O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Ficha para catálogo de Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2009
Título Protegendo o Coração dos Alunos da EJA
Autor Sandro José Ribeiro Bonatto
Escola de Atuação Colégio Estadual de Terra Boa
Município da escola Campina Grande do Sul
Núcleo Regional de Educação Área Norte
Orientador Leandra Ulbricht
Instituição de Ensino Superior UTFPR
Área do Conhecimento Biologia
Produção Didático-Pedagógica Unidade temática
Relação Interdisciplinar Educação Física
Público Alvo Educação de Jovens e Adultos - EJA
Localização Colégio Estadual de Terra Boa – BR 116 km 50,
Paiol de Baixo, Campina Grande do Sul, PR.
Apresentação Atualmente, as doenças do sistema cardiovascular são a principal causa de mortes no Brasil, impactando também na capacidade de trabalho da população acometida. Alguns dos principais fatores de risco para a doença arterial coronariana são conhecidos e comprovados, como hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemias, obesidade, sedentarismo, diabetes mellitus e antecedentes familiares. É necessário conhecer a prevalência desses fatores de risco, pois é através de sua redução, com programas de prevenção, que se objetiva a efetividade de qualquer programa de saúde. Como um dos papéis da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é garantir uma formação profissional e intelectual dos indivíduos matriculados, este trabalho visa identificar fatores de risco e elaborar material
de apoio ao ensino da matéria de Biologia, para EJA nos conteúdos de fisiologia cardiovascular. Assim, para alcançar esse objetivo pretende-se: Estabelecer a prevalência de hipertensão arterial sistêmica, sobrepeso, sedentarismo e tabagismo em estudantes da EJA; Elaborar sugestões de aulas de Biologia sobre fisiologia da circulação sanguínea e de como manter uma dieta saudável; Elaborar atividades teórico-práticas ligadas à nutrição e ao sistema cardiovascular. Além disso, dentro da perspectiva da interdisciplinaridade, estes assuntos serão abordados conjuntamente com a disciplina de Educação Física.
Palavras-chave Doenças cardiovasculares; EJA; Atividade física;
Dieta saudável, Biologia.
PLANEJAMENTO DE BIOLOGIA – EJA
PROFESSOR:
SÉRIE: EJA médio
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos
específicos Metodologia Atividades
Critérios de
avaliação
Instrumentos
de avaliação
Mecanismos
Biológicos
Fisiologia do
sistema
cardiovascular
humano
Exposição
dialogada
utilizando
multimídias e
atividades
práticas.
Atividades
práticas, como:
mensuração do
peso, altura, do
índice de massa
corpórea (IMC),
da relação
cintura/quadril,
da frequência
cardíaca e da
pressão arterial;
Identificação dos
hábitos
alimentares e da
atividade física.
Debates sobre
publicações
deste tema na
mídia.
Caracterizar os
principais eventos
e fatores de risco
e/ou
desencadeantes
de doenças
cardiovasculares.
Identificar boas
práticas para se
evitar patologias
cardiovasculares.
Argüições
orais;
Elaboração de
textos;
Trabalhos
individuais;
Trabalhos em
equipe;
Relatórios;
Seminários;
Provas
TEXTO 1 – Sistema Circulatório
O sistema circulatório ou cardiovascular transporta e distribui substâncias essenciais
aos tecidos e remove produtos originados do metabolismo. Também participa de funções
como controle da temperatura corporal, regula a pressão arterial, transporta hormônios e
está envolvido nos ajustes homeostáticos nos estados fisiológicos alterados, como:
hemorragias, exercícios físicos e variações posturais. Este sistema é constituído pelo
coração, que funciona como uma bomba e uma série de vasos sanguíneos, as artérias que
distribuem o sangue do coração para os tecidos e as veias que levam o sangue para o
coração. E também possui uma extensa rede de finos vasos chamados capilares, que
permitem uma troca rápida entre tecidos e sistema circulatório. Os vasos sanguíneos,
presentes em todo corpo, são cheios por um fluido heterogêneo (sangue), essencial para os
processos de transporte realizados pelo coração e por esses vasos (BERNE & LEVY, 2009).
