JUNHO 2008ANO 7
NOVA SÉRIE
O NOSSO N.º 3COLÉGIO
�
A Casa onde às vezes se retorna é a mesma que deixámos há
muitos anos atrás. A Casa onde às vezes se retorna é a que nos
continua a alimentar o caminho e a determinar aquilo que so-
mos: a escrivaninha permanentemente desarrumada, o aperto
de mão dado com a quantidade certa de força e carácter, o ter-
ço rezado em família, chegar sempre 5 minutos depois da hora,
a opção que se faz em abençoar os alimentos que são coloca-
dos sobre a mesa.
A construção do Reino de Deus começa precisamente aí. Nessa
Casa. Tal como a barbárie começa nesse mesmo lugar. Em ca-
sa. A atitude que o Colégio deve ter é estar preparado para ser,
também, essa morada: um lugar no qual Jesus está inscrito em
cada matéria, em cada sala de aula, em cada professor.
Este é um dos fundamentos da educação católica à luz de Santo
Inácio, como força determinante dos homens e mulheres que
por aqui passam. Na verdade, e simplificando as coisas, o segre-
do está em retirar o crucifixo de cima do quadro negro e passar
a andar com ele para todo o lado. E inscrevê-lo no coração de
quem passa o dia debaixo dos nossos telhados. É deixar Marca.
Por acreditar que o educador deve ser alguém que oferece a
sua alma para benefício da comunidade, que se apaixona inces-
santemente por cada pequeno nada da vida quotidiana na rela-
ção com o outro, diria que ele tem que dar um sentido sagrado
a cada coisa que faz, tornando-a parte de um sonho maior que
ele próprio.
A escolha que se toma no sentido da formação cristã inaciana,
é um desafio para os cristãos de hoje e esse desafio é assumir
que não basta ser cristão, é preciso dizer “sou cristão” em cada
gesto, em cada coisa que se faz - a procura incessante de Deus.
Afirmá-lo publicamente é combater a vergonha de ser católico
na sociedade “pós-pós” moderna, na sociedade do sentir bem
em que a cruz está definitivamente fora de moda e é olhada
com sobranceria pelos intelectuais que ditam o que devemos
pensar dizer e fazer. É afirmar que a coisa mais importante de
todas é Deus, e com sabedoria saber introduzi-Lo a Ele e à Sua
Palavra em tudo aquilo que domina as nossas vidas: a família, a
música, o atletismo, o ensino.
Porque não pode ser de outra maneira.
A escolha que fazemos todos os dias tem que ter como base
a grande lição de Fé que se tira da religiosidade vivida pelas
crianças: Acreditar sem perceber.
Muito pouco ingenuamente, está aqui o segredo: procurar um
olhar claro sobre as coisas e simultaneamente respeitarmos o
mistério que encerra a Humanidade.
Dra. Conceição Matos
Directora pedagógica Jardim Infância
A escolha
EDITORIAL�
VIDA COLEGIAL 6º ANO�
Nos dias 11 e 12 de Abril decorreram as
Iníadas e a Festa das Famílias, no Colégio
das Caldinhas.
O 6º ano abriu as portas do seu corredor,
para mostrar a toda a comunidade edu-
cativa, algum do trabalho realizado, em
Área de Projecto, PNL e EVT.
“A Língua Portuguesa é a minha Pátria” era
o tema aglutinador de todo o trabalho, de-
senvolvido ao longo do 1º e 2º períodos.
Cada turma debruçou-se no estudo de
um país lusófono, desenvolvendo várias
pesquisas e contactos. Todo esse estudo
foi traduzido na realização de trabalhos di-
versos, e na recolha de objectos originais.
Assim, numa sala, mostrámos variados
frutos exóticos e saboreámos bolos fei-
tos a partir de receitas típicas de vários
países; noutra estavam expostos todos
os nossos trabalhos e objectos ligados à
pesquisa das diferentes culturas; numa
terceira sala expusemos os trajes que
usámos no desfile de Carnaval, e alusi-
vos ao mesmo tema, e numa quarta sala,
havia a projecção de paisagens dos di-
versos países ,que nos transportou nu-
ma vertiginosa volta ao mundo.
Ficámos muito contentes com a visita de
todos os que nos quiseram brindar com
a sua presença, e agradecemos todas as
manifestações de carinho e de incentivo
que nos foram dirigidas.
Duarte Pinto; Pedro Miguel 6º B
A nossa escola aderiu ao Clube de pro-
tecção civil, proposto pela Câmara de
S. Tirso, e fazem parte desse Clube, sete
alunos do 6º ano e seis do 5ºano.
A primeira actividade desenvolvida foi a
composição de telas, sobre temas rela-
cionados com a protecção civil.
Foi grande a azáfama, para que tudo es-
tivesse pronto no dia estabelecido.
No dia 4 de Março, um autocarro da
Câmara, veio buscar-nos para irmos ver
todas as telas expostas numa das ruas de
S. Tirso, as nossas e as das outras escolas.
Todos os trabalhos tinham desenhos e
dicas informativas de como é possível
vivermos melhor em sociedade.
Fomos recebidos pelos bombeiros, que
nos falaram sobre o seu trabalho, e nos
mostraram os vários carros utilizados,
nas diferentes situações. Também tive-
mos a oportunidade de ver um dos cães
treinados para encontrar pistas de pes-
soas desaparecidas.
Por fim, despedimo-nos, embora com
pena, pois estava a ser muito interessan-
te e, ao mesmo tempo, divertido.
Diana 6º A
A presença do 6º ano nas Iníadas
Clube de protecção civil
VIDA COLEGIAL 7º ANO�
O 6º ano é o maior!
No dia 14 de Março, o último dia de aulas, o 7º ano teve a opor-
tunidade de, em grupo e fora do colégio, ter um dia diferente.
Chegámos ao colégio à hora habitual e, após termos marcado
presença na sala de aula, dirigimo-nos para o portão das ter-
mas. E qual não foi o nosso espanto ao vermos que a nossa saí-
da ia ser em grande, já que ia acontecer com a máxima seguran-
ça – um carro da polícia e uma ambulância estariam connosco,
“ não fosse o diabo tecê-las”.
O campo de futebol do Caldas ficava longe do colégio, e para lá
chegar também fazia parte do programa fazermos uma pequena
caminhada, muito agradável, por sinal. Quando lá chegámos, os
alunos que se tinham inscrito, para participar nos jogos, foram-se
equipar, enquanto os restantes se foram acomodando nas ban-
cadas, pois era preciso preparar claques e dar ânimo à festa.
Começou o torneio de futebol inter-turmas e, depois de muitos
jogos já realizados, duas turmas foram à final – o 7E e o 7F, aca-
bando esta por ser a grande vencedora. Parabéns!
Agora é chegado o momento de reconhecer o muito de quem
tanto se deu para que nada tivesse acontecido por acaso. Obri-
gado ao nosso Responsável de Ano, aos nossos Directores de
Turma, aos nossos queridos Prefeitos, e a tanta, tanta gente
que, de uma ou de outra forma, nos proporcionaram uma ma-
nhã bastante agradável. À Polícia Municipal de Santo Tirso, aos
Bombeiros Voluntários Tirsenses ( Amarelos ), aos restaurantes:
– O Brasileiro e O Jesuíta, – às padarias: – S. Miguel, de Vila das
Aves, e à padaria das Caldas da Saúde, e ainda à Junta de Fre-
guesia de Areias, uma palavra também de agradecimento, por
se terem juntado a nós. A todos, um reconhecido obrigado!
Pelo 7ºE Vasco; Patrícia ; Ana João
Final de Período
VIDA COLEGIAL 8º ANO�
No horizonte, vejo o meu futuro, as minhas vitórias, as minhas derrotas; sei qual é o
meu caminho.
Mas quando a escuridão me assalta, fujo, escondo-me de tudo e de todos. Receio a
mais pequena criatura, escuto os mais terríveis pensamentos do mundo, vejo o terror
com os meus olhos, sinto a dor de um moribundo e, então, choro.
Quando me encontram, perdido em lágrimas, quase sufocado, entregam-me à luz e
eu sinto-me livre como um passarinho, livre de todo o mal, liberto das mais profundas
trevas, devolvido ao meu rumo, à minha eterna segurança.
Todos me olham com orgulho, e eu sei que sou capaz, que vou vencer!
Chegou o momento, voo por cima do mar, sinto a sua respiração – é leve e calma – es-
cuto-o a entoar o seu canto, e então vejo-a. Vejo a luz do meu destino, a luz que me
vai levar para outra vida – a vida dos meus sonhos…
Ana Isabel Pinheiro nº 252 8º A
O período estava a chegar ao fim e para encerrar esse tempo de aulas
e de estudo, celebrámos a missa de Santo Inácio de Loyola, ao mesmo
tempo que vivíamos a nossa Páscoa – um momento de reflexão, num
convite a uma vida renovada.
Nesta cerimónia, além do habitual, também foi lembrado o Padre Pe-
dro Arrupe – um homem importante na história da Companhia de Je-
sus e do serviço a Cristo. Apesar da morte o ter já assolado, ele conti-
nua a ser um testemunho vivo e um exemplo a seguir. A sua imagem
está bem presente nas memórias de dezenas de pessoas que ajudou,
e o seu espírito continua entre nós forte e vivo, sempre pronto a inspi-
rar mais jovens a seguir o seu caminho.
Foi um momento de paragem no nosso dia - a – dia, por vezes, atri-
bulado, numa Eucaristia onde se recordaram homens de Deus cujo le-
ma “Em tudo Amar e Servir “deve estar bem presente, nas acções da
nossa vida, na certeza de que é na paixão por Deus que encontramos
o sentido da nossa existência.
Diana Pereira Araújo; Mário Rui Correia 8ºA
PáscoaVida Nova – Tempo de Libertação
Qual é o meu destino?
Sou como um pássaro – um pássaro que tem
um único destino, que quer ver o mundo de
uma só vez, e, do que de mim depender, tudo
farei para o conseguir.
VIDA COLEGIAL 9º ANO�
Estilista, médico, enfermeiro, escritor, jornalista, advogado, en-
genheiro, inspector da PJ …? Eis a grande questão! A verdade
é que não podemos escolher a nossa profissão de ânimo leve,
pois dela depende o nosso futuro, a nossa felicidade e, ainda
mais importante, a nossa vida.
Ao longo deste ano lectivo, principalmente, adquirimos como
lema o verbo “lutar”, e dele fazemos a nossa luz e o nosso guia;
um reconforto por vezes insuficiente, mas que abraçamos com
paixão, porque queremos um futuro em grande.
Para pôr fim às nossas dúvidas realizou-se, no dia 16 de Abril, a
Feira das Profissões. Optando por duas das cinco áreas propos-
tas, cada um de nós ouviu os convidados da sala das tecnologias,
ou da sala da saúde, ou da sala das ciências sociais e humanas,
ou... As notas de acesso ao Ensino Superior, o esforço que temos
que fazer para o alcançar, e o nível de vida que nos proporciona-
rá o exercício dessa profissão, foram as perguntas mais frequen-
tes, às quais os convidados pacientemente responderam.
