BoletimEpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da SaúdeISSN 1517 1159
HIV AIDS2018
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DISQUE SAÚDE
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BoletimEpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da SaúdeISSN 1517 1159
HIV AIDS2018
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
2 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
© 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Boletim Epidemiológico - HIV AidsJulho de 2017 a junho de 2018
Tiragem: 1.000ISSN: 1517-1159Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais SRTVN Quadra 701 lote D 5 - Asa NorteEd. PO700 - 5º AndarCEP 70719-040 - Brasília - DF
Disque Saúde - 136e-mail: [email protected] site: www.aids.gov.br
Comitê EditorialOsnei Okumoto, Sônia Maria Feitosa Brito, Adele Schwartz Benzaken, André Luiz de Abreu, Daniela Buosi Rohlfs, Eduardo Regis Melo Filizzola, Elisete Duarte, Geraldo da Silva Ferreira, Maria de Fátima Marinho Souza, Márcia Beatriz Dieckmann Turcato, Marta Roberta Santana Coelho. Equipe EditorialDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais – DIAHV/SVS/MS: Adele Schwartz Benzaken (Editora Científica).Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços/SVS/MS: Lúcia Rolim Santana de Freitas (Editora Assistente). ColaboradoresDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais - DIAHV/SVS/MS: Alessandro Ricardo Caruso da Cunha, Claudia Marques de Sousa, Cristina Pimenta, Daiana Santos Mariah Dresch, Fábio O’Brien, Fernanda Moreira Rick, Flávia Kelli Alvarenga Pinto, Flávia Moreno Alves de Souza, Gerson Fernando Mendes Pereira, Luciana Fetter Bertolucci Taniguchi, Mariana Jorge de Queiroz, Rachel Abrahão Ribeiro, Ronaldo de Almeida Coelho, Silvana Pereira Giozza.
Projeto gráfico e distribuição eletrônicaDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV)
DiagramaçãoMarcos Cleuton de Oliviera (DIAHV) Revisão de textoAngela Gasperin Martinazzo (DIAHV)
Expediente
BoletimEpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde
Volume 49N° 53 - 2018
ISSN 1517-1159
Sumário
Introdução ............................................................................................................................................................................................................. 05
Infecção pelo HIV ....................................................................................................................................................................................................07Infecção pelo HIV em gestantes ................................................................................................................................................................................07Casos de aids .......................................................................................................................................................................................................... 10Mortalidade por aids .............................................................................................................................................................................................. 20Classificação das Unidades da Federação (UF), Capitais e Municípios com 100 mil habitantes e mais, segundo índice composto .................................. 24Metodologias ......................................................................................................................................................................................................... 24
Tabelas ...................................................................................................................................................................................................................27
Tabela 1 - Casos de HIV notificados no Sinan, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico.Brasil, 2007-2018 ............................................... 28Tabela 2 - Número de casos de HIV notificados no Sinan, por sexo e razão de sexo, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2018 .......................................... 29Tabela 3 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan segundo sexo, faixa etária e escolaridade, por ano do diagnóstico. Brasil, 2007-2018 .................. 30Tabela 4 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2018 ........................... 32Tabela 5 - Casos de HIV notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2018 .................................................................................................. 33Tabela 6 - Gestantes infectadas pelo HIV (casos e taxa de detecção x1.000 nascidos vivos), segundo UF e região de residência por ano do parto. Brasil, 2000-2018 ................................................................................................................................................................................ 34Tabela 7 - Ranking da taxa de detecção (x1.000 nascidos vivos) de gestantes com HIV notificadas no Sinan, segundo capital de residência por ano do parto. Brasil, 2005-2017 ........................................................................................................................................................ 35Tabela 8 - Casos de gestantes infectadas pelo HIV (número e percentual) segundo faixa etária, escolaridade e raça/cor por ano do parto. Brasil, 2000-2017 ................................................................................................................................................................................. 36Tabela 9 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ............................................................................................................................................... 37Tabela 10 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo origem dos dados, UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2000-2018 .......................................................................................................................... 38Tabela 11 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2006-2017 ............................................................................................. 39Tabela 12 - Ranking da taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo capital de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2006-2017 ............................................................................... 40Tabela 13 - Número e taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom por sexo e razão de sexos, segundo ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ............................................................................. 41Tabela 14 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo região de residência, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2017 .......................................................................................................................... 42Tabela 15 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo faixa etária, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2017........................................................................................................................................ 43Tabela 16 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ............................................................................................................................................................. 44Tabela 17 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 2006-2017 ....................................................................................................... 45Tabela 18 - Casos de aids (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) em menores de cinco anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ...................................... 46Tabela 19 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ........................................................................................................... 47Tabela 20 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 ................................................................................................. 48
Tabela 21 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo, ano de diagnóstico e Região de residência. Brasil, 2015-2018 ................................................................... 49Tabela 22 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2006-2018 ......................... 50Tabela 23 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo escolaridade por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2018 .................... 51Tabela 24 - Óbitos por causa básica aids, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 1980-2017.............................................................. 52Tabela 25 - Coeficiente de mortalidade por aids (por 100.000 hab.) bruto e padronizado, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 2006-2017 ............................................................................................................................................................................... 53Tabela 26 - Coeficiente de mortalidade (por 100.000 hab.) por aids, bruto e padronizado, segundo capital de residência por ano do óbito. Brasil, 2006-2017 .................................................................................................................................................................. 54Tabela 27 - Óbitos por aids (número e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) e razão de sexo, segundo ano do óbito. Brasil, 1980-2017 ................. 55Tabela 28 - Óbitos por aids (número e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano do óbito. Brasil, 1980-2017 ................ 56Tabela 29 - Óbitos por aids (número e percentual), segundo raça/cor e sexo por ano do óbito. Brasil, 2006-2017 ............................................................ 57Tabela 30 - Ranking das Unidades da Federação segundo índice composto. Brasil, 2013 a 2017 ..................................................................................... 58Tabela 31 - Ranking das capitais segundo índice composto. Brasil, 2013 a 2017 ........................................................................................................... 59Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2013 a 2017.................................................. 60
Apêndice – Indicadores epidemiológicos para o monitoramento do HIV/aids ............................................................................................................ 63
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Introdução
O “Boletim Epidemiológico HIV/Aids”, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), publicado anualmente, apresenta informações sobre os casos de HIV e de aids no Brasil, regiões, estados e capitais, de acordo com as informações obtidas pelos sistemas de informação usados para a sua elaboração.
As fontes utilizadas para a obtenção dos dados são: (1) as notificações compulsórias dos casos de HIV e de aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), (2) os óbitos notificados com causa básica por HIV/aids (CID10: B20 a B24) no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), (3) os registros do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e (4) os registros do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Ressalte-se que algumas variáveis, como categoria de exposição, são analisadas exclusivamente com dados oriundos do Sinan, pois os outros sistemas não apresentam esses campos em suas respectivas fichas.
A infecção pelo HIV e a aids fazem parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças (Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016), sendo que a aids é de notificação compulsória desde 1986 e a infecção pelo HIV é de notificação compulsória desde 2014; assim, na ocorrência de casos de infecção pelo HIV ou de aids, estes devem ser reportados às autoridades de saúde. A despeito dessa obrigatoriedade, com o emprego do método probabilístico de relacionamento de bancos de dados, utilizado na geração das informações constantes neste Boletim, tem-se observado ao longo dos anos uma diminuição do percentual de casos de aids oriundos do Sinan; no ano de 2017, dos 37.791 casos de aids detectados, 55,6% provieram do Sinan, 7,4% do SIM e 37,0% do Siscel.
