AH*IttXATUKAtt EM LISBOA -...

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wa Sabbado 25 de nov^oibro da 4893 AH*IttXATUKAtt EM LISBOA 1 mez... 300 réis Annuncios: linha, 20 réis; ria l. â 3 raezes. 900 » pagina, 100 réis; no corpo do Avulso .. 10 » jornal com travessão, 60 réis. Communicados e outros artigos contratacn-se na administracção. S mexes, pagamento adiantado A correspondência sobre a administr ?o de Mello Gameiro Zagallo, Travessa 5, 1.® andar. 1*150 a Rodri- ueimada. EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho Séde da redacção, administração, typographia e impres- são, Travessa da Queimada, 35—Lisboa. vido o almoço em casa da sr D. Emilia Zagallo, seguindo mais tarde os noivos e convidados para o Ho- tel Continental em Lisboa, onde foi servido um lauto jantar, sendo os convidados em numero superior a 30, os quaes retiraram perto das 12 horas da noite, penhoradissimos com a delicadeza dos nobentes. Expediente A uiu jornal Alli da esquin* descompõem- noB... Prosa de caia de toleradas não polia ser d'outra fórraa... Mas ao menos previnam a gen- te. .. Prendam curto... Sim, porque iato da palha subir de preço não é motivo pura cada qual despedir... o que elles sa- bem tão bem... João do Canto e Caatro Silva Antunes, não tendo podido despe- dir-se p?S3oalmentQ dos parentes e pessoas de suas relações, o fàz por este meio, oferecendo o seu limitado préstimo em Lourenço Marques para onde parte. Alzira, pede a teu pae Das Caldas formosa taça Pede, p-íde, vae pedindo Quem porfia mata caça. Armazém Caldense Areo do Randeira, Prevenlmon o* iiosnon entiumvei* assiKnanteft «la província* de que mandámoM para coliruu- <ra án diir^renten ewta çOen poattaeN, on reeibon dan Roan a**ts;natur»N em debito, onde »e po- derão mandar natiNTa- zer, para ns\o lerem in- terrupção na remeawa do nuMO jornal. Lemliramoii «fue a de- mora no pagamento can* na-non graveN transtor- no n e oltriKa a devolu- ção dom recibos que non vem ausineutar a dewpe- r.a don wellon. Sua Magestade El Rei adiou a sua ida a Vendas Novas. llontem andou Sua Magestade, acompanhado do sr. 1) Fernando de Serpa, guiando o seu phaeton na Avenida. Foi hontem muito concorrida pela sociedade elegante a funcção da mo- da no Real Coliseo. Ali vimos, entre outras, as sr." condessa de Thomar e filhas, viscondessa de Taveiro e irmã D. Maria AOtonia, D Maria do Patriocinio de Barros Lima e Almei- da, viscondessa de Alferrarede, mi- nistras da Allemanha, da Bélgica e do Brazil, D. Josepha da Costa Mot- ta, secretaria de -rança, D Marga- rida Chaves dos Santos e Si'va, D. Josephina de Castello Branco R bei- ro da Cunha, D. Laura de Freitas Branco Sassetti e irmã, D Leonor Lobo d'Avila Manuel, D. Amelia Ul- rich, D. Constancia Trigoso e filha, madame Mathias de Carvalh) e (ilha, D. Sophia Pitta e filha, D Clementi- na Conde Saraiva, D. Constança Pac- cini da Camara, D. Regina Paccini, etc. Tiro aos pumbos Hoje As 2 horas, tiro ordinário Sua Magestade El Rei assistiu hon- tem como de costume, á soirèe de moda no Real Coliseo. Sua Magestade a Rainha continuou hontem a estar incommodada de saúde. Sobre mobilias (vão-se ver a casa dos donos). Juro modico. Rua de Santa Justa, 00, 1.° Entram hoje de serviço a Suas Magestades no Paço das .Necessida- des, os seguintes dignitários: Camarista o sr. Marquez d'Alvito, ajudante de campo o sr. Roberto Ivens. Official ás ordens, o sr. D. José d'Almeida. Dama de serviço a Sua Magestade a Rainha, a sr. ft D. Josepha Sando- val de Vasconcellos. Veador, o sr. Antonio de Sousa e Vasconcellos. Reverte e «Faico» partiram com deatino a Lisboa. A respeito d'esta magnifica cor- rida que se realisa ámanhã, rece- bemos es seguintes engraçados versos: E' professor no Carso Superior de Lettras. AmiffO d'Urbino de Freitas, o seu melhor amigo, como elle lhe chamava, é hoja uma das teste- munhas mais compromettedoras para o accusado, porque lhe pede que declare que esteva em sua casa n'uma certa noite que coin- cide com a da remessa da caixa <T amêndoas envenenadas. O sr. Adolpho Coelho entendeu, porém, que não devia satisfazer o pedido do seu amigo que, segun- do consta, embora áspero e pouco communicativo para com toda a gente, teve com elle carinhos e á sua cabeceira velou constantemen- te quando a enfermidade o ata cou. Entendeu, porém, o sr. Adolpho Coelho, invocando Kant, que não devia acceder ao pedido do seu amigo e denunciou o caso á poli- cia. Muitos cenBuram o. Não o f*remos nós. São ca9os de coo8ciencia de que cada qual póie ser juiz e de que se toma completa respon- sabilidade. Mas que grande entbusiasmo Vae ahi com a tourada, Eu, com franqueza, até pasmo, Não se trata de mais nada! Continua incommodada a nobre duqueza de Palmella, a quem Sua Magestade a Rainha visitou. —Continua doente a sr.* D Maria Augusta Pereira da Cunha. —Esta doente o sr. dr. Lamberti- ni Pinto. —Está doente o sr. conselheiro Navarro de Paiva. —Continua experimentando al- livios o sr. Carlos Lisboa. —Está doente a sr.» Baroneza de Berthelinho. —Está restabelecido o sr. coronel Alberto d'Oliveira. chefe de gabine- te no ministério da Guerra. —Está restabelecido o sr. Neves e Castro, secretario do sr. ministro do Reino. ESTORIL, 24, ás 5 h. da tarde. Sahiu hoje a pass-io a Cascaes Í»eia primeira vez Sua Alteza oln- ante D. AÍTonso. Acompanhava-o Sua Magestade a Rainha I). Maria Pia e o ajudante d'ordens Costa. Conhecia-se em Sua Magestade contentamento por ver seu filho quasi restabelecido. Não é tão cedo, segundo consta, a partida para o Pa- ço d'Ajuda, visto Sua Alteza conti- nuar sentindo sensíveis melhoras desde que está n esta localidade. •# Fazem ámanhã annos as sr. as : Baroneza de Santa Cruz. I). Guiomar Torrezão. 1). Amelia Ferreira de Carvalho. D. Maria Sieuve de Menezes. I). Palmyra Martins Pinto de Ma- galhães. D. Ernestina Candida de Espre- gueira. 1). Laura O'Neill Kebe d'Az°vedo. D. Francisca Telles de Barcellos. 1). Helena de Menezes. nas altas regiões, na baixa, entre o povinho, Nos theatros, nos salões, No Suis80, no Martinho ! Até com modos sinistros Alguém me disse n'Arcada, Que om conselho de ministros Se tratava da tourada! » Tem sido grande a concorrên- cia ás bilheteiras da Avenida e os bilhetes desapparecem como por encanto. Pobresa envergonhada v o semestre passado recorre- mos aoa nossos caridosos leitores, 8ollicitando a sua esmola para uma familia composta de marido, mulher e oito filhos, que não tem meios para pagar a renda da ca- sa, e se a braços com a misé- ria. Hoje celebra-se a festa de San- ta Martha, ua sua freguezia, feita pela irmandade do Santíssimo, ha- vendo missa e Te-Deum por ins- trumental e orando os reverendos Costa e Napoleão. Suicídio Cesar Augusto Ribeiro, de 34 annos, casado com Ignez da Trin- dade Ribeiro, pôz hontem termo á vida, enforcando se. Ribeiro era dono d'uma olaria na rua dos Navegantes, 3G. A's 7 horas da manhã, indo a mulher do desditoso ao interior da loja buscar aparas para fazor lume, deparou com o marido enforcado. Ribeiro 8ervira-se d'uma corda que a mulher lhe dera ha dias a guardar. por duas vezes estivera em Rilhafolles. Parece que a falta de meioB foi o determinante do triste expedien- te. Deixa 4 filhos, sendo o mais novo de 4 annos e meio e o mais velho de 11. O obito foi verificado pe'o sr. dr. Luzes. Compareceu o juiz de paz do districto. Procedentes de Hespanha de- vem chegar hojo a Lisboa, varias mercadorias, detidas nas frontei- ras, em vi.ta das ultimas medidas sanitarias, ultimamente adopta- das, e a que se referiu ante-hon- tem o Diário do Governo. A associação dos engenheiros civis portuguezes, por proposta do sr. Perfeito de Magalhães, fez hontem distribuir uma declaração ácerca do roubo das obras publi- cas. O proposito é obstar á propa- ganda de diffamaçâo de que aquel- la classe está sendo iujnstamente victima. E' isto o que aiz o docu- mento a que alludimos. Por portaria de 22 do corrente foi nomeada uma commissão com- posta do capitão de mar e guerra Cypriano Lopes d'Andrade, capi- tão de fragata Caetano Rodrigues Caminha e capitão-tenente Anto- nio José Machado, para dar pare- cer ácerca da conveniência da ap- plicsção dos vspores da Mala Real Portugueza para uso da ma- rinha de guerra. . ADOLPHO COELHO DB Freire - fira viador Fornecedor da Casa Real Typ. o Litographia a vapor Facturas, Bilhetes, etc. Grande fabrica de ca- rimbos, prensa» o ba- lancés e gravuras doa ditos Atelier de gravura em madeira Retratos, paizagens, etc. Impressões de luxo, brazões e monogramas Séde—a. do Ouro JKH Feira da Ladra Sobe brevemente á scena no theatre do Rato a revista do anno de 1893 em 3 actos e 15 quadros, original de Julio Rocha e Anto- nio José Henriques, sendo a sce- nographia d'Eduardo Machado e Jesus, musica do maestro Syna- ria e guarda-roupa de Manuel José d'Araujo. Dizem-nos que a revista, genero muito do agrado das nossa* pla- téas, além d'engraçadis8Íina, tem todos os elementos para constituir um succesao. Na freguezia dos Martyres ce- lebra-se no dia 2 de dezembro of- ficio e missa de requiem por can- tochão pelos irmãos do Santíssi- mo e paroebianos fallecidos. Vão hoje para juizo os presos Joaquim Salvado e Onofre, os quaes são accusados de terem 8ubtrahido 53 kilos de cano de chumbo do ehalet balnear, per- tencente a Trindade Silva & Car- valho, estabelecido na Ribeira Nova. 0s proprietários da Marcenaria 1.° de Dezembro convi- Apesar das misérias e dos abu- dam a sua numerosa clientella e o publico em geral a visitar a sua sós de toda a especie terem dimi- nova exposição permanente, onde se encontram magnificas mobilias nuido em muito, nós achamos que para casas de jantar, quartos de dormir e toilette, etc., e verem que a ellos estão desmedidamente aug- construcção e perfeição dos seus artefactos em nada deixam a dese- mentados, vistos através a nossa lar 08 seus similares estrangeiros. Continusm também a receber en- consciencia d'hoje que seconside- commendas de mobilias completas ou simples moveis em toda a qua- ra para a consciência do passado lidade de madeira, estylos e generos para o que tem pessoal artístico o que o microseopio é para a lupa. completamente habilitado a satisfazer qualquer encommenda com a A nossa epocha apresenta terri maior brevidade possível por preços limitados, em consequência da veis caracteristicoB: desgraça á matéria prima ser comprada em primeira mão, e os artefactos serem sociedade que não comprehende o vendidos por conta propria dos fabricantes sem intervenção de ter- alcance dos preparativos que se ceiro fazem em toda a parte, desgraça á sociedade que vê, como sympto- ma da sua decomposição, augmen tar o perigo anarchista e revolu- cionário onde as associações in- temacionaes vão encontrando um terreno propicio. (La Ré.volte). Casou-se no dia 18 de novembro na egieja .de S. Nicolau, a sr. 4 D. Emilia Adelaide Lobato Pires, com o sr. Antonio Augusto d'Oliveira. Foram padrinhos, por parte da noiva, seu pae e sua tia, e por parte do noivo o sr. José Henrique Leal de Sá. —Realisou-se hontem em Almada o casamento do sr. Jay me Rodrigues Henriques com a sr.* D. Maria Ritta de Moura, sendo padrinhos os srs D. Jose Maria Carlos de Noronha e Antonio Ferreira d'Araujo, e madri- nha a sr a D. Carlota Zagallo Neves de Noronha, assistindo á cerimonia, além ae muitas outras pessoas cu- jos nomes não nosoccorrem as sr." I) Thereza de Noronha e I). Maria Carlota Zagallo; e os srs. José Ga- briel Holbeche Junior, Francisco da Costa Neves e Eugénio da Costa Ne- ves. Em seguida á cerimonia foi ser- Oa olho», sempre que os pui Fitos no astro do dia (Parece que se introduz Tanta luz na phantasia!) Sabem o que acontecia? Fechava os olhos e via Do mesmo modo essa luz! Assim foi essa visão Que tive por meus peccados! Nunca uma breve impressão Em meus olhos descuidados Deu tamanhos resultados! Que é vêl a d'olhos fechados Ainda no coração! Joio de Deus Travessa de S. Pedro, a S. Pe dro d'Alcantara (TABOLETà ENCARNADA) *