O medo de errar é grande, e o de nos desiludirmos é ainda
maior. Assim, graças a esta oportunidade proporcionada pela
nossa Divisão, em parceria com a Associação de Estudantes do
INA, vimos algumas dúvidas esclarecidas e crescemos mais um
pouco. Por tudo isso, um agradecimento sincero à professora
Maria Sameiro, à AEINA, e aos profissionais que disponibiliza-
ram uma manhã do seu tempo, para vir ao 9º ano.
Agora,… bem,… só podemos dizer o seguinte: Com esta ac-
tividade, demos mais um passo na opção que vamos ter que
tomar; com a conclusão do 9º ano, ganhamos uma batalha…
Quanto à guerra?… bem,… estamos a preparar as armas, e não
demorará muito até que os convidados do dia 16 de Abril nos
tenham como colegas de trabalho!
Andreia Cruz (nº 565); Ana Catarina Cardoso (nº 797)
Joana Moreira (nº 826)
9º B
A feira das profissões do 9º ano
Conhecer a terceira idadeÉramos a última turma do 9º ano a fazer a visita ao Centro de
Dia de Areias. Finalmente era a nossa vez! Estávamos todos pre-
parados, mas quando, no dia 17 de Abril, chegámos ao lar, fo-
mos surpreendidos por um grupo de pessoas que, juntamente
com a nossa vontade de alegrar aquela tarde, transformaram
um dia normal, num dia muito especial. Para além da Directora
de Turma e de um elemento do Gabinete Social, acompanhava-
nos a professora Cristina Lima, do CCM. Como a música faz par-
te do nosso currículo, tínhamos previamente construído instru-
mentos musicais – a partir de objectos como copos de iogurte
– e cantámos algumas canções tradicionais.
A tarde passou rapidamente, mas ficou uma certeza: depois des-
ta actividade, vemos a vida de uma perspectiva bem diferente!
Óscar (nº 419) 9º A
“Ninguém consegue escapar ao bicho do conhecimento”No dia 28 de Abril, alguns alunos do 9º ano tiveram a oportu-
nidade de participar numa competição de Matemática: EQUA-
MAT 2008 do “Projecto Matemática Ensino”, da Universidade
de Aveiro. Todos nos esforçámos por representar bem o INA!
Foi uma experiência agradável, divertida e enriquecedora, on-
de pudemos pôr à prova a nossa rapidez de raciocínio e, tam-
bém, desfrutar de um simpático dia de convívio com cerca de
4000 alunos, de 367 escolas.
De facto, “Ninguém consegue escapar ao bicho do conheci-
mento”, como podíamos ler em todo o “campus”!
Ana Rita Ramos (nº 643) 9º C
O Mundo das ProfissõesDurante o ano lectivo, os tempos de Área Projecto foram espe-
cialmente dedicados ao conhecimento e à exploração do Mun-
do das Profissões. Houve várias actividades promovidas pelos
DT, entre as quais a construção de um “Dicionário de Profis-
sões”, com todas as profissões estudadas.
O contacto com os profissionais foi privilegiado, e culminou com
a Feira das Profissões. Mas a minha turma também teve o prazer
de contactar com a Patrícia Batista, estudante universitária de en-
fermagem, e o Luís Soares, estudante de Farmácia, que vieram
responder às nossas perguntas, na aula de AP, do dia 3 de Março.
Durante as Iníadas, na entrada do corredor da nossa Divisão,
uma “ramada de profissões” servia de índice para a aventura
que estamos prestes a viver: a escolha da NOSSA profissão!
Soraia (nº 1475) 9º E
Actividades de enriquecimento
9º ano
�VIDA COLEGIAL – CEF
No ano passado entrei para um curso de Cef, pois este curso
tem como finalidade ajudar certos alunos que não gostam tan-
to de estudar, que é o meu caso. Tive conhecimento que só ha-
via 3 cursos de Cef : curso de Cozinha, curso de Refrigeração e
o curso de Operador de Informática. Logo optei pelo curso de
Informática, pois era o curso com que mais me identificava.
Ao princípio estava receosa, pois não sabia bem o que me espe-
rava, mas decidi arriscar.
Neste momento, estou no 2ºano do curso, sinto-me realizada ,
mesmo que não seja isto que queira fazer, futuramente. O mun-
do da informática sempre me despertou uma certa curiosida-
de; daí o motivo de ter entrado para o curso. Neste momento,
tenho que agradecer a este curso, pois aqui aprendi várias coi-
sas, maneiras de pensar diferentes, diferentes personalidades,
e isso faz-nos crescer, sem dúvida.
Muita gente julga-nos por sermos de um Cef… na mente dessas
pessoas um Cef é um curso fácil… chegam mesmo a dizer que é
um curso para burros, mas um Cef é um curso como os outros…
Optámos por um Cef, porque não nos interessamos tanto pe-
los estudos.
Este curso ficará gravado na minha memória, pelos bons e maus
momentos. Se por um lado somos aquilo que somos, hoje, de-
vemo-lo aos nossos professores, mas principalmente à nossa
Directora de Turma, por tudo o que fez por nós, pelo empenho
e pela dedicação para connosco, ao longo destes 2 anos que,
sem dúvida, nos marcaram…
Bons momentos passámos fechados em 4 paredes; muitas lições
de vida nos passou. Por vezes, penso, que um simples obrigado
não chegará para agradecer tanta preocupação connosco.
Patrícia
2º ano Curso Operador de Informática
Em Setembro de 2006, entrei no curso de O.I., pois tinham-me
dito que era uma boa oportunidade para concluir o 9ºano. Pen-
sei, repensei, dei o primeiro passo, e fui em frente. Hoje, e pres-
tes a acabar o 2º ano, dou comigo a pensar nas atribulações
iniciais por que tivemos de passar. É curioso, pois apesar de não
ter deixado o colégio, tudo me pareceu muito estranho – dis-
ciplinas e professores novos, e uma grande parte de colegas
acabadinhos de chegar de outras escolas, de ”outros mundos”.
Tanto, tanto para recordar no meio da grande certeza do muito
que há ainda para aprender. Crescemos muito, unimo-nos um
bocadinho mais na diferença, e hoje sinto que nada aconteceu
por acaso. Quando chegar ao final do ano lectivo, quero prosse-
guir o curso de Análises Laboratoriais, para ter um emprego, e
assim poder ter o meu dinheiro, e ajudar aquela que para mim
é a pessoa mais importante – a minha mãe.
Carina Machado 2º O.I
Ecos de um CEF
Eu e o CEF
�
���VIDA COLEGIAL – CEF
Na sequência do conteúdo programático
Linux, o professor Alexandre Silva suge-
riu que criássemos um clube. De imedia-
to, quatro alunos (João Paulo Machado,
Rúben Penedo, Pedro Silva e João Go-
mes), seduzidos pela ideia, agarraram o
projecto. Começámos, então, por esco-
lher o nome e, no meio de muitos, clube
linuxina foi o preferido.
Depois da ideia, faltava a Directora apro-
var a existência deste clube, que funcio-
naria em horário pós lectivo. Dada a au-
torização, começámos logo por montar
um computador onde instalámos o li-
nux. Com o tempo, começámos a saber
trabalhar nele e os professores ao verem
o nosso empenho sugeriram que repre-
sentássemos o curso e a escola nas feiras
-uma boa oportunidade para revelarmos
a nosso trabalho. Criámos o site www.
clubelinuxina.com no joomla, que é uma
aplicação opensource com downloads
e demonstrações do sistema operativo,
para dúvidas ou programas para o linux.
No dia 3, 4 e 5 de Abril, um pouco ner-
vosos, mas seguros do nosso trabalho,
marcámos a nossa presença no fórum
da Alfândega do Porto. Foi muito diver-
tido, pois demonstrámos o Sistema Ope-
rativo, sistema que muita gente tem em
casa ou que gostaria de conhecer me-
lhor. Foram três dias no fórum, cheios de
explicações, de demonstrações, embora
cansativas, mas muito divertidas e enri-
quecedoras. Hoje, e um pouco distan-
ciados do acontecimento, estamos cons-
cientes que valeu a pena, e que demos
o nosso melhor. Obrigado professor Ale-
xandre por ter apostado tanto em nós!
Sabias Que…
O Linux é um Sistema Operativo, assim co-
mo muitos outros que existem no mercado
(com substanciais diferenças). É um sistema
derivado do Unix, sistema muito famoso pe-
lo uso de hackers, e pelo grande suporte e ro-
bustez na parte relacionada a servidores, fei-
to para rodar em computadores pessoais.
O Linux faz tudo o que se poderia espe-
rar de um Unix moderno e completo. Su-
porta multitarefa real, memória virtual, bi-
bliotecas dinâmicas, redes TCP/IP, nomes
de arquivos com até 255 caracteres e pro-
tecção entre processos (crash protection),
além de muitas outras funcionalidades
que deixariam esta lista extensa demais.
Tem um baixo custo
O Linux é baseado em software livre. Por
isso, as empresas que distribuem o siste-
ma não cobram pelo sistema em si, mas
por serviços adicionais, como publica-
ção de manuais e suporte.
Em termos de segurança
Qualquer instalação ou alteração do sis-
tema, no Linux, requer a autorização do
“utilizador root”, que é uma espécie de
utilizador especial do sistema. Com isso,
dificilmente um vírus ou programa mali-
cioso será instalado, a não ser que haja
autorização, inserindo uma senha e um
nome de utilizador.
João Paulo Machado; João Paulo Gomes;
Pedro Silva 2º O.I.
O clube Linuxina
�ÁREA PROJECTO
No passado dia 8 de Abril, realizou-se uma
conferência de nome “Desenvolvimento
Sustentável”, planeada pelos alunos do
grupo “Crescer Renovando”, do 12ºA.
Subordinada ao tema “Desenvolvimento
Sustentável”, a conferência tinha como
objectivo a promoção do uso de energias
renováveis, em nossas casas, como for-
mas mais económicas e “environment-
-friendly” (amigas do ambiente) de obter
energia. Relacionando as energias renová-
veis com o tema da conferência, concluiu-se
que este tipo de energias é o único que pro-
move um desenvolvimento sustentável.
A mesa da conferência foi constituída pela
Profª Doutora Cristina Chaves (F.E.P.), Eng.ª
Ana Maria (Câmara Municipal de Santo
Tirso) e pelo Sr. Afonso Pereira (Habieco-
lógica) cujas intervenções se revelaram
extremamente pertinentes e frutíferas.
Pensamos que com esta conferência
atingimos o grande objectivo que nos
havíamos proposto: consciencializar pa-
ra o uso das energias renováveis, para os
presentes e para os vindouros.
O grupo “Crescer Renovando”
No passado dia 11 de Abril, a nossa turma
realizou, em Área Projecto, uma activida-
de chamada “ Tômbola de solidariedade”.
Este trabalho foi iniciado por um gru-
po, mas, na parte final, envolveu toda a
turma. O objectivo era angariar dinhei-
ro para apoiar os projectos da Fundação
Gonçalo Silveira. Pela nossa tômbola pas-
saram pessoas de várias idades: alunos e
professores, que queriam participar, não
pelos prémios em si, mas pela ajuda que
estavam a dar às missões jesuítas.
