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RIO DE JANEIRO

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Stefano Figalo / Brasil de Fato

Ano 3 | edição 131

29 de outubro a 4 de novembro de 2015 distribuição gratuita

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Entrevista | pág. 4Mundo | pág. 8

É muito comum a afirmação de que no Brasil a carga tributária é alta. Mas pouco se fala sobre o tamanho do rombo nas contas públicas causado pela sonegação de impostos. Mais de R$ 1,162 trilhão são devidos à União. Apesar dos valores astronômicos

da sonegação, apenas cerca de 1% é recuperado aos cofres pú-blicos. Segundo estudos, a sonegação de tributos representa mais de 580 vezes os valores desviados da Petrobrás e oito mil vezes os valores apurados no mensalão. Brasil l pág. 9

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Levantamento compara sonegação a corrupção

CHURRASQUINHO O prefeito Eduardo Paes (PMDB) perdeu a batalha e o churrasquinho continua nas ruas do Rio. Tradição carioca, esse hábito esteve ameaçado por uma canetada. Cidades l pág. 5

“Maomé seria feminista se estivesse vivo”

Fim do bloqueio é tema na ONU

Confira entrevista concedida por líder muçulmano ao Brasil de Fato

Somente EUA e Israel foram contrários ao fim do embargo econômico a Cuba

Mais uma novela turca no arFatmagul aborda temática da violência contra a mulher

Cultura | pág.10

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EDITORIAL

Quinta-feira, 29 de outubro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F26Pancada de

chuva

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:André Vieira e Fania Rodrigues

REPORTAGEM:Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

A violência contra as mulheres é um problema de toda a sociedade e combatê-la é uma questão de cidadania

Desde o último final de se-mana, um assunto invadiu as redes sociais e as rodas de conversa: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, tema da redação do ENEM.

Não demorou para que gru-pos conservadores se mani-festassem, acusando o Minis-tério da Educação de “doutri-nação ideológica”. Para es-ses grupos, a violência con-tra a mulher é um problema no qual a sociedade não deve “meter a colher”.

PROBLEMA DE “MARIDO E MULHER”?Segundo dados da Secreta-ria de Políticas para as Mu-lheres da Presidência da República, em 2014 houve 52.957 casos registrados de violência contra mulheres, uma média de 145 por dia.

De acordo com o mes-mo órgão, 43% das mulheres agredidas sofrem violência todos os dias e, em mais da metade dos casos, a violên-cia é física. Em 80% dos casos, o agressor é o companhei-ro. E também em 80% dos re-gistros essas mulheres têm fi-lhos que, em 65% das ocor-rências, assistem à agressão.

O Fórum Brasileiro de Se-gurança Pública aponta que, somente em 2014, 50.320 ca-sos de estupro foram denun-

Feminismo é uma questão de democracia

ciados no país. Segundo pes-quisadores, a estimativa é de que apenas um em cada

10 casos seja notificado. Is-so significa que, por vergo-nha, abalo psicológico, re-pressão familiar ou religio-sa ou, ainda, pelas dificul-

dades impostas pelo poder público para o registro da agressão, apenas 10% dos casos entram para as esta-tísticas oficiais.

ATAQUES CONTRA OS DIREITOSIsso se torna mais grave dian-te dos ataques que os direitos das mulheres sofrem atual-mente. Semana passada, o Projeto de Lei nº 5069/2013, de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), atual presidente da Câ-mara Federal, foi aprovado na Comissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ).

Esse Projeto cria dificul-dades para que vítimas de estupro sejam atendidas e

recebam tratamento ade-quado em hospitais conve-niados ao SUS. Impede que seja administrada a chama-da “pílula do dia seguinte” para evitar a gravidez pro-duto do estupro. Cria impe-dimentos para que a vítima da violência tenha direito ao aborto legal e prevê pu-nições mais rígidas para os profissionais de saúde que realizarem os procedimen-tos. Um absurdo!

A violência contra as mu-lheres é um problema de to-da a sociedade e combatê-la é uma questão de cidadania. Portanto, o feminismo não é “ideologia de gênero”, mas uma questão de democracia.

2 | Opinião Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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ulga

ção

tes lutam contra retrocessos que tramitam no Congresso: a PEC 215 que altera a demarca-ção de terras indígenas, a der-rubada do Estatuto do Desar-

Midia Ninja

Limpeza nos correios

Há mais de um mês em greve, os trabalhado-res dos correios continu-am realizando mobiliza-ções nas agências. Os pro-blemas, no entanto, não se restringem às questões de salários. Na semana pas-sada, por exemplo, os tra-balhadores do CTE Benfi-ca cruzaram os braços de-nunciando condições in-salubres de trabalho por falta de limpeza no prédio, que, segundo eles, con-ta com profissionais insu-ficientes. Segundo o sin-dicato da categoria, SIN-TECT-RJ, este é um pro-blema que atinge a todas as unidades dos Correios.

SINDICALpor Claudia Santiago

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Divulgação

Reprodução

Dia de Protesto contra o Pacote de Maldades de Cunha e Cia

Nesta quinta-feira (29), a partir das 7 horas, a campa-nha O Petróleo Tem que Ser Nosso/Sindipetro-RJ convo-ca para protesto contra o cha-mado “pacote de maldades” proposto por Eduardo Cunha (PMDB) e seus aliados. O pon-to de encontro será em frente ao Edise – Edifí-cio-sede da Petrobrás, na Avenida Chile, cen-tro do Rio. Os manifestan-

A prova do Enem 2015 está dando o que falar. Uma das questões cita a feminis-ta Simone de Beauvoir e fala sobre as lutas das mu-lheres no século XX. Ma-chistas, não passarão!

O ex-presidente Fernan-do Henrique Cardoso admitiu em recentes entre-vistas que já sabia dos casos de corrupção na Petrobrás. E por que não fez nada?

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FEMINISMO Centenas de mulheres marcharam pelas ruas do Centro do Rio nesta quarta-feira (28) contra a proposta de Eduardo Cunha (PMDB) que retira direitos de mulheres agredidas sexualmente.

Petroleiros

A Federação Nacional dos Petroleiros, uma das entidades nacionais que representam a categoria, está convocando uma gre-ve nacional a partir desta quinta-feira (29). O movi-mento denuncia o Plano de Desinvestimento do gover-no federal e critica os Pro-jetos de Lei que se colocam contrários à exploração do pré-sal por parte da Petro-brás. Eles reivindicam ain-da que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) seja as-sinado sem cortes de direi-tos e com aumento real.

FRASE DA SEMANA

disse a cantora Beth Carvalho, considerada a madrinha do samba, em recente entrevista.

