PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
- PEEJA -
IRARÁ- BA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
2010
1
Sumário
Apresentação
1-Perfil do municipio -Localização geoespacial do municipio e condiçoes de acesso. -Caracteristicas demograficas. -Organização e ação sócio-política 2-Diagnóstico da realidade educacional -Caracteristica do atendimento por modalidade de ensino -Oferta por nivel e modalidade de ensino. -Docente por nivel ensino. -Legislação, normatização atual, estadual e municipal em relação a Educação de Jovens e Adultos. -Turmas da EJA ( média de alunos).
3-Condições e Estratégias de Oferta da Educação de Jovens e Adultos no Municipio -Objetivo geral. -Problemas -Metas -Objetivo especifico 4-Plano de Ações (Ações, recursos e cronograma de execução).5-Monitoramento e avaliação.6- Anexo
2
APRESENTAÇÃO
O município de Irará fazia parte da Capitania de Todos os santos, na sesmaria de Garcia D’ Àvila. Tno como primeiros habitantes os Índios Paiaiás as terras foram exploradas pelos padres Jesuítas que chegaram pelo norte, municipio de Água Fria. Duas correntes favoreceram o desbravamento dessa região, uma na direção Oeste, pela serra de Irará (na busca de ouro e pedras preciosas) e outra a leste, na caça ao gentio. Essas bandeiras deixaram uma igreja na Vila de Bento Simões e um templo no arraial da Caroba.Em meados de 1717 se registram as primeiras explorações das terras no centro do atual município, onde Antonio Homem Fonseca Correia edificou uma capela sob o orago de do pai. Ao lade do templo, foi erguida uma casa da fazenda, dando inicio ao povoado de Purificação dos Campos. Em meados 27 de maio de 1842, pela lei Provincial 173, foi criado a Vila da Purificação dos Campos. Em 8 de agosto de 1895 a Vila da purificação foi elevada a categoria de cidade com o nome de Irará pela lei Estadual n°. 100. Onome Irará tem origem indígena e sginifica “nascida da luz do dia”.Ao longo dos anos tems observado que variáveis educacionais, como a cultura da repetência somada a variáveis não educacionais, tais como exclusão, econômica e cultural além de desajustes familiares, são, entre outros, os responsáveis pela incidência das elevadas taxas de distorção idade/série no nosso município. Como alternativa para a correção dessa distorção, vários jovens matriculam-se na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Esse fato acaba por desembocar num outro problema: a descaracterização dessa modalidade de ensino. Diante disso, acreditamos que se faz necessário desenvolver ações que visem a melhoria da qualidade de ensino, a partir da perspectiva da aprendizagem , promovendo práticas pedagógicas que garantam a progressão escolar a partir de uma etsrutura didática que oportunize a recuperação de estudos no ensino fundamental em idade própria, possibilitando-lhes avanços reais e gradativos.Nessa perpectiva, a oferta de educação para jovens e adultos não pode perder de vista que a maioria dos que procurram a escola para darem continuidade ao que foi interrompido no passado pelos mais variados motivos é oriunda das classes populares, trabalhadores empregados ou não, que ao longo de sua tragetória de vida foram construindo saberes com os quais chegam novamente à escola. Quase sempre voltam à escola por acreditarem que ela é capaz de permitir a ascensão social ou sócio-econômica que alejam, estes educandos trazem uma auto-estima abalada pela internalização de fracassos anteriores em experiências co a própria escola. Entretanto é nela que confiam a realização de seus sonhos, pis é a escola a responsável pela socialização dos conhecimentos científicos produzidos pela humanidade ao longo do tempo. Então, cabe à escoal criar possibilidades para entender aos anseios deste público.Diante dissso a gestão da educação do município de Irará é feita com importante participção, dos colegiados da Educação, em especial o Conselho Municipal de Educação, pelo seu caráter deliberativo, na busca-se de uma postura democrática e participativa. Foi nesse contexto que recentemente, elaboramos o PAR (Plano de Ações articuladas) juntamente com o Ministério da Educação com vistas a intensificar nossa atuação nas áreas identificadas como críticas. Além disso, através da adesão ao Programa Brasil Alfabetizado esperamos minimizar o alto
3
índice de jovens e adultos analfabetos, o que, aliás, é um dos grandes desafios desafios para a educação brasileira.Isso promoverá o fortalecimento da educação de Jovens e Adultos – EJA no município, visando o fortalecimento do nosso compromisso frente a Educaçãode Qualidade e o redimensionamento da mesma para implementação em comunidades ainda não atendidas, contribuindo assim, intensamente para o desenvolvimento integral dos jovens, e adultos tornando-os capazes de xercer a cidadania e posicionar-se na sociedade de forma reflexiva.
4
PERFIL DO MUNICÍPIO
1. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE IRARÁ
Localização geoespacial do município e condições de acesso ao município.
O município de Irará está situado geograficamente numa faixa de transição
entre o agreste e o sertão, com uma área total correspondente a 239.659 Km2 e
população de 25. 012 habitantes, de acordo com o último censo demográfico de
2007. Considerando sua regionalização, pertencem a microrregião de Feira de
Santana e a mesorregião do Norte Baiano.
