DIABETES MELLITUS
Fernanda Serpa de CarvalhoGraduada em Nutrição – UERJ
Residência em Nutrição/Clínica Médica – HUPE
Nutricionista Militar do CBMERJ
Nutricionista Municipal – HMCF
Ex-professora Contratada Suporte Nutricional – UERJ
Pós-graduanda Nutrição Clínica Funcional – Valéria Paschoal
ClassificaçãoDiabetes mellitus insulino-dependente (tipo I ou
DMID)Diabetes mellitus não insulino dependente (tipo II
ou DMNID)Intolerância à glicoseDiabetes mellitus gestacionalOutras condições: - desnutrição - doença pancreática - Síndromes genética, induzido por droga
ClassificaçãoTipos de diabetes mellitus e outras categorias de intolerância anormal à glicose
Classes Clínicas CaracterísticaDiabetes Mellitus Tipo I As pessoas usualmente são magras, têm um início abrupto dos sintomas antes dos 30 anos e são dependentes da insulina exógena para evitar a cetoacidose e morteDiabetes Mellitus Tipo II As pessoas usualmente são obesas e maiores de 30 anos no diagnóstico.Podem ou não depender de insulina exógena para sobrevivência.Tolerância à glicose prejudicada As pessoas que têm níveis plasmáticos de glicose maiores que o normal, mas não diagnóstico.Diabetes Mellitus gestacional As mulheres que têm o início ou descoberta da intolerância à glicose durante à gravidezOutros Tipos O diabetes pode ser secundário à endocrinopatias, doença pancreática, alguma droga e químicos.
ClassificaçãoDiabetes Tipo I - 5% dos diabéticos - Deficiência de insulina – destruição das células ß
pancreáticasDiabetes Tipo II - 90% dos diabéticos - resistência à insulina (sensibilidade tecidual) e função
prejudicada das células ß (liberação retardada ou inadequada)
Intolerância à glicose – afeta mais pessoas que o Tipo I e o Tipo II juntos
Diabetes gestacional - 2 a 4% de todas as grávidas (início da 24° a 28º semana)
DiagnósticoCandidatos: história familiar de DM, obesos, mulheres
que tiveram filho macrossômico, todas as mulheres grávidas entra a 24º e a 28º semana gestacional
Sintomas clássicos:
- polidipsia, poliúria, polifagia e perda rápida de peso.
- Glicemia acima de 200 mg/dl (1 dosagem em jejum) ou acima de 126 mg/dl (jejum em 2 ocasiões)
Teste de tolerância oral à glicose (TTOG) – identifica diabetes, tolerância à glicose e diabetes gestacional
Hemoglobina glicosilada – teste de triagem, menos sensível do que TTOG .
Teste de tolerância oral à glicoseTeste de tolerância oral à glicoseJejum de 10 a 16 horas – administração de 75g glicoseColhido sangue antes da glicose e 0,5, 1, 1,5 e 2 h após
Jejum ou hora após glicose
Normal Prejudicada Diabetes Diabetes
gestacional
Jejum
0,5 e/ou 1 h
<110
<200
<126
≥ 200
≥ 126
≥ 200
≥ 105
≥ 190
2 <140 140 – 199 ≥ 200 ≥ 165
3 ≥ 145
METABOLISMO PÓS PRANDIALMETABOLISMO PÓS PRANDIALInsulina- metabolismo e armazenamento de energia.Start de produção de insulina em resposta ao aumento da
glicemia pós prandialInsulina estimula: - síntese de glicogênio - glicólise - síntese de ácidos graxos e proteínas - síntese das lipases lipoproteicasInsulina inibe: - glicogenólise - gliconeogênese - lipólise e proteólise
METABOLISMO JEJUM E DMMETABOLISMO JEJUM E DMO DM assemelha-se ao jejumTecido adiposo:
- liberação contínua de ácidos graxosFígado:
- gliconeogênese - glicólise - produção VLDL - produção de butirato, acetoacetato e ß-hidroxibutirato
Músculo:- glicogênio - proteína muscular degradada- uso de cetonas e ácidos graxos
Tecidos não insulino-depemdentes- Acúmulo de glicose lesão tecidual (glomérulos, vasos retinianos, nervos e células sanguíneas)
COMPLICAÇÕES AGUDASCOMPLICAÇÕES AGUDASHiperglicemia
Sintomas: Poliúria, polidipsia, falta de energia, irritabilidade, visão turva e perda de peso.
