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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PS-GRADUAO LATU SENSU
ANLISE ECONMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS
Aluno: Marcelo Souza da Silva
Orientador: Professor Luiz Cludio Lopes Alves D. Sc.
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDESINSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PS-GRADUAO LATU SENSU
ANLISE ECONMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS
OBJETIVOS:
Esta monografia pr-requisito para formao em
ps-graduao em Finanas e Gesto Corporativa
da Universidade Candido Mendes, Instituto a Vez do
Mestre elaborada pelo aluno Marcelo Souza daSilva.
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AGRADECIMENTOS
A Deus pela nossa existncia, a meus pais pela
minha criao, a minha esposa pelo apoio, ao colega
Marcelo Costa, pois me incentivou a entrar no curso, aoscolegas de turma e aos professores, em especial Ana
Cludia pois suas aulas me ajudaram a escolher o assunto
da Monografia.
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DEDICATRIA
Dedico a meus filhos Vtor e Vernica, pois s
crianas pertence o reino dos cus.
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RESUMO
Muitas empresas no Brasil, hoje, fecham suas portas por razes
econmico-financeiras. Os motivos do encerramento das atividades so
diversos, mas todos convergem para a mesma concluso: os empresrios
desconhecem a sade financeira da empresa. Apesar de a legislao brasileira
permitir a no-divulgao de algumas demonstraes contbeis, para micro e
pequenas empresas, o que se tem observado o total desconhecimento por
parte do empresariado das informaes que as demonstraes traduzem.Alguns at se preocupam com a emisso desses documentos com informaes
fidedignas; mas mesmo esses, em sua maioria, no so capazes de interpretar
os dados da contabilidade. Uma empresa pode, por exemplo, dar sinais de
estar com o endividamento oneroso muito elevado, o que ocorre geralmente
quando os scios no possuem reservas para suprir eventuais prejuzos. Este
endividamento pode se dar por conta do aumento das vendas. importante
que a empresa possua capital de giro para suprir esse aumento, sem recorrer a
bancos por meio de emprstimos com altas taxas de juros. A contabilidade
influencia inclusive o relacionamento com agentes do macro-ambiente. Os
bancos possuem funcionrios com bastante expertise para analisar os dados
contbeis, e resolver sobre assistncia creditcia. O governo controla por meio
do demonstrativo de resultado o correto pagamento de imposto. Os acionistas
tomam deciso de investimento por meio do impacto da divulgao do
Resultado. Conclumos, assim, que as decises devem sempre considerar a
situao financeira da empresa e quais conseqncias que essas decises
podem trazer ao patrimnio da empresa.
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METODOLOGIA
O presente trabalho acadmico tem por fonte bsica consulta
bibliogrfica.
As experincias trocadas com os professores em sala de aula tambm
apoiaro o contedo apresentado, principalmente no que tange aos exemplos
que foram empregados pertinentes ao assunto.
Algumas experincias vividas por empresrios serviram como objeto de
pesquisa, ainda que no citadas diretamente, mas que permearam o campo da
observao prtica do comportamento das empresas, no que diz respeito ao
campo da Contabilidade Gerencial.
A proposta da Monografia aproximar pessoas que no observam
aplicaes prticas de frmulas como a diviso do ativo pelo passivo comoforma de mensurao de capital de giro e tantas outras que sinalizam a
respeito da sade financeira da empresa, que muitas vezes vai mal. E
continua-se gastando ineficientemente e ineficazmente, sem perceber os
efeitos nocivos que isto traz.
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SUMRIO
INTRODUO.....................................................................................................9
CAPTULO I - ANLISE FINANCEIRA............................................................ 12
1.1 - NDICES DE LIQUIDEZ...............................................................13
1.1.1 - Liquidez Geral................................................................13
1.1.2 - Liquidez Corrente...........................................................14
1.1.3 - Liquidez Seca.................................................................14
1.1.4 - Liquidez Imediata...........................................................15
1.1.5 - Capital de Giro (Capital circulante lquido).....................15
1.2 - CICLO DE CAPITAL DE GIRO.......................................................16
1.2.1 - Prazo mdio de estoque....................................................16
1.2.2 - Prazo mdio de recebimento das vendas.........................17
1.2.3 - Ciclo operacional...............................................................17
1.2.4 - Prazo mdio de pagamento das compras.........................18
1.2.5 - Ciclo Financeiro.................................................................18
1.2.6 - Necessidade ou disponibilidade de capital de giro............19
1.3 - ESTRUTURA DE CAPITAL............................................................191.3.1 - Composio de endividamento.........................................20
1.3.2 - Grau de endividamento.................................................... 20
1.3.3 - Garantia do Capital Prprio...............................................20
1.3.4 - Garantia ao Capital de Terceiros.......................................21
1.3.5 - Cobertura de Juros............................................................21
1.3.6 - Grau de alavancagem.......................................................21
1.3.7 - Imobilizao do Patrimnio Lquido...................................22
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CAPTULO II - ANLISE ECONMICA............................................................23
2.1 - RENTABILIDADE.........................................................................24
2.1.1 - Taxa de retorno sobre investimentos (ROI)......................25
2.1.2 - Taxa de retorno sobre o Patrimnio Lquido.....................26
2.1.3 - Taxa de retorno do Ativo...................................................26
2.2 LUCRATIVIDADE...........................................................................26
2.2.1 - Margem de Lucro sobre as vendas...................................272.2.2 - Margem Bruta....................................................................27
2.2.3 - Margem Lquida.................................................................27
2.2.4 - Lucro por Ao..................................................................28
2.2.5 - Giro do Ativo......................................................................28
2.2.6 Valor patrimonial da ao.................................................29
CONCLUSO....................................................................................................30
REFERNCIAS.................................................................................................32
ANEXOS............................................................................................................33
NDICE...............................................................................................................37
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INTRODUO
Quem de ns ao se deparar com certos conceitos matemticos nunca se
perguntou: - isso serve pra qu? As escritas contbeis, como o Balano
Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados do Exerccio servem para
registrar fatos e atos relacionados aos acontecimentos financeiros da empresa.
