenas de ervas nos seus tratamentos.
3.1.3 GRÉCIA Nó século XIII, a.C. um curandeiro chamado Asclépio, grande conhecedor de ervas,
concebeu um sistema de cura (chamado Esculápio de cós era filho do deus Apolo e da ninfa arônis)
fundando o primeiro SPA de que se tem conhecimento, em Epidaurom, com tratamentos baseados
em banhos, jejuns, chás e uso terapêutico de música, teatro e jogos. Os templos de cura pipocaram
em toda Grécia, e Asclépio foi deificado seiscentos anos depois, Tales de Mileto e Pitágoras
compilaram essas receitas, os gregos adquiririam seus conhecimentos em ervas medicinais na Índia,
Babilônia Egito e China (CRONQUIST, 1998).
3.2. - CONCEITO DAS PLANTAS TÓXICAS E MEDICINAIS
Denomina-se planta tóxica todo vegetal que, introduzido no organismo do homem ou de
animais, seja capaz de ocasionar danos que se refletem na saúde e vitalidade desses seres. Todo
vegetal é potencialmente tóxico (OLIVEIRA e AKISSUE, 1993).
O número de vegetais superiores é estimado em 250 mil espécies. Muitas dessas espécies
produzem substâncias capazes de exercer ação tóxica sobre organismos vivos. Segundo hipóteses
mais recentes, estes metabólitos secundários de plantas seriam formados com a função de defender
a espécies de predadores. Por isso, não surpreendente que muitas plantas acumulem substâncias de
elevada toxicidade. Portanto, com a diversidade existente no reino vegetal e particularmente nas
regiões tropicais, o número de plantas potencialmente tóxico é elevado. Ë importante ressaltar que
muitas dessas plantas são completamente desconhecidas quanto ao potencial de causar intoxicações
(WILSON, 1997).
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Em algumas obras clássicas, centenas de plantas são citadas como tóxicas. No entanto, a
margem de certeza sobre a toxicidade de uma planta é limitada por uma série de fatores. Para
ocorrer a intoxicação seja por uma ingestão de uma dose tóxica, seja pelo contato através da pele,
devem ser vencidos, no processo, os mecanismos próprios de defesa de cada organismo. Assim,
uma planta pode ser potencialmente tóxica e, apesar disso, não provocar a intoxicação,
determinando, nesse caso, a convicção equivocada de ausência de toxicidade (SCHVARTSMAN,
1999).
3.3. - PRINCÍPIO TÓXICO
O princípio tóxico de uma planta consiste em uma substâncias ou um conjunto de
substâncias quimicamente bem definidas, de mesma natureza ou de natureza diferente, capazes de
quando em contato com o organismo causar intoxicação. A intoxicação depende da quantidade de
substância e da via de introdução (FARSWORTH et al., 1995).
A planta tóxica ocasiona um desequilíbrio que se traduz no paciente como sintomas de
intoxicação (OLIVEIRA e AKISSUE, 1993).
3.4. - IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS TÓXICAS
Todos os profissionais das áreas da saúde e biologia podem exercer importante papel na
prevenção de intoxicações por plantas. Neste aspecto, um destaque especial quanto à
responsabilidade deve ser atribuído ao farmacêutico, tendo em vista que a farmácia é geralmente o
estabelecido de saúde de mais fácil acesso, no qual as pessoas buscam informações em casos de
dúvidas sobre a toxicidade de uma planta ou em intoxicações acidentais. Ainda, pela sua formação
básica, abrangendo botânica, química, farmacognosia e farmacologia, deve ser capaz de entender os
riscos e a natureza das intoxicações, bem como, familiarizar-se com o potencial tóxico das plantas
da sua região (SCAVONE e PANIZZA, 1995; DANTAS, 2007).