A observada subnotificação de casos no Sinan traz relevantes implicações para a resposta ao HIV/aids, visto que permanecem desconhecidas informações importantes no âmbito da epidemiologia, tais como número total de casos, comportamentos e vulnerabilidades, entre outros. Além disso, a ausência de registro pode comprometer a racionalização do sistema para o fornecimento contínuo de medicamentos e as ações prioritárias às populações-chave e populações mais vulneráveis. Isso posto, reforça-se, portanto, a necessidade da notificação no Sinan de todos os casos de HIV/aids, bem como a melhoria da qualidade do preenchimento da ficha de notificação e investigação de casos. Ainda, com o intuito de diminuir a ocorrência de subnotificações, desenvolveu-se, em 2016, uma funcionalidade para o Siclom, que recomendou às unidades de saúde notificar aqueles pacientes em acompanhamento, identificados apenas por seus cadastros no Siscel e/ou no Siclom.
No Brasil, em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de aids – notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom –, com uma taxa de detecção de 18,3/100.000 habitantes (2017), totalizando, no período de 1980 a junho de 2018, 982.129 casos de aids detectados no país. Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 21,7/100.000 habitantes (2012) para 18,3/100.000 habitantes em 2017, configurando um decréscimo de 15,7%; essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013. Como a notificação da infecção pelo HIV ainda está sendo absorvida pela rede de vigilância em saúde, não são calculadas as taxas referentes a esses dados.
No Brasil, no período de 2000 até junho de 2018, foram notificadas 116.292 gestantes infectadas com HIV, das quais 7.882 no ano de 2017, com uma taxa de detecção de 2,8/1.000 nascidos vivos.
Também em 2017, foram registrados no SIM um total de 11.463 óbitos por causa básica aids (CID10: B20 a B24), com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,8/100.000 habitantes. A taxa de mortalidade padronizada sofreu decréscimo de 15,8% entre 2014 e 2017 – também, possivelmente, em consequência da recomendação do “tratamento para todos” e da ampliação do diagnóstico precoce da infecção pelo HIV.
Além das informações constantes neste Boletim, os dados específicos para cada um dos 5.570 municípios brasileiros podem ser visualizados por meio dos painéis de indicadores epidemiológicos disponíveis on-line no endereço <http://www.aids.gov.br/indicadores>.
Espera-se que as informações contidas neste documento possam contribuir para o controle do HIV/aids no país, no sentido de fornecer subsídios à tomada de decisões nos níveis federal, estadual e municipal.
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Quadro-resumo: taxas de detecção de aids, aids em menores de cinco anos, infecção pelo HIV em gestantes, coeficiente de mortalidade por aids e número de casos de HIV. Brasil, 2007 a 2017.
2,3
2,1 2,2
2,1 2,3 2,4
2,4 2,6
2,6 2,7 2,83,
3 3,8
3,4 3,
7
3,2 3,
5
2,5
2,4
2,2
2,0
1,8
20,2
21,5
21,3
21,1 22
,0
21,7
21,5
20,8
19,9
19,0
18,3
5,6 5,8
5,8
5,7
5,6
5,5 5,7
5,7
5,3
5,2
4,8
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
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25,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Núm
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Infecção pelo HIV
De 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sinan 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 117.415 (47,4%) na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região Nordeste, 19.781 (8,0%) na região Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste. No ano de 2017, foram notificados 42.420 casos de infecção pelo HIV, sendo 4.306 (10,2%) casos na região Norte, 9.706 (22,9%) casos na região Nordeste, 16.859 (39,7%) na região Sudeste, 8.064 (19,0%) na região Sul e 3.485 (8,2%) na região Centro-Oeste (Tabela 1).
Na Tabela 2, são apresentados os casos de infecção pelo HIV notificados no Sinan no período de 2007 a junho de 2018, segundo sexo. Nesse período, foi notificado no Sinan um total de 169.932 (68,6%) casos em homens e 77.812 (31,4%) casos em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2017, desconsiderando casos de HIV em gestantes, foi de 2,6 (M:F), ou seja, 26 homens para cada dez mulheres.
A Tabela 3 mostra os casos notificados de infecção pelo HIV no Sinan segundo faixa etária e escolaridade. No período de 2007 a junho de 2018, no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 20 a 34 anos, com percentual de 52,6% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, verificou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,6%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV relativos a esse item. Quanto aos casos com escolaridade informada, a maior parte possuía ensino médio completo, representando 27,5% do total. Em seguida, observam-se 16,8% de casos com escolaridade entre a 5ª e a 8ª série incompleta.
Com relação à raça/cor da pele autodeclarada, observa-se na Tabela 4 que, entre os casos registrados no Sinan no período de 2007 a junho de 2018, 46,1% ocorreram entre brancos e 52,9% entre negros (pretos e pardos, sendo as proporções estratificadas 11,4% e 41,5%, respectivamente). No sexo masculino, 48,0% dos casos ocorreram entre brancos e 50,9% entre negros (pretos, 10,3% e pardos, 40,7%); entre as mulheres, 41,9% dos casos se deram entre brancas e 57,1% entre negras (pretas, 13,9% e pardas,43,2%). Ressalte-se o alto percentual de casos com a informação sobre raça/cor ignorada: 8,5%.
A Tabela 5 apresenta os casos de infecção pelo HIV registrados no Sinan de 2007 a junho de 2018 em indivíduos
maiores de 13 anos de idade, segundo a categoria de exposição. Entre os homens, no período observado, verificou-se que 59,4% dos casos foram decorrentes de exposição homossexual ou bissexual e 36,9% heterossexual, e 2,6% se deram entre usuários de drogas injetáveis (UDI). Entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, nota-se que 96,8% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual e 1,6% na de UDI.
Por fim, ressalte-se que a notificação compulsória da infecção pelo HIV data de 2014, o que impede uma análise epidemiológica mais rigorosa com relação às tendências da infecção no Brasil.
Infecção pelo HIV em gestantes
No Brasil, no período de 2000 até junho de 2018, foram notificadas 116.292 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 38,6%% das gestantes eram residentes da região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (30,4%), Nordeste (17,2%), Norte (8,0%) e Centro-Oeste (5,8%). No ano de 2017, foram identificadas 7.882 gestantes no Brasil, sendo 30,2% na região Sudeste, 29,0% no Sul, 21,9% no Nordeste, 12,5% no Norte e 6,4% no Centro-Oeste (Tabela 6).
A taxa de detecção de gestantes com HIV no Brasil vem apresentando uma pequena tendência de aumento nos últimos anos, em grande parte devida ao grande incremento de testes rápidos distribuídos pela Rede Cegonha. Desde sua implementação no SUS, em 2012, foram distribuídos 17.062.770 testes rápidos (exclusivamente para a Rede Cegonha, até outubro de 2018), 36,4% do total de testes rápidos distribuídos no país.
Em um período de dez anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2007, a taxa observada foi de 2,3 casos/mil nascidos vivos e, em 2017, passou para 2,8/mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente melhoria da prevenção da transmissão vertical do HIV. A tendência de aumento também é verificada em todas as regiões do Brasil, exceto na região Sudeste, em que se nota tendência linear e variações pouco expressivas ao longo da série histórica. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa, de 118,5% e 87,5% respectivamente, nos últimos dez anos. Em toda a série histórica, a região Sul apresentou as maiores taxas de detecção no país. Em 2017, a taxa observada nessa região foi de 5,8 casos/mil nascidos vivos, mais de duas vezes superior à taxa nacional.
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Entre as Unidades da Federação (UF), sete apresentaram taxa de detecção de HIV em gestantes superior à taxa nacional em 2017: Rio Grande do Sul (9,5 casos/mil nascidos vivos), Santa Catarina (5,2), Amazonas (3,9), Pará (3,4), Alagoas (3,2), Mato Grosso do Sul (3,2) e Paraná (2,9) (Tabela 6 e Figura 2).
