DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Órgio Doutrinário-Evangélica da "( ASA DE REÍTPERAÇAO E BENEFÍCIOS BEZERRA DE MENEZES"Fundador: AZAMOR SERRÃO * Diretor: IN D ALICIO H
. MENDES
ANO I- RIO DE JANEIRO, FEVEREIRO-MARÇO DE 1966 - N* 4
EXAMINA-TE"
Nado foças por contendo ou por vangló-ria
, mas por humildade/' - Poulo (Fili-
penses, 2:2
O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e paratodas as ideias sadias em sua expressão substancial.
Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão,
cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva.
A experiência humana não é uma estação de prazer. 0 homem permanece em funçãode aprendizado e, nessa tarefa, é razoável quj saiba valorizar a oportunidade de aprender,facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes.
O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer porespírito de contenda e vanglória, mas, sim, por ato de humildade.
Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, exa-mina os móveis que a determinaram. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obe-deceu somente à disputa desnecessária, cuida de teu coração para que o caminho te sejamenos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigoris-ta e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante.
Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, comhumildade
, sem contendas e vanglorias, Jesus foi tido por impiudenle e rebelde, traidor
da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.
EMMANUEL
PROPAGANDA ESPÍRITA
Sob o título «Na Propaganda», André Luiz fez num de seus livros as preciosas e oportunasrecomendações que transcrevemos abaixo:
De ini rutgo aperte a mão
Cora il ooura, vom rancor.
Ao rontacto do perdão,
Tóda pedra vira flor.
€ CIPBSTÃV©IESIPIÍ !P11FA\
«Fé Inabalável U .
ê a qur pode rnrararfr*nt« a frent* a raiie
.
rra tida» u ípnfi» daHamaaldadr».
Allon Kardoc
«Escudar-se na humildade constante, ao
desenvolver qualquer atividade de propa.ganda doutrinária, evitando alarde, sensa-cionalismo
, demonstrações publicitáriaspretensiosas ou métodos de ação susceptí-veis de perturbar a tranquilidade pública.
Sem orientação segura, não há propa-ganda produtiva.
Conquanto precisemos batalhar incan-
savelmente no esclarecimento geral, usan-
do processos justos e honestos, não esque-cer que a propaganda principal é sempreaquela desenvolvida pelos próprios atos dacriatura
, através da exemplificação elo-quente de nossa reforma íntima, nos pa-d.ôes do Evangelho.
A Doutrina Espírita prescinde do pro-selitismo de ocasião.
PAGINA 2 O CRISTÃO ESPIRITA FEV.-MARÇO DE 1966
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A ORAÇAO
Pelo Espírito de BEZERRA DE MENEZES
Paz e amor cmNosso Senhor JesusCristo.
Filhos: Quantasvezes perguntais:que relação exis-te entre a oraçãoo a vida vitorioso?
ou seja: que relaçãohá entre a oraçfr-o euma vida bem suce"dida?
A oração é ,o*aprofundamento, é a
exaltação, é o alargamento da nossa fé. Ora-ção é o reavivamento do nosso espírito. Graça?é elevar o nosso pensamento a Deus. Oração éa busca de mais luz e de maior entendimento.
ft despertar em nós mornos "ma capacidademaior para mr.js viver e dar. Trazer os nossospensamentos e sentimentos sob o amoroso con-trole do Cristo. K nos tornar, a nós mesmos
, ca-
nais pelos quais o amor divino se irradie emfavor dos nossos semelhantes.
Vemos na Epistola de Paulo aos Colossen-ses, cap.
«1, v. 2, a seguinte recomendação: «Perseverai na oração, vigiando com ações de gra-ças. Quem ora, sentindo verdadeiramente a ora-ção, passa a amar os seus semelhants com to-lerância e respeito, pois censurar os outros ésomar negação a negação. O caminho da sabe-doria é o do abandono da censurf. e da conde-nação dos outros por qualquer realidade ou fan-tasia
. O caminho do crescimento é derramar
uma benção sobre tudo, passado e presente. O
caminho da alegria, da paz e da luz. é saberque vivemos em Deu$ e que Seu Espirito estáem nós. O caminho da felicidade é fazer um es-forço continuo, pensamento por pensamento.sentimento por sentimento, oração por oraçãode modo a dar oportunidade para brjtar a ,
se
mente do amor que mora dentro de nós, e deaprendermos o caminho apontado por Jesus.