Legal, e da? Quando se diz que as informaes desses demonstrativos
permitem fazer um diagnstico na hora de uma concesso de crdito, na
tomada de deciso de investimento, na hora da abertura de capital, entre
outros; fica um pouco mais aceitvel e compreensvel.
Como responder s seguintes perguntas: possvel perceber se a
poltica de preos da empresa est eficiente? Se os custos fixos esto sendo
pagos? Se a empresa est comprando mal? Se o endividamento da empresa
est crescendo por meio de capital oneroso? A idia que atravs da anlise
dos demonstrativos contbeis ns possamos observar indcios de boa ou m
gesto. Se no, de que outra forma ser possvel fazer uma anlise de
investimento? Como comprar aes de uma empresa que no sabemos nem
se consegue arcar com suas dvidas?
Um profissional da Administrao moderna que no detm
conhecimentos mnimos dos relatos contbeis da empresa, simplesmenteignorando os nmeros da empresa, corre srio risco de ver a empresa falir sem
se dar conta do que aconteceu para a empresa se encontrar naquela situao.
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por esse motivo que um Administrador deve saber aplicar os conceitos
da Contabilidade na sua prtica diria, procurando aperfeioar os mecanismos
de controle para que se tenha um retrato fiel da capacidade do negcio e de
como esto sendo geridos os ativos da empresa e o tamanho do resultado que
ela proporciona.
Esse trabalho tem por objetivo discutir situaes relacionadas aos
Demonstrativos Contbeis, com a preocupao de identificar possibilidades de
deficincias na situao financeira das empresas. No sero fornecidas
frmulas que forneam respostas universais, mas informaes que precisam
ser investigadas pelo analista quando constatar alguma das situaesexemplificadas nesta monografia.
Casos recentes envolvendo empresas como a Parmalat e a Enron so
bons exemplos que a aparncia no tudo. importante sempre uma viso
crtica e enxergar o que est por detrs dos nmeros e dos fatos geradores: as
pessoas e seus atos.
Com relao obteno dos demonstrativos, a Lei das S.A.
obriga que as empresas consideradas como mdias e grandes a elaborarem e
divulgarem as demonstraes como o Balano e o Demonstrativo de
Resultado. J as empresas de pequeno porte esto dispensadas de
elaborao, mas seria importante que o fizessem. Pois segundo Ching (2003),
a funo fundamental da contabilidade fornecer informao til para a
tomada de decises econmicas.
Preliminarmente, importante entender a diferena entre situao
financeira e econmica. Quando uma empresa possui capacidade de gerar
recursos para pagar suas obrigaes, nos prazos avenados, estamos
cuidando da anlise financeira da empresa. Ento, a situao financeira a
boa, regular ou ruim gesto do fluxo de caixa, ou o processo de entrada e
sada de dinheiro do ativo da empresa. conhecida como clculo da
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capacidade financeira. J a anlise econmica observa o patrimnio, ou seja, a
capacidade de enriquecimento da empresa. Ento, a situao econmica
verifica os bens da empresa, seu capital, os recursos que financiam a
atividade. Cuida de verificar se a empresa est gerando lucro ou tendo
prejuzo.
A anlise financeira e a econmica so feitas pelo meio de aplicao de
frmulas, que devem ser calculadas observando-se no mnimo dois perodos
contbeis. Devem-se considerar aquelas que efetivamente tragam alguma
resposta para o aspecto que est sendo observado. Alm disso, se os ndices
e indicadores encontrados servirem apenas como uma colcha de retalhos, aanlise ficar prejudicada, pois no se encontrar nenhuma concluso que seja
vlida para responder ao fenmeno que est sendo estudado.
Antes de partir para a prtica, cabe relembrar que existem diversas
outras variveis que a empresa no deve descuidar como a sua poltica de
obteno de recursos, a capacidade de produo, gesto de materiais de
produo, ou de bens de patrimnio, etc. O empresrio deve ter sobre suaempresa uma viso holstica: no dissociar as partes do todo. A anlise da
empresa deve ser feita de forma a se observar todos os aspectos de cunho
financeiro, econmico, social, poltico e outros que assim se fizerem
necessrios.
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CAPTULO I
Anlise Financeira
Atravs dessa anlise sero observados aspectos relacionados
principalmente ao Balano Patrimonial. possvel dizer se a empresa est
saudvel e se ter condio de se manter, sem a necessidade de interveno
dos scios, seja por meio de injeo de capital prprio, trazendo novos scios
ou se endividando.
Existe um processo anterior anlise chamado de reclassificao das
contas que um grupamento de contas visando a dar maior exatido anlise.
Este processo no ser verificado em nossa anlise, mas deve ser realizado
previamente quando as contas descritas nos ndices no estiverem claramente
descrita nas demonstraes financeiras da empresa analisada.