Seu clima é tropical variando de úmido a subúmido, com períodos curtos de
seca. A vegetação predominante é tabuleiro e caatinga com um resquício de mata
Atlântica. A atividade econômica é a agricultura, tendo a mandioca como principal
produto. Embora o município se caracterize por uma economia eminentemente
agrícola, o setor de serviços nas suas modalidades (marcenaria, serralheria,
garçom, entre outros) o serviço comercial e o micro empresarial têm se mostrado
como uma tendência razoável de crescimento e consequente necessidade de mão-
de-obra qualificada.
Distancia-se da capital (Salvador) cerca de 128 km, Feira de Santana 46 km e
de Alagoinhas 48 km .Possui um índice de 74,1 % de pessoas alfabetizadas e seu
IDH é 0,647.
O município possui uma rede composta de 40 escolas, sendo que nove delas
estão localizadas na sede e as demais distribuídas pela zona rural.Oferecendo
matrícula total de 7705 alunos. Sendo 935 na Educação Infantil; Ensino
Fundamental 5265 (1º a 8ª série): 1.437 na EJA e 45 na Educação Especial e 23
no atendimento educacional especial.
5
Características da população do município segundo dados estatístico e
informacionais.
Situação de Domicílio Faixa Etária Ano
Total (Pessoas)
Homens (Pessoas)
Mulheres (Pessoas)
Rural 00 a 04 anos 2008 925 483 442Rural 05 a 09 anos 1163 595 568Rural 10 a 14 anos 1519 759 760Rural 15 a 19 anos 1539 789 750Rural 20 a 39anos 4001 2.126 1875Rural 40 a 49 anos 1277 629 648Rural 50 a 59 anos 975 443 532Rural 60 anos ou + 1712 774 938Urbana 00 a 04 anos 2008 908 482 426Urbana 05 a 09 anos 1201 621 584Urbana 10 a 14 anos 1490 738 752Urbana 15 a 19 anos 1454 717 737Urbana 20 a 39 anos 4613 2202 2411Urbana 40 a 49 anos 1437 643 794Urbana 50 a 59 anos 1043 433 600Urbana 60 anos ou + 1603 634 964TOTAL 26864 13078 13786
Fonte: SIAB, 2008
Atendimento do Programa Bolsa Família.O município de Irará registra 5.579 famílias cadastradas no Programa Bolsa Família do
Governo Federal. Destas, 4.275 recebem, efetivamente recursos do referido programa,
segundo dados do (a) PNAD, 2010.
Informações Étnicas do municípioSegundo o censo do IBGE(2007) a Bahia é o quarto estado mais populoso do Brasil com
aproximadamente 14 milhões de habitantes. Esse total é composto por várias etnias que são
respectivamente 62,9% de pardos, 20,9% de brancos, 15,7% de pretos e 0,6% de amarelos
ou indígenas.
A Bahia destaca-se culturalmente por abrigar maior concentração afro-brasileira, pois a
maioria da população é de origem africana e há um elevado número de mulatos. Assim, a
população iraraense é formada pela junção desses três troncos raciais: indígenas, oriunda
das tribos Paiaiás; branca, formada pelos fazendeiros que se apropriaram das sesmarias e
negros remascentes de quilombos. Segundo o IBGE 2000 , o município de Irará tem a
seguinte formação étnica:
Pardos – 17.19Amarelos/Indígenas – 20/11Sem Declaração- 167
6
Característica do atendimento educacional no município
Atendimento por modalidade de ensino/nível educacional.
MODALIDADE Nível de Ensino
Quantidade de Matrícula (Und)RURAL URBANA
Educação de Jovens e Adultos Segmento I (1ªa 4ª Série) 352 181Educação de Jovens e Adultos Segmento II (5ª a 8ª Série) 345 559
Educação Infantil Pré-escola e Creche 526 409
Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 1º a 5° Ano 1995 878Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série 1356 1036Educação Especial Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano -------- 45Atendimento a Ed. Especial Ens. Fund.1º a 5º Ano e 5ª a 8ª Série 23TOTAL 4574 3131
Fonte: Secretaria Municipal de Educação/2010. EDUCACENSO 2010
Educação Remanescente de Quilombo atende 9 escolas do ensino fundamental de 1º ao 5º ano 5ª a 8ª série e EJA na zona rural.
Educação Especial Inclusiva (5ª a 8ª série) no Escola Municipal São Judas Tadeu.
Turnos de oferta da escolarização estão assim configurados.
MODALIDADE Nível de EnsinoTurnos de Oferta
Manhã Tarde NoiteEducação de Jovens e Adultos Segmento I (1ª a 4ª Série) XEducação de Jovens e Adultos Segmento II (5ª a 8ª Série) X X
Educação Infantil Pré-escola e Creche X X Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano X XEnsino Fundamental Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série X X X
Fonte: Secretaria Municipal de Educação.
7
Docentes por nível de ensino no município.