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wa

Sabbado 25 de nov^oibro da 4893 AH*IttXATUKAtt EM LISBOA

1 mez... 300 réis Annuncios: linha, 20 réis; ria l.â

3 raezes. 900 » pagina, 100 réis; no corpo do

Avulso .. 10 » jornal com travessão, 60 réis.

Communicados e outros artigos contratacn-se na

administracção.

S mexes, pagamento adiantado

A correspondência sobre a administr

?o de Mello Gameiro Zagallo, Travessa

5, 1.® andar.

1*150

a Rodri-

ueimada.

EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho

Séde da redacção, administração, typographia e impres-

são, Travessa da Queimada, 35—Lisboa.

vido o almoço em casa da sr • D.

Emilia Zagallo, seguindo mais tarde

os noivos e convidados para o Ho-

tel Continental em Lisboa, onde foi

servido um lauto jantar, sendo os

convidados em numero superior a

30, os quaes retiraram perto das 12

horas da noite, penhoradissimos

com a delicadeza dos nobentes.

Expediente A uiu jornal

Alli da esquin* descompõem-

noB...

Prosa de caia de toleradas não

polia ser d'outra fórraa...

Mas ao menos previnam a gen-

te. ..

Prendam curto...

Sim, porque iato da palha subir

de preço não é motivo pura cada

qual despedir... o que elles sa-

bem tão bem...

João do Canto e Caatro Silva

Antunes, não tendo podido despe-

dir-se p?S3oalmentQ dos parentes

e pessoas de suas relações, o fàz

por este meio, oferecendo o seu

limitado préstimo em Lourenço

Marques para onde parte.

Alzira, pede a teu pae

Das Caldas formosa taça

Pede, p-íde, vae pedindo

Quem porfia mata caça.

Armazém Caldense

Areo do Randeira,

Prevenlmon o* iiosnon

entiumvei* assiKnanteft

«la província* de que

mandámoM para coliruu-

<ra án diir^renten ewta

çOen poattaeN, on reeibon

dan Roan a**ts;natur»N

em debito, onde »e po-

derão mandar natiNTa-

zer, para ns\o lerem in-

terrupção na remeawa

do nuMO jornal.

Lemliramoii «fue a de-

mora no pagamento can*

na-non graveN transtor-

no n e oltriKa a devolu-

ção dom recibos que non

vem ausineutar a dewpe-

r.a don wellon.

Sua Magestade El Rei adiou a sua

ida a Vendas Novas.

llontem andou Sua Magestade,

acompanhado do sr. 1) Fernando de

Serpa, guiando o seu phaeton na

Avenida.

Foi hontem muito concorrida pela

sociedade elegante a funcção da mo-

da no Real Coliseo. Ali vimos, entre

outras, as sr." condessa de Thomar

e filhas, viscondessa de Taveiro e

irmã D. Maria AOtonia, D Maria do

Patriocinio de Barros Lima e Almei- da, viscondessa de Alferrarede, mi-

nistras da Allemanha, da Bélgica e

do Brazil, D. Josepha da Costa Mot-

ta, secretaria de -rança, D Marga-

rida Chaves dos Santos e Si'va, D.

Josephina de Castello Branco R bei-

ro da Cunha, D. Laura de Freitas

Branco Sassetti e irmã, D Leonor

Lobo d'Avila Manuel, D. Amelia Ul-

rich, D. Constancia Trigoso e filha,

madame Mathias de Carvalh) e (ilha,

D. Sophia Pitta e filha, D Clementi-

na Conde Saraiva, D. Constança Pac-

cini da Camara, D. Regina Paccini,

etc.

Tiro aos pumbos

Hoje As 2 horas, tiro ordinário

Sua Magestade El Rei assistiu hon-

tem como de costume, á soirèe de

moda no Real Coliseo.

Sua Magestade a Rainha continuou

hontem a estar incommodada de

saúde. Sobre mobilias (vão-se ver a

casa dos donos). Juro modico.

Rua de Santa Justa, 00, 1.°

Entram hoje de serviço a Suas

Magestades no Paço das .Necessida-

des, os seguintes dignitários:

Camarista o sr. Marquez d'Alvito,

ajudante de campo o sr. Roberto

Ivens.

Official ás ordens, o sr. D. José

d'Almeida.

Dama de serviço a Sua Magestade

a Rainha, a sr.ft D. Josepha Sando-

val de Vasconcellos.

Veador, o sr. Antonio de Sousa e

Vasconcellos.

Reverte e «Faico» já partiram

com deatino a Lisboa.

A respeito d'esta magnifica cor-

rida que se realisa ámanhã, rece-

bemos es seguintes engraçados

versos:

E' professor no Carso Superior

de Lettras.

AmiffO d'Urbino de Freitas, o

seu melhor amigo, como elle lhe

chamava, é hoja uma das teste-

munhas mais compromettedoras

para o accusado, porque lhe pede

que declare que esteva em sua

casa n'uma certa noite que coin-

cide com a da remessa da caixa

<T amêndoas envenenadas.

O sr. Adolpho Coelho entendeu,

porém, que não devia satisfazer o

pedido do seu amigo que, segun-

do consta, embora áspero e pouco

communicativo para com toda a

gente, teve com elle carinhos e á

sua cabeceira velou constantemen-

te quando a enfermidade o ata

cou.

Entendeu, porém, o sr. Adolpho

Coelho, invocando Kant, que não

devia acceder ao pedido do seu

amigo e denunciou o caso á poli-

cia.

Muitos cenBuram o.

Não o f*remos nós.

São ca9os de coo8ciencia de

que cada qual eó póie ser juiz e

de que se toma completa respon-

sabilidade.

Mas que grande entbusiasmo

Vae ahi com a tourada,

Eu, com franqueza, até pasmo,

Não se trata de mais nada! Continua incommodada a nobre

duqueza de Palmella, a quem Sua

Magestade a Rainha visitou.

—Continua doente a sr.* D Maria

Augusta Pereira da Cunha.

—Esta doente o sr. dr. Lamberti-

ni Pinto.

—Está doente o sr. conselheiro

Navarro de Paiva.

—Continua experimentando al- livios o sr. Carlos Lisboa.

—Está doente a sr.» Baroneza de

Berthelinho.

—Está restabelecido o sr. coronel

Alberto d'Oliveira. chefe de gabine-

te no ministério da Guerra.

—Está restabelecido o sr. Neves

e Castro, secretario do sr. ministro

do Reino.

ESTORIL, 24, ás 5 h. da tarde.

Sahiu hoje a pass-io a Cascaes

ͻeia primeira vez Sua Alteza oln-

ante D. AÍTonso.

Acompanhava-o Sua Magestade a

Rainha I). Maria Pia e o ajudante

d'ordens Costa. Conhecia-se em Sua Magestade

contentamento por ver seu filho

quasi restabelecido. Não é tão cedo,

segundo consta, a partida para o Pa-

ço d'Ajuda, visto Sua Alteza conti-

nuar sentindo sensíveis melhoras

desde que está n esta localidade.

•#

Fazem ámanhã annos as sr.as:

Baroneza de Santa Cruz.

I). Guiomar Torrezão.

1). Amelia Ferreira de Carvalho.

D. Maria Sieuve de Menezes.

I). Palmyra Martins Pinto de Ma-

galhães.

D. Ernestina Candida de Espre-

gueira.

1). Laura O'Neill Kebe d'Az°vedo.

D. Francisca Telles de Barcellos.

1). Helena de Menezes.

Lã nas altas regiões,

Cá na baixa, entre o povinho,

Nos theatros, nos salões,

No Suis80, no Martinho !