Esta anlise composta de dois momentos: num primeiro momento ser
observado se a empresa possui capacidade de pagamento. atravs dos
ndices de liquidez e pela anlise do ciclo operacional e financeiro que se podeter uma resposta a esta questo. A maioria das empresas concede prazo de
pagamento a seus clientes e negocia junto aos seus fornecedores pelas
mercadorias compradas, o que d subsdios para essa anlise, pois
geralmente esses prazos no coincidem, o que gera um dficit ou supervit. H
a necessidade de realocao do capital para socorrer os pagamentos da
empresa em caso de dficit.
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Posteriormente, sero analisadas a composio do capital e a
participao de capital de terceiros no capital da empresa. por meio desses
ndices que instituies financeiras avaliam se a empresa encontra-se
endividada no mercado, principalmente pelo endividamento oneroso, que
prejudicial quando em excesso, pelo aspecto do pagamento de juros.
1.1 - ndices de Liquidez
Representa a capacidade de a empresa transformar seus bens e direitos
em moeda, representadas pelo Ativo, para quitar suas dvidas representadas
pelo Passivo. Avaliar a liquidez determinar a capacidade da empresa de
pagar suas dvidas de curto prazo.
O saldo destas contas varia muito rapidamente, o que implica em menos
preciso nas projees futuras. Em empresas saudveis o valor obtidocostuma ser > 1. So utilizados basicamente os trs descritos abaixo:
1.1.1 - Liquidez Geral
Representa a razo entre os direitos que a empresa possui (ativos de
curto e longo prazo) e as obrigaes de curto e longo prazo com terceiros, ou
seja, exceto o capital prprio. Quanto maior for esse ndice melhor, pois
representa que a empresa possui uma proporo maior de ativos no
permanentes em relao ao seu passivo, ou seja, possui capacidade de honrar
seus compromissos, em especial os de curto prazo.
Se o resultado for menor que um, significa que a empresa possui mais
valores no passivo do que no ativo no permanente e, conforme Ching (pg
106), insuficincia de fundos para pagamento das obrigaes.
Teoricamente, essa empresa encontra-se em dificuldades financeiras,
pois no possui recursos suficientes para cobrir o seu endividamento. O ideal
nesse caso um ingresso de capital prprio ou a venda de bens da empresa,
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aumentando o ativo circulante e no aumentando o passivo oneroso ou capital
de terceiros.
FRMULA: AC + RLP
PC + ELP
1.1.2 - Liquidez corrente
Considera apenas o circulante. o ndice encontrado pela diviso do
ativo circulante pelo passivo circulante. importante quando se faz uma
anlise de curto prazo (at 360 dias). Da mesma forma que a liquidez geral,
quanto maior, melhor. Neste caso, alm das solues apresentadas na liquidezgeral, um alongamento do perfil da dvida pela contrao de dvidas de maior
prazo de pagamento pode ser uma soluo.
Este ndice no deve ser analisado isoladamente. No levada em
considerao a cronologia com que os pagamentos e recebimentos so
efetuados. Geralmente o ndice acima de 1 considerado bom, j que indica
que a empresa possui um ativo circulante maior que o passivo circulante,portanto consegue pagar suas dvidas de curto prazo. Ocorre que esse ativo
pode estar mascarado por um estoque encalhado. Sem vender seus estoques
a empresa no vai reunir dinheiro para pagar as dvidas.
Frmula: AC
PC
1.1.3 - Liquidez seca
Nesta modalidade de clculo da liquidez estaremos verificando o peso
dos estoques no ativo circulante. Na frmula estaremos subtraindo os estoques
do ativo total. Comparando-se com o resultado do item anterior d pra se ter
uma noo de quanto o ativo circulante est carregado pelos estoques, os
quais a empresa pode estar encontrando dificuldade em vender, o que
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discutiremos no item ciclo de capital de giro, especialmente no clculo do giro
do estoque e do prazo mdio de estoques.
Exemplificando: se o ndice de liquidez seca for 0,75, a empresa dispe
de R$ 0,75 de recursos para pagar cada real de dvida sem depender de seus
estoques. Ou seja, depende exclusivamente da venda de parte de suas
vendas, sem o qual no poder honrar com seus compromissos de
pagamentos junto aos fornecedores.
FRMULA: AC Estoques
PC
1.1.4 Liquidez imediata
Este ndice pouco utilizado, medindo a relao entre quanto a empresa
possui de dinheiro para pagar dvidas de curto prazo. importante que a
empresa construa reservas financeiras, para socorro em situaes imprevistas,
preferencialmente recursos aplicados de forma a no desvalorizar o recurso.
Em muitos casos a empresa compra muito estoque e fica sem recursos
para efetuar pagamentos de curto prazo, gerando restries ao crdito. Atravs
da anlise da liquidez imediata possvel observar se foi feita reserva
financeira para os pagamentos imediatos.
1.1.5 Capital de Giro (Capital circulante lquido)
O capital de giro ou circulante lquido representado pelos recursos de
curto prazo disponveis para financiamento das atividades da empresa.
medido pela diferena entre o ativo e o passivo circulantes. Quando a empresa
possui um Ativo Circulante maior que o Passivo Circulante, tem disponibilidade
de capital de giro. Se o Ativo Circulante for menor, significa que a empresa tem
necessidade de capital de giro.
