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Imobiliáriosexta-feira, 26 de fevereiro 2016

Programa discutido em seminárioCâmara do Porto e proprietários estudam reabilitação do bairro de Riobom

Pág. IV

Pedro Barbosa, diretor de expansão da ERA, afi rma,

“Mais de 90% dos colaboradores da ERA são provenientes de outras áreas

de atividade” Pág. VIII

2015 foi ano recorde no investimentoEstrangeiros investiram perto de dois mil milhões de euros Pág. II

PREÇOS MÉDIOS DISPARAM, DIZ ESTUDO DA PRIME YIELD

Zona Histórica de Lisboa concentra

67% da oferta de apartamentos

reabilitadosPág. V

II | Imobiliário |sexta-feira, 26 de fevereiro 2016

José de MatosSecretário-geral da APCMC – Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção

Opinião

Ficha Técnica: Edição e coordenação: Elisabete Soares | Paginação: Célia César e Flávia Leitão | Periodicidade: Quinzenal

O investimento no merca-do imobiliário português alcançou um volume de

negócios recorde de 2,1 mil mi-lhões de euros, um valor que po-siciona 2015 como o melhor ano de sempre. Com um crescimento de 139% em relação ao ano 2014, e de 47% face ao anterior pico de mercado, em 2007, este aumento resultou da atratividade da renta-bilidade dos ativos imobiliários face à desinteressante oferta do setor financeiro.

De acordo com o mais recente estudo da CBRE, o setor de reta-lho registou o maior número de negócios, com um volume de in-vestimento de 1,2 mil milhões de euros, com 57% dos ativos tran-sacionados em 2015. Deste total, 39% foram transações de centros comerciais, que protagonizaram as maiores operações dos últimos 10 anos em Portugal, com a venda do Almada Forum e do Forum Monti-jo à Blackstone, e dos Dolce Vita Coimbra, Porto e Douro ao Deuts-che Bank. Foram também realiza-dos diversos investimentos em su-permercados e lojas de rua.

Por sua vez, o setor dos escri-

tórios representou 24% do inves-timento imobiliário de 2015. Dos cerca de 500 milhões de euros in-vestidos, o negócio mais emble-mático foi a transação da Torre Ocidente – integrada no comple-xo do Centro Comercial Colombo, vendida pelo consórcio constituí-do pelo grupo CGD, Iberdrola In-mobiliária, CBRE Global Investors e Sonae Sierra, a um fundo de Sin-gapura.

O investimento no setor de ar-mazéns e logística também refletiu

uma elevada procura, em particu-lar por parte da Logicor (Blacksto-ne). Este equity fund adquiriu em 2015 diversos ativos, consolidan-do a sua presença em Portugal, e é atualmente o maior proprietário de armazéns logísticos da Grande Lisboa.

O setor hoteleiro destacou-se em 2015 com um volume total de investimento a ascender os 230 milhões de euros, corresponden-do a 11% do investimento do ano. A reduzida presença de operado-

res internacionais e o maior peso de contratos de gestão tornam este setor menos atrativo face a outras opções de investimento em imobiliário, mais seguras. Entre os negócios concluídos em 2015, evidencia-se a venda de unidades da insígnia Tivoli e Pestana, ambas marcas nacionais de renome inter-nacional.

Investimento estrangeiro atinge 91%

A origem do investimento de-monstra outro recorde: 2015 foi o ano com maior investimento es-trangeiro. Os 1,9 mil milhões de euros refletem um crescimento de 70% face a 2004, ano de referên-cia em que se atingiu um valor de 1,1 mil milhões de euros.

O investimento estrangeiro foi de 91% do volume de negócios de 2015, com 58% deste investi-mento proveniente das Américas, seguido de 27% do continente europeu. Relativamente ao inves-timento europeu, a Alemanha re-presentou 38% da fatia de investi-mento, sendo também o segundo maior mercado estrangeiro investi-dor, a nível global.

Esta maneira muito portuguesa de procurar resolver problemas imediatos

sem curar de prevenir o futuro, que tantos “amargores” nos tem causado, só tem paralelo noutro “tique” nacional, tão ou mais nefasto, que é o de estar constantemente a mudar as regras ao sabor das mudanças de governo, ou da mera sucessão de ministros.

Este permanente faz e desfaz para acomodar interesses de grupos, acertar orçamentos ou pura e simplesmente satisfazer caprichos de certas personalidades que têm da realidade e do interesse público uma visão reduzida à sua limitada dimensão pessoal ou da sua fação constitui um fator de forte instabilidade para a sociedade e tem um peso muitíssimo negativo para o processo de crescimento económico.

A estabilidade é um bem essencial, particularmente importante num mundo globalizado, que devia ser especialmente assegurada em democracia. Mudanças de rumo frequentes e desconexas constituem um autêntico retrocesso civilizacional que nos podem colocar fora de uma trajetória de progresso e semear o desconforto e a desconfiança dos parceiros internacionais.

Vem este quase “arrazoado” a propósito das recentes alterações previstas em sede de proposta do Orçamento de Estado para 2016 no âmbito da tributação do imobiliário, em particular no quadro do IMI. É claro que há mais áreas da fiscalidade a que isto se poderia aplicar, seja no domínio dos impostos sobre o setor automóvel e dos combustíveis, seja do IVA, ou do IRC ou do próprio IRS, entre mais

uns quantos. Mas fiquemo-nos, neste caso, pelo setor imobiliário.

