T
17.° anno
A«»lUKArtKA EH LI«RO«
t mez... 300 réis. Annuncios, linha 20 réis.
3 mezes. 900 » Ditos na 1.» pagina 100 rs.
Avulso .. 10 » Corpo do jornal 40 réis.
Communicados e outros artigos contratam-se
na administração. Sexta feira 23 de março de 1888
A&SlliXAlUHA NAS l'IKOVL\CU«
3 mezes pagamento adiantado 15150 réis I RI r 0"fi A correspondência sobre administração a Ro- flUíjlGrO DQ li
dngo de Mello Carneiro Zagallo, travesssa da Queimada, n.# 35.
Francisco de Oliveira Chiniço
Dando hontem noticia do falle
cimento de Francisco de Oliveira
Cham iço, dissemos que não traça-
vamos no memento a biographia
do finado por termos de fazel-o no
artigo ccm que teríamos de acom-
panhar o seu retrato.
Desempenhamos temos como
pudermos do encargo, tendo uma
d*s maiores difliculúades com que
luctamos, a í*Ka de espaço.
São ens traços rápidos, ligeiros,
que dírão apenas uma idéa do
valor da perda d'aquella vida para
Untos preciosa.
Não cremos que nos apontem
em Londres, onde a firma Ch*mi-
ço era altairente respeitada. Ain-
da ião contava 20 annos quando
assimiu a gerencia da casa, sen-
do eltito secretario da Associação
Cenmercial Portuense, achando-
se ligado á sua direcção pelo es-
paço de vinte e ires annos, duran
le os quaes foi incumbido pela
mesma associação e pelt estado
de innumeras commissões em pro-
veito do serviço publico.
Fnndcu a c( mpanhia Utilidade
Publica, ccnseguindo dotar as
províncias do Minho e Douro com
as primeiras estradas.
Em 1854 foi elle deputado pelo
Porto, occupando successivamen-
te logar na camara electiva até
1864, epocha em que renunciou a
Não passou desaperecebida a
♦ nergia, actividade e o grande
amor pelo paiz, que distinguiam
hrancisco d Oliveira Chamiço, e
comiudo, c'creditamol-o, só agora
se fará inteira justiça a esse ho-
mem prestimoso que acaba de
passar os hembraes da eternidade.
O sr. Francisco Chamiço falle-
cido na 3.a feira ultima, recebeu
os sacramentos da Santa Egreja,
que lhe foram ministrados pelos
R. Monsenhor Prior dos Mariyres,
e seu coadjutor.
O sr. arcebispo de Sardia, Nun-
cio Apostólico n'este reino, deu
lhe a benção Papal com indul-
gência plenaria. *
O conselho de administração da
dico ajudante no hospital de doen-
tes d'olhos do afamado professor
Douders na mesma cidade, adqui-
riu durante dois annos conheci-
mentos completos de ophtalraolo-
gia nas Universidades de Vienna,
Praga e Berlim sob a direcção de
celebres professores d'este'raino
especial das sciencias medicas.
Seguiu em Paris a clinica do
notável professor Liebreich, que
o recommendou para Portugal a
pedido d"um seu cliente residente
em Lisboa.
Estabeleceu-se no nosso paiz
por julgar o nosso clima favora-
vel ao padecimento pulmonar que
o afFectava.
Achava-se em Lisboa desde
iG9, e era o mais antigo medico
Boas amêndoas!
Segunda-feira, 26, loteria de
Madrid com dois prémios de 14
contcsl
Antonio Ignacio da Fonswa
Convida
Aprendizes de impressão
Precisam se, com pratica, na
travessa da Qneimada. 35, typo-
graphia do Diário lllustrado. Para
tratar, das 9 da manha à 1 da tar-
de.
Reuniu hontem a junta consul-
tiva do ultramar.
Parque vaccinogenico
Vaccina animal
Directores — Moniz Tavares
e Guilherme Ennes
Rui de S. Bernardo á Estrella
n.°■ 45 a 51 A—Lisboa.
Vaccinação directa, das 12 ás 2
horas, todos os dias.
Vaccinaçào no parque... 2£2oO
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Tubo com lympha l£200
Laminas com pôipa 1*500
6 tubos ou laminas 10 por cento
de abatimento.
Único deposito na pharmacia
Barral, 126 e 128.
FRANCISCO DE OLIVEIRA CHAMICO DR. VAN DER LAAN
de exagerados afirmando que
Francisco de Oliveira Chamiço foi,
no seu tempo, nm des bemens
mais presumes do paiz. Consagrou
a sua vida ao engrandecimento
da terra que o viu nascer.
Nascido no seio da opulência
couroercial, poderia como tantos
outros nas mesmas circumstan-
cias ter sido apenas um dos gran-
des parasitas scciaes; pr< feriu no
entanto dedicar-se ao progresso
da sua pairia,dotando a cem mui-
tas e in portantes instituições de
credito e indostriaes.
Nasceu no Porto e era filho de
Fcrtunato de Oliveira Chamiço,
negociante abastado d'aqmlla ci-
dade, e de D. Candida Martins Pa
checo, anhos de honrada linha-
gem.
Seu avô, Braz de Oliveira Cba
miço, capitão de mar e guerra,
era oriundo de mbre familia alie
mâ (Vcn Chcmisso). Isto quer di
zer que não foliavam ao nosso bio-
Sraphado pergaminhos que, reuni-
os á riqueza lhe pamittiriam, se
o síu génio a tal se prestasse,
gezar uma vida fidalga e abastada,
simcs incín rredx s que lhe ori-
ginaram a sua filra utilitaria.
Mandado aos 9 ; nnos para In-
glaterra, ende reccbvu a educa-
ção, regresseu ao Porto c(m 17
«nnos, sendo lego associado de seu
ae, tanto na cidade invicta ccmo
sua candidatura, por diverhencias
com o ministério Loulé-Lobo
d'Avilla.
Foram immensos os serviços
prestados por Francisco Chamiço,
ccmo debutado, ás províncias do
nerte.
Foi Chamiço quem propez e fez
votar a eMrada marginal do Dou-
ro, a continuação das estradas io
norte do mesmo rio; as de Ca
minha e Vianna e ramal de Cou-
ra.
Foi fundader da empreza do
Palacio de Crystal, cem o viscon-
de Villar Allen. Funde u o banco
Ultran arino, que tão grandes ser-
viços tinha de prestar ás nossas
et Unias d'além m/>r.
Nunca sollicitcu favor algum,
não obstante os valiosos serviços
que prestou na camara e fora
dVlla. Pelos seus importantes tra-
\ alhos, pela sua autboridade em
questões de administração, che-
gou a ser indigitado pela opinião
publica para ministro da fazenda,
e se não sobraçou a pasta foi por-
que não quiz estender os braços
para ella. .
Recuscu o titulo de visconde
que lhe foi (fferecido per D. Pe-
dro V, e ainda outras honrarias
ctm que o tentaram.
Ha h< nuns cujo merecimento é
verdadeiramente aquilatado de-
pois do seu passamento.
companhia real dos caminhos;de
ferro portoguezes, na sua sessão
de hontem, nãoíó assignou um
voto de sentimento pela perda do
seu illustre membro, Franciscode
Oliveira Chamiço, como determi-
nou sejam boje fechados os es-
criptorios da mesma companhia,
ccmo df monstração de sentimen-
to por tão irreparavel perda.
O sr. Chamiço era um dos ad-
ministradores mais antigos d'a-
quella companhia.
0 dr. Yan Der I.aan
Nasceu na Hollanda em 1841, e
era oriundo d'uma antiga familia
cujos ascendentes se distinguiram
na guerra de 80 annos contra os
hespanhoes, no sitio da cidade de
Leitíe, na India hollandeza e no
Brazil como capitães e governa-
dores d'estes paizes, quando esti-
veram debaixo do dominio da sua
nação.
Destinou-se primeiro ao estudo
da tbeologia, cujos preparatórios
corrpletíu, mas a sua te^pdencia
levou-o afinal para os estudos me-
dicos, cujo curso concluiu na Uni-
versidade de Utrecht, onde alcan
çou todos os graus de doutor em
medicina, cirurgia e partos.
Depois de ler servido ccmo rae-
estrangeiro estabelecido em Lis-
boa.
Pode dizer-se que o dr. Van
Der Laan fez uma escola d'ophtal-
mologia da qual sairam os seus
conhecidos discipulos os drs. Plá-
cido, no Porto, e L. Fonseca, em
Lisboa.
Coadjuvado por estes cavalhei-
ros editou o primeiro jornal espe-
cialista que se publicou em Por-
tugal.
Já hontem nos referimos á sua
iniciativa na fundação do Jardim
Zoologico, na qual desenvolveu
prodigiosa actividade.
O seu ultimo estabelecimento,
o posto ou hospital do largo do
Pelourinho n.° 35, 1." foi a ultima
prova da grande iniciativa, activi-
dade e verdadeiro amor pela hu-
manidade, exbibida pelo homem
da sciencia que a morte acaba de
arrebatar.
O dr. Van Der Laan foi um es-
tudioso, um idolatra da sciencia e
um philantropíco. Dizem-n'o, com
relação a este ultimo ponto, o
grande numero de serviços que
prestou á pobreza.
Telegrammas do Porto
PORTO, 22, ás 4 h. e 30 da t.
Nos jardins dò palácio de Crys-
tal procedem a grandes obras e
encanamento de gaz para illumi-
nações no tempo de verão e fes-
tas ao ar livre.
—Reuniu hontem á noite a com-
panhia de artefactos de malhas,
approvando contas e relatorio, re
solvendo crear caixa de soccorros
para operários, enviar á exposi-
ção de Barcelona representante
afim de estudar reformas a intro-
duzir no fabrico, offertar ao de-
putado Oliveira Martins, d'accor-
do com outras fabricas depois
uma estatua de bronze como lem-
I brança de reconhecimento pela
defeza prestada á referida indus-
tria, e dar de dividendo G 0,0.
