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falso rosto
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A c o r d a e x c l u s ã o i / / 1 6 a 4 0
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No mundo dos sonhosA tua imagem veio e vinha até que em estatua de salmaterializou-se na minha vida
O outro ser que tecemos em teias às quais bezuntamos venenos e feitiçarias te clama do passado
Caldeirão derramado em aparente acidente casual diz que a hora de partir não coincide com o horário do trem.
Preconceitoii
É luz alta na cara
A gente se sente Exposta
Na dúvidaSerá que você vai ficar?
Também pode ser quando você se esconde atrás dessa câmera seus olhos dizendo click e os meus, na TV sem remelas.
A cor da exclusão Poeminflamado
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Vaitimborav
IsadoraVaitimboraTu é mulé de Xangô- Mulé de XangôFoi um dia um dia foiOgum carregouNum carro de boi
Vai-te embora, Isadora Não foi assim, não Senhora Isadora vai-te embora Vaitimbora Isadora
- Você me rejeitavocê não me querOlhalá sou muléDe quem eu quiser
Isadora vaitimbora Oxalá que te acompanhe Isadora vem timbora Oxalá que me perdoe Aliás, não devo nada Isadora vem timbora
Ah, os meus sentidosvi
tão sentidos, são gemidostão perdidos, são erigidosquando não tenho ereção
Ai, os meus miolossão tijolos, são abrolhossão atolos, são tão tolosquando não te digo não
E os meus pecados?São calados, são faladosescrachados, são safadosquando não tenho perdão
Ui, as minhas tarasminha cara, são tão rarasSão Saara, são tão carasquando não te meto a mão
E a minha doençaé a desavença tão imensade tua presença tão intensaEu sou são. Eu sou são?
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C a f u n é x v i / / 4 2 a 6 7
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Sempre que a belezaSe debruça sobre a DORAssume ares de SantaQuando sagrada seriaa dor que ninguém evoca
História da Humanidade
quanto mais seimais sinto
VERGONHA
Cafuné Poeminflamado
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À MORTE – por ser imortal, xvii
ergo um brinde, dizendo: - À NOSSA VIDA! e ela responde ofendida: - NÃO ME ESCAPARÁS!
o meu sangue
VERMELHO
se e s p a l h a
e torna violeta
o etéreo
sangue
AZUL
Cafuné Poeminflamado
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poeminflamado
VOCÊ É O FOGO
que queimou
o FOGO que estava
queimando
o meu FOGO!o mar xiii
tem tanto
SU RU
RU
e eu aquiA ver navios...
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Por ser água barrenta Não me julgue profundo Não mergulhe em mim E é bom levar um tempo para me engolir Pode apenas banhar-se É esta a razão de ser eu á g u a tão turva.
4Quatro. Esse é o númeroda besta que me governa.Quarta. Quarto. Quatrovezes de quatroQuarta-feira, cinzasQuarto Ato – epílogo!
E também nunca pude esquecer das 4 vezes que me comeste