Não pensem que é de somenos! Lembremo-nos que o setor imobiliário, para o bem e para o mal, esteve muito ligado à situação de sobreendividamento que nos conduziu ao “resgate” e às grandes dificuldades do setor bancário, tal como, mais recentemente, tem contribuído de forma notória para o investimento estrangeiro em Portugal e para a recuperação financeira, para não falar do impacto que a atividade de reabilitação urbana, sobretudo em Lisboa e Porto, estão a ter em múltiplas atividades e na recuperação do emprego.

Talvez porque o setor apresenta algum “brilho”, os nossos governantes já pensam que é ouro e apressam-se a tentar obter receitas de uma valorização que ainda se encontra em processo, aumentando o IMI dos prédios

afetos ao comércio, indústria e serviços e retirando benefícios aos fundos de investimento imobiliário!

Porventura, pensam que os rendimentos do imobiliário são muito elevados, quando o que sucede na realidade é que o imobiliário está a beneficiar, ao contrário, da pouca rentabilidade das aplicações financeiras e da insegurança, por exemplo, dos mercados de ações e de obrigações.

Ainda não será por aqui, esperemos. Mas, a continuar por este caminho, arriscamo--nos a perder a atratividade deste setor e a reverter (conceito tão a gosto de uma certa área política) o processo de valorização e criação de riqueza para as famílias, para os bancos e para as cidades, pondo em causa a sustentabilidade da reabilitação urbana e o frágil equilíbrio do sistema bancário.

E amanhã?

Notícias2015 foi ano recorde no investimento

Estrangeiros investiram perto de dois mil milhões de euros

O Dolce Vita Porto (na foto), vendido ao Deutsche Bank, foi um dos negócios reali-zado em 2015.

sexta-feira, 26 de fevereiro 2016 | Imobiliário | III

“A reabilitação ur-bana foi, sem margem de dúvi-

da, a tendência que marcou a evolução do setor ao longo do ano”, considera Cushman & Wakefi eld (C&W), no estudo Ma-rketbeat Portugal Pri-mavera 2016.

De acordo com a C&W, “após vários anos pouco dinâmi-cos, esta área de ne-gócio ganhou novo fôlego em 2015, fru-to de uma procura intensa por parte de investidores interna-cionais, fomentados pelo potencial do tu-rismo e pelo interes-se crescente de um público internacional em produtos de habi-tação de gama alta e média/alta”. O princi-pal alvo deste tipo de investidores foi o cen-tro da cidade de Lis-boa, sendo o interes-se muito direcionado para imóveis com uso residencial e/ou turís-tico e muito frequen-temente nos espaços de retalho, ao nível do embasamento.

A consultora refere que, entre os princi-pais negócios do ano, o destaque foi a com-pra, por parte da Qaris-ma, de um quarteirão na Avenida da Liberda-de cujo valor se situou próximo dos 32 mi-lhões de euros, a aqui-sição do Palácio das Belas Artes, no Chiado, por um investidor na-cional por 18 milhões de euros, e do projeto Avenida da Liberdade, 71 pela Stone Capital.

Retoma do residencial

Em linha com a evo-lução da economia, o mercado residencial em Portugal conso-lidou ao longo de 2015 a recuperação que vinha a ser senti-da já desde 2013.

“O aumento da confi ança dos con-sumidores contribuiu para a retoma da pro-cura de produto re-sidencial, igualmen-te impulsionada pelo

regresso da banca à concessão de cré-dito, ainda que em moldes diferentes do passado. Em feve-reiro do ano passa-do verifi cou-se o iní-cio da redução dos ‘spreads’ praticados pela banca, que, com a manutenção das ta-xas Euribor em míni-mos históricos, resul-ta numa taxa de juro global do crédito à habitação em valores muito inferiores aos

praticados durante os anos de crise”, desta-ca a C&W.

Segundo o Ban-co de Portugal, as ta-xas de juro sobre no-vas operações de empréstimos para a compra de casa têm vindo a descer, e em setembro deste ano atingiram os 2,23%, o valor mais baixo des-de março de 2010, e que compara com os 5,76% registados em setembro de 2008, o

máximo dos últimos 10 anos. Estas condi-ções permitiram um aumento do volume de crédito à habitação concedido. De acordo com os últimos dados disponíveis, até se-tembro as instituições fi nanceiras concede-ram às famílias 2,7 mil milhões para a aquisi-ção de habitação, va-lor 70% acima do pe-ríodo homólogo do ano anterior, e o mais elevado desde 2012.

Cada Agente ERA abraça uma missão muito clara: juntar as casas certas com as pessoas certas. Se quer investir e agarrar oportunidades imperdíveis, consulte quem possui um conhecimento profundo do território e lhe põe a chave na mão, sem burocracias e ao melhor preço de mercado.

era.pt

Notícias

O aumento da confi ança dos consumidores contribuiu para a retoma da procura de produto residencial.

Contributo do turismo e estrangeiros

Reabilitação urbana ganhou novo fôlego em 2015

IV | Imobiliário | sexta-feira, 26 de fevereiro 2016

Elisabete [email protected]

Localizado na escarpa das Fon-tainhas, no Porto, junto à linha férrea e perto da ponte de D.