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Pode ser medido tambm pela diferena entre o ciclo operacional e o
prazo de pagamento das compras. Quando o ciclo menor, significa que a
empresa ainda vai levar alguns dias para pagar pela mercadoria comprada,
podendo utilizar-se desse recurso pelos dias que restarem. Se por outro lado o
prazo do ciclo operacional maior, significa que a empresa ainda no recebeu
e ter que pagar pelas compras, necessitando utilizar o recurso de outra fonte
que no a venda.
Cabe observar que, na lgica, empresas com capital de giro positivo
no tm necessidade de capital de giro. Admite-se a possibilidade de estaremaumentando seus ativos, o que em teoria poderia ser feito com o capital de giro
prprio da atividade da empresa.
1.2 - Ciclo de Capital de Giro
Estaremos estabelecendo para a empresa os prazos mdios de estoque,
de compra e de venda. O ciclo de capital de giro o espao de tempo entre ofim do ciclo operacional, ou seja, desde a compra da matria-prima at a data
do seu pagamento e o ciclo financeiro, que o intervalo de tempo entre a
entrega da mercadoria e o recebimento por esta venda.
O ideal seria no existir esse ciclo, pois assim as empresas no
necessitariam recorrer a recursos de terceiros, mas j que quase impossvel
coincidir o ciclo operacional e o financeiro, importante que a empresadisponha de fontes saudveis de financiamento.
Por exemplo: escolas costumam receber adiantado e efetuam o
pagamento das despesas posteriormente. Desconsiderando uma possvel
inadimplncia, se a receita de R$ 50 mil e as despesas montam R$ 40 mil, o
excedente pode ser aplicado (reserva). Por que recorrer a emprstimos?
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1.2.1 - Prazo mdio de estoque (ou de renovao de estoque )
a razo entre o estoque multiplicado por 360 dias (ano comercial) e o
custo das mercadorias vendidas. Indica, em mdia, quantos dias a empresa
leva para vender o seu estoque. (Marion, pg 470). uma importante medida
para se detectar estoques inchados, ou seja, difceis de ser vendido e que por
vezes mascaram o valor total do ativo.
Se a empresa possui R$ 500 mil de estoque e o C.M.V. de R$ 2
milhes, tem-se 360 x 500 mil / 2 milhes = 90 dias. Ento, a empresa leva, em
mdia 90 dias para vender o seu estoque.
1.2.2 Prazo mdio de recebimento das vendas
a razo entre a conta Clientes ou duplicatas a receber (do Ativo
Patrimonial) e o total das vendas ou ROB (receita operacional bruta). Indica,
em mdia, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas. (Marion,
pg 470).
Se a empresa possui R$ 200 mil para receber em duplicatas e vendeu
no ano o total de R$ 4 milhes, ento o P.M.V. de 18 dias. Ento, a empresa
espera 18 dias em mdia para receber por suas vendas.
Uma observao importante que ocorrem recebimentos vista, e,
portanto, o prazo mdio considera esses recebimentos em D+0 paraestabelecimento do prazo mdio. Quanto maior o valor do recebimento vista,
melhor, pois facilitar o fluxo de pagamentos das compras.
1.2.3 - Ciclo Operacional
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Corresponde ao tempo decorrido entre a compra de matria-prima e o
seu respectivo pagamento. Ento, o ciclo operacional dado pela soma do
prazo mdio de vendas e a renovao dos estoques.
O favorvel para a empresa que a soma do prazo mdio de estoque
com o prazo mdio de recebimento das vendas seja inferior ou igual ao prazo
mdio de compras, o que torna o ciclo financeiro favorvel, sem necessidade
de complementao por meio de capital de giro.
Um cuidado que se deve ter observar se esse prazo mdio de estoque
corresponde a realidade do ramo empresarial onde a empresa est inserida.Por exemplo, uma empresa do ramo de comrcio varejista de roupas deve
possuir um prazo de estoque no inferior a 30 dias e superior a 90, pois caso
contrrio, pode estar queimando o estoque a preo de custo ou com prejuzo,
ou estar com a produo encalhada, o que de certa forma trar prejuzo, visto
que a cada poca do ano as roupas so diferentes.
1.2.4 - Prazo mdio de pagamento das compras
Tambm utilizam a multiplicao por 360, neste caso utilizando a razo
da conta Fornecedores (do passivo) pelo montante de compras.
Neste caso, se o valor da conta Fornecedor for de R$ 1 milho e o total
das compras foi de R$ 2,5 milhes, o P.M.C. de 144 dias. Ou seja, a empresa
dispe, em mdia, de 144 dias de prazo para efetuar o pagamento das suascompras.
1.2.5 - Ciclo Financeiro
Correspondente ao prazo decorrente desde a compra da matria-prima
at o recebimento pela venda da mercadoria. Indica, tambm, o prazo que a
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empresa precisar de financiamento complementar, ou seja, de capital de giro
para financiar esse descaso de prazo entre compra e venda de mercadoria.
Se por exemplo os estoques levam 30 dias para serem vendidos e a
empresa recebe em um prazo mdio de 45 dias (vende para 30 e 60 dias),
possuindo de prazo para pagamento das compras 60 dias em mdia, isto
significa que o ciclo de capital de giro ou financeiro de 15 dias (30 + 45 60).
1.2.6 - Necessidade ou disponibilidade de capital de giro
o valor que a empresa precisa ou o que dispe para suprir seus
pagamentos no prazo acordado, visto que os recebimentos podero ocorrer em
momento posterior ao pagamento das compras, ou ento o prazo de estoque
muito alto.
