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SELMA COPIANO CALADO
A MODA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
UNISAL
Americana2006
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2SELMA COPIANO CALADO
A MODA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Trabalho monogrfico de concluso decurso apresentado como exigncia parcialpara obteno do Grau de Bacharel deModa, Banca Examinadora do CENTROUNIVERSITRIO SALESIANO DE SO
PAULO CENTRO UNISAL, sob aorientao da Professora Ms.. Joelma Leo.
UNISAL
Americana2006
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BANCA EXAMINADORA:
Prof. Ms. Joelma Leo
Prof.
Prof.
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Dedico este trabalho a minha famlia.Especialmente ao meu marido pela perseverana que ele transmite.
E aos meus dois filhos pela pacincia e dedicao que sempre tiveram para comigo.Estes so os meus maiores bens!
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5AGRADECIMENTOS
Agradeo aos bons espritos que sempre estiveram e esto ao meu lado, a Deus pelo dom da vidae poder ultrapassar mais um ciclo na minha existncia.Agradeo aos professores da instituio UNISAL onde adquiri conhecimentos, em especial aprofessora, mestra, orientadora do meu TCC e amiga Joelma Leo pela sua dedicao epreocupao para com a minha pessoa.E mais um vez agradeo a minha famlia pela pacincia, incentivo, dedicao, perseverana, forade vontade e o carinho que sempre tiveram para comigo.A todos o meu muito obrigado!
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Toda me por si conserva, em traos de amor e luz a humildade de Maria e a grandeza de
Jesus.
Auta de Souza
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Resumo
relevante o estudo da moda na segunda guerra mundial, porque os fatos passados refletem
no desenvolvimento social, econmico, cultural dos dias atuais. Mesmo com a guerra, Paris
Frana continua a ser o bero da moda e seus estilistas, modistas, costureiros no perderam a arte
de criar. Este estudo proporcionou o conhecimento, como fonte de pesquisa referente a moda na
poca da segunda grande guerra, provando que mesmo sem determinados materiais foi possvel
criar e inovar.
Palavras Chave:
Guerra, Moda, Roupa, Estilo, Estilistas.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Mapa Europa antes da 1 guerra (Leone, 1995) 13
Figura 3.1 Ilustrao: Modelo abril de 1941 (Jornal folha da noite) 25
Figura 3.2 Ilustrao: Modelo outubro de 1945 (Jornal folha da manh) 25
Figura 3.3 Ilustrao: Modelo Setembro de 1944 (Jornal folha da manh) 26
Figura 3.4 Ilustrao: Modelo Agosto de 1947 (Jornal folha da manh) 29
Figura 3.5 Ilustrao 2: Modelo Agosto de 1947 (Jornal folha da manh) 29
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SUMRIO
INTRODUO.......................................................................................................... 10
CAPTULO 1 Primeira e Segunda Guerras ...................................................... 12
1.1 Primeira Guerra Mundial (1914-1918) ............................................................ 12
1.2 Segunda Guerra Mundial ( 1939 1945 ) ....................................................... 13
1.2.1 Hitler, sua Irm Paula e sua Mulher Eva Braun .. 14
1.3 O Desfecho da Guerra ..................................................................................... 18
1.4 Economia ........................................................................................................ 19
CAPTULO 2: Comportamento Racional e Escassez de Material 21
2.1 Inovao Tecnolgica ....................................................................................... 21
2.2 Materiais Escassos ..................................... 21
2.3 As Formas Femininas ........................................................................................ 22
CAPTULO 3: A Moda e a Guerra ........................................................................ 24
3.1 Moda no Perodo de Guerra ............................................................................ 24
3.2 Estilistas da poca ......................................................................................... 28
3.3 A Alta-costura ................................................................................................. 40
3.4 As Formas do Vesturio no Ps-Guerra ......................................................... 42
CONCLUSO .......................................................................................................... 45
Referncias Bibliogrficas ......................................................................................... 46
Glossrio de Tecidos .................................................................................................. 47
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10INTRODUO
Importncia do Tema
A Segunda Guerra Mundial deixou uma herana trgica. Foi, em grande parte, responsvel
pela banalizao da violncia que se observa no mundo desde meados do sculo XX. Alm disso,
provocou duas feridas que no cicatrizaram at hoje: a experincia trgica das pessoas encarceradas
nos campos de concentrao nazistas e o massacre da populao civil, resultante das bombas atmicas
que os Estados Unidos jogaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Para o estudo
deste tema importante o conhecimento das situaes e necessidades ocorridas no perodo de
1939 1945, quando fatos sociais, culturais, econmicos e polticos que aconteceram, gerando
grandes transformaes benficas ou malficas para toda a humanidade. Especificamente na
Moda, quando as mulheres passaram a restaurar suas roupas devido as necessidades da poca. Os
materiais eram muito escassos, as novas tecnologias estavam nascendo.