Hipoglicemia (mais freqüente)Causas: refeições não realizadas ou atrasadas, consumo
de álcool sem alimento e exercício físico.Sintomas: confusão, cefaléia, coordenação deficiente,
irritabilidade, tremor, ira, sudorese, comaTratamento: 15g de carboidrato (elevar a glicemia entre
50-100 mg/dl em 15 min)
COMPLICAÇÕES AGUDASCOMPLICAÇÕES AGUDASCetoacidose diabética (hiperglicemia e cetonemia):
Causa: aderência inadequada ao tratamento
Sintomas: náusea, poliúria, polidipsia, hiperventilação, desidratação, fadiga e odor de fruta das cetona.
Normalmente DM Tipo I
Estado hiperglicêmico não cetótico (glicemia acima de 750 mg/dl sem cetonemia importante)
Causa: ingestão excessiva de açucar, exposição ao calor, desidratação ou doença.
Sintomas: desidratação, hipotensão, capacidade mental diminuída, confusão, convulsões e coma.
Normalmente DM Tipo II
Hipertrigliceridemia (acima de 2000 mg/dl):
Sintomas: lesões de pele e pancreatite
COMPLICAÇÕES A CURTO PRAZOCOMPLICAÇÕES A CURTO PRAZO
Glicosilação de proteínas
Hemoglobina glicosilada
- Relacionada à magnitude e duração da hiperglicemia.
- Reflete o controle glicêmico ao longo de 6 a 8 semenas.
- Mau controle excede 9%
Formação de polióis (sorbitol e frutose)
distensão e intoxicação celular/ alteração de nervos periféricos
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZORetinopatia / Nefropatia / Neuropatia
Bom controle glicêmico e tendências genéticas individuais afetam a freqüência
O Estado em Controle e Complicações do Diabetes (ECCD) – 1993:- Estudo com 1441 pacientes diabéticos Tipo I (EUA e Canadá) - Conclusão: dos níveis de glicose sanguínea :
em 76% no risco de retinopatia diabética em 50% no risco de nefropatia diabética em 60% no risco de neuropatia diabética
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO
Aterosclerose
- complicação mais comum
- Homens diabéticos risco 2-3 x maior
- Mulheres diabéticas risco 3-4 x maior de DAC, AVC e doença vascular periférica
Mecanismos ainda não bem compreendidos
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZOCOMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO
Fatores de risco para aterosclerose que estão presentes no DM:
- HAS (principal FR, diabéticas desenvolvem + freqüentemente)
- Dislipidemias
- Insulina sérica elevada
- de fibrinogênio e fator de von Willebrand
- Anormalidades das funções das plaquetas
- Glicosilação das proteínas
OBJETIVOS DA TERAPIA OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICONALNUTRICONAL
Diretrizes da Associação Americana de Diabetes (ADA):- 1º objetivo: manter a glicemia o mais próximo do normal- 2º objetivo: concentrações desejáveis de lipídeos ADA
EspecíficosAlcançar níveis sanguíneos de glicose fisiológicosManter lipídeos plasmáticos desejáveisReduzir a probabilidade de complicações específicas do DMRetardar o desenvolvimento de aterosclerose
GeraisFornecer seleção ótima de nutrientesAtingir e manter peso corporal desejávelSatisfazer as necessidade de energia Adaptar para necessidades específicas (gravidez, doença renal...)
Retardar o desenvolvimento da aterosclerose:
- manutenção do peso corporal desejável;
- dieta rica em fibra dietética
- proteína de soja e antioxidantes
- pobre em gorduras totais, saturadas e colesterol Diabetes Tipo I
- Ingestão alimentar habitual e padrão de preferência;
- Alimentar-se em horários constantes
- Ajuste de insulina para a prática de atividade física Diabetes Tipo II
- Ênfase na manutenção do peso adequado
- Níveis de glicose, lipídeos e HAS controlados
OBJETIVOS DA TERAPIA OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICONALNUTRICONAL
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL
Carboidratos:
- 50-60 % do VET
- simples menos que 1/3
- não refinados vantagens (menor teor glicêmico, maior saciedade, ligação com o colesterol)
Associação Americana e Britânica de Diabetes (1980):
- Dieta restrita em gorduras, porém mais alta em carboidratos complexos e fibras dietéticas.
- Dieta em carboidratos e em monoinsaturada poucos estudos suportam essa recomendação.