—A al^ndega rendeu hoje réis
19:161^888.
S. *
O sr. Joaquim J sé Pereira
Amado Junior, administrador do
concelho de Grandola, foi trans-
ferido para o de S. Thiago de Ca-
cem. \
CABELLEiilEiitA, penteia
axndso e de partidoCalçada
d* Sant'Anna, 172, 1.°
IIISTlllíh KA riíUSTITUIÇAi
Continua a puolicar-se com a
maxima regularidade. Está publi
cada a caderneta 80
Sociedade Promotora do Apu-
ramento de Raças Cavai!»
res.
Corrida» de cavallo» g
No segundo dia, 2 de abril, ha-
verá uma corrida p?ra cavallos de
passeio montados por gentlemen-
riders.
Premio do» amador*»
Um objecto d'arte
Para cavallos que não tenham
tomado parte em corridas publi-
cas. Peso minimo 6.rJ kiios.
Distancia cerca de 1:300 metros.
Entrada gratuita.
As iiiscripções faz6m-se no Tur-
Ciub até ás 4 horas da tarde de
26 do corrente.
Esta corrida só terá !ogar, cor-
rendo pelo menos 4 cavallos.
Lisboa, 23 de março de 1888.
Pela direcção
Conde di Ribei a Grande.
T
III IRIO ItLlJSTHADO
%
A catastrophe
no Porto
No parlamento
Como entendemos ser do nosso
dever, damos hoje tréguas â poli-
tica, e esta mesma compreheusão
teve hontem a camara dos senho-
res deputados, levantando os seus
trabalhos, em manifestação, que a
honra, de sentimento e dôr, pelo
luto que veste não só a cidade do
Porto, mas todo o paiz.
O primeiro que se referiu ao
triste acontecimento foi o sr. Au-
gusto Fuscbini, que fez conside
rações sensatíssimas sobre a
anarchia das nossas leis que regu
lam a construcção e inspecção das
casas de espectáculo. Terminanio
a exposição das suas opiniões,
manifestou a idéa de que se en
cerrasse a §essão, em testimunho
de sentimento, como se fizera em
respeito á morte do imperador
Guilherme, não tomando a inicia-
tiva d'uma proposta, por saber
que ella seria apresentada por al-
gum dos representantes do Porto.
O sr. ministro das obras publi-
cas declarou que o governo se as-
sociava d'alma e coração a todas
as manifestações, expondo era se-
guida o que entende necessário
íazer, como meios conducentes a
evitar similhantes desgraças. A
questão, disse s. ex.a, e muito
bam, está em evitar, em tornar
pouco possíveis os incêndios, por-
que desde que elles se manifestam
as melhores condições não obs-
tam á catastrophe. O pânico, o
terror e a confusão augmentam o
perigo.
Historiou o que se fez em a.
Carlos, e mostrou a absoluta ne-
cessidade de se adquirirem pré-
dios contignos, para as respecti-
vas arrecadações, que não ha.
Como principio advogou a idéa de
se tornar obrigatoria a illumina-
çâo das casas de espectáculo a
luz eiectrica.
O sr. Arroyo, único represen-
tante do Porto que estava presen-
te, além do sr. Beirão,—que na
sua qualidade de ministro, não
quiz,, procedendo correctamente,
antecipar-se—em sentidas pala-
vras, muito applaudidas, corame-
morou o facto que enlutou a sua
patria. O dia 21» de março, disse,
ficará seBdo de luto nacional.
Em seguida fez as seguintes
propostas:
Que se lançasse na acta um vo-
to de sentimento;
Que d'esta parte da acta se en-
viasse copia à camara municipal
do Porto; ,
Que o governo ficasse aucton-
sado, sem restricções nem limites,
a gastar quaesquer quantias em
soccorrer as familias das victimas
do incêndio;
Que approvadas estas propos-
tas se encerrassem os trabalhos.
Por parte do governo, o sr.
Francisco Beirão declarou accei-
tar, todas estas propostas, asso-
ciando se-lhes em especial como
representante em côrtes da capi-
tal do norte.
O sr. Consiglieri Pedroso, to-
mando a palavra, disse que não
fallava como deputado republica-
no, porque seria uma profanação
fazer distincção de partidos em
momento tão doloroso, de luto na-
cional; o seu fim era, como depu-
tado por Lisboa, em nome da po-
pulação da capital dirigir os seus
sentimentos. aos habitantes do
Porto.
O sr. presidente (Francisco de
Campos), interpretando os senti-
mentos da camara, propoz que as
propostas do sr. deputado Arroyo
fossem votadas por acclamação.
Muito bem. #
* *
A realidade sobre o numero das
victimas parece exceder as previ-
sões mais sinistras.
O numero dos cadaveres sobe
jã a 84, sendo muitos os destroços
humanos que teem apparecido en-
tre as ruínas, e considerável a rela-
ção de pessoas que se suppõem
hajam perecido na catastrophe,
sem que os seus cadaveres te-
nha apparecido ainda.
As pessoas que succumbiram
n'esta horrorosa becatorabe são,
seguudo as ultimas nuticias rece-
bidas do Porto, as seguintes:
Antonio Albino da Costa, socio
da firma ''Costa Correia & C.a,
proprietário d'urn estabelecimento
de alfaiate da rua de Santo Anto-
nio; era director da «Mutuaria», e
tinha 50 annos de edade;
Sua esposa, da mesma edade,
Jesuina Candida Correia, de 50
annos; os filhos tinham 8 e lo an-
nos, afilha 14..
Com esta femilia estavam a crea-
da Anna e o fiel da «Mutuaria.
José Pereira dos Santos Junior, e
occupavam todos um camarote de
3' ordem.
O socio de Costa Correia estava
ua plateia, e por isso se salvou.
Luiz Aff raso Teixeira, cuahado
do dr. Ricardo Jorge; seus dois
filhos que tinham i3 e 9 annos, e
suas sobrinhas Conceição e En-
gracia, meninas de 19 e 15 annos.
Ernestina Pinto Ferreira.
Dolores Garrido, esposa de Ma-
nuel Garrido, estudante do 2°
anno de mathemathica da Acade-
mia Polytechnica.
Este rapaz, de 18 annos, era fi-
lho do proprietário d) «Hotel Lis-
bon°nse». , .
Toda a família occupava dois
camarotes de segunda ordem. Sal-
varam-se tres filhos do proprietá-
rio do «H »tei» e uma outra meni-
na que as acompanhava.
Manuel Garrido pagou com a
vida a sua dedicação. T;nha ja
salvo algumas pessoas de família
outras poiém lhe faltavam ainda.
Mas o incêndio attingira a maxi-
ma intensidade; era uma temeri-
dade arrostar com as chamraas.No
entanto o desgraçado não olhou
ao perigo e entrou de novo no
theatro.
Não tornou a sair.
Carmen M rateiro Amoedo e sua
filha Emilia Garrido Monteiro.
Francisco Ferreira Gomes, es
crivão da regedoria da Victoria,
sua mulher Maria da Gloria Pinto
Cruz, e seu pae Francisco Ferrei-
ra Gomes. .
André Pina, antigo cocheiro do
conde da Trindade, seu filho
Toiago e sua filha Philomena.
(Occupavam o camarote n° 14 da
3 • ordem. A mulher de André
endoideceu ã procura do marido
e dos filhos).
Amelia Teixeira, parteira darua
do Costa Cabral, sua filha Maria,
seu filho Joaquim, e um hospede
chamado Domingos.
Duas senhoras moradoras na
rua das Fontainhas, cujos nomes
se ignoram.
Maria de Figueiredo, esposa do
aspirante postal João de Figueire-
do, sua filha Alice, de 3 annos de
edade, sua sogra Maria da Concei
ção Figueiredo, e seu pae, Miguel
Augusto Teixeira.
Maria Augusta Brilhante de
Moura, esposa do aspirante pos-
tal Eduardo de Moura, e sua filha
Monica, que estavam no camaro-
te n.° 5 da 3 a ordem. M ura e o
seu collega Figueiredo salvaram
se por estarem na platéa.
Um cunhado e uma canhada do
actor Firmino, e a sogra d'este
actor, além de sua filha Cecilia,
de 9 annos. .
Luciana Cilia Salgado, irraa do
jornalista sr. Heliodoro Salgado.
Esta senhora era filha do falle-
cido escriptor portuense Eduardo
Augusto Salgado. Estava n'um
camarote. O irmão correu a pro
curai-a. Trouxe-a até uma certa
altura da escada, mas ahi uma
onda de povo separou os. Nane»
mais poderam encontrar-se.
Antonio Lopes Soares, escrivão
supplente do bairro Oriental.
José Fontella, e sua creada Ma
ria Carolina.
Carlota Amelia Teixeira, Elisa
Cirne, Maria Carlota Silva e Joa-
quim José Teixeira, todos paren-
tes do sr. Eduardo Alves, pro-
prietário da typographia Elzevo
riana. . 2u . .
Uma irmã do major Teixeira de
Vasconcellos, de iufanteria 6.
Guilherme Louzada, estudante
da Academia Polytechnica. la par-
tir para o Brazil. Seus paes resi
dem na praia de Ancora.
José d'Almeida Costa, ourives
da rua do Bonjardim, sua mulher,
dois filhos e dois ofilciaes. Estava
na 2.a ordem; quando vio o fogo,
acudiu a outro camarote de 3.a,
onde tinha uma filha, junta com a
família do actor Firmino, e janão
poude voltar.