Objetivo do Trabalho
O incio da Segunda Guerra Mundial, a ostentao parecia desaparecer, as mulheres
estavam saindo para trabalhar fora de casa . Com esta atitude, as roupas passam a ser mais srias,
o vestido preto se mostrou ideal para a nova mulher trabalhadora. Juntamente com a bicicleta que
passa a ser o meio de transporte mais utilizado pela populao da Europa.
Diante dos fatos ocorridos, este trabalho vem contribuir com os seguintes objetivos:
Descrever de forma sucinta os fatos da primeira e segunda guerra que impactaramno ramo da moda.
Expor as necessidades bsicas de materiais na poca da segunda guerra. Identificar os estilistas mais relevantes durante o perodo da segunda guerra
mundial.
Provar a existncia da criao, mesmo em momentos de extrema crise.
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11Estrutura do Trabalho
Esta monografia composta de trs captulos. O captulo 1 apresenta um breve histrico
da 1 e 2 Guerras Mundiais.
No captulo 2, abordamos o comportamento racional e a escassez de materiais, onde
descrevemos a criao de roupas com materiais inovadores para a poca.
No captulo 3 apresenta-se a moda no perodo de guerra, os estilistas, a alta costura e as
formas do vesturio no ps-guerra.
Finalizamos o trabalho expondo as concluses, conforme os objetivos citados no incio
desta pesquisa.
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121. Primeira e Segunda Guerras
1.1 Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
O imperialismo foi o maior responsvel pela ecloso da Primeira Guerra Mundial, um dos
mais terrveis conflitos da histria da humanidade, que terminou com o triste nmero de mais de
dez milhes de mortos.
Alm da luta direta entre Alemanha e Inglaterra, que disputavam a hegemonia econmica
e poltica sobre o mundo, a Europa vivia nesse perodo alguns conflitos regionais, como a luta das
naes dos Blcs por autonomia e o interesse da Frana cm retomar as regies de Alscia e
Lorena, perdidas para a Alemanha em 1871.
Nesse contexto, deu-se a criao de um sistema de alianas: de um lado, a Trplice
Aliana, ou potncias centrais, unindo Alemanha, Imprio Austro-Hngaro e Itlia (que em 1915
passou para a Entente); do outro, a Trplice Entente, ou pases aliados, que reunia Inglaterra,
Frana e Rssia. O assassinato do herdeiro do trono austro-hngaro foi o fato que desencadeou aguerra.
No primeiro ano, a guerra caracterizou-se pelo avano alemo e recuo das tropas aliadas,
para se ter noo geogrfica vide mapa na Figura 1.1. Com o crescimento da resistncia da
Entente, a guerra entrou em uma nova etapa: a guerra de trincheiras, que eram tneis imensos,
cavados no solo, onde os soldados ficavam aquartelados espera de um bom momento para
atacar. Em 1917 os Estados Unidos alegaram que submarinos alemes haviam afundado seus
navios e declararam guerra Alemanha. A chegada das tropas norte-americanas, em maro de
1918, rompeu o equilbrio de foras a favor da Trplice Entente. Em novembro de 1918, foi
assinado o armistcio em que a Alemanha e seus aliados reconheciam a derrota.
Em 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, documento que determinou as condies da
paz. A Alemanha foi considerada culpada pela guerra e sofreu uma srie de punies, que
resultaram no empobrecimento do pas. O governo alemo teve de pagar uma pesada multa para
cobrir os prejuzos causados pela guerra; foi obrigado a devolver Frana os territrios de Alscia e
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13Lorena; teve de aceitar a criao do corredor polons, uma faixa de terra que atravessava o territrio
alemo para dar Polnia uma sada para o mar; e foi forado a abrir mo de suas colnias.