Neste momento, imprescindvel um controle efetivo do fluxo de caixa,
pois as informaes desses demonstrativos so usadas para: avaliar a liquidez
e a flexibilidade financeira e o fluxo tambm ajuda a prever futuros fluxos de
caixa. (Hong Yun Ching, pg 78). Esse valor encontrado pela diferena entreo valor dos recebimentos e dos custos e o prazo o do ciclo financeiro,
portanto calculado como prazo mdio, mas pode variar de acordo com os
vencimentos dos ttulos.
1.3 Estrutura de Capital
por meio desses indicadores que medido o nvel de endividamento
da empresa. O Ativo pode ser financiado por Capitais de Terceiros e por
Capitais Prprios.
Segundo Marion (pg 464) em poca inflacionria apetitoso trabalhar
mais com Capital de Terceiros que com Capital Prprio, desde que seja
composto principalmente por exigveis no onerosos, isto , sem encargos
financeiros explcitos para a empresa.
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Por outro lado, uma participao exagerada de capital de terceiros no
total do Passivo da empresa torna a empresa vulnervel a qualquer problema
do macroambiente econmico, que no controlvel pela empresa.
1.3.1 Composio de endividamento
a razo entre o Passivo Circulante e o Exigvel Total. Compara
percentualmente o endividamento de curto prazo e o de longo prazo. Forma de
anlise de endividamento que representa a parcela que vence em curto prazo,
no endividamento total.
Frmula : [(PC / (PC + PELP)] x 100.
Se a parcela de curto prazo for representativa no endividamento total,
significa que a empresa deve reunir recursos imediatamente para liquid-los.
Ocorre que este perfil de endividamento no saudvel para a vida financeira
da empresa.
1.3.2 Grau de endividamento (ou participao do Capital de Terceiros)
a razo entre o Capital de Terceiros (Passivo Circulante + Exigvel a
Longo Prazo) e o Ativo Total. Outra forma de medir o endividamento dividir o
somatrio do Capital de Terceiros pelo Patrimnio Lquido.
Quanto menor for esse ndice, melhor a condio da empresa. Se o
ndice for menor que 50 %, significa dizer que a maior parte do ativo est sendo
financiada por Capitais Prprios. Acima desse percentual a predominncia de
Capital de Terceiros.
1.3.3 Garantia do Capital Prprio
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a razo entre o patrimnio lquido da empresa e o exigvel total (PC +
ELP).
Se, por exemplo, a razo entre o P.L. e o exigvel for de 1 para 1,
significa que a empresa possui R$ 1,00 de Capital Prprio de garantia para
cada R$ 1,00 de Capital de Terceiros. Portanto, o ideal que esse ndice seja
igual ou superior a 1, pois indica que o Patrimnio prprio maior que as
dvidas.
1.3.4 Garantia ao Capital de Terceiros
Corresponde a quanto a empresa possui de capital prprio (Patrimnio
Lquido) para pagar pelo Capital de Terceiros (Passivo Circulante + Exigvel a
Longo Prazo).
Se a empresa possui um Patrimnio Lquido de R$ 12 mil, um Passivo
Circulante de R$ 9 mil e Realizvel a Longo Prazo de R$ 13 mil, isso
corresponde a um ndice de 0,54, ou seja, no h garantia de que a empresa
v pagar todas as suas dvidas.
1.3.5 Cobertura de Juros
representada pelo lucro antes do Imposto de Renda divido pelos juros.
Mede a capacidade de pagamento dos juros devidos pelos financiamentosonerosos da empresa. Se a empresa contrai emprstimos bancrios de tal
forma que os lucros gerados pela empresa no so suficientes para honr-los,
leva a um prejuzo no perodo, tendo a empresa que recorrer a suas reservas
de capital prprio.
Frmula: LAIR
J
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1.3.6 Grau de alavancagem
Forma de anlise de endividamento que representa outro modo de
observar a dependncia de recursos de terceiros. Do ponto de vista
estritamente financeiro, quanto maior esse ndice menor a liberdade de
decises financeiras da empresa ou maior a dependncia a esses terceiros. Se
esse quociente, durante vrios anos, for consistente e acentuadamente maior
que um, denotaria uma dependncia exagerada de recursos de terceiros.
Existem dois perigos em se utilizar em alto grau de recursos de
terceiros: altos pagamentos de juros e dificuldade de administrao de fluxo de
caixa.
Um ndice muito grande pode indicar o risco de insolvncia. Por outro
lado, a alavancagem total pode ser importante quando as margens de lucro so
pequenas e existe a necessidade de aumentar a lucratividade dos acionistas.
Os bancos usam a liquidez e a relativa estabilidade dos fluxos de caixa
dos servios financeiros para permitir um uso mais amplo da dvida.
Frmula : [(PC + PELP) / (PL)] x 100.
1.3.7 Imobilizao do Patrimnio Lquido
a razo entre o Ativo Permanente e o Patrimnio Lquido. Determina
quanto do investimento prprio dos scios foi em Ativos Permanentes. Esses
recursos teoricamente so mais difceis de serem convertidos em dinheiro.
Frmula: AP
PL
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CAPTULO II
Anlise Econmica
Para que servem as Demonstraes Financeiras? Qual a situao
econmico-financeira da empresa?
No suficiente ter uma boa viso das Demonstraes Financeiras sem,
pelo menos, ter uma rpida idia de anlise destas demonstraes. Assim,
decidimos concluir este trabalho fornecendo ao seu usurio um comentrio
bastante objetivo e resumido sobre a Anlise das Demonstraes Financeiras
ou, o que mais comum, Anlise de Balanos.