Luciano Gomes de Barros, es
tudante do lyceu. A's 9 horas da
manhã, uma irmã d'este estudan-
te vagueava era torno do local do
incêndio n'uma afilicção conster-
nadora.
Francisco Ferreira Junior, sua
esposa, pae e sogro.
Theodolindo de Jesus, seu filho
e sua nora.
Estevam* Baptista, typographo
da «Actualidade».
Uma família hespanhola, re-
cemchegada ao Porto, e composta
de 4 pessoas.
Antonio da Bocba participou á
auctoridade que lhe falta um fi-
lhinho de 7 annos; até agora, a
creança não appareceu.
Custodia da Silva, a «Mulher-
Homem», casada com Antonio
Joaquim da Silva Junior.
Este individuo arrastava pelo
braço a esposa, para tiral-a do
theatro. Ella cahiu. Elie, julgatoio
que ella se houvesse já levanta-
do, continuou arrastando uma ou-
tra senhora, que, chegando á rua,
reconheceu não ser sua mulher.
Zepherino José da Cruz, ouri-
ves, estava na 3 a ordem; esta fa
milia pereceu toda, menos uma
creança, neta de Z-^pherino, que
foi atirada da varanda do theatro
e recebida n'urn capote por dois
indivíduos.
João Pinto Ferreira, 34 annos.
Severo de Carvalho, 26 annos,
suas cunhadas, e sua filha.
Francisco José Soares, de 80
annos, hospede de Garrido, dono
do «Hotel Lisbonense».
Maria da Gloria, de 20 annos,
uma filhinha de tres annos, e o
pae de M.ria da Gloria, de 70
annos.
Antonio Peixoto, soldado da mu-
nicipal. Foi ao theatro procurar a
mulher. Morreu victima da sua
dedicação.
Professora Etelvina Jalía de Mi-
randa. .
Joaquina, filha de José Maria,
chefe da estação de Foz Tua.
Agostinho Guimarães e sua mu-
lher, Marianna, empregados do
theatro, bem como a costureira
Dolores e a corista Abelarda, am-
bas bespanholas.
#
O homem que alugava binocu-
los no theatro morrea também. O
seu cadaver, negro e dilacerado,
foi encontrado suspenso d'uma
viga.
Como é impossível reconhecer
os cadaveres, vae fazer se um
mausoléu em que serão deposita-
dos todos os restos mortaes en-
contrados no entulho.
Uma mulher morreu agarrada
á filha, e de tal fórma que foi im-
possível separar os dois corpos.
On que puderam ssl-
var-se
O sr. Vicente Rodrigues que,
na confusão, tinha perdido um ne-
to, corria doudamente de ura para
outro lado em busca d'elle, (guan-
do por fim um policia lhe disss
que se achava em um estabeleci-
mento fronteiro.
E' impossível descrever a ale-
gria que o pobre avô sentiu n'a-
quelle momento, precipitando-se a
abraçar o ente querido, que julga-
ra perdido para sempre.
•
O actor Firmino, que não sabia
d'uma filhinha que estivera no
theatro, andava também procu-
rando-a por toda a parte, ainda
vestido de «rata», n'um desespe
ro enorme, chorando como uma
creança. O pobre artista inspirava
realmente pena, tal o estado de
consternação einque estava.
O sr. J ão Cascaes, cavalheiro
muito conhecido em Lisboa, e sua
família, que estavam no camarote
de l.a ordem n° 7, em frente da
saída onde convergiam todas as
escadas dos corredores,—pois que
a entrada da rua de Santo Anto
nio era ao nivel dos camarotes de
i.B ordem—já saíram com diffi
culdade para a rua.
Um parente proximo d'uma das
victimas. Custodia da Silva, a
«Mulher-Horaem», que com ella e
mais pessoas estava n'um cama-
rote de segunda ordem, e que se
perdera da sua companheira no
meio do tumulto, gritava choran-
do á porta do theatro: «Quem a
salva, quem a salva? Dou lhe o
que quizer!»
O seu brado de nada valeu, in-
felizmente!
•
Appareceu o policia que se jul-
gava morto.
Manual Joaquim Pereira, de 56
annos de edada, viuvo, sapateiro,
e morador na rua do Bomjardim.
Tinha a peraa direita quebrada
pelo terço inferior, e fracturas nos
ossos do pé do mesmo lado; a
fronte e faces queimadas; apre-
sentava outros ferimentos produ-
zidos por vidros, o que demonstra
que para se salvar, teve que rom-
per por alguma jrnella. Estava
em um camarote de 3.a ordem, e
parece que passou para o salão
do lado da rua de Santo Antonio,
atirando-se d'alli a rua.
Falta-lhe uma sobrinha que se
suppoe que ficasse no theairo, e
talvez fosse victima do incêndio.
Hermínio Paulino Cardoso, 22
annos, solteiro, chefe da estação
telephonica e morador na rua do
Mousinho da Silveira. Tinha quei-
maduras na face e mãos. E»tava
era camarote de 2.a ordem com
cinco pessoas da sua famila. O
seu estado de espirito apresenta-
va í-ymptomas de grandes per-
turbações. Tinha momentos lúci-
dos, mas por vezes dizia palavras
iocoherentes. sem nexo, de um
verdadeiro desvario.
Antonio da Rocha, sua mulher,
e uma creança de sete annos. Ti-
nham feridas no peito, rosto e
nas mãos. Os ferimentos da mu-
lher são graves no rosto e no pei-
to. Ficou em tratamento no hos-
pital. A esta família falta um filho
de sete mexes.
Angelo da Silva Carvalho, que
foi marcador no hotel de Paris
durante 8 annos,actualmente por-
teiro dos camarotes de 3." ordem
do Baquet Ferido na cara e mãos,
em virtude de exposição ao ca-
lor. Foi salvo pela varanda do
theatro que dá para a ma de San-
to Autonio.
O actor Prata, que ficou ferido
no rosto e mãos.
D. Amelia Dias Lopes, morado-
ja em frente do Palacio da Crys-
tal, achava-se nas varandas. Foi
salva por um soldado da guarda
municipal, ficando ligeiraramante
queimada no rosto.
Doaria da Silva Cardoso, mo-
radora no Mousinho da Silveira,
lambem queimada no rosto.
A prima da mesma senhora, D.
Zulmira Fernandes Cardoso, mui-
io queimada no rosto e nas mãos.
Estas tres senhoras receberam
os primeiros curativos na Phar-
macia Central, e foram salvas
por alguns corajosos indivíduos
que apesar do fumo, entraram re-
solutamente nos corredores.
Da3 sacadas do salão, uma se-
nhora, louca de terror, agitava nos
braços uma creancinha, preparan-
do-se para a lançar á rua.
Gritaram-lhe então: «Suspenda,
suspenda!» E fazendo-se uma es-
pécie de rêie com casacos e so-
bretudos, que vários indivíduos
seguravam, a pequenita foi assim
aparada e salva talvez d uma mor-
te certa.
A mãe foi tirada depois, bastan-
te queimada no peito.
Um dos mais distinctoí profes-
sores da orchestra do Baquet, o
sr. Antonio Canedo, passou tran
ses para sair do theairo. Sobra-
çinlo o seu vioiinoi encaminhou
se pelo corredor na direcção da
porta da rua do Sá da Bandeira,
mas, encontrando se cora uma
multidão que corria doidamente
em sentido contrario, foi quasi que
levantado ao collo e guindado pela
escadaria para o átrio da rua de
Santo Antonio. Ahi, julgando-se
completamente salvo, fez como
toda a gente: correu para a porta.
Subindo, porém, sentiu se agarra-
do pelas pernas e immediatamen-
te caiu ao chão.
O que se passou depois é fácil
de imaginar. O estimável violinis-
ta foi pisado pela onda tumultuosa
do povo que s .ia, e de certo mor-
reria esmagado se um policia o
não arrancasse para fóra. Entre-
tanto ficou muitíssimo contundido,
como é natural.
O illustre escriptor Agostinho
Albano teve egualmente de luctar
com grandíssimas dificuldades
para sair do theatro.
O respeitável e opulento capita-
lista sr. Ignacio Pinto da Fonseca,
que estava com «sua família n'um
camarote de l.a ordem, foi derru-
bado na occasião em que saiu pa-
ra a rua, soffrendo algumas pisa-
dellas.
Uma das pessoas que mais
promptamente e mais facilmente
se retiraram do theatro foi o *r
Lugan. firma Lugan & Gene-
lioux, e que se encontrava, com
sua esposa, n'um camarote de i.a
ordem, da frente.
O guarda-portão do átrio da rua
de Santo Antonio, de nome Pi-
nheiro, e pae do actor França,
soffreu grandes contusões, pois na
fuga caiu por uma das escadas
em espiral que communicam com
o restaurante do theatro.
bocado de uma argola de ouro;
n'uma algibeira de fazenda en
contraram-se lhe 30 réis, amen
d >as e nozes.
6a—Um tronco de homem mui-
to mutilado.
7 a-Um tronco de mulher.
8 a—Differentes restos huma-
nos, como cabeças, braços, per
nas.
9 a— Parte de um tronco huma-
no muito disforme.
10.a—Um tronco de homem,
junto do qual foram encontrados
21500 em prata.
11.a Um tronco de mulher
muiio escalavrado.
12.a—Ura tronco de mulher,
apresentando um botão de metal
bronzeado com a figura de uma
corça.
13."—Cadaver de um homem,
encontrando-se lhe próximo uma
bolsa de prata com 2$ 100
14 a-Um tronco e differentes
restos humanos.
15a—O cadaver de uma mu-
lher, proximo da qual foi encon
trada uma argola de ouro.
16.a—Differentes cabeças e ou-
tros despojes humanos.
17a - Um tronco de mulher.
18.a Restos humanos.