“O samba é mais de esquerda”

mamento que amplia o por-te de armas, o PL 131 que en-trega o pré-sal às petrolíferas estrangeiras, a Lei Antiterro-rista que criminaliza as ma-nifestações populares, entre outros. Todos esses proje-tos estão sendo conduzidos

e aprovados por parlamen-tares ligados à chamada bancada BBB (Boi, Bíblia

e Bala). (Agência Petro-leira de Notícias)

Geral | 3Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Desde os atentados às Tor-res Gêmeas, nos Estados Uni-dos, a religião muçulmana, também chamada de Islã, é alvo de preconceito e discri-minação. É comum as pesso-as associarem seus pratican-tes ao terrorismo.

No entanto, o líder muçul-mano Carlos Meneses, dire-tor do Centro Cultural Imam Hussein, no Rio de Janeiro, esclarece que essas pesso-as que usam o Islã para justi-ficar ações violentas não co-nhecem os verdadeiros ensi-namentos do profeta Maomé.

“Pessoas matam e degolam em nome de Deus, mas não tem nada de religioso nisso. Isso é anti-islâmico”, destaca Carlos Meneses. Sobre os gru-pos terroristas que atuam na Síria e no Iraque, o religioso afirma que não há fundamen-tos religiosos que justifiquem a violência praticada por eles.

“O nome é Estado Islâmi-co, mas de islâmico não tem nada. Lá no alcorão está es-crito que a guerra não é coi-sa de Deus. Vejo o Estado Is-lâmico muito mais como um movimento político or-ganizado. Existe um interes-se econômico muito grande naquela região”, afirma o lí-der muçulmano.

BUSCA RELIGIOSAEngenheiro de formação, Car-los é brasileiro, estudou a vi-da inteira em escolas católi-

Stefano Figalo / Brasil de Fato

“Se o profeta Maomé estivesse vivo ele seria feminista”, diz muçulmanoLíder muçulmano fala sobre os preconceitos contra sua religião e esclarece pontos importantes

cas e converteu-se ao islamis-mo xiita ainda bem jovem. A religião sempre esteve pre-sente em sua vida de alguma maneira. E a escolha pelo Islã não foi por acaso.

“Sempre senti a necessida-de de acreditar em algo. Toda essa criação à nossa volta tem um sentido. Não é possível que a gente esteja aqui só para

viver e morrer. O Islã me cha-mou a atenção porque ele não nos afasta da ciência”, explica o religioso. Em várias partes do alcorão há referências ao conhecimento científico.

Para esclarecer essas e ou-tras questões sobre o Islã, Carlos e outros praticantes fundaram o Centro Cultural. Lá são realizadas palestras e rodas de conversas sobre a religião e a sua história.

A MULHER E O ISLÃ Outro ponto que Carlos faz questão de esclarecer é sobre o papel da mulher no Islã. Em muitos países, como Arábia Saudita, algumas regiões do Iraque e Afeganistão, elas são proibidas de estudar, traba-lhar, dirigir e sair na rua sozi-nha, entre outras coisas.

Porém, o muçulmano ga-rante que essa é uma práti-ca equivocada da religião. “O próprio profeta, quan-do se casou pela primeira vez, casou com uma mu-lher que trabalhava. Sua es-posa era comerciante, ele trabalhava pra ela e assim continuou. Se o profeta Ma-omé é o exemplo que o Al-corão nos mostra, essa ati-tude contradiz os fatos his-tóricos”, ressalta.

Para ele, a Arábia Saudi-ta é o exemplo máximo de in-tolerância contra a mulher. Lá mulher não pode estudar. “Outra contradição histórica. O profeta falava para a sua fi-lha: aprenda para que você possa ensinar outras mulhe-res. No Irã, 70% das vagas uni-versitárias são ocupadas por mulheres. E é um país muçul-mano”, diz Carlos Meneses.

Para o religioso, a discri-minação da mulher em pa-íses de maioria muçulmana é mais uma questão cultural que religiosa. “Se o profeta Maomé estivesse vivo ele se-

ria feminista. Porque ele vem de uma época em que a mu-lher era contada junto com o gado. Se a primeira filha fos-se mulher, ela era enterrada vida. O profeta Maomé pro-íbe essas práticas”, garante Carlos.

Nos países onde as mulhe-res são discriminadas e sub-

missas aos homens, prevale-ce a questão cultural sobre a religiosa, como afirma o lí-der xiita. “Tentam usar a re-ligião para justificar algu-mas coisas. Há um grande movimento de governos de cada vez mais tentar apagar o papel da mulher na Histó-ria”, alerta.

Muçulmano xiita, Carlos Meneses fala sobre as práticas de sua religião

Pessoas matam e degolam em nome de Deus, mas não tem nada de religioso nisso. Isso é anti- islâmico

Carlos Meneses, líder muçulmano

4 | Entrevista Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Um churrasquinho de car-ne para fechar o dia é uma boa pedida, ainda mais se for na companhia de amigos pa-ra colocar a conversa em dia. Aos que bebem, uma cerve-jinha gelada pode fazer uma ótima combinação. Tradição carioca, esse hábito esteve ameaçado por uma caneta-da do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que vetou a lei que autorizava a venda de chur-rasquinho nas ruas do Rio. A Câmara dos Vereadores, no entanto, derrubou o veto de Paes e a lei foi publicada no

Prefeito perde e churrasquinho continua nas ruas da cidadeCâmara derruba veto de Paes e prefeitura tem 30 dias para apresentar regulamentação

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Diário Oficial da última se-gunda-feira (26).

Nice Almeida, de 35 anos, é uma que está comemoran-do e fazendo planos. Há qua-tro anos vendendo churras-quinho no centro do Rio, ela não esconde a felicidade em poder, finalmente, trabalhar sem ter a mercadoria apreen- dida. “No carnaval passado eles levaram minha merca-doria toda, fiquei muito mal. A melhor coisa que nos acon-teceu foi ter essa lei legali-zando o nosso trabalho”, re-lembra a ambulante.

Após ficar viúva no Ceará, Nice recebeu a proposta do ir-mão para vir ao Rio de Janei-ro tomar conta do churrasqui-nho que era dele. Não deu ou-tra. Ela veio e hoje tira da ven-da dos petiscos o sustento pa-ra seus dois filhos. “É daqui do churrasquinho que eu levo o pão de cada dia para casa. Eu gosto de fazer isso, compro as

carnes todos os dias, prepa-ro os espetos, estou satisfei-ta”, revela a trabalhadora.

GERAÇÃO DE EMPREGOSO paraibano Antônio Mar-cos, de 46 anos, é o responsá-vel por assar todas as carnes no “Churrasquinho da Nice”. Por ali, tem de tudo: carne de boi, asinha de frango e o tra-dicional salsichão. “É muito bom saber que agora vamos

A melhor coisa que nos aconte-ceu foi ter essa lei legalizando o nosso trabalho

Nice Almeida, vende-dora de churrasquinho

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

poder trabalhar em paz. Sem isso aqui, não conseguiria manter minha família”, con-ta o trabalhador que ajuda fi-nanceiramente seus paren-tes que ficaram no nordeste.