Embora a expresso mais adequada seja Anlise das Demonstraes
Financeiras, uma vez que todas as demonstraes so alvo de anlise,
constatamos que a denominao Anlise de Balanos mais utilizada para
intitular este tpico. Na verdade no s Balano Patrimonial que ser
analisado, no sendo, portanto, a expresso Anlise de Balanos tecnicamente
perfeita.
Anlise das Demonstraes Financeiras to antiga quanto a prpria
Contabilidade.
Se nos reportarmos para o incio da Contabilidade em sua forma
predatria, encontraremos os primeiros inventrios de rebanhos, poca em que
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a principal atividade econmica era o pastoreio, e a preocupao do homem
com a variao de sua riqueza.
A anlise da variao da riqueza realizada entre a comparao de dois
inventrios em momentos distintos nos leva a um primeiro sintoma de que a
anlise to antiga quanto a prpria Contabilidade possvel.
E por exigir apenas o Balano para Anlise que se introduz a
expresso Anlise de Balanos, que dura at os dias de hoje. Com o tempo
comeou a exigir outras demonstraes para anlise e para concesso de
crdito, como a Demonstrao do Resultado do Exerccio; porm, a expresso
Anlise de balanos j tradicionalmente utilizada. Como um forte argumentopara consolidao da denominada Anlise de Balanos, salientamos que a
Demonstrao do Resultado do Exerccio foi conhecida como Balano
Financeiro.
A Anlise das Demonstraes Financeiras desenvolve-se ainda mais
com o surgimento dos Bancos Governamentais bastante interessados na
situao econmico-financeira das empresas tomadoras de financiamentos.
A abertura do Capital por parte das empresas (Corporation-S.A.),
possibilitando a participao de pequenos ou grandes investidores como
acionistas, leva-os escolha de empresas mais bem sucedidas, tornando-se a
Anlise das Demonstraes Financeiras um instrumento de grande importncia
e utilidade para aquelas decises.
As operaes a prazo de compra e venda de mercadorias entre
empresas, os prprios gerentes (embora com vises diferentes dos outros
interessados) na avaliao da deficincia administrativa e na preocupao do
desempenho dos seus concorrentes, os funcionrios na expectativa de
identificarem melhor a situao econmico-financeira, vm consolidar a
necessidade imperiosa da Anlise das Demonstraes Financeiras.
24
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No calculo da rentabilidade deve-se considerar: a coerncia necessria
do lucro utilizado no clculo com o denominador. Por exemplo: lucro
operacional/ ativo operacional ou lucro lquido/ ativo total. O ativo e o
patrimnio lquido a ser utilizado so o mdio, visto que ocorre variao do
valor inicial para o final.
2.1 Rentabilidade
Os indicadores econmicos esto voltados para a gerao de resultados
e tero seus indicadores extrados da Demonstrao de Resultados doExerccio. Esses ndices tm fundamental importncia, pois sua anlise estar
voltada para a habilidade em gerar riqueza, seu potencial de vendas, como
esto sendo geridas as despesas, a gerao de resultado, quanto est
voltando para o acionista que investiu na empresa.
Empresas grandes costumam ser escolhidas pela capacidade de pagar
dividendos, ou seja, uma participao pelos seus Resultados. Como o acionistatomar sua deciso se no souber como aquela empresa est
economicamente? Se ela rentvel, e capaz de dar-lhe o retorno esperado?
atravs dos ndices de Rentabilidade que se espera conseguir algumas
respostas para essas perguntas.
2.1.1 Taxa de retorno sobre investimentos (ROI)
expresso pela razo entre o lucro lquido da empresa e o valor total do
Ativo Patrimonial. Essa indiretamente uma medida de investimento seja do
capital dos scios como de terceiros, pois o dinheiro ingresso na empresa
geralmente revertido no ativo, seja por um depsito bancrio, compra de
mercadorias ou de um bem.
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Se, por exemplo, a taxa de retorno de uma empresa for de 0,1 ou 10 %,
isto significa dizer que um investidor leva 10 anos para obter de volta o valor
investido na empresa.
Frmula: LL
AT
2.1.2 Taxa de retorno sobre o Patrimnio Lquido
representada pela razo entre o Lucro Lquido e o Patrimnio Lquido.Esse ndice a medida do investimento dos scios na empresa.
Se o lucro lquido fosse de R$ 100 mil e o P.L., de R$ 500 mil, ento a
taxa de retorno seria de 20 %. Ou seja, para cada R$ 1,00 investido pelos
scios ou acionistas, h um ganho de R$ 0,20. Significa, tambm, que a
empresa leva em mdia 5 anos para recuperar seus investimentos.
2.1.3 Taxa de retorno do Ativo
Esse ndice mede quanto de lucro gerado por cada R$ 1,00 investido
em ativos.
Esse ndice importante medida de quanto est voltando para o capital
da empresa do valor que investido, seja por meio de depsito no banco,compra de mercadorias, compra de maquinrio ou um imvel.
2.2 Lucratividade
Cada ramo de atividade possui caractersticas especiais no tocante a
lucratividade. No caso de empresas que trabalham com produtos intensivos, de
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pouca diferenciao, as margens de lucro costumam ser pequenas, mas a
quantidade vendida alta, o que gera um montante total alto.