Toda a turma, bem como vários profes-
sores, contribuiu para o bom funciona-
mento da actividade, trazendo objectos
que não precisavam, e em bom estado,
para serem sorteados. Havia rifas a cin-
quenta cêntimos e a um euro.
O trabalho foi um sucesso e superou as
nossas expectativas. Aliás, houve tanta
gente a contribuir na nossa iniciativa que,
por volta das três da tarde dessa sexta fei-
ra, primeiro dia das Iníadas, já tínhamos
esgotado os 210 objectos para sortear.
Adorámos participar e ajudar os mais
desfavorecidos.
Os alunos do 7ºB
Solidariedade em Projecto
Desenvolvimento Sustentável:utopia ou realidade ?
�DEPARTAMENTOS MATEMÁTICA
Ano após ano, o Departamento de Mate-
mática tem-nos proporcionado activida-
des que nos ajudam a crescer como es-
tudantes e como pessoas.
No dia 16 de Abril, decorreu mais um tor-
neio de Rummikub, o sexto!
Os adeptos deste jogo passaram uma
tarde divertida, dividida em três partes:
primeiro todos jogaram, tendo-se apu-
rado os 16 melhores; estes foram distri-
buídos em quatro mesas, com quatro
participantes cada; aquele, com melhor
pontuação, de cada mesa, passou à final,
que foi disputada com muito entusias-
mo, por todos.
Não se pense que é só brincadeira. Du-
rante todo o jogo foi obrigatória a con-
centração, o raciocínio e, também, a sor-
te, porque se as peças não forem a nosso
favor, pouco haverá a fazer.
E eis que chegámos ao fim… e os pri-
meiros quatro lugares foram, não só pre-
miados com jogos, como também com
a hipótese de participação num torneio
interescolar, o que muito agradou ao Rui
do 8ºE, ao Bruno do 8ºA, à Larissa do 9ºC
e à Teresa do 8ºB, respectivamente 1º, 2º,
3º e 4º lugares.
Não podia ter corrido melhor. Para o ano
cá estaremos, de novo, à espera de mais
desafios.
Ricardo Bruno Santos Silva nº 1719, 8º A
O EQUAMAT é um jogo realizado na Internet sobre Matemática,
constituído por 20 níveis, tendo de responder, verdadeiro ou
falso, a quatro alíneas, em 30 minutos.
Da parte da manhã realizaram-se as competições e, depois de
um almoço bem fornecido, algumas escolas ficaram na Universi-
dade, enquanto outras optaram por ir ao Fórum. Após algumas
horas bem passadas, regressámos à Universidade para a entrega
de prémios. Da parte do 8º ano, uma equipa do Porto levou o pri-
meiro prémio ao terminar a prova em 3 minutos e 13 segundos.
VI Torneio de Rummikub
Que rápidos! Os melhores classificados do INA ficaram em 13º
lugar, ao completarem a prova em 22 minutos e 18 segundos.
Como equipa do INA, nós adorámos fazer parte deste jogo a ní-
vel nacional, esperando que para o ano haja mais. Obrigado ao
Prof. Carlos Espírito Santo e à Prof.ª Rosa Guimarães, pela com-
panhia, pela força e pelo incentivo.
Ana Sofia Gomes; Ricardo Silva
Pelo 8º A
EQUAMAT 2008Um dia diferenteNo dia 28 de Abril de 2008, voltaram-se a realizar os concursos da Universidade de Aveiro. O mais importante deles foi, claro, o EQUAMAT. Com escolas de todo o país, também o INA levou os seus 30 participantes, dispostos em 15 equipas, de 8º e 9º anos: 2 alunos do 9º ano e 24 alunos do 8º ano.
�0DEPARTAMENTOS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Com o objectivo de marcar presença na festa que, ao longo
dos anos, tem vindo a ser o grande encontro de toda a comu-
nidade educativa do INA – As Iníadas, o Departamento de Lín-
guas Estrangeiras quis, mais uma vez, “dar o ar da sua graça”.
Quem visitou o corredor do 8º Ano teve a oportunidade de
apreciar a criatividade e o empenho dos nossos alunos, tra-
duzidos em trabalhos únicos que em muito enriqueceram a
exposição que aí fizemos. A sala do Inglês e a sala do Francês
e do Alemão, se por um lado matavam saudades a quem um
dia andou já por outras terras, por outro mantinham a chama
de quem se atrevia, ainda, a querer sonhar. No entanto, para
que tudo fosse ainda mais autêntico e real, criámos o nos-
so cantinho da gastronomia, onde todos puderam apreciar e
identificar o sabor de cada língua, naquilo que de mais típico
lhe é sobejamente conhecido. Desde os scones, os muffins e
os brownies que constituem um delicioso acompanhamen-
to para o famoso chá das cinco (e não só!), às tão conhecidas
salsichas alemãs e aos célebres Zupfkuchen e Apfelkuchen, pas-
sando pelo que de muito variado a França nos vai fazendo che-
gar (croissants, fromages, quiches, pains au chocolat, chaussons
aux pommes…) tudo serviu para que, por momentos, unidos
na diferença, trouxessemos a este encontro de famílias uma ou-
tra cor, um outro paladar. E foi nesta venda de produtos que o
Departamento encontrou forma de colaborar nos projectos das
Missões jesuítas, dando a quem nada tem, um pouco do muito
que ainda nos vai sobrando.
Ao Intermarché de Calendário, em Vila Nova de Famalicão,
na pessoa do Dr. Alfredo Guimarães, e do Sr. Nelson, assim
como à padaria das Caldas da Saúde, um sentido obrigado
por parte do Grupo de Francês, por terem colaborado con-
nosco, sendo que toda a atenção e disponibilidade dedica-
das em muito nos sensibilizou.
O Departamento de Línguas Estrangeiras
Unidos na diferençaIníadas 2007 / 2008
��DEPARTAMENTOS CIÊNCIAS SOCIAIS-HUMANAS
Uma nova experiência, uma aventura, um trabalhão, um inte-
ragir com novos colegas, uma correria, um contra-relógio, um
descobrir pistas, responder a perguntas e, principalmente, mui-
ta diversão. Mas em que consistiu?
Bem… como havemos de começar? Num magnífico dia de In-
verno, nós, os meteorologistas, vermelhos de cansaço, estáva-
mos reunidos no corredor do 8ºAno à espera da ordem de par-
tida. Mal esta soou, a corrida começou. Pista certa, pista errada,
mas que grande algazarra! Os minutos iam passando e o jogo
continuando até que, depois de muito estimular as nossas ca-
pacidades físicas e intelectuais, conseguimos chegar ao fim da
prova, que até não correu mal.
Depois do prémio receber e ao público agradecer, resta-nos
despedir, deixando, no entanto, a certeza de que haverá mais e
maravilhosas surpresas.
Os Meteorologistas
Bruno Silva, 8ºA; Cecília, 7ºB; Maria Alva, 8ºA; Sofia; 8ºA
Comemorações do Dia Mundial da meteorologia14 de Março de 2008
Caçar a Meteorologia foi...
DEPARTAMENTOS CIÊNCIAS NATURAIS
Nos dias 11 e 12 de Abril realizou-se, novamente, no nosso Colé-
gio, a Festa das Famílias.
O departamento de Ciências Naturais desenvolveu um conjun-
to de actividades diversificadas sobre o tema “ A Terra nas tuas
mãos”, no âmbito da Biologia e da Geologia. É de salientar o
empenho e o esforço dos alunos envolvidos, na explicação dos
trabalhos expostos, muitos deles, por eles elaborados.
Os professores do Departamento fizeram uma avaliação muito
positiva das Iníadas 2007/2008.
É com orgulho e sentimento de recompensa, pelo esforço e de-
dicação envolvidos nesta festa, que agradecemos a participa-
ção e colaboração de todas as pessoas que nela participaram.
O Departamento de Ciências Naturais
NotíciasdasIníadas
��
DEPARTAMENTOS INFORMÁTICA
No passado dia 17 de Abril decorreu mais um concurso de Programação, no Colégio
Internato dos Carvalhos, destinado a alunos do Ensino Secundário, dos Cursos Tecno-
lógicos e Profissionais de Informática. Este Concurso envolveu uma prova de progra-
mação, com duração de três horas, para a resolução de dez problemas, em linguagens
de programação C ou Pascal. O INA esteve representado com três equipas, constitu-
ídas por dois elementos cada (Joana & Bruno do 11ºD), (Fábio & Tiago Miguel do
12ºD) e (Paulo & André do 12ºD), acompanhados pela professora Helena Torres.
O programa constava de uma visita de estudo à EXPOCIC (semana aberta), da parte da
manhã, almoço e concurso de programação, no qual participaram 12 escolas de Norte
a Sul do País, o que proporcionou uma aproximação entre escolas através do convívio
entre professores e alunos dos diferentes estabelecimentos de ensino.
Este tipo de oportunidade serve, ainda, para aumentar o entusiasmo, destreza, rapi-
dez e bom espírito de equipa, em programação, incutindo nos alunos hábitos de tra-
balho sistemáticos e maior rigor científico.
O resultado final terminou por ser o menos importante, tendo as equipas, referidas,
ficado em quinto, trigésimo nono e quadragésimo lugar, no total de 48 equipas.
Helena Torres, Profª
CPAS 2008
��
��DEPARTAMENTOS FORMAÇÃO
Muito se tem repetido, sobretudo no
passado recente, a frase de que nos dias
de hoje temos que estar em permanente
processo de aprendizagem. Hoje parece
que esta ideia é pacificamente aceite por
todos, embora eu me permita discordar
da universalidade desse sentimento.
A experiência mostra-nos que a moti-
vação que leva a maioria das pessoas a
frequentar acções de formação se deve
mais a imperativos externos à própria
pessoa do que a motivações internas. O
desafio do saber, de raiz antropológica,
exige da pessoa um exercício de apren-
dizagem. O gostar exige da pessoa tam-
bém uma aprendizagem. Também se
aprende a gostar de APRENDER!...
Aprender é, portanto, fazer uma expe-
riência que nos tem que implicar total-
mente. Permitam-me que vos deixe três
condimentos que a minha experiência
me leva a considerar essenciais para se
gostar de aprender:
O primeiro passo para aprender é tomar
consciência de que não se sabe.
O segundo passo é ter desejo de superar
a ignorância.
O terceiro passo é ter a humildade de
aceitar que os outros, em algum aspecto,
são muitíssimo mais sábios do que nós.
O quarto passo é termos a coragem de que-
rer fazer uma caminhada que nos vai obri-
gar a escolhas, a renúncias, a sacrifícios.
Esta experiência deixa-nos, porém, uma
certeza: terminada a caminhada, temos o
prémio de sentir a alegria de que valeu a
pena.
Em jeito de confirmação do que ficou di-
to, deixo o testemunho de quem, ven-
cendo os medos, arriscou a caminhada:
Prof. João Junqueira
Em Loyola, de sete a onze de Novembro,
decorreu o primeiro congresso de Escolas
Primárias Jesuítas da Europa.
Loyola é uma pequena povoação situa-
da no país basco, em Espanha. Foi aqui
que, em 1491, nasceu Inácio de Loyola,
fundador da Companhia de Jesus.