Maria, fica o bairro de Riobom. Um conjunto de casas, a maioria só conserva a estrutura, sem telhados ou janelas, onde vivem mais de 20 pessoas, maioritariamente cabo--verdianos, muitos deles há mais de 40 anos, que nunca conheceram o dono das casas, e, por isso, não pa-gam renda, e em muitos casos nem água, nem luz.

O projeto de reabilitação, coor-denado pelo Laboratório de Ha-bitação Básica Participada (LAHB), mas que tem sido discutido com Departamento de Urbanismo da Câmara do Porto, vai ser obje-to do III Seminário do Riobom: A Cidade e o Direito à Habitação - Programa de Reabilitação do Rio-bom/Fontainhas, que se realiza amanhã, durante todo o dia, no au-ditório da Escola Secundária Ale-xandre Herculano.

Do programa, destaca-se a apre-

sentação, no início da manhã, do projeto de reabilitação para o Rio-bom e Escarpa das Fontainhas, fei-to por Fernando Matos Rodrigues, diretor da LABH, e pela equipa de projetistas António Jorge Fontes, André Fontes, João Carreira e José Gigante.

No início da tarde, a visita ao Bairro do Riobom, contando, no encerramento, com a presença de Manuel Correia Fernandes, verea-dor do Pelouro do Urbanismo da

Câmara do Porto. “Este seminário pretende ser um

espaço de troca de experiências e de conhecimento entre a comuni-dade africana, que habita a escar-pa das Fontainhas, no bairro do Riobom (onde cultiva as suas hor-tas e pomares), com a equipa que coordena o programa e executa o projeto de reabilitação desta zona. Um espaço de troca de ideias, de experiencias com os moradores, os cientistas sociais, os arquitetos e os

políticos da nossa cidade”, destaca Fernando Matos.

O seminário terá assim dois mo-mentos distintos mas complemen-tares. “Durante toda a manhã a equipa que elaborou o programa e projeto de reabilitação do Riobom apresentará as conclusões desse trabalho que tem sido discutido no âmbito da colaboração do pelouro de Urbanismo da autarquia, expres-sa na reunião de 6 de Janeiro, com a monitorização que se realizou no Pelouro do Urbanismo com a pre-sença do arquiteto Manuel Correia Fernandes e respetivas equipas”, acrescenta o diretor do LABH.

Depois, na segunda parte, que será durante a tarde, a equipa de Lisboa apresentará o seu trabalho com a implementação de progra-mas de habitação em contexto de barracas nas periferias da Área Me-tropolitana de Lisboa.

Este seminário também vai-se desdobrar em outros dois seminá-rios que se vão posteriormente rea-lizar-se nas cidades de Braga e de Lisboa sobre a mesma temática e com os mesmos objetivos.

NotíciasPrograma discutido em seminário

Câmara do Porto e proprietários estudam reabilitação do bairro de Riobom

Soraia AlmeidaAssociada, Imobiliário e Veículos de Investimento da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Sociedade de Advogados

Nos termos legais, as comummente designadas obras são denominadas

juridicamente de benfeitorias, considerando-se assim como tais todas as despesas feitas para conservar ou melhorar a coisa, ou seja, alterações introduzidas numa coisa feitas com intenção de a beneficiar, por quem a ela está ligada por uma relação ou vínculo jurídico, podendo ser necessárias, úteis ou voluntárias, consoante o beneficio efetivamente obtido (art. 216º do CC).

As obras/benfeitorias necessárias são as que têm por fim evitar a perda, destruição ou deterioração da coisa, como por exemplo: recuperação da canalização ou da instalação elétrica, embora também possam derivar dos direitos gerais do arrendatário de manter a casa e a devolver como a encontrou.

As obras/benfeitorias úteis são aquelas que, não sendo indispensáveis para a sua conservação, lhe aumentam o valor, como por exemplo: instalação de um aquecimento

central, que não pode depois ser removido e levado embora quando o inquilino abandona a casa, ou de máquinas de refrigeração ou fornos, tratando-se, por exemplo, de um restaurante.

As obras/benfeitorias voluptuárias são as que, não sendo indispensáveis para a sua conservação nem lhe aumentando o valor, servem apenas para recreio do arrendatário, tendo sido realizadas, por exemplo, apenas por razões estéticas.

No que respeita ao pagamento de indemnização por obras efetuadas, o arrendatário terá de ter em atenção que só há lugar ao pagamento das obras feitas a suas expensas quando as mesmas sejam obras necessárias ou úteis realizadas de boa/má-fé que não possam ser levantadas sem detrimento da coisa (art. 1273º do CC). Tal entendimento compreende-se, porque, sendo necessárias, visam evitar o detrimento da coisa, logo não podem deixar de ser vistas como realizadas no interesse do seu legítimo dono. No tocante às obras

úteis, caso se não possa fazer o seu levantamento sem detrimento da coisa, o titular da coisa beneficiada adquire a benfeitoria e, então, quer o possuidor de boa-fé quer o possuidor de má-fé têm direito a ser indemnizados, segundo as regras do enriquecimento sem causa.