Por outro lado, produtos com alto grau de diferenciao, na maior parte
das vezes individualizados, possuem altas margens de lucro, mas as
quantidades vendidas so mnimas, se comparadas aos produtos intensivos.
Isso ocorre geralmente quando o produto feito sob encomenda e o cliente
escolhe as caractersticas do produto, como cor e tamanho.
A lucratividade importante medida de investimento. Um acionista, ao
comprar aes de determinada empresa, est preocupado em saber: se aempresa capaz de retornar o seu investimento e em quanto tempo esse
retorno ocorre.
2.2.1 Margem de Lucro sobre as vendas
a relao entre o Lucro Bruto e as vendas lquidas.
Por exemplo: Uma empresa que vende R$ 1 milho e tem uma margem
de lucro de 10 %, tem um lucro de R$ 100 mil. Enquanto uma empresa que
vende R$ 100 mil e tem como lucro R$ 10 mil, possui a mesma margem de
lucro.
2.2.2 Margem Bruta
representado por vendas menos custo da mercadoria vendida dividido
por vendas. a porcentagem de R$ 1,00 em vendas que restou aps pagar o
custo dos produtos.
Um cuidado que se deve ter observar se os custos dos produtos
vendidos esto corretamente alocados ou se por descuido foram lanadas
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como despesa. Caso isso acontea, vai parecer que a margem bruta alta,
quando na verdade no .
2.2.3 Margem Lquida
a razo entre o lucro lquido e o total das vendas. uma medida
percentual que estabelece quanto das vendas sobrou aps serem pagas todas
as despesas. Geralmente a que expressa melhor quanto a empresa dispe
aps o pagamento de suas responsabilidades, pois utiliza o lucro lquido, j
deduzidos impostos e todas as despesas.
Se, por exemplo, o lucro da empresa for de R$ 100 mil e o total das
vendas R$ 1 milho, a margem lquida de 10 %.
Frmula: LL
Vendas
2.2.4 Lucro por Ao
o lucro divido dividido pelo nmero de aes que a empresa possui.
Geralmente utilizado como medida o lucro lquido. uma medida indicativa
de quanto cada ao rendeu no exerccio.
atravs desse ndice que as empresas calculam os dividendos a
serem pagos aos acionistas. bvio que uma empresa que possua um nmeroreduzido de aes, com um lucro unitrio alto, tende a atrair muitos
investidores, interessados em adquirir aes da empresa, aumentando seu
valor de mercado.
Frmula: LL
nA
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2.2.5 Giro do Ativo
Representas quantas vezes no ano a empresa girou o ativo. a razo
entre as vendas lquidas e o Ativo Total. Girar, neste caso, significa vender o
valor equivalente ao total do ativo.
Se o total de vendas for, por exemplo, de R$ 3 milhes e o total do Ativo
for de R$ 1 milho, significa que a empresa vendeu o valor equivalente a trs
vezes o seu ativo. Ento, a empresa gira quatro vezes o seu ativo em 1 ano.
2.2.6 Valor patrimonial da ao
uma comparao entre o patrimnio lquido da empresa e o nmero
de aes. Expressa se a empresa est distribuindo aes excessivamente
quando comparado ao patrimnio que essas aes geram. Se a empresa
estiver dando prejuzo constantemente, a tendncia que o valor do patrimnio
caia, o que vai tornar esse ndice menor.
Por exemplo, uma empresa possui um ndice de 1,5 para o valor
patrimonial das aes. Nesse caso, com um patrimnio lquido de R$ 12 mil e
com 8 mil aes distribudas. Supondo que a empresa tenha tido um prejuzo
de R$ 2 mil no exerccio, o valor patrimonial das aes reduzido para 1,25.
Frmula: P.L.
nA
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CONCLUSO
Por meio da anlise dos ndices, possvel ter uma viso de como a
empresa encontra-se no momento em termos econmico-financeiros. Existem
outras combinaes que ajudam a entender o momento que a empresa est
vivendo e tambm a sua evoluo histrica.
importante que um investidor ao deparar-se com a possibilidade de
comprar uma participao na empresa, seja por meio de aes ou mesmo para
receber dividendos, deve verificar alguns ndices e compara-los com empresas
do mesmo ramo, que possam servir de parmetro de comparao.
Os nmeros expressos nos balanos no podem ser ignorados.
Algumas informaes relativas empresa no so visveis por meio dasdivulgaes, mas os que so possveis de serem considerados so feitos por
meio de ndices como os que foram abordados nesta monografia.
muito importante observar criticamente os nmeros da empresa e
mais alm, se determinadas informaes podem ser sintomas de crise
financeira. A crise econmica mais fcil de ser percebida, mas tambm deve
o analista de crdito ficar muito atento para no fazer uma avaliao errada do
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ativo patrimonial e do passivo no que diz respeito a itens como ativo
permanente, duplicatas descontadas, depreciao e outros que podem ser
manipulados.
No Brasil, em virtude da alta carga tributria, ocorre muita sonegao de
impostos e a grande maioria das empresas obrigada a alterar dados de seu
balano para parecer que o lucro foi menor. importante considerar esse fator
procurando buscar os nmeros reais da empresa.
O que foi discutido no esgota a anlise econmico-financeira, j que
outras informaes podem ser extradas dos balanos. O objetivo foi o dedespertar uma anlise crtica no analista de demonstraes contbeis.