Figura 1.1 Mapa Europa antes da 1 guerra (Leone, 1995)
1.2 Segunda Guerra Mundial ( 1939 1945 )
Apesar de justificarem a Primeira Guerra Mundial como um confronto que estabeleceriade vez a paz, a crise econmica que tomou conta das naes envolvidas no conflito intensificou a
poltica de expanso territorial vista por alguns Estados, sobretudo os industrializados, como a
sada para a estagnao econmica e a garantia de ampliar suas reas de domnio. Em outras
palavras, a Segunda Guerra Mundial tambm foi marcada pela disputa imperialista, caracterizando-se
como uma continuao do primeiro conflito.
Em 1939, Frana e Inglaterra declararam guerra Alemanha, que j havia invadido a
ustria, a Polnia e Tchecoslovquia. Os pases em luta dividiram-se em dois blocos: o Eixo, que
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14unia. Alemanha, Itlia e Japo e ao qual se juntaram, em 1941, Bulgria, Romnia e Hungria: E o
Aliado, composto por Inglaterra e Frana. que depois recebeu a adeso da Unio Sovitica,
dos Estados Unidos , do Brasil e de outras naes.
De 1939 a 1942, a estratgia de ataques rpidos do exrcito nazista conquistou expressivas
vitrias, dominando pases como Blgica, Holanda, Noruega, parte da Frana, Iugoslvia, Grcia,
Litunia, Estnia, Letnia e parte da Finlndia. Em 1941, rompendo o Pacto Germano-Sovitico de
No-Agresso, firmado em 1939, as tropas alems entraram cm territrio sovitico, o que fez
com que Stalin se unisse aos Aliados. Esse mesmo ano marca a entrada dos Estados Unidos noconflito, aps o ataque japons base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Oceano
Pacfico.
O fato da Segunda Guerra ter sido a nica soluo possvel para a crise econmica marca
uma diferena importante em relao Primeira Guerra, na qual a questo principal era a
redistribuio do mundo entre as potncias imperialistas, e no a anexao de um motor artificial
(a economia armamentista e, posteriormente, a economia de guerra) mquina capitalista
enguiada, que se transformar, doravante, numa pea essencial para o funcionamento da
economia capitalista mundial.
1.2.1 Hitler, sua Irm Paula e sua Mulher Eva Braun
Em Maro de 1935 Hitler repudiou abertamente o Tratado de Versalhes ao reintroduzir o
servio militar obrigatrio na Alemanha. O seu objetivo seria construir uma enorme maquinaria
militar, incluindo uma nova marinha e fora area (a Luftwaffe). Esta ltima seria colocada sob o
comando de Gring, um comandante veterano da Primeira Guerra Mundial. O alistamento em
grandes nmeros pareceu resolver o problema do desemprego mas tambm distorceu a economia.
por esta altura, em 1936 que, nas Olmpiadas de Berlim, um afro-americano (Jesse
Owens) venceu em vrias modalidades, o que contradizia na prtica a propaganda raa Ariana
preconizada por Hitler para estes jogos. (Ver tambm Histria poltica dos Jogos Olmpicos de
1936).
Em Maro de 1936 Hitler volta a violar o Tratado de Versalhes ao reocupar a zona
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15desmilitarizada na Rennia (zona do Rio Reno). Ingleses e Franceses no fizeram nada, o que o
encorajou. Em Julho de 1936, a Guerra Civil Espanhola comeou, com a rebelio dos militares,
liderados pelo General Francisco Franco, contra o governo democraticamente eleito da Frente
Popular. Uma rebelio que contou com o apoio do Vaticano. Hitler enviou tropas em apoio de
Franco. A Espanha tornou-se tambm num campo de teste para as novas tecnologias e mtodos
militares desenvolvidos na Alemanha. Em Abril de 1937, os avies alemes da Legio Condor
bombardeiam e destroem pela primeira vez na histria uma cidade a partir do ar. Foi a cidade de
Guernica, na provncia espanhola do Pas Basco.
A 25 de Outubro de 1936, Hitler assinou uma aliana com o ditador italiano fascista
Benito Mussolini, o malfadado eixo Roma-Berlim. Esta aliana seria mais tarde expandida para
incluir tambm o Japo, Hungria, Romnia e Bulgria, bloco que se tornou conhecido como as
potncias do eixo.