19a—O cadaver do ourives J )-
sé da Silva Fontellas, que alguns
| indivividuos reconheceram por
uns restos do fato escapos á vo-
racidade do fogo. Não apresenta-
va a cabpçi.
20a —U«li tronco irreconhecível
mas que parecia ser de mulher.
21a—Um corpo de homem.
22a—Ura tronco humano e dif-
ferentes restos humanos.
23a—Idem idem.
24 a—Cadaver de um homem,
ao qual se encontrára perto um
relogio de prata com o n ° 26,224
e que ainda trabalhava, corrente
de prata, 10 réis e uma chave de
porta.
25.a—Dois corpos hnmanos hor-
rivelmente mutilados.
26.a—O cadaver de uma mu-
lher, tendo uma creança ao collo,
mais tres corpos disformes e ain-
da o tronco de um homem e parte
das pernas. Proximo foi encontra-
do um pequeno binoculo.
27.a—O trunco de um homem
sendo encontrada proximamente
uma gazua.
28â—Seis troncos humanos
muito disformes.
29a—Um tronco de mulher, que
apresentava restos de um agasa-
lh de casimira preta forrado de
flanella preta e branca. Proximo
foi encontrado um pequeno bino
culo.
30.a—Tres corpos muito mutila-
dos, parecendo que um era de
mulher. 31 «—Tres troncos com grandes
mutilações.
32 a—Massa informe constituí-
da por differentes fragmentos hu-
manos.
• uneraes
Para o cemiterio
Eis a triste relação das macas,
durante o dia de quarta feira que
sahiram em carros funsrarios pa-
ra o ceraiterio de Agramonte, com
despojos humanos:
1.a— Um tronco de homem:
apresentava collete e camisa, cai-
bas de casimira de xadrez de cor
com forros de flanella preta. Foi-
lhe encontrado nra relogio de Ou
ro com o n ° 6384, parado nas 3
horas e 18 minutos e bem assim
uma medalha com uma ferradura
de nikel.
2.a—Um tronco de mulher, ves-
tindo um corpo de flanella e ja-
queta cor de café.
3.a—Um tronco de mulher com
parte dos braços, vestindo um
saiote de flanella branca e um
vestido de fazenda cardinal.
4a—Um tronco de homem qua-
si irreconhecível.
5 «*-Uma mulher, trajando um
saiote de flanella preta e cardinal,
casaco de merino preto com bor-
dados de torçal, vestido de fazen-
da côr de castanha, tendo-lhe sido
encontrados: a chave de uma por-
ta, restos de uma manilha e um
Realisam se hoje á noite os fu-
nerais das victimas do incêndio.
Assiste a camara municipal, e
toda a imDrensa portuense.
A manif stação por parte do pu
blico deve ser imponente.
Manifestação
de sentimento popular
O povo apredrejou as janellas
da direcção das obras publicas,
que estavam illuminadas, por en
tender não dever haver ali qual-
quer manifestação de alegria, de-
pois de tão horrível catastrophe.
Logo que o continuo ua repar
lição apagou os candieiros acal-
maram-se os magotes que tinham
apedrejado as janellas.
Numerosas lojas de coramercio
ainda hontem se conservaram fe-
chados.
O povo tanto da cidade como
dos arrabaldes fora em grupos,
junto do local do sinistro e no ce-
miterio de Agramonte pranteando
clamorosamente as victimas.
A's duas horas da tarde de hon-
tem, segundo um telegrarama que
recebemos, era difficil o transito
no cemiterio de Agramonte e suas
immediações.
O rescaldo—O desentulho
O rsscaldo ainda dura, o desen-
tulhulho principiou ás 6 horas da
tarde de ante-hontem, sob a di-
recção de engenheiros, e conti-
nuou toda a noite, procurando-se
os cadaveres, á luz de archotes,
i cujo numero se calcula ser supe-
rior a cem. Até hontem de tarde
foram conduzidos uns cincoente,
reduzidos a massas informes, pa-
ra o cemiterio de Agramonte.
Ao cemiterio de Agramonte che-
gam a todo o momento carros fú-
nebres com despojos humanos.
São escoltados por soldados de
cavallaria.
•
Alguns photographos teem tira-
do vistas das ruinas.
Bombeiro» feridos
O conductor municipal n.° 377,
André Curril, foi apanhado por
uma derrocada, ficando ferido nas
pernas, cabeça e mãos. Deu en-
trada no hospital da Misericórdia.
O bombeiro voluntário, Vianna,
também se feriu, mas ligeiramen-
te.
O edifício
O theatro Baquet tinha seguro
nas companhias «Phenix Hespa-
nhola e Uaion* na qmntia de 30
contos; o estabelecimento do sr.
Maia e Silva, nas companhias «Se-
gurança e lademnisadora»; a loja
de oculistas dos srs. Pinto <fc Mei-
relles, nas mesmas companhias; e
a luvaria do sr. Louis Vicente na
Bonança».
A empreza do theatro Baquet,
não tinha nada no seguro, nem
mobília, nem guarda roupa, nemo
scenario antigo, nem mesmo o que
se estava fazendo para a «Car-
men».
Reconheceu se que o theatro
estava arruinadissimo, ofTerecendo
um perigo imminente.
Inspecção dos incêndios
O in^oector dos incêndios no
Porto ofíhiou á camara municipal
pedindo uma syndicancia sobre as
causas do incêndio e as condições
em que se encontrava o theatro
Baquet.
Família Real
A Familia Real tem telegrápha-
do successivamente para o Porto
pedindo informações minuciosas.
Os artistas do Ka<vuet -
A empreza reuniu-se hontem
para providenciar sobre a situa-
ção dos artistas da companhia que
uo incêndio perderam todos os
seus haveres.
Subscripção em fivor
das famílias das victi-
mas e dos Indivíduos
«fue no incêndio perde-
ram os seus haveres
O sr. Alves Pinto offereceu o
producto do espectáculo que ha
de haver no domingo 4 tarde no
Palacio de Cristal, a beneficio das
familias das victimas do incêndio.
No estabelecimento dos senho-
res Costa Braga & Filhos, na rua
de Santo Antonio, está aberta uma
subscripção publica a favor das
victimas do terrível incêndio do
theatro Baquet. ^
O sr. conde de Franco subs-
creveu com 500^000 réis para as
familias das victimas do incêndio.
w
Trinta cavalheiros portuenses
vão organisar um bando precató-
rio, esmolando para as victimas.
•
No palacio de Crystal vae orga-
nisar-se um beneficio em favor
das familias das victimas.
•
Os j rnaes do Porto abriram
subscripções.
A Associação Commercial do
Porto subscreveu com 1:700£000
réis.
#
Os consulados francez e inglez
já adheriram a subscripção pu-
blica.
#
Depois de ter reunido hontem,
a imprensa do Porto telegraphou
á Familia Real pedindo o seu au-
xilio era beneficio das familias das
victimas.
• •
O eraprezario do theatro do
j Gymnasio destinou a recita da
próxima terça feira a fiyor das
familias da victimas do incêndio
do theatro Baquet, tomando parte
n'essa recita o actor Taborda, que
espontaneamente se associou a tão
sympathica e generosa idéa.
Hontem, logo que c.onstou a no-
ticia, foram marcados muitos ca-
marotes, alguns dos quaes se
achara tomados pelas principaes
famílias.
É nobre e generoso o procedi-
mento. »
Consta nos que o emprezario
do theatro de S. Carlos projecta
dar um beneficio em favor das vi-
ctimas do theatro Baquet.
#
Estão abertas subscripções na
casa de cambio do sr. Antonio
Ignacio da Fonseca; Novo Bazar
i de Paris, rua de Santo Antonio;
tabacaria Allen & Brandão, praça
de D. Pedro; tabacaria do sr. Ar-
naldo José Soares,largo dos Loios;
redacção da «Revista Moderna»,
rua do Almada; livrarias Maga-
lhães & Moniz, Lopes & C.a, e
Lello.
COROAS FÚNEBRES
todos os generos e preços
RETROZEIRO
GRANDE BARATEZA
SEMPRE NOVIDADES
Preços %em eomperenrla
OURIVESARIA menos por cento
RUA AUREA do* conhecido» a(é aqnl
Pelo estrangeiro
Noticias c telegrammas
A naude do Imperador
da Allemnnli*
Espalharam-se, nos ult'mos
dias, noticias verdadeiramente
alarmantes, a respeito do estado
de saúde de Frederico III. Fácil
e>a acredital-as, por muitos moti-
ves. Ura enviado especial do «Gau-
lois» a Berlim, desmente porém
aquel e * boatos, e diz o seguinte
para a folba parisiense, em 18 do
corrente mez:
«Longe de ter peiorado, o im
perador melhorou consideravel-
mente ha tresdias. As noticias em
contrario, teem uma origem fácil
de descobrir
Se não sie a passeio, não deve
isto causar espanto, porque viveu
durante tresmezes em S»n R-mo,
n'uma temperatura de 18 graus.
Hoje, domingo, assistio Frederi-
co HI a mis.sa na capella do pala
cio, acompanhado p-la imperatriz
e por seus til tios.
Depois do officio religioso, se-
gredou ao ouvido de sua esposa
estas palavras:—Rezemos juntos
por eile.
Nào posso dizer que o impera-
dor est'ja curado, mas o fteto é
que nào está irremediavelmente
perdido.»
Viagem da rainha de
log Ip. terra
Londres, 21, m.
A rainlia de luglaterra acompanha-
da pelo príncipe e a princeza Henry
de Battenberp partiu hoje de Windsor
Castle para Porthsnmuh onde em-
barcará no yacht «Victoria and Al-
berta Desembarcará em Cberburgo,
seguindo em comboio especial por
Paris, Modena Turim, Génova e Pisa.
para Florença onde chegará sabbado.