Vigiai e orai. para assim préscrul ardes rchegada <k> inimigo ou da inconsciência de pcm:atos
. pela aproximação de um delinquente. Sãoos desertores da casa do Pri, que não queremvoltar ou perder a direção da estrada.
Adorme-ceram na mata. esquecendo de seus deveres,como o mau estudante que retorna ao colégioaté que aprendr direito suas lições. Assim. é>-ses desviados terão que voltar ã escola em queo mestre é o nos'o Pai. até que cumpram osmandamentos de rmor. regressando tantas vê-zes ã Terra, ou a outros lugares, a fim de tudoaprenderem pela doutrinação de seus espíritos.os fulgore/, da caridade e do nm r ao próxim>.viandantes d-s mesmas estradas, para a aqui-sição de sua personalidade espirilual.
S:»mos todos irmãos perante Jesus, enlaça-dos pela fraternidade, como baluarte na defecae difusão do Evrngelho. riqueza deixada porJesus, que é o nos -o Mestre Divino, a quem foientregue o Planôla Terra para a completa trans-formação do mesmo e a regeneração de seushabitante.?, trazidos da raça rdâmica.
Ora para que aprendam a amar e servir comrespeito e tolerância.
.Tpí-u- nos abençoe com onz amor.
Evolução do Esprritismo
Muito embora os desentendimentos e suple-mentações marginais, compreensíveis, encontra-diços aqui e ali, em nossas atlvldades, não sepode negar o seguno avanço do Espiritismo,em seu primeiro século de existência.
Dentre as múltiplas conquistas em que selhe verifica o progresso, apontemos ligeira-mente nas construções que lhe dizem respeito:
a) A valorização do aspecto moral e dr®conseqUéneias religiosas.
b) O estabelecimento necessário da separa-ção entre mediunidade e doutrina.
c) A acomodação do fenómeno em lugaradequado.
d) A compreensão do médium por persona-lidade humana falível.
e) O reconhecimento de que a desencarna-ção não altera a criatura de maneira fundamen-tal.
f) O impositivo de análise nas comunicaçÕes e revelações.
g) A existência de moralidade e objetivosedificantes nas investigações psíquicas.
h) O esclarecimento mais amplo em tornode determinadas manifestações dos desencarn
a-
dos.
1) A sublimação gradativa das faculdadesde efeitos físicos, transferidas de espetáculosmenos úteis ao socorro da Humanidade sofredo-
ra.
j) O afastamento gradual da evocação dire-ta.
k) O aperfeiçoamento das atividades alusi-vas & desobsessão.
1) O repúdio à polémica religiosa.m) A elevação do vocabulário doutrinário.
n) O desbaste natural das influências
outros credos e a poda espontânea de rituais
do maglsmo.
o) A confirmação progressiva dos princí-pios espiritas por parte da ciência terrestre*
.
p) A melhoria dos processos de divulgaçãona imprensa falada e escrita.
q) A orientação <"lara quanto à educaçãoda infância.
r) A formação de núeleos da juventude es-
pírita em movimentos próprios.s> A criação da literrtura e pírita.t) O intensificação das obras de assistência
social.
u> O culto do Evangelho em família, nosrecintos domésticos.
v) A simplificação de hábitos e definição
de atitude da vida dos espiritas.A vista de semelhantes ocorrências, efetiva-
mente incontestáveis, reunamos,
ideais c ener-
gias. emoção e discernimento na ampliação dotrabalho espírita que nos compete na Seara Re
dentora de Jesus. c_m rs chaves elucidativas deAllan Kardec, transformando convicção em ser-
viço e convertem!? as sensações do maravilhoso
em noções de responsabilidade que n-«? prepa-
rem o cérebro e o coração pam ? Vida Maior.
Pelo Espirito de ANDRÉ I.UIZ.
FEV;*MARÇ© DE 19Bfi O CRISTÃO ESPÍRITA PAGINA 3
GLÓRIA CRISTA
«Porque a n»*** floriu c es*a O leB.Iam unho da no sa consciência » -
PAULO. Hl Coríntios. 1:1?).
Desde as tribos selvagens, que prece-deram a organização uas laminas humanas,
tem sido a Terra grande palco utilizado naexibição das glórias passageiras.
A concorrência intensificou a procurade títulos honoríficos transito, ios.