Até com modos sinistros

Alguém me disse n'Arcada,

Que om conselho de ministros

Se tratava da tourada!

»

Tem sido grande a concorrên-

cia ás bilheteiras da Avenida e os

bilhetes desapparecem como por

encanto.

Pobresa envergonhada v

Já o semestre passado recorre-

mos aoa nossos caridosos leitores,

8ollicitando a sua esmola para

uma familia composta de marido,

mulher e oito filhos, que não tem

meios para pagar a renda da ca-

sa, e se vê a braços com a misé-

ria.

Hoje celebra-se a festa de San-

ta Martha, ua sua freguezia, feita

pela irmandade do Santíssimo, ha-

vendo missa e Te-Deum por ins-

trumental e orando os reverendos

Costa e Napoleão.

Suicídio

Cesar Augusto Ribeiro, de 34

annos, casado com Ignez da Trin-

dade Ribeiro, pôz hontem termo á

vida, enforcando se.

Ribeiro era dono d'uma olaria

na rua dos Navegantes, 3G.

A's 7 horas da manhã, indo a

mulher do desditoso ao interior da

loja buscar aparas para fazor lume,

deparou com o marido enforcado.

Ribeiro 8ervira-se d'uma corda

que a mulher lhe dera ha dias a

guardar.

Já por duas vezes estivera em

Rilhafolles.

Parece que a falta de meioB foi

o determinante do triste expedien-

te.

Deixa 4 filhos, sendo o mais

novo de 4 annos e meio e o mais

velho de 11.

O obito foi verificado pe'o sr.

dr. Luzes.

Compareceu o juiz de paz do

districto.

Procedentes de Hespanha de-

vem chegar hojo a Lisboa, varias

mercadorias, detidas nas frontei-

ras, em vi.ta das ultimas medidas

sanitarias, ultimamente adopta-

das, e a que se referiu ante-hon-

tem o Diário do Governo.

A associação dos engenheiros

civis portuguezes, por proposta

do sr. Perfeito de Magalhães, fez

hontem distribuir uma declaração

ácerca do roubo das obras publi-

cas.

O proposito é obstar á propa-

ganda de diffamaçâo de que aquel-

la classe está sendo iujnstamente

victima. E' isto o que aiz o docu-

mento a que alludimos.

Por portaria de 22 do corrente

foi nomeada uma commissão com-

posta do capitão de mar e guerra

Cypriano Lopes d'Andrade, capi-

tão de fragata Caetano Rodrigues

Caminha e capitão-tenente Anto-

nio José Machado, para dar pare-

cer ácerca da conveniência da ap-

plicsção dos vspores da Mala

Real Portugueza para uso da ma-

rinha de guerra. .

ADOLPHO COELHO

DB

Freire - fira viador

Fornecedor da Casa Real

Typ. o Litographia

a vapor

Facturas, Bilhetes, etc.

Grande fabrica de ca-

rimbos, prensa» o ba-

lancés

e gravuras doa ditos

Atelier de gravura

em madeira

Retratos, paizagens, etc.

Impressões de luxo,

brazões e monogramas

Séde—a. do Ouro

JKH Feira da Ladra

Sobe brevemente á scena no

theatre do Rato a revista do anno

de 1893 em 3 actos e 15 quadros,

original de Julio Rocha e Anto-

nio José Henriques, sendo a sce-

nographia d'Eduardo Machado e

Jesus, musica do maestro Syna-

ria e guarda-roupa de Manuel

José d'Araujo.

Dizem-nos que a revista, genero

muito do agrado das nossa* pla-

téas, além d'engraçadis8Íina, tem

todos os elementos para constituir

um succesao.

Na freguezia dos Martyres ce-

lebra-se no dia 2 de dezembro of-

ficio e missa de requiem por can-

tochão pelos irmãos do Santíssi-

mo e paroebianos fallecidos.

Vão hoje para juizo os presos

Joaquim Salvado e Onofre, os

quaes são accusados de terem

8ubtrahido 53 kilos de cano de

chumbo do ehalet balnear, per-

tencente a Trindade Silva & Car-

valho, estabelecido na Ribeira

Nova.

0s proprietários da Marcenaria 1.° de Dezembro convi-

Apesar das misérias e dos abu- dam a sua numerosa clientella e o publico em geral a visitar a sua

sós de toda a especie terem dimi- nova exposição permanente, onde se encontram magnificas mobilias

nuido em muito, nós achamos que para casas de jantar, quartos de dormir e toilette, etc., e verem que a

ellos estão desmedidamente aug- construcção e perfeição dos seus artefactos em nada deixam a dese-

mentados, vistos através a nossa lar 08 seus similares estrangeiros. Continusm também a receber en-

consciencia d'hoje que seconside- commendas de mobilias completas ou simples moveis em toda a qua-

ra para a consciência do passado lidade de madeira, estylos e generos para o que tem pessoal artístico

o que o microseopio é para a lupa. completamente habilitado a satisfazer qualquer encommenda com a

A nossa epocha apresenta terri maior brevidade possível por preços limitados, em consequência da

veis caracteristicoB: desgraça á matéria prima ser comprada em primeira mão, e os artefactos serem

sociedade que não comprehende o vendidos por conta propria dos fabricantes sem intervenção de ter-

alcance dos preparativos que se ceiro

fazem em toda a parte, desgraça

á sociedade que vê, como sympto-

ma da sua decomposição, augmen

tar o perigo anarchista e revolu-

cionário onde as associações in-

temacionaes vão encontrando um

terreno propicio.

(La Ré.volte).

Casou-se no dia 18 de novembro

na egieja .de S. Nicolau, a sr.4 D.

Emilia Adelaide Lobato Pires, com o

sr. Antonio Augusto d'Oliveira.

Foram padrinhos, por parte da

noiva, seu pae e sua tia, e por parte

do noivo o sr. José Henrique Leal

de Sá. —Realisou-se hontem em Almada

o casamento do sr. Jay me Rodrigues

Henriques com a sr.* D. Maria Ritta

de Moura, sendo padrinhos os srs

D. Jose Maria Carlos de Noronha e

Antonio Ferreira d'Araujo, e madri-

nha a sra D. Carlota Zagallo Neves

de Noronha, assistindo á cerimonia,

além ae muitas outras pessoas cu-

jos nomes não nosoccorrem as sr."

I) Thereza de Noronha e I). Maria

Carlota Zagallo; e os srs. José Ga-

briel Holbeche Junior, Francisco da

Costa Neves e Eugénio da Costa Ne-

ves. Em seguida á cerimonia foi ser-

Oa olho», sempre que os pui

Fitos no astro do dia

(Parece que se introduz

Tanta luz na phantasia!)

Sabem o que acontecia?

Fechava os olhos e via

Do mesmo modo essa luz!

Assim foi essa visão

Que tive por meus peccados!

Nunca uma breve impressão

Em meus olhos descuidados

Deu tamanhos resultados!

Que é vêl a d'olhos fechados

Ainda no coração!

Joio de Deus

Travessa de S. Pedro, a S. Pe

dro d'Alcantara

(TABOLETÃ ENCARNADA)

*

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*M/8'»TWADO

Sofismas contra

a dissolução

Vamos, com vagar, responder

a um artigo do Correio da Noite,

recbeiado de sofismas como um

perú empaatufado de tuberaa.

O collega viu no Commcrciodo

Porto que o governo já tiuba re-

solvido a dissolução, e espraian-

do-se em incidentes, chega ao

seguinte período:

«Mas, uma pergunta fazemoa

nós. E' simples, e de fácil respos-

ta. A Coroa já resolveu dissolver

a camara, que apoiou quasi incon-

dicionalmente o seu governo na

ultima flceeao parlamentai?»

Nâo lhe responderemos, por

nossa parte, porque entendemos

que uai joraal monarchico nunca

deve admittir, sequer em bypo-

these, uma interrogação d'esta

ordem.

Se o Commercio do Porto in-

formou que o governo tinha re-

solvido a dissolução, a verdaJe é

que ainda nenhum jornal minis-

terial aflirmou semelhante coisa.

A dissolução tem sido considera-

da por nós como uma necessida-

de para o go/erno, e não como

resolução assente por elle.

São coisas diversas.

De resto elle podia ter resolvi-

do o que bem quizesse, no pleno

uso do seu direito. Admittindo,

Sois, que elle já resolveu pedir a

issolução, em que 6 que isso

oííende a Carta? Em que é que

tal facto destroe ou affecta os

princípios? Onde é que eslá a

doutrina de direito publico ou o

artigo de lei que impede aos mi-

nistérios de tomar resoluções so

bre a marcha da sua politica?

Supponhamos, repetimos, a

dissolução como facto assente

nas resoluções ministeriaes. De

certo que ha de anteceder a au-

diência do Conselho d'Estado,

que por si antecede a decisão fi-

nal de El Rei— a não ser que o

orgão progressista possua algu-

ma tbeoria ou systema, que de-

vem ser engenhosos, para que o

pedido dos governos seja poste-

rior á consulta dos conselheiros

d'Estado e á deliberação real, o

que parece acontecer, pois que

levanta grande celeuma pelo fa-

cto de ter lido na folha portuen-

se que estava assente o pedido de

dissolução— facto contra que se

revolta, considerando-o um at-

tentado, folheando a Carta para

lhe citar os artigos 71.° e 110.°,

como se acaso, na hypothese dos

ministros terem conhecido não

poderem viver com a camará

actual, e serem necessarias no-

vas eleições, isso importasse o

desconhecimento ou a negação de

que o Poder Moderador é a chave

de toda a organisação politica,

para que incessantemente vele so-

bre a manutenção da indepen-

dencia% equilíbrio e harmonia dos

mais poderes, e de que para o

exercício de taes funcções tem de

ouvir o Conselho d'Estado!!

Depois continua assim, dando

uma grande latitude á noticia do

Commercioy que ella não aucto-

risa, a 6m de sofismar a verdade

das coisas:

«Como é, pois, que o governo

anuuncia nos sous jornsea, e aflir

ma pelos seus actcs, que a disso-

lução da camara está já definiti-

vamente resolvida, e que o reipo-

ctivo decreto apparecerá n* pri-

meira quinzena de dezembri ? Não

haverá já poder moderador? Ab

dicou este nos senhores ministro^?

A prerogativa real foi pelo go-

verno confiscada em exclusivo pro-

veito dv-8 buoO conveniências par

tidariub?»

Esla tirada interrogativa tem

ares de família com o celebre

programma de 76, o das investi-

das... Mas deixando isso, per-

guntaremos por nosso lado: onde

é que a imprensa ministerial es-

creveu ou affirmou que a disso-

lução da camara estava definiti-

vamente resolvida? Onde, onde?