MODALIDADE NIVEL DE ENSINO NÚMERO DE DOCENTES
CONTRATAÇÃO
EFETIVO CONTRATO
Educação Infantil Pré e Creche 3812 26
Ensino Fundamental I 1º ao 5º Ano 124 76 48
Ensino Fundamental II 5ª a 8ª Série 89 46 43
Educação de Jovens e Adultos I Seg I (1ª a 4ª Série) 20 03 17
Educação de Jovens e Adultos I Seg II (5ª a 8ª Série) 54 27 27Fonte: Secretaria Municipal de Educação/ ano: 2010
Formação dos Docentes Efetivos no Município
FORMAÇÃO ACADÊMICA NUMERO DE PROFESSORES
2ª Grau Completo 46Graduando 11Graduando 149
Pós-Graduado 43Mestrado 03
Total 251Fonte: Secretaria Municipal de Educação/ ano: 2010
BASES LEGAIS
Constitui-se base legal desse documento a Constituição Federal que em seu
artigo 205 determina como princípio que “toda e qualquer educação visa o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” além de estabelecer no artigo 211 a competência de
cada instância governamental bem como o regime de colaboração que deve existir
entre os sistemas a fim de assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Corroborando o estabelecido no texto constitucional, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – 9394/96 estabelece no Titulo III do Direito a
Educação e do Dever de Educar, artigo 4°, inciso VII:
1
“oferta de educação escolar regular para jovens para jovens e adultos, com
características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades,
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência
na escola.”
Na seção V – Da Educação de Jovens e Adultos, artigo 37 estabelece:
“A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio em idade
própria.”
Além dos textos acima, constitui-se também base legal do presente
documento:
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos.
Parecer CNE/CEB nº 11/2000
Resolução CEE 138/2001 – Estabelece diretrizes para Educação
Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
Lei Federal nº 10.639 – Educação Anti-Racista.
PRINCIPÍOS E DIRETRIZES POLITICO-PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
A Secretaria Municipal de Educação de Irará através desta Proposta Curricular
para a Educação de Jovens e Adultos – EJA estabelece os princípios e diretrizes
para essa modalidade educativa, os quais trazem embutidos no seu bojo a
concepção de homem, sociedade e mundo que se almeja.
Adotamos como princípio maior e fundante para as ações na EJA o direito ao
ensino fundamental para todos, independente de idade, uma vez que este é
direito público subjetivo auto aplicável, de relevância capital que prescinde de
maiores explicações.
Entretanto, outros princípios se articulam com esse de forma a constituírem um
todo coeso capaz de nortear as ações nas diferentes áreas do conhecimento. Eles
2
garantem a unidade de concepção da EJA, alem de conferirem ampla liberdade
para se fazer opções, tomar decisões, escolher alternativas metodológicas e
garantir o pluralismo e a diversidade de resposta às necessidades dos sujeitos da
educação de jovens e adultos. São eles:
Pluralismo e diversidade
A sociedade tem cada vez mais se firmado como plural e diversificada,
abrigando em seu seio as mais variadas formas de pensar, viver e atuar no mundo
no âmbito sócio-cultural, étnico racial, etária, afetivo social e de gênero. Presente
na escola, essa diversidade de pensamentos e ações, exigem de todos os
envolvidos com a educação dos jovens e adultos, liberdade para criar alternativas
que respondam competentemente as exigências dos grupos populacionais/etários
a que atendem. Com base nesse pluralismo e diversidade as propostas de EJA
devem contemplar a produção de saberes que perpassarão a oferta educativa
apresentada a esses sujeitos de forma a possibilitar cada vez mais a aproximação
de suas necessidades, expectativas e saberes cotidianos.
Trabalho
Como atividade que está na gênese da civilização, quando o homem deixa a
vida nômade de coletor, o trabalho vem sofrendo mudanças ao longo do tempo e
exatamente por isso tem exigido da humanidade capacidade de adaptação para
acompanhar essas transformações muitas vezes vertiginosas. Entretanto, embora
mude o trabalho existirá enquanto existirmos e através dele o ser humano não só
transforma a natureza, mas é transformado por ele, num processo constante de
reconstrução da vida humana.
Além de transformador da natureza e do homem, o trabalho também e
produtor de cultura, pois ao produzir seu sustento o ser humano também produz
arte, ciência, tecnologia, economia, história, numa relação dialética entre o saber e
o fazer, o transformar e ser transformado num movimento constante de elaboração
e reelaboração da vida. Nesse contexto a educação se insere como elemento de
diálogo tanto intra quanto inter gerações e garante que homens e mulheres
compartilhem seus conhecimentos uns com os outros resgatando, ressignificando
e revelando valores humanos.
Crença na Capacidade de Transformação do Homem
3
A história da humanidade tem demonstrado ao longo do tempo que o ser
humano é ser que transforma e é transformado. Portanto a ação do homem e da
mulher como construtores de história os coloca na condição de quem está em
constante mudança. Sedo assim o mundo é construído e reconstruído pelos
humanos permanentemente, logo ele não está pronto, acabado, portanto não é
está sendo. Nessa perspectiva convém refletirmos sobre as palavras do professor
Paulo Freire “O homem não é apenas objeto da história, mas seu sujeito de
ocorrência cujo papel neste mundo não é apenas de constatar o que ocorre, mas
também o que intervém.”
Ação Coletiva
A ação coletiva quando desenvolvida na escola ajuda não apenas a
repensá-la junto com todos que a compõem como também serve para solidificar as
decisões tomadas, uma vez que essas são fruto de uma ação colegiada e por isso
mesmo traz em seu bojo compromisso e responsabilidade de todos os envolvidos
no processo.
