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Page 1: História da Arte: Muralismo

PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

Impressionismo (1860 / 1900) A Interpretação dos Sonhos (Freud/1900)Pos-impressionismo (1880)Simbolismo (1880)

MODERNISMO Expressionismo Fauvismo (1905 / 1908) Die Brücke (1905 / 1913)Der Blaue Reiter (1911 / 1920) Fordismo (1909) Primeira Guerra Mundial (1914-1918)Arte muralista (México 1910)

Vanguardas HistóricasCubismo (1907)Futurismo (1909 / 1930)Dadaismo (1913) Exposição de Anita Mafalti (1917) Revolução Russa (1917) Bauhaus (1919) Semana de Arte Moderna (1922)

Modernismo no BrasilSuprematismo (1915)Neoplasticismo [Der Stijl] (1917/1928) Facismo (1922) Segunda Guerra Mundial (início do nazismo 1933)

1) A deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua época e a renuncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no estilo; 2 ) o desejo de diminuir a distância entre as artes “maiores” e as “aplicações “ aos diversos campos da produção econômica; 3) a busca de uma funcionalidade decorativa; 4) a aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia; 5) o esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia inspirar e redimir o industrial ismo.

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Arte MuralistaArte Muralista

O movimento muralista mexicano, ocorreu logo após a Revolução Mexicana de 1910, até hoje considerada a primeira grande mobilização social na América Latina no século XX. O mural possibilitou uma arte pública e coletiva, que rompia com o individualismo da pintura de cavalete.  "Os muralistas mexicanos produziram a mais importante arte revolucionária, se sentido popular, ocorrida neste século, e a influência deles em toda a América Latina tem sido contínua e de longo alcance." Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros são os três grandes pintores da Revolução. (ADES: 1997, 151) Durante a década de 1930 tais idéias também podiam ser percebidas na Inglaterra e nos Estados Unidos. Entretanto, depois desse período raramente encontramos as idéias dos muralistas como parte do discurso artístico. Pode-se considerar que, nesse ponto, a grande dificuldade está em encontrar uma forma que possibilite a apresentação do mural, porque mesmo já se tendo produzido murais portáteis, estes "não conseguem transmitir a sensação que dão quando vistos em seus ambientes". (ADES: 1997, 151)

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É natural que os artistas mexicanos, libertando-se do academicismo tradicional, tenham estabelecido relações com as correntes modernas européias, orientadas em sentido “populista”: o expressionismo alemão e as primeiras vanguardas russas. Os pioneiros da nova escola são Orozco e Riveira. Diego Rivera trabalhou por muito tempo na Europa, conheceu os fauves, Picasso e Modigliani; dedica-se pois, a criar uma linguagem figurativa moderna, por meio da qual os conteúdos lendarios da épica popular mexicana tornem-se atuais, assim como o folclore russo se torna atual na pintura de Chagall.

Auto-retrato dedicado a Irene Rich, 1941Smith College Museum of Art, Northampton,

Massachusetts

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Fusileiro naval, 1914Museo Casa Diego Rivera. Guanajuato, Mexico

Paisajem zapatista, 1915Museo Nacional de Arte, Ciudad de México, México

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Mulher moendo milho, 1924

Museo Nacional de Arte, Mexico City

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Nu com copos de leite, 1944Emilia Gussy de Gálvez collection, Mexico City

Baile em Tehuantepec, 1928Private collection, USA

Arte MuralistaArte Muralista

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A Dream of a Sunday Afternoon in Alameda Park, detail of right side, 1947-48FrescoAlameda Hotel, Mexico City

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O arsenal- Frida Kahlo repartindo armas, detail, from the cycle "Political Vision of the Mexican People", 1928