Desafiamos o Correio da Noite

a que nos transcreva, um perío-

do sequer, onde essa afíirmaçSo

se encontre explicita. Até, se

quizer, tem ãs suas ordens as

nossas collecções.

De fórma que está a interro-

gar no vacuo! Parece o prior de

Niza,'que oá fazia e baptisava. As-

sim, inventa o que não se escre-

veu, para censurar... o que in-

ventou!!

Sempre é d'uma grande ferti-

lidade imaginativa!.

De resto, comprehendemos-lhe

as intenções. Pretende insinuar

que o ministério se arroga pos

suir a resolução da Corôa autes

delia consultar e decidir oílicial-

mente.; ' : " ' • ' ;

Mas inventa uma falsidade!

Não é o governo que descobre

a Corôa; não somos nós que a

descobrimos, pois que em todos

os artigos e noticias que temos

escripto ainda não deixámos cie

encarar a dissolução como uma

hypothese necessaria á vida do

governo. Quem descobre a Co-

rôa, quem ioveste com as suas

attribuições, praticando uma le-

viandade, mais do que nunca

censurável, é quem a traz para a

discussão da imprensa, em que

só deve apparecer quando, tendo

o governo pedido que sejam dis-

solvidas as camaras, se noticiar

que El-Rei deferiu ou indeferiu a

esse pedido, conformaado-se ou

não, no primeiro ou no segundo

caso com o voto do Conselho

d'Estado. it' 0

Estes são 03 princípios funda-

mentae3 do regimen em que to-

dos parecem querer viver, fu-

gindo-lhes aliás na maior parte

das vez.^s; estas são as regras

classicas, por que sempre no3

guiámos, congratulando-nos até

por haver occasiões em que so-

mos oa unico3 a seguil-as!

Pela politica

e pela administração

Cá temoB artigo solerone do sr.

Teixeira Bastos, philosopho do Se

eido, e aprendiz em generalisação

do sr. dr. Theopbilo. Intitula-se

— Economia domestica.

Vae de longada pelo assumpto

fóra, mas leg* no começo nos

mostra o caroço da philoaophia,

que vem a ser o seguinte:

«A péssima orientação da geren-

cia publica, a partir de 1851, teve

as mais perniciosas e funestas con-

seque cias. Os desregramentos go-

vernamentaes, que trouxeram em

quarenta annos o paiz ao ultimo

grão de abatimento e de ruma, des-

truíram no espirito publico todas as

regras de economia e de boa admi-

nistração, actuaram de cima para

baixo como um factor permanente

da corrupção dos costumes».

Qualquer espirito mediano, ob-

servando melhor e conhecendo cs

episodios da historia patriu, em-

bora menos philosopbieo e menes

generalisador, concluiria que os

costumes nacionaes é quo se r fle-

tem ucg governos, e que isto sem-

pre foi assim, desde o tempo Ce

AfFcnso Ileririquea á era do sr.

Bastos.

Ma§ era preciso insinuar que

os ultimes governos eram oa cul

pados d«8 pandegas o luxoa do

cada qual, e estão o illuatre apren-

diz em generalisações do ar. ar.

Theopbilo... generalises!

pelos Guauabavas que a re

publica brazileira nos exbib.', que

h gente—reconhecendo aliaz ao

Brazil o direito de ae governar

pelo regimsn que melhor enten-

da—, cão toma a serio, pelo mo-

ncB, os eeu3 dirigentes.

Ura vejam oa leitores, o que o

sr. Guanabara que está em Lon-

dres, cíisse a um jornalicta que o

procurou:

—Que o Principi do Grão Pará

terá a sorte de Mnximiliano do

Mexico, isto é, quo será fuzilado.

—Que ainda quando aa poten-

cias turopéaa intervenham, e aia

da quando a America do Norte

não intervenha por outro lado, o

Brazil poderá sustentar o regi

men republicano.

A primeira phrase é de selva-

gem; a segunda é uma hespanho

lada, que excede as mais classicas

ht apanholadaa.

E com estes Guanabarsa que-

rem que a gente tome a serio o

êxito que o regimen republicano

está obtendo no Brazil!

#

# #

Se o Século noa dá licençi, nós

occupamo-noa irs asaumptos aa

politica brazileira como o collega

e os seus confrades ae occupam

doa assumptas da politic* htspa-

nbola.

Se noa dá licença... Se isto nâo

off. nde a liberdade... Se acnao a

e8te nosso oireito se não opposer»

algumas regras e preceitos doa

immortaea princípios...

#

# #

E' absolutamente f^leo que ee

praticasse qua)qu»r act) d.) favo-

ritismo para com o *r. Alonso Go-

mes, pelo facto de ser respeitado

o contracto de nav gação.

Em primeiro logar, este subsis

te, porque dura emquanto ae não

levar o caminho de ferro a Porti

mão.

Em segundo logar, o governo,

obedecendo á prescripçao parla-

mentar, mandou inquirir da execu

ção do contracto por diatinct08 c íii-

ciaea, que informaram que elle era

inteiramente cumprido.

Por ultimo, muito escrupuloso,

o goveruo ouviu a Procuradoria

Geral da Corôa, que por duas ve-

z a consultou no sentido de ae re8

peitar o contracto, para não in-

correr no perigo de 8e pedirem

importantes ind. mniaaçõea.

fi i qui está corno este governo

commette escandalos!

#

# #

A'cerca do sr. conde de Paço

d'Arco8. nosso ministro no Brazil,

encontrámos o seguinte n'uma

carta do Rio de Janeiro para a

SoberQjiia do Povo, do Agued*-:

•N'estes desgraçados

ilido é termos como

46

FOLHETIi

JULES CARDOZE

O SINEIRO

l»E

SAINT-MERRY

PRIMEIRA PARTE

X

Am arutnaft»

(Continuado do numero 7:422)

O sineiro que abria a marcha,

parou diante de uma pedra cuja

altura era 8Uperior á d'elle uns

dois péa.

—Eia noa chegados ! disse elle.

Luiz não pôde reprimir um mo-

vimento de impaciência.

—Apre8§emo-noa ! bradou elle;

por D.us I não percamos aqui um

tempo precioso.

Comprehendo tão bem como tu

o valor do tempo, replicou o ai-

u^-iro, ma8 melhor do que tu sei o

que devo fazer.

—Deve saber então que Mag-

dalena está em poder de um mi-

serável e que é preciso voar em

seu soccorro !...

—Sei, replicou o Bineiro, que

um desgraçado rapaz está em pe-

rigo de morte eéa elle que, an-

tes de tudo, devemos aoccorrer e

procurar salvar 8e for poasivel !

Em seguida deitou as mãos á

pedra de cantaria e ccm uma for

ça hercúlea fez girar aobre si

mesma a massa enorme.

—Agora podes pasBar ! disse

elle sem que a sua voz trahisae o

esforço muscular a que acabava

de entregar-se.

Luiz estava estupefacto.

Obedecendo ao convite do si-

neiro, passou pela abertura que

ficara escancarada pelo desloca-

mento da pedra da cantaria.

Achava-se -agora em uma espa-

cie de pequena plataforma, onde

ap**nas cabiam dois homens a par.

Por baixo d'elle o vacuo.

Luiz hesitava sobre o que ti-

'nha a fazer.

tempos o

que nos tem vaf

nosso representante o sr. conde

de Paço d'Areos O sr. Paço d'Ar-

O sineiro veio em seu auxilio.

—Vhfo imitar-me em tu .to, or-

deuou elle; repara bem onde po-

nho 88 mâoa, onde collcco oa pés.

E foi o primeiro a pssaar, agar-

rando-ae com a8 màoo ás aspere-

zas que se achavam de cada lado

e procurando encontrar com os

péa um ponto de apoio.

Luiz seguiu-o n'aquella desci-

da que não era sem perigo para

um domem [inexperiente neBta

gymnastica.

—Alto ! bradou o sineiro quan-

do sentiu o aolo debaixo doa péa

E recebendo Luiz noa braçoa

nervosos levou-o para alguns p .8-

80s de distancia dizendo:

Vaea esperar-me aqur, porque

é preciso que eu vá fechar o sub-

terrâneo se bem que não devamos

ter receio algum por esse lado.

Ao cabo de alguns instavtea

que lhe pareceram mortalmente

longos, o marido de Magdalena

viu voltar o seu companheiro.

A partir d'aquelle momento o

sineiro ia tentar tudo, em presen-

ça do perigo que Mathurin corria.

Não perdeu tempo em dar a Luiz

explicações sobre o modo por que

cos gtem mostrado (juciidad#s

de caracter e de energia verda-

deiramente superiores. A colonia

deve-lhe immenso pela sua solici-

tude e até rispidez no cumprimento

dos seus deveres.»

Muito mais diz a carta em lou

vor de 8. * x.a, maa aa relações que

noa prendem com o 8r. c nde eão

o motivo por que não transcreve-

mes tudo.

#

* *

Em diita de 22 de corrente es-

creveu o correspondente de Lis-

boa para o Primeiro de Janeiro o

que vai ler se:

«Conflrma-se o que eu lhes disse nas minbas ultimas cartas. Não está

ainda resolvida qual seja a attitude

do partido progressista ante a dis-

solução que se diz estar imminen

te. Desde muito que lhes aflirmei

que o illustre chefe do partido pro-

gressista i ão tomaria uma resolução

definitiva sem ouvir os seus corre-

ligionários mais graduados, isto é,

os pares e deputados do seu agru-

pamento politico.»

Como esta reuuião ainda se não

cehbrou, como ainda não eatá,

portanto, retolvida a attitude do

partido progressista ante a diaao-

Jução, fica a gente auctoriaada a

ju'gar qu ) o n0880 coll^g* do Cor-

reio da Noite, escrevendo contra,

traduz apnnas a < pinião individual

do aeu redactor!

N'este Cfcso o jirotesto geral, se

vaie muito pela qualidade, fiea re-

presentando muito pouco em quan-

tidade!

#

Não sabemos quantos milbares de

vezes será necessário affirmar que

não se trata de eontrahir nenhum

emprestimo, para que termine a scie

dos que audam fazendo grande es- palhafato com uma noticia falsa!

— Conforme noticiáramos, o Diá- rio publicou iiontem o decreto coa-

vu':atorio da camara dos pares para

o dia 29 do corrente.

— Pelo ministério das Obras Pu-

blicas abriu se um credito especial

de 20 contos para pagamento de es-

tudo de estradas, liquidadas e em

divida.