A 5 de Novembro de 1937, na Chancelaria do Reich, Adolf Hitler presidiu a um encontro
secreto onde discutiu os seus planos para adquirir o "espao vital" ao povo alemo.
A partir de 1943, no entanto, a queda alem tornou-se inexorvel e o atentado de Julho de
1944 contra Hitler revelou a fora da oposio interna. Aps uma ltima derrota (ofensiva das
Ardenas, em Dezembro de 1944), Hitler refugiou-se em um bunker na cidade de Berlim, onde
mais tarde cometeria suicdio em 30 de abril de 1945.
Uma maioria esmagadora dos relatos histricos sustenta a tese do suicdio de Hitler. No
entanto, existem rumores na Amrica Latina segundo os quais Hitler teria fugido para um pas daAmrica do Sul onde teria morrido com uma doena incurvel, tendo sido um ssia a morrer no
bunker em Berlim. O mesmo teria acontecido com Eva Braun, sua noiva, com quem teria se
casado pouco antes do suicdio, segundo alguns historiadores, Braun teria se casado com ele
somente depois de jurar "fidelidade" e prometer que se mataria junto com ele. Seus corpos no
foram encontrados, ele teria mandado sua guarda crem-los, talvez para que no houvesse
nenhum modo de o inimigo tortur-lo, nem aps sua morte.
Uma segunda corrente de historiadores, no entanto, acredita que o fim da vida de Adolf
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16Hitler teria ocorrido com a destruio de seu bunker em Berlim, por um grande ataque areo dos
aliados j no fim da grande guerra. Acreditam ainda que com este ataque em seu bunker o corpo
de Eva Braun do seu brao direito Heinrich Himmler tambm foram achados claro que em
melhores condies que o do prprio Hitler, tinham em seu corpo queimaduras e marcas das
ferragens, j o de Adolf estava carbonizado sendo reconhecido apenas pela sua vestimenta e seu
bigode, sendo o reconhecimento feito por seus prprios comandantes e soldados capturados. Pelo
fato dos corpos terem sido encontrados carbonizados os aliados teriam vinculado a notcia de que
seus corpos no foram encontrados, mas sabe-se atravs de relatos, que no fora a ordem de
Adolf para cremar seus corpos o real motivo para os mesmos terem sido localizados desta forma
e sim o da exploso de uma bomba que destruiria o bunker onde ele e seus fiis escudeiros se
encontravam. Aps autpsias feitas nos corpos encontrados no bunker em Berlim, constatou-se
que em um dos corpos havia uma bala da pistola que era utilizada pelos alemes uma LUGER, a
qual boatos dizem que era a arma do qual Adolf havia se matado antes da bomba cair em seu
bunker ou um dos seus escudeiros havia disparado contra o grande ditador para que o mesmo no
fosse capturado pelos aliados vivo.
Paula Hitler
Paula Hitler (Hafeld, ustria, 21 de Janeiro de 1896 Berchtesgaden, Alemanha, 1 de
Junho de 1960) foi a irm mais nova de Adolf Hitler e a ltima criana do casal Alois Hitler e sua
terceira (e ltima) mulher Klara Plzl. Paula nasceu em Hafeld, ustria e foi a nica dos irmos e
irms de Adolf Hitler que sobreviveram infncia.
Aps a morte da me, Hitler concedeu a sua parte da penso de rfo irm. Ela perdeu o
contacto com Adolf por muitos anos, incluindo a Primeira Guerra Mundial e o seguimento. Ela
disse mais tarde que quando se voltaram a encontrar, na dcada de 1920, ela ficou surpresa e
sequer o reconhecia sequer, mas ficou encantada quando ele a levou s compras. A partir de 1929
ela s o via uma vez por ano, normalmente em grandes eventos Nazis. Em 1936, ele pediu-lhe
que ela mudasse o nome para Paula Wolf (alcunha de infncia de Hitler, que ele tinha usado na
dcada de 1920, incgnito). Adolf Hitler ofereceu-lhe apoio financeiro regular desde o incio da
dcada de 1930 at sua morte em 1945.