RESPOSTA GLICÊMICARESPOSTA GLICÊMICAÍndice glicêmico :
Comparar a resposta glicêmica de alimentos testes com a de um alimento considerado referência (pão ou glicose)
- Carboidratos simples possuem maior resposta glicêmica que os complexos
- Diferentes carboidratos complexos apresentam diferentes respostas glicêmicas (ex: pães e batatas > feijões)
- Fatores que influenciam a resposta glicêmica :- Tempo de ingestão;- Conteúdo de fibras;- Gorduras e proteínas- Métodos de processamento e cozimento;- Grau de amadurecimento- Proporção amilopectina / amilose
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALProteínas:
- 10 a 20 % do VET
- 0,8g/Kg peso ou 10% do VET (presença de nefropatia diabética)
- substituir a proteína animal por proteína de soja (deve ser considerada)
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL
Gorduras:
- < 30% do VET
- < 10% de gordura saturada
- < 10% de gordura poliinsaturada
- < 300mg/dia colesterol (recomenda-se < 200 mg)
- 15% de gordura monoinsaturada
Indivíduos não obesos com triglicerídeos normais – até 35% do VET de lipídeos, se a gordura adicional vier de fontes monoinsaturadas.
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALGorduras:Excesso de gordura:- resistência à insulina (número de receptores de insulina)
- Obesidade - HAS- Aterosclerose Redução das gorduras – recomendação dietética de mais
difícil adesão Redução das gorduras - + importante no DM Tipo II,
enquanto limitação de proteínas + importante no DM Tipo I
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL
Gorduras monoinsaturadas
Indivíduos com Tg e VLDL elevados - a ingestão de monoinsaturadoa até 20% do VET com ingestão mais moderada de carboidratos
Ingestão aumentada de gordura – pode aumentar a resistência à insulina e agravar a obesidade.
embora a gordura a sensibilidade à insulina isso pode não acontecer c/ a gordura monoinsaturada
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONAL
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3
VANTAGENS DESVANTAGENS níveis de Triglicerídeos - agravar a hiperglicemia níveis de Pressão Arterial - elevar LDL-c
Pesquisas recentes: os benefícios dos suplementos de óleo de peixe superam as desvantagens e podem beneficiar pacientes cuidadosamente monitorados.
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALFIBRAS:
- 20 a 35g/dia (ADA)
- 35g/dia ou 15 a 25g/1000 Kcal (outras recomendações)
Baixa ingestão de fibras prevalência alta do diabetes.
Fibra Insolúvel geralmente não baixa os níveis sanguíneos de glicose e colesterol
Fibra Solúvel frutas, aveia, cevada, legumes, suplementos de pectina, guar, psílio demonstrou efeito benéfico no controle glicêmico e no perfil lipídico
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALVANTAGENS-Digestão e absorção lentas dos nutrientes
-Diminuição da glicose plasmática pós-prandial
-Aumento da sensibilidade dos tecidos à insulina
-Aumento do número de receptores da insulina
-Diminuição do colesterol e triglicerídeos séricos
-Diminuição da liberação de hormônios contra-regulatórios
-Possível atenuação da síntese de colesterol pelo fígado
-Pode aumentar a saciedade entre as refeições
DESVANTAGENS
-Aumento na produção de gases intestinais
-Desconforto abdominal ou pertubação gastrointestinal
-Podem alterar a farmacocinética de algumas drogas
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALAdoçantes;- Sensato limitar o consumo de açúcar- Até 25g de sacarose pode ser permitida Adoçantes nutritivos frutose, sorbitol, xilitol, manitol
são aceitáveis em quantidades moderada Frutose pode elevar a glicemia de pacientes mal
controlados (efeito mínimo nos bem controlados) Quantidade excessiva efeito laxativo Sacarina, Aspartame e Acessulfame K aprovados pelo
FDA e seguros para serem consumidos Sacarina associado com câncer de bexiga em
quantidades excessivas. Mulheres grávidas evitar. Crianças não exceder 2 latas de refrigerante c/ sacarina.
Aspartame proibido para fenilcetonúricos
PLANO NUTRICIONALPLANO NUTRICIONALMICRONUTRIENTES
Magnésio Cromo
Estudos relacionados com deficiência de cromo e desenvolvimento de DM
Não se recomenda a suplementação de cromo em diabéticosReposição de cromo tem efeito benéfico indivíduos que
são deficientes em cromo (a maioria das pessoas não são cromo deficientes)
Estudos mostrando que a deficiência de Mg papel na resistência à insulina, intolerância à carboidratos e HAS. Só deve ser suplementado na presença de hipomagnesemia.