O coração é formado por quatro cavidades dois átrios e dois ventrículos, conectados
por valvas ou válvulas, chamadas atrioventriculares. O nome dessas válvulas indica a direção
na qual o sangue pode fluir, ou seja, somente dos átrios para os ventrículos. Sendo que o
átrio direito se comunica com o ventrículo direito pela válvula tricúspide e o átrio esquerdo
comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula mitral ou bicúspide (GUYTON &
HALL, 2006). O coração possui dois movimentos um para propelir o sangue que é a sístole,
que ocorre devido à contração de suas paredes e a diástole, quando relaxa para se encher de
sangue. O coração direito, as artérias, capilares e veias pulmonares formam em conjunto a
circulação pulmonar. Pois o sangue chega do corpo e do encéfalo, rico em gás carbônico
(CO2) e dejetos do metabolismo, pelas veias cavas inferior e superior, respectivamente.
Entra no átrio direito, passa pela válvula tricúspide, vai para o ventrículo direito e segue para
a artéria pulmonar. Chegando aos pulmões, ocorrem as trocas gasosas (hematose) e então o
sangue volta pela veia pulmonar para o lado esquerdo do coração. Chegando ao átrio
esquerdo o sangue passa para o ventrículo esquerdo pela válvula mitral e, então é
bombeado para todo o corpo pela artéria aorta, passando pela válvula aórtica (seminular). O
coração esquerdo e as artérias, capilares e veias sistêmicas são coletivamente chamados de
circulação sistêmica (SILVERTHORN, 2003).
A manutenção adequada da pressão arterial é indispensável à sobrevivência do ser
humano. A pressão arterial é resultante da ejeção do sangue do ventrículo esquerdo para a
artéria aorta, e da resistência imposta a esse sangue pelas paredes das artérias. É esse
processo que permite a perfusão dos tecidos, ou seja, a passagem do sangue através dos
órgãos (CONSTANZO, 2007).
As doenças cardiovasculares são caracterizadas por um grupo de patologias do
coração e dos vasos sanguíneos, incluindo: doenças coronarianas, cerebrovasculares,
alterações da pressão arterial, doenças reumáticas, doenças cardíacas congênitas, trombose
venal e embolia pulmonar (WHO, 2009).
Sugestões de vídeos:
Assista aos vídeos 1 e 2.
1. Este vídeo mostra a anatomia e fisiologia do sistema circulatório.
Tempo: 2,38 min
http://www.youtube.com/watch?v=IwS04csUSOc
2. O vídeo sugerido abaixo mostra a anatomia e fisiologia do coração.
Tempo: 2,38 min
http://www.youtube.com/watch?v=Hf23USnHDjc&feature=related
Atividades sugeridas
1. Relacione a palavra ao seu significado, você pode consultar um dicionário.
(01) Tecido ( ) Fluido constituído por vários componentes;
(02) Metabolismo ( ) Agrupamento de células com funções semelhantes;
(03) Homeostasia ( ) Contração cardíaca
(04) Hemorragia ( ) Doenças
(05) Fluido heterogêneo ( ) Artérias que irrigam o coração
(06) Sístole ( ) Conjunto de reações químicas que ocorrem nas células
(07) Diástole ( ) Estado de equilíbrio fisiológico do organismo
(08) Perfusão ( ) Infiltração
(09) Patologias ( ) Doença nascida com o indivíduo
(10) Artérias coronárias ( ) Bloqueio de um vaso pulmonar por coágulo
(11) Doenças congênitas ( ) Formação de trombo, coágulo sanguíneo
(12) Trombose ( ) Relaxamento do coração
(13) Embolia pulmonar ( ) Saída de sangue para fora de um vaso
GABARITO: 05, 01, 06, 09, 10, 02, 03, 08, 11, 13, 12, 07, 04.
2. Desenhe um coração humano indicando: átrios direito e esquerdo, ventrículos
direito e esquerdo e as válvulas;
3. Enumere em ordem crescente os seguintes eventos da circulação sanguínea a
partir da chegada do sangue no coração direito:
( ) O sangue chega do corpo e do encéfalo pelas veias cava;
( ) Hematose;
( ) Válvula tricúspide;
( ) Ventrículo esquerdo;
( ) Ventrículo direito;
( ) Átrio direito;
( ) Átrio esquerdo;
( ) Veias pulmonares;
( ) Válvula mitral ou bicúspide
( ) Artérias pulmonares;
( ) Artéria aorta
GABARITO: 01, 06, 03, 10, 04, 02, 08, 07, 09, 05, 11.
4. Agora elabore um pequeno texto e/ou desenho descrevendo a circulação
sanguínea humana.
5. Elabore uma frase sobre cada uma das seguintes estruturas: artérias, veias e
capilares, ressaltando suas formas e funções.
6. Sabendo-se que a manutenção da pressão arterial é essencial para a vida, quais
são os fatores relevantes para a sua manutenção?