O mundo desde muito conhece glóriassangrentas da luta homicida, glórias daavareza nos cofres da fortuna morta, deorgulho nos pergaminhos brasonados einúteis
, da vaidade nos prazeres menlirosos que pi*ecedem o sepulcro; a ciênciacristaliza as que lhe dizem respeito nasacademias isoladas; as xeligiões sectáristasnas pompas externas e :-.is expressões doproselitismo.
Num plano, onde campeiam tantas gló-rias lácc.s, a do c ris Ião é mas prefunda,ma
"
s d:fíc:i. A vitória d cgu"
dor de Jesusé quase sempre no lado inverso dos trlunfos mundanos, lí o lado oculto
. Raros con-fluem vê-lo com oihos moríals. Eníretan.to. essa glória é tão grande que o mundonão a proporciona, nem pede subtraí-la. tèo testemunho da consciência própria,trr.nsforr.iada cm Uib.rnáculo d;; ( i s oVivo.
No instante divino dessa glorificação.des!umbra-se a alma ante as perspectivasdo Infinito
. É que algo de estranho aconte-
ceu aí dentro, na cripta fr»ís,eriosa do co.ração: o filho achou seu Pai em plena eter-nidade.
BMMAN1TEL
«t. de bom aviso não abraçar cegamen-te qualquer idéia nova. não acolher comoboas todas as máximas pregadas com maisou menos eloquência. Deve-se sempre son-dar cada fato, cada idéia. Deve-se procu-rar ver tudo
, não com os olhos do corpo.mas com os da inteligência; escutar, nãocom es ouvidos materiais, mas com os da
alma. O homem deve raciocinar, estudar,
apreendei* bem todas as coisas». («OsQuatro Evangelhos»)
Deus, Jesus, Espírito Santo
«Graças à Revelação da Revelação, sa.
bémos agora que«:- «Deus é o só e único princípio uni-
versal, não divisível, que cria, mas nãopela divisibilidade da sua essência; queDeus é uno».
- «Jesus é um espírito criado, que teve
a mesma origem de todos os espíritos, omesmo ponto inicial de existência
, que setomou espírito puro, de pureza perfeita eimaculada sem haver falido jamais, espíritocuja perfeição se perde na noite das eter-nidades
, protetor e governador do planetaTerra a cuja formação presidiu, encarrega-do por Deus de o levar ao estado fluídico,levando-lhe a humanidade à perfeição».
- «Espírito Santo é uma designaçãoalegórica, sob a qual se compreendem indis-tintamente. de modo coleiivo ou individual,os espíritos puros
, os espíritos superiores e
os bons espíritos, como sendo, em ordem
hierárquica, os ministros ou agentes davontade de Deus
. os órgãos de suas ins-
pirações junto dos homens». («Os QuatroEvangelhos», J. K. Roustaing - 1° vol.pág. 353).
ADVERTÊNCIAS DE KARDEC
«;É preciso evitar o deixar-se seduzir pe-las aparências, tanto da parte dos Espíri-tos. quanto dos homens».
«É preciso que tudo seja friamente exa-minado
. maduramente pesado e confronta-
do».
«O egoísmo e o orgulho matem as socie-dades particulares, como matam os povose a sociedade em geral».
! O CRISTÃO ESPÍRITAÔRGAO DOUTRINÁRiO - EVANGÉLICO
PUBLICAÇÃO VV& TIRAGEM: MILBIMESTRAL íMs EXEMPLARES
í \
REDAÇAO: RUA 19 DE FEVEREIRO N.« 19BOTAFOGO - ESTADO DA GUANABARA
Sòmente publicaremos os nomes de Espirito* de «i ncarnados e. por dever de ótica. os de encarnadosautores de trabalhos aqui ranseritos.
PAGINA 4 O CRISTÃO ESPÍRITA FKV.-MARÇO DE 1966
REAFIRMAÇÃO DE UM PROGRAMAEsta modesta publicação foi idealizada c criada com um único objetivo: veicular tudo quanto possa
realmente favorecer a difusão da Doutrina e de o Evangelho em espírito c verdade, assim como contribuir,
ainda que apagada e humildemente, para a conservação da pureza dos princípios constantes da Codificação
realizada por Allan Kardec.