A rainha viaja de incognito sob o ti-
tulo de duqueza de Kent.
CAnaiuenlu principesco
Madrid, 21, n.
0 jornal «La Lombardia», de Milão,
diz que está ajustado e em via de
realisação o casamento do príncipe
real da Italia. Victor Manuel, coin a
princeza Sophia Dorothea, terceira
lllha do imperador Frederico da Al-
lemanha. Os círculos políticos e di-
plomáticos consideram este casa-
mento como nova prova da cordiali-
dade das relações entre a Allemanha
e a Italia.
Itofura dou «elo* no
Danulilo e no Viatula
Madrid, 21, n
A súbita rotura dos gelos na su-
perfície dos rios Danúbio e Vistala
tem occasionado muitas desgraças.
0 gelo está produzindo immensas
inundações na Galicia e na Hungria.
Algumas povoações acham-se com-
pletamente submersas. A cidade de
Szathmar, situada na confluência dos
rios Tisza e Maros. tem soirrido mui-
to. Ficaram lhe destruídos mais de
20J prédios. Receia-se que se repro-
duzam as terríveis inundações de
1879, que arruinaram varias'locali-
dades.
A quefttfão da itnlgaria
Aludi id, 21, n.
Continuam as negociações entre
a Russia e a Austria ácerca da de-
signação do príncipe que ha de subs-
tituir o principe Fernando de Cobur-
go no throno da Bulgaria. A Austria
e. a Italia accederão aos deseios da
Russia. Espera-se que o príncipe
Fernando deixará o throno búlgaro
cedendo ao convite da Austria.
Incendiou am theatroA
Madrid, 21, n.
A «Época», de Madrid, occupando-
se do incêndio do theatro do Porto,
reclama do governo espanhoí e das
suas auctoridades que obriguem as
empreses theatraes a pôr os seus
edillcios em condições de seguran-
ça contra o fogo, estabelecendo n el-
les a illuminação electrica com os
motores em edificio separado, tor-
nando incombustível o scenario, e
adoptando outras medidas de tran-
quilidade para o pub'ico.
O Imperador Frederico
Berlim 21. í.
O imperador Frederico passou bem
a noite. Vae recobraudo forças A
Gazeta Nacional» nega que os me-
dicos pensem em fazer nova opera-
ção.
A viagem de Carnot
* Paris, 21y n.
Nada está ainda resolvido sobre a
data e o intinerario da ida eventual
do sr. Carnot ao norte.
A queniao Boulanger
Paris, 21, n
A juncta boulangista chamada da
protesto nacional retirou a candida-
tura do general Boulanger e suspen-
deu a sua acção eleitoral, afiectando
querer assim tirar ao governo todo
o pretexto para applicar medida
mais severa ao general.
(Havas).
A Avenida
CESAE L mU
Cirurgião dentista
de suas magestades e altezas
Rua do Arnenal IOO
pOLLOCAM-SE dentes desde um
^ até á dentadura completa. Tra-
tamento especial em moléstias de
bocca. 32
Foi hontem o primeiro dia de
primavera, e verdade, verdade a
natureza nào desmentio o len-
dário. O dia conservou se ameno,
com a sua pontinha de negro no
horisonte—ameaça de trovoadas,
que sempre foram próprias da es-
tação.
Na Avenida, onde as accacias
começam a borbulhar os seus go-
mos e as olaias a vebtir-se de ro-
xo, passeiaram a pó e de trem al-
gumas das mais distractas senho-
ras da sociedade Lisbonense.
Agora, com os dias lindos em
prespectiva, nào faltam lá uma só
tarde. /
A exposição industrial
As <ffi:in*s da Penitenciaria
central tem uma exposição pro-
pra, toda sua; os diversos* proda-
ctos da sua industria nào se dis
siminam. A^sim o entendem o seu
ihustre director, e a nosso ver
ra'iitissim » b *m.
Hoje vai pessoa competente es-
colher o local, ria grande rua cen-
tral da Avenid«, e coasta-nos que
tem recomm«ndação para que a
consTucçào s < harmonise, o mais
possível, com o estylo architecto-
nics da Penitenciaria. Bô idéa.
SALÃO
NO
Commercio de Portugal
Realif-a-se no dia 2o do corren-
te, a 1 hora da tarde, a ■matinèe»
em que tomam parte os distinctos
artistas Tarazza e Rocamora, que
tanto enthusiasmo causaram no
theatro de S. Carlos, no concerto
que ahi deram.
Devido ao sr. conde de Daupiás,
poderá novamente o publico ou-
vir esses dois bandurristas que
com toda a arte executam os tre-
chos mais preciosos de musica.
O resto dos bilhetes acha-se
á venda no armazém de instru-
mentos dos srs. Matta & Roiz, na
rua Garrett.
Efipectaculoa
8 h.—Real Theatro oe S. Carlos.
84* recita de assignatura.
Opera—D Branca.
Bailados da Opera.
8 h Theatro no Gymnasio.
As fUhas de Mar a
Ojnlar de mesa redonda.
Presenle e passado.
8 114 h.~ Theatro do Pjuhcipb
Real. »
O crime de Faverne
8 1/4 h.—Theatro dos Rertaura-
dores.
12.» appresentação da troupe Les
Poses Plastiques.
Pela companhia dramatic».
Qu dros vivos tia rua da Prala.
Seguro de vida. 8 1]2—Colysed de Lisdoa.
Variado espectáculo pela nova
companhia equestre.
Jardim Zoologico— Esposição per-
manente d'aiiimaes—Vendas garan-
tidas d'animaes, ovos, plantas se-
mentes. etc., etc.—Recebem-se ani-
maes para deposito—Musica aos
domingos e dias santificados.
Entrada geral 100 réis. -. ~ ■ ■■
Typ. do~"0i;irio~lllustradõ"
T. da Queimada 35
Alberto Lacerda
flHBW CIRURGIÃO DENTISTA
RUA DO OURO N.» 100 1.*) 31
Folha do Commercio
O proprietário da
«Folha do Commer-
cio» publica no do-
mingo um numero ex-
traordinário do seu
jornal que será larga
e gratuitamente dis-
tribuído ao publico, a
fim de destruir qual-
quer m;í impressão
que uma declaração
publicada no «Diário
illustrado», nos dias
21 e 22 de corrente,
assignada por Anto-
nio Dias de Azevedo
Rezende, tenha pro-
duzido no publico.
A demora da res-
posta é devida á falta
de tempo para colher
todos os documentos
indispensáveis para
tal fim; documentos
que são esmagado-
res | tara o auctor da
referida declraação.
Alberlo Diilf
FILlECEt]
R. I. P.
r> 0 B E R T 0 de Champalimaud
^Ffrench Duff, sua esposa Sa-
lustiana Leite Duff. sua filha e filhos,
Roberto Ffrench Dcff, suas filhas e
filho, Caetano Alberto Leite, suas
irmãs e irmãos, teem o pezar de
participar a todos os seus parentes
e pessoas de suas relações, que foi
Deus servido chamar á sua Divina
Presença, seu presado filho, irmão,
neto e sobrinho, Alberto Duff, e que
o funeral terá lugar na sexta feira,
23 de março, pelas 11 hor?s da ma-
nhã. saindo ae .sua casa, 6, pateo
do Tijolo para o Cemiterio Occiden-
tal. 28
GASPAR COSTA
ARMADOR F ESTOFADOR
P. Luiz de Camões
LISBOA
Citação edital
"DELO juizo de direito da 3.4 va- 1 ra d esta comarca do Porto, e
cartorio do escrivão do 3.° officio,
adiante assignado; a requerimento
de D. Amelia Ernestina de Sousa,
solteira, de maior edade, residente
na casa numero 76, da rua do Cru-
cifixo, da freguezia da Conceição
Nova, da cidade de Lisboa, na qua-
lidade de mãe, e em exercício do
poder paternal de seu filho menor
de nome Cesar, correm éditos de
60 dias. a contar da da a da publi-
cação do ultimo annuncio, a cit'«r
todos os afilhados incertos do fatie -
eido ao diante declarado, rodas as
raparigas honestas incertas, todos
os estabelecimentos pios incprlos
d esta cidade do Porto, da de Lisboa,
em "ortugal, e da província de Per-
nambuco, do império do Brazil, e
todas e quaesquer pessoas incertas,
em qualquer logar ou nação, que
sejam residentes, que se julguem
com direito a oppor se a acção ordi-
naria de investigação de paternida-
de illtgitima e ae p-tição de heran-
ça, que a dita requernte promove
contra elles e contra os testamen-
teiros. le^atarios e herdeiros insti-
tuídos no testamento de José Rodri-
gues d Araujo Porto: seguintes: Ma-
ria de .esus Coelno, solteira, de
maior edade, José Marceliíno Peres
Pinto e sua mulher D Rosa Candi-
da da Silva, Joaquim finto da Fon-
seca, bacharel Jo-é Moreira da Fon-
seca, José Antonio Monteiro dos
Santos, José An'onio Alves Rodri-
gues, Bernardo Pereira do Valle, Manuel Antonio Monteiro dos Santos,
a Santa Casa da M'Vricordia, o
Asvlo dos pobres, o Asylo dos me-
ninos desamparados, ao Pinheiro,
freguezia de Campanhã, o Asylo da
primeira infancia desvalida da rua
de S. Jeronymo, o recolhimento das
meninas desamparadas, o recolhí-
meito das meninas abandonadas, o
Asylo do Barão de Nova Cintra, o
Asylo de Villar, a Créche de S Vicen-
te de Paula, os meninos orphãos da
Graça, o recolhimentodas meninas
orphãs de S. Lazaro, o recolhimento
das velhas invalidas, o recolhimento
doF*rro,nas escadas do Codessal, o
Asylo dos entrevados de Cima deVílla
o recolhimento doslazaros e lazaras,
o Hospício dos engeitados, a ordem,
religiosa de Nossa Senhora do Car-
mo, a ordem religiosa da Santíssi-
ma Trindade, a ordem religiosa de
S. Francisco, a ordem religiosa de
Nossa Senhora do Terço e Caridade,
a irmandade do Santíssimo da igre-
ja de Santo Ildefonso e o estabele-
cimento de surdos mudos, todos
d esta cidade; Felicia, filha de Ma-
noel Joaquim Lamas e seu marido
Antonio d'Oliveira, da cidade de
Braga, o Asylo do Campo Grande,
o Asylo do Lumiar, a Casa Pia, o
Hospital de S. José, a Santa Casa da
Misericórdia, Pedro Antonio Ribeiro,
José do Nascimento Lopes e João
Ribeiro Lopes; todos da cidade de
Lisb' a; o hospital portugupz da ci-
dade de P.ecife, na Província de Per-
nambuco no império do Brazil, o
Estabelecimento que tinha o nome «Pa rimonio dos orphãos»» creado
em Pernambuco, com os bens dos
frades da extincta congregação de
S. Filippe N°ry chamados da Madre
Deus, e que foi incorporado na San-
ta Casa da Misericórdia, da cilade
de Recife, quando esta se organisou
na egreja do Paraizo, o Hospital de
D. Pedro segundo em Pernambuco,
incorporado na Misericórdia, o Asy-
lo dos pobres na dita cidade de Re-
cife, a roda dos engeitados, da mes-
ma cidade d; Recife, a Santa Casa
da Misericórdia, da cidade de Olinda
na província de Pernambuco, Manuel
Cardoso Ayres e Joaquim Cardoso
Ayres, residentes em Pernambuco e
todos da mesma Provinci« de »'cr-
nambuco; cuja acção tem por obje- cto os fundamentos seguintes^/*
Que o dito José Rodrigues d'W
jo Porto era natural da freguezia de
Santo Ildeffonso. d esta ni 'sma ci- dade, e ni; rador na rua e freguezia
Ctjdof. i a, onde falleceu no dia
*27 de ju'ho de 1887, no estado de
viuvo, com testamento, sem ascen-
dentes e sem descendentes legíti-
mos, e com testamento cm que de-
clarou que «não tinha filhos illegi-
timo?» que o mesmo foi casado em
primeira e únicas núpcias com D.