7. Forme um grupo e discutam:
a) Quais as conseqüências da pressão alta;
b) Quais são os fatores que podem elevar a pressão arterial;
c) Quais medidas podem ser adotadas para se evitar a pressão alta.
Agora façam um resumo por escrito da discussão para ser entregue.
1.3 Sugestão de leitura:
Leitura complementar: AMABIS,M.J. Biologia. 2ª Ed, vol. 2. São Paulo: Moderna, 2004.
1.4 Referências
BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia. 6a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. CONSTANZO, L.C. Fisiologia. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Text book of Medical Physiology. 11a ed. Philadelphia: Elsevier, 2006. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 2 ed. Austin, EUA: Manole, 2003. WHO Cardiovascular diseases. Disponível em:< http://www.who.int/ cardiovascular_diseases/ en/>. Acesso em 30 de mar. 2010.
TEXTO 2 – Doença arterial coronariana
A doença arterial coronariana (DAC) ocorre quando os vasos sangüíneos que levam
os nutrientes e gases para o coração (as artérias coronárias) vão se estreitando (estenose), e
diminuem o diâmetro até ficarem totalmente obstruídos. Este estreitamento pode ser
causado pela aterosclerose (placa de gordura na parede do vaso - FIGURA 1), ou também,
pela agregação de plaquetas sobre essas placas de gordura (KOWNATOR, 2009). À medida
que os ateromas crescem, algumas partes podem se romper e fragmentos vão para a
corrente sangüínea ou ainda, pode ocorrer à formação de pequenos coágulos sangüíneos.
Estes eventos podem provocar bloqueios nos vasos sanguíneos de menor calibre.
O coração, como os outros órgãos, necessita de contínuo suprimento de oxigênio e
nutrientes para exercer suas funções. No entanto à medida que uma artéria coronária vai se
obstruindo, parte do tecido cardíaco começa a receber menos oxigênio e nutrientes, esse
quadro é conhecido como isquemia. E, como consequência tem-se lesão cardíaca (MANUAL
MERCK, 2009). Normalmente os quadros de aterosclerose são assintomáticos, até o
estreitamento severo da artéria, sendo que nestes casos os sintomas podem ser angina (dor
no peito) ou ataque cardíaco (infarto do miocárdio) (WANG, 2001). A DAC é uma causa
frequente de cardiomiopatia e, podendo levar o indivíduo inclusive a necessidade de
transplante cardíaco. Ela é mais comum em homens do que em mulheres (antes da
menopausa). O fumo, a obesidade, a diabete melito, a hipertensão, a hipercolesterolemia, o
histórico familiar de DAC e a falta de exercícios físicos aumentam o risco da doença (BOSMA
et al., 2005). Existem várias terapias e um vasto arsenal de medicamentos, porém em longo
prazo, melhores resultados são conseguidos com adesão a hábitos saudáveis de vida. Sendo
que a ingestão de uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e peixe, que é rico em
gordura poliinsaturada do tipo ômega 3, tem demonstrado ser eficiente para prevenir
ataques cardíacos (MAYNERIS-PERXACHS et al., 2010).
Placa de ateroma
Vaso sanguíneo
FIGURA 1: Placa de ateroma
2.1. Sugestão de vídeo :
O vídeo sugerido apresenta os cuidados com o coração para se evitar doenças
cardiovasculares.
Tempo: 1,27 min
http://www.youtube.com/watch?v=4SXiYC0l5NQ
Atividades sugeridas
I- Preencher o questionário abaixo individualmente
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade: ______ Sexo: F ( ) M ( )
1. Peso (kg):___________ Altura (m)___________
2. Índice de massa corporal (IMC): _____________
3. Você possui algum desses problemas de saúde?
Problema Sim Não Não sei
a. Pressão alta
b. Diabetes
c. Colesterol elevado
d. Sobrepeso ou obesidade
Avaliação do IMC
O sobrepeso é avaliado pelo índice de massa corpórea (IMC), sendo calculado pela
seguinte fórmula:
Sendo que o peso é medido em quilograma (kg) e altura em metros (m).
Exemplo: Imagine que uma pessoa tem 1,70 m e 60 kg, qual será o IMC dessa pessoa?
Portanto, essa pessoa possui IMC normal, de acordo com a tabela 2.
Utilize a tabela abaixo para identificar seu IMC como abaixo do peso, normal, sobrepeso ou
obeso.
Tabela 2: Classificação de obesidade em adultos
IMC CLASSIFICAÇÃO
<18,5 Abaixo do peso
18,5 – 24,9 Peso normal
25,0-29,9 Sobrepeso
30-34,9 Obesidade grau I
35-39,9 Obesidade grau II
>40 Obesidade grau III
Fonte: WHO, 2000.