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17Paula trabalhou como secretria num hospital militar at ao fim da Segunda Guerra
Mundial. Foi presa por oficiais da US Intelligence em 1945, foi inquirida e libertada no incio do
ano seguinte. Ela disse no acreditar que o irmo dela era o responsvel pelo Holocausto mas os
agentes ignoraram isto considerando que era uma ato de lealdade a Hitler. Depois de livre da
custdia dos EUA, Paula voltou a Viena onde trabalhou em uma loja de artes. Em 1952 ela foi
viver em Berchtesgaden, Alemanha, onde levou uma vida em isolamento, num apartamento com
dois quartos at sua morte em 1 de Junho de 1960. Paula nunca se casou nem teve filhos. H
algumas evidncias de que ela compartilhou com seu irmo fortes convices nacionalistas mas
ela no era politicamente ativa. Paula foi sepultada em Berchtesgaden
A Amante e Esposa de Hitler por um dia.
Eva Anna Paula Braun (Munique, 6 de Fevereiro de 1912 Berlim, 30 de Abril de 1945)
foi durante muitos anos a companheira de Adolf Hitler e, por um dia, sua esposa.
Filha de Franziska Braun, uma professora, Eva foi educada num convento e, aos dezessete
anos, foi trabalhar como ajudante de Heinrich Hoffmann, um fotgrafo. Foi nesta ocasio que
propiciou que conheceu Adolf Hitler, em 1929.
Nesta altura, Geli Raubal, a filha da meia-irm de Hitler, encontrada morta. Existiu
muita especulao sobre as causas da sua morte: poderia ter cometido suicdio por cime de Eva,
ou da atriz Renate Mller, com que Hitler tambm se tera envolvido; ou porque estaria grvida de
Hitler; ou ainda que Heinrich Himmler a ter matado? A nica certeza, a de que Eva e Hitler
passaram-se a encontrar mais vezes.
Em 1932 e 1935, Eva tentou suicidar-se, com um tiro de pistola e comprimidos para
dormir, respectivamente. Aps a sua recuperao, Hitler ofereceu-lhe uma moradia e um
automvel Mercedes com chofer.
A relao entre os dois era mantida em segredo da Alemanha, muitos partidrios de Hitler
nem sabiam de sua existncia, e o povo s teve conhecimento no final da Segunda Guerra.
Terceiro Reich, nomeadamente no respeita ao Holocausto, mas apenas do que se referia s
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18manobras militares, segundo o relato de Albert Speer, arquitecto do Reich e Ministro do
Armamento. Apesar da guerra, Braun sempre teve uma vida faustosa e sem preocupaes. Eva
era uma apaixonada por fotografia, e muitos das fotos e filmes de Hitler, so da sua autoria.
Em 1945, Eva Braun seguiu o Fher para o Fhrerbunker, onde, no dia 29 de Abril
daquele ano, ele a desposou. Eva estava to animada que, na hora de assinar a certido de
casamento, ela se esqueceu e comeou "Eva B...", logo corrigindo para "Frau Eva Hitler".
Um dia depois, no dia 30 de Abril, Adolf Hitler matou-se com um tiro na tmpora direita.
Eva o seguiu no suicdio, bebendo cianeto. Tinha 33 anos. Os seus corpos foram queimados com
gasolina, por outros individuos presentes na Chancelaria. Mais tarde, soldados soviticos
recuperaram os seus restos mortais, que foram depois exumados e dispersados.
1.3 O Desfecho da Guerra
A Alemanha comeou a perder a guerra na Batalha de Stalingrado, em 1943, ao cometer o
erro de subestimar o clima inspito do inverno russo. A vitria de Stalingrado e o reforo das armas
norte-americanas levaram o conflito sua fase final, conhecida como o avano aliado. De maio de
1943 a maio de 1945, quando as tropas soviticas entraram em Berlim, os exrcitos aliados
avanaram sobre as reas conquistadas pela Alemanha, expulsando os batalhes nazistas. Nesse meio
tempo, foras democrticas italianas, com o apoio da populao e dos exrcitos dos aliados -entre
eles tropas norte-americanas e brasileiras -, prenderam e mataram Benito Mussolini.