Comparando-se as capitais, dez delas mostraram, em 2017,
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa
de
dete
cção
(x1.
000
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Ano do diagnós�co
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Figura 1 – Taxa de detecção de HIV em gestantes (x1.000 nascidos vivos), segundo região de residência e ano do parto. Brasil, 2007 a 2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2018).
taxa de detecção inferior à nacional: Teresina (2,6), João Pessoa (2,5), Cuiabá (2,3), Rio Branco (2,3), Belo Horizonte (2,2), Palmas (2,1), Goiânia (1,9), Vitória (1,6), Rio de Janeiro (1,4) e Brasília (1,1). Porto Alegre é a capital com a maior taxa de detecção de 2017, com 21,1 casos/mil nascidos vivos, sendo esta 7,6 vezes maior que a taxa nacional e 2,2 vezes maior que a taxa do estado do Rio Grande do Sul (9,5) (Tabela 7 e Figura 2).
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0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
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12,0
14,0
16,0
18,0
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RS SC RR AM PA MS AL PR PE MT SE AP ES SP RN RJ BA RO CE TO GO MA AC PB PI MG DF
Taxa
de
dete
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(x1.
000
nasc
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Unidade da Federação Capital Brasil
Brasil 2,8
Figura 2 – Taxa de detecção de gestantes com HIV (x1.000 nascidos vivos), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2018).
Desde 2000, a faixa etária entre 20 e 24 anos é a que apresenta o maior número de casos de gestantes infectadas com HIV (28,3%), notificadas no Sinan. Segundo a escolaridade, observa-se que a maioria das gestantes infectadas com HIV possui da 5ª à 8ª série incompleta, representando 36,8% do acumulado de casos notificados no período (Tabela 8). Vale ressaltar que a proporção de mulheres com nível médio completo vem apresentando tendência acentuada de aumento, tendo passado de 7,8% em 2007 para 25,7% em 2017. Enquanto isso, a faixa etária mais prevalente em toda a série, com escolaridade da 5ª à 8ª série incompleta, segue em declínio: em 2007, a proporção era de 39,1%, e em 2017, foi de 27,3%.
Quanto à raça/cor da pele autodeclarada, há um predomínio de casos entre mulheres pardas, seguidas de brancas; em 2017, estas representaram 48,5% e 36,3% dos casos, respectivamente. As gestantes pretas corresponderam a 14,0% nesse mesmo ano (Tabela 8). Mesmo em tendência constante de queda, a proporção de gestantes brancas era superior à de pardas de 2000 a 2012. Em contrapartida, a tendência entre as mulheres pardas vem crescendo desde o início da série, as quais em 2012 se tornaram a maioria dos casos no país.
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Casos de aids
De 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil (Tabela 9). O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos. O número anual de casos de aids vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 43.269 casos; em 2017 foram registrados 37.791 casos.
A distribuição proporcional dos casos de aids, identificados de 1980 até junho de 2018, mostra uma concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo cada qual a 51,8% e 20,0% do total de casos; as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste correspondem a 15,8%, 6,4% e 6,1% do total dos casos, respectivamente. Nos últimos cinco anos (2013 a 2017), a região Norte apresentou uma média de 4,4 mil casos ao ano; o Nordeste, 9,0 mil; o Sudeste, 16,1 mil; o Sul, 8,2 mil; e o Centro-Oeste, 2,9 mil (Tabela 9).
Do ano 2000 a junho de 2018, registrou-se um total de 717.318 casos de aids, sendo que 507.890 (70,8%) foram notificados no Sinan. Entre os casos não notificados, 53.604 (7,5%) foram encontrados no SIM e 155.823 (21,7%) no Siscel/Siclom. A soma dos casos encontrados no SIM e Siscel/Siclom representa 29,2% de subnotificação no Sinan. Observam-se importantes diferenças nas proporções dos dados, segundo sua origem, em relação às regiões do país. As regiões Sul e Centro-Oeste possuem maior proporção de casos oriundos do Sinan que o Norte, o Nordeste e o Sudeste. Chamam a atenção os estados do Pará e do Rio de Janeiro, com apenas 51,4% e 58,6% dos casos oriundos do Sinan,
respectivamente (Tabela 10). Em 2017, apesar da recomendação da dispensação de medicação vinculada à notificação compulsória no Sinan, os estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentaram menos de 50% seus casos oriundos do Sinan (Tabela 10).
A taxa de detecção de aids vem caindo no Brasil nos últimos anos. De 2013 para 2014, a taxa caiu 3,5%; de 2014 para 2015, a redução foi de 4,3%; de 2015 para 2016, de 4,6%; e de 2016 para 2017 a queda foi de 3,4%. Em um período de dez anos, a taxa de detecção apresentou queda de 9,4%: em 2007, foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes e, em 2017, de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes. As regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência de queda nos últimos dez anos; em 2007, as taxas de detecção dessas regiões foram de 22,0 e 32,9, passando para 17,1 e 24,1 casos por 100 mil habitantes em 2017: queda de 22,2% e 26,7%, respectivamente. As regiões Norte e Nordeste apresentaram tendência de crescimento na detecção: em 2007 as taxas registradas dessas regiões foram de 16,4 (Norte) e 12,7 (Nordeste) casos por 100 mil habitantes, enquanto em 2017 foram de 23,6 (Norte) e 15,7 (Nordeste), representando aumentos de 44,2% (Norte) e 24,1% (Nordeste) (Tabela 11 e Figura 3). A região Centro-Oeste apresenta taxas com comportamento mais linear, observando-se variação de média (positiva ou negativa) de menos de 1% nos anos analisados.
0,0
5,0
10,0
15,0
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25,0
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35,0
40,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa
de
dete
cção
(x10
0mil
hab.
)
Ano de diagnós�co
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Figura 3 – Taxa de detecção de aids (x100 mil hab.) segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
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Na Figura 4, observa-se um declínio na taxa de detecção de aids entre os anos de 2007 e 2017 em dez UF: Rio Grande do Sul (36,3%), São Paulo (24,9%), Distrito Federal (22,9%), Santa Catarina (20,5%), Rio de Janeiro (20,3%), Minas Gerais (18,0%), Espírito
Santo (15,9%), Paraná (7,2%), Mato Grosso (3,4%) e Rondônia (0,7%). Vale destacar o aumento de 142,6% na taxa de detecção de Tocantins, no mesmo período.
Figura 4 – Taxa de detecção de aids (x100 mil hab.) e percentual de declínio ou incremento, segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 e 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
Em 2017, o ranking das UF referente às taxas de detecção de aids mostrou que os estados de Roraima e Amapá apresentaram as maiores taxas, com 36,8 e 29,8 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Além disso, observou-se que, entre as UF, 14 apresentaram taxas inferiores à nacional (de 18,3/100 mil habitantes), sendo o Acre o estado com a menor taxa – 8,8 casos/100 mil habitantes (Tabela 11). Entre as
capitais, apenas Rio Branco e Brasília tiveram taxas inferiores à nacional – 14,6 e 14,3 casos/100 mil habitantes, respectivamente. Porto Alegre apresentou taxa de 60,8 casos/100 mil habitantes, em 2017, valor superior ao dobro da taxa do Rio Grande do Sul e 3,3 vezes maior que a taxa do Brasil (Tabela 12 e Figura 5).