—Um cumulo de patriotismo: por

vias occultas aos profanos foi entre-

gue a Zorrilla a direcção «spiritual

do partido republicano portuguez.

0 hespanhol, emigrado voluntário,

como lhe chamou o sr. conde do

Casal Ribeiro, é quem manda.

—Vai estabelecer se um contracto

provisorio de navegação para os

Açores, aílm de não serem interrom-

pidas as carreiras.

—Foi assignadn um decreto fixan-

do a dotação da Eschola Naval.

—Ileum u Iiontem a comir.issão de

monumentos.

—A linha de Ambaca foi aberta

até kilometro 200. Com o novo tro-

ço deve augmentar muito o rendi-

mento da alfandega de Loanda.

-Reúne hoje, ás 8 horas oa noite, no palacio do sr. conselheiro José

Luciano, a commissão executiva do

partido progressista.

—Pelo ministério da fazenda fo-

ram expedidas ordens para todos os

districtos pagarem o subsidio, aucto- risado pela lei de 29 de fevereiro

de 1892, aos parochos cujos rendi-

mentos ficarem inferiores a 400^000

réis, em virtude da deducçào do

novo imposto de rendimento nos

juros dos títulos averbados aos seus

passaes.

—Registamos: o partido progres- sista não acceita ao partido regene-

rador accordos eleitoraes. Quer a

guerra, mas isto por saber que o

governo, se fizer eleições, respeita-

rá o direito eleitoral, não guerrean-

do ninguém.

Nós é que soubemos o que foi

guerra era março de 87 e em outu-

oro de 89.

Havemos de recordar...

—As provas praticas para o logar

de recebedor da comarca d Eivas

devem ser dadas em !2 de dezem-

bro.

—Consta ao nosso collega da Tar-

de que o sr. dr. Magalhães Lima, di-

rector do Século, projecta abando-

nar a vida politica

era necessário proceder para se

dirigirem á parte daa «Ruinas»

oude elle qua ia chegar.

Contentou se eui dar a inão ao

mancebo, como se este fosse uma

creança, e guiou-o através um dé-

dalo de ghhrias e de passagens

estreitas abirtaõ entre as pare-

de».

Dentro em pouco achavam-se

n'um ten-aç-), do qual a vista abran

gia toda a floresta.

Os dois homens soltaram ao

m- smo tempo uma exclamação di-

lacerante ao verem a devastação

que o fogo fizera em volta das

• Rui ias».

Toda a parte da floresta que fi-

cava próxima dos restos do velho

catitullo, tinha desspparecido. Em

v< z das magnificaa arvores, o aolo

estava coberto de fragmentoã fu-

ra Fintes.

Dir-se-hia'' um enorme braseiro

onde acabavam de Be conãumir os

velboa troncos musgosos, agora

carboniaados.

Aa cbamma8 viam-se ao longe

devastando tudo na aua passagem.

—Onde está a cabana de Clau-

—Reuniu houtem a commissão de

limites.

—A Empreza Colonisadora Africa-

na desistiu do pedido que fez ao

ministro da Marinha, relativo ã ri

fa, e solicitou em substituição que

lhe sejam concedidos adiantamentos

para distribuir pelos seus colonos e

para a preparação precisa das ter-

ras, na importância cslculada dos

I ucros que se presume daria a rifa.

Para garantir o Estado pela restitui

ção, a Empreza assumirá a respon-

sabilidade dos dinheiros adiantados aos colonos.

—Dizem d'Africa que a commis-

são da delimitação com o Congo

francez suspendera os trabalhos de

campo, por causa das chuvas, que

já sào torrenciaes no interior. Os

mesmos trabalhos serão recomeça-

dos em maio do proximo anno.

—Parece que vai ser montada uma

linha telephonica de Cabinda a Lan-

dana.

—0 Campeão das Províncias já Í1 -

gurou por tres vezes no protesto ge-

ral.

Para o seu tamanho, ainda é pou-

co.

—0 Diário publicou liontem a Or-

dem da Armada n.° 21. —0 philosopho sr. Bastos chama

tudo quánto vai ler-se, u'um livro

recente, ao sr. Theophilo Braga: ponto central d'onde irradia lodo o

movimento reorganisador que tende

a substituir os preconceitos catholicos

pelas convicções scienlificas> a cor-

rupeã monarchicr pela moralidade

social a devassidão pela dignidade

domestica.

E mais adiante conta que elle é o

talento, a erudição, o bom senso, a

disciplina menial e o temperamento

de ferro.

O sr. Manuel da Camara, mo-

rador na calçada dn Pedra, en

tregou na esquadra <?e policia na

rua doa Capellistas uma carteira

contendo uma lettra e alguai di-

nheiro, que foi encontrada na pra-

ça do Commercio.

âigisl* it 6«sts

Í-ABBÍCANTO

7®OTn»9*aft*F4:X9l|fi90ftV« at

•fiadadA a*

jpfcfia. d® m

JawfePA» «tai

£ob offieina aa roa <U 9.

Julião, 110,3,°, oode tea u

issipleto sortimeoU co m

pnero « im ser áiri^ids

toda » fornsfiondAiMí.

Professora

Lecciona portuguez, francez e

piano em casa das discipulaa;

curso das meamos disciplinas, re-

digido pelas mesma profetaora,

por preços modicos, habilitaado

para exames. Para tratar carta a

eata redacção a P. A.

Analyse ehimica e uifdiea

De urina, leite, Bangue, etc. La*

boratorio do medico Virgilio Ma

chado. Rua de Santa Juôta, 22.

Dm 1 ás 4 h. da t.

Antonio Paredcu, m« ctico. Coa-

sultorio, rua dos Retrozeiros

n.* 85. Residencia, rua Saariva

de Carvalho, n.° 69.

Luiz Gosta & C.ta

Successor es de

F. A. da Fonseca

Completo sortimento de artigos

de modas da mais alta novid; de.

GO. R. IV. do Aamacía* G2

dio? perguntou Luiz com voz tré-

mula.

O sineiro estendeu o braço na

direcção d'um moute d'entulho de

onde fcahiam de vez em quando

faúlhaa como usa produzir o colmo

que ae consome, quando o v*'nto

penetra na fogueira onde o fogo

eatá latente.

—A cabana de Cláudio era alli!

disse elle.

Um grito de dor e de raiva sa-

hiu da garganta do mancebo. O

sineiro apertou-o nos braçoa e ac-

crescentou:

—Nâo temos que cccapar-nos

doa mortos!... Mathurin já não

existe!

O marido de Magdalena curvou

a fronte.

Ao annuncio d'aquella morte de

uma pessoa que elle conhecera

desde a infancia, o aeu coração en-

ternecia ae.

Súbito levantou a cabeça e bal-

buciou:

—Talvez viva ainda, será bem

certificar nos.

—E' inútil, meu filho.

O sineiro cruzára os braços e

contemplava squeHa placicie de

José Marques Loureiro

Portugal, que é inquestionavel-

mente o «Jardim da Europ.-.», co-

mo disse o mavicao Thomaz Ri-

beiro, ó um retardatário tm flori-

cultura.

Entre nó* ó geralmente des30-

nhecido o que se passa co extran-

geiro a tal respeito.

Na Bélgica, por exemplo, ha a

paixão e o «sport» daa fl3rea.

Na primavera, ca amadores per-

correm ali distancias enormes pa-

ra irem admirar oa formosos gru-

pos do tulipas, e todos os anno8

são lançadts nos mercado nevas

Variedades das mais mimosas flo-

res obtidas pela fecundação artifi-

cial, ou nova8 especiea desconhe-

cidas trazidas de outros continen-

tes por emeritoa «xploradores. Nós

limitamo nos ao passeio aunual da

eepig8, em quinta f ira da Ascen-

çâo, reproduzindo inconsciente-

mente o culto pagão e poético de

Adonis, e os mais arrojados fazem

estacas de roseira em janeiro e al-

porques de craveiro em setembro,

como aconselha a folhinha do pa-

dra Vicente; e oa chryaauthemos

e violett 8 que trazemos ao peito

vamos C0mpral-08 á liavaneza ou

á praça da Figueira.

No norte do paiz nota-ae, porém,

uma primazia na floricultura. Co-

mo no extrangeiro, todoa oa annes

ba ali concuraos de flores; e esta

corrente, que vem do longa data,

deve-ae priucipalm< nto á infatigá-

vel iniciativa do diatincto amador,

o sr Jobé M*rqu's Loureiro, que

soube crear no Porto um estabele-

cimento de floricultura sem rival

na peninsula, o que, coro uma te-

nacidade rara entre nós, fundou

um jornal hortícola primorosamen-

te impresso e desenUado, o colla-

borado pelos primeiros botanicOB

do paiz. Eate jornal foi premiado

nas exposições de Gr-»ud, Bruxellss,

Barcelona, Amsterd> m, etc. O in-

signe horticultor continua sempre

iuctando, como pn p igandistainfa-'

tigaveJ. Além do 8 u bello livro—

«A Horta», já publicado, acha se

actualmente no prélo, tendo já 8a-

hido os dois primeiros volumes,

um novo livro—«O Jardim», que

veio preencher uma lacuua impor-

tante. Esta obra foi gisada segun-

do o plano d»,8 prof«'8»ore8 france-

zes «Decaisne» e «Nau'lin» no

«Manuel de Tamateur d- 8 jardins»,

e de «Vilmorin Audrieux» no livro

— «Lea fleurs do pl iue terr », ten-

do sobre estes a vantagem de con-

ter as observações p»'8soaes do 8r.

Loureiro quanto aos processos da

cultura adaptada ao nosso clima.

Como os horticultores extrangpi-

ros, o sr. Loureiro não ae limita

ao commercio das plantas: produz

plantas novas, verdadeiras mara-

vilhas, que são «baptisadae» com

os nomes de distinctoe portugue-

zes. Assim dedicou elle á impren-

sa por tugueza um novo cravo bran-

co e purpura, e a um novo cravo

roxo deu o nome de «Lucto» do

Pontes Pereira d" M^llo.

O sr. Julio de Vilh >na tem com

o seu nome um cravo cor de rosa

com estrias purpureis; e para que

se nâo penee que nVsta m mencia-

tura ha disfarçadamente um intui-

to politico, eaiba-ae que o 8r. José

Luciano de Caatro também t m o

seu cravinho branco e purpurino.

E. L.

Epigirammas de Bocage

v

Da que é tó de seu marido

Laura tem reputação:

Este mérito subido

A quem o deve? Eu duvido

Se á cara, se ao cornçâo.

fogo qua se estendia ao longe em

volta das *Ruin88».

E Luiz ouviu o repetir:

—Oh! os miseráveis!... os mi-

seraveie!...