A propósito das “regras do enriquecimento sem causa”, e para que fique claro o que significa e qual o âmbito e enquadramento que tal indemnização merece, cumpre chamar a atenção para o nº 1 do artigo 473º do Código Civil, que estatui que: Aquele que, sem causa justificativa, enriquecer à custa de outrem é obrigado a restituir tudo aquilo com que injustamente se locupletou. Mas tal indemnização, Srs. Arrendatários, não dá automaticamente direito à restituição de todos os valores custeados com a dita obra útil, mas sim apenas aos valores correspondentes à mais-valia que tal obra comportou para o imóvel, o que poderá ou não coincidir com o suportado pelo arrendatário.

Quanto às obras voluptuárias,

apenas a título de nota, só existe indemnização quanto às que não possam ser levantadas por causarem detrimento da coisa e que tenham sido realizadas de boa-fé (art.1275º do CC). Assim, e caso exista detrimento da coisa, o possuidor de boa-fé não pode levantá-las e o titular da coisa adquire as benfeitorias sem mais. Se o possuidor estiver de má-fé, nunca pode levantá-las e o proprietário adquire sempre as benfeitorias voluptuárias. Em qualquer destas hipóteses, nunca há lugar ao pagamento de indemnização

Por fim, o pagamento de indemnização por benfeitorias necessárias pode ser exigido de imediato por estar em causa a realização de obras que o titular da coisa devia ter levado a efeito, por outro lado, o pagamento de indemnização por benfeitorias úteis que não possam ser levantadas só pode ter lugar quando a coisa regressa à posse do seu titular, por só então se poder verificar o sobredito enriquecimento sem causa por parte deste último.

Quais as obras que o arrendatário pode reclamar indemnização do senhorio?

Consultório Jurídico

sexta-feira, 26 de fevereiro 2016 | Imobiliário | V

Elisabete [email protected]

Os apartamentos integra-dos em projetos de reabi-litação urbana na zona da

Baixa/Chiado e Avenida da Liber-dades apresentam um valor médio de oferta de 6089 euros/m2. Tra-ta-se do valor mais elevado para este tipo de produtos em Lisboa e está entre 18% e 38% acima dos valores médios de oferta apre-sentados noutras zonas da cidade para o mesmo tipo de produto.

Esta é uma das principais con-clusões do estudo “Reabilitação Urbana para Uso Residencial em Lisboa”, produzido pela Prime Yield em parceria com a SRS Ad-vogados, apresentado ontem em Lisboa.

O documento debruça-se sobre a oferta habitacional resultante de projetos de reabilitação urbana na capital, integrando ainda uma componente jurídica com o en-quadramento legal de relevo para o desenvolvimento da atividade de reabilitação urbana.

De acordo com o estudo, a zona histórica da cidade – que com-preende as áreas da Baixa, do Chiado e da Avenida da Liberda-de – é a mais dinâmica na reabi-litação para uso residencial, con-centrando 67% dos apartamentos atualmente em desenvolvimento em projetos de reabilitação. Esta é também a zona mas cara, com um “asking price” médio – isto é, o va-lor médio de oferta – de 6089 eu-ros/m2, que apresenta um prémio de 18% face à zona das Avenidas Novas.

Esta última, com um valor médio de oferta de 5174 euros/m2, é a segunda mais cara para este tipo de apartamento e concentra 14% da oferta em desenvolvimento na cidade. Já a zona de Arroios/São Vicente/Penha de França é desti-no de 11% do volume da oferta habitacional. Integrada em reabi-litação urbana, apresentando um valor médio de oferta de 4507 eu-ros/m2, um patamar 35% abaixo da zona com o valor médio mais elevado.

Com um valor médio semelhan-te (4414 euros/m2) e 8% da oferta, a zona da Estrela/Campo de Ouri-que é a que apresenta um maior diferencial de preços de oferta (nomeadamente de 38%) face à zona histórica, apura o estudo.

Em termos de caracterização da oferta, o estudo revela que são as tipologias T2 e T3 as mais co-muns nos projetos de reabilitação

urbana para uso residencial, des-tacando ainda que a maioria dos projetos se dirige aos segmentos medio-alto e alto.

Apoios à reabilitaçãoO estudo debruça-se também

sobre os programas de apoio à reabilitação urbana, especialmen-te vocacionada para o arrenda-mento. Consciente que a reabi-litação para habitação não pode nem deve ser uma aposta exclu-siva para as gamas mais altas do mercado, o Estado abriu o seu programa de financiamento “Rea-bilitar para Arrendar” aos investi-dores privados, numa tentativa de os atrair para dinamizar a oferta disponível de fogos com rendas condicionadas. Dotado de uma li-nha de crédito no valor de 50 mi-

lhões de euros, no espaço de pou-co mais de um mês e meio após o seu lançamento (a 9 de julho) esta medida de apoio que visa a recu-peração de imóveis degradados e a sua colocação no mercado de ar-

rendamento já tinha recebido 411 candidaturas para a reabilitação de 1155 fogos, revelou o Instituto da Habitação e Reabilitação Urba-na (IHRU).