12 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
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Figura 5 – Taxa de detecção de aids (x100 mil hab.) segundo UF e capital de residência. Brasil, 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
Brasil 18,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
RR AP RS AM SC RJ MS PA MT MA PE RN RO AL PR SE TO ES SP GO DF CE PB PI MG BA AC
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
UF Capital
No Brasil, de 1980 até junho de 2018, foram registrados 606.936 (65,5%) casos de aids em homens e 319.682 (34,5%) em mulheres. No período de 2002 a 2008, a razão de sexos, expressa pela relação entre o número de casos de aids em homens e mulheres, manteve-se em 15 casos em homens para cada dez casos em mulheres; no entanto, a partir de 2009, observou-se uma redução gradual dos casos de aids em mulheres e um aumento nos casos em homens, refletindo-se na razão de sexos, que passou a ser de 22 casos de aids em homens para cada dez casos em mulheres em 2016, razão que se manteve em 2017. Considerando-se
os últimos dez anos, observou-se que a taxa de detecção de aids em homens apresentou aumento entre 2007 e 2011 (24,8 para 28,3 casos/100.000 habitantes). Essa taxa se manteve estável até 2013, quando voltou a cair. Em 2017, a detecção de aids entre homens foi de 26,0 casos a cada 100.000 habitantes. Entre as mulheres, observou-se tendência de queda dessa taxa nos últimos dez anos, que passou de 15,8 casos/100 mil habitantes em 2007, para 11,1 em 2017, representando uma redução de 30% (Tabela 13 e Figura 6).
1,5 1,5 1,61,7 1,7 1,7
1,81,9
2,1 2,2 2,2
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
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30,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa
de
dete
cção
(x10
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il ha
b.)
Ano de diagnós�co
Masculino Feminino Razão M:F
Figura 6 – Taxa de detecção de aids (x100 mil hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
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A razão de sexos apresenta diferenças regionais importantes, apesar de, em todas elas, haver um predomínio de casos em homens. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a razão de sexos, em 2017, foi de 26 casos em homens para cada dez casos em mulheres. Por sua vez, nas
regiões Norte e Nordeste, a razão de sexos, em 2017, foi de 22 casos em homens para cada dez casos em mulheres, enquanto na região Sul houve uma maior proporção de mulheres no total de casos de aids: a razão de sexos foi de 18 homens para cada dez mulheres (Tabela 14 e Figura 7).
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Razã
o de
sexo
s (M
:F)
Ano de diagnós�co
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Figura 7 – Razão de sexos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
A razão de sexos também varia de acordo com a faixa etária. Entre os jovens de 13 a 19 anos, observa-se, a partir de 2009, uma tendência de aumento entre homens. Na mesma faixa etária, verificou-se a maior variação percentual na razão de sexos, nos últimos dez anos. A segunda maior variação foi observada na faixa etária de 20 a 29 anos. Assim, em 2007, na faixa etária de 13 a 19 anos, a razão de sexos era de oito casos em homens para cada dez casos em mulheres, passando para 22 casos em homens a cada dez casos em mulheres em 2017. Na faixa de 20 a 29 anos, o aumento foi de 13 casos em homens para cada dez casos em mulheres em 2007 para 34 casos em homens a cada
dez casos em mulheres em 2017. Já na faixa etária de 30 a 39 anos, a razão de sexos, que em 2007 era de 16 casos em homens para cada dez casos em mulheres, passou para 25 casos em homens a cada dez casos em mulheres em 2017, com variação de 55%. Houve pouca variação da razão de sexos nos últimos dez anos nos grupos etários de 40 a 49 (6%) e de 50 anos ou mais (9%), em comparação com os outros grupos. Em 2017, a razão de sexos foi de 19 casos em homens para cada dez casos em mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos, e de 17 casos em homens para cada dez casos em mulheres na faixa etária de 50 anos ou mais (Tabela 15 e Figura 8).
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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2,5
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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Razã
o de
sexo
s (M
:F)
Ano de diagnós�co
13 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 anos ou mais
Figura 8 – Razão de sexos segundo faixa etária, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
A maior concentração dos casos de aids no Brasil foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,6% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,7% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2018 (Tabela 16).
Quando comparados os anos de 2007 e de 2017, observam-se reduções nas taxas de detecção entre os indivíduos com até 14 anos de idade, em ambos os sexos. Nas demais faixas etárias, a taxa de detecção entre os homens é superior, sendo três vezes maior do que entre as mulheres, no último ano, para as faixas etárias de 20 a 24 e de 25 a 29 anos (Tabela 17 e Figura 9).
2,2
0,4
0,5
3,2
10,3
15,6
17,0
21,9
21,9
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1,8
0,5
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75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
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≥ 60
2017
Homens Mulheres
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a Et
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Taxa de detecção (x100 mil hab.)
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15,0
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1,7
1,3
3,0
15,6
38,2
56,1
63,3
60,2
46,5
35,5
24,7
10,3
75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
< 5
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
≥ 60
2007
Homens Mulheres
Faix
a Et
ária
Taxa de detecção (x100 mil hab.)
Figura 9 – Taxa de detecção de aids (x100 mil habitantes) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2007 e 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
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Entre os homens, nos últimos dez anos, observou-se um incremento da taxa de detecção entre aqueles de 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 e 29 anos, 55 a 59 anos e 60 anos e mais. Destaca-se o aumento em jovens de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos. A maior taxa de detecção
em 2017 foi de 50,9 casos/100.000 habitantes, que ocorreu entre os indivíduos na faixa etária de 25 a 29 anos, tendo superado as taxas de detecção em homens de 30 a 34 anos e de 35 a 39 anos, que eram mais prevalentes até o ano de 2016 (Tabela 17 e Figura 10).
3,0
15,6
38,2
56,1
63,3
60,2
46,5
35,5
24,7
10,3
7,0
36,2
50,9
48,4
47,9
42,9
38,4
32,4
27,3
13,4
0,0
10,0
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19
anos
20 a
24
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25 a
29
anos
30 a
34
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40 a
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45 a
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anos
50 a
54
anos
55 a
59
anos
60 e
mai
s
Taxa
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(x10
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il ha
b.)
2007 2017
Figura 10 – Taxa de detecção de aids (x100 mil habitantes) em homens, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2007 e 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
Entre as mulheres, verifica-se que, nos últimos dez anos, a taxa de detecção apresentou queda em quase todas as faixas etárias, exceto na de 60 anos e mais: nesta, foi observado aumento de 21,2% quando comparados os anos de 2007 e 2017 (Tabela 17 e Figura 11).
No ano de 2007, a maior taxa de detecção de aids foi observada entre as mulheres de 35 a 39 anos (36,0 casos/100.000 habitantes);
em 2017, as faixas com maior detecção foram as das mulheres entre 35 e 39 anos e de 40 a 44 anos (21,9 casos/100.000 habitantes em ambas as faixas). As variações mais expressivas entre as mulheres adultas, no entanto, observadas entre 2007 e 2017, ocorreram entre mulheres de 30 a 34 anos e de 25 a 29 anos, verificando-se queda de 51,6% e 41,8% em suas taxas de detecção.
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10,3
15,6 17
,0
21,9
21,9
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0,0
10,0
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50,0
15 a
19
anos
20 a
24
anos
25 a
29
anos
30 a
34
anos
35 a
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anos
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44
anos
45 a
49
anos
50 a
54
anos
55 a
59
anos 60
em
ais
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
2007 2017
Figura 11 – Taxa de detecção de aids (x100 mil habitantes) em mulheres, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2007 e 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador proxy para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Observou-se queda na taxa para o Brasil nos últimos dez anos, que passou de 3,5 casos/100.000 habitantes em 2007 para 2,0 casos/100.000 habitantes em 2017, o que corresponde a uma queda de 42% (Tabela 18 e Figura 12).
Todas as regiões apresentaram queda na taxa de detecção de aids na comparação entre 2007 e 2017. A região com maior queda no período foi a região Sul, com taxa 59,5% inferior em 2017 (Tabela 18 e Figura 12). A redução observada na região Centro-Oeste foi de 46,3%; no Nordeste, de 38,9%; no Sudeste, de 38,1%; e, na região Norte, de 20,0% – a menor redução nas taxas.