O sucesso do negócio é evi-dente. A cabeleireira La-na Vieira, de 41 anos, é uma cliente fiel do lugar. Sai do tra-balho e corre pra o churras-quinho matar a fome e tomar uma cervejinha pra relaxar no final do dia. “É uma oportuni-dade para ela trabalhar e aqui só compra quem gosta. Eu adoro. Faz mais de sete anos que sempre venho aqui pa-ra comer um churrasquinho”, afirma Lana, cliente desde a época em que o churrasqui-nho era do irmão de Nice.

AGORA É LEIPublicado na segunda-fei-ra (26), o decreto 40822 reco-nhece o churrasquinho co-mo gastronomia de rua e per-

tencente à cultura carioca. O mecanismo legal estabelece que as secretarias municipais de Ordem Pública (SEOP) e de Saúde têm o prazo de 30 dias a partir da publicação pa-ra apresentar uma resolução conjunta que defina as con-dições para o funcionamen-to do serviço, “especificando os equipamentos utilizados, acondicionamento e condi-ções de higiene”. Os ambu-lantes terão que ter permissão concedida pela Prefeitura pa-ra exercer a atividade.

Até lá os ambulantes ainda devem se preocupar. O Bra-sil de Fato questionou a SE-OP se a repressão aos chur-rasquinhos irá continuar até o início da regulamentação dos vendedores e foi infor-mado que sim. Por e-mail, o órgão da Prefeitura respon-deu que “a fiscalização se-guirá atuando contra o co-mércio irregular na cidade”.

Prefeitura tem um mês para apresentar regulamentação para churrasquinho. É do “Churrasquinho da Nice” que ela tira o dinheiro para sustentar sua família

Cidades | 5Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Geraldo Magela / Agência Senado

É recomendado praticar atividade física regular, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Durante todo este mês foi realizada, em todo o mun-do, a campanha Outubro Ro-sa, que tem como objetivo cha-mar a atenção da sociedade, em especial das mulheres, para a prevenção e tratamen-to do câncer de mama. Somen-te em 2013, esse tipo de cân-cer foi responsável pela morte de mais de 14 mil mulheres e 181 homens no Brasil.

A expectativa é de que, em 2015, essa doença afete apro-ximadamente 57 mil pesso-as em nosso país. O Brasil de Fato conversou com Arn Mi-gowski, médico epidemiolo-gista do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para falar sobre o assunto.

Brasil de Fato - Qual é a im-portância do Outubro Rosa?Arn Migowski - É importante as mulheres aproveitarem a oportunidade para tomarem consciência do próprio cor-po e aprenderem a perceber os sinais de alerta iniciais do câncer de mama. É também um bom momento oportuno para conhecerem os limites, as indicações, os riscos e os possíveis benefícios da reali-zação de exames de rotina, o check-up, como a mamogra-fia de rastreamento.

Brasil de Fato - Quais são as causas do câncer de mama e como é possível detectar?

Agrotóxico é um potencial causador do câncer de mamaEspecialista do INCA, o médico Arn Migowski fala sobre prevenção e causas da doença

O câncer de mama tem múlti-plas causas, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores compor-tamentais/ambientais e fato-res genéticos/hereditários. De 90 a 95% dos casos de câncer de mama não estão associa-dos claramente com a heredi-tariedade. Estão associados a diversos fatores de risco, mui-tos deles ainda desconhecidos pela ciência.

Brasil de Fato - Como pre-venir?É recomendado praticar ativi-dade física regular, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. Ama-mentar também é um impor-tante fator de proteção.

Brasil de Fato - Existe relação entre o consumo de agrotó-xico presente na alimenta-ção e o câncer de mama?O agrotóxico é uma poten-cial causa de câncer de ma-ma, embora as evidências ainda não sejam suficiente-mente conclusivas. Por isso, é melhor evitar a exposição sempre que possível, já que existem outras alternativas para controle de pragas no

campo. A recomendação do INCA é a redução gradativa e sustentável do uso de agrotó-xicos e o uso de modelos de cultivo agroecológico.

Brasil de Fato - Quais são as dificuldades para combater a enfermidade no Brasil?O câncer de mama impõe inúmeros desafios. Especial-

mente no Outubro Rosa, é muito importante passar as informações corretas para a população. Realizar mamo-grafias de rotina, ou seja, o check-up, antes dos 50 anos, por exemplo, traz mais riscos que possíveis benefícios. Os exames devem ser feitos de dois em dois anos, entre os 50 e 69 anos, e não anualmente.

Reprodução

Campanha para prevenir

câncer de mama aconteceu no Rio de Janeiro

6 | Cidades Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Stefano Figalo / Brasil de Fato

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Abusos, assédios, estu-pros, agressões e intimida-ções são violências sofridas todos os dias pela mulher. São atitudes tão comuns que, muitas vezes, já não são percebidas como violência. Acontecem nos ônibus, me-trôs, nos trens, na rua, no trabalho, no supermercado, dentro e fora de casa.

As manifestações de pedo-filia contra Valentina, uma garotinha de 12 anos, partici-pante do programa de televi-são MasterChef Júnior, abriu uma discussão. O assédio se-xual existe e pode ser mais comum do que as pessoas pensam. Ele começa cedo e permanece por longos anos no cotidiano da mulher.

O jornal Brasil de Fato foi às ruas ouvir as mulheres, saber o que pensavam sobre o tema. Todas as mulheres abordadas pela reportagem tinham sofrido algum tipo de abuso ou assédio em um período recente.

Um dos casos mais cho-cantes foi relatado pela es-tudante de Jornalismo Vi-vian Abreu, de 20 anos. “Eu estava caminhando na rua quando um carro parou e o motorista ficou olhando pra mim de uma forma es-quisita. Perguntei qual era o problema e o que estava olhando. O cara então pu-xou uma arma e apontou pra mim. Começou a me xingar de piranha, vaga-bunda, tudo que era nome”, conta a universitária.

CULTURA DO ESTUPROA estudante de Publicidade Larissa Rockert, de 19 anos, fala que já perdeu as contas de quantas vezes foi aborda-da de forma violenta. “Em fes-

A maioria das mulheres já sofreu assédioNo Centro do Rio, estudantes e trabalhadoras falam sobre a violência silenciosa que todas sofrem no cotidiano

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

ta, alguns meninos chegam puxando, acham que somos obrigadas a beijar e fazer o que eles querem só porque esta-mos ali. É comum a gente ser abordada de forma agressi-va. Assédio dentro dos ônibus também é muito comum”, ex-plica a universitária.