Não animam a seus mentores terrenos nenhuma ambição de notoriedade ou popularidade, nem a mais ini-
nima aspiração de satisfazer a mexas vaidades mundanas. Não atacámos n«m atacaremos a quem quer que
seja, ainda que sejamos provocados e atacados. Ficaremos adstritos ao ambiente que nos propicie guardar
fidelidade às determinações doutrinárias e evangélicas- Se errarmos, aceitaremos humildemente as críticas quenos atingirem e daremos até
, se necessário, pública demonstração do érro cometido, buscando r*p»rá-lo. por-que não temos a presunção de possuir o dom da infalibilidade nem o conhecemos em qualquer sir humanopor mais importante que se julgue, por maiores serviços quP ostente, por mais títulos com que se enfeite.
Êste é um órgão que não He destina a fazer propaganda de pessoas nem de organizações de qualquernatureza. São é noticioso nem tetn nutra preocupação que não seja a Doutrina Espírita o Evangelho emespírito e verdade.
Nossas observações não têm caráter de crítica, mas de colaboração. Não importa que mtiUot não nos
compreendam, porque não buscamos o aplausos fácil dos homens o sabemos que. n;«o raro. «por bem querer.
mal haver», como diz \elho ditado. Jamais usaremos o revide, nem cultivaremos mágoas ou ressentimentos.
mas procuraremos ->pòr. aos que nà0 nos querem compreender ou procuram sobrepor sua respeitável sabe-doria à nossa lamentável ignorância, apenas a palavra evangélica. Por conseguinte, fugiremos fl polé-
micas, mas estaremos sempre dispostos à prova e iremos à cruz. se preciso for, <tn defesa da DoutrinaEspírita, zelando de corpo e alma pela integridade da mesma, permanentemente ameaçada por inovaçõe?absurdas e por infiltrações modernistas.
Embora intimamente considerássemos desnecessária esta reafirmação do programa que resumimos emnosso primeiro número, porque até agora não discrepámos da orientação espírita a que nos subordinámos des-
de o lançamento de «O Cristão E íritu» - orientação que seguiremos sempre, com o favor de Deus -
aqui deixamos êste esclarecimento, reiterando que iremos avante, sob o beneplácito do Alto, a despeito da*nossas imperfeições e desvalia.
H UMI LDADE
A verdadeira humildado nao impõe à cria-tura humana a adoção de atitude servil, rastei-ra e humilhante. Humildada o humilhação nãose igualam.
Voltaire, em seu Dicionário Filosófico»,opinou assim, a respeito da humlldr.de: «Reputoa humildade a medéstia da alma. parque a mo-déstia exterior não passa do civilidade. Ser hti-mildc não é negar a si próprio uma superi ari-dade que se possa ter adquirido sóbre outr:m>».
Nós, espiritas, cristãos espiritas. concorda-
mos que a humildade é a nr>déstia da alma,não a modéstia ostentiva, que constitui falsahumildade, porque, serdo «sslm, nádr mais parece do que um orgulli . de ser humilde, o queé contrário ao pensamento evangélica.
«Ser humilde não é negar a si próprio umasuperioridade que se possa ter adquirdo sAbrc:outrem», mas evitar que se externe o iceonhecimento dessa superioridade, evitando-se. c»misso. a humilhrção direta ou indireta de quemquer que seja. O ma| não está em .reconhecero próprio valor., mas em procurar exaltá-lo demaneira a estabelecer o desnivélamèni < humi-lhante.
E Voltaire acrescenta: «-Humildade nãoé objeçã:; 6 corretivo do :mii próprio, con amodé.itiu o é do orgulho».
Nenhum cristão se negará a subscrever tais
conceitos, que exprimem com fidelidade a legítima condição do humilde, que não Se confun-de. nem deve eonfundir-se eom o servil.
31 DE MARÇO DE 1869A data que serve de título a esta nota
relembra a volta de Allan Kardec à Espi-ritualidade
.
Faleceu Hyppolite-I on-Denizavd Ri.vail - Allan Kardec
, em Paris, rua San-tana
, 25 (Galeria Santana. r>9), 2a. cir-
co 11 s cr i ç ã o e Mairie do La Banque.em 31 de Março do ano referido, na idadede 6õ anos
, sucumbindo (la ruptura de um
aneurisma, segundo se lê em «O Princi-piante Espírita», no escorço biográficofeito por Henri Sausse.
No Mundo dos Kapíritos. Kardec. ao la-
do de inúmeros outros espiritistas de cora-ção. zela pelo futuro da Doutrina que cp.dificou. hoje disseminada por toda a Terra.
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