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa
de
dete
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(x10
0 m
il ha
b.)
Ano de diagnós�co
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Figura 12 – Taxa de detecção de aids (x100 mil habitantes) em menores de cinco anos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
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Quando analisadas as taxas de detecção de aids entre menores de cinco anos por UF e suas capitais, observou-se que os estados do Amapá e do Rio Grande do Sul apresentaram as taxas de detecção mais elevadas em 2017: 6,5 e 6,0 casos por 100 mil habitantes, respectivamente (Tabela
18 e Figura 13). Entre as capitais, as maiores taxas foram encontradas em Porto Alegre (12,9/100.000 hab.), Macapá (8,8/100.000 hab.) e Recife (8,5/100.000 hab.).
Brasil 2,0
0,0
2,0
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6,0
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RS AP PE MS AM MA MT RJ BA SC PA AL RR AC RO CE SE RN SP MG DF TO PI PB ES PR GO
Taxa
de
dete
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(x10
0 m
il ha
b.)
Unidade da Federação Capital
Figura 13 – Taxa de detecção de aids (x100 mil hab.) em menores de cinco anos, segundo UF e capital de residência. Brasil, 2017*.Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2018; no SIM, de 2000 a 2017.
Quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, a quase totalidade dos casos (93,2%) teve como via de infecção a transmissão vertical (Tabela 19). A principal via de transmissão em indivíduos com 13 anos ou mais de idade em 2017 foi a sexual, tanto em homens (96,4%) quanto em mulheres (97,4%) (Tabela 20). Entre os homens, observou-se o predomínio da categoria de exposição homo/
bissexual (48,7%), superando a proporção de casos notificados como exposição heterossexual pela primeira vez na última década. A proporção de usuários de drogas injetáveis (UDI) vem diminuindo ao longo dos anos em todo o Brasil, representando 2,7% dos casos entre homens e 1,4% dos casos entre mulheres no ano de 2017 (Tabela 20 e Figura 14).
18 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
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Observa-se na Tabela 21 que, em todas as regiões, a principal via de transmissão entre homens e mulheres com 13 anos de idade ou mais foi a via sexual. Entre os homens, no ano de 2017, a região Sudeste apresentou um predomínio da categoria de exposição de homo/bissexual (55,8% dos casos, sendo 46,3% na categoria “homossexual” e 9,5% na categoria “bissexual”), enquanto nas demais regiões o predomínio foi heterossexual. No mesmo ano, a região Sul mostrou a maior proporção de usuários de drogas injetáveis
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano de diagnós�co
HSH Heterossexual UDI Hemo�lico Transfusão Transmissão ver�cal
%
Figura 14 – Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais segundo categoria de exposição, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2018).
(UDI), com 4,0% dos casos, após queda de 23,3% na comparação com o ano anterior (Figura 15 e Tabela 21). Entre as mulheres, a categoria mais prevalente (acima de 96%) de transmissão em todas as regiões foi a sexual. Quando observada a categoria de UDI, ao contrário do verificado entre homens, as maiores proporções ocorreram nas regiões Centro-Oeste (2,0%) e Sudeste (1,9%), ainda de acordo com a Tabela 21.
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Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Regiões do Brasil
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Figura 15 – Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais, segundo categoria de exposição, por região de residência. Brasil, 2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2018).
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Quando analisados os casos de aids nos últimos dez anos e a distribuição dos indivíduos pelo quesito raça/cor, observou-se queda de 20,9% na proporção de casos entre pessoas brancas. Entre as pessoas autodeclaradas pardas, essa proporção aumentou 33,5%. Considerando-se a população negra (pretos e pardos), o aumento observado no período foi de 23,5% (Figura 16 e Tabela 22).
Observando-se a série histórica, nota-se que desde 2009 os casos de aids são mais prevalentes em mulheres negras, enquanto entre homens isso ocorre desde 2012. No ano de 2017, as proporções observadas foram de 57,3% e 61,1% entre homens e mulheres negras, respectivamente.
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Ano de diagnós�co
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Figura 16 – Distribuição percentual dos casos de aids segundo raça/cor da pele, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2018).
A Tabela 23 apresenta as distribuições proporcionais dos casos de aids notificados no Sinan segundo escolaridade, por sexo. No acumulado dos anos, a maior concentração de casos de aids ocorreu entre indivíduos com a 5ª à 8ª série incompleta (28,8%), embora haja uma tendência de redução dos casos nessa faixa etária, ao longo dos anos. Observaram-se diferenças nas proporções de casos segundo sexo entre os níveis de escolaridade: os homens com aids apresentaram grau de instrução mais elevado do que as mulheres. Em 2017, a proporção
de casos entre homens analfabetos foi de 2,3%, enquanto entre as mulheres foi de 4,0%. Quando analisados os indivíduos que possuíam nível superior completo, observaram-se as proporções de 14,1% dos homens e de 4,3% das mulheres. No mesmo ano, em ambos os sexos, a categoria mais prevalente foi a de indivíduos com nível médio completo: 26,9% entre homens e 24,6% entre mulheres. Ressalte-se que a proporção de notificações sem informação de escolaridade permanece elevada (24,6% em 2017).
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Mortalidade por aids
Desde o início da epidemia de aids (1980) até 31 de dezembro de 2017, foram notificados no Brasil 327.655 óbitos tendo o HIV/aids como causa básica (CID10: B20 a B24). A maior proporção desses óbitos ocorreu na região Sudeste (58,9%), seguida das regiões Sul (17,7%), Nordeste (13,3%), Centro-Oeste (5,2%) e Norte (4,9%) (Tabela 24). Em 2017, a distribuição proporcional dos 11.463 óbitos foi de 40,5% no Sudeste, 22,2% no Nordeste, 20,0% no Sul, 10,5% no Norte e 6,8% no Centro-Oeste (Tabela 24).
No período de 2007 a 2017, verificou-se uma queda de 14,8% no coeficiente de mortalidade padronizado para o Brasil, que passou
de 5,6 para 4,8 óbitos por 100 mil habitantes. No mesmo período, observou-se aumento nesse coeficiente em todos os estados das regiões Norte e Nordeste, à exceção de Roraima e da Bahia, que apresentaram queda de 33,3% e 3,0% em seus coeficientes, respectivamente. Destaque-se o aumento no coeficiente de mortalidade observado no Rio Grande do Norte e no Acre. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste houve queda em todos os estados, com destaque para o estado de São Paulo, com queda de 41,0%.
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Figura 17 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (x100 mil hab.) segundo região de residência, por ano do óbito. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2017).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2017.
Em 2017, quando analisada a mortalidade por UF, onze delas apresentaram coeficiente superior ao nacional, que foi de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes: Rio Grande do Sul (9,0 óbitos/100.000 hab.), Rio de Janeiro (7,8), Amazonas (7,8), Pará (7,8), Mato Grosso do Sul (6,2), Rondônia (6,1), Santa Catarina (5,7), Pernambuco (5,6),
Mato Grosso (5,6), Maranhão (5,5) e Amapá (5,5). Os coeficientes inferiores ao nacional variaram entre 4,5 óbitos por 100.000 habitantes em Roraima e no Espírito Santo e 2,7 óbitos por 100.000 habitantes no Distrito Federal (Tabela 25 e Figura 18).
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Brasil 4,8
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Figura 18 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (x100 mil hab.), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2017*.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2017).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2017.