E foi justamente dentro de um ônibus que a operadora de caixa Amanda Souza, de 31 anos, foi vítima de assédio. “Percebi que o homem que es-tava atrás começou a encos-tar e se esfregar em mim. Vi-rei e falei com ele, por duas ve-zes, e ele foi ainda mais agres-sivo comigo. As pessoas ao la-do também tinham percebido e me ajudaram a mudar de lu-gar”, conta Amanda.

rios são tão comuns que pas-saram a ser invisíveis. “Acon-tece tanto que a gente deixa de ver esse assédio na rua co-mo violência. Percebo que ho-je acontece menos que antiga-mente, mas agora tenho a im-pressão que são mais agressi-vos”, afirma a assistente social.

Como a maioria das mu-lheres, Irimar diz que já so-freu assédio na rua e con-ta que vê isso passando pa-ra as próximas gerações. “Eu sofro essa violência cotidia-na e minha filha, de 15 anos, já sofre também. Vejo que ela evita colocar certos tipos de roupa e muda de calçada quando vê um grupinho de homens”, relata.

Algo presente no relato de to-das as entrevistadas é que não há uma explicação lógica so-bre as motivações das agres-sões. Basta ser mulher para ser uma vítima em potencial.

As cantadas e as coisas que escutamos na rua são muito desagradáveis

Luciana Mendonça, organizadora de eventos

Segundo a organizadora de eventos Luciana Mendonça, de 30 anos, as atitudes abu-sivas dos homens acontecem geralmente quando a mu-lher está sozinha. “As canta-das e as coisas que escuta-mos na rua são muito desa-gradáveis. A maioria das mu-lheres abaixam a cabeça e evitam o contato visual. E es-sa não deixa de ser uma for-ma de intimidar a mulher”, afirma Luciana.

ASSÉDIO INVISÍVELPara a assistente social Irimar Santos de Araujo, de 47 anos, as cantadas e os assédios diá-

Na esquerda, estudante de Publicidade Larissa Rockert, e, ao lado, a estudante de Jornalismo, Vivian Abreu

Operadora de caixa, Amanda Souza

Cidades | 7Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Argentina terá segundo turno pela primeira vez

Pela primeira vez na história da Argentina, uma eleição presidencial vai ser decidida no se-gundo turno. O candida-to governista Daniel Scio-li conquistou 37% dos vo-tos, enquanto o segundo colocado Mauricio Ma-cri, da oposição, teve 35%.

“Os números surpreen-deram muitos, inclusive os próprios candidatos”, disse o analista políti-co Rosendo Fraga. Além de presidente e vice, os 32 milhões de eleitores ar-gentinos votaram pa-ra eleger 103 deputados federais, 24 senadores, 43 legisladores do Parla-mento do Mercosul e os governadores de 11 pro-víncias. (Telam)

EM FOCOIsmael Francisco / Cubadebate

Raimundo Paccó / Agência Pará

Casa Rosada

INDÍGENAS Etnias paraenses foram destaque na programação cultural dos Jogos Mundiais Indígenas realizados em Palmas (TO). Os jogos olímpicos dos indígenas, que começaram no dia 23 e vão até 31 de outubro, reúnem etnias de 25 países.

Depois de 12 anos, o ex-pri-meiro-ministro britânico Tony Blair pediu desculpas pelos er-ros na Guerra do Iraque. A afir-mação foi feita em uma entre-vista para a rede de TV ame-ricana CNN, que ainda vai ao ar. Pela primeira vez, ele admi-tiu que o regime do ditador Sa-ddam Hussein não tinha um programa de armas químicas.

“Eu posso dizer que eu pe-ço desculpas pelo fato de as informações que a Inteligên-cia recebeu estarem erradas”, afirmou Tony Blair. Ele reco-

Tony Blair diz que Guerra do Iraque foi um erro

Blair reconhece que Saddan

Hussein não tinha programa de

armas químicas

Resolução da ONU teve voto favorável de 191 dos 193 votantes

nheceu que houve erros ope-racionais. “Mesmo que Sa-ddam Hussein tenha usado armas químicas de maneira ampla contra seu próprio po-vo e contra outros, o progra-ma, na forma em que pensá-vamos, não existiu. Também me desculpo por alguns er-ros de planejamento”.

Blair reconheceu ainda que a invasão do Iraque teve influ-ência no surgimento do gru-po terrorista Estado Islâmico, que hoje aterroriza tanto o Ira-que quanto a Síria. (Abr)

Divulgação

A Assembleia Geral da ONU voltou, nesta semana, a pedir o fim do embargo norte-ame-ricano contra Cuba, impos-to há mais de meio século. Es-sa é a primeira votação sobre o bloqueio econômico após o restabelecimento das relações diplomáticas entre Washing-ton e Havana. A resolução te-ve voto favorável de 191 dos 193 Estados-Membros.

Apesar das expectativas, os Estados Unidos, ao lado de Israel, votaram contra o fim do bloqueio. Desde 1992, votações anuais ocorrem na ONU sobre esse assunto.

O embargo a Cuba foi im-posto pelos Estados Unidos em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para ten-tar derrubar o regime de Fi-del Castro em 1961. (ABr)

ONU vota pelo fim do embargo a Cuba

8 | Mundo Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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A aprovação da Propos-ta de Emenda à Constitui-ção (PEC) 215 na quarta-feira (28) provocou reações na vila dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Essa PEC transfere a decisão fi-nal sobre demarcação de terras indígenas do Mi-nistério da Justiça para o Congresso. Aprovada em comissão especial, a PEC segue agora para votação nos plenários da Câmara e do Senado.

É muito comum a afirma-ção de que no Brasil a car-ga tributária é alta, mas pou-co se fala sobre o tamanho do rombo nas contas públi-cas causado pela sonegação de impostos. Levantamen-to do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) indica que o país soma mais de R$ 1,162 trilhão em débitos tri-butários inscritos na Dívida Ativa da União. É tudo aqui-lo que o Estado brasileiro tem que receber judicialmen-te de pessoas físicas e jurídi-cas que deixaram de reco-lher seus impostos. A maior parte desses débitos (62% ou R$ 723,3 bilhões) são de cerca de 12 mil empresas. Lidera o ranking dos maiores débitos tributários do país o setor in-dustrial, seguido pelo comér-cio e atividades financeiras.

“Quem sonega imposto no Brasil não são pobres, traba-lhadores e classe média. Esses pagam na fonte, o salário já vem descontado, ou então pa-gam imposto indireto quando adquirem um bem ou quando pagam um serviço. A sonega-ção é praticada basicamen-te por grandes empresas, que têm verdadeiros exércitos de advogados pra driblar a le-gislação e deixar de recolher os tributos devidos”, explica João Sicsú, professor de eco-nomia da UFRJ.

