, ♂, 34 anos
Final de 2009: Crises de ausência – ”pelo menos uma vez por semana, por 20-30 segundos eu deixava de
compreender o que a pessoa estava falando, inclusive o que eu falava.
Tinha total compreensão de onde estava e do que estava
acontecendo”
Procurou neurologista da empresa, cujo sintoma foi atribuído a stress
Março/2010: Aumento do nº de crises, com até
2 episódios no mesmo dia
Procurou neurologista do convênio que re-afirmou a
possibilidade de stress
Investigado com RNM para descartar crises
epilépticas
FFB, ♂, 34 anos
RNM de crânio (08/04/2010)
Formação expansiva sólida com intensa impregnação
pelo gadolinio, localizada na cortical do giro temporal
superior esquerdo, com componente de crescimento
exofítico para a fissura sylviana adjacente, medindo
cerca de 2,2 x 1,6 cm nos maiores eixos. Destaca-se o
espessamento do cortex do giro temporal superior
acometido com alteração do sinal subcortical adjacente,
com limites imprecisos, podendo resultar de infiltração
neoplásica com tênue edema vasogênico ou lesão de
padrão misto. A possibilidade de Ganglioglioma deve
ser considerada.
FFB, ♂, 34 anos
Operado em 9 de junho de 2006 AP HIAE: Tumor bastante celular constituído preferencialmente
por células com núcleos alongados e processos citoplasmáticos fibrilares. Outras células são redondas ou ovais e assumem fenótipo gemistocítico. Não há arranjo arquitetural particular. O tumor infiltra córtex e, em áreas, há crescimento sub-pial (figura secundária de Scherer). Observam-se ainda numerosas células com aspecto degenerativo. Raras mitoses. Não há proliferação endotelial ou necrose.
IHQ: GFAP +/ Proteína S-100 +/ Sinaptofisina - / Neurofilamento - /KI-67 + em 20% das células
Conclusão: Astrocitoma grau II
FFB, ♂, 34 anos
Revisão de lâmina: 1º revisão 08/07/2010: Ganglioglioma
2ª revisão(CDB) 16/07/2010: Fragmentos de neoplasia neuroectodérmica constituida por 2 elementos celulares gliais com fenótipo astrócito e; celulas maiores com amplo citoplasma eosinófilo, algumas bi ou multinucleadas que lembram neurônios. Há vasos com perivasculites linfocitárias. Ausência de necrose. Presença de tecido cerebral que está infiltrado pela neoplasia através de estruturas secundárias.
Painel IHQ: KI67 15%
S-100 +(nos 2 comp); GFAP +(comp glial); Sinaptofisina +(no comp neuronal); neu-N + (no comp neuronal)
Conclusão: Ganglioglioma ( WHO II/III)
Astrocitoma
• RM: Tipicamente os astro de baixo grau são bem definidos,
homogêneos, sem edema/efeito de massa significativo, com pouco
ou nenhum realce após contraste.
Ganglioglioma
• Massa sólido-cística(52%), sólida(43%) ou cística(5%)
• Localização periférica no hemisfério
• Calcificação comum, sendo menos frequente nas lesões de aspecto
sólido
• Usualmente pouco efeito de massa ou edema vasogênico
• Quando em crianças volume maior que em adultos
• CT: Hipoatenuante(38%), mista(32%), iso(15%) ou
hiperatenuante(15%). Remodelamento ósseo pode ser visto. Realce
em 16-80%.
• RM: Variável/não específico; hipo/iso em T1 e hiper em T2; Alguns
podem ser hiperintensos em T1; Usualmente apresentam
componentes de maior sinal em T2 (“cysticlike”). Realce variável
(sem realce, realce anelar, realce intenso homogêneo);
Xantoastrocitoma Pleomórfico
• Adolescentes e adultos jovens (média 26 anos)
• 98% supratentoriais, sendo mais comum no temporal(50%), seguido
do parietal (17%) e frontal (10%)
• Padrão de imagem clássico, porém inespecífico: Massa cística
supratentorial, com nódulo mural, adjacente às leptomeninges. No
entanto até metade das lesões relatadas ocorrem sem componente
cístico.
• TC: Hipo ou isoatenuante. Calcificação é rara. Pode ser bem ou mal
delimitada. Erosão ou alteração lítica craniana incomum.
• RM: Hipo ou iso no T1 e iso ou hiper no T2. Envolvimento
leptomeníngeo altamente característico (até 70%). Edema
peritumoral pode ser visto mas é incomum. Porçõe sólidas realçam
fortemente.
DNET
• Associação com displasia cortical
• Grande maioria < 20 anos, homens mais afetados
• Lobo temporal é o mais afetado (62%), seguido do frontal (31%)
• Maioria dos tumores confinados ao córtex, também podem surgir em caudado, cerebelo e ponte
• Imagem pode ser indistinguível de astrocitoma difuso, ganglioglioma, oligodendroglioma, ou outras neoplasias de baixo grau
• CT: hipoatenuante, ocasionalmente com calcificações. Remodelamento ósseo pode ser visto.
• RM: massa cortical hipo no T1, hiper no T2, sem edema vasogênico. Alguns parecem um giro espesso. Podem ter aspecto multicistico. Cerca de 1/3 realçam. Frequentemente afloram na superfície cortical.
• Algumas lesões aparecem como um giro alargado (aspecto em bolha de sabão)
Oligodendroglioma
• Lesão ovalada, bem delimitada (nem sempre), envolvendo córtex
ou subst. branca subcortical
• CT: 60% hipoatenuante; calcificação em 20-91%; degeneração
cística e hemorragia ocasionais; quando exofítica pode determinar
erosão da tábua óssea; realce usualmente tênue, mal definido, em
cerca de 15-20% (até 50% em oligoastrocitomas).
• RM: Hipointenso em T1, hiperintenso em T2; edema vasogênico
incomum; realce usualmente tênue (“dot-like”).
Top Related