Cercados de belezas naturais e imbuídos
do Espírito Inaciano, fomos convidados
a ser Líderes Inacianos; não sermos pes-
soas de certezas, mas pessoas que façam
o discernimento, isto é, que saibam es-
cutar as consolações e as desolações, e
que aprendam com as experiências.
Este congresso proporcionou bons mo-
mentos de partilha das vivências de ca-
da participante, momentos de aprendi-
zagem e de reflexão.
Aprofundei a consciência de que deve-
mos ver o que de bom há no ser humano
(criança ou adulto) e que a Educação é
um tempo/espaço privilegiado para fa-
zer essa descoberta; aprendi a ter, cons-
tantemente, uma atitude de fé no Ho-
mem, ao acreditar que cada um pode
progredir, ser melhor, que o crescimen-
to é possível; tomei consciência de como
é importante parar, diariamente, para
avaliar as minhas experiências, ou seja,
fazer um exame de consciência à luz da
Pedagogia Inaciana; recordei que, acima
de tudo, vivemos para servir os outros e
fazê-los felizes; e o grande desafio dos
educadores será, certamente, preparar a
gente jovem para o serviço aos demais
- educar/ensinar os nossos alunos para
serem professores, médicos…bons para
servir a sociedade.
Levei daqui uma frase de S. Inácio que
me tocou profundamente - “que depois
das aulas, os alunos não cheguem a casa
apenas mais sábios, mas também pesso-
as melhores”.
Maria Goreti Sampaio
O Nosso Colégio
��DEPARTAMENTOS FORMAÇÃO
Foi com grande expectativa que em No-
vembro me pus a caminho de Loyola,
juntamente com a Professora Goreti e
com o Professor Domingos, do Colégio
S.João de Brito, em Lisboa. Se por um
lado ansiava conhecer Loyola, tão fa-
lada e tão decisiva para os “meus”, por
outro, a estupefacção de ir participar no
1º Congresso Europeu para Directores
de Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensi-
no Básico! Finalmente, lembraram-se de
nós…pensava eu.
A viagem correu muito bem, ajudados
por um GPS, e lá chegámos ao destino.
O que se passou, ultrapassou ,de facto,
qualquer ideia prévia:
Todo o ambiente era por demais aco-
lhedor; as conferências vinham directas
ao nosso coração e às nossas interroga-
ções; a partilha com outros participan-
tes, nos intervalos, era calorosa, e o obs-
táculo das diferentes línguas depressa
desaparecia, pois, de uma forma ou de
outra, conseguíamo-nos entender. Sen-
tíamos um certo atordoamento, pois
a Mensagem era demais avassaladora
para conseguir ser digerida de imedia-
to. Aquilo que vinha ao espírito era, de
facto, o agradecimento à Companhia de
Jesus por nos proporcionar uma forma-
ção permanente, que nos enche a alma e
nos leva a reflectir permanentemente no
nosso papel como educadores.
O que ficou mais vivo em mim foi, sem
dúvida alguma, a necessidade inadiável
dos exercícios espirituais, que nos são
oferecidos com tanta generosidade, que
nos ajudam a crescer como seres huma-
nos, a convertermo-nos em homens e
mulheres para os outros. O princípio da
excelência – MAGIS: ter a consciência de
valorizar cada pessoa e encontrar nela
sempre um talento, porque acreditamos
em cada uma, e aprendemos sempre
mais com o outro, alguém que é único,
com uma identidade única e própria. Es-
se alguém tem sempre algo de divino
em si, que pode estar bem escondido,
mas que há que descobrir. Esta atitude
pressupõe uma fé inabalável em Cristo,
na dignidade do Homem.
Obrigada Santo Inácio!
Conceição Matos
JECSE Congress
��DEPARTAMENTOS GABINETE SOCIAL
Em Janeiro de 1992, no Rio de Janeiro, re-
alizou-se a Cimeira da Terra, onde foram
discutidos vários problemas sociais e eco-
nómicos, com consequências ao nível do
ambiente, sentidos a nível mundial.
Decorrente desta cimeira surgiu, entre
outras acções, a Agenda 21 Escolar. Esta
agenda é um plano de acção, com a du-
ração de dois anos, que procura, a nível
local, a sustentabilidade à escala da es-
cola e do meio envolvente. Assim, o seu
objectivo é criar uma escola ambiental-
mente sustentável, assente na participa-
ção e co-responsabilização de toda a co-
munidade educativa, tornando-a capaz
de proporcionar às actuais e futuras ge-
rações os melhores níveis de qualidade
ambiental e de vida.
No dia 26 de Fevereiro, o Instituto
Nun’Alvres celebrou com a Câmara Mu-
nicipal de Santo Tirso, um compromisso
para a sustentabilidade, de modo a im-
plementar a Agenda 21, no nosso meio
escolar.
A finalidade deste compromisso é a for-
mação de cidadãos conscientes, preo-
cupados com os problemas globais e
capazes de interiorizar conceitos como
a sustentabilidade e o humanismo, cola-
borando para o bem comum. Deste mo-
do, este plano de acção pretende que
cada um dos elementos da comunidade
escolar desenvolva uma cidadania acti-
va, capaz de se mobilizar para a melhoria
do ambiente físico e social, em prol de
uma sociedade mais justa e ecologica-
mente sustentável.
Drª Marisa Freitas
No âmbito da disciplina de Área de Projecto, a turma do 12.ºE está a desen-
volver a campanha ”M=? – Igualdade não diferença, é Oportunidade”, em
conjunto com a Fundação Gonçalo da Silveira.
Esta campanha visa o cumprimento dos Objectivos do Milénio. Desta forma,
o Grupo 1, em prol do 5.º Objectivo – “Melhorar a Saúde das Gestantes”
– visitou, acompanhado pelo Gabinete de Serviço Social, no passado dia 19
de Fevereiro, a Instituição “Sementes – Casa das Mães Adolescentes”,
no concelho da Maia.
Trata-se de um projecto inovador que presta auxílio a mães adolescentes, para
que estas possam garantir o seu futuro e, principalmente, o dos seus filhos.
Neste momento, a Instituição presta apoio a 54 mães adolescentes, que reve-
lam carências e necessidades que vão sendo solucionadas com o trabalho de
uma equipa de profissionais.
O projecto “Sementes” procura que estas jovens mães possam ter uma ges-
tação cuidada e qualificada; que as crianças tenham cuidados de saúde; que
estas mães possam progredir na sua vida, enquadrando-as novamente na es-
fera social; que mantenham um planeamento familiar adequado e, sobretu-
do, que os seus filhos possam crescer dignamente no conforto do lar.
A visita à Casa das Mães proporcionou às alunas em questão, constatar mais
concretamente este problema Mundial, sendo que esta visita abriu horizon-
tes mais alargados, para o desenvolvimento do Projecto M=?.
As alunas pretendem, agora, ajudar esta instituição, para que as mães e bebés
possam ter melhores condições, estando já a trabalhar em prol da mesma.
Carla Martins, Antonieta Rodrigues, Daniela Nunes,
Ana Sofia Gonçalves, Joana Leite 12ºE
Agenda 21EscolarPensar global, Agir local…
Visita à Casa das Mães AdolescentesProjecto “Sementes”
��DEPARTAMENTOS GABINETE SOCIAL
Desde o início de Fevereiro está em marcha o Projec-
to Conhecer a Terceira Idade.
O Projecto Conhecer a Terceira Idade é dinamizado
pelo Gabinete de Serviço Social, em articulação com
o 9.º ano, através de um protocolo celebrado com a S.
Tiago - Associação de Solidariedade Social de Areias.
Este projecto surgiu com o objectivo de proporcionar,
aos alunos do 9.º ano, a oportunidade de contacta-
rem com a terceira idade, através do convívio interge-
racional, despertando o interesse destes jovens pelo
voluntariado, como forma de participação cívica.
Ao longo dos 2.º e 3.º períodos, aconteceram uma série
de visitas ao Centro de Dia de Areias: os alunos, com
o auxílio dos Directores de Turma, dinamizaram uma
tarde, realizando actividades lúdicas e recreativas, de
modo a promoverem a interacção entre estas duas ge-
rações, bem como o convívio, a animação e a alegria.
As visitas têm sido muito animadas e diversificadas.
Nessas tardes canta-se, dança-se, fazem-se trabalhos
manuais e jogos tradicionais. Esta actividade é muito
enriquecedora, uma vez que proporciona o convívio
geracional, e desperta o interesse pelos outros.
Estas tardes são marcadas por vários sentimentos; na
partida, a insegurança dos alunos, por não saberem o
que os espera; e, na chegada, a surpresa e a vontade
de lá voltar.
Dr ª Daniela Ferreira
Como é do conhecimento geral,
anualmente, é desenvolvida, no
Colégio das Caldinhas, uma Cam-
panha para as Missões.
Esta campanha, organizada pelo
Gabinete de Serviço Social, em ar-
ticulação com a Fundação Gonça-
lo da Silveira (ONG da Companhia
de Jesus), tem como principal ob-
jectivo o auxílio aos mais desfavo-
recidos, através do apoio às acti-
vidades dos Missionários Jesuítas
da Província Portuguesa da Com-
panhía de Jesus.
Estes missionários desenvolvem actividades em países como Mo-
çambique, Angola e Timor Leste. Nestes locais, os missionários têm
como principal missão, a par de todas as actividades de Evangeliza-
ção, apoiar acções de Desenvolvimento e Promoção Humana, em
áreas como a Educação, Saúde, Agricultura, Pastoral e o Desenvolvi-
mento Comunitário.
No presente ano lectivo, a Campanha das Missões consistiu na an-
gariação de fundos para a melhoria das infra-estruturas e do funcio-
namento de dez postos clínicos espalhados pela montanha de Dare,
em Dili (Timor). Esta obra, da responsabilidade do Irmão Ornelas SJ,
conta, neste momento, com uma equipa de cinco enfermeiros que,
diariamente, vão para dois postos, visitando, semanalmente, todos
os 10 postos clínicos.
Através da campanha que decorreu entre os dias 5 e 12 de Março,
conseguimos angariar cerca de 1800,00€, graças ao contributo e à
generosidade de toda a Comunidade Educativa.
A turma que mais contribuiu para esta causa foi o 6.º C que, como
prometido, já recebeu o prémio. Parabéns!
O Gabinete de Serviço Social agradece a todos aqueles que contribu-
íram para a construção de um mundo mais humano e justo.
Uma tarde à maneira!...
Campanha das Missões 2008
1.º Ciclo 357,57€5.º Ano 339,00€6.º Ano 243,30€7.º Ano 51,00€8.º Ano 71,04€
9.º Ano 120,90€Ensino Secundário 196,80€Oficina 98,00€Artave 217,95€Comunidade Religiosa 100,00€TOTAL 1795,56€
��
Desde tenra idade que achámos graça às atitudes de imitação que as crian-
ças têm. Quem não achou piada ao comentário, com expressões muito usa-
das pelos pais, aos gestos que imitam aquilo que os adultos fazem...É, sem
dúvida, um processo de aprendizagem que é feito olhando para quem os
rodeia, e com uma perspicácia que ,por vezes, até nos surpreende.
Vão crescendo, e vamos fazendo das palavras o meio de aprendizagem, “não
faças isso…”, “olha o que a mãe/pai te dizem…”, “percebeste o que os adul-
tos te disseram?”. E nós, no meio deste processo, como agimos?