—A quem se r< fere? perguntou

o manei bo abysmado na sua dôr.

— A'quellea' que largaram fogo

á floresta; áquelle que deu a or-

dem de incendiar a cabana do le-

nhador!

E interrompRu-se para passeiar

o olhar attonitamente em duas

direcções diff routes.

—Sim, proaoguiu elle, miserá-

veis que não pcnpáram nem a ha-

bitação d'uma pobre mulher, nem

a choupana humilde d'um aanto

homem!...

—Que quer dizer?

—Olha! respondeu o aineiro in-

dicando um certo e determinado

ponto, era alli que hhbitava Jac-

quelina. Além, continuou, mu-

dando a direcção do braço, havia

uma pequena choupana coberta

de colmo, onde vivia como eremi*.

ta, o religioso João Baptista.

(Contini a,)

Page 3: AH*IttXATUKAtt EM LISBOA - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1893-11-25/j-1244-g_1893-11-25_item2/j... · a Rainha, a sr.ft D. Josepha Sando- val de Vasconcellos. Veador, ... Retratos,

r*

DUBlO ILLI KTKADO

CSBOElCiS I0MSMEA5 | X',";»'.."»",.'™ ?X"X'

damecte, mas que nunca so muda,

0 dia 2»

A' hora em que principio con-

versando com os meus leitores, ao

cabir da tarde, muita gente por

abi anda afadigada, d'utu a outro

lado, subiu a casa de pessoas ami-

gas, pediu aos conhecidos, preten-

deu encostar os agiotas, e já pas-

sou uma revista ao que tem no

lar, a fim de ver se no prego al-

cençará o necessário para prf fa-

zer ou arranjar a quantia que de-

ve ámanhã entregar ao senhorio.

Praioa fataes que toda a gente

sabe, que hão de sempre causar

admirfcçâo, e que mostra mais uma

vez a nossa falta de previdencia,

a nossa ausência completa do es-

pirito d'economia.

E' um paiz onde o amanuense,

com um parco ordenado sujeito a

descontos e obrigado mensalmen-

te a umas despezas inadiaveis,

não dispensa—prefere que o es-

folem! — o pa see no americano;

uma torra onde a propria saloia

já se sente cançada por subir a

calçada do Duque ou ir ao Chia-

do, recorrendo por tanto aos res-

pectivos elevadores.

Não comprehendemos que ao

domingo se dê o braço á noasa

companheira e vamos por ahi fora,

com uma merenda n'um cesto, ale-

gres, satisfeitos, sentarmo cos de-

baixo o'uma arvore, em ponto

bem isolado onde nos possamos

amer sem testemunhas, eemquan-

to ella dispòa a refeição, compra-

mos bój o vinho, o pão, e sabo-

reamos deliciosamente aquelles

modestos manjares que nos obri-

gam a termos dó dos que nunca

tiveram esse prazer, ou que, atten-

dendo ás conveniências sociais,

estão inhibidos d'assim procede-

rem.

Nada d isso.

Pobretõ s com laivos do rica-

ços, villãocom prfcsumpç<K8 de fi-

dalgote!

Par» os touros, beilo trem—gema

a familia!—d pois o bom jantar

onde se diependem uns ti a 8 tos-

tões,—a infeliz mulhtr^ em casa

tem pão secco!—circo ou theatro

para cowpletar a noite—-ella, coi-

tada, foi uma ou duas vezes ape-

nas!—e tolvez a coisa nào termino

por ahi, porque ha jogo por esses

cantos, mulheres arrebicadas que

se.duztm maia do que as mnrfyres

—coroo eu me curvo ante vós, san-

tas creaturas!—que em chsb são

as escravas d'um dever que a si

mesma* ha muito se imposeram!

Cb< ga o dia 25, vem os apuros,

as t dicções, e pr mette-ee de fu

turo ter muito juizo para... no

dia seguinte sa olvidar e conti-

nuar na mesma... Pois se a vida

são uns dias...

vociferando contia a carestia dos

alugueres, apontando mil e um de-

feitos que a casa não tem, que está

sob palavra, que gente honesta

não pôde alli morar...

Oh! santa pouca vergonha o

que tu ós capaz d'inventar!

«

E em vez de censurarem a eua

irr previdencia—-os que podem, é

claro,—chamam tyranno ao senho

rio, a quem elles esburacaram as

paredes pregando oleographias

baratas, a quem deixam os vidros

partidos, perdtm as chaves, etc.

Perdão.

Não é um senhorio que lhas fala

fique aqui claramente menciona-

do.

Paguei hoje ao tyranno—vamos

lá com a massa—de maueira que

durante 6 mezes eu tenho a minha

agua furtada onde me abrigar e a

minha Manette o telhado coberto

de sol para ella se^eopojar alegre-

mente. ..

Luiz A LVAREZ.

Os acontecimentos

de iYlelilía

Madrid, 24, t.

O conselho de mkiistros, sob a

presidencia da rainha regente, aca- ba de tomar conhecimento dos des-

pac os de Melilla sobre a conferen-

cia de Muhley-.Vraaf com o general

Macias. Muhley-Araaf protestou a

amisade do sultão Muley Hassan á

Hespanha 'e o seu desejo de evitar

um rompimento; reconhece o direi-

to absoluto da Hespanha a construir

fortes no seu territorio, mas pede

tréguas até que o sultão chegue a

Fez e possa desembaraçar-se das

tribus do interior, que andam agita-

das; pede também que os rabilas

possam, no entretanto, commerciar

em Melilla. O general Macias recu-

sou peremptoriamente acceder a

tudo isto, dizendo que as suas ins-

trucções nào lhe permittem deter

um instante o castigo dos cabilas.

Madrid crê qi a guerra continuara em grandes

Toda a gente em Madrid crê

guerra <

proporções.

iue

Eu o que mais me assombra 6 a

facilidade com que cada qual põe

escriptos e se muda da casa onde

habitou mezes, sem tomar affeição

áqu-jllas paredes que foram tes-

temunhai; d'algumas F.lrgrias, do

muitas lagrimas, porque isto de

chafurdar na dor não deixa de dar

um tal ou qual al»ivio, recordando

que junto a essa parede esteve

ella uma tarde encostada, que a

sua br nita mão—o era na ver-

dade! pousou tantas vezes no

peitoril da sacada, que abriu

aquella porta quando ainda não

allegava cansaço ao subir a rai-

nha escada, que o seu olhar for-

moso afogou tudo isto em volta.

Mas á mór parte dos individuos

—e serão elles os felizes?—estas

puerilidades, * stas tolices como el-

les do alto do seu saber denomi-

nam—mas vós, senhoras, enten-

deis-me!? —não tema minima ra-

zão para os prender e d'abio des-

prezo ctm que se afastam, como

aahem de coração alegre do pé da

mulher que se lhes entregou hon-

tem, e de quem hoje já se sentem

enfastiados.

Sem oada põem escriptos, e*n

busca de um expediente até ao fi-

nal do anno que lhes permitta pa-

gar o aloguer, mas alguém msia

apressado vae falar ao senhorio

com o dinheiro na mão, e aqui te-

mos o nosso homem nãocó em bus-

ca do necessário para o pagamen-

to, mas também da casa onde se

acoite. A' ultima hora, escolhe á

press», faz a mudança onde os po-

bres moveis não culpados das ex-

travagancies de cada qual, sofFrem

tratos de polé, e escaveirados,

cheios de mossaa lá vão adornar

uns compartimentos, para G mezes

depois andarem nas mesmas vol-

tas, porque então nota se que a

casa tem mau cheiro, que a visi-

nha de cima recebe homens, que

no 1.° andar ha uma creança que

berra toda a noite e que os gatos

fizeram ha muito, como desprezo,

da escada, sentina publica!

E n'esta romaria cada qual de-

vassa a sua casa, bisbilhota-se as

alheias, sproveita-se aoccasião de

ois dedos de namoro á loura que

filavas).

Justiça do Ultramar

Fizeram-ce os seguiutes deepa-

choe:

Nomeando auditor dos conse-

lhos de guerra no districto auto-

nomo da Guiné portugueza, o sr.

dr. José Delgado de Carvalho,

actual juiz de direito na comarca

de Quepero; para esta comarca, o

sr. Antonio Augusto Barbosa Vian-

na, actual procurador da coroa e

fazenda, junto da relação de Loan

da; para este logar, o sr. dr. Hen-

rique Ferreira Galvão, actual de-

legado do procurador da coroa e

fazenda na comarca de Sais te; e

para esto logar o sr. dr. Alberto

Osorio de Castro, actual juiz do

julgado municidal de Óbidos.

Continúa a ser excepcional a

concorrência ás livrarias, na com

pra do livro de versos do eminen-

te poeta João de Deus.

Em França, se acaso ali appa-

recesse no mercado litterario uma

collecção de jyricas tão formosas,

o poeta que aa firmasse tinha em

poucos dias feito uma fortuna.

Ilontf m de tarde andava na rua

do Arco da Graça promovendo

desordem Ernesto Augusto Ba

ptista Machado, sapateiro, e sen

do admoestado pelo policia 316,

aggrediu-o com scccos e bofeta-

das e accudindo um soldado da

guarda municipal também foi ag-

gredido.

Cambio do Brazil

A taxa cambial no Rio estava

no dia 21 a 10 4(10.

Os acontecimentos

do Brazil

PAUIS, 23. li.

Segundo noticias rice-

bidas pela legação bra-

sileira n'esta cidade, a

fortaleza de K. João

medeia a pique o coura-

çado Insurgente «Java-

ry».

Noticiai* d*outi*a ori-

gem dizem parecer im

minente o bombardea-

mento geral do Rio de

Janeiro, accrencentan

do que fogo continuo

tem nido dirigido contra

o «Banco Commercial»,

causando muitos feri-

do*.

On memlhroft do corpo

diplomático t ra Miada-

rani a Mia residência pa-

ra 1'etropolift.

KO^TICVIIIEO. 23, t.

B*arece eMar Imminen-

te o bombardeamento

geral do Itio de Janeiro.

ewquadra insurrecta

dirige fogo continuo con-

tra o bairro commercial

(e não Itanco como Ne di-

zia poreirrouo primeiro

dewpaclio recebido), ten-

do ferido muita «en-

te.

LONDRES, 23. n.

Camara dos commuiiN:

—«ir Rdusrd trey, we

cr etário parlamentar

do mftnintro dos negó-

cio» estrangeiros, de-

clarou que o governo

britânico soube os acon-

tecimenlos do fltrazil

únicamenae pelos jor-

n»dcs; se o Rio de Janei-

ro fosse bombardeado,

os três navios de guer

ra inglezes e o» dasprin-

clpaes nações europeas

e dos Eslados-Unldon

procederiam de accordo

para gacranfir a protec-

ção dos seus nacionaes.