Por ser colegiada a ação coletiva estabelece uma articulação entre o
individual e o coletivo além de valorizar e potencializar diferentes formas de pensar
dando mais transparência ao processo que levará a tomada de decisão. Na prática
educativa agir coletivamente é imprescindível para fortalecer e legitimar o fazer
pedagógico de todos.
DIRETRIZES DO CURSO
Continuidade de estudos
Assim como o acesso e permanências, a possibilidade de continuidade de
estudos para os estudantes da EJA é um compromisso que se impõe a todas as
envolvidas com essa modalidade de educação, considerando-se que muitas vezes
o atendimento aos estudantes em diferentes localidades exige alternativas que as
estruturas formais nem sempre dispõem. A possibilidade de continuidade de
estudos relaciona-se tanto com a coerência da proposta pedagógica quanto com a
inserção dos estudantes no sistema de forma que esses possam manter uma
regularidade em sua vida escolar.
4
Inserção Orgânica no Sistema
Os estudantes matriculados regularmente na EJA fazem parte do Sistema
Municipal de Ensino ainda que as classes em que estudam funcionem em lugares
não convencionais como igrejas, sindicatos, associações, sede de fazendas e
outros não citados. Entretanto, deverão estar vinculados a uma escola que
garantirá a certificação de todos mantendo a regularidade do atendimento e o
cumprimento da oferta do direito além de auxiliar no processo de auto-estima do
estudante reconhecidamente inserido no sistema como sujeito de direito.
Circulação de estudos
Sendo a EJA uma modalidade de educação oferecida pelo Sistema
Municipal, está assegurada aos estudantes a circulação de estudos entre todos os
projetos e programas da rede pública, o que significa dizer que a todos é dado o
direito de circular, tanto passando da modalidade EJA para o de oferta regular,
quanto o contrário. É importante salientar que como modalidade a educação de
jovens e adultos é um modo de organizar e adequar o currículo, segundo
características desses sujeitos garantindo-lhes o acesso ao conhecimento de forma
a assegurar-lhes as condições necessárias para agirem conscientemente na
sociedade, sem, contudo, negar-lhes o direito de, a qualquer tempo, optarem por
outra modalidade de atendimento, sem prejuízo da que seguiram até então.
Coerência pedagógica
Princípio que demonstra a preocupação que se tem quanto à coerência
interna do projeto segundo princípios e fundamentos claramente definidos, quanto
pelo fato de, ao propor o projeto, faze-lo de acordo com o que se propõe para os
estudantes. Nesse sentido, todos os envolvidos no processo, professores, diretores
escolares ou de departamentos participam como sujeitos do repensar pedagógico
para que as práticas educativas estejam em consonância com os anseios dos
educandos e as exigências do mundo contemporâneo para a inserção social.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A proposta pedagógica que ora estamos construindo pretende atender aos
anseios dos professores que atuam com esse seguimento de ensino e é fruto das
discussões feitas nos encontros quinzenais desses profissionais nos quais vieram
à tona as concepções sobre EJA, além das trocas de experiências que sempre
5
acontecem em reuniões dessa natureza, o que confere ao documento a
característica de construção coletiva.
O que se pretende para educação de jovens e adultos em Irará passa
necessariamente pela construção e reconstrução dos processos e das práticas
educativas, ancorados na concepção construtiva do conhecimento e no princípio
de que os seres humanos se educam num processo de interação com outros seres
humanos e com o meio que nesse contexto de aprendizagem têm papeis bem
demarcados (educador e educando).
Para garantir que o processo educativo dos jovens e adultos atendidos pelo
Sistema Municipal de Ensino tenha a qualidade esperada por todos os envolvidos
faz-se necessário eleger alguns marcos referenciais necessários para nortear uma
práxis educacional emancipatória, além de servir para clarificar as aprendizagens
pretendidas. São eles:
Respeito à identidade cultural dos sujeitos
Ao contrário da homogeneização de conhecimentos que se preconiza na
concepção tradicional, a educação emancipatória tem como um dos seus
pressupostos fundamentais a heterogeneidade de culturas e sujeitos com os quais
ela deverá lidar. Nessa perspectiva a diferença se constitui como um elemento
tanto de tolerância quanto de problematização e por esse motivo uma rica fonte de
construção de conhecimento uma vez que conceitos como gênero, etnia, geração,
origem socioeconômica entre outros podem servir como ponto de partida para o
trabalho educacional.
Construção e produção de conhecimentos significativos que
possibilitem aos sujeitos envolvidos a compreensão e
transformação da realidade.
O desafio que aqui se impõe está diretamente ligado necessária sensibilidade para
escolha de conteúdos e metodologias que ajudem o estudante a aprender tendo
como referencia a educação emancipatória que preconiza a construção coletiva
envolvendo, portanto todos os sujeitos do processo visando o seu enriquecimento
pedagógico-cultural. Assim professores, professoras e escolas devem propiciar o
ambiente e a mediação necessários a essa construção.
6
Democratização das relações entre comunidade e escola, sendo
esse o espaço privilegiado de valorização e recriação da cultura
popular.