3.5. - COMO OCORREM AS INTOXICAÇÕES
De acordo com Bicudo (1997), as intoxicações em humanos ocorrem de diferentes formas,
de acordo com a faixa etária. Em crianças até três anos de idade as ocorrências, de modo geral,
estão relacionadas com plantas ornamentais, presentes nos domicílios. Em crianças um pouco
maiores, já assumem maior importância as intoxicações fora do ambiente caseiro, com plantas
encontradas em parques, pátios, jardins, que exerçam alguma atração por terem flores, frutos ou
sementes coloridas e ainda, por terem látex, eventualmente utilizadas em brincadeiras. Em jovens e
adultos, as formas de intoxicações são diversas, desde aquelas devido a reações alérgicas pelo
contato acidental com espécies ornamentais, até aquelas intencionais, como a utilização de algumas
plantas pela suposta ação alucinógena, ou ainda a utilização com fim alimentar e uma planta
identificada incorretamente (DANTAS, 2007).
De acordo com os dados levantados no SINITOX (1993) são vários os vegetais que já
ocasionaram intoxicações e o respectivo atendimento nas unidades de João Pessoa e Campina
Grande, como descritos no quadro a seguir.
3.6. – FITOTERAPIA E MANIPULAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS
A Fitoterapia é mais antiga do que as leis e as sociedades organizadas. Foi reconhecida
oficialmente como de “interesse popular e institucional” pela portaria n° 971 do Ministério da
Saúde, mas ainda existem pendências nas diretrizes desse ministério Federal. Faltam esforços dos
que fazem o governo na implementação e execução nos aspectos práticos da portaria citada
(ELISABETSKY e SOUZA, 2003).
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Por sua vez, necessário uma maior participação da sociedade nas reivindicações de políticas
de saúde pública permanentes, duradouras, e que sejam direcionadas aos interesses da população.
Temos a mias rica e a maior biodiversidade, e isso requer a implementação de processos
educativos básicos de incentivo tanto a proteção quanto a exploração de recursos para uma forma
auto sustentável. Falta a criação de cursos técnicos profissionalizantes e superiores em fitoterapia.
Falta valores, necessitamos de garantia, da escolha democrática dos caminhos em que a sociedade
quer percorrer sem impedimentos, em busca de sua própria cura, estudos realizados e a publicação
de muitas teses a respeito da matéria (ROBBERS, SPEEDIE e TYLER, 2003).
Faltam bancos públicos de ervas. Faltam incentivos ao plantio auto-sustentável de ervas.
Falta a sociedade brasileira um incentivo para redescobrir seus valores básicos, ter orgulho da sua
ancestrabilidade, e com isso buscar a sua própria cura; mas antes precisamos tratar a baixa auto-
estima que hoje é a maior causa das doenças psicossomáticas do cidadão brasileiro advindas de
processos sociais antigos aos quais envolvem memórias da ditadura, e o processo de construção da
democracia. Sabemos que o adoecimento é favorecido pelo abandono dos elos de ligação do
equilíbrio físico mental, emocional e espiritual (MACIEL, PINTO e VEIGA JR, 2002).
O ser humano urgentemente vincular o plantio do feijão, do arroz, as ervas medicinais com
as quais se trata as tradições culturais dentro do contexto do bem estar. A nação brasileira está
destinada a viver na multiculturabilidades e o povo brasileiro precisa ser visto com mais respeito
dentro dos princípios democráticos que tanto tem lutado para mantê-lo. A mais urgente necessidade
é a garantia da escolha democrática para os caminhos que a sociedade que percorrer sem nenhum
impedimento, em busca da sua própria cura (MORTON, 1998).
Com uma das mais ricas biodiversidades o Brasil tem todas as condições de mudar a sua
política de saúde pública e adotar uma postura democrática, onde o povo possa escolher o caminho
para sua própria cura, entre elos o que faz a ligação com sua ancestrabilidade: o caminho das ervas
medicinais (DI STASI, 1998).
3.6.1. – AS CONTRIBUIÇÕES DA BOTÂNICA DA QUÍMICA E DA
FARMACOLOGIA.
A botânica, a química e a farmacologia abrangem conhecimentos indispensáveis para a
utilização segura das plantas medicinais. É função dos botânicos providenciar a identificação
correta e descrição da morfologia das espécies vegetais, além da compilação de dados em herbários
onde são obtidas informações sobre a distribuição geográfica e a fenologia das mesmas. Os
farmacêuticos e os químicos especializados em plantas extraem, isolam, purificam e identificam os
componentes químicos (princípios ativos). Os farmacologistas de produtos naturais verificam as
ações biológicas ou atividades farmacológicas desses princípios ativos e ou extratos vegetais, bem
como avaliam sua eventual toxidade. Somando-se a essas importantes contribuições, desempenham
um papel fundamental aqueles profissionais que atuam nas áreas de Etnobotânica e
Etnofarmacologia recolhendo dados juntos a população sobre a planta, período ideal da coleta, parte
da planta utilizada, formas de utilização e preparação, dose preconizada, indicações terapêuticas e
todas as outras informações sobre a utilização (MACIEL, PINTO e VEIGA JR., 2002).