Na Figura 19, observa-se um declínio do coeficiente de mortalidade padronizado de aids entre os anos de 2007 e 2017 em 13 Unidades da Federação: São Paulo (41,0%), Roraima (33,3%), Santa Catarina (28,8%), Minas Gerais (28,3%), Distrito Federal (25,6%), Rio Grande do Sul (21,7%), Mato Grosso (15,7%), Rio de Janeiro (11,8%), Espírito
Santo (9,0%), Goiás (9,0%), Paraná (6,6%), Bahia (3,0%) e Mato Grosso do Sul (2,8%) (Tabela 25 e Figura 19).
Entre os estados que apresentaram aumento em seus coeficientes padronizados de mortalidade, destacam-se o Rio Grande do Norte, o Acre e o Amapá.
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Figura 19 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (x100 mil hab.) e percentual de declínio ou incremento segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 e 2017.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2017).
Entre as capitais, apenas cinco apresentaram, em 2017, coeficiente de mortalidade padronizado igual ou inferior ao nacional: João Pessoa (4,8/100 mil hab.), Palmas (4,4/100 mil hab.), Boa Vista (4,4/100 mil hab.), Belo Horizonte (3,8/100 mil hab.) e Brasília (3,3/100 mil hab.). O maior coeficiente foi observado em Porto Alegre (24,2 óbitos/100 mil hab.), cinco vezes superior ao coeficiente nacional (Tabela 26).
Do total de óbitos por aids registrados no Brasil no período entre 1980 e 2017 (n=327.655), 70,6% ocorreram entre homens (n=231.257) e 29,4% entre mulheres (n=96.271). A razão de sexos observada em 2017 foi de 20 óbitos entre homens para cada dez óbitos entre mulheres, taxa que vem apresentando comportamento linear desde 2007, com variação entre 19 e 20 óbitos entre homens para cada dez em mulheres (Tabela 27 e Figura 20).
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Figura 20 – Coeficiente de mortalidade de aids (por 100 mil hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano do óbito. Brasil, 2007 a 2017*.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2017).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2017.
Em relação à faixa etária, não foram observadas diferenças expressivas no ano de 2017 entre os coeficientes de mortalidade por sexo em indivíduos de até 19 anos de idade. Em todas as demais faixas etárias, o coeficiente de mortalidade é maior em homens. No geral, os coeficientes de mortalidade em menores de 14 anos apresentaram tendência de queda nos últimos dez anos, mais acentuadamente em menores de cinco anos. Entre os jovens de 15 a 19 anos, notou-se uma tendência de aumento, especialmente entre mulheres; entre os homens, a tendência é linear. Nos indivíduos do sexo masculino, também se verificou uma leve tendência de aumento entre aqueles compreendidos na faixa etária de 20 a 24 anos, tendo o coeficiente passado de 2,5 óbitos por 100 mil habitantes em 2007 para 4,0 óbitos por 100 mil habitantes em 2017 (Tabela 28). As
tendências de aumento mais claras foram observadas entre indivíduos de idade igual ou superior a 60 anos, em ambos os sexos.
Quando distribuídos proporcionalmente os óbitos notificados no ano de 2017 por raça/cor, observaram-se 60,3% entre negros (46,6% pardos e 14,1% pretos), 39,2% entre brancos, 0,2% entre amarelos e 0,2% entre indígenas. A proporção de óbitos entre mulheres negras foi superior à observada em homens negros: 63,3% e 58,8%, respectivamente. Realizando-se uma comparação entre os anos de 2007 e 2017, verificou-se queda de 23,8% na proporção de óbitos de pessoas brancas e crescimento de 25,3% na proporção de óbitos de pessoas negras (Tabela 29).
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A Tabela 30 apresenta o ranking das UF segundo o índice composto pelos indicadores de taxas de detecção, mortalidade e primeira contagem de CD4 nos últimos cinco anos. O estado de Roraima encontra-se em primeiro lugar, seguido pelos estados do Rio Grande do Sul e do Pará. Em relação às capitais, as cinco posições mais elevadas no ranking são Porto Alegre, Belém, Manaus, Boa Vista e Florianópolis, conforme a Tabela 31.
Entre os municípios com 100 mil habitantes ou mais, dos 20 primeiros, oito pertencem ao estado do Rio Grande do Sul, três a Santa Catarina, três pertencem ao Pará, dois ao Maranhão e os quatro municípios restantes pertencem, cada qual, aos estados de Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso e Rio de Janeiro, conforme a Tabela 32.
Classificação das Unidades da Federação (UF), Capitais e Municípios com 100 mil habitantes e mais, segundo índice composto
Metodologias
1. Nota técnica para preparação do banco de dados de aids e construção das tabelas
Para a preparação deste “Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2017”, foi utilizado o banco de dados de aids nacional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) referente ao período de 1980 até junho de 2017. Para os dados de mortalidade, utilizou-se o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do qual foram selecionados os óbitos cuja causa básica foi HIV/aids (CID10: B20 a B24) no período de 2000 a 2016. Por fim, do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), foram utilizados todos os indivíduos registrados no sistema de 2000 até junho de 2017.
As bases do Sinan versão Windows (criança e adulto), referentes aos registros notificados até 2006, encontram-se congeladas e unificadas, o que significa que não foram realizados procedimentos de limpeza e relacionamento dessas bases entre si. Para as bases da versão NET (criança e adulto) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de crianças e adultos foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan (versão NET) considerou o critério de definição de caso e a data de diagnóstico. Assim, os registros duplicados foram excluídos segundo a hierarquia dos critérios (CDC adaptado, Rio Caracas, Critério óbito, HIV positivo e descartado), e, em caso de empate (aqueles com o mesmo critério de definição), foi considerada a data mais antiga de diagnóstico.
O relacionamento entre todas as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Para a composição dos pares do relacionamento entre as plataformas do Sinan (Windows e NET), as informações do Windows foram privilegiadas apenas nos casos em que se atendia ao critério de definição. As informações acerca dos registros que não atenderam a esse critério foram extraídas do NET.
Para os registros oriundos do SIM, foram retiradas as duplicidades considerando-se os mesmos campos de comparação do Sinan.
As bases de dados do Siscel e do Siclom permitem a formação da base de cadastro dos pacientes que acessam a rede, seja para realizar exames de CD4 ou carga viral, seja para receber medicamentos. Dessa base, foram retiradas duplicidades utilizando-se os mesmos campos de comparação do Sinan e SIM, e a base foi posteriormente relacionada com a base de dados do SIM.
Para a composição dos pares de registros encontrados pelo relacionamento das bases do SIM e Siscel/Siclom, privilegiaram-se as informações do Siscel/Siclom naqueles registros que atenderam ao critério de definição. Para os registros pareados que não atenderam ao critério, as informações foram extraídas do SIM.
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados foram relacionados com os registros do Sinan (Windows e NET combinados), com o intuito de identificar provável subnotificação do Sinan e agregar a base de dados de aids. A composição dos pares originados por esse relacionamento privilegiou as informações do Sinan apenas nos casos que atenderam ao critério de definição. Naqueles que não atenderam a esse critério, as informações foram obtidas a partir do Siscel/Siclom, e por último, se não atenderam ao critério pelo Siscel/Siclom, as informações foram extraídas dos óbitos (SIM).
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados que não foram pareados com o Sinan foram inseridos na base de aids nacional segundo os seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos, ou óbito por aids oriundo do SIM. Aqueles que não atendiam a esses critérios foram excluídos da base de dados.
Do mesmo modo, foram excluídos da base os casos de aids notificados no Sinan e classificados como critério descartado ou HIV positivo ou em branco, que não foram pareados com o SIM ou com o banco de cadastro do Siscel e Siclom. Adicionalmente, foram eliminados aqueles pareados com o banco de cadastro que não atenderam aos seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos.