Candida Cardoso d'Araujo Porto, e
que, d este matrimonio houve so-
mente um filho, de nome José Ro-
drigues d'Araujo Porto Junior; qae
o referido sua mulher, D Candida
Cardoso d'Araujo Porto, falleceu na
cidade de Lisboa, sobrevivendo-lhe
o dito seu filho, o qual também fal-
leceu em Lisboa, no estado de sol-
teiro, sem descendente algum e sem
ter feito testamento; que o referida
José Rodrigues d'Araujo Porto, no
estado de viuvo, teve relações amo-
rosas com a mesma autora D. Ame-
lia Ernestina de Sousa, com a qual
viveu e d'ella teve um filho que é o
que ella representa por nome Cesa:\
o qual foi baptisado com o nome de
pae incognito, pelo motivo do mes-
mo José Rodrigues d'Araujo Porto,
dizer que nao se apresentava como
pae que era da creança, por moti-
vos particulares, mas quo confessa-
va a toda a gente, assim como a to-
dos os seus parentes ser pae do re-
cemnascido, filho da mesma autora,
com » tudo melhor consta da refe-
rida acção; isto para os tffeitos do
mesmo menor ser julgado filho ille-
gitimo, natural e successor ao dito seu pae José Rodrigues d'Araujo
Porto, e como tal com direito o ha-
ver das pessoas, que as estejam
possuindo, as duas terças partes de
toda a herança do mesmo fallecido,
em pagamento da sua legitima ou
quota parte hereditaria, devendo por
isso as disposições testamentaries
do mesmo autor da nerança, serem
reduzidas por inoffleiosss, illegaes
e nullas, a uma terça parte que é a
disponível, julgando nullo o testa-
mento quanto á disposição das ou-
tras duas terças partes dos bins do
mesmo testador, por ser offensiva
da legitima do dito filho; para que
o venham deduzir até á 3.4 audiên-
cia. que lhes sera assignada na 2.%
findo que seja o praso dos referidos
éditos, e fadarem até final a todos
os termos da referida acção, com a
pena de revelia E cujas audiências
se costumam fazer todas as terças e
sextas feiras de cada semana ás dez
horas da manhã, não sendo dias
santificados ou feriado, porque sen-
do-o, se fazem no dia seguinte á
mesma hora, no Tribunal de Justi-
ça, no extincto convento de S. João
Novo d esta cidade.
Po:to, 10 de março de 1888.
Verifiquei.—//. Pinlo.
0 escrivão. — Z^erino d* Serna,
Quaresma.
Tele ffA m man
No dia da quarta feira o movi-
mente telegraphico oo Porto foi de
V:68o telegramm*s excedidos.
II >ntera foi de 2:300.
Não tinha havido nunca um ta-
manho m>vioiento telegraphico
n'aquella cidade.
POKTO, 22.
Os trabalhos de rescaldo e re-
moção nos descombros continua-
ram de noute á luz de archotes.
Foram encontrados 48 restos car-
bonisados, incluindo n'este nume-
ro porções informes que deverão
ser de mais d uma victima. Só do
Bomjardim e Bairro alto sào 4G
as queixas de familias a quem fal-
ta algum dos' seus membros Ha
muitas queixas d outras ruas. O
actor Firmino alou da Olha per-
deu tres parentes. Appareceu o
policia que se julgava morto.
S.
PORTO, 22, ás 2 h. e 37 da t.
Pelas queixas das famílias, apu-
radas até agora são de 79 vicli-
mas. Dos escombros já foram re-
tirados 63 cadaveres, além de mui-
tas massas informes.
S.
PORTO, 22, ás 9 h. e o m. da t.
Hoje apenas foi descoberto um
cadaver. Term nou a remoção do
!ado da rua de Santo Antonio, co-
meçando do hdo da rua do Sa da
Bandeira, onde se presume en-
contrar poucas victimas mais.
A impr-n-a reúne esta noite no
«Jornal da Manhã», afim de con
cordar n'algum alvitre para mino-
rar as consequências da catastro-
phe. A camara resolveu fazer o
enterro das victimas amanhã, can-
tando-se ás 8 horas um responso
zia capella de Agremonte, com
assistência da municipalidade,
sendo o enterramento feito em la-
;;ar reservado e engindo-se uma
apide commemoraiiva.
No sétimo dia haverá exequias
solemnes na egr^ja da Lapa, suf
Tragando a alma das victimas. A
subscripçãj aberta na chap-laria
Costa Braga esta em OoMoO réis.
Também estão abertas subscri-
pções nas casas Magalhães Moniz,
Antonio Ignacio da Fonseca, Ar
naldo José Soares, Lopes & C.a
Consta que haverá domingo no
Palacio de Crystal um beneficio a
favor das victimas cora o concur-
so dos irmãos Andrades.
Falia-se também n'um bando
precatorio por iniciativa de Gan-
dra, Restier, Cruz e outros.
Parte do pessoal da companhia
de transw.iyo de Guimarães cede-
rá um dia de vencimento a favor
das victimas.
O pessoal da fabrica Nacional
de Tabacos também cede um dia
de vencimentos.
A festividade de hoje nos Con-
gregados resentia-se da concor-
rência por causa da impressão da
cidade.
S.
Xovo Incêndio
Cerca da i hora e meia da tar-
de de ante-hontem manifestou-se
incêndio no primeiro andar do
prédio onde está estabelecida a
chapellaria do sr. Maia Silva, á
Tua de Santo Antonio, motivado
pelas faulas que sahiam do bra-
seiro.
O fogo foi extincto pelos bom-
beiros voluntários e municipaes
que trabalharam com uma agu-
lheta, depois de haverem destruí-
do parte do pavimento do referi-
do andar.
CONDECOMÇOES
Joaqoioi Angoslo da Çosta
FABR1CANTR
fornecedor exclusivo do
MlnftftCerio doa Ne#o-
elo» Edtranielros, Ho-,
cledade defieoffrttpliifti
laslltalo de CoImbrA,
etc*
Com odlcina na roa de S.
Julião, 110, 3.", onde tem
am completo sortimento no
sea género e deve ser dirigi-
da toda a correspondência.
Foi pedida em casamento pelo sr.
Joaquim Maria Alberto Craveiro,
commerciante d'esta praça, a ex.mâ
sr. D. Ernestina Adelaide Rranco
Martins, filha do fallecido sub dire-
ctor da Casa Pia de Lisboa, o sr. Ma
nuel Martins Lourenço, e neta do
antigo negociante da praça de Lis-
boa. o sr. José Caetano Pires Branco.
Curso de ensino livre
Habilitação para exames no lyceu
na próxima época.—Explicações
Rua da Penha de França (á praça
das Flores), n.° 8, rez-do-chão
m » IIH» M l HT*A
High-life
Annivernarlo nafalleto
do Principe da DKeíra
Houve ante-hontem,como dissemos
rec°pção no paço de Belem por oc-
casião do primeiro anniversario de
Sua Alteza Heal o Princepe da Reira. Assistiram Suas Altezas Reaes o
Principe D Carlos, a Princesa D
Amelia, e o priacipesinho ao colio
da sua ama, acompanhado dos
jovens moços fidalgos filhos dos srs.
condes da Ribeira, de Seisal, de Sa
butfosa e do sr. Bernardo Finde lia.