Esse adquire importância fundamental em vista do caráter dinâmico da medicina popular e
do desaparecimento de espécies vegetais e de práticas culturais. É necessário portanto registrar
todas as informações possíveis sobre o emprego de plantas medicinais (DANTAS, 2007).
3.6.2. - CONSUMO DE PLANTAS MEDICINAIS.
Popularmente, as plantas medicinais de pequeno porte são conhecidas por ervas e
geralmente são utilizadas inteiras; para plantas maiores (arbustos e árvores) é comum a distinção de
uma parte específica a ser utilizada (raízes, folhas, frutos, sementes e flores) esta parte é geralmente
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secada a sombra, podendo ser picada grosseiramente (planta rasurada) e utilizada em preparações
diversas (DANTAS, 2007).
3.7. - A DIVERSIDADE CULTURAL E SEU RE-CONHECIMENTO
Como subestimar o conhecimento de pessoas, como os sertanejos, que sabem a hora que vai
chover e que remédio vai usar para as enfermidades, mostrando uma interação com o meio em que
vive (DANTAS, 2007).
ARANTES (1981) exprime que não se deve ter uma separação e discriminação entre o saber
e o fazer, pois ambos são formas de conhecimentos, e às vezes quem elabora não consegue fazer.
Para este autor: “essa dissociação entre “fazer” e “saber”, é básica para a manutenção das classes
sociais, pois ela justifica que uns tenham poder sobre o labor de outros”.
O modelo capitalismo, tenta desvincular o conhecimento e o saber, fazendo lembrar um
trecho da música “Sampa”, de Caetano Veloso que diz: “É que Narciso acha feio o que não é
espelho”. Esse achar feio a que a sociedade diz, pode reverter à noção de conhecimento que é
fundamentada no cartesianismo positivista das ciências. Sobre esse mesmo assunto, SANTOS
FILHO e GAMBOA (2001), lembram-nas, que a partir dessas comparações, que colocavam as
ciências sociais no mesmo patamar das ciências físicas, que, alguns filósofos e pensadores sociais
alertavam sobre a destruição do que representa a vida humana social. E isso era fruto do positivismo
que “enfatizava em demasia o lado biológico e social do ser humano e esquecia a dimensão de sua
liberdade e individualidade”.
Assim, essa “separação” de saberes e essa “imposição”, dificulta uma formação crítica e
contextualizada viabilizando assim, práticas e vivências comunitárias, que colaboram para a
formação dos cidadãos e cidadãs, acríticos refletindo na escola, que é o espaço onde se dá a
extensão desse fenômeno (DANTAS, 2007).
Embora o conteúdo escolar não seja o único elemento educativo para a preparação do
indivíduo vemos que, se houver o acréscimo dos saberes adquiridos através das vivências
comunitárias e sociais, e ainda, se trabalhado de forma envolvente, participativa e contextualizada a
partir de sua realidade, renderá bons frutos.
A atual política educacional trata dessas questões, através da inserção dos Temas
Transversais no currículo escolar, onde se contemplem as questões do Meio Ambiente e da
Pluralidade Cultural, pois é complicado imaginar que em um país de proporções continentais como
o Brasil, não se enfoque os problemas de perda de biodiversidade, consumo desenfreado e da
diferença sócio-econômica estabelecida no nosso país. Este, possui uma miscigenação étnica
variada, que vai das Indias aos Japonesas, o que propicia ao nosso “Brasil brasileiro” uma herança
cultural riquíssima.