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Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados para as respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
Para os casos não notificados no Sinan, mas incorporados à base de aids nacional por serem provenientes do SIM, Siscel e Siclom, foi criada a variável data de diagnóstico baseado na data do óbito (SIM) e na data da coleta do primeiro CD4 (Siscel), de acordo com a entrada do registro no banco de dados.
As tabelas referentes a UF, sexo e faixa etária foram elaboradas considerando-se as informações do banco relacionado (Sinan + SIM + Siscel/Siclom), enquanto as tabelas referentes às categorias de exposição, raça/cor e escolaridade foram construídas considerando-se somente os dados do Sinan.
2. Nota técnica para preparação do banco de dados de HIV e construção das tabelas
Para a preparação dos dados de HIV, foi utilizado o banco nacional de dados de aids do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), versão em uso (Sinan NET) no período de 2007 até junho de 2016.
Para as bases da versão NET (criança e adultos) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, separados todos os casos com o critério de definição de HIV, e após esse processo foram retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de crianças e de adultos foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan foi considerado como a data mais antiga de diagnóstico, ou seja, os registros duplicados foram excluídos segundo a data de diagnóstico e, em caso de empate (aqueles com a mesma data de diagnóstico), foi considerada a primeira data de notificação.
O relacionamento entre as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e do último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados para as respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
3. Índice compostoPara a construção do índice composto, foram selecionados os seguintes indicadores:i) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos
três anos;
ii) Variação média da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos cinco anos;
iii) Taxa média de detecção de aids na população de menores de cinco anos, nos últimos três anos;
iv) Variação média da taxa de detecção de aids na população de menores de cinco anos, nos últimos cinco anos;
v) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos três anos;
vi) Variação média da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos cinco anos;
vii) Função inversa da média do logaritmo da primeira contagem de CD4 dos pacientes que entraram a partir de 2009 (f = 1/logCD4), excluídos os valores de CD4 iguais a zero e maiores de 3.000 células/mm³.
Em seguida, efetuou-se a padronização de cada um dos indicadores segundo a fórmula:
onde xi = valor observado de cada Unidade da Federação ou município; X = média de todos os valores do indicador; = desvio-padrão de todos os valores do indicador.
Por fim, aplicou-se a média ponderada desses indicadores padronizados, atribuindo-se peso 1 às taxas médias (indicadores i, iii e v) e peso 0,5 às variações médias e à função inversa da média do logaritmo do primeiro CD4 (indicadores ii, iv, vi e vii). Para exibir o índice final em números positivos, somou-se 5 a todos os valores finais.
4. Mapas temáticosComo fonte de informação, utilizaram-se os dados secundários de
casos de aids notificados no Sinan, registrados no Siscel e no Siclom e declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), agrupados por meio de relacionamento probabilístico de dados, metodologia descrita no item 2 das Metodologias.
Para a análise, foi criada uma planilha em Microsoft Excel, Versão 2010, no formato Comma Separated Values (CSV), com número de casos de aids por código da Unidade da Federação (UF) de residência e ano de diagnóstico. Tais dados possibilitaram o cálculo das taxas de incidência, de detecção e coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, descritas no Apêndice – Indicadores epidemiológicos para o monitoramento do HIV/aids.
Com base nas taxas de detecção e no coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, foram elaborados mapas temáticos, por meio do programa Quantum GIS (QGIS), Versão 2.8.3, com a utilização da base cartográfica do Brasil por UF, em projeção WGS 84, fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em: <http://downloads.ibge.gov.br.>
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Tabelas
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32 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume 49 - Nº 53 − 2018 | 37
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46 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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2005
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2007
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56 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2013 a 2017
Ranking Município UF ÍndiceTaxa de
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1º Rio Grande RS 7,135 59,5 -5,1 23,0 -0,7 15,2 0,0 2952º Porto Alegre RS 6,777 67,7 -8,9 23,2 -0,8 12,5 -0,8 3373º Novo Hamburgo RS 6,624 42,0 -2,8 17,3 -0,6 13,1 3,3 3214º Belém PA 6,455 53,6 1,6 16,4 0,3 4,6 -0,9 2655º Alvorada RS 6,439 53,4 -4,9 22,9 -0,7 10,9 -4,7 3146º Itajaí SC 6,314 63,6 -1,9 23,3 -0,3 2,3 -1,8 3667º Uruguaiana RS 6,255 35,2 -3,1 22,4 0,4 7,2 0,2 3628º Camaragibe PE 6,236 31,6 0,7 9,5 0,0 10,0 5,1 2969º Canoas RS 6,218 50,1 -0,4 19,7 -2,0 7,2 1,1 35210º Paço do Lumiar MA 6,171 42,4 8,4 9,2 2,0 0,0 0,0 28311º São José de Ribamar MA 6,157 38,4 2,4 9,5 -0,8 10,7 1,6 31012º Ananindeua PA 6,126 37,2 0,1 12,1 0,4 6,1 1,3 25613º Manaus AM 6,080 50,3 -2,4 12,4 -0,3 6,4 0,2 27214º Florianópolis SC 6,047 60,9 -2,2 11,3 -1,0 6,6 1,0 32015º Balneário Camboriú SC 5,993 70,0 -6,3 13,6 -1,7 4,8 3,6 34216º Rondonópolis MT 5,992 61,4 7,1 12,3 -0,3 3,7 -1,4 57417º Bagé RS 5,976 27,9 0,8 10,1 1,4 4,8 3,6 30218º Itaguaí RJ 5,963 21,1 -2,1 9,7 -0,5 16,1 3,0 40019º Parauapebas PA 5,920 45,3 -2,7 8,6 -0,4 11,3 1,2 38120º Viamão RS 5,895 49,6 -2,7 18,0 -0,6 4,1 -2,8 29821º Boa Vista RR 5,885 46,5 1,3 6,8 -0,5 5,8 0,9 26022º Almirante Tamandaré PR 5,881 22,9 1,6 6,4 0,8 10,1 2,5 33823º Lages SC 