Outro mecanismo que se espe-ra possa ter impacto no reforço do investimento em reabilitação urbana é o IFRRU 2020 (Instru-mento Financeiro para a Reabi-litação e Revitalização Urbanas). Trata-se de um instrumento, que conjuga verbas do Portugal 2020 com comparticipação pública e investimento do Banco Europeu de Investimento. Os fundos des-te instrumento deverão estar dis-poníveis para executar já no 2º semestre deste ano, embora não sejam ainda conhecidas condições concretas de taxas de juro e ma-turidade dos empréstimos, pois o concurso público para selecionar as entidades financeiras parceiras ainda não está em curso. Uma das novidades do IFRRU é que alarga os benefícios no financiamento à reabilitação de prédios de habita-ção. De recordar que os instrumen-tos financeiros para a reabilitação urbana e eficiência energética fo-ram aprovados em julho de 2015, agregando apoios de 600 milhões s de euros que, associados às ver-bas privadas, podem representar um volume de financiamento de 3000 milhões de euros até 2020. Tratando-se de uma linha de capi-tal reembolsável, esta iniciativa as-segura empréstimos aos proprie-tários a uma taxa de juro fixa mais baixa que a do mercado (2,9%), mas, em contrapartida, os proprie-tários ficam obrigados a colocar os seus imóveis no mercado de arren-damento com rendas condiciona-das.

Reabilitação UrbanaRevela estudo da Prime Yield no mercado de Lisboa

Apartamentos reabilitados na zona histórica são 18% a 38% mais caros

A zona histórica da cidade – que com-preende as áreas da Baixa, do Chiado e da Avenida da Liberdade – é a mais dinâmica na reabilitação para uso residencial.

Lisboa assumiu reabilitação como prioridade

Lisboa assume-se hoje como um dos destinos preferenciais dos in-vestidores que decidem apostar na reabilitação urbana para o merca-do residencial. E a verdade é que, hoje em dia, é a reabilitação urbana que domina a atividade de construção na capital portuguesa. A reabi-litação foi mesmo assumida como a grande prioridade em termos de política municipal, com a autarquia a investir na reabilitação dos espa-ços públicos e na criação de condições para atrair um maior número de investidores privados para a reabilitação do edificado propriamente dito. De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, entre 2013 e se-tembro de 2015 foram realizadas seis hastas públicas para alienação de 108 prédios detidos pela autarquia (foram vendidos 103) ao abrigo deste programa de estímulo ao investimento privado. E, nesse prazo, foram ainda celebrados 63 contratos de compra e venda e deferidos mais de 70% dos pedidos de licenciamento submetidos pelos adqui-rentes. Em termos de investimento privado, de acordo com a autarquia lisboeta, nos últimos cinco anos foram investidos 600 milhões de euros em reabilitação urbana. Reabilitar para uso habitacional ou para alo-jamento turístico têm sido os principais motivadores do investimento privado em reabilitação urbana em Lisboa.

VI | Imobiliário | sexta-feira, 26 de fevereiro 2016

A cortiça, fornecida pela Corti-ceira Amorim, foi o material escolhido para a cenogra-

fia do espaço onde decorreu, esta semana, o International Fashion Showcase (IFS), evento realizado na Somerset House, um imponente pa-lácio no centro de Londres.

O espaço, desenvolvido com o intuito de dar visibilidade a desig-ners de moda emergentes, assumiu grande projeção internacional.

De acordo com Miguel Flor, cura-dor do projeto Bloom Portugal Fashion, através de uma instalação em cortiça “pretende-se alertar para a criação ecológica e socialmen-te sustentável”. Num evento com um “forte enfoque na reutilização de materiais, a cortiça não perturba o equilíbrio do ecossistema”, for-malizando uma “simbiose entre o natural e o artificial”, destaca.

De entre os materiais cedidos pela Corticeira Amorim, que com-preendem soluções de aglomerado de cortiça expandido e de aglome-rados compósitos – ambos de tona-lidade negra e que foram usados no piso –, são os revestimentos de pare-de Wicanders Dekwall que definem a estética deste espaço, de linhas marcadamente vanguardistas. Num trabalho liderado por Miguel Bento, responsável pela cenografia do IFS, a conjugação de variadas linhas de revestimentos de cortiça Wicanders Dekwall resultam numa instalação que conjuga inovação e sofisticação, confirmando-se de novo a enorme versatilidade da cortiça.

No total, a Corticeira Amorim ce-deu uma tonelada de cortiça para o International Fashion Showcase, sendo que, no que toca especifi-camente aos revestimentos Wican-ders, foram usados cerca de 400 m2 da gama Dekwall, que se carateriza por um visual de cortiça, num por-tfolio que contempla linhas mais

ou menos tradicionais e cores mais contemporâneas ou mais clássicas, com benefícios claros em termos de conforto, que resultam do isolamen-to térmico e acústico que confere aos espaços.

Desde 2012, ano em que o Ser-pentine Gallery Pavilion foi feito em cortiça, num trabalho liderado por Herzog & de Meuron e Ai Weiwei, que a Corticeira Amorim tem estado

presente em diversas iniciativas no Reino Unido, como, por exemplo, no London Design Festival, em que um piso de cortiça foi desenvolvido de raiz para revestir uma das pontes renascentistas do Vitoria & Albert Museum. Em comum, as diferen-tes iniciativas visam dar notorieda-de à cortiça enquanto material de grande potencial para a arquitetura e design de interiores.