Então é bastante conveniente contemplar todos os conhecimentos (empírico ou científico)
presentes nas diferentes etnias, tribos, comunidades e grupos sociais, para vir a acrescer a sociedade
como um todo. Contemplar os saberes regionais, locais e comunitários, é convergir em uma
reflexão mais ampla da realidade. Esta reflexão situa-nos como cidadãos e cidadãs, que devem
reivindicar e exercer os seus direitos de habitar um ambiente propício para desenvolver nossas
atividades sócio-culturais, intelectuais e, principalmente, humanas. Contemplando, debatendo e
ouvindo-se os conhecimentos dos envolvidos, pode-se acrescentar e incentivar a construção de um
conhecimento voltado ao agir e pensar críticos através de questões que eles já conheciam, mas até
hoje, não lhes davam a oportunidade de expressar (DANTAS, 2007).
O conhecimento popular é inserido na diversidade cultural mundial e isso está evidenciado
aqui no Brasil e em várias outras partes do mundo. Fazer este elo entre a cultura e a biodiversidade,
torna-se importante instrumento para compreensão das diversas representações perante o ambiente,
que vão desde a manutenção como a exploração de seus recursos.
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4. MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia é fundamental para a pesquisa, ela e suas técnicas oferecem ferramentas que
colaboram para a melhor elaboração e sistematização do processo de construção, manutenção e
considerações da pesquisa.
A pesquisa ora realizada, teve um caráter de pesquisa qualitativa a nível diagnóstico, onde se
procurou contemplar as informações em formas e contextos variados para, dessa forma, refletir
sobre a qualidade do processo e do fenômeno que há na comunidade. Sobre a pesquisa de cunho
qualitativo temos, segundo SANTOS FILHO e GAMBOA (2001):
Para auxiliar a pesquisa na Feira Central em Campina Grande, buscou-se “navegar” em
vários tipos de conhecimentos, sendo assim, utilizou-se das seguintes técnicas de pesquisa:
A) Pesquisa de campo - Fundamental para o propósito da pesquisa, principalmente para a
“imersão” no contexto dos raizeiros e consumidores, o que facilita as técnicas seguintes.
B) Observação participativa - É aquela na qual a pesquisadora vai a campo e observa
diretamente o fenômeno. Esse método foi um grande diferencial, pois observando de perto a
comunidade e participando de seu cotidiano houve um fortalecimento da credibilidade enquanto
pessoa e pesquisador perante a comunidade. Isso favoreceu o acesso às pessoas e às informações,
pois, as trocas se estabeleciam em vários níveis de conhecimentos e confiabilidade. MONTEIRO e
MONTEIRO (2001).
C) Entrevistas participativas - vem no intuito de buscar informações através de perguntas
e respostas fornecidas pelos membros da comunidade. Em Mimoso, foi empregado, entrevistas de
forma aberta, através de um pequeno caderno de campo para anotações com enfoque nas plantas
medicinais.
D) Pesquisa e Revisões Bibliográficas - Para abarcar os nomes científicos e vernaculares
que por ser um “conhecimento popular” dão margens a muitos e ao mesmo com diferentes nomes.
E) Consulta à técnicos e especialistas - Sempre que as dúvidas sobre algum vegetal ou algo
relacionado à pesquisa, lançava-se mão dos conhecimentos, das membros da academia ou mesmo
do corpo técnico da Universidade Estadual da Paraíba e outras instituições.
F) Período de Estudo Local: março e outubro de 2008 feira central de Campina Grande-PB
H) Amostra e frequencia: depois de várias consultas (05 pontos de comercialização) todos
indicaram para maior detalhe a banca de José Severino. Sendo as visitas duas vezes por semana
(terça e quinta) durante duas horas cada visita. Nas terças de março a junho no período da manhã e
de julho a outubro no período da tarde; já nas quintas de março a junho no período da tarde e de
julho a outubro no período da manhã.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O conhecimento da comunidade é muito abrangente e principalmente enraizado na cultura e
religião, e isso está bem explícito na frase do Sr. José Severino “Eu não curo ninguém, apenas sou
um instrumento... Quem cura é a fé”. É necessário salientar que o conhecimento dessa população
não é fragmentado, já que o conhecimento de um fato está sempre em relação com outro, ou seja, os
fatos se encontram e se entrelaçam fazendo o conhecimento tornando-se bem amplo e
contextualizado.