II- Converse com seus colegas e complete a tabela abaixo:
Valor do IMC Classificação Número de indivíduos
<18,5 Abaixo do peso
18,5 – 24,9 Peso normal
25,0-29,9 Sobrepeso
30-34,9 Obesidade grau I
35-39,9 Obesidade grau II
>40 Obesidade grau III
III- Os gráficos são excelentes ferramentas para se visualizar situações, sendo
muito utilizados na Biologia e em outras disciplinas. Sendo assim, no
laboratório de informática, construa um gráfico de barras com os dados da
tabela. Você pode usar o software Excel, ou outro similar para ajudá-lo.
IV- Faça um texto indicando medidas para se evitar a DCA, o vídeo sugerido
poderá ajudá-lo.
Sugestão de leitura:
Leitura complementar: AMABIS,M.J. Biologia. 2ª Ed, vol. 2. São Paulo: Moderna,
2004.
Referências
BOSMA, H.; JAARSVELD, C.H.M.; TUINSTRA, J.; SANDERMAN, R.; RANCHORB, A.V.; EIJKA, J.T.M.; KEMPEN, G.I.J.M. Low control beliefs, classical coronary risk factors, and socioeconomic differences in heart disease in older persons. Social Science & Medicine, 60: 737–745, 2005. KOWNATOR, S.; CAMBOUB, J.P.; CACOUB, P.; LÉGERE, P.; LUIZYF, F.; HERRMANNG, M.A.; PRIOLLET, P. Prevalence of unknown peripheral arterial disease in patients with coronary artery disease: Data in primary care from the IPSILON study. Archives of Cardiovascular Disease, 102: 625—631,2009. MANUAL Merck. Disponível em:<http://www.manualmerck.net/?url=%20/artigos/%3Fid%3D53>. Acesso em: 13 dez, 2009. MAYNERIS-PERXACHS, J.; BONDIA-PONS, I; SERRA-MAJEM, L; CASTELLOTE, A.I; LÓPEZ-SABATER, M.C. Long-chain n-3 fatty acids and classical cardiovascular disease risk factors among the Catalan population. Food Chemistry, 119:54–61, 2010.
WANG, H.H. Analytical models of atherosclerosis. Atherosclerosis, 159: 1–7, 2001. WHO Consultation on Obesity, Obesity: preventing and managing the global epidemic. WHOTechnical Report Series 894, Geneva, 2000.
TEXTO 3 – Hipertensão arterial
Um sistema complexo do organismo regula a pressão sanguínea, que varia de acordo
com a atividade da pessoa, além de outros fatores. Os principais reguladores da pressão
sanguínea são os pequenos vasos chamados de arteríolas, que dilatam e contraem, fazendo
a pressão subir e baixar. A mensuração da pressão arterial, geralmente, é feita no braço,
com o esfigmomanômetro. A pressão sistólica (contração dos ventrículos) e diastólica
(relaxamento dos ventrículos) pode ser avaliada com o auxílio de um estetoscópio pela
artéria braquial, no espaço antecubital. Os valores pressóricos para indivíduos adultos
normais são de 120/80 mmHg (milímetros de mercúrio). Quando se diz que a pressão
sanguínea de um individuo é de 120/80 mmHg quer se dizer que a força exercida pela
contração dos ventrículos é suficiente para elevar uma coluna de mercúrio a 120 mm.
Define-se hipertensão arterial, na idade adulta, valores superiores a 140/90 mmHg em
indivíduos em repouso (WILSON, 2009).
A hipertensão arterial para níveis pressóricos além das cifras determinadas pelas
atuais diretrizes faz aumentar o risco de doenças coronarianas, cerebrovasculares, renais e
vasculares. GILARDINI e colaboradores (2008) relatam que elevações a partir de 115/75
mmHg já demonstram aumento nos índices de mortalidade cardiovascular. A hipertensão
arterial é dependente de vários mecanismos inter-relacionados, pois pode envolver
alterações cardíacas, renais, nervosas e genéticas (BROWN, et al., 2001; GADAM, et al.,
2009).
A pressão arterial alta é geralmente um distúrbio “silencioso” e, em geral, os
sintomas só aparecem anos após a instalação do quadro hipertensivo, com a ocorrência de
lesão em algum órgão vital (GADAM, et al., 2009; MANUAIS DE CARDIOLOGIA, 2009).