Os dados do levantamen-to do Sinprofaz revelam que débitos tributários represen-tam mais de 580 vezes os va-

EM FOCO

Gabaritos do Enem na internet

Os gabaritos das provas objetivas do Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem) já estão disponíveis na internet (enem.inep.gov.br). Mais de 5,7 mi-lhões de candidatos fize-ram o exame. O edital com as vagas do Sistema de Se-leção Unificada (Sisu), para acesso a instituições públi-cas de ensino superior, de-ve ser lançado em janeiro.

Fim da greve dos bancos

Os bancários da maior parte do país encerraram nessa segunda-feira (26) a greve da categoria, que durou 21 dias. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ra-mo Financeiro (Contraf), 60% das agências estavam paradas desde o dia 6 de outubro. Os trabalhadores dos estados de Mato Gros-so e de Roraima decidi-ram continuar em greve.

Protesto contra a PEC 215

Maior esquema de corrupção do Brasil é a sonegação de impostos, revela estudoValor sonegado em 2015 supera desvios na Petrobrás, pagamento do Bolsa Família e ajuste fiscal

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

lores desviados da Petrobrás, segundo a Operação Lava Ja-to, e oito mil vezes os valores apurados no mensalão.

SONEGÔMETROApesar dos valores astronô-micos da sonegação, apenas cerca de 1% é recuperado aos cofres públicos. “Isso é mui-to pouco. Recuperamos por ano cerca de R$ 13 bilhões. Um investimento maior de cobrança dessa dívida po-deria fazer o orçamento da União crescer muito”, susten-ta João Sicsú, da UFRJ.

A campanha “Quanto Cus-ta o Brasil pra Você?”, do Sinprofaz, mantém o painel Sonegômetro, que registra o montante sonegado no Bra-sil. Em outubro, esse valor já passou dos R$ 426 bilhões e vai chegar R$ 500 bilhões até o fim do ano, que represen-

ta mais de 10% da economia do país. Segundo o sindicato dos procuradores da Fazen-da Nacional, “cerca de 80% [desse valor] passaram por mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro”.

Em recente entrevista, o pre-sidente do Sinprofaz, Achilles Frias, comparou os R$ 426 bi-lhões em impostos sonegados

com a meta de ajuste fiscal de R$ 66 bilhões de reais perse-guido pelo governo federal. “Se analisarmos os números trazidos pelo painel da sone-gação verificamos como é in-justa e desnecessária toda es-sa recessão imposta à popula-ção”, avaliou.

“O que se gasta com saú-de, educação, habitação, Bol-sa Família e seguro-desem-prego não chega a R$ 300 bi-lhões por ano. E o Brasil, só esse ano, além de pagar R$ 500 bilhões em juros da dívi-da pública para banqueiros e empresários, ainda vai dei-xar de cobrar outras cente-nas de bilhões em impostos sonegados. Nós precisamos repensar os gastos do go-verno, de arrecadação, mas também de cobrança”, argu-menta o professor de econo-mia João Siscú.

Grandes empresas têm verdadeiros exércitos de advogados pra driblar a legislação

João Sicsú, economista

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Brasil | 9Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Gravada em belas paisagens da Turquia, a atração fez o maior sucesso em outros países latino-americanos

Após ter exibido a trama turca “Mil e uma noites” e alcançado índices mo-destos de audiência para o horário, a Band resolveu apostar novamente nos fo-lhetins do país muçulma-no. Desde o final de agos-to, a emissora exibe a no-vela “Fatmagül: A força do amor”, por volta das 20h.

De tom bem dramáti-co, a história gira em tor-no da vida de Fatmagül, uma moça bonita que so-nha em se casar com seu amor de infância, mas so-fre um grande baque em sua vida: ela é violentada por um grupo de amigos machistas e mimados no dia da despedida de soltei-ro de um deles, Selim.

PAIXÃO E VINGANÇAA família do rapaz, rica e cheia de aparências, te-mendo sujar a sua honra e como forma de encobrir o estupro, obriga Kerim, um rapaz órfão de mãe e soli-tário, a se casar com Fat-magül. Como ela não es-tava consciente quando o fato brutal aconteceu, acredita que o futuro es-poso também estava en-volvido. A relação entre os dois puxa, então, o fio condutor da novela, reple-ta de paixão e vingança.

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Tem mais uma novela turca no pedaço

A novela é baseada no li-vro do clássico escritor tur-co Vedat Turkali, intitula-do “Que culpa teve Fatma-gül”. Gravada em 2010 em belas paisagens da Turquia, a atração fez o maior suces-so em outros países latino--americanos e é uma alter-nativa para os amantes de novela cansados das pro-duções brasileiras ou mexi-canas. É interessante obser-var, no roteiro (mesmo que dublado), nos enquadra-

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AGENDA DA SEMANA

O quê: Em 21 imagens, o fotógrafo Thomas Valentin apresenta a degradação da Estação da Leopoldina, para muitos a antiga porta de entrada do Rio.Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro.Quando: Ter a dom, 12h às 19h. Até 6/12.Quanto: 0800

O quê: Exposição apresenta oito pinturas com figuras femininas. O objetivo da artista Katia Wilie é, segundo ela, imprimir movimento ao espaço.Onde: Shopping Cassino Atlântico – Avenida Atlântica, 4240, loja 219, Copacabana. Quando: Seg a sáb, 10h às 21h. Até 21/11.Quanto: 0800

O quê: Evento reúne clássicos do funk, com muito Miami Bass, rasteirão, raps dos festivais de galeras, montagens antigas, melodys nacionais e internacionais.Onde: Bairro do Kiko – Rua Horácio, Bairro Cantão, Queimados.Quando: Domingo (1), 13h.Quanto: 0800

O quê: Espetáculo conta a história de dois homens que estão em um pequeno bote sobre as águas de um lago, frente a frente.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: Qua e qui, 19h30; Sex a dom, 17h30 e 19h30. Até 15/11.Quanto: R$ 10 (R$ 5 meia).

Fishman

Melancholia

Clássicos dos Bailes

Tempos

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Fatmagül apresenta um jeito bem

diferente de se fazer teledramaturgia

SUGESTÕES:[email protected]

Forró do Miudinho

O quê: Musical reúne canções que ilustram uma história de amizade e respeito às diferenças, com composições de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, etc.Onde: Oi Futuro Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema.Quando: Sáb e dom, 16h. Até 13/12.Quanto: R$ 15

O quê: Filme de Lars von Trier fala sobre planeta que está prestes a colidir com a Terra, o que resultaria em sua destruição por completo. Onde: Sala de Cultura UFRRJ – BR 465, km 7, Seropédica.Quando: Quinta (29), 20h.Quanto: 0800

mentos de cena, no figuri-no e na cenografia, um jeito bem diferente de se fazer te-ledramaturgia. Vale a pena conferir! Confesso que es-tá melhor do que ver os te-lejornais do mesmo horário!