Por fim, importante analisar outras informaes, como o EVA (valor
agregado) e o MVA (valor de mercado), ferramentas atuais, que consideram as
anlises financeiras, e que trazem informaes importantes de viabilidade de
investimento.
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REFERNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e anlise de Balanos. So Paulo: Atlas,2000.
CHING, Hong Yuh. Contabilidade e finanas para no especialistas. So Paulo:
Prentice Hall, 2003.
FRANCO, Hilrio. Contabilidade Geral. So Paulo: Atlas, 1975.
MARION, Jos Carlos. Contabilidade Empresarial. So Paulo: Atlas, 1998.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F.
Administrao Financeira. Atlas, 1995.
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ANEXOS
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ANEXO 1Valores em Reais
BALANO PATRIMONIAL
31.12.2007 31.12.2006 31.12.2005
ATIVO CIRCULANTE 200.000
Disponibilidades 50.000
Estoques 100.000
Dupl. a receber 50.000
175.000
27.000
72.000
78.000
143.000
18.000
81.000
44.000
REA LONGO PRAZO 150.000
Imveis a Venda 150.000
150.000
150.000
0,00
0,00
PERMANENTE 495.000
Investimentos 200.000
Imobilizado 400.000
Depreciao (105.000)
340.000
150.000
300.000
(90.000)
325.000
150.000
250.000
(75.000)
Total 845.000 665.000 467.000
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PASSIVO CIRCULANTE 240.000
Emprstimo 100.000
Fornecedores 120.000
Impostos 20.000
168.000
70.000
85.000
13.000
121.000
70.000
40.000
11.000
Exigvel a Longo Prazo 100.000
Financiamento 100.000
120.000
120.000
130.000
130.000
Patrimnio Lquido 505.000
Capital Social 350.000
Lucros Acumulados 155.000
377.000
300.000
77.000
216.000
200.000
16.000
Total 845.000 665.000 467.000
ANEXO 2Valores em Reais
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
31/12/2007 31/12/2006 31/12/2005
Vendas Brutas
(-) Dedues
Vendas Lquidas
(-) CPV
Lucro Bruto(-) Despesas Operacionais
Lucro Operacional
(-) Despesas no-operacionais
Receitas operacionais
Lucro antes do I.R.
(-) Imposto de Renda
Lucro Lquido
1.134.133
(102.100)
1.032.033
(718.005)
314.028(218.000)
96.028
(55.400)
40.000
111.428
(33.428)
78.000
958.477
(79.300)
879.177
(642.037)
237.140(183.000)
54.140
(43.002)
12.000
87.142
(26.142)
61.000
783.207
(73.000)
710.207
(551.350)
158.857(147.000)
11.857
(12.500)
1.500
22.857
(6.857)
16.000
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ANEXO 3
SIGLAS:
AC Ativo Circulante
RLP Realizvel a Longo Prazo
AP Ativo Permanente
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AT Ativo Total ou Total do Ativo
PC - Passivo Circulante
ELP Exigvel a Longo Prazo
P.L. Patrimnio Lquido
C.M.V. Custo das mercadorias vendidas
LL Lucro lquido
nA Nmero de Aes
NDICE
INTRODUO.....................................................................................................9
CAPTULO I
1.1 ANLISE FINANCEIRA...........................................................................12
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1.1.1 NDICES DE LIQUIDEZ.................................................................13
1.1.1.1 Liquidez Geral...................................................................13
1.1.1.2 Liquidez Corrente.............................................................14
1.1.1.3 Liquidez Seca...................................................................14
1.1.1.4 Liquidez Imediata..............................................................15
1.1.1.5 Capital de Giro (Capital circulante lquido)....................15
1.1.2 CICLO DE CAPITAL DE GIRO......................................................16
1.1.2.1 Prazo mdio de estoque...................................................16
1.1.2.2 Prazo mdio de recebimento das vendas........................171.1.2.3 Ciclo operacional..............................................................17
1.1.2.4 Prazo mdio de pagamento das compras........................18
1.1.2.5 Ciclo Financeiro................................................................18
1.1.2.6 Necessidade ou disponibilidade de capital de giro...........18
1.1.3 ESTRUTURA DE CAPITAL...........................................................19
1.1.3.1 Composio de endividamento........................................191.1.3.2 Grau de endividamento................................................... 20
1.1.3.3 Garantia do Capital Prprio..............................................20
1.1.3.4 Garantia ao Capital de Terceiros...................................20
1.1.3.5 Cobertura de Juros........................................................21
1.1.3.6 Grau de alavancagem...................................................21
1.1.3.7 Imobilizao do Patrimnio Lquido..............................22
CAPTULO II
2.1 ANLISE ECONMICA..........................................................................23
2.1.1 RENTABILIDADE........................................................................25
2.1.1.1 Taxa de retorno sobre investimentos (ROI)...................25
2.1.1.2 Taxa de retorno sobre o Patrimnio Lquido..................25
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2.1.1.3 Taxa de retorno do Ativo...............................................26
2.1.2 LUCRATIVIDADE........................................................................26
2.1.2.1 Margem de Lucro sobre as vendas...............................27
2.1.2.2 Margem Bruta................................................................27
2.1.2.3 Margem Lquida.............................................................27
2.1.2.4 Lucro por Ao..............................................................28
2.1.2.5 Giro do Ativo..................................................................28
2.2.6 Valor patrimonial da ao.................................................29
CONCLUSO....................................................................................................30
REFERNCIAS.................................................................................................32
ANEXOS............................................................................................................33
NDICE...............................................................................................................37
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