Como instituição social inserida num contexto de vida real a escola é um locus
privilegiado para construir e divulgar conhecimentos, embora atualmente estes não
dêm conta do que o mundo vem nos cobrando para que possamos viver
plenamente o cotidiano num processo constante de valorização e recriação da
cultura popular e construção das ferramentas intelectuais necessárias na relação
dos sujeitos com o mundo. Dessa forma a democratização das relações entre
escola e comunidade devem ser um dos pressupostos básicos para a
concretização da educação, que pretende contribuir para a inserção do jovem e do
adulto nessa sociedade cada vez mais globalizada e competitiva de forma que
venha a compreendê-la e transforma-la. É a interação e o pacto da escola com a
comunidade e da comunidade com a escola que pode produzir um outro ambiente
de formação, uma verdadeira comunidade de aprendizagem, onde se pode
vivenciar efetivamente a cidadania.
Aquisição e sistematização de conhecimentos tomando como
referencial o contexto das vidas dos sujeitos na sua relação com
“seus mundos” e o mundo.
Toda educação tem seus referenciais, como tudo na vida do ser humano, sujeito
real da história. Reconhece-los e problematizá-los é fundamental para que se
possa produzir a capacidade de interrogação e renovação de si mesmo, da
sociedade e da história. Saber de onde estamos falando e agindo e de onde nosso
interlocutor fala e age, em uma perspectiva antropológica de conhecimento do
outro e reconhecimento de si mesmo, constitui-se numa das bases com a qual se
deve operar.
Assim, ao realizar a sistematização de conhecimentos a escola deve tomar como
referencial o contexto das vidas dos sujeitos, deve partir das vivências concretas
que apresentam, esforçando-se para elucida-las e transforma-las, pois o que está
em questão é a renovação dos próprios sujeitos, da sociedade e da história.
7
Considerando-se que o principal fundamento da função educativa aqui
apresentada é a crença num ser humano integral que pensa e, por isso, é capaz de
agir, sentir, transformar, transcender na direção de múltiplas construções, a práxis
pedagógica deve levar em conta: o contexto do estudante jovem ou adulto; suas
práticas sociais; buscando para tanto clareza de certos contextos/noções
fundamentais, na perspectiva de repensá-los e reconstruí-los no processo de
construção de saberes e conhecimentos, de forma dialética. Assim é preciso ter
clara a compreensão do que vem a ser e de como devem ser considerados na
escola conceitos como:
a) Cotidiano e diversidade sócio-cultural – para Certeau (1994)
“cotidiano é lugar da invenção das práticas cotidianas, estratégias e
táticas”. Na implicação que o dia-a-dia do ser humano tem com a sua
realidade sócio cultural, pode-se fazer uso do que diz Berger (1985)
“cotidiano é a realidade a ser interpretada pelos sujeitos e
subjetivamente dotada de sentido para eles, formando um mundo
relativamente coerente”. Para os educadores de jovens e adultos é tudo
que estes sujeitos têm a dizer a respeito de suas informações e saberes,
formas de se expressar, a partir de suas experiências e expectativas com
relação à vida, na qual se inclui a escola que deve ir ao encontro da
riqueza que o cotidiano dos educandos podem agregar ao processo de
ensino e aprendizagem.
b) Experiências,referencias,trajetórias – “O importante não era estar ali
parado... o importante foi ter vindo, o importante é o caminho que se faz,
a jornada que se andou...” (Saramago 2001). P O pensado o vivido, o
produzido no mundo e sobre o mundo é a referencia para todo o trabalho
educativo, sempre objetivando a busca de novos caminhos, novas
vivências, novas construções. É a incompletude do ser humano que o
mobiliza para o novo. E é essa incompletude a fonte de toda a
curiosidade e de toda a criatividade que os sujeitos colocam em ação no
dia-a-dia, em suas experiências e trajetórias.
c) Criticidade, logicidade e criatividade – É necessário que o processo
educativo considere como ser integral que aprende através de diferentes
linguagens de forma crítica e criativa, sem desconsiderar as referências
que perpassam sua integralidade. Nesse sentido deve-se sempre
8
considerar o lugar de onde se olha, fala, ouve e age e de onde se é
olhado, falado, ouvido e interpretado. É preciso que a escola, o
professor, a professora possibilitem outros espaços e tempos de
formação, através das diferentes linguagens que estão à disposição do
ser humano e consequentemente de sua formação. Para tanto a escola
deve ir para além das linguagens que comumente usa possibilitando aos
estudantes o contato e o envolvimento com àquelas de difícil acesso.
Dessa forma a escola passa a ser também um espaço de aprendizado e
prazer.
d) Dialética, dialogicidade e interdisciplinaridade – A concepção
educativa em questão leva em conta que a construção do conhecimento
se dá a partir dos diferentes, dos conflitos, problemas, desafios, o que se
torna possível no diálogo e na certeza de que não se hierarquiza
conhecimentos, mas há uma inter-relação implícita: cada conhecimento
contém ou aponta tantos outros, cada sujeito existe em dependência
colaborativa com outros sem os quais fica impossível a construção do
entendimento.
A sala de aula e da escola são espaços privilegiados para o aprendizado e o
exercício do diálogo, seja entre campos do saber, seja entre sujeitos partícipes o
processo de ensino e aprendizagem. É nessa co-existência colaborativa que se
constrói o espaço democrático e a própria cidadania; o diálogo exige tempo-espaço
para falar e para ouvir, para oferecer e para receber a compreensão.
O papel do educador não é propriamente falar ao educando recitando aulas
ou fazendo discursos persuasivos sobre seu modo de interpretar e compreender o
mundo procurando impor-lhes sua visão. Sua função é problematizar a realidade
concreta do educando, problematizando-se ao mesmo tempo. (Vera Barreto,
1998).