ÁLCOOLÁLCOOLNão é recomendado (mulheres grávidas e indivíduos mal
controlados)no máximo 2 drinques por diano máximo 1 drinque por dia1 drinque = 42,5 ml de bebidas alcoólicas destiladas 113,4 ml de vinho 240 ml de cervejaProblemas:- Inibe a gliconeogênese (induz hipoglicemia)- Se consumido, deve ser ingerido com refeições- Induz hipertrigliceridemia- Interage com alguns medicamentos (clorpropamida) –
ruborização, náuseas e tontura
EXERCÍCIO FÍSICOEXERCÍCIO FÍSICOAndar é o melhor exercício para pessoas obesasVantagens:
- Melhor controle do peso;- Aumento da aptidão física e psicológica- Melhora da composição corporal- Aumento da concentração de HDL
Riscos:- Hipoglicemia- Cetonemia- Irritabilidade
Para cada 1 hora de exercício aumentado – adicional de 15g de carboidratos (antes ou após)
Exercícios mais extenuantes – 30g carboidratos por hora Exercício moderado < 30 min – não precisa de carboidrato adicional
EXERCÍCIO FÍSICOEXERCÍCIO FÍSICO
Tipo de exercício Valor inicial da glicemia RecomendaçãoExercício de intensidade moderada
Menor que 100 mg/dl
100 – 180 mg/dl
180 – 300 mg/dl
≥ 300 mg/dl
25 – 50g carboid.
10 – 15g carboid.
Não é necessário
Não começar o exercício
Exercício vigoroso Menor que 100 mg/dl
100 – 180 mg/dl
180 – 300 mg/dl
≥ 300 mg/dl
50g de carboidrato
25 – 50g carboid.
10 a 15g carboid.
Não começar o exrcício
CRIANÇASCRIANÇASBases do tratamento:
- Plano individualizado;- Preferências e hábitos alimentares;- Atividade física;- Monitorar o crescimento;- Horários da criança e doses de insulina
Ingestão generosa de carboidratos complexos e fibras associada com restrição de gorduras
3 refeições (20 a 25% VET – total 65%) e 3 lanches adicionais (usando os 35% restantes)
Automonitoramento da glicemia é muito importanteReavaliação periódica (adaptar ao cresci. e ativ. Física)
IDOSOSIDOSOS
Principal problema crônicoFatores que contribuem para o DM no idoso: na atividade física- Menor ingestão de fibras- Adiposidade aumentada da massa magra- Algumas doenças e medicamentosA mesma recomendação de gorduras (< 30%)Frutas, sucos e adoçantes geralmente não necessitam ser
limitados.
GRAVIDEZGRAVIDEZ2 a 4% das mulheres desenvolvem diabetes gestacional
(distúrbio + comum na gravidez) Fatores que alteram o controle glicêmico:- Secreção hormonal;- Hábitos alimentares alterados;- Estado emocional- Alteração da sensibilidade à insulina; da atividade físicaMais comum o desenvolvimento 24ª - 28ª semana gest.Geralmente regride após o parto + suscetíveis a
desenvolverem DM em outras gestações e ao longo da vida (40 – 60%, principalmente obesas)
GRAVIDEZGRAVIDEZNecessidades de insulina alteradas durante a gravidez:
- 1ª metade necessidade baixa ( 20 – 30%) – captação de glicose aumentada pelo feto e pela placenta
- 2ª metade necessidade eleva-se (60 – 100%) – produção de hormônios placentários e resistência à insulina
- Pós parto necessidades abruptamente- 6 semanas após o parto aumentam gradualmente até os
níveis pré-gestacionaisGrávidas níveis mais baixos de glicose em jejum 55 a 6555 a 65 mg/dl. Máx. 140 mg/dl (1h após as refeições) média
em 24h = 80 – 85 mg/dl
GRAVIDEZGRAVIDEZObjetivos do tratamento nutricional:
- Satisfazer as necessidades aumentadas de proteínas
- Carboidratos para prevenir cetose (mínimo 50%)
- Otimizar a sensibilidade dos tecidos à insulina
- Manter o controle glicêmico
- Reduzir o risco de macrossomia fetal
Risco - história familiar de DM; obesidade materna; parto de um feto macrossômico