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As ervas medicinais mais vendidas, principalmente no comércio de Campina Grande e
região do compartimento da Borborema, consequentemente as mais usadas, segundo o raizeiro
“José Severino” com larga experiência no comércio de ervas medicinais, e atualmente o maior em
variedade de folhas, flores, cascas, raízes, extratos e tinturas.
Os Vegetais mais vendidos e consumidos pelos usuários da feira central mas que podem
causar sérios danos à saúde.
Quadro 1. Vegetais mais vendidos em Campina Grande-PB, de acordo com a parte usada e os principais danos à saúde
que podem provocar.
Nome Vulgar Nome
Científico Família Parte Usada Principais danos provocados
Confrei Symphytum
officinale Borraginaceae Folha Danos ao fígado
Jurubeba Solanum
paniculatum L. Solanaceae Fruto
Podem causar irritação
gastrintestinal
Trombeteira Brugmansia suaveolens
Ber. & Presl. Solanaceae Flor
Podem afetar o sistema nervoso
central (SNC)
Arnica Arnica montana L Asteraceae Folha Pode causar danos a pele
Ficus Fícus benjamina Moraceae Folha Pode causar danos a pele
Figueirinha ou
carapiá Ficus carica Moraceae Folha Pode causar danos a pele
Mama-cadela Brosimum
gaudichaudii Tréc Moraceae Folha / Flor Pode causar danos a pele
Babosas Aloe vera Liliaceae Folha Podem causar diarréias graves
Taiuiá Cayaponia tayuya –
Martins Cucurbitaceae Casca Podem causar diarréias graves
Sene Cássia acutifólia
Del. C. angustifólia
Vahl. Leguminoseae Folha Podem causar diarréias graves
Cascara sagrada Rhamnus purshiana Rhamnaceae Casca Podem causar diarréias graves
Ruibarbo Rheum palmatum Polygonaceae Casca Podem causar diarréias graves
Mamona Ricinus communis Euforbiaceae Semente Podem causar a morte
Espirradeira Nerium oleander Apocynaceae Flor Podem causar a morte
Maria-mole Senecio brasiliensis Asteraceae Folha e Flor Podem causar a morte
5.2. - Vegetais Medicinais que podem causar danos a saúde
a) Plantas que podem causar danos ao fígado:
Nome Vulgar Nome Científico
Confrei ou consolida Symphytum officinale
Cambará ou camará Lantana camara L.
Maria-mole ou flor-das-almas Senecio brasiliencis (Spreng.) Lessi
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b) Plantas que podem causar irritação gastro intestinal:
Nome Vulgar Nome Científico
Jurubeba Solanum paniculatum L.
Arnica Arnica montana L.
Ipeca Cephaelis ipecacuanha (Brot) a Rich
Umbu Phytolacca dioica L.
c) Plantas que podem afetar o sistema nervoso central (SNC)
Nome Vulgar Nome Científico
Cavalinha, cola-de-cavalo ou rabo-de-rato Equisetum spp.
Losna Artemisia abisinthium L.
Erva-de-santa-maria ou mastruço Chenopodium ambrosioides L.
Trombeteira Datura suaveolens Humb. & Bompl. ex Willd.
d) Plantas que podem causar danos a pele:
Nome Vulgar Nome Científico Danos
Arnica Arnica montana L. Quando em doses altas no uso
externo
Figo Fícus carica L. Queimaduras sérias
Figueirinha ou carapiá Dorstenia Brasiliensis Lam. Queimaduras sérias
Mama-cadela Brosimium gaudichaudii
trecul
Causam dermatites se mantiver
contato
e) Plantas que podem causar diarréias graves quando usadas de modo incorreto.
Nome Vulgar Nome Científico
Babosa Aloe spp.
Taiuiá Cayaponia spp.
Sene Cássia acutifólia Del. C. angustifólia Vahl.
Cáscara sagrada Rhamnus purshiana DC.
Ruibarbo Rheum palmatum L.
f) Plantas que podem causar a morte:
Nome Vulgar Nome Científico
Mamona Ricinus communis L.
Leandro ou espirradeira Nerium oleander L.
Maria-mole Senecio brasiliensis (Spreng) Less.
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Quadro 2. Vegetais mais vendidos e consumidos pelos usuários da feira central com os seus respectivos fins terapêuticos.