Ministry of Education, Mexico City

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No fresco "El arsenal- Frida Kahlo repartiendo armas - 1928), o autor, que era um ardente comunista, mostra uma cena revolucionária no México. Ao centro está a sua mulher, a artista Frida Kahlo, ajudando a distribuir armas aos trabalhadores. Esta obra pertence a um ciclo ambicioso de murais que Rivera executou para o governo mexicano nos finais dos anos 20. Sendo um extenso programa social e político da história e das aspirações do povo mexicano, a série contém acontecimentos reais e imaginários. Os elementos das composições de Rivera estão claramente delineados e desenhados em nítidas áreas de cor constrastantes. Este estilo, que influenciou consideravelmente a arte mexicana, pretendia fazer com que a estrutura narrativa da obra fosse o mais legível possível. Tal como outros realistas sociais, ele acreditava que a arte deveria ter uma função directa social e política e que em vez de se limitarem à pintura de cavalete de pequenas dimensões, os artistas deveriam executar obras para espaços públicos, tal como o tinham feito durante a Renascença. Diego Rivera nasceu em Guanajauto (MEX) em 1886 e morreu na Cidade do México em 1957.

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A Historia da Cardiología, Panel 2 1943-1944 Fresco 6 x 4.05 m Tlalpan, Auditorio de Universidad

Ibero-Americana; Ciudad de México Escuela de la ciudad de San Francisco - Panel 1: Unidad PanAmericana 1940 fresco, 6.74 x 22.5mCity College of San Francisco

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Escola da cidade de San Francisco - Painel 2: Unidad Pan Americana 1940 fresco, 6.74 x 22.5m

Arte MuralistaArte Muralista

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Industria de Detroit o Hombre y Máquina, 1932-1933 Fresco Instituto de Artes de Detroit, Detroit, Michigan

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Figura simbolizando a raça negraEl água, origem da vida, 1951Ciclo de fresco sobre poliestireno y gomaSuelo y 4 pinturas murales. Total 224 m2Cárcamo del río Lerma. Chapultepec-Park. Ciudad de México

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Retrato de Frida Kahlo, 1940Pan-American Unity -DetailFresqueCity College of San Francisco

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Agrarian Leader Zapata, 1931Fresco7' 9 3/4" x 6' 2" (238.1 x 188 cm)The Museum of Modern Art, New York City

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Homem criativo, J. C. Orozco, 1936University of Guadalajara, Mexico

Cristo destruindo sua cruz, J. C. Orozco, 1943

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Prometeus, Dartmouth College

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Etnografia, Siqueiros, 1939, MOMA

Arte MuralistaArte Muralista

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Retrato da burguesia,, Siqueiros, 1939/40

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São Francisco se Despojando das Vestes, Portinari1945, Pintura mural a têmpera750 x 1060cm (aproximadas) (irregular)Belo Horizonte, MG

Cândido Portinari, entrevistado por um jornal paulista sobre o aspecto social de sua pintura afirma: “Estoucom os que acham que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção do pintor, o quadro indica sempre um sentido social”. Na mesma ocasião, dá pistas a outro jornal de seus próximos projetos, ao declarar:“Quanto à pintura moderna, tende ela francamente para a pintura mural. Com isso, bem entendido, não quero afirmar que o quadro de cavalete perca o seu valor, pois a maneira de realizar não importa. NoMéxico e nos Estados Unidos já há muitos anos essa tendência é uma realidade, e noutros países se opera o mesmo movimento, que há de impor à pintura o seu sentido de massa. Naturalmente, no Brasil, país em formação, o artista não tem possibilidades. Tudo aqui está por fazer, havendo apenas alguns casosexcepcionais. E a causa disso tudo é ainda o governo, que se obstina a não ter, como no México se observa, interesse direto pelas coisas da arte”.

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Café, Portinari, [1938]Pintura mural a afresco, 280 x 297cmPalácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro,RJ

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Bibliografia

Arte moderna, Giulio Argan;Murais Mexicanos: a arte para o povo, Gláucia Rodrigues, www.klepsidra.net/klepsidra6/muralismCronobiografia de Candido Portinari, Projeto PortinariThe virtual Diego Rivera web museum, www.diegorivera.com/murals/