Você está gostando de “Fat-magül: A força do amor?” Dê sua opinião no [email protected].

Até semana que vem!

10 | Cultura Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Muitas pessoas do mundo do samba ficaram decepcionadas com a qualidade do trabalho realizado

A gravação do CD do Grupo de Acesso do car-naval de 2016 no Rio de Ja-neiro está cercada de polê-mica. Depois de ser muito elogiado pelo trabalho rea-lizado em 2015, o produtor Leonardo Bessa, que pro-duzia o CD desde 2003, foi informado pela Lierj (a liga que organiza o desfile das escolas do Grupo de Aces-so) no último mês de ju-lho que o disco do carnaval de 2016 não ficaria sob sua responsabilidade. A produ-ção ficaria a cargo do com-positor e ex-presidente da Mangueira, Ivo Meirelles.

Na época, Bessa disse ter sido pego de surpresa, e la-mentou não poder levar a cabo aquele que, segun-do ele, seria o ápice de seu trabalho à frente da grava-ção dos sambas-enredo do Grupo de Acesso. Aos que falavam que o motivo da opção por Ivo Meirelles foi a inclusão do DVD no pro-jeto, Bessa contra-argu-mentou dizendo que não se opunha à nova mídia, apenas acreditava ser ne-cessário mais tempo para fazer um bom trabalho.

CRÍTICASPassados os meses e fina-lizado o trabalho do CD do grupo de acesso, a po-lêmica ganhou novo com-bustível: muitas pessoas do

NA CADÊNCIA | Diogo Coelho

Carnaval 2016 já tem primeira polêmica

mundo do samba ficaram decepcionadas com a quali-dade do trabalho realizado.

O compositor e membro da diretoria salgueirense, Dudu Botelho, foi categóri-co em sua página nas redes sociais: “A nota mais triste do carnaval 2016 até ago-ra é o CD do Acesso. An-dou 20 anos para trás”. E prosseguiu, falando sobre o samba da Viradouro, que é uma obra-prima entre os hinos que passarão na Sa-pucaí entre sexta-feira e

Divulgação

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Membro da diretoria do Salgueiro fez críticas duras ao novo CD

Sandra Martinsdo Rio de Janeiro (RJ)

O grupo fez uma intervenção num muro abandonado na Rua Noronha Torrezão, no Cubango, em Niterói

sábado de carnaval: “Se eu fosse compositor do samba da Viradouro, pegaria o Zé Paulo, uma boa base de ba-teria da Escola e fazia uma gravação do seu samba in-dependente. E só distribui-ria nas rádios e divulgaria a gravação que fizesse. As-sim liberaria sua obra pri-ma para o próximo carna-val, do desastre que foi o CD do Acesso 2016”. Está no ar a primeira polêmica do carnaval 2016.

Cena 1: Um dia, somente um muro abandonado. No outro, uma tela gigantesca com desenhos e letras colo-ridas traz mensagens que le-vam o passante a refletir. Ce-na 2: No mês da Consciência Negra, o monumento a Zum-bi dos Palmares, na Praça Onze no Rio de Janeiro, sem-pre é pichado, por vezes, com o símbolo do nazismo. Que mensagens querem passar?

A pichação e o grafite são irmãos, com identidades di-ferentes. O primeiro é o ato de escrever ou rabiscar sobre diferentes plataformas urba-nas - muros, fachadas, mo-numentos. Usa tinta em spray aerossol, de difícil remoção, estêncil ou rolo de tinta. É marginalizado. Já o segundo, com os mesmos materiais e com um teor estético de mais fácil assimilação, concilia de-senho e letras.

Os dois irmãos têm a mes-ma necessidade de expres-são e de apropriação do espa-ço urbano por pessoas que se sentem excluídas da socieda-de. Reconhecidos como ar-tistas, uns chegaram às gran-

Nos muros, diálogos emergentes numa plataforma polêmica

des galerias no mundo. Ou-tros não, continuam tentan-do driblar as dificuldades pa-ra a manutenção de sua arte. Muitos se afastam tempora-riamente, como ocorreu com os grafiteiros OGAI, VNC e MARC, do Raízes Graffitti Co-letivo, e DARK. Organizados profissionalmente, voltaram a expor sua arte em público.

grafiteiros. Essa é uma boa pedida para os inúmeros mu-ros que existem pela cidade.

A legislação veio em boa hora. A prefeitura disponibi-lizará lista semestral de áre-as grafitáveis na cidade, co-mo pilares de viadutos, pon-tes, passarelas e muros públi-cos. Entretanto, inexiste fis-calização ou diálogo entre os órgãos da gestão pública que impeçam a danificação das áreas grafitadas ou sua manutenção. Não há men-ção aos muros particulares abandonados. Os grafiteiros são orientados a conhece-rem a legislação para evitar contratempos com policiais que porventura não conhe-çam a lei. Os artistas infor-mam quais são os sinais de abandono de um muro (de-gradação, corrente para fora, mato alto, propagandas cola-das sobrepostas) e somente o dono do imóvel/muro pode-rá impedir o grafite. Antes ele terá de responder à Prefeitu-ra as razões do abandono do seu patrimônio para depois querer impedir a pintura. Enfim, é um começo, mas há muito que se caminhar para que haja um diálogo entre es-ta arte urbana com a educa-ção, a gestão pública e a cida-dania. Neste diálogo, todos, certamente, ganharão.

* Sandra Martins é jor-nalista e integrante da

Cojira-Rio/SJPMRJ

Pichação e grafite têm a mesma necessidade de expressão e de apropriação do espaço urbano

O grupo fez uma interven-ção num muro abandonado na Rua Noronha Torrezão, no Cubango, em Niterói. A pro-posta foi abordar um tema super atual: Guerra da Fé pelo dinheiro na Síria, Líbia, Bra-sil e suas devastações. “A ideia tomou forma tirando partido do muro já bem degradado pela guerra natural e urbana. Incluímos apenas novos frag-mentos”, disse OGAI.

A cultura do grafite em Ni-terói teve um avanço com a PL 032/2013, a Lei do Grafite, que permite que lugares afetados pelo tempo e degradados pe-la ação do homem possam ser usados como telas para os

Cultura | 11Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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Panqueca verdeBOA E BARATA

Ingredientes• 4 colheres de sopa de tapioca

• 2 ovos

• Espinafre a gosto

• Sal e pimenta a gosto

Modo de preparoBata todos os ingredientes no mi-xer ou liquidificador até obter uma mistura homogênea. A massa deve ficar líquida. A receita original até fala para colocar água, mas em al-guns casos isso não é necessário, talvez varie de acordo com o tama-nho do ovo. Então, se sentir que a massa está grossinha, adicione um pouquinho de água. Coloque em uma frigideira, espere dourar um lado, vire e, quando dourar o outro lado, está pronto! O recheio vai do gosto de cada um. Uma sugestão é fazer com frango desfiado, alho, cebola, pimenta, molho de tomate e cream cheese light.