Corticeira Amorim lança novos produtos de revestimento

A Corticeira Amorim lançou, recentemente, as mais recentes inova-ções de produto na área de revestimentos, a se-gunda mais importante no portfolio do negó-cio. Os produtos Reclai-

med e Authentica, da Wicanders, são as duas opções diferenciadas e de grande valor acres-centado agora lançadas e que reforçam o já ro-busto posicionamento sustentável desta mar-ca premium do líder mundial de pavimentos de cortiça natural. Ins-pirada nas tendências de ecodesign, que privi-legiam o recurso a ma-teriais ecológicos e reu-tilizáveis, Reclaimed é

uma gama inteiramen-te concebida a partir de visuais de madeiras e pedras previamen-te usadas, que exaltam uma aparência típica de recuperação de pe-ças únicas e que trazem consigo uma narrativa própria. Composta por quatro visuais de madei-ra e três de pedra, Re-claimed é a mais re-cente linha a integrar a coleção Artcomfort, da Wicanders, que se dis-

tingue pela possibilida-de de replicar, num pa-vimento de cortiça, um visual de pedra ou de madeira, com um nível de precisão nunca visto.

Os pavimentos Au-thentica foram desen-volvidos para espaços de elevado tráfego, in-clusive espaços públicos de elevada afluência e apresentam garantias de 25 e 15 anos, para áreas residenciais e comer-ciais, respetivamente.

Apresentação decorreu esta semana, em Londres

Cortiça embelezou apresentação de moda no International Fashion Showcase

Materiais de construção

Organizado pelo Portugal Fashion & Aicep Portugal Global, o Internacional Fashion Showcase (IFS) é uma iniciativa anual do British Council e pelo British Fashion Council, tendo o patrocínio da Corticeira Amorim

Fotos: Nian Canard, Neon Squared Studios

BREVESAugusto Guimarães & Irmão é o novo distribuidor da Fundermax

A AGI – Augusto Guimarães & Irmão, Lda. tornou-se, no início deste ano, distribuidor

e responsável pela comercialização em Portugal dos painéis fenólicos para fachadas ventiladas Fundermax. A partir de agora os profissionais do setor da construção civil poderão contactar a AGI para o fornecimento destes compactos fenólicos. Os painéis Max Exterior são um produto de construção de alta qualidade que se utiliza especialmente para revestimentos de fachadas e varandas. São laminados termo estáveis fabricados numa das cinco fábricas que a marca possui na Áustria de acordo com a norma EN 438-6, tipo EDF, a alta pressão (HPL) e com uma resina desenvolvida com tecnologia própria. No mercado há 100 anos, é em finais dos anos 40 que a AGI foca a sua atividade na distribuição de matérias-primas de alta performance para a indústria dos plásticos, definido as três principais áreas de atuação que a caracteriza: distribuição de matérias-primas plásticas; de equipamentos para a indústria de plásticos e, desde os anos 90, distribuição de materiais de construção.

Tintas 2000 entre as 1000 melhores PME

A revista “Exame” elegeu a Tintas 2000 como uma das 1000 melhores PME

nacionais, consagrando-a assim como uma das melhores no seu segmento de mercado. O resultado da eleição foi publicado na edição de dezembro, onde foi divulgado o ranking das 1000 melhores PME nacionais. No ranking geral, a Tintas 2000 alcançou o 607º lugar. A distinção, que não é a primeira vez que a Tintas 2000 alcança, é atribuída através da análise do relatório e contas de cada uma das empresas, sendo resultado da aplicação de um modelo de análise dos rácios económicos e financeiros e de avaliação da performance das empresas. Esta distinção vem encerrar um ano bastante positivo no que respeita ao crescimento do negócio, à sustentabilidade e ao resultado. Em 2016, a Tintas 2000 pretende continuar a crescer e a consolidar o seu lugar no mercado das tintas em Portugal. Para isso, continuará a privilegiar a investigação, a inovação e a qualidade enquanto vetores de desenvolvimento do seu modelo de negócio.

sexta-feira, 26 de fevereiro 2016 | Imobiliário | VII

A QuartoSala é uma empresa portuguesa que atua na área da arquitetura e design de interiores e que tem mais de 20 anos de atividade. Fruto da estratégia de internacionalização da marca, em 2014 e 2015, apresentou um forte crescimento do negócio, mas também porque houve um ‘boom’ no segmento corporate, devido ao trabalho em parceria com gabinetes de arquitetura.

Elisabete [email protected]

Quais são as novidades da nova tendência na arquitetura e decora-ção de interiores?

Em época de crise e volatilidade económica, as tendências são mar-cadas por um retorno ao passado. O valor do trabalho manual, as séries limitadas, sentido ecológico e utili-zação de materiais nobres, a par de uma cultura de design bastante ec-lética parecem ser as tendências que dominam o espetro das preocupa-ções das empresas farol neste mer-cado.

Em alta, também, uma decoração cosmopolita em que todo o mundo se pode reconhecer, temperado com reedições menos conhecidas de de-signers da segunda metade do sécu-lo XX.

Qual é o segmento de mercado que mais procura os serviços da QuartoSala?

A QuartoSala nasceu como uma empresa 100% vocacionada para o cliente fi nal e essa estratégia mante-ve-se durante cerca de 15 anos.