GRIFFITH (2003) estima que mais de 50 milhões de norte americanos sofram de hipertensão
arterial. No Brasil, em 2003 as mortes por doenças cardiovasculares representaram 27,4%
de todos os óbitos. Em 2005, foram mais de 1 milhão de internações relacionadas com
doenças cardiovasculares com um ônus superior a 575 milhões de dólares (MANUAIS DE
CARDIOLOGIA, 2009). São 26% da população adulta do Brasil que convivem com a
hipertensão, variando conforme a localidade pesquisada, segundo informações do
Ministério da Saúde. A prevalência é maior nos indivíduos de classes sociais mais baixas e
nos moradores das regiões metropolitanas do que nas rurais. Alguns fatores que
determinam são: a urbanização, os hábitos sociais e a atividade profissional. Infelizmente, o
sucesso terapêutico no Brasil é baixo, pois apenas 50,8% da população sabem que são
portadores de hipertensão e, aproximadamente 10% dos pacientes fazem acompanhamento
clínico. As taxas de controle inferiores se evidenciam na população de idade avançada,
obesidade e baixo nível educacional (MANUAIS DE CARDIOLOGIA, 2009).
Alguns fatores de risco associados à hipertensão como hereditariedade e idade não
podem ser alterados, mas mudanças no estilo de vida e na dieta podem ajudar a reduzir a
pressão alta. Medidas como manutenção do peso ideal, não fumar, fazer exercícios físicos
regularmente, ingerir uma dieta rica em frutas e verduras e reduzir a ingestão de cloreto de
sódio (sal de cozinha), podem ser de grande valia na prevenção e/ou controle da
hipertensão arterial.
Sugestões de vídeos:
Assista aos vídeos 1, 2 e 3.
1. Apresenta a patologia e os fatores causadores da hipertensão arterial.
Tempo: 4,53 min
http://www.youtube.com/watch?v=1DAPUmoVH5M&feature=related
2. Este vídeo mostra os cuidados que se deve ter para a prevenção da hipertensão arterial
Tempo: 9,54 min.
http://www.youtube.com/watch?v=E1hEgUdNWxw&feature=related
3. O vídeo sugerido abaixo apresenta cuidados para a prevenção da hipertensão arterial.
Tempo: 2,27 min
http://www.youtube.com/watch?v=FWnzb4oSmqU&feature=related
Atividades sugeridas
Esta tarefa pode ser feita durante a semana, você deve passar no posto de saúde
mais próximo da tua casa e aferir a pressão arterial pelo menos em dois dias diferentes.
I. Mensuração da pressão arterial
A pressão arterial poderá ser medida pelo professor ou por profissional da saúde encontrado
nos postos de atendimento a saúde, existentes nas localidades onde será realizado o estudo.
Será considerado hipertenso o indivíduo que obtiver como média (duas aferições) valores
pressóricos ≥ 140 x 90 mmHg (Tabela 1). As pessoas que possuírem níveis de pressão
arterial menor que os citados, mas fizerem uso de medicamentos anti-hipertensivos,
também serão consideradas hipertensas. Para medir a pressão arterial serão seguidas as
seguintes recomendações da American Heart Association, 2009.
a) Certificar-se que:
O manguito está corretamente encaixado; a pessoa não fez exercícios
físicos e nem ingeriu bebidas alcoólicas ou com cafeínas 30 minutos
antes da aferição;
A pessoa esta sentada corretamente, seus pés devem estar totalmente
apoiados no chão, não cruzar as pernas. O braço deve estar apoiado em
uma superfície plana na altura do coração.
b) Fazer mais de uma mensuração.
Tabela 1: Classificação da pressão arterial
Categoria de Pressão
arterial Sistólica (mm Hg) Diastólica (mm Hg)
Normal Inferior a 120
E Menos de 80
Pré-hipertensão 120-139
Ou 80-89
Pressão alta (hipertensão)
Fase 1 140-159 Ou 90-99
Pressão alta (hipertensão)
Fase 2 160 ou superior Ou 100 ou superior
Crise hipertensiva
(cuidados de emergência) Superior a 180 Ou Superior a 110
Fonte: American Heart Association (2009).
Responda:
Nome: _______________________________________ Idade:___________
1. Qual o valor da sua pressão arterial?
2. Você já havia medido a pressão anteriormente?
3. Com que freqüência você costuma medir sua pressão?
4. Você é hipertenso?
5. Você utiliza algum medicamento para controlar a pressão alta? Qual?
II. Relação cintura quadril (RQC)
As mensurações das circunferências da cintura e quadril devem ser realizadas com
os indivíduos em posição ereta, com o abdômen e os braços relaxados, com os pés unidos e
seu peso igualmente sustentado por ambas as pernas. Então uma fita métrica é colocada
horizontalmente ao redor do abdômen. A pessoa deverá respirar normalmente no momento
da medida. A circunferência do quadril é obtida com a pessoa na mesma posição. A medida
é feita pelo ponto de maior circunferência sobre da região glútea, com a fita métrica no
plano horizontal, sem pressionar os tecidos moles (SANAVITA, 2009).