Na Educação de Jovens e Adultos para que todos os princípios possam
ganhar vida na proposta curricular deve-se considerar que os saberes em rede não
se segmentam em áreas ou disciplinas, mas se enredam, enlaçam pelos fios do
conhecimento. Dessa forma, nessa proposta fez-se a opção por um modo de
organização didático-metodológica a partir de temáticas através das quais se
desenvolvem os projetos de cursos, são elas: trabalho, cultura, e meio ambiente;
9
identidades e linguagens; direitos humanos, meio ambiente e cidadania;
democracia, ética e cidadania.
Os temas escolhidos remetem ao sentido final do projeto educativo, ou seja,
a formação da cidadania, com domínio dos instrumentos básicos que facilitam o
interferir e agir criticamente sobre o mundo a leitura, a escrita, o pensamento lógico
e as relações sociais.
Essa forma de conceber o currículo tem sua sustentação na dialogicidade,
uma vez que, para dar-lhe sentido lança-se mão de conhecimentos relativos aos
DIREITOS HUMANOS
MEIO AMBIENTE
E
CIDADANIA
CIDADANIA
ci
CIDADANIA
IDENTIDADES
E
LINGUAGENS
EJA
FORMAÇÃO INTEGRAL
DO SER
TRABALHO
CULTURA
E
MEIO AMBIENTE
DEMOCRADIA
ÉTICA
E
CIDADANIA
10
diferentes campos do saber, que com eles dialogam, exigindo uma reorganização
dos conhecimentos científicos de cada área, de modo a se conectarem com os
demais e com os produzidos na prática social, pela experiência.
DIRETRIZES METODOLÓGICAS
Esse curso adota a metodologia do ensino com avaliação no processo e sua
dinâmica tanto para o planejamento, como para a avaliação, está pautada numa
prática pedagógica em que o aproveitamento do aluno é dimensionado pelos
objetivos alcançados.
Trabalha com as seguintes diretrizes metodológicas que norteiam a prática
pedagógica:
O ambiente escolar deve conter e considerar a diversidade do mundo
da escrita;
O processo de educando tem que ser respeitado;
A heterogeneidade da classe favorece a aprendizagem;
O erro deve ser considerado elemento natural na construção do
conhecimento;
A educação para o êxito do aluno tem que ser contextualizada;
A prática pedagógica deve ser problematizadora;
A relação educação e trabalho como ferramenta de inserção social, a
partir do sentido de cidadania;
Material didático adequado à realidade do aluno.
Estrutura e Funcionamento do Curso
Curso: Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos
Nível: Educação de Jovens e Adultos
Equivalência: 1ª a 8ª Série
Para atendimento às especificidades da população contemplada pelo projeto, o curso
será desenvolvido em 05 anos de forma presencial e por níveis conforme quadro abaixo:
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
11
EJA I Equivalência
PBA Alfabetização
Estágio I 1º
Estágio II 2º e 3º
Estágio III 4º
EJA II Equivalência
Estágio IV 5ª e 6ª
Estágio V 7ª e 8ª
Carga Horária do Curso
Carga horária mínima anual – 800 horas
Número de dias letivos – 200
Número de semanas letivas – 40
Número de horas/aula semanais:
Séries iniciais (EJA I) – mínima 20 horas
Séries finais (EJA II) – mínima 20 horas
Número de aulas diárias:
Séries iniciais (EJA I) – 04 (mínimo)
Séries finais (EJA II) – 05 (mínimo)
Carga horária total do curso:
Séries iniciais (EJA I) 2400 horas
Séries finais (EJA II) 1680 horas
Total geral – 4080 horas
RECURSOS
Humanos
Para implantação da Educação de Jovens e Adultos – EJA, o Governo
Municipal através da Secretaria Municipal de Educação Cultura Esporte e Lazer
SEMEC, assegurou a constituição de uma equipe técnico-pedagógica, responsável
pelo segmento nas unidades escolares que oferecem essa modalidade de
12
educação, contando com professores habilitados e capacitados nas disciplinas que
compõem as diferentes áreas do conhecimento.
A SEMEC numa ação coletiva e em consenso com os coordenadores
pedagógicos, gestores das unidades escolares e professores definiram que a
formação continuada dar-se-á ao longo do ano letivo, através das seguintes
estratégias: cursos, seminários, formação em serviço nos encontros de
coordenação, além de acompanhamento técnico-pedagógico, de forma
sistemática, pela equipe da Secretaria de Educação.
Financeiro
A implantação da EJA no município deu-se pelo reconhecimento do direito
público subjetivo, estando, portanto assegurado no orçamento municipal a
alocação de recursos financeiros para que a Secretaria de Educação possa
desenvolver as ações pertinentes ao bom desenvolvimento dessa modalidade de
ensino.
O Governo Federal através do MEC/FNDE, também definiu financiamento
para a EJA através do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e Valorização do Magistério – FUNDEB.
Materiais
Didático
Além dos recursos didáticos assegurados pelo MEC, a Secretaria de
Educação garante a existência do material didático pedagógico para professores e
alunos, condizentes com as reais necessidades da demanda.