Por vezes fazemos grandes discursos, usamos as palavras mais eloquentes (pen-
samos nós…), e, no final, achamos que não ouvem nada daquilo que dissemos.
Como é possível, pensamos nós?...Será que não ouviu nada do que eu disse?...
Mas será que nós próprios nos esquecemos do que somos?...Quais são as nos-
sas atitudes, qual é a nossa postura perante as situações que nos rodeiam?
Crescer não significa deixar de olhar para os pais, e muitas vezes até de os
idolatrar. Crescer implica também uma grande absorção da vivência familiar,
e, mais que as palavras, pesa o exemplo daquilo que somos.
Como podemos ser exigentes com os nossos filhos, demandar uma atitude de
excelência, se nós próprios somos descurados e pouco atentos às coisas? Será
que temos legitimidade para isso?!….
As palavras têm a sua conta e medida, mas importa estar cientes que os nos-
sos actos pesam mais que muitas palavras. Diz o slogan publicitário “Uma
imagem vale mais que mil palavras”… será que não se passa o mesmo em
relação àquilo que somos perante os nossos filhos?
É importante esta consciência… não achar que basta uma “conversinha”
para que tudo fique esclarecido, e os nossos filhos percebam como devem
ser ou fazer. E todos os dias em que somos contraditórios com as nossas
palavras, em que nós mesmos nos esquecemos de tudo quanto dizemos,
e agimos precisamente no sentido oposto?!...
As palavras perdem qualquer sentido, desprovidas de um suporte, e para os
nossos filhos, o suporte terá que ser em primeiro lugar, nosso, e logo chegam os
educadores, os professores, os prefeitos e contínuos, e até os próprios amigos.
Mais que dizer o que pensamos, temos que agir como pensamos, e, se assim
fizermos, não tenho dúvida que será fácil para os nossos filhos perceberem
quais os caminhos que devem seguir.
Sara Azevedo
INAAP
INNAP ASSOCIAÇÃO DE PAIS INA
Onde está o exemplo?!...
��
Desde o passado dia 29 de Março, a Associação
de Antigos Alunos do INA tem uma nova equipa,
a qual vem, por este meio, apresentar-se a toda a
comunidade do Colégio dos Caldinhas.
A nossa vontade de formarmos esta equipa, nas-
ceu de uma outra vontade, ainda maior. A von-
tade de dar um pouco do tanto que aqui rece-
bemos, porque sabemos que, como dizia Pedro
Arrupe, S.J., “de quem muito recebeu, muito se
exige”. Mas é esta exigência, não dos outros, mas
de nós mesmos, que nos caracteriza como Anti-
gos Alunos do INA.
Sabemos que é uma responsabilidade represen-
tar toda a comunidade dos Antigos Alunos, mas
sentimo-nos à altura do desafio, e aceitamo-lo
com toda a humildade. Queremos, no entanto, ir
mais longe, e representar a educação e a forma-
ção dos colégios da Companhia de Jesus. E, com a
nossa força e com o apoio de todos, vamos conse-
gui-lo! Gandhi dizia que “a verdadeira educação
consiste em evidenciar o melhor em nós mes-
mos”. Pois bem… Consideremo-nos verdadeira-
mente educados!
Desta nossa segunda casa, levámos coisas que
nunca iremos perder. E ainda que julguemos per-
didas, só estarão adormecidas... Porque, no nosso
ser mais íntimo estará, para sempre, gravado o es-
pírito de «em tudo amar e servir».
Despedimo-nos com a esperança de nos encon-
trarmos em breve, e com a alegria de fazer parte
da família do Colégio das Caldinhas.
A Associação de Antigos Alunos do INA
AAAINA ASSOCIAÇÃO ANTIGOS ALUNOS INA
Uma vontade transformada em realidade…
Apresentação da nova AAAINA
�0
O Encontro Nacional dos Campinácios foi…, foi mesmo um Encontro, um grande Encontro! 450 alunos e animadores dos três Colégios, juntos no Colégio das Caldinhas, nos dias 12 e 13 de Abril! Confesso faltarem-me palavras para dizer o que vive-mos. Foi uma verdadeira e intensa experiência de comunhão, de serviço, de alegria, não uma qualquer, mas aquela que se sente quando cada um dá o seu melhor a pensar nos outros. Quero contar-vos, sobretudo por imagens, o que se passou.
Em primeiro lugar a PREPARAÇÃO: divididos em 13 equipas
coordenadas pelo Tiago Bahia, membro da Direcção Local do
Colégio das Caldinhas, animadores dos três Colégios atiraram-
se, de corpo e coração, à missão: preparar um encontro apoia-
do nos 4 pilares dos Campinácios: Deus descoberto em mim,
no outro e na Criação. 1
A RECEPÇÃO Estrondosa! Magnífica! Parabéns Goulão e equi-
pa; parabéns aos Escuteiros de Landim e de Cabeçudos, a guiar
as hostes para os pés de N.ª S.ª, no seu pátio, e saudados por
uma potente aclamação. 2
ENCAMINHAMENTO: coordenados pelo Zé Aves e devida-
mente equipados, toca a mandar para o almoço, e para onde
for preciso! 3
… Mãezinha, 450 no refeitório, partilhando alguidares de comida!
Ana Custódia, Carolina, e a sua equipa, a ter de dar o máximo! 4
TARDE DE JOGOS O Quintela e os seus animadores não brin-
cam em serviço! 5
ORAÇÃO Depois do lanche, todos para a Igreja, 450 a rezar à
séria, Ana Sampaio, Andreia e equipa, vocês têm o dom! 6
JANTAR, carninha assada da Gertal, nada mal, melhor ainda,
quando partilhada sob o Seu olhar… 7
O SERÃO, ah, o serão… Auditório 1, cheio. Imaginação, criativi-
dade, alegria e espontaneidade à solta, em quantidades absolu-
tamente inimagináveis. Próspero do CSJB, Pedro V do CAIC, Kiko
do CC, restante equipa… enfim, foi a Noite de Óscares… 8
1 1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6 6
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88
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��
“Pelos frutos se conhece a árvore”. De facto,
não há melhor forma de avaliar o Encontro
que passou, senão pelos sentimentos das
pessoas envolvidas nos dias e semanas que
o precederam.
Desde a preparação, entre reuniões, ideias
e mais reuniões, coordenadores e principal-
mente, amigos, até ao momento, entre a an-
siedade, os tambores, risos, saltos, músicas,
óscares...tudo o que um bom espectáculo
pode e deve ter. Uma alegria serena, sem his-
terismos, mas com muita verdade, foi pairan-
do sobre todos...
O Movimento encontra-se em altura de re-
forma e não haveria melhor forma de o assi-
nalar do que com o melhor, o maior, o mais
espectacular encontro de sempre, e não o
digo como que a ostentar um orgulho oco
– por motivos óbvios - como o de ter sido re-
alizado cá, ou por eu mesma ter ajudado na
sua preparação. É mais que isso, passa para
além disso tudo…
Acho que o Encontro assinalou o ponto em
que o Movimento assume cada vez mais uma
opção pelo Essencial, pelo Maior, por Jesus. E
não há palavras que expliquem o momento
em que se vê o passado e o futuro dos Cam-
pinácios unirem-se no presente que é Jesus,
que sou eu, que és tu.
Ana Sampaio (animadora)
Olá!
Eu sou a Daniela Gomes, e tenho 15 anos.
Apesar de já andar no colégio desde o 5º ano,
nunca fui a nenhum campo. A curiosidade de
fazer um campo surgiu no ano passado, mas
infelizmente não pude ir. Este ano não pre-
tendo deixar fugir a oportunidade de perten-
cer à família dos campinácios.
O encontro foi simplesmente brutal, uma
das melhores experiências que vivi! As activi-
dades, as pessoas, os momentos… Foi tudo
mais do que alguma vez imaginei. Despertou
ainda mais a minha vontade de, nestas férias,
“embarcar” rumo à descoberta dos campiná-
cios. Deste ano, não passa! Por isso, CAMPI-
NÁCIOS, AQUI VOU EU!
Daniela Gomes (aluna)
TestemunhosDepois de uma ceia aconchegante, de uma “longa” noite de sono no pavilhão
(não estão a ver bem o que significa adormecer 450, pois não?) e de um revi-
gorante pequeno-almoço, passámos ao momento, aquele que tudo sintetiza:
A EUCARISTIA. Grande momento este, Lourenço, momento central. Obriga-
do P. Sena, pelas palavras e pela comunhão. 9
A terminar, o ALMOÇO em família. Menu? Cachorros e pasta de atum au maio-
nese, pois claro. Não faltaram os jesuítas da Moura (gentileza P. Sena), nem um
mega salame EN08! 10
A AVALIAÇÃO, sem a qual nada seria verdadeiramente inaciano! 11
…FOTO DE GRUPO (obrigado ao Bruno e a toda a equipa das filmagens e
fotos!) 12
Para os animadores (e alguns participantes), depois de uma muito breve pau-
sa, chega o momento mais temido: o das arrumações… Bem, serviço é serviço!
Ficou impecável. Gente grande! 13
10 10
11 11
12
1313
��PASTORAL
O 8º D partiu em direcção a Esposende. Era o
Dia de Reflexão! Neste dia reflecte-se, brinca-se,
trabalha-se, descansa-se, aprende-se e reza-se.
Estivemos lá, e conseguimos partir à desco-
berta de nós mesmos! Pensámos em nós…
nos nossos defeitos, nas nossas qualidades,
na nossa adolescência, enfim, pensámos nas
nossas Vidas.
Partimos, também, à descoberta dos outros,
sorrindo, cantando, rezando, conversando…
e tentámos, assim, conhecer melhor cada um
dos nossos colegas, a forma como nos relacio-
namos, de modo a cimentar cada vez mais as
nossas amizades.
Em suma, este dia fez com que cada um de
nós se conhecesse melhor, e contribuiu para
que nos tornássemos numa turma mais unida
e amiga.
Foi um dia fantástico! Adorámos mesmo!
Muito obrigada a todas as pessoas que nos
proporcionaram estes bons momentos, em
Esposende.
Cátia Alexandra; 265; 8ºD
Catarina Pedrosa; 964; 8ºD
Queríamos divertir-nos juntos! Era esse o grande objectivo do fim-de-
semana das turmas do 2º ano de Cozinha e Frio dos Cursos dos CEF. No
feriado de 1 de Maio, um grupo de 13 alunos e 7 animadores partiram
rumo à casa da praia do Baleal, perto de Peniche. Queriam viver juntos
um fim-de-semana da Pastoral inesquecível. O tempo foi favorável e
pudemos fazer um pouco de tudo: conversar, caminhar, fazer jogos na
praia, rezar,… Foram 3 dias de sonho para os alunos que participaram e
para os animadores que os acompanharam.