A razão cintura/quadril (RCQ) é estabelecida dividindo-se os valores encontrados
para as referidas circunferências.
Segundo KAMIMURA, 2002, a relação cintura/quadril adequada será:
Para homens >1,0;
Para mulheres >0,85.
E a circunferência da cintura ideal será:
Homens >102 cm;
Mulheres >88 cm.
Responda o questionário
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade: ______ Sexo: F ( ) M ( )
1. Peso (kg):___________ Altura (m)___________
2. Medida da cintura (cm): __________ Quadril (cm):___________
3. RCQ:__________
4. Pressão arterial (mmHg): ______________
5. Você possui algum desses problemas de saúde?
Problema Sim Não Não sei
a. Pressão alta
b. Diabetes
c. Colesterol elevado
d. Sobrepeso ou obesidade
6. Você possui algum familiar (pai, mãe, irmãos) com algum desses problemas de
saúde?
Problema Sim Não Não sei Quem
a. Pressão alta
b. Diabetes
c. Colesterol elevado
d. Sobrepeso ou obesidade
7. Você é fumante?
( ) sim ( ) não
8. Quantos cigarros você costuma fumar por dia? _______________.
9. Alguém da sua casa é fumante? ( ) sim não ( )
III. Você é sedentário? Para responder essa questão responda o questionário
abaixo:
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – VERSÃO CURTA
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )
As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gastou fazendo atividade física
na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de
um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em
casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Obrigado pela sua participação!
Para responder as questões lembre que:
Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico
e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e
que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos
10 minutos contínuos de cada vez.
1a. Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro,
por lazer, por prazer ou como forma de exercício?
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b. Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no
total você gastou caminhando por dia?
horas: ______ Minutos: _____
2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo
menos 10 minutos contínuos, como por exemplo, pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar,
fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços
domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou
qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do
coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos
contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
3a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos
10 minutos contínuos, como por exemplo, correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol,
pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no
quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez
aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração.
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b. Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no
trabalho, na escola, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado
estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo,
sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte
em ônibus ou carro.
4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos.
Leitura complementar
SWARTZBERG, J.E; MARGEN, S. O guia completo da saúde. São Paulo: Grupo saúde e vida,
2002.
Referências
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Disponível em: <http://www.americanheart.org/ presenter.jhtml?identifier=3025169>. Acesso em: 15 dez. 2009.
BROWN, M.A.; BUDDLE, M.L.; MARTIN A. Is Resistant Hypertension Really Resistant? American Journal of Hypertension, 14:1263–1269, 2001.
GADDAM, K.K.; MD, VERMA, A.; THOMPSON, M.; AMIN, R.; VENTURA, H. Hypertension and cardiac Failure in its various forms. Med Clin N Am, 93:665–680, 2009. GRIFFITY, R.W. Prevalence of hypertension in Europe and North America, 2003. Disponível em: <http://www.healthandage.com/professional/Prevalence-of-Hypertension-in-Europe-and-North-America>. Acesso em: 13 dez, 2009.
GILARDINI, L.; PARATI, G.; SARTORIO, A.; MAZZILLI, G.; PONTIGGIA, B; INVITTI, C. Sympathoadrenergic and metabolic factors are involved in ambulatory blood pressure rise in childhood obesity. Journal of Human Hypertension, 22:75–82, 2008.
KAMIMURA, M.A. et al., Guias de medicina ambulatorial e hospitalar, 2002.
MANUAIS de cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.br/has/has.htm>. Acesso em: 14 dez, 2009.
WILSON, P.W.F. Risk Scores for Prediction of Coronary Hear t Disease: An Update. Endocrinol Metab Clin N Am, 38: 33–44, 2009.
TEXTO 4. Como evitar doenças cardiovasculares
Atualmente as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte no
mundo. Sendo mais comuns nos países ricos, pois as pessoas desses países vivem mais e os
indivíduos idosos possuem maior risco de doenças cardiovasculares. Outras razões são o
sedentarismo, pois a maior parte das pessoas trabalham sentadas e utilizam carros ou
ônibus para se deslocarem. Além da obesidade devido ao excesso de alimentos gordurosos e
ricos em carboidratos e do uso do tabaco.