XEW-IORK, 2 1. m.

B>iz o «New-lforlc He-

rald» <8tie um despaclio

do marechal l*eixou» an-

uuiicia a derrota dos in-

surrectos em &anta Ca-

tbarina.

(BKavas).

Foram á assignatura os decretos

aposentando José Francisco Gui-

Pequenas noticias

Foi augmentada a lotação do cou-

raçado lasco da Gama com um

machinista conductor. —Foi collocado na commissão das

fortificações o sr. Guimarães Sero- dio, distincto official de artilheria.

—Estão restabelecidas as com-

municações telegraphicas com San- tander.

—Foram passados 56 breves de

dispensa matrimonial.

—Foram dados por incapazes pa- ra todo o serviço os srs. coronéis

Bon de Sousa e Mesquiia Carvalho.

—Em Braga foi absolvido o sr. An-

tonio José Pereira, accusadopelo

crime de emigração clandestina.

—Foi cr» a la uir.a cadeira de ins-

trucção primaria do sexo masculino

na freguezia de Martinchel, conce-

tho de Abrantes.

—A carne de porco está regulan- do nos mercados do Alemteio por

3:000 réis os 15 kilos.

—Segando o Saragoçano, acabou

o bom tempo.

—Trata se de reorganisar a cha-

ranga de cavallaria 10.

—0 Sport Club do Porto estabele-

ceu-se definitivamente na rua do

Almada, 507.

—Kntre as estações de S Mamede

e Valladares foram apedrejados os

comboios de passageiros.

—Na egreja de Boibão (Valença),

foi ha dias victimado por uma apo-

plexia o rev Francisco Villar, paro-

dio encommendado da freguezia de

Abbadim.

—Desde 4 até 15 do corrente, vie-

ram da Galliza, pela ponte interna-

cional sobre o Minho, 099 cabeças de gado vaccum, 54 de gado suino e

22 de cavallar.

—Muito pouca azeitona em Olivei-

ra d'Azemeis.

-Abriu-se concurso para o pro-

vimento do chefe dos guardas da

Penitenciaria Central.

—Em plena cidade de Guimarães

foi assaltado e roubado o sr. Paulo

von Vagner, piofessor da eschola

industrial.

—Alguns amigos do sr. marquez

da Graciosa têm feito grandes caça

das nas suas propriedades da Ida-

nha.

—Já estão presos muitos dos sce-

lerados que compunham a quadrilha

da Lixa.

feio extrangeira

TELEGRAFAS

P«ris, 23, t.

Os jornaes parisienses presumem

que o governo tera maioria de 300

votos, mas que só o minimo d esta

maioria será auti-socialista.

0 «Fígaro» diz que a França e a

Hespanha trocarão entre si noticias

a respeito dos anarchistas, podendo

assegurar» que reinará segurança

internacional,

Urbino de Freitas

PORTO, 24, t.—Ao Diário II■

lustrado.

As quatro testemunhas inquiri-

das até sgora nào accrescentam

mais nada além do que é já co-

nhecido. Faltando Luiz* dos An-

jos, creada do velho Sampaio, o

delegado pede a leitura do seu de-

poimento. O advogado de defeza,

dizendo convir lhe a comparência

da testemunha, pede, visto a falta

de apresentação d'um attestado,

se lhe faça immediatamento ins-

pecção medica. Isto levanta inci-

dente que terminou por o delega-

do nào persistir na leitura do do-

poimeato e dispensar a testemu-

nha. A defeza, que também inter-

rogou as quatro testemunhas, in-

siste com Lopes Teixeira sobre o

caso do commissnrio, quando foi

acs Arcos de Val de V<z, levar

consigo o retrato de Urbino.

R-

PORTO, 24, t. -Ao Diário 11-

lustrado.

Emilia Cunba, cosinheira do

velho Sampaio, e Maria Stamiller,

professora das n<*tas do mesmo,

confirmaram os anteriores depoi-

mentos. Seguiu-se o depoimento

de Bento Augusto Costa Guima-

rães que, quando apertado pela

defezs, foi por vezes indeciso nas

respostas e sobre razão denunciá

ra anonymamente Brito e Cunha

de posauir a prova da criminali-

dade de Urbino; respondeu qu-*

assim fizera para não ser incom

modado e denunciára-o para pres

tar um serviço ás altas reparti-

ções da juetiça.

Durante este depoimento houve

um incidente depressa serenado.

Depondo Manuel Tinoco, cunhada

de Brito e Cunha, relatou o já co-

nhecido. Apresentou, a pedido do

delegado, uma carta que Brito lhe

escrevera, mas não tendo trazido

subscripto, o juiz resolveu que,

findando o depoimento, foste bus-

cai o para ser junto aos LUtos.

Foram inquiridos depois o sogro

de Brito e Vieira Abreu, termi-

nando a audiência ás 3 e meia.

R.

Os jornaes Iranc z s

La France em Paris e departa-

mentos custa 20 réis cada nume-

ro.

Tem os seus escriptorios na rua

Mcntmartre, 144

As «ssignaturas começam em

1 e 15 de cada mez, importando

na França 1 mez, 800 rén; 3,

2^000; 6, 4^000; 1 anno, 8S000.

Paizes extrangeiro8 comorehnndi Paris, 24, m.

marães da Silva, cscrivfco de fa- A situação parlamentar não mu- * *l7LVo cnmnrehnndi

senda do concelho de Ceia: Fran- dou- ()s jornaes consignara comple- 1 ÍJ? : 1*000»2í°00. - - - ta scisão entre os moderados e os e 11$2U(J.

radicaes, mas o triumpho definitivo Todas as eartasjdevem ser fran-

do governo está seguro.

Apprehensão

O soldado 116 da 3.* compa-

nhia do 1.° batalhão da guarda

fiscal,em serviço na estação con-

trai do Rocio, apprehendeu hon

tem a João Francisco da Senhora,

uma borracha contendo litro e

meio de vinho que o delinquente

tentava psssar sem pagar os res-

pectivos direitos.

Remettido á alfandega pagou a

multa de 2*040 réis.

c sco Rodrigues Tíistâo, escrivão

de fazenda de Figueiró dos Vi-

nhos, João Bduardo Lobo de Mi-

randa, delegado do thnsouro de um

dos districtos dos Açores, actual-

mente em Viannado Castello; João

Napoleão Noves, 2 o verificador

da alfandega.

O sr. conselheiro Hintze Ribei-

ro, acompanhado do seu secreta-

rio particular, voltou hontem de

mauhâ ás inetallaçoas da Socieda-

de de tteographia.

S. ex.* escreveu no livro dos vi-

sitentes fiíts8 palavras:

• N'este recinto eente-ee bem um

coraçío portuguez, ao lembrar as

gloriosfcs tradicções da nossa na-

ção».

Trabalhadores de campo

Do Norte e Beira chegaram

hontem de manhã a Lisboa mui

tos trabalhadores do campo, que

se destinam ao Algarve.

Foi preso Herculano Gouvei*,

cocheiro da Companhia Carris de

Ferro, por atropellar na rua de

Alcantara, com as, muares que

guiava, a Francisco Combro, re-

sultando-lhe contusõos pelo cor-

po- h

Foi mandado servir na promo-

toria de marinha o commissario

auxiliar de 3.* classe Antonio José

da Costa.

fsiegrAftyâss de Peri»

PORTO, 24, t.— Ao Diário B-

lustrado.

Suicidou-sa hoje ingerindo vi-

dro meido e sal d'azedaa uma cos-

tureiía natural de Santa Valha,

Valle de Passes, que residia ha

mezea na rua da Poeinha d'e»t«

cidade. Consta que o pae da suici-

da está no Brazil e tencionava vir

buacal-a. Ignora sa o nome e cau-

sa do suicidio.

R.

PORTO, 24 n.—-Ao «Diário II-

lu8trado».

A ccmmÍ88&o dos guardas fios

apresenteu boje para ser enviada

pelas vias competentes uma peti-

ção ao ministro das obras publicas

para que na nova r< forma seja me-

lhorada a situação da class«.

—Falleceu o abbíide de Vallon-

go- —Nas proximidades de Boticas

appareceu esfaqueado e cadaver

do uma crear.ç \ do 11 annos.

—A alfandega rendeu hoje réis

21:609*660.

R

Rosalina Rooa e Francisca Ma-

ria d1Assumpção, moradoras em

Campo d'Ounque, queixaram-se á

policia que os gatunos lhe tith*m

assaltado os quintaes, roubando-

lhe 6 gallinbas.

londres, 24. m.

Um telegramma de S. Petersbur-

go para o «Standard» diz presumir-

se alli que será escolhido o porto

de Ajaccio para estação da esquadra

russa do Mediterraueo.

Roma, 23, n.

0 conselho de ministros foi con-

vocado para ámanhã.

Lima, 23, t.

A populaça assaltou a legação e o

consulado da republica do Equador.

I^ondreSy 23, n.

A camara dos communs approvou

em terceira leitura o projecto de lei

das responsabilidades dos patrões.

(Bavas).

Klaltresqni do Chiado

Este antigo estabelecimento co-

meça hoje a vender grogs, café e

chá, por chavena.

Na presente estação não é má

idéa. — — —

Infante fi>. AÍTonso

Resa se ámanhã, pelas 11 ho-

ras da manhã, na egreja da En-

carnação, uma missa eui acção de

graças pelas melhoras de Sua Al-

teza o Infante D AfFonso, man-

dada rezar pela direcção da «Real

Associação Musical 11 de Março

de 1888», tocando no côro a ban-

da da mesma associação.

Desembarcou da canhoneira

«Rio Ave» o medico naval do 2."

classe Alberto Goulart de Medei-

ros, que foi nomeado para servir

no hospital da marinha.

Falleceu hontem o sr. Casimiro

Teixeira Basto, cunhado do sr.

A li re do de Moraes Pinto, nosso

collega do Pimpão.

Os nossos sentimentos.

queada8, e as publicações pagas

só se admittem sob reserva. An

nuncios recebem-se em casa de

Foush» t, Laffitte & C â, praça da

Bois», 8. #

E' um jornal grande, indepen-

dente, que apparece todos os diaa

Caminhos de ferro

Annuncia a companhia real que

desde 1 de janeiro proximo cessa-

rão tcd*8 as concessões de reduc-

ção sobre os preços da tarifa es-

tabelecidos em combinsção com a

companhia dos caminhos de ferro

da Beira Alta.