As recepções geraes tiveram logar
por quatro vezes, assistindo além do
ministério o corpo diplomático, os
conselheiros de Estado eíTectivos. os
ministros de Kstado honorários, da
mas camaristas e de honor de Sua
Mrgestade a Rainha, casas civil e
militar de Suas Magestades e Alte-
zas, ofílciaes mores da Casa Real,
cardeal D. Amenco bispo do Porto,
dignitários do cabido, conselheiros
do Supremo Tribnnal de Justiça, go-
vernador civil e presidente da cama-
ra municipal, Associação Commer-
cial de Lisboa, muitos titulares, pa-
res, deputados, generaes, os chefes
e todos os ofíiciaes da commissão de
defesa de Lisboa e da escola de tor-
pedos etc; etc
—A's 8 horas um lauto jantar ao
qual assistiram, além de Suas Alte-
zas, o sr. Infante D. AITonso, duque
de Palmella, conde e condessa de
Ficalho, conde e condessa de Mos-
samedes, conde e condessa de Ber-
tiandos, conde e condessa de Tarou
ca. conde e con lessa de Seisal, con-
de e condessa de S. Miguel, conde
de Sabugosa, conde de S. Mamede,
tenente coronel Novaes Sequeira,
major Duval Telles, capitães Bocage,
B-njamim Pinto e Fernardo Serpa,
offleiaes ás ordens de El Rei.
Durante o jantar tocou a charan-
ga de L- nceiros 2.
Segui-se ao jantar um sarau mu-
sical em que tomaram parte a prima-
dona Theodorini, os cantores Andra-
des e o maestro Maiicineili.
—Antes do meio-dia, Sua Mages-
tade a Rainha, tinha ido ao Paço de
Belem cumprimentar e abraçar seus
augustos filhos e neto.
•
Fazem amanhã annos as ex.™"'
sr.":
D Maria José de Freitas Oliveira.
I). Maria José Chianca.
D. Maria de Andrade Bastos.
D. Maria Adelaide de Mendonça da
Silva.
D. Maria Rozalina d'Albuquerque
D. Maria do Sacramento da Veiga
Mesquita e Castro.
D. Constança de Souza Quevedo
Pizarro (Bobeda)
D. Eugenia Izabel Soares Brandão
Cordeiro Lobo.
D. Antónia Amelia de Souza Arau-
jo.
D. Anna Corrêa Pinto de Carvalho.
E os srs:
João de Sousa Pin'o de Magalhães
D. Pedro de Lencastre (Mcaço-
vas).
Raymundo José de Quintanilha.
José Joaquim Guimarães Pestana
da Silva. Dr. José Maria Holbeche d'Olivei-
ra Trigoso.
Antonio Candido de Portugal de
Faria.
Jorge de Macedo.
José Maria Xavier de Almeida Gar-
rett.
Antonio Arnaldo Almeida Tovar
Guimarães (Bolhão).
Manuel Ferreira Pinto Basto.
»
Regressaram hontem ao Porto o
sr. Ricardo de Sousa Lacerda e sua
ex m« esposa.
—Está na sua casa do Outeiro Real
o sr. Henrique Ribeiro Ferreira d'Al-
buquerque.
—Regressaram de Madrid, os srs.
Pedro Ignacio Lopes, e Alfredo
Cruz. #
Tem passado bastante incommo-
dada. o que muito sentimos, a ex.®«
sr.4 D. Alice de Carvalho, esposa do
illustre professor o sr. Moraes d'Al-
meida.
Fazemos votos pelas melhoras da
illustre senhora
—Tem passado incommodado o
sr dr. José Novaes, deputado da
nação
Felizmente não é incommodo de
gravidade.
—Tem estado de cama e acha-se
um pouco melhor o sr. Antonio Maria
Daniel.
Failed mento
Falleceu hontem ao meio dia,
na sna casa na calçada dos Cae-
tanos, o sr. José Pinheiro Bronho-
sa, tio do nosso amigo e visinho o
sr. José Pinheiro de Mello.
O sr. Bronhoso foi um nego-
ciante honrado, e deixa uma avul-
tada fortuna, devida a uma vida
laboriosa.
A toda a sua familia enviamos
os nossos sentidos pesames.
Pequenas noticias
Tomou posse de juiz de direito
em Mangualde o sr. dr. Mello, trans-
ferido de Cintra.
—Jean Richepin acaba de con-
cluir uma peça em 3 actos, em ver-
so, «0 Flibusteiro», para a Comedia
Franceza.
—Chegou muito cognac de Bor-
déus no vapor «Auguste Consei.'».
CIABIO líiLUWmii^
José Pinheiro
Bronliosa
FALLECEU
R.I.P.
Maria Joanna Teixeira Bro-
ohosa, Hlarcoliiia dos Anjos
Teixeira de Mello, seu mari-
do Josí Pinheiro de Mello e
seus filhos Maria Lniza Pi-
nheiro de Mello, Francisco
Maria Pinheiro de Mello. Car-
los Miguel Pinheiro de Mello.
João Pinheiro de Mello, Fer-
nando Pinheiro de Mello, Ma-
ria José Teixeira Nogueira,
seu marido Antonio Joaquim
Ãívts Nogueira (ausente) e
sua lilh» Eugenia Benedicta
da Conceição Nogueira, Maria
Thereza d'ibronhosa e Mello,
Amelia Benedicta de Mello e
seu marido José Marques de
Barros, I uiza Augusta de
Mello, Leandro Pinheiro de
Mello e sua mulher Carolina
Amelia Dias de Mello, cum-
prem o doloroso dever de par-
ticipar âs pessoas de suas fa-
mílias e relações o lallecimcn-
to de seu presado marido,
pae, a»ô, irmão e tio, José
Pinheiro Bronhosa, o qual ha
ué*ser conduzido da sua casa
da rua dos Caetanos n.° 19,
ao cemiterio occidental, hoje
23 de março, pelas 4 horas
da tarde, esperando que hon-
rem este acto com a *>ua pre-
sença.
s—
DE PASTIL»**..
As Dorea de Estomago
' MHgeatáea difíceis, Constipações, Acidem
SZO EAWDAMHIfT» ClUHADAS COM O KMPRKQO DO
CARVÃO• D' BELLO©
Quer em PASTILHAS; qaer em PÓ.
o p«1a AoademlA d«
• A 1* PA«TILM*I
ledlolxia d«
FABRICAÇÃO
tm PIRIZ, %m Caia do L. FRERE
*OOCLO OB#PASTlUrt^
a SANITAS" K O DESINFEC- O TANTE DA NATUREZA contendo
todos os principio» hyjrienicoa grados noa Pinheiraes e florestas de Eucalyptos, como
J. T. K ao vc no tratado de Mr. C. T. Kingzett sobre " A Hygiene da Natureza." * il O ANITAS" FLUIDO DESIN-
O FECTANTE é de cheiro agradave sem côr, não é venenoso, e não causa nodoa na roupa. il ÒANITAS" FLUIDO DESIN-
O FECTANTE para borrifar quartos, desinfectar roupa, iavur feridas, e gargare-
u'CANIT AS" O LEO DESINFEC- TANTE, para fumigar quartos
aonde ha moleatia, para tractamento de
empigena e rheumatismo, e para inhalaçao de vapor nas moléstias da garganta e do peito. íi Ó ANITAS" • (SIMPLES) para
^ regar ruas, e desinfectar canos, latrinas, etc.
U Q ANITAS" INSECTICIDA para ^ destruir insectos em planta» e
arvores e para lavagem de estufas, li ÚANITAS" PARA LAVAR
^ CARNEIROS, não 6 venenoso e é a lavagem melhor e mais barata que 6e ,
pode obter; branqueja e amacia a la, pro- movendo o seu crescimento e matando todoe os insectos. , li ÚANITAS" POS DESINFEC- X kv TANTES para depositos de lixos,
latrinas, cavalharicas, cazotas de cães, etc. il QANITAS" SABONETES
O PARA TOILETTE, amaciam e melhoram a pelle.
li QANITAS" SABÃO DESIN- O FECTANTE DURO E MOLE,
HAVENDO No. 1 e 2 DE CADA QUALI- DADE, para uso domestico, lavanderia e esfrega geral. ^ U ÒANITAS" SABAO para lavar
cavallos, gado, cães, gatos e des- truir insectos. * li O ANITAS" " GELEIA DESIN-
FECTANTE; FUMIG ADORES; UNGUENTO VETERINÁRIO; POMADA DESINFECTANTE PARÁ MOVEIS. II VJANITAS" FLUIDO DE TOI-
LETTE: PÔS DE TOILETTE; POS PARA DENTES; GASE ANTISEP- TICS ii Ò ANITAS" MEDALHAS
D'OURO, Calcutta, 1883-18»», e Paris, 1885. li SANITAS" O MELHOR E
MAIS BARATO DESINFEC- TANTE, 6 venda em todas as Pharmacias.
Mandam-se attestados de facultativos e pessoas scientiflcas, juntamente com as
direcções para o uso, a quem os pedir. + Agentes: JAMES CAS8EL8 & Ca., Rua do Mousinho da Silveira. 127. 1'orto
Attenção
Aarrendamento cl fim ter-
raw do mtrquez de Val
lado, na Azambuja»
O
Francisco d'Oliveira
Chamiço
FALLECEU
R. L P.
D. Claudina de Freitas
Chamiço, Fortunato Chamiço,
D. Anna dt Freitas Chamiço,
D. Emma Archer Chamiço,
Narciso de Freitas Gu marães,
D. Amelia Chainiço líiesler e
Frederico Biester participam
a todas as pessoas de suas
relações o fallecimento de seu
muito presado marido, irmão,
cunhado e tio Francisco d Oli-
veira Chamiço e que o seu
funeral se hade realisar hoje
23 do corrente pelo meio dia.
sahindo o préstito liinebre da
egreja parochial-de Nossa Se-
uhora dos Martyres para o ce-
miterio occidental.