A partir de 2012, com a entrada no mercado brasileiro, a QuartoSala desenvolveu o setor corporate, que

apresenta sinais de grande desen-volvimento.

A partir de então o negócio está dividido entre a QuartoSala – Home Culture, dedicado a clientes fi nais, e a QuartoSala – Corporate, que, como o seu nome diz, dirige-se a clientes profi ssionais. Desde que foi criado, há 5 anos, o setor corporate da empresa já igualou, em faturação, o sector Home Culture, dedicado a clientes fi nais.

No ano 2015 o sec-tor corporate cres-ceu 300% em rela-ção ao ano anterior enquanto o sec-tor “Home Cultu-re” cresceu apenas 100%.

Qual o peso do segmento de luxo e dos estrangeiros, que compram casa em Por-tugal, para a empresa?

Os clientes estrangei-ros representam 60% da nossa faturação. Quanto às famí-

lias de produtos que classifi camos como luxo, apresentam um cresci-mento emparelhado com o próprio crescimento da empresa. Já desde 2011 que a QuartoSala tinha feito um reposicionamento da marca, fo-cando a sua oferta em marcas de topo para poder fazer face à perda de poder de compra da classe média em Portugal.

Qual foi o impacto da crise no imobiliário na atividade da empre-sa? Qual é a situação atual?

As quedas do imobiliário refl etem--se normalmente no setor do design de interior um a dois anos depois

dos primeiros sinais de crise. No nosso caso, tivemos

um abrandamen-to da nossa ativi-dade em Portugal de cerca de 40%, o que se refl etiu especia lmente nos anos 2012

e 2013. Atual-mente, estão

em franco crescimen-

to. Em 2015 as vendas aumentaram 250% em relação a 2014.

Qual foi o impacto para a ativida-de da QuartoSala com a internacio-nalização para Angola e Brasil?

Entendemos que a globalização trouxe um novo fenómeno para o se-tor do design de interiores que tem a ver com o facto de muitos arquitetos brasileiros estarem com projetos fora do Brasil, nomeadamente em Por-tugal e em Angola. O facto de nos termos posicionado no Brasil, como parceiros de qualidade para a exe-cução, fornecimento e acompanha-mento desses projetos em Portugal, foi vital para recuperarmos a ativida-de da empresa.

Nos últimos anos, os promotores começaram a associar à promoção dos empreendimentos imobiliários um gabinete de decoração e arqui-tetura. Qual a importância que este facto representou na vossa ativida-de?

Os clientes estrangeiros vieram tra-zer necessidades de qualidade que o mercado em Portugal não estava ha-bituado a oferecer.

A associação dos promotores a gabinetes de design de interiores é uma tendência que faz sentido tendo em vista a valorização dos espaços interiores que passam a ter assinatu-ras credíveis. No entanto, considera-mos que estas associações carecem ainda de alguma consistência.

Normalmente, as propostas são muito básicas, o que acaba por im-pulsionar a que o comprador des-valorize o que é proposto para fazer ele próprio uma remodelação dentro de moldes mais exigentes. A Quar-toSala entra normalmente nesta fase, é chama da a intervir no espaço por clientes exigentes que não se satisfa-zem com propostas padrão.

Pedro d’Orey, CEO da QuartoSala, destaca:

“Fruto da internacionalização, em 2015 as vendas aumentaram 250%”

Notícias

QuartoSala assina projeto do restaurante Wood Sushi

A QuartoSala é a marca respon-sável pelo projeto de arquite-tura de interiores e decoração

do mais recente restaurante japonês no Parque das Nações, em Lisboa, o Wood Sushi.

Inspirado na gastronomia e ar-quitetura japonesa, o Wood Sushi foi pensado para proporcionar aos clientes uma experiência irreverente, já que é constituído por dois pisos que representam uma grande caixa de madeira, garantindo assim uma linguagem conjunta entre o con-ceito do restaurante e a arquitetura do espaço. Enquanto o piso 0 está orientado para um serviço de take away, o piso superior está pensado

para ser uma zona mais intimista, com mesas e bancos que convidam a permanecer no restaurante durante mais tempo. Decorado com um jar-dim vertical, este piso tem ainda uma combinação de iluminação embutida e candeeiros de suspensão em vidro que conferem ao espaço uma ilumi-

nação mais cénica. A utilização de materiais sustentá-

veis é comum a todo o espaço, com especial destaque para a madeira de pinho nacional que reveste as pare-des, teto e porta. A grande área en-vidraçada confere ao espaço uma grande transparência, onde predo-

mina a luz natural. Lançado como um departamento

autónomo dentro da empresa, a sec-ção corporate da QuartoSala traba-lha em estreita parceria com os gabi-netes de arquitetura, com o objetivo de encontrar a solução ideal para o interior de cada projeto, residencial ou público. Com mais de 20 anos de experiência, a área de projetos de decoração e design de interiores da QuartoSala, soma já diferentes pro-jetos, tanto a nível nacional como in-ternacional.

O Wood Sushi está localizado na Avenida Dom João II, 39A, no Par-que das Nações, e está aberto de se-gunda a sábado, das 12h às 21h.

O Wood Sushi está localizado na Avenida Dom João II, 39A, no Parque das Nações.