8 112—D. MARIA.

A kermesse.

0 leque.

AS' 8 i|2—TRINDADE.

0 duetto da africana.

0 lobishomem

Os morangos.

8 1|2—GYMNASÍ0.

Beneficio. A chave do parayso.

A lição aos genros.

8 t|2—AVKMDA.

. A Lenda do rei de Granada. 8 3|4—PRINCIPE REAL.

Beneficio.

Cambaia & C •.

8 3|4—THE ATRO DO RATO

0 conde Monte Christo.

A s 8 3|4—REAL C0LYSEU*

Companhia equestre, gymnastica,

acrobática *» cómica.

8 1|2—C0LYSEU DOS RECRblOS.

Lúcia de Lamermoor.

8 1|2—CIRCO (A' RIBEIRA NOVA).

Variado espectáculo pela compa-

nhia equestre, gymnastic*, acroba-

tica e cómica sob a direcção de mi.

Briatone.

SALA0 DO PH0NHGRAPH0 (Aveni-

da, 118, 120). Todos os dias.

JARDIM /íuOLOGICO. &xpv>siçRO 4e

taimaes. Vendas garantidas de ini-

maes, ovo*, plantas, sementes, etr

R -cebem-se animaes para depofíto.

Musica aos domingos e dias í,antifl-

evio^ Entrada 100 réis.

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tamento espec al em moléstia n* bocoa.

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RE verdadeiro christofle e alfe-

^ nide de l » qualidade. Antiga

casa José: Alexandre, R. Garrett

Chiado), 10 e 12.

R ET R 0 Z El R O

IILTÍMS NOVIDADES

Kua Garrett (Chiado),

<;». í í

PREÇOS RASOAVKIS

Tu

"pNVlO-TE milhões de saudades

^ meu amor, e beijo-te com re-

Tomou no dia 23 o commando

da corveta «Sagres» o 1.° tenente

Aristides Paes de Faria, que lha

foi entregue pelo capitão da fra-

gata José Banto Ferreira d'Al-

meida, que hontem foz a sua apre-

sentação na secretaria do conse-

lho do almirantado.

áa 3 da t»rde, e da que é director conhecimento peio bem que me fa-

politico Carioa Lalou. 511" *erí?:,leí! £° cam.'-

E' o primeiro a dar a cotação

da Bolsa, e pubtíoa 2 romances

em folhetins.

Secretario da redacção Luciano

Nicot, da administração Gastão

Détang.

Principaes collaboradores: Luiz

Liéviu, deputado Miilerand, Ilen

rique Girard, Carlos Léopold,

Emilio Cère, Francisco Sareey,

Clóvis Hughes, Fulbtjrto Dumon-

toil, Emilio Goudeau, Jorge Gri-

sier, Henrique Gontier, Tneodoro

Cahu, Villemof, Fabrício Carré,

Paulo Ferrier, Victor Roger. Dan-

mesnil, D. Bonnaud, Gilberto

Mi.rtin e Jacques Valand.

Os assiguantes da província re-

cebem uma 2 a edição, feita espa-

cialmente para elles e que lhes dá

a analyse da camara e do senado,

cotação official da Bolsa o dos

mercados, etc.

uho que segues á ida, eu ficarei do

teu lado esquerdo.

Casas independentes

B'ara ramiUa* de tra-

tamento. Rua do Conme-

llieiro Nazareth, n.° 1, e

rua do Visconde de San-

to AmbroNio, n.° 93.

Teem todon on confor-

to* preclson. jardins e

entradas independen-

tes. Uendan convencio-

naefi- Tratar com o »e-

nliorio. M, dos Condes.

2 8. 2

S. Jorge d'Arroyos

No proximo domingo 26 do cor-

rente haverá n'esta egreja paro

chiai festa ao Sagrado Coração de

Jesus, promovida p.-Ia sua asso-

ciação o do accordo com o reve-

rendo prior, a qual é feita da fór-

ma seguinte:

A'a 8 lj2 da manhã communhão

geral, havendo depois missa reaa-

da á3 9 horaa.

A'i 11 1|2 festa ao Sagrado Co-

ração de Jesus, por musica vocal

e instrumental, sendo orador o re-

verendo José Lopes Semedo.

A's 5 horas da tarde sermão,

sendo orador o reverendo José

dos Anjos Gaspar Borges, termi-

nando a festividade com o byonno,

«Te-Deum Laudamus» e benção

do Santíssimo.

O Contro d'este Apostolado p da

a todos os zeladores e associados

dos outros C ntros se dignem as-

sistir a estes solemnes actos.

t

I^RANCISCO Teixeira Daste, suas A irmãs e cunhado, e Alfredo de

Moraes Pinto e sua mulher, partici-

pam a todos os parentes e amigos,

que foi Dsns servido levar d« vida

presente seu muito estremecido ir-

mão e cunhado Casimiro Teixeira

Basto, que se hade sepultar hoje,

25, ao cemiterio occidental, saindo

o préstito da rua de S. Bento, 59,

2 °, pelas 10 horas da manha.

A consternação que os enlucta

nào lhes deixa fazer convites es-

peciaes.

institute

TTNE jeune filie, étrangòre, di-

^ plomée pour I'allemand et lfe français sachant tré bien la musi-

que, désire se placer dans une bon-

ne famille.

S'adresser au bureau de ce jour-

nal sons les initiates A. P.

D. F.

A MEU amigo e R. devem estar

^ hoje as 7 t nde estiveram na G * feira 17. Vamos a B, visitar o

mano. Não faltem.

Page 4: AH*IttXATUKAtt EM LISBOA - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1893-11-25/j-1244-g_1893-11-25_item2/j... · a Rainha, a sr.ft D. Josepha Sando- val de Vasconcellos. Veador, ... Retratos,

: ARB 0 NATAD AS SO D1 GAS - A L CALI N O - G AZ OS AS

LiTHiCAS; FERRUGINOSAS E ARSENICAES

Erancez

T]M\ senhora educada em Paris

^ ensina este idioira por um

aiethodo fácil e rápido. Dirigisse á

livraria Silva Junior, rua Áurea.

mêmmçm

&. 6. Birifiita < 1Mb

iô. Hua Áurea, 51

lIoDsuítorio ~

DK

En«cn!ierin, Archlleeta-

ra e llydraallca Axrt-

cola

DIRECTOR

Jacinto Ignacio Cabral, Engenheiro

Civil Rua Nova do Amparo n.m 6 1.*

(á Praça da Figueira)

lilwboa

Companhia Real dos

Caminhos de ferro

Portuguezes

N° ^ ^o proximo mez dc 11 dezembro, pela 1 hora da tar-

de, na estacão ae Lisboa (Rocio) pe-

rante a commissão administrativa

da Companhia, serão abertas as pro-

postas recebidas para o fornecimen-

to de (lir/zênlaN toneladas

cl© carvão de coke para

fundição.

As condições estão patentes em

Lisboa, na repartição central dos

armazéns, estação de Lisboa (Santa

Apolonia) e em Paris, na agencia da

Companhia, 28, rue Chateaudun.

Lisboa, 16 de novembro de 1893.

0 director geral da companhia,

Manuel Ajjonso d'Kspregueira.

Companhia Real dos

Caminhos de Ferro

Portuguezes

Fornecimento de materiais

"IVO dia (j do proximo me* de de- 11 zembro. pela 1 hora da tarde

na estação de Lisboa (Rocio) peran-

te a Commisão Administrativa da

Companhia, serão abertas as pro-

postas recebidas para o fornecimen-

to dos seguintes cinco lotes:

Lote n.° 1, 200 barricas de cimen-

to; lote n o 2, 924 taboas de pinho

da terra; lote n.° 3, tecidos diversos;

lote n.® 4, atanados, coiros e sola;

lote n 0 5, artigos para telegrapho e

relogios.

As condições e amostras estão em

Lisboa, na repartição central dos

armazéns, estação de Lisboa (Santa

Apolonia).

Lisboa, 22 de novembro de 1893.

0 Director Geral da Companhia.

Manuel A. d'Esprcgueira.

100 réis cada volume de 300 a 480 pagin

Romances publicados

FEOMT JUHIOB E S1SLSH SESXQB

Por Alphonse Daudet

(33« paK.)

UM TIRO 0E REVOLVER

Por Julio Mary

<32«» pas.)

0 CASTELLO DA RAIYA

Por L. Stapleaux

(351 paff.)

UM BEÂMA DE BEV0LUÇÃ0

Por Ernesto Daudet

(330 pn«.)

AS COSTUREIRAS

• Por Alexis Bouvier

<30fl pa?.)

CLOTILDE

Por Alphonse Karr

<3«S paff.)

0 GRANDE INDUSTRIAL

Por George Olinet

(31» pa«.)

O CRIME DO MOINHO

Por] Luiz Jacolliot

' (303 pa«.)

A M0ITE MALDITA

Por Julio Mary

<128 pajç.)

VJDAOO para doenças de fidago, vias digestivas, cólicas hepaticas e nephriticas, 3S»

• catarrho visical, cálculos urinários e hepaticas, e diabetes. O

VILLA VERDE indicadas para catarrho visigal, bronchites chronicas e enterites, ^

OURA para anemia, chlorose, lympbatismo e mal de pelle. m

SARROS0 para irritação intestinal, prisão de ventre, e enfermedades de pelle, õõ

&uito agradaveis, quer puras, quer mistura-

com vinhos

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Vaz, praça de Carlos Alberto, 66—BRAGA, pharmacia de S. Marcos—COIMBRA, pharmacia Naza-

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Marques Nogueira, em Lisboa, rua Ivens, 30 2.° andar.

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MALAGA

Por René de Pont-Jest

(361 pa».)

O GHAÍRLATÃO

Por Elie Berthet

(«»« pa«.)

OS DRAMAS DA BIGAMIA

Por Alexis Bouvier

(**S pas.)]

OS CAVALLEIROS DO NEVOEIRO

Por Mary Lafon

<3«a P*K.)

OS GAROTOS DE PARIS

Por Charles Deslys

(284 pag.)

O TIO ESFÓLLA

Por Paulo Sauniére

(322 pay.)

BERNARDO 0 ASSASSINO

Por Edmond Tarbé

pa$.)

ANJOS E MONSTROS

Por Alexis Rouvier

(292 pai?.)

A MULHER 00 ASSASSINO

Por Alexis Bouvier

<3l-« pas.)

ISTO PRELO

Sergio Panine, por George Ohnet.—-Os Amore» d'uma envenenado

r®, por Emilio Gaboriau.—A mulher de cera, por René de Pont

Jeat—O filho de Porthos% por Paulo Malinha.

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