DOENÇA RENALDOENÇA RENAL
Afeta 30 – 50% dos DM Tipo I
20% dos DM Tipo II
Primeiramente – microalbuminúria (proteína urinária de 40 a 300 mg/24h)
Mau controle glicêmico e ingestão alta de proteína – contribuem para o desenvolvimento e progressão da nefropatia
A proteína aumenta a taxa de filtração glomerular
DISLIPIDEMIADISLIPIDEMIA
Alteração mais comum – hipertrigliceridemia e do HDL
Hipertrigliceridemia – risco maior de aterosclerose em diabéticos do que não diabéticos
Valores desejáveis para pacientes diabéticos:
- CT < 200 mg/dl HDL-c > 45 mg/dl ()- LDL-c < 100 mg/dl > 55 mg/dl ()- Tg < 150 mg/dl LDL:HDL < 2,2 ()
< 1,8 ()
DISLIPIDEMIADISLIPIDEMIAMedidas para o HDL-c:
- exercício físico regular (3200 a 4800 m)- não fumar- uso de aveia ( HDL-c em 10 a 20%)
Aumento no HDL ocorre lentamente (3 a 6 meses) alguns não alteram HDL com estilo de vida
Aumentar a ingestão de fibras solúveis em 6g/dia - o LDL-c em 10 a 20%
Indivíduos hipertrigliceridêmicos – dieta rica em fibras e moderada ou severamente restrita em gordura saturada e total
OBESIDADEOBESIDADE75% dos DM Tipo II nos EUA são obesosPrincipal fator que contribui para o desenvolvimento e
manutenção do DMTratamento:
- Dieta individualizada 10 a 14Kcal/Kg peso atualatual - 1000 a 1200 Kcal
- 1200 a 1600 Kcal
- 55 – 60% de carboidratos;
- 50 – 70g proteína;
- 15 – 25g fibra/1000 Kcal
- caminhar de 3200 a 4800 m/dia
- registro de ingestão alimentar e valores de glicemia
INSULINOTERAPIAINSULINOTERAPIADieta e exercício alteram a sensibilidade à insulina.Dietas ricas em carboidratos e fibras a sensibilidade,
enquanto as ricas em gorduras têm efeitos opostos.Atividade física sensibilidade do músculo esquelético
à insulinaAdaptação do esquema insulínico ao plano nutricional e
atividade física Qualquer redução na ingestão de energia as necessidades
de insulinaPrincipais efeitos adversos:
- Hipoglicemia e ganho de peso
INSULINOTERAPIAINSULINOTERAPIATipo Início Máximo
(h)
Duração
Máxima (h)
Regular 0,5 - 1 2 - 3 4 - 6
NPH 2 - 4 4 - 10 14 - 18
Lenta 3 - 4 4 - 12 16 - 20
DROGAS HIPOGLICEMIANTESDROGAS HIPOGLICEMIANTESSulfoniluréias a glicose sanguínea estimulando as
secreções das células ß pancreáticasDesvantagens ganho de peso Combinação insulina e sulfoniluréiasMetformina aumenta a sensibilidade dos receptores à
insulinaVantagens não exaure o pâncreas; supressor do apetite;
lipídeos, principalmente Tg.Desvantagens náusea, desconforto gastrointestinal,
diarréia, gosto metálico e anorexia. Não pode ser usada por indivíduos com doença renal.
DROGAS HIPOGLICEMIANTESDROGAS HIPOGLICEMIANTES
Acarbose:
- Inibe a hidrólise dos carboidratos complexos e dissacarídeos da dieta
- Dose: 25 a 40 mg ao início de cada refeição (3 por dia)
- Efeitos colaterais: cãibras, flatulência, distensão abdominal e diarréia. Menor absorção de ferro e anemia.
- Administração de acarbose com metformina não é recomendada
EXERCÍCIOS1-) O tratamento com insulina é importante para o
ótimo controle do diabetes devido ao seu efeito anticatabólico e anabólico.
As ações desse hormônio sobre as vias metabólicas lipídicas, lipólise, cetoacidose e lipogênese, repectivamente, são:
(A) inibir, evitar e estimular
(B) Aumentar, evitar e inibir
(C) Aumentar, estimular e inibir
(D)Inibir, estimular e estimular
EXERCÍCIOS2-) A cetoacidose metabólica, uma complicação que ameaça a
vida, ocorre por distúrbios no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.