Em 2 de maio de 1945, o exrcito sovitico ocupou a cidade de Berlim, decretando a derrota
alem. Alguns dias antes, cm 30 de abril, Hitler suicidara-se. O conflito estava encerrado noOcidente, mas no Oriente a batalha permaneceu at agosto, quando os Estados Unidos lanaram as
bombas atmicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Em julho de 1945, foi assinado o Acordo de Potsdam, que dividiu a Alemanha em duas
partes, uma controlada pela Unio Sovitica e a outra sob o domnio de ingleses, franceses e norte-
americanos. Nesse mesmo ano, foi estabelecida a criao da Organizao das Naes Unidas
(ONU), que deveria exercer o papel de mediadora nos conflitos internacionais, a fim de evitar
novas tragdias.
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191.4 Economia
Nesta altura, sob o controle ditatorial, Hitler deu incio a grandes mudanas econmicas.
H uma certa controvrsia sobre os aspectos econmicos do governo de Hitler, pois nem todas as
suas medidas foram saudveis a mdio e longo prazo. As polticas econmicas do governo de
Bruning, cautelosas e fiscalistas, vinham sanando as finanas e organizando o Estado alemo
nesse aspecto. Hitler, ao contrrio, ps em prtica um largo programa de intervencionismo
econmico, baseado no keynesianismo, embora se distanciasse deste em muitos pontos.
O desemprego na Alemanha de 1933 era de aproximadamente 6 milhes. Esse nmerodiminuiu para 300.000 em 1939. Essa diminuio fabulosa, no entanto, ocorreu por diversos
motivos, como alteraes estatsticas e projetos governamentais:
As mulheres deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933 Judeus, a partir de 1935, perderam a condio de cidados do Reich, no contando
mais como desempregados
Mulheres jovens que se casavam eram excludas dos clculos. Ao desempregado eram dadas duas opes: ou trabalhar para o governo sob
baixssimos salrios ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas
obrigaes, mas tambm vantagens, como sade, lazer, etc.
As convocaes para o exrcito comearam a se acelerar. At 1939, 1,4 milhes dealemes haviam sido convocados. Para armar esse contigente, a produo industrial aumentou e a
procura por mo-de-obra aumentou tambm.
Criao da Frente Alem de Trabalho, dirigida por Robert Ley, que ps em prticaprogramas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mo-de-obra disponvel, ora
empregando-a no melhoramento da infra-estrutura do pas, ora nas indstrias e na produo
blica.
Essas medidas ocorreram custa de pesadssimos investimentos por parte do Estado,
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20comprometendo a longo prazo as finanas. O que se viu, em conseqncia disso, foi um dficit
crescente. De 1928 at 1939, a arrecadao do Estado havia subido de 10 bilhes de Reichsmarks
para 15 bilhes, no entando os gastos, no mesmo perodo, subiram de 12 bilhes de Reichsmarks
para 30 bilhes. Em 1939, o dficit acumulado era de 40 bilhes de Reichsmarks.
A inflao, nesse periodo, cresceu tanto que em 1936 foi decretado o congelamento de
preos. O governo alemo foi incapaz de lidar com o controle de preos e sua interferncia
constante apenas engessou a economia e dificultou o aumento gradual e equilibrado da produo.
A partir de 1936, o dirigismo econmico passou, gradualmente, a substituir a adaptaoautomtica da produo pelo mercado, de maneira que a regulamentao econmica passou a ser
maior.
Deve-se entender, claro, que para Hitler, que era completamente ignorante em Teoria
Econmica, assunto este que o entediava profundamente, poltica fiscal e monetria s faziam
sentido em funo das necessidades de rearmamento da Alemanha e como parte de um projeto
poltico que, a mdio prazo, previa nada menos do que a hegemonia alem na Europa continental
e a colonizao da Rssia, atravs de mecanismos de espoliao que garantiriam Alemanha o
acesso a matrias-primas a preo vil e mo-de-obra escrava.
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212 Comportamento Racional e Escassez de Material
2.1 Inovao Tecnolgica
Havia a necessidade de novos materiais para a produo de roupas, para-quedas, calados,
enfim tudo que substitussem os materiais escassos durante a guerra. Com o passar do tempo,
mesmo antes da segunda guerra, j haviam feito pesquisas de materiais e com a necessidade
daquele momento,estes foram surgindo e substituindo outros.