Nome Vulgar Nome Científico Família Parte
Usada Usos
Princípio Ativo
Comprovado
Abacateiro Persea americana
Mill. Lauraceae Folha Diurético
Carboidratos, proteínas, gordura,
taninos, perseito,
metilchavicol, metil-
eugenol, dopamina,
esparagina, ácidos
málico e acético.
Alecrim Rosmarinus officinalis L.
Labiatae - Lamiaceae
Folha Anti-
espamósdico Pineno, cineol, lineol
e vitricina
Alface Lactuca sativa L. Compositae Folha Icterícia e
insônia
Lactucina, manitol, ácido lactúcico,
oxálico, asparagina,
carboidratos, sais
minerais e vitaminas
Arruda Ruta graveolens Rutaceae Folha Anti-
helmíntica rutina
Cardo Santo Cnicus benedictus Dipsacáceas Folha Anti-séptico
e depurativo
Lactonas, tanino,
mucilagens e óleo
essencial
Erva Cidreira Lippia alba Cham. Verbenacea Folha /
Flores
Calmante e
distúrbios
digestivos
óleo essencial,
geranial, neral,
cariofileno,
citronelol, geraniol,
alcaloides e flavoides.
Eucalipto Eucaliptus grandis Myrtaceae Folha Contusões,
Asmas e
Catarro
óleo essencial,
taninos
Angico Anadenanthera
peregrina Mimosoideae Casca
Tosse e
bronquite
esteróides ; alcalóides
; flavóides; tapinos,
esteróides ;
flavonóides ; taninos.
Aroeira Lithraea molleoides
(Vell.) Engl. Anacardiaceae Casca
Cicatrizante
e
hemorrágica
Óleos voláteis,
felandreno, carvacrol
e pineno
Cajueiro Anacardium
occidentale L Anacardiaceae Casca
Diurético e
Catarro
Esteróides,
flavonóides,
catequinas, fenóis,
taninos, resinas, saponinas
Cumaru Coumarouna
odorata Leguminosae
Casca / sementes
Cardíaco Óleos essenciais e
cumarina
Ipepacuanha Cephaelis
ipecacuanha A.
Rich Rubiaceae Raiz
Anti-
helmíntico
Saponinas, emetina e
outros alcalóides;
flavonóides, glicosídeos e resinas .
Batata de
Purga Operculina
macrocarpa Convolvulaceae Raiz
Purgativo e
afecções
cutâneas
ácido caféico,
convolvulina,
jalapina, ácido
jalapinólico, resina,
escopoletina, amido,
ácido valérico
ISSN 2179-4413 Volume 1 / Número 1 / Abril/Jun - 2010
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6. CONCLUSÕES
De acordo com os dados coletados foi possível constatar que:
Mesmo existindo vários pontos de comercialização de plantas medicinais em Campina
Grande, o principal, de maior diversidade e de melhor conhecimento por parte do raizeiro foi o box
do Sr. José Severino localizada na Feira Central.
Os principais vegetais medicinais comercializados e identificados na feira central de
Campina Grande-PB foram Confrei, Jurubeba, Trombeteira, Arnica, Ficus, Figueirinha ou carapiá,
Mama-cadela, Babosas, Taiuiá, Sene, Cascara sagrada, Ruibarbo, Mamona, Espirradeira e Maria-
mole;
Os principais vegetais e os respectivos fins terapêuticos foram Abacateiro (Diurético),
Alecrim (Anti-espamósdico), Alface (Icterícia e insônia), Arruda Batata de Purga (Purgativo e
afecções cutâneas), Cardo Santo (Anti-séptico e depurativo), Erva Cidreira (Calmante e distúrbios
digestivos), Eucalipto (Contusões, Asmas e Catarro), Angico (Tosse e bronquite), Aroeira
(Cicatrizante e hemorrágica), Cajueiro (Diurético e Catarro), Cumarú (Cardíaco) e Ipepacuanha
(Anti-helmíntica).
Quanto aos problemas no uso desses vegetais para fins terapêuticos os principais foram
plantas que podem causar danos ao fígado; plantas que podem causar irritação gastrintestinal;
plantas que podem afetar o sistema nervoso central (SNC); Plantas que podem causar danos a pele;
plantas que podem causar diarréias graves quando usadas de modo incorreto e Plantas que podem
causar a morte.
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