Os sintomas que a caracterizam são:
(A) sudorese, palpitação e tremor
(B) Hipoglicemia, poliúria e polidipsia
(C) Desidratação, hiperventilação e fadiga
(D) Hiperglicemia, visão embaraçada e neuroglicopenia
EXERCÍCIOS3-) Considere um paciente diabético Tipo I, com
glicose sanguínea de 160 mg/dl, que realizará um exercício de intensidade moderada durante 1 hora.
O ajuste adicional, em gramas, do carboidrato da dieta deverá ser de:
(A)10 a 20
(B) 20 a 25
(C) 30 a 45
(D)50 a 70
EXERCÍCIOS4-) Paciente obeso, dislipidêmico, diabético Tipo II,
com glicemia de jejum de 260 mg/dl. Neste caso faz parte da conduta terapêutica dieta hipocalórica e:
(A)Fibra dietética de 20 a 35g/dia
(B) Estímulo de exercício físico
(C) Hipolipídica e estímulo de exercício físico
(D)Colesterol dietético equivalente a 300 mg/dia
(E) Normoglicídica, com utilização 10% de sacarose
EXERCÍCIOS5-) Dentre as complicações crônicas do diabetes
mellitus, podemos citar:
(A)Falência renal e cetoacidose
(B) Retinopatia e coma hiperosmolar
(C) Hiperestesia de membros e hipoglicemia
(D)Insuficiência vascular de membros e catarata
EXERCÍCIOS6-) Após o parto, a mulher que apresenta diabetes
gestacional está mais propensa ao desenvolvimento de:
(A)Hipoglicemia
(B) Diabetes Tipo II
(C) Diabetes Tipo I
(D)Hipertireoidismo
EXERCÍCIOS7-) Num indivíduo diabético, o elemento que pode
melhorar a curva de tolerância à glicose é:
(A)Cr
(B) Fe
(C) Zn
(D)Cu
EXERCÍCIOS8-) O tempo máximo de ingestão alimentar, após
aplicação de insulina regular subcutânea, é de:
(A)30 minutos
(B) 60 minutos
(C) 90 minutos
(D)120 minutos
(E) 150 minutos
EXERCÍCIOS9-) O objetivo dietético mais importante para o
tratamento de pacientes com diabetes mellitus do Tipo I, segundo a ADA, é o estabelecimento de um padrão alimentar fornecendo:
(A)500 mg de colesterol por dia
(B) 35% das calorias totais sob a forma de lípídeos
(C) Entre 12 e 15% das calorias totais como gordura saturada
(D)Entre 50 e 60% das calorias totais sob a forma de carboidratos
EXERCÍCIOS
10-) Um paciente que esteja recebendo insulina regular as 8 h da manhã não poderá deixar de fazer uma refeição às (CCBMERJ-01):
(A)10 h(B) 12 h(C) 13 h(D)14 h(E) Não existe relação de administração de
insulina regular com a ingestão de alimentos
EXERCÍCIOS11-) A prescrição dietoterápica para um paciente
diabético não deverá contemplar (CBMERJ/01):
(A)20 a 35g fibra/dia
(B) Gordura poliinsaturada > 10% das calorias
(C) Proteína na faixa de 10 a 20% das calorias diárias
(D)Colesterol < 300 mg;
(E) Sódio-valores < a 2400 mg/dia em diabéticos hipertensos
EXERCÍCIOS12-) As recomendações nutricionais para o paciente
diabético segue a seguinte distribuição das calorias provenientes dos lipídeos (CBMERJ/01):
(A)40%(B) 30%(C) Deve ser fundamentada na avaliação nutricional,
indicando valores < 10% de gordura saturada;(D)Deve ser fundamentada nos objetivos do
tratamento, indicando valores > 10% de gordura saturada;
(E) Completar o valor calórico total da dieta.