Não se fazem convites es-
peciaes,
sr. Theodoro José da S Iva,
morador na Azambuja, está
auctorisado pelo dono para arren-
dar estas terras a uma ou mais
pessoas e dar todos os esclareci-
mentos e tratar do arrendamento
e suas condições. 22
Escola Académica
"PM con'ormidade com o artigo
^ 3.° R-gulamento geral dosLy-
ceus as ferias da PAbCHOA come-
çam no dia 25 do corrente e termi •
nam no dia 1 de abril (Domingo de
Ramos a Domingo de Paschoa) Secre'aria da escola Academia, 21
de março de 1888.
Director—Antonio Florêncio dos San-
tos.
Loteria de Madrid
com dois prémios de
14:000$000
Extracção em 26 de março
Bilhete 6*500
Meios 3^250
Décimos $650
Cautellas de diversos preços.
João Candido da Silva
CONVIDA
F:L0 ÍUÍ70 de direito da 4.» va-
ra de Lisboa, cartorio Jacome
correm éditos de 30 dias, a contar
da publicação do segundo e ultimo
annuncio, citando os credores e le-
gatários desconhecidos, ou resi-
dentes fora da comarca, para den-
tro daquelle praso, deduzirem os
direitos que tiverem no inventario
orphanologico por obito de Joaquim
Duarte, fallecido em quatro de de-
zembro de 1882 na Rua de Rilhafol
les n.° 13 Io andar, freguezia da
P-na d esta cidade, e de que é in
ventariante a sua viuva Julia Au-
gusta Cordeiro, pena de revelia.
0 escri'ão
Jeronymo Augusto Carvalho
Viste—Sousa Couceiro.
Capsulas de Quinina
do PELLETIER
Hoje não ha quem ignore que Pelletier e o inventor da
Quinina e que a sua marca de fabrica foi adoptada por todos
os medicos, por ser inteiramente pura, contra as Enxa-
quecas, as Nevralgias, os Accessos <le
f"et>re, contra febres intermittent es e palu-
dosas, a gota e rheumastísmo, e os snores
nocturnos. Cada capsula, da grossura de uma ervilha,
contém 10 centigrammas de sulfato, e nella lê-sey^N
PELLETIER. Estas capsulas tem acção mais promptafrcuiraR)
e mais segura do que as pilulas e confeitos, e engo->^^/
lem-se mais facilmente do que as hóstias.
Vendem-se em frascos de 10, 20, 30, 100, 200, 500 e 1,000
capsulas. E' o tonico mais poderoso que se conhece. Uma cap-
sula somente representa um grande copo de vinho de quina.
Deposito em PARIS, 8, rue Vivienne
a nas prlnclpaes Pharmacias e Drogarias.
IMPORTANTE!
/tOM o fim de resolver completamente a duvida, que em tempo se
^ suscitou, sobre a classificação da madeira dos colchões americanos,
comparada com a de um producto semelhante, de fabricação ingleza, foi
o Consultorio Geral de Engenharia encarregado de proceder ao necessário
exame nos respectivos exemplares, e d elle se conclue que toda a arma-
ção do co!chão americano é composta de madeira de 1.» qualidade, co-
nhecida seb o nome de CAMA ALBA, A'utt, a mais estimada das caryas
americanas, e denominada nos Estados Unidos da America, Shell-Bark
Hickory; ao passo que se verificou ser a madeira que entra na construc-
ção do colchão inglez, toda PINllO, a quai é conhecida pelos di Aferentes
nomes de pinho amarello% pinho leuro, pinho do siU, e ainda ou-
tros, entre nós de menos nomeada.
Em presença de tal resultado, o publico avaliará da importancia e me-
recimentos de cada um dos mencionados artefactos.
0 colchão inglez que foi subnuttido á analyse, cujo resultado acima
se menciona, está em exposição publica no deposito dos colchões ameri-
canos de arame de A J. de Figueiredo, únicos importadores. 215, Bua
da Prata, 217. 9
la. Paiva
Cirurgião-dentista
Travessa da Assumpção
103. 1.° andar 8
Para o Ceará
[aranhão e Pará
ANIONiO Rosario dos Santos,
com estabelecimento de ge-
neros alimentícios, ac»ba de rece-
ber o puro vinho de Villa Alva, da
lavra do ill.®0 sr. José Bernardo Pe-
reira. Vende se a retalho e aos al-
mudes de 17 litros, posto (m casa
da consumidor, Rua da Lapa, 77,
efronte da igreja. 7
Para Londres
O vapor
MÃ27
SM
'S
§s.ê ° —v;i o O ; Zj
z cc <
\ o ® * T3
^ CC
v CD
CC o
P3"\^
Receitado por todas as
Celebridades Medicas
nas moléstias do peito,
affecções escrofulo-
sas, anemia, tisica pui-
o © monar, rachitismo.
DEPOSITO GERAL EM PARIS
5 3 21 ,fí.du Fs-Montmartre
e em Portugal nas prin-
cipaes Pharmacias, onde
encontra-se também o
Vinho de Coca de
Chevrier, o melhor e
o mais efficaz de todos
os reconstituintes.
3 8"o
f
7
Banco Nacional Ultramarino
rTEiND0 falkcido hontem 21 do corrente, o sr. conselheiro Francisco 1 d Oliveira Chamiço govprnador do Banco Nacional Ultramarino, a
gerencia e conselho íi c&l do mesmo Banco, participam este doloroso
acontecimento as pessoas de sua tmisa^e e relações, para o fim de
acompanhar o préstito que sairá ámanliã, 23 do corri nte. pelo meio dia
LONDON
te.
Espera-se sabbado 24 do corren-
Para carga e passagens trata-se Sodré. 64. 1. no Caes do Sodré, 64,
Os agentes
K. Pinto Rosto & C.
Compagníe
DES
Missa
If ARIA Eliza Amelia Gomes dos
neis da Costa, participa aos
seus parentes e pessoas das suas
relações, que no sabbado 24 do cor-
rente, ás 10 horas, na egr< ja de S.
Domingos se ha de rezar uma mis
sa por alma de seu j>resa.io esposo
o conselheiro Sf-bastiáo José da Cos-
ta, agradecendo desde já áquelles
que se dignem de a acompanhar
n'este acto rel« ioso 15
Píira Bordéus
O vapor
Empreza Nacional
Carreira d'Africa
r\ paquete portuguez S. Thomé
sahirà no dia 6 de abr i as
10 horas da manhã para a Madeira,
S. Vicente, S Thiago, Principe, S.
Thomé, Cabinda, Banana, Santo An-
tonio do Zaire. Ambriz, Loanda, No-
vo Redondo, Benguella e Mossame-
des
Passageiros, malas e carpa para
Bissau. Bolama e ilhas menores de
Cabo Verde serão tranvf ridos em
Cabo Verde pari o vapor Bissau.
Paracar^a e passagens trata se
na rua do Ferrtgial de Cima n.° 4.
0 acente
Ernesto George. i4
Para o Pará
Sahirá depois de pouca demora
em Lisboa o paquete inglez nAn-
selm» que se espera de Liverpool em
25 do correute.
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-na Rua do Alecrim, n.° 10
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Chegou e sahirà segunda feira
26 do corn nte.
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no Caes do Sodié, 64, l.#
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O vapor
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buco, Bahia, Rio
de Janeiro, Monte-
videu e Buenos-
Ayres.
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commandite Baule que se espe-
ra de Bordeaux tm 23 do corrente.
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no escriptorio da agencia, travessa
do Sequeiro das Chagas, n.° 1. Os agentes
Torlades tf C.' 5
Sairá depois de pouca demora em
Lisboa o vapor inglez Ambrose que se espera em 26 de março.
Para carga ou passagens trata-se
na Rua do Alecrim 10.
Os agentes
Garland Laidley & C* 4
Para Pernambuco
Directamente
Descarregando dentro
do porto
Sahirá depois de pouca demora
o vapor inglez Editor aue se espe-
ra de Liverpool em 28 de março.
Para carga trata-se na rua do Ale-
crim n.° 10.
Os agentes
Garland Laidiei; tf
Para Gibraltar
O vapor
CADIZ
Espera-se de 22 a 23 do corrente.
Para carga e passagens trata-se
no caes do Sodré, 64, 1.°
Os agentes
E. Pinto Bastos & *.• 1
MEQUINEZ
Espera-se a 23 do corrente.
Para carga e passagens trata-se no
Caes do Sodré. 64, 1 0
Os agentes
E Pinto Basto* C.» 11
Para llordeos
Para o Rio de Janeiro, Montevideu,
Buenos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Callao
SAIR VO OSPAQUET
I -Aconcagua 25 de s
* S0RATA, 9 de mais *J0HN ELDER, 28 de março.
C0T0PAX1,11 de abril.
13
BREMEN
Chega a 21 e sabe segun-
da IVira 20 do corrente.
Pa a carga e passagens trata-se
no Caes do Sodré 64, l.° Os agentes
E. Pinlo Basto tf C.» 10
«•Os rJohn Elder» e «Aconcagua® farão es s paquetes «John Elder» e «Aconcaj
buco e Bahia para onde só recebem malas e passageiro?
ras-se abatimento 4s famílias que riajarem para os \
Rio da Prata.
Na passagem de I.» classe por estes magnifico» *apo
«inho i hora da comida, cama, roupa, etc.
4 bordo ha criados, ccsinheiros portugueses e me<
Para Bordeos, Plymouth e Live
O PAQUETE
ACONCAGUA
Espera-se a 26 do corrente.
Par* carga e p»^»í<ens trata-se com os agentes IV LISR^A I NO POF
Tasco Ferreira A. hnto Batte f C.' €/- w do *orir£—W 10— Largo de S.;
i
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