VIII | Imobiliário | sexta-feira, 26 de fevereiro 2016

Pedro Barbosa é, pelo quarto ano consecutivo, nº 1 da Europa em termos de venda de franquias/lojas. Uma situação que se deve ao seu empenho, trabalho e dedicação e fato de correr “sempre mais uma milha do que é necessário”.

Quais as razões que explicam o seu desempenho pelo quarto ano consecutivo em termos de venda de franquias?

Uma das grandes razões é a mi-nha experiência de 14 anos na ERA. Ao longo deste período as-sumi diversas funções na empre-sa, nomeadamente de consultor, diretor de operações sul e agora

diretor de expansão. Foi um per-curso feito de etapas e que me permitiu um conhecimento mui-to grande do setor e da própria empresa, naturalmente. Abrir lo-jas, recrutar equipas, formar equi-pas comerciais e ensinar o sistema de trabalho ERA para obtenção de resultados são tarefas que te-nho desempenhado no dia-a-dia,

pelo que conheço muito bem a mediação e o sistema de trabalho da ERA.

Por outro lado, a minha forma de estar também tem tido muita infl uência nos resultados que te-nha alcançado. Sou muito dedi-cado, empenhado, trabalhador e “corro” sempre mais uma milha do que é necessário. Em suma, consi-dero que é a conjugação da minha experiência com o meu perfi l que tem feito a diferença.

O que precisa ter um franquea-do para se tornar um empresário de sucesso da ERA Imobiliária?

Tem de ser uma pessoa respon-sável, dedicada, ética, com ca-pacidade de trabalho e de adap-tação e muito orientado para o serviço ao cliente fi nal.

A maioria dos franqueados são pessoas de outras áreas e sem experiência no imobiliário. Que razões explicam esta mudança?

Entre 2012 e 2015 todos os no-vos franqueados vieram de outras áreas, sem qualquer experiência no imobiliário. Atualmente, mais de 90% dos colaboradores da ERA são provenientes de outras áreas de atividade. Há duas grandes ra-zões para estas mudanças. Por um lado, temos pessoas que estavam a trabalhar por conta de outrem e que tomaram a decisão de dei-xar os empregos para passarem a ser donos do seu próprio negócio e gerir o seu próprio tempo. Por outro, temos pessoas que procura-vam negócios de alta rentabilida-de, baixo risco, sem gestão de sto-cks e sem problemas de cobrança. Tudo características que o nosso negócio e exatamente o modelo ERA permitem.

Quais são as características dos novos franchisados?

Estamos a falar de pessoas com experiência profi ssional, experiên-cia de vida, ambição, capacidade de adaptação e muita vontade de trabalhar e de aprender. Em ter-mos de formação, a maioria (+ de 90%) dos novos franqueados tem

formação superior. São formados em economia, gestão, direito, marketing, arquitetura, engenha-ria civil, engenharia informáti-ca e solicitadoria. Anteriormente desempenhavam funções de di-retores de marketing, diretores comerciais, diretores de obras, gerentes bancários, diretores de desenvolvimento de software, di-retores gerais e, inclusivamente, administradores de empresas. E estamos a falar de cargos em em-presas de topo, como são exem-plo a Microsoft Portugal, a Sie-mens, Jonhson & Jonhson, Whurt e em alguns dos grandes bancos nacionais.

Quantas aberturas de lojas coordenou em 2015? E postos de trabalho criados?

Em 2015 coordenei 25 abertu-ras, o correspondente a mais de 300 postos de trabalho.

Quais são as características e localizações das novas lojas?

Não existe uma concentração na localização das novas lojas. A loca-lização das aberturas em 2015 fo-ram efetuadas em 25 locais, distri-buídos desde o norte a sul do país.

Tendo em conta o que já con-seguiu até aqui, qual é o desafi o para este ano?

Para este ano tenho dois desa-fi os muito bem defi nidos. Um de-les é continuar na busca de pes-soas com qualidade (conforme as características acima menciona-das). O outro é continuar a fazer com que esta rede tenha o melhor serviço ao cliente fi nal da media-ção imobiliária em Portugal.

NotíciasPedro Barbosa, diretor de expansão da ERA afi rma:

“Mais de 90% dos colaboradores da ERA são provenientes de outras áreas de atividade”

A ENGENHARIACOMO MOTOR DO TURISMO4ª CONFERÊNCIA // 03 MAR 2016ISEP // AUDITÓRIO MAGNO // 17h00

• DESAFIOS DO TURISMO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍSAna Mendes GodinhoSecretária de Estado do Turismo

• TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES: DO PORTO AO TURISMO PARA A CRIAÇÃO DE UM LUGARLuís Pedro SilvaLuís Pedro Silva, Arquitecto

• NOVOS DESAFIOS DA ENGENHARIA: ENGENHARIA COMO PATRIMÓNIO TURÍSTICOFernando Almeida SantosPresidente da Região Norte da Ordem dos Engenheiros

• INVESTIMENTOS TURÍSTICOSMário FerreiraCEO Douro Azul

INSCRIÇÕES GRATUITASwww.isep.ipp.pt/ccem

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Pedro Barbosa considera que o franchi-sado tem de ser uma pessoa respon-sável, dedicada, com capacidade de trabalho e de adaptação e muito orien-tado para o serviço ao cliente fi nal.