EXERCÍCIOS13-) No guia para pacientes DM em que foram
estabelecidas as diretrizes para o exercício físico seguro recomenda-se, em indivíduos com glicose sanguínea menor que 100 mg/dl, aumentar a ingestão de carboidratos antes da natação (intensidade moderada) em (CBMERJ/01):
(A)< 10g/h de exercício;(B) 25 a 50g antes do exercício;(C) Não é necessário aumentar;(D)Não é recomendado realizar o exercício;(E) 100g antes do exercício
EXERCÍCIOS14-) Em pacientes diabético Tipo II , a terapia nutricional
adotada deve incluir ( SMS/00):
(A) Aumento do consumo de frutose, devido à sua maior resposta glicêmica em relação à sacarose
(B) Restrição do consumo de sacarose, devido a sua menor resposta glicêmica em relação ao amido
(C) Fornecimento de 0,5g de proteína/Kg/dia, para prevenção da desnutrição protéica
(D) Ingestão diária de 350 a 500mg de colesterol, para aumentar os níveis de HDL
(E) Ingestão de gordura a menos que 30% das calorias totais, para prevenção de dislipidemias.
15-) Com a finalidade de potencializar a ação da insulina em pacientes com DM Tipo II, é recomendado a suplementação de (CSM/00):
(A)Potássio
(B) Manganês
(C) Cobre
(D) Cromo
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
16-) Na dieta do paciente diabético é preconizado o uso de fibra solúvel para a regularização dos níveis de glicemia, dentre outras medidas dietéticas. São fontes de fibras solúveis (CSM/00):
(A)farelo, brócolis, maça e cevada
(B) Trigo, laranja, limão e brócolis
(C) Aveia, limão, cenoura e couve
(D)Aveia, maça, laranja e cevada
(E) Farelo, couve, trigo e cenoura
EXERCÍCIOS17-) O índice glicêmico dos alimentos constitui um
novo conceito. Portanto, a adição de alimentos contendo gordura e proteína aos alimentos ricos em carboidratos acarreta (HUPE/92):
(A)Uma não alteração da resposta glicêmica pós-prandial, apenas quando o carboidrato é a sacarose
(B) Um aumento da resposta glicêmica pós-prandial, apenas quando o carboidrato é o amido
(C) Diminuição da resposta glicêmica pós-prandial(D)Aumento da resposta glicêmica pós-prandial
18-) As atuais recomendações da ADA, para o tratamento nutricional do paciente DM Tipo I, propõe restringir a ingestão de (HUPE/92):
(A)Sódio a 1,5g por 1000 Kcal
(B) Sacarose em modesta quantidade
(C) Colesterol a menos de 500 mg/dia
(D)Lipídeos em 35% das calorias ingeridas
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS19-) Na gestante diabética, durante o 2º trimestre de
gestação há aumento dos hormônios: lactogênio, progesterona e cortisol. A ação desses hormônios acarreta (HUPE/02):
(A)Aumento da utilização de glicose materna;
(B) Diminuição da taxa de glicose sanguínea;
(C) Diminuição da necessidade de insulina;
(D)Aumento da necessidade de insulina.
EXERCÍCIOS
20-) Uma das ´primeiras mudanças funcionais do rim em pacientes diabéticos Tipo I é a excreção aumentada de (Niterói/ 00):
(A)Sódio
(B) Cálcio
(C) Potássio
(D)Albumina
21-) O exame que é útil no controle metabólico do paciente diabético e que reflete a glicemia das 6 a 8 semanas precedentes à sua dosagem é:
a) glicosúria
b) glicemia de jejum
c) hemoglobina glicosilada
d) teste de tolerância oral à glicose
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS 22-) Uma das potenciais complicações do diabetes tipo 2 é a hiperglicemia não cetótica. A alta concentração de glicose intracelular acarreta, a curto prazo (Angra dos Reis /2003):
a) A rápida formação de polióis, com distensão e inteoxicação celular
b) Baixa concentração de glicoproteínas, entre elas a hemoglobina glicosilada
c) Fosforilação da glicose, com síntese de proteínas e ácidos graxos no fígado
d) Acúmulo de células brancas, facilitando o transporte de oxigênio
23-) No tratamento Nutricional do Diabetes Mellitus infantil, quanto as necessidades energéticas e de consumo de colesterol, recomenda-se:
a) 50 a 60% de carboidartos, 15% de proteínas, até 30% de lipídeos e 300mg de colesterol por dia;
b) 10% de proteína, até 25% de lipídeos, 45 a 50% de carboidratos e 150mg de colesterol por dia;
c) 200 mg de colesterol, até 25% de lipídeo, 12% de proteínas e 40 a 55% de carboidratos por dia;
d) até 35% de lipídeos, 14% de proteínas, 55 a 65% de carboidratos e 350mg de colesterol por dia;
e) 250mg de colesterol, 45 a 60% de carboidratos, 13% de proteínas e até 32% de lipídeos.
EXERCÍCIOS
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