O tema do nosso fim-de-semana foi “CÊFeliz”. Aprender a ser ainda
mais feliz foi o desafio que lançaram os animadores, através das activi-
dades propostas. Na 5ª feira, fizemos jogos na praia e uma Missa, todos
juntos, ao final da tarde. À noite, ainda houve tempo para um jogo noc-
turno que deu muita luta. Na 6ª feira, começámos o dia com uma ora-
ção da manhã, com tempo de reflexão pessoal. O tema era a amizade e
como podemos ser mais felizes se cativarmos os outros e nos deixarmos
cativar por eles. Depois, houve um jogo por equipas, com perguntas
sobre vários temas da actualidade. À tarde partimos numa longa cami-
nhada até ao Cabo Carvoeiro em Peniche, ainda com a surpresa dum
agradável gelado no final do dia.
No sábado foi altura do tão desejado desafio de futebol “Animadores-
participantes”. Venceram, com um pouco de sorte, os mais novos…
Terminámos o nosso convívio com a avaliação e uma Missa de acção de
graças por estes dias incríveis, todos juntos!
Foi a primeira vez, este ano, que a Pastoral realizou uma actividade de
vários dias para os Cursos dos CEF’s. A adesão foi suficiente para deixar
os alunos que foram a chorar por mais! Vínhamos todos muito conten-
tes, pois descobrimos que podemos ser ainda mais felizes uns com os
outros, se formarmos um verdadeiro grupo de amigos!
P. Lourenço Eiró, sj
Parti à descoberta de mim e dos outros …
Baleal, 1-3 de Maio 2008
Campo dos CEF’s
��PASTORAL
Foi a primeira actividade da Pastoral que
fizemos e, no que depender de nós, a pri-
meira de muitas.
Um desafio cumprido… limites ultrapas-
sados… segredos descobertos… partes
de nós conhecidas e aprofundadas.
Caminhar… caminhamos juntos… co-
mo sempre fazemos…
Entregámos o melhor que tínhamos pa-
ra dar e, no final do primeiro dia, era tão
grande a vontade de desistir, como a de
continuar. Apoiámo-nos… e deixámos
que nos apoiassem. Levantámos a ca-
beça e preparámos o coração para mais
dois dias de caminhada intensa. Os pés
queixavam-se, mas a cabeça, aliada ao
coração, não deixou que caíssemos por
um segundo.
Estávamos todos pela mesma causa,
sentimos algo de diferente, conhece-
mos pessoas incríveis que jamais esque-
ceremos. Pessoas que nos fizeram pen-
sar, pessoas que nos fizeram crescer, na
pouca fé que demonstrávamos, pesso-
as que cultivaram em nós uma semente
que tem crescido, pouco a pouco…
Depois de muito cansadas, depois de
uma luta constante, depois de momen-
tos de imensa dor nos pés, de quase de-
sistirmos… conseguimos!
No dia 26 de Abril, pelas 14:30h, lá está-
vamos, no Santuário de Fátima.
Ultrapassámos qualquer limite imposto
cá dentro, impusemos novos, foi um sen-
timento comum, que nenhuma de nós
descreve em palavras. É algo que não se
vê, não se diz, nem se escreve… é algo
que se sente… fizemos quase prometer
a nós próprias que não o voltaríamos a
fazer. Certo é que, para o ano, lá estare-
mos, na Peregrinação a Fátima 2009.
É algo que ultrapassa qualquer senti-
mento de realização, de felicidade…
O cansaço e o desespero das bolhas nos
pés são como que abafados pela tama-
nha felicidade e alegria de sentir a supe-
rioridade de um sentimento, a que ne-
nhuma de nós dá um nome!
Não é a dúvida que nos fez pensar assim,
é a certeza! A certeza que nos diz que
ninguém sabe o nome para tamanha re-
alização!
A questão é: Será que sem acreditar, sem
O ver… será que O sentimos?
Para nos entenderem, ou estavam lá, ou
experimentem para a próxima!
Catarina Osório, Catarina Castro,
Joana Castro, Sandra Silva
11º F
É impossível começar por dizer que foi algo de muito fascinante…
É impossível descrever estes dias como espectaculares, cansativos ou maravilhosos…
É impossível dizer, em algumas palavras, o que mudou, o que ficou na mesma, ou o que nos fez pensar…
E é impossível, porque no fundo é indescritível o que sentimos, o que vivemos e o que ainda estamos a viver.
Peregrinação a pé a Fátima23 a 26 de Maio de 2008
��EM COMPANHIA
1. O Problema: Tudo quanto ultima-
mente se tem dito e debatido acerca da
problemática da Escola, com base num
facto demasiado conhecido, que entre-
tanto fez levantar a ponta do véu, sobre
situações semelhantes, convida-nos a
reflectir sobre o “risco de educar.”
E sem querer “baptizar” demasiado de-
pressa, esta problemática, poderíamos
recordar a palavra de Cristo no Evange-
lho: “Jesus Cristo, contemplando a mul-
tidão, encheu-se de compaixão, porque
era como ovelhas sem pastor.”
João Bosco, mundialmente reconhecido
como um educador por excelência, afir-
mava: “os jovens são a parte mais delica-
da e preciosa da sociedade humana”.
Hoje, como talvez em nenhuma outra
época, os jovens precisam de educa-
dores, que “movidos de compaixão”,
ao verem o abatimento dos jovens, os
orientem e os ajudem a criar sólidas es-
truturas, que os preparem para a vida.
Os problemas da família, da solidão dos
jovens, da perda do sentido da vida, são
questões marcantes e preocupantes no
nosso tempo.
2. A Família: entre os adolescentes e jo-
vens que frequentam a Escola, encontra-
mos diferentes realidades familiares: vidas
em desenvolvimento muito diferentes.
Há ainda quem tenha um espaço familiar,
que ajude a crescer em harmonia.
Mas há também, a outra face da realidade:
a da família desestruturada, vítima desta
máquina esmagadora que é a sociedade
de consumo, e materialista, e que está na
base de dramas, por vezes irremediáveis.
Como resultado, aí estão, “filhos órfãos,
de pais vivos” . Pais e filhos, a viverem
distantes, mesmo habitando no mesmo
lugar, sem tempo para estarem juntos.
Falta a dedicação e faltam modelos. Esta
situação condena muitas crianças, ado-
lescentes e jovens, à solidão.
3. A solidão: a solidão existe e é uma re-
alidade perturbadora. Há novos meios de
comunicação, a TV no quarto, a Internet,
a música em altos gritos… que a seu tem-
po, vão ter consequências: um individu-
alismo que ensurdece e emudece. Não
poucos comportamentos rebeldes de
alunos, são reflexo de dramas familiares,
onde existe uma forte carência de afecto.
4. A perda do sentido da vida: A sede
do sentido da vida é preocupante.
Porque associada à inércia, à apatia e ao
aborrecimento. E se a vida é assim abor-
recida, um pesadelo e sem sentido, por-
quê PROCURAR A FELICIDADE?
Porquê, preocupar-se com a cultura,
com os valores e com a vida?
Porquê pensar no futuro?
5. A necessidade de educadores-modelo
Comum a todos estes factores, está um
outro: a falta de modelos.
As crianças, adolescentes e jovens, preci-
sam de modelos sociais, de pessoas signi-
ficativas na própria vida, para construírem
a própria personalidade. A família é, sem
dúvida, o melhor laboratório, na busca da
própria identidade e do sentido da vida. E
é insubstituível. Mas depois da Família, a
Escola desempenha um papel decisivo.
A Escola é feita de muitas coisas, que as
tornam iguais em todo o mundo.
O que difere e as torna únicas, é o siste-
ma de valores, de atitudes, que geram,
não apenas resultados académicos, mas
possibilitam a formação do homem inte-
gral, nas suas diversas dimensões.
Se o educador é uma referência de con-
fiança, tudo se consegue. Troca-se con-
fiança por confiança. A capacidade du-
ma boa relação com os alunos, tem um
papel essencial no ambiente educativo,
que promove a vida em abundância e de
futuro, ganha-se tanto quando se trata a
pessoa como pessoa.
Os jovens procuram a verdade; por isso,
deixam-se guiar por aqueles educadores
que levam à realidade as grandes ideias,
que fazem o que dizem e que dizem o
que pensam. O inimigo e a doença mais
grave a vencer é a nossa indiferença, e a
distância profissional.
Por vezes, basta um pequeno sinal, uma
atenção mínima, que devolva à criança e
ao jovem, o sentimento de que alguém
se preocupa com ele e o acompanha.
Tão importante como a “matéria” que
se ensina, é a dimensão de modelo, e de
modelo afectivo, que ganham os educa-
dores, aos olhos daqueles que lhe estão
confiados.
P. João Santos, SJ
O “risco de educar”
��OFICINA
Preocupada com esta questão, a OFICINA
– Escola profissional do INA - juntou espe-
cialistas de várias áreas para debaterem o
tema da Exclusão Social na nossa região.
A palestra contou com a presença da
Dra. Sandra Teixeira, da Câmara Munici-
pal de Famalicão, e da Dr.a Isabel Veiga,
da Câmara Municipal da Trofa, que nos
apresentaram o trabalho e o esforço que
estes Municípios têm vindo a realizar na
luta contra a exclusão social. Participaram
também o Prof. Doutor Rui Gonçalves, da
Universidade do Minho, com uma comu-
nicação sobre a realidade dos reclusos e
ex-reclusos, e o Dr. Gil Sarmento, que nos
falou sobre a complexa realidade da toxi-
codependência.
A palestra, organizada e moderada pe-
la aluna do 3º ano do Curso Técnico de
Secretariado, Catarina Couto, foi muito
elucidativa e contou, ainda, com o teste-
munho de um jovem que, falando de si
próprio, nos ajudou a reflectir na relação
das pessoas e da sociedade com a ho-
mossexualidade.
Após a intervenção dos membros da
mesa, houve espaço à participação e ao
debate entre o público, composto pela
comunidade educativa da Oficina, repre-
sentantes dos gabinetes psicopedagógi-
cos de várias escolas da região e outros
elementos da comunidade local, convida-
dos a participar nesta actividade escolar.
Departamento de Desenvolvimento
e Comunicação
OFICINA – Escola Profissional
do Instituto Nun’ Alvres
OFICINAPreocupada com a Exclusão Social
A exclusão social engloba um
conjunto de fenómenos e de
processos que expressam as
rupturas do próprio tecido
social. Para uns, é uma
consequência natural dos
desiquilíbrios económicos.
Para outros, trata-se
fundamentalmente de uma
questão cultural e social.
��OFICINA
Os alunos finalistas da Oficina – Escola Profissional do INA - terminaram a sua Prova de Aptidão Profissional. Esta consiste
num projecto final do curso, em que devem ser aplicadas as diversas ferramentas adquiridas durante os três anos da sua
formação, num Curso Profissional. A Prova de Aptidão Profissional foi desenvolvida ao longo de seis meses, sob a orien-
tação de um professor orientador, e com a colaboração do corpo docente da Escola. Esta culmina com a defesa oral da
mesma, perante um júri interno e externo, que decorreu durante a semana de 14 a 18 de Abril, onde estes alunos foram
capazes de surpreender os elementos do júri, dando provas das suas competências e conhecimentos.
A Revista partilha convosco a qualidade de alguns dos 67 Projectos.
Drª Gabriela Faria
No âmbito do projecto de PAP encontro-me a realizar um DVD
interactivo do professor Óscar Flecha www.oscarflecha.com.
Para concretizar o meu objectivo, tenho recolhido imagens das
actividades realizadas pelo mesmo.