Segundo HALPERIN e colaboradores, 2008, a cessação do hábito de fumar teve
beneficio imediato na redução da pressão arterial. O tabaco provoca aumento da pressão
arterial por mecanismos pouco estudados, contudo é demonstrado que o tabaco aumenta a
atividade do sistema nervoso autônomo simpático, provocando vaso constrição e, acelera os
processos de aterosclerose.
Existem várias opções de tratamento sendo que os medicamentos geralmente
apresentam alta eficiência. Os mais comuns são as estatinas que reduzem a
hipercolesterolemia as quais podem ser associadas a fármacos para redução da pressão
arterial, além de gordura ômega 3. Procedimentos cirúrgicos como angioplastia com a
colocação de stents, pontes de safena, substituição de válvulas e até mesmo transplantes
cardíacos podem ser realizados dependendo da seriedade do caso.
Estudos epidemiológicos mostram que grande parte das mortes provocadas por
doenças cardiovasculares podem ser prevenidas adotando-se uma dieta saudável,
praticando atividade física regularmente e evitando o fumo. Em 2009 a Organização Mundial
da Saúde (OMS) lançou as seguintes recomendações para se evitar doenças
cardiovasculares:
Ingira alimentos saudáveis: coma ao menos cinco porções de frutas e vegetais ao dia;
Faça atividade física: pelo menos 30 minutos por dia, caminhe nos seus intervalos de
trabalho;
Diminua o uso do sal de cozinha e coma menos alimentos industrializados;
Evite o cigarro;
Mantenha seu peso adequado;
Saiba alguns números: sua pressão arterial, concentrações de colesterol e glicose, sua
relação quadril cintura e seu índice de massa corporal (IMC). Conhecendo esses
números você poderá desenvolver um plano de ação para melhorar sua saúde.
Sugestão de vídeo:
O vídeo abaixo mostra medidas de prevenção a doenças cardiovasculares.
Tempo: 6,15 min.
http://www.youtube.com/watch?v=NefK1bWzdOI
Atividades sugeridas:
1. Elabore um texto sobre os hábitos de vida saudáveis e não saudáveis.
2. Faça o seguinte questionário com as pessoas que moram em tua casa:
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade: ______ Sexo: F ( ) M ( )
a) Peso (kg):___________ Altura (m)___________
b) IMC:____________
c) Medida da cintura (cm): __________ Quadril (cm):___________
d) RCQ:__________
e) Pressão arterial (mmHg): ______________
f) Você possui algum desses problemas de saúde?
Problema Sim Não Não sei
a. Pressão alta
b. Diabetes
c. Colesterol elevado
d. Sobrepeso ou obesidade
g) Você é fumante?
( ) sim ( ) não
h) Quantos cigarros você costuma fumar por dia? _______________.
i) Você possui algum fator de risco para doenças do coração?
( ) Sim ( ) Não
j) Você sabe como evitar doenças cardiovasculares?
( ) Sim ( ) Não
k) Cite algumas maneiras de prevenir doenças do coração.
_________________________________________________________
3. Crie uma propaganda, sobre como evitar as doenças cardiovasculares.
4. Quais medidas você acha que deveriam ser implantadas pelos seguintes segmentos
da sociedade para prevenir as doenças cardiovasculares?
a) Governo:
b) Meios de comunicação (jornais, TV, internet):
c) Escola:
d) Eu:
5. Depois de estudar este capítulo o que você pretende mudar no seu dia-a-dia,
explicando como, seja sincero e proponha uma meta que você realmente possa
cumprir.
Referências
HALPERIN, R.O.; GAZIANO, J.M.; SESSO, H.D. Smoking and the Risk of Incident Hypertension in Middle-aged and Older Men. American Journal of Hypertension, 2(21):148-152, 2008. WHO, World heart day. World Heart Federation, 2009.
Atividade opcional: Afros-descendentes e hipertensão arterial
Segundo dados do Ministério da Saúde (2009) o número de hipertensos cresceu
aproximadamente 3% entre 2006 e 2009. Essa pesquisa foi realizada com 54 mil adultos e
revelou que a prevalência desta patologia aumentou em todas as faixas etárias, mas
principalmente entre os idosos. Atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem
de hipertensão, sendo que em 2006 eram 57,8%. Na população até 34 anos o índice de
hipertensos não passa de 14%; entre 35 a 44 anos a proporção sobe para 20,9%; dos 45 aos
54 este índice sobe para 34,5% e na faixa etária dos 55 aos 64 anos o percentual de afetados
salta para 50,4%. Este aumento da prevalência, em relação à faixa etária, pode ser resultado
de padrões alimentares, sedentarismo além de fatores genéticos, estresse e arteriosclerose.