Consumo
A maioria das unidades escolares que oferecem a modalidade EJA
encontram-se devidamente equipadas com material permanente e de consumo,
visando o bom desenvolvimento das ações que permeiam essa modalidade de
ensino.
13
AVALIAÇÃO
No âmbito escolar, a avaliação deve ser tomada como alternativa para o
melhoramento do processo de ensino-aprendizagem devendo, portanto, se dar de
forma integrada e processual.
. Dessa forma o processo de avaliação deve:
Estar imerso numa pedagogia de inclusão multicultural que vislumbre a escola
como formadora de sujeitos articulados a um projeto de emancipação humana.
Basear-se na heterogeneidade do ser e da vida cotidiana, na natureza coletiva,
compartilhando o solidário do conhecimento.
Opor-se à pedagogia das respostas certas considerando a polissemia do real,
que aponta as possibilidades do ensinar e do aprender.
Diferente da prática tradicional a avaliação aqui concebida constituí-se num
valioso instrumento para o acompanhamento de todo o processo educacional além de
ser elemento decisivo no planejamento pedagógico. Assim a avaliação deve ser:
Diagnóstica: na medida em que caracteriza o desenvolvimento do aluno no processo
de ensino-aprendizagem, visando avanços e dificuldades, realizando ajustes, tomando
decisões necessárias às estratégias de ensino e ao desempenho dos sujeitos do
processo.
Processual: quando reconhece que a aprendizagem acontece em diferentes tempos,
através de processos singulares, complexos e particulares de cada sujeito e que tem
ritmos próprios e lógicas diversas, em função de experiências anteriores mediadas por
necessidades múltiplas e por vivências individuais que integram e compõem o
repertório a partir do qual realiza novas aprendizagens e ressignifica os antigos.
Formativa: na medida em que o educando tem consciência da atividade que
desenvolve, dos objetivos da aprendizagem, podendo participar na regulação da
atividade de forma consciente, segundo estratégias metacognitivas que precisam ser
compreendidas pelos professores.
Somativa: expressa o resultado referente ao desempenho do aluno no
bimestre/semestre através de menções, relatórios ou notas.
É importante salientar que não se deve reproduzir as exclusões vigentes no
sistema que reforçam fracassos já vivenciados e corroboram a crença já internalizada
14
pelos estudantes dessa modalidade de que não são capazes de aprender. Esse
modelo precisa ser substituído pela ratificação da autoestima positiva que um
processo de ensino- aprendizagem pode e deve produzir, reafirmando assim a
disposição da política em cumprir o dever de ofertar educação de qualidade a tantos
estudantes excluídos do acesso e permanência no processo educativo.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO NAS UNIDADES ESCOLARES
A Secretaria Municipal de Educação através de sua equipe técnica
estabelecerá um sistema de acompanhamento e avaliação do curso, de modo a
dispor de um banco de dados que possibilite, após a análise, a construção de Projetos
de Intervenção Institucional com a finalidade de corrigir possíveis distorções tanto de
ordem didático metodológica quanto de estrutura e funcionamento do curso a fim de
que este possa realmente garantir a efetivação de uma educação de qualidade para
esse segmento.
Nessa perspectiva a idéia que aqui estamos preconizando é de uma
avaliação diagnóstica com a finalidade de intervir no processo educacional visando
reajustá-lo ao longo do tempo ou até modificá-lo, no que se fizer necessário, por
entendermos que educação de qualidade é algo que se constrói permanentemente e
para tanto, necessário se faz que o processo seja acompanhado sistematicamente.
Assim sendo é importante que todos os envolvidos nesse processo estejam
atentos para alguns indicadores que consideramos importantes para como
instrumentos de avaliação do curso, tais como;
Índice de evasão, principalmente no primeiro semestre do ano letivo;
adequação dos conteúdos trabalhados com as expectativas dos
estudantes;
segurança do estudante quanto à sua capacidade de construir
conhecimentos em diferentes linguagens, sustentando-se no objeto de
estudo das diversas áreas;
nível de satisfação dos estudantes que não abandonam o curso ao
longo do processo.
Entendemos que, entre outros, os indicadores acima podem servir de
balizadores para que o curso seja avaliado como um todo tendo em vista seu
redimensionamento e sua constante revisão no sentido de se continuar caminhando
em busca das soluções para sanar as dificuldades que porventura sejam apontadas.
15
É importante salientar que estamos cientes de que a complexidade
característica do mundo atual impõe aos estudantes, exigências educacionais cada
vez maiores e mais elaboradas a fim de que possam participar da luta diária por
melhores condições de vida do forma que possam exercerem plenamente sua
cidadania.
CONDIÇÕES E ESTRATÉGIAS DE OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS NO MUNICÍPIO
16
OBJETIVO GERAL
Assegurar aos estudantes com idade igual ou superior a quinze anos, acesso e
permanência ao Ensino Fundamental, tendo como princípio a formação do cidadão
participativo, consciente e capaz de transformar a realidade em que vive
possibilitando a continuidade de estudos em outros níveis.
PROBLEMAS
Evasão
Repetência
Falta de formação
continuada especifica
Proposta curricular
inadequada
METAS
Diminuir o índice de
evasão em 80%.
Reduzir o índice de
repetência em 80%.
Proporcionar formação
continuada especifica
para 100%. Dos
professores eu atuam
na educação de
jovens e adultos.