5,843 37,8 -1,2 12,6 -1,9 9,6 0,0 29224º Recife PE 5,818 36,2 -0,2 10,2 0,2 6,3 0,1 29825º São José SC 5,815 53,3 -5,9 13,9 -0,8 4,7 1,8 31926º Nilópolis RJ 5,800 21,7 -3,0 13,5 -0,2 7,3 2,8 28027º Palhoça SC 5,797 48,7 0,4 11,0 1,0 0,0 0,0 29428º Guarujá SP 5,781 25,8 0,0 11,6 0,7 7,3 0,0 33229º Araucária PR 5,759 21,8 1,9 7,7 0,5 7,0 2,6 30330º Eunápolis BA 5,733 27,8 -1,3 9,9 1,5 3,4 2,6 29731º Santarém PA 5,732 39,0 2,8 6,4 -0,3 8,1 -0,8 34132º São Luís MA 5,722 46,2 -0,9 10,8 -0,9 4,7 -0,2 29033º Niterói RJ 5,720 29,6 -1,4 9,2 0,0 8,1 1,0 30534º Cabo de Santo Agostinho PE 5,717 29,4 -0,9 12,9 0,9 6,7 -3,2 31735º Santa Maria RS 5,703 33,9 -0,6 11,0 -1,5 5,9 3,0 28436º Nova Iguaçu RJ 5,700 32,5 -1,0 12,7 -0,5 4,2 0,9 27037º Vitória de Santo Antão PE 5,692 23,5 1,5 6,1 0,2 6,5 2,4 26038º Caraguatatuba SP 5,684 38,7 4,2 10,5 -0,3 4,1 0,0 39139º Cachoeirinha RS 5,679 39,8 -2,8 14,0 0,3 4,1 -3,0 28940º Araruama RJ 5,672 17,7 0,6 8,3 1,2 4,4 3,3 27641º Pelotas RS 5,666 37,1 -0,6 12,1 -0,7 3,4 1,3 29142º Cuiabá MT 5,654 29,7 0,2 9,1 0,4 3,8 1,1 26843º Angra dos Reis RJ 5,634 16,1 0,2 6,3 0,1 8,4 4,2 29644º Piraquara PR 5,634 25,9 1,1 6,9 -0,1 8,2 0,0 29245º Porto Velho RO 5,617 41,9 -5,4 11,4 1,0 3,2 0,0 30146º Tucuruí PA 5,613 29,9 1,1 10,8 0,6 2,9 0,0 30247º Rio das Ostras RJ 5,611 30,3 0,9 7,2 -0,6 10,4 0,0 37748º Gravataí RS 5,604 40,0 -4,0 14,2 0,2 3,8 -1,4 32449º Olinda PE 5,584 36,1 -1,9 13,3 0,0 2,5 -0,9 28250º Paranaguá PR 5,583 40,8 -3,1 17,0 -1,8 3,0 -2,2 252
Continua
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume 49 - Nº 53 − 2018 | 61
continuação - Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2013 a 2017
Ranking Município UF ÍndiceTaxa de
detecção(1)
Δ taxa de detecção(2)
Taxa de mortalidade(3)
Δ taxa de mortalidade(4)
Taxa de detecção
<5 anos(5)
Δ taxa de detecção
<5 anos(6)
Média do primeiro CD4(7)
51º Bacabal MA 5,564 37,3 0,6 11,7 0,2 3,5 -4,9 26952º Araguaína TO 5,534 26,5 -1,6 5,4 0,2 6,7 3,3 29853º Belford Roxo RJ 5,509 23,6 -2,4 9,9 0,0 5,0 3,0 29554º Rio de Janeiro RJ 5,494 34,6 -1,6 11,5 -0,6 4,6 -0,6 30955º Altamira PA 5,491 16,7 3,6 8,8 1,3 3,3 0,0 32356º São Gonçalo RJ 5,476 25,8 0,6 9,7 -0,2 4,3 -1,2 26057º Campo Grande MS 5,469 27,3 -1,6 8,6 0,3 4,6 0,8 28858º Macapá AP 5,467 32,2 1,0 5,8 -0,5 5,1 1,1 28759º Maceió AL 5,427 27,6 1,3 7,1 0,0 3,3 -0,6 25360º Duque de Caxias RJ 5,426 27,0 -1,6 12,8 -0,3 3,8 -0,4 31361º Fortaleza CE 5,411 27,8 -0,3 7,4 0,0 3,8 0,0 26062º São João de Meriti RJ 5,408 27,6 -1,5 11,6 -0,3 3,4 -0,8 27463º São Leopoldo RS 5,394 43,3 -4,2 17,3 -1,7 4,2 -3,1 35964º Sapucaia do Sul RS 5,393 44,5 -2,7 18,0 -0,6 0,0 -5,4 30465º Mogi Guaçu SP 5,380 16,0 0,9 5,6 0,5 3,6 2,7 25866º Arapiraca AL 5,364 16,6 1,8 3,6 -0,5 5,0 2,5 22867º Natal RN 5,349 27,2 1,4 5,7 0,2 4,4 -1,6 27068º Coronel Fabriciano MG 5,343 18,8 0,6 3,6 -0,7 9,0 3,4 34669º Mossoró RN 5,341 25,0 3,8 5,0 0,6 1,4 1,1 29770º Timon MA 5,331 19,3 -2,9 8,8 0,4 5,0 0,0 26671º Três Lagoas MS 5,322 21,4 2,2 8,7 1,0 3,8 -2,9 33272º Pinhais PR 5,316 40,2 1,9 7,0 -0,2 0,0 0,0 30273º Tubarão SC 5,314 40,9 1,0 11,9 1,2 0,0 -7,9 30874º Muriaé MG 5,309 26,9 2,7 11,1 0,4 0,0 -3,7 27375º Imperatriz MA 5,296 26,3 0,5 9,7 -0,4 4,6 -1,1 34276º Codó MA 5,295 34,6 -1,5 10,2 -1,5 2,4 -1,8 23077º Sete Lagoas MG 5,283 23,6 1,6 5,6 0,9 2,3 0,0 29678º Santa Bárbara d'Oeste SP 5,271 16,4 -1,8 5,9 1,0 5,8 2,2 35079º Cabo Frio RJ 5,269 21,3 -0,5 6,2 0,3 4,6 0,0 28180º São José do Rio Preto SP 5,260 32,0 1,3 9,2 -0,1 1,2 -0,9 32581º Aracaju SE 5,255 29,6 -0,1 4,9 0,1 4,3 -2,7 24882º Jaraguá do Sul SC 5,255 29,1 0,8 5,2 0,1 3,0 2,3 34983º Paulista PE 5,247 24,3 -0,1 7,9 1,0 2,9 -2,2 30384º Uberlândia MG 5,241 31,9 -0,9 7,3 -0,1 2,2 0,0 29685º Salvador BA 5,230 26,7 -1,7 7,1 -0,6 4,2 0,0 26786º Vila Velha ES 5,227 25,6 -2,6 7,2 0,1 4,4 2,5 35787º Maricá RJ 5,224 19,7 -0,9 8,3 -0,1 4,0 0,0 27988º Itapipoca CE 5,218 12,2 2,1 2,6 0,4 3,1 2,3 23389º Parnaíba PI 5,214 15,1 -2,9 4,9 0,3 2,9 2,1 20290º Jaboatão dos Guararapes PE 5,206 33,7 -2,6 9,3 -0,1 2,6 -0,5 33491º Simões Filho BA 5,204 17,4 1,0 5,2 0,7 2,7 0,0 26192º Barretos SP 5,199 28,7 -1,8 13,9 -0,3 0,0 0,0 34493º Teófilo Otoni MG 5,196 17,2 -0,8 4,2 -0,2 6,9 5,1 41194º Marabá PA 5,186 29,2 -1,7 10,4 -0,7 2,4 0,0 32095º Vespasiano MG 5,172 16,4 -1,0 3,9 0,6 7,9 0,0 34396º Salto SP 5,167 11,0 3,0 6,4 1,1 4,4 0,0 38497º Açailândia MA 5,161 12,7 -1,7 6,3 0,9 6,4 0,0 33398º Campos dos Goytacazes RJ 5,157 25,2 -1,7 9,9 -0,5 2,9 -0,7 30099º Itu SP 5,152 18,6 -0,6 7,5 -0,8 3,0 2,3 275100º Bragança PA 5,151 23,7 -1,4 10,6 0,5 0,0 0,0 309
Fonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais.Notas: (1) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos 3 anos. (2) Variação média anual da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos 5 anos. (3) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos 3 anos. (4) Variação média anual da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos 5 anos. (5) Taxa média de detecção de aids em menores de 5 anos nos últimos 3 anos. (6) Variação média anual da taxa de detecção de aids em menores de 5 anos nos últimos 5 anos. (7) Média calculada após transformação logarítmica.
64 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume 49 - Nº 53 − 2018 | 65
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IV/a
ids
66 | Volume 49 - Nº 53 − 2018 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
INDI
CADO
RES
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s forn
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Popu
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tes ne
sse m
esmo
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l, no
mesm
o ano
Coefi
ciente
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tecçã
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mo an
o de n
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ação
Indic
ador
es ep
idemi
ológic
os pa
ra o
monit
oram
ento
do H
IV/a
ids
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PUBLICAÇÃO
Capa:Formato: A4 - 4 pg
Cor: 4/4Papel: Couchê Fosco 350 gFonte: Família Futura Std
Encadernação: CanoaAcabamento: BOPP
Miolo:Formato: A4 - 68 pg
Cor: 4/4Papel: Off set 90 g/m²
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