Os momentos já recolhidos são de uma experiência estética
que me fazem sentir imbuído numa harmonia que nunca tinha
experimentado com outros projectos. É claro que, também,
nunca tinha trabalhado com nenhum artista.
Espero conseguir, através das coberturas videográficas do Prof.
Óscar Flecha, captar a sensualidade e a harmonia do Festival
“Seis Cordas… Seis Momentos”.
Luís Areal
3º ano Curso Técnico de Produção Audiovisual e Multimédia
OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’ Alvres
Testemunhos das PAPs…
No passado dia 18 de Fevereiro de 2008, pelas 11:15, no Audi-
tório 2, realizou-se a minha P.A.P (Prova de Aptidão Profissio-
nal) cujo tema é “Relaxamento, Fonte que Impera”.
Este evento contou com a presença dos terapeutas, Carla Ru-
as, responsável pelo espaço Carla Ruas em Santo Tirso, e Anni
Ruão. Estes promoveram uma sessão de relaxamento, perante
uma plateia com mais de 100 pessoas, que participou e usu-
fruiu de momentos de total relaxamento colectivo.
Com um cenário muito apelativo ao relaxamento, a sessão cor-
reu pelo melhor, sendo muito apreciada pelo público presente.
Andreia Filipa Rêgo
3º ano Curso Técnico de Comunicação/
Marketing Relações Públicas e Publicidade
OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’ Alvres
Festival “Seis Cordas…Seis Momentos”
Relaxamento,fonte que impera
��OFICINA
Testemunhos das PAPs…
No passado dia 21 de Fevereiro, pelas 15:00h, no
auditório 2 do Colégio das Caldinhas, realizou-se
uma conferência com o título “Vidas Diferentes”,
subordinada à problemática do cancro infantil.
Nessa conferência estiveram presentes uma psi-
cóloga, uma enfermeira do IPO do Porto, a di-
rectora da Instituição “Acreditar” do Porto, e um
testemunho.
“Vidas Diferentes”No passado dia 21 de Fevereiro, no auditório da Escola E.B. 2,3 de Ribeirão, colo-
quei em prática o projecto a que me dediquei durante estes últimos 3 meses.
Na actualidade, os jovens não estão muito empenhados na prática de des-
porto, deixando-se levar pelo sedentarismo. Esta foi uma das razões que me
levou a realizar este evento. Através deste, pretendi fomentar o interesse
dos jovens pela prática do desporto, e divulgar o atletismo.
Às 14:30, os alunos das turmas 7º D, 8º A e dos 11º anos da escola D. Maria
II, acompanhados pela professora Alexandra Sarmento, já se encontravam
Atletismo = Monotonia?!
Os principais temas desenvolvidos foram: os tra-
tamentos de combate à doença; as consequên-
cias desta doença; e as implicações que surgem
a nível familiar.
A conferência esteve carregada de emoções, prin-
cipalmente, quando o testemunho deu a conhecer
a sua experiência.
A vida nem sempre nos traz experiências boas.
Nós, nem sempre estamos, ou quase nunca esta-
mos, preparados para enfrentar o menos bom da
vida. Foi por isso que pretendi abordar o lado me-
nos bom da vida, para que exista mais atenção às
vivências que a vida, ou através de nós, ou dos ou-
tros, nos apresenta, e nos coloca à prova.
Olha para a tua volta, pois há sempre quem precise
da tua ajuda! Sê solidário.
Ana Catarina Costa
3º ano Curso Técnico de Secretariado
OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’ Alvres
prontos para assistirem à conferência: “Atletismo na Actualidade – Será o
Atletismo sinónimo de monotonia?”, que teve como oradores o professor/
treinador de atletismo Pedro Oliveira e os atletas Luís Novo e Sara Moreira,
que já contam com alguns títulos nas suas carreiras. Os atletas falaram sobre
as suas experiências olímpicas, e sobre as suas situações actuais, e ainda res-
ponderam a questões colocadas pelos alunos. O professor/ treinador realçou
a importância da prática de desporto, e ainda explicou algumas modalida-
des de atletismo, a fim de demonstrar que o atletismo não é só correr!
No final, os participantes tiveram ainda a oportunidade de participarem numa
pequena aula com diferentes actividades de atletismo, dinamizada pelos pro-
fessores Alexandra Sarmento e Pedro Oliveira, e o atleta/professor Luís Novo.
Foi com grande satisfação que vi os alunos a aderirem a esta minha iniciativa..
Desde já agradeço à escola E.B. 2,3 de Ribeirão por todo o apoio prestado
para a execução do meu projecto, e à minha professora orientadora, Vânia
Silva, assim como a todos os que me ajudaram directa e indirectamente no
meu projecto.
Daniela Oliveira
3º ano do Curso Técnico de Secretariado
OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’ Alvres
��OFICINA
Testemunhos das PAPs…
No passado dia 29 de Fevereiro, pelas 21:30 horas, realizou-se
um espectáculo de Poesia, “O Palco da Vida”, no Auditório Eng.
Eurico de Melo, no âmbito da Prova de Aptidão Profissional da
aluna Sílvia Costa, do 3º ano do Curso Técnico de Secretariado
da Oficina - Escola Profissional do I.N.A.. Esta foi uma iniciativa
da aluna, com a colaboração da orientadora, Professora Gabrie-
la Faria, e com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso,
através do projecto “A Poesia está na rua”.
Este espectáculo contou com declamações, dramatizações e
acompanhamento musical, e na realização do mesmo, a alu-
na contou com a colaboração de alunos da Oficina (Escola Pro-
fissional do I.N.A.), do Instituto Nun`Alvres e da ARTAVE, assim
como de alguns profissionais, nomeadamente, o Professor Ivo
Machado, o Professor António Sousa e João Regueiras, coorde-
nador do Teatro Experimental do I.N.A.. Este evento foi organi-
zado com muita dedicação e com o intuito de ajudar o próxi-
mo, pois o espectáculo também teve como objectivo auxiliar o
Marco André, um menino de Ribeirão (V. N. de Famalicão), de
apenas 4 anos, que sofre de paralisia cerebral e, naturalmente,
precisa da ajuda de todos, para desenvolver os tratamentos de
que necessita.
A aluna escolheu a Poesia como tema, pois é algo de que gosta
muito. Tem por hábito escrever poesia, ambicionando, um dia,
publicar um livro.
No decorrer do mesmo, pairou um clima de magia… os parti-
cipantes estiveram determinados na sua actuação, e o público
vibrou, pois surgiram algumas surpresas durante o evento, que
os impressionou. Uma delas foi, logo, na recepção dos convi-
dados, pois, ao contrário do usual, este espectáculo começou
no átrio do Auditório, com belas melodias de um quarteto de
flautas transversais, da ARTAVE, e uma declamação.
O Professor António Sousa brindou-nos com a sua excelente
performance, particularmente no poema “Apresentação”, de
Manuel Alegre, onde este despontou do meio da plateia e sur-
preendeu todos os presentes. O Professor Ivo Machado presen-
teou-nos com a sua magnífica voz, cantando os poemas “Lágri-
ma de Preta”, de António Gedeão, e “Ser poeta é ser mais alto”,
de Florbela Espanca, deixando o público radiante. A actuação
dos restantes participantes foi igualmente admirável, pois foi
incansável a vontade que todos tinham de brilhar.
O espectáculo estruturou-se em três momentos: “Lágrimas”,
“Sorrisos” e “Sonhos”, com poemas de Eugénio de Andrade,
Manuel Alegre, António Gedeão, Fernando Pessoa, Florbela Es-
panca, Armindo Rodrigues, entre outros.
Por todos estes motivos, e pela entrega total de todas as pes-
soas que participaram, o espectáculo “O Palco da Vida” foi um
sucesso, de entretenimento e de solidariedade de todos os pre-
sentes com o Marco André.
Obrigada a todos!
Sílvia Costa
3º ano Curso Técnico de Secretariado
OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’ Alvres
“O Palco da Vida”
��ARTAVE
Falar sobre a nossa escola, para descrevê-
la, não é tarefa fácil, até para nós que nela
vivemos. Muitas pessoas desconhecem,
por completo, o seu funcionamento.
Na ARTAVE, o que predomina é o gos-
to dos alunos pela música; é uma esco-
la pequena: só há uma turma por cada
ano! Por isso, são seleccionados os alu-
nos com mais aptidões musicais, ficando
muitos de fora, infelizmente.
Como temos uma carga horária elevada,
o nosso tempo é organizado da melhor
maneira, para que possamos ter tempo
para tudo. A nossa manhã é ocupada,
maioritariamente, com as aulas de socio-
cultural (Português, Inglês, Francês, Inte-
gração, TIC, Ed. Física), enquanto que, à
tarde, o nosso tempo é preenchido com
as aulas práticas (instrumento, ASU, nai-
pe, Música de Câmara, orquestra) e tem-
po para o nosso estudo.
O ensino de música é muito complexo,
porque é uma área em que tudo depen-
de do esforço de cada um, ou seja, em-
bora toquemos muitas vezes em grupo,
tudo implica um grande trabalho indivi-
dual, e os professores depositam em nós
a sua maior dedicação, exigência e con-
fiança. Assim, para que os alunos desen-
volvam a sua técnica, as aulas de instru-
mento são individuais, fazendo com que
o aluno tenha a atenção necessária e a
responsabilidade, para levar o seu repor-
tório bem estudado para a aula.
Temos, todos os anos, duas provas de
instrumento e várias audições, para po-
dermos mostrar a nossa evolução e as
nossas capacidades, e para podermos
ver os nossos colegas. Para além disso,
temos também provas externas, a todas
as disciplinas, no final do ano.
A escola faz questão de criar a oportu-
nidade de podermos conhecer novas
ideias e de evoluirmos como instrumen-
tistas, através da organização de mas-
terclasses, com músicos prestigiados a
nível mundial, como também estágios,
com vários maestros convidados. Para
além disso, proporciona-nos momentos
para vermos os nossos professores em
palco, e assim também conhecermos so-
noridades e características de todos os
instrumentos. A escola, todos os anos,
faz uma ópera, e fazemos vários concer-
tos pelo país, para podermos mostrar, a
toda a gente, o poder da música e a sua
importância.
Somos uma grande família, e os amigos
e professores são uma parte importante
para nos sentirmos bem, pois são eles
que nos apoiam, em tudo, que nos aju-
dam nas nossas dificuldades, nos fazem
rir, quando estamos em baixo, que nos
abraçam quando nos sentimos sozinhos,
que têm sempre uma palavra meiga pa-
ra nos dizer, e que nos chamam à razão,
pois, afinal de contas são as pessoas que
passam mais tempo connosco.
Os novos alunos são sempre bem recebi-
dos, pois entram na família ARTAVE ,e os
que saem vão com uma lágrima no can-
to do olho, pois é lá que conhecemos as
pessoas que se tornam realmente indis-
pensáveis, e que nos fazem crescer e ver
a vida de outra forma.
E assim, na hora de seguir em frente, para
uma nova etapa da vida, separamo-nos
das pessoas com quem partilhamos as
mesmas sensações, durante seis inten-
sos anos, levamos a ARTAVE num lugar
bem confortável nos nossos corações, e
guardamos as lembranças e recordações
para toda a vida.