Implantar uma
propostas curricular
para EJA no prazo de
dois anos
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
REDUZIR O Índice de
evasão nas escolas
Reduzir o índice de
repetência na EJA,
garantindo uma
aprovação de qualidade.
Garantir através dos
encontros de AC e do
acompanhamento a
relação da teoria
estudada à pratica em
sala de aula
Promover a formação
continuada específica
para o melhor
desenvolvimento do
processo de ensino-
apredizagem no EJA.
Implantar uma proposta
curricular específica
para EJA.
PLANO DE AÇÃO
17
AÇÕES PARA FORTALECIMENTO DA EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O QUE FAZER
(Estratégia)
COMO FAZER (Ações)
QUEM (Responsáv
el)RECURSOS
MÊS/ ANO 2010
Mar
Ab
r
Mai
Jun
Jul
Ag
o
Se
t
Ou
t
No
v
Dez
Desenvolver oficinas
profissionalizantes para os
alunos.
Oficinas profissionaliza
ntes de eletricista, mecânica, instalação hidráulica, culinária,
manicure e pedicure,
artesanato, corte e costura,
cabeleireira.
Coordenadores,
gestores e professores
de EJA .
SEMEC. Instituições escolares
Realizar palestras de auto-estima
com os alunos e professores;
Promover Palestras com profissionais qualificados para tratar
sobre o tema a cada trimestre
Gestores e Coordenad
ores de EJA.
PMI e Parceiros.
Promover a formação
continuada de professores
que atuam na EJA
Formação continuada
quinzenal com os
coordenadores de EJA
Coordenadores de
EJA
PMI
18
Realizar oficinas de
leitura com os alunos.
Oficinas de leitura com
profissionais
Gestores Professor,
funcionários da escola
e comunidad
e.
PMI e Parceiros
Realizar formação
complementar específica para
EJA
Formação especifica através de
contratação de consultoria
SEMEC. PMI
Realizar formação
complementar específica para
EJA
Formação especifica através de
contratação de consultoria
SEMEC. PMI
Doar Kits de material escolar
Entrega de um Kit contendo: caderno, lápis, borracha, régua, cola, lápis de cor, caneta. A cada aluno
SEMEC.PMI e
Parceiros
Realizar oficinas de cartografia
Oficinas cartográficas .
Professores e coordenadores
Gestores e SEMEC.
Buscar parcerias com as instituições sociais do município.
Palestra e oficinas
SEMEC, Supervisores e coordenadores
SEMEC
Mobilizar os alunos a cerca da importância dos estudos para a efetivação de matricula
Caravanas percorrendo localidades do município.Seminários.
SEMEC, Gestores, Professores e Coordenadores
SEMEC
19
Equipe da Secretaria Municipal de Educação responsável pela implantação/fortalecimento da EJA.
Nome: Andréa Mareques Santos Formação: Licenciatura em Letras com Ingles Experiência com EJA: 08 anos.Secretária de Educação
Nome: Cintia dos Santos MarinhoFormação: Licenciatura em Letras com Ingles Experiência com EJA: 10 anosDiretora Pedagógica
Nome: Maria Goret Martins da SilvaFormação: Pós-graduação em Políticas do Planejamento Pedagógico e Avaliação Experiência com EJA: 05 anos.Supervisora técnica : EJA I (1ª a 4ª Série).
Nome: Marilda Nogueira RamosFormação: Especialista em História da Bahia Experiência com EJA: 05 anos Supervisora Técnica: EJA II ( 5ª a 8ª Série)
Nome: Cristina Ferreira da SilvaFormação: Gestão, Coordenação e Orientação EducacionalExperiência com EJA: 10 anosCoordenadora Pedagógica do EJA I
Nome: Maria Anilce da Anunciação Formação: Licenciatura em HistóriaExperiência com EJA: 15 anosCoordenadora Pedagógica do EJA I
Nome: Lêda Oliveira da silva Formação: Licenciatura em Pedagógia Experiência com EJA: 10 anosCoordenadora Pedagógica do EJA IINome: Maria Graziela E. de Sousa Formação: Licenciatura em Letras VernáculasExperiência com EJA: 02 anosCoordenadora Pedagógica do EJA II
Nome: Ana Maria Portela Santos Formação: Licenciatura em Letras Vernáculas Experiência com EJA: 08 anosdo EJA
20
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
21
REFERÊNCIAS
ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência. Introdução ao jogo e a suas regras. 6. São
Paulo: Loyola, 2003 (Leituras Filosóficas)
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Educação de jovens e adultos:
Proposta curricular para o 1º segmento do ensino fundamental. São Paulo:Ação
Educativa; Brasília: MEC, 1997.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A pergunta a várias mãos. – A experiência da
pesquisa de trabalho do educador. São Paulo: Cortez 2003.
BERGER, Peter L. e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 9
ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
ESTEBAN, Maria Teresa(Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos
sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. – Em três artigos que se
completam. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1998.
__________. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
__________. Pedagogia da indignação. Cartas Pedagógicas e outros escritos.
São Paulo: Unesp, 2000.
__________. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra,.
OLIVEIRA, Inês Barbosa de; PAIVA, Jane. (Orgs.). Educação de jovens e adultos.
Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre, Artmed. 1998.
22
ANEXO
23
24
1