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Amiga da saúde, tenho ouvido falar sobre uma con-ferência de saúde que vai acontecer neste ano. Para que serve esse evento?  

Kátia Junqueira, 49 anos, desempregada.

AMIGA DA SAÚDE

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected] / [email protected]

Tempo de preparo15 minutos

Rendimento3 porções

Querida Kátia, está previsto para acontecer entre os dias 1º e 4 de dezembro de 2015 a 15ª Conferência Nacional de Saúde. Lá serão definidas as diretrizes para as políticas de saúde nos anos seguin-tes. Esse processo se inicia com conferências locais nas unidades de saúde, passan-do por etapas regionais e es-taduais para então chegar à nacional. Em todas essas eta-pas é obrigatória a participa-ção de usuária(o)s, trabalha-dora(e)s e gestora(e)s, eleita(o)s nas etapas anteriores.

Quem não foi eleito tam-bém pode participarcomo observador, sem direito a voto. As conferências são

muito importantes para a construção do SUS. Entre-tanto, nem sempre o que é definido lá sai do papel, pois as propostas podem esbarrar nos interesses da elite. É necessário que o povo fiscalize e esteja mo-bilizado para fazer valer os seus direitos!

Sofia Barbosa Coren MG 159621-Enf

DICA DE: Juju na Cozinha

fb.com/receitasjujunacozinha

Variedades | 13Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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14 | Variedades

Cheia Até 2/11

Minguante 3/11

Nova 11/11

Crescente 19/11

LUA DA SEMANACHEIA

FASES DA LUA

Época de grande grau de exigência e intensidade para Touro que está particularmente ativo e ansioso.

Não terá motivos para estar inseguro ou desconfiado, pelo contrário, a conjuntura é de grandes afinidades.

Surgem novos conhecimentos, mas não o impressionam. As ligações antigas são as mais protegidas.

Não deve deixar os seus créditos por mãos alheias, agarre o que lhe interessa com determinação.

Não se sentirá muito satisfeito com as voltas do destino. Mas as consequências serão bastante benéficas.

Há situações que envolvem outras pessoas e que agora chegam até você, tente aprofundar os fatos.

Não iniba nem reprima os seus sentimentos, as suas palavras serão bem recebidas e muito positivas.

Vai encontrar a força necessária que permitirá vencer os obstáculos que marcam a conjuntura.

A conjuntura recomenda que pondere bastante e analise profundamente todas as questões.

Época de grande influência de uma conjuntura positiva, embora muito forte e mesmo radical.

Terá objetivos para tomar decisões na sua vida. Tente fazê-lo sem pessimismo ou dramatismo.

Deve procurar o equilíbrio tentando ser mais realista, moderado e objetivo. Organize sua vida.

Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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As eleições na FIFA terão príncipes, xeques, sultões e, principalmente, empresários muito bem sucedidos

TOQUES CURTOS | Bruno Porpetta

Galo engolidoCBH / Divulgação

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O Comitê Olímpico In-ternacional puniu o Kuwa-it com uma suspensão que tira o país dos Jogos Olím-picos do Rio 2016. A razão para a punição foi a interfe-rência do governo no Co-mitê local.

Segundo o COI, a nova lei de esportes do país fe-re a autonomia das enti-dades esportivas, do pa-ís, o que contraria a Car-ta Olímpica. Há duas se-manas, a FIFA anunciou a mesma punição à Federa-ção de Futebol local.

É a segunda vez que o Kuwait é punido pelo COI por esta razão. Em 2010, o país foi suspenso mas con-seguiu reverter a decisão a tempo de disputar os Jo-gos de Londres 2012, con-quistando uma medalha de bronze no tiro esporti-vo, com Naser Meqlad.

BINÓCULO

A candidatura de Zico à presidência da FIFA che-gou até onde podia chegar. Ou seja, a lugar algum.

Por mais que o ex-can-didato afirme ter plantado uma semente, que pode ger-minar em outro momento, era evidente que o final des-sa história seria esse. Zico foi solenemente ignorado por uma turma que está pouco se lixando para futebol.

A maior ousadia de Zico era propor transparência e democratização do futebol. Tudo o que as 209 federações nacionais, que formam o co-légio eleitoral da FIFA, não querem nem pensar.

Aliás, o número de fede-rações já é, por si só, uma compra velada de votos. É superior ao de países filia-dos à ONU.

Criava-se uma federação em qualquer área do pla-neta. Por mais minúscula que fosse, a FIFA reconhe-cia como um país, dando aos dirigentes locais todo o status necessário para que o deslumbramento com a função dessas cartas. Es-tá aí mais um voto na con-ta de quem, até outro dia, dava as cartas no futebol mundial, Joseph Blatter.

A postura da CBF diante do pedido de apoio de Zico chegou ao ridículo. Ao in-

vés de ser o primeiro apoio a um dos maiores craques da história do país, seria o último. Ou seja, se Zi-co tivesse quatro cartas de apoio, a CBF dava a quinta.

Também o Japão já ha-via se comprometido com o príncipe da Jordânia. Ali-ás, as eleições na FIFA terão príncipes, xeques, sultões e, principalmente, empresá-rios muito bem sucedidos.

O cavaleiro brasileiro João Victor Oliva, filho do empresá-rio José Victor Oliva e da eter-na rainha do basquete Hortên-cia Marcari, conquistou a pon-tuação mínima para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 no hi-pismo adestramento.

A marca foi estabelecida no

Filho de Hortência conquista índice olímpico

João Victor Oliva consegue índice no hipismo adestramento em Le Mans (FRA)

torneio de Le Mans (FRA), colo-cando-o em 12º lugar na com-petição. A pontuação mínima exigida pela Federação Eques-tre Internacional é de 64% e o brasileiro conseguiu 66,043%.

Porém, a marca não garan-te a participação do cavaleiro nos Jogos Olímpicos. A Confe-deração Brasileira de Hipismo só definirá a equipe que repre-sentará o país na modalidade no ano que vem. Esta foi a se-gunda vez que Oliva estabele-ceu marca superior ao mínimo exigido neste ano. (BP)

Reunida em Assembleia Ge-ral em Nova Iorque, a Orga-nização das Nações Unidas (ONU) aprovou a trégua olím-pica. Os países se comprome-tem a suspender conflitos sete dias antes dos Jogos Olímpicos até sete dias depois dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio.