A pesquisa também revela que quanto menor o grau de escolaridade maior é a prevalência.
Sendo que em adultos com até 8 anos de escolaridade 31,5% declararam hipertensão e o
percentual cai para 16,8% no grupo de pessoas que possui de 9 a 11 anos de escolaridade
formal.
De acordo com a Associação Americana do Coração (AHA – American Heart
Association, 2007) a população de etnia negra tem maior índice de prevalência de
hipertensão de que outras etnias. Um estudo chamado MESA (Multi-Ethnic Study of
Atherosclerosis) realizado nos E.U.A comparou as etnias branca, afro-descendentes, chineses
e hispânicos e concluíram que a hipertensão arterial é mais comum em afro-descendentes
com 60% dos indivíduos deste grupo apresentando essa patologia (KRAMER et al., 2004).
Ainda segundo a AHA aproximadamente 25% dos afros-descendentes não possuem
diagnóstico de hipertensão, devido aos sintomas da pressão alta não serem tão evidentes.
Segundo TAYLOR (2009) as mulheres afro-descendentes tem maior prevalência de
hipertensão e obesidade e este fato está relacionado a crianças obesas. Em adição, este
estudo realizado com 12.665 crianças de ambos os sexos encontrou uma relação significante
entre obesidade e aumento da pressão sistólica.
Algumas possíveis explicações para a alta prevalência de hipertensão nos indivíduos
afro-descendentes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, são:
Muitos possuem baixo nível sócio-econômico, tendo, portanto, menor acesso
a serviço adequado de saúde;
Encontram-se expostos em maior grau a estresse psicossocial;
Apresentam maior incidência de obesidade;
São mais sensíveis ao sal.
A sensibilidade maior ao sódio pode ser devida a alterações no canal de sódio
epitelial (ENaC). Este canal transporta sódio através das membranas e está expresso na nos
rins, cólon, trato respiratório e glândulas sudoríparas (SWIFT & MACGREGOR, 2004).
Outra explicação de cunho histórico vem da época da escravidão. Onde a taxa de
mortalidade dos africanos durante a viagem era de aproximadamente 30%, devido a
diversos tipos de infecções, suicídios, desnutrição e principalmente desidratação provocada
por diarréias. Com isso pode se inferir que os indivíduos sobreviventes possuíam maior
capacidade de retenção de sal (cloreto de sódio). Sendo que esta característica poderia ser
passada para os descendentes e que hoje pode ser responsável, em parte, pela maior
prevalência de hipertensão arterial.
Em resumo a prevalência da hipertensão arterial na população afro-descendente é
mais elevada, bem como sua gravidade, como aparecimento de insuficiência renal crônica e
acidente vascular encefálico. Estas características podem estar relacionadas com fatores
étnicos e/ou socioeconômicos. Como medida profilática recomenda-se a redução no
consumo de sal de cozinha e redução do peso.
Atividades sugeridas
1. Quais fatores propiciam a maior prevalência de hipertensão na população afro-
descente?
2. Quais medidas podem ser adotadas para se prevenir a incidência de doenças
cardiovasculares?
3. Discuta em grupo porque mães obesas têm mais chances de terem filhos
obesos. Após formulem um resumo das discussões do grupo.
Referências
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Disponível em: <http://www.americanheart.org/ presenter.jhtml?identifier=3025169>. Acesso em: 15 dez. 2009.
KRAMER, H.; HAN, C.; POST, W.; GOFF, D.; DIEZ-ROUX, A.; COOPER, R.; JINAGODA, S.; SHEA, S. Racial/Ethnic Differences in Hypertension and Hypertension Treatment and Control in the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). American Journal of Hypertension, 17:963-970, 2004. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ ultimasnoticias/2010/04/26/hipertensao-avanca-e-atinge-244-dos-brasileiros.jhtm>. Acesso em: 15 abr, 2010.
SWIFT, P.A.; MACGREGOR, G.A. Genetic Variation in the Epithelial Sodium Channel: A Risk Factor for Hypertension in People of African Origin Pauline. Advances in Renal Replacement Therapy, 11(1): 76-86, 2004. TAYLOR, J.Y. Risks for Hypertension Among Undiagnosed African American Mothers and Daughters. Journal of Pediatric Health Care, 23(6):378-387, 2009.
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