A ARTAVE tem lutado pelos nossos direi-
tos, para que a boa música nunca acabe.
Acredita nas nossas capacidades, e faz-
nos acreditar que estamos cada vez mais
perto do nosso objectivo principal: tor-
narmo-nos bons músicos, e transmitir o
que sentimos através dela, pois a música
é um sentimento, uma forma de expres-
são, o espelho da nossa alma. Faz-nos
encontrar o equilíbrio; completa-nos e
torna-nos felizes.
Por isso, deixem-se levar pela música e
partilhem-na com as pessoas que mais
amam!...
Sara Abreu, nº 425, 10º ano
Ana Filipa Costa, nº 437, 10º ano
Ana Isabel Vale, nº 532, 10º ano
Viver coma Música…
ARTAVE
A principal regra de uma comunicação útil é “ouvir activamen-
te” o que o outro diz. Também vos acontece, de vez em quando,
estarem a tentar explicar uma coisa ao outro, e ele não vos en-
tender? Ou, pelo contrário, vocês não entenderem o que o outro
diz? Infelizmente, esta é a realidade do nosso dia-a-dia. Todos
sabemos como é estar nesta situação: tentamos combinar algo
com alguém, mas, mais tarde, constatamos que esse mesmo al-
guém interpretou ao nossas palavras num contexto totalmente
diferente daquele que era a nossa intenção.
Comunicar não significa apenas informar, falar, contar, mas
também ouvir. Não é um ouvir como quem deixa uma informa-
ção entrar por um ouvido e sair velozmente pelo outro. É ser
um ouvinte activo, querer realmente entender o que o outro
está a dizer, não perceber apenas o significado das palavras,
mas compreender também o que está por detrás delas.
Ouvir activamente é uma actividade que nos permite receber
informações (primeiro, tentamos entender o outro, e de segui-
da seremos igualmente entendidos), mas é também uma prova
de respeito por quem nos transmite algo.
É rara a escola onde se ensina a ouvir activamente, porque to-
dos consideram que este é um processo automático, como a
respiração. Mas ouvir activamente é um ofício. E como todo o
ofício, necessita de um aprendizagem e aplicação prática.
As regras de um bom ouvinteQuando alguém nos está a contar algo, e nós estamos do lado
não verbal da comunicação (ouvintes), devemos dar total aten-
ção a quem nos tenta comunicar algo, não interromper, deixar
que o outro fale até ao fim, confirmar com perguntas adequadas
se a informação ficou percebida da forma que era pretendida,
olhar para os olhos do outro e não para o que está atrás da pes-
soa, ou para o relógio. Calmamente, podemos abanar a cabeça
afirmativamente, ou até mesmo usar a palavrinha “hum”, para
confirmarmos que estamos a ouvir e a prestar atenção.
Paráfrase e ConfirmaçãoQuando não temos a certeza de que percebemos alguma parte
do que o outro disse ou do que pretende (como por exemplo,
quando um superior nos delega uma determinada tarefa), po-
demos recorrer à paráfrase, isto é, repetir o que nos foi dito, mas
pelas nossas palavras, a fim de termos certeza de que entende-
mos o que era suposto. Então segue-se a confirmação, que é
realizada pelo outro. A confirmação consiste, então, em o outro
esclarecer a nossa interpretação do que foi dito por ele, confir-
mando-a ou corrigindo-a. Desta forma, evitamos qualquer pos-
sível desentendimento.
RecapitulaçãoNo fim da conversa, a recapitulação é sempre um método bas-
tante útil. Esclarecemos e juntamos as ideias principais, os factos,
os sentimentos, de modo a não esquecer nada de importante.
Quando ouvimos activamente, conseguimos evitar muitos de-
sentendimentos desnecessários, que poderiam até chegar a
conflitos desagradáveis.
E basta tão pouco! É não sermos apenas ouvintes passivos de
palavras e frases, como se não estivéssemos ali, mas sim ouvin-
tes activos.
Jaroslav Mikus
Porque é que às vezes não nos entendemos uns com os outros?
�0
��ARTAVE
No início de Abril foi apresentada uma pequena “ópera” – La Serva
Padrona (1733) – como projecto conjunto CCM-ARTAVE. Na verdade,
originalmente não se trata de uma ópera, mas sim de um intermezzo,
tal como era assim definido no final do período barroco, época em
que foi escrito, pelo compositor italiano Giovanni Battista Pergolesi
(1710-1736). Na altura, esta pequena obra serviu para entremear os
longos actos de uma ópera seria (ópera de temática histórico-mitoló-
gica), com grandes recursos empregues em sumptuosos cenários ou
figurinos e virtuosos cantores, escrita também por Pergolesi – Il prigio-
ner superbo. Em 1752, ópera e respectivo intermezzo são apresentados
em Paris, e eis que o inesperado aconteceu: o rato assustou o elefante,
ou melhor, o intermezzo obteve mais sucesso, junto do público, do
que a ópera principal. Isto deveu-se, essencialmente, à actualidade da
temática e à potencialidade dramática e, muitas vezes cómica, de La
Serva Padrona. A tradução – A Criada Patroa – já nos elucida um pou-
co quanto ao enredo: Serpina fora acolhida, muito jovem, na casa de
um senhor endinheirado, chamado Uberto, para servir como criada.
Já mais crescida, tem o sonho de se tornar patroa,casando com Uber-
to. Desconfiando que este nutre por ela sentimentos amorosos, Ser-
pina engendra um plano, com o outro criado da casa – Vespone, um
personagem mudo, de carácter cómico – para convencer o patrão a
casar-se com ela. No fim, os seus objectivos, são atingidos e acaba o
intermezzo com o dueto em que os dois trocam palavras de amor.
O carácter jocoso e a temática moderna deste intermezzo – não po-
demos esquecer que se vivia na época anterior à Revolução Francesa
que aboliu o Antigo Regime e toda a sua estrutura social hierarqui-
zada – fizeram com que esta apresentação fosse um sucesso, não só
na época, como também este ano, aqui, na Artave. Isto deveu-se es-
sencialmente ao empenho, tanto dos talentosos alunos da classe de
canto do CCM, como dos dedicados alunos da classe de música de
câmara da ARTAVE.
Catarina Costa e Silva
(Profª da Artave e encenadora do projecto)
La Serva Padronade Giovanni Battista Pergolesi
Para além de ser considerada uma escola artística de re-
ferência em Portugal, a ARTAVE acaba por sê-lo também
no estrangeiro, graças aos feitos musicais dos seus alu-
nos. Desde a sua tenra idade, esta escola formou músicos
aclamados, que integram ou integraram orquestras de
renome, ou instrumentistas que ocupam postos impor-
tantes no panorama musical actual.
A ARTAVE contou com a presença de antigos alunos nos
pódios de vários concursos nacionais e internacionais, e
teve também representantes nas mais importantes for-
mações de jovens (com ênfase para os estágios das Or-
questras de Jovens da União Europeia e Gustav Mahler),
bem como em muitas orquestras profissionais. Tal como
se costuma referenciar: “é raro o evento musical em Por-
tugal em que não participem ex-alunos da ARTAVE”. Tu-
do isto não deixa de ser fruto de um trabalho árduo e de
um ensino intensivo, muitas vezes completado com es-
tudos superiores em importantes escolas no estrangeiro,
quer na Europa, como nos Estados Unidos ou na Ásia.
Contudo, e para mostrar que toda esta hegemonia artís-
tica mantém-se viva continuamente, convém também
olhar para os jovens músicos que terminam este ano
lectivo o seu percurso na ARTAVE: a aluna Ana Catarina
Pinto (violino), actual Concertina da Orquestra ARTAVE,
admitida na Guildhall School of Music and Drama de Lon-
dres; Cláudio Moreira (trompa), autodidacta na composi-
ção, mas alguém que muito tem agradado o público com
as suas obras em importantes salas como a Casa da Músi-
ca do Porto, contando já com edições originais; bem co-
mo Virgílio Oliveira (fagote), seleccionado para integrar a
Escola da Orquestra de Jovens da União Europeia, no pre-
sente ano, e candidato ao ensino superior no estrangeiro
(Lübeck - Alemanha); e Adriana Ferreira (flauta), membro
da Escola da Orquestra de Jovens da União Europeia, aos
14 anos (tendo sido, nesse ano, o músico europeu selec-
cionado mais jovem), e recentemente admitida em 1º lu-
gar na Royal Academy of Music de Londres (com bolsa de
mérito) e no Conservatório Nacional Superior de Música
de Paris, tendo sido o primeiro instrumentista de sopro
português a ser admitido neste último estabelecimento,
existente há mais de 300 anos.
A estes alunos finalistas e a todos os outros auguramos
um futuro próspero, na certeza de que as suas capaci-
dades e conhecimentos aqui desenvolvidos constituem
uma base sólida para as suas carreiras.
A Turma do 12º ano
A ARTAVEalém fronteiras
PRIMÁRIA��
ONossoColégioNovaSérieAno7–Nº3Junho2008
ConselhodeDirecção·DirectorJorge Sena SJ
CoordenadorGeralRui Gonçalves
RevisãoFrancisca DiasJoaquina de AlmeidaMaria do Céu Pinheiro
ResponsáveisSectoriaisMª. da Conceição Matos (Associação Pro-Infância)Célia Costa (CCM/ARTAVE)Gabriela Faria (OFICINA)
PublicidadeJoão JunqueiraFrancisco CunhaPedro Castro
DesignGráficoIsto é, comunicação visual, LdaPorto
FotodacapaDaniel Onofre
ImpressãoTipografia NovaR. José Luís de Andrade4780 - Santo Tirso
Tiragem2200 exemplares
Periodicidade4 números/anoDepósitoLegal173641/01ISSN1645-3247
PropriedadeColégio das Caldinhas(INA – Instituto Nun’Alvres)(Associação Pro-Infância)(CCM – Centro de Cultura Musical) (ARTAVE – Escola Profissional do Vale do Ave)(OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres) Caldas da Saúde – 4784-907 Areias – Stº Tirso
Este trabalho foi impresso em papel ecológico
Se a água que os seres vivos bebem não estiver boa, eles
ficam doentes. Podem ficar com dores de barriga muito
fortes, febre, e há doenças muito graves, como o tétano,
a cólera ou a meningite que podem matar as pessoas e os
animais.
Se a poluição de um rio for muito grande, os peixes podem
morrer todos. O meu pai contou-me que uma vez, no rio
Ave, os peixes até subiam pelas margens, para fugirem da
água poluída!
A água fica poluída quando se usam adubos e pesticidas
na agricultura, quando as fábricas despejam tintas e deter-
gentes no rio, ou se as cidades lançam os esgotos directa-
mente na água.
Se as fábricas e as cidades tratarem os seus produtos, a
água fica mais limpa. Mas todos podemos ajudar: se dei-
tarmos o lixo nos contentores próprios para reciclar, ou se
pouparmos água ao lavar os dentes ou ao tomar banho…
Eu acho que, se todos precisamos da água, todos temos
que a cuidar!
Maria Moreira Dias Miranda Ramos, 4º ano
Sem água não haveria vida na Terra, porque ela
faz parte de todos os animais e plantas.
A Água: um bem precioso!
Ficha Técnica
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