Refugiados irão a Jogos com bandeira do COI e trégua da ONUDurante os Jogos do Rio 2016, ONU aprovou trégua em conflitos

O único país que se absteve do compromisso foi a Ucrânia, alegando que a Rússia desres-peitou o mesmo acordo duran-te os Jogos de Inverno em So-chi, em 2014. Além disso, o Co-mitê Olímpico Internacional (COI) cederá sua bandeira a atletas de alta performance pa-

Cavaleiro ainda não garantiu vaga na equipe em 2016

Divulgação

ra refugiados dos seus países.O Comitê Organizador do

Rio 2016 comprometeu-se também, na mesma Assem-bleia, a garantir os direitos das crianças, exaltando a oportu-nidade que o continente su-lamericano terá com a orga-nização dos Jogos. (BP)

COI suspende Kuwait

Há, também dois ex-joga-dores. Um é Platini, com a cueca manchada de batom, e David Nakhid, de Trini-dad e Tobago, tão figuran-te quanto sua seleção.

A negação de Zico, que talvez tenha tido um delírio ao acreditar que seria acei-to no clube do charuto e do whisky, é uma demons-tração de que a FIFA quer mais é que tudo se lasque. O negócio não pode parar.

Zico acreditou que podia mudar a FIFA e seus 209 abutres

Esportes | 15Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015

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16 | Esportes

Fla afasta cinco jogadores por festa

Nos pênaltis, Flu deixa a Copa do Brasil

Santos repete placar e vai à final O Santos recebeu o São

Paulo na Vila Belmiro com uma enorme vantagem construída no primeiro jo-go, no Morumbi, quando venceu o tricolor por 3 a 1. O time da Baixada podia perder por 2 a 0 em casa.

Porém, ainda no primei-

ro tempo, o Santos matou qualquer possibilidade de o São Paulo reverter o placar. Com facilidade, o Peixe fez 3 a 0 na primeira etapa, com gols de Ricardo Oliveira (2) e Marquinhos Gabriel.

O alvinegro jogava com tranquilidade e, se não tives-

se diminuído o ritmo, po-deria ter aplicado uma go-leada impiedosa no clássi-co. O São Paulo ainda di-minuiu no segundo tempo, com Michel Bastos, mas não incomodou a tranquila clas-sificação do Santos para a fi-nal contra o Palmeiras. (BP)

Palmeiras devolveu os 2 a 1 do jogo de ida e ficou com a vaga na final nos pênaltis

O Fluminense foi a São Paulo enfrentar o Palmeiras no jogo de volta das semifi-nais da Copa do Brasil, bus-cando segurar a vantagem conquistada no Maracanã, quando venceu por 2 a 1.

O alviverde paulista, como não podia deixar de ser, co-meçou pressionando o Flu. Com uma boa exibição de Ro-binho, o time chegava ao ata-que e, com o próprio Robinho, desperdiçou uma boa chance logo no início, com uma boa defesa de Diego Cavalieri.

A pressão dos paulistas surtiu efeito. Aos 13 minutos, o Palmeiras brigou pelo lan-ce e a bola sobrou limpa pa-ra Lucas na direita. Ele teve tempo de olhar para a área e ver a entrada de Lucas Bar-rios, que só escorou o cruza-mento para abrir o placar.

O Flu sentiu o gol e se de-sorganizou na defesa. Em um vacilo, aos 15, Gabriel Je-sus saiu sozinho e sofreu fal-ta, fora da área, de Welling-

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

ton Silva. Porém, o juiz deu pênalti. Zé Roberto cobrou, Cavalieri defendeu e no re-bote Lucas Barrios fez mais um para o Palmeiras e o se-gundo dele no jogo.

O Flu se reorganizou na partida e voltou para o se-gundo tempo bem melhor. Aos 25, Fred, mesmo se pou-pando pela lesão sofrida no jogo de ida, encontrou es-

Brasileirão 201533a RODADA

Classificação Série A

Nelson Perez / Fluminense

paço entre os zagueiros pa-ra cabecear e diminuir o pla-car. Nos acréscimos, o mes-mo Fred ainda desperdiçou uma chance, com grande defesa de Fernando Prass.

O resultado levou o con-fronto para os pênaltis. O Pal-meiras converteu as quatro cobranças que fez, enquanto o Flu desperdiçou duas com Gustavo Scarpa e Gum.

Fred jogou no sacrifício e quase classificou o Flu no tempo normal

A direção do Fla-mengo, através do di-retor geral Fred Luz, comunicou em coleti-va no Ninho do Urubu nesta quarta-feira (28) o afastamento de cin-co jogadores do elenco. Apesar de não citar os nomes dos atletas, eles são Paulinho, Alan Pa-trick, Pará, Marcelo Ci-rino e Everton.

O motivo do afasta-mento foi a participa-ção dos cinco atletas em uma festa, durante o horário de folga dos jogadores, no Recreio dos Bandeirantes. Se-gundo a repercussão nas redes sociais, que foi muito grande e pres-sionou a diretoria a pu-ni-los, havia mulheres e colchões na casa.

Três dos jogadores, pouco antes do anún-cio da punição, emi-tiram um comunica-do à imprensa confir-mando a ida à festa, que teria acontecido no período da tarde, du-rante “duas ou três ho-ras”, sem a presença de “prostitutas e colchões”.

Além do afastamento por tempo indetermi-nado, os jogadores fo-ram multados. Segun-do Fred Luz, após a re-percussão do caso, os jogadores foram ouvi-dos. O tema será trata-do apenas internamen-te daqui por diante.

O Flamengo, nes-te turbilhão, se prepa-ra para ir a Porto Ale-gre enfrentar o Grêmio no próximo domingo (01/11), às 16h. (BP) Zona de classificação para Libertadores

Zona de rebaixamento para Série B

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XDom. 1/11

17h

Dom. 1/1117h

Dom. 1/1117h

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Sáb. 31/1021h

Sáb. 31/1019h30

Sáb. 31/1019h30

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Dom. 1/1119h30

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P J V SGCorinthians 70 32 21 33Atlético-MG 62 32 19 20Grêmio 56 32 16 16Santos 50 32 14 15São Paulo 50 32 14 5Internacional 50 32 14 -1Sport 49 32 12 17Palmeiras 48 32 14 13Ponte Preta 47 32 12 4Flamengo 44 32 14 -5Cruzeiro 44 32 12 4Atlético-PR 42 32 12 -5Fluminense 40 32 12 -9Chapecoense 39 32 10 -7Figueirense 35 32 9 -14Avaí 34 32 9 -21Coritiba 33 32 8 -15Goiás 31 32 8 -7Joinville 30 32 7 -14Vasco 30 32 7 -29

Rio de Janeiro, 29 de outubro a 4 de novembro de 2015