Em 1935 houve o surgimento do nilon, a partir da o nascimento das meias calas, j na
dcada de 40.
2.2 Materiais Escassos
Tal inovao foi utilizada na moda em 1935 com a criao do nilon. ., o jersey, jersey de
seda, crepe de seda e etc...
A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizarmateriais alternativos na poca, como a viscose, o raiom e as fibras sintticas. Mesmo depois da
guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora mdia que
queria estar na moda, mas no tinha recursos para isso.
O nilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do
mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma
pintura falsa na parte de trs, imitando as costuras.
Para criar um tecido parecido com a seda, ficamos naquela ocasio com os cetins, jrseis,
crepes de todos os tipos, sarja marroquina ou musselina, tecidos de corda, veludos foscos ou
brilhantes e ou com relevo e bordados. Estes tecidos direcionados para confeccionar blusas ou
vestidos.
Sem falar das misturas de fibras sintticas com a seda onde resultaram tecidos com o
avesso acetinado que permitiam combinaes com outros tecidos de excelente caimento e beleza,
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22e conforto. Tudo isto mesmo com muita dificuldade de abastecimento para as maisons, foi a partir
de 1941 que a moda se apega com maior necessidade aos materiais alternativos.
A Inveno do Zper
Em 1905, Judson (criador do zper) j havia instalado uma fbrica com mquinas capazes
de produzir fechos, mas o resultado ainda estava longe da perfeio. Ele passou por vrias
tentativas at chegar, em 1914, com a ajuda do sueco Gideon Sundback, a um fecho realmente
prtico, que deslizava sem problemas e no se abria, semelhante aos usados hoje em dia. O novo
fecho foi usado primeiro em cintos porta-moedas e bolsas de tabaco. At que, em 1917, alguns
membros da marinha americana passaram a usar jaquetas impermeveis com fechos. Em 1919,
eles j eram usados maciamente pelas foras armadas, em roupas e equipamentos. Em 1920, o
zper estava realmente na moda e podia ser encontrado em todos os tipos de roupas, sapatos e
bolsas. Mas foi, em 1923, ano em que a empresa B. F. Goodrich produziu uma bota de borracha
com o novo fecho, que o acessrio se tornou popular. O nome zper foi adotado tambm nessa
poca. Durante os anos 30, Elsa Schiaparelli foi a primeira estilista a usar fechos aparentes, como
um enfeite, em suas criaes. Desde ento, por vrias vezes, o zper entrou e saiu da moda, tendo
sido usado por estilistas e designers.
2.3 As Formas Femininas
Os anos 30 redescobriram as formas do corpo da mulher atravs de uma elegncia
refinada, sem grandes ousadias.
As saias ficaram longas e os cabelos comearam a crescer. Os vestidos eram justos e retos,
alm de possurem uma pequena capa ou um bolero, tambm bastante usado na poca. Em
tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o
algodo e a casimira.
O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os
anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de ateno. Alguns pesquisadores
acreditam que foi a evoluo dos trajes de banho a grande inspirao para tais roupas decotadas.
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23A mulher dessa poca devia ser magra, bronzeada e esportiva, o modelo de beleza da atriz
Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e plpebras marcadas com lpis e p de
arroz bem claro, foi tambm muito imitado pelas mulheres.
Alis, o cinema foi o grande referencial de disseminao dos novos costumes. Hollywood,
atravs de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich.
O surgimento de novos materiais, como a baquelita, uma espcie de plstico malevel,
aliada ao novo conceito de modernidade, relacionada aerodinmica, fez surgir um novo design,
aplicado a vrios objetos e eletrodomsticos. A baquelita tambm foi amplamente utilizada para a
fabricao de jias leves, inspiradas em temas do momento.
No final dos anos 30, com a aproximao da Segunda Guerra Mundial, , as roupas
apresentavam uma linha militar, assim como algumas peas se preparavam para dias difceis,
como as saias, que vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.
Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da Frana para outros pases. A
guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma poca (Souza, 1987).
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243 A Moda e a Guerra
3.1 Moda no Perodo de Guerra
Em 1940, a Segunda Guerra Mundial j havia comeado na Europa. A cidade de Paris,
ocupada pelos alemes em junho do mesmo ano, j no contava com todos os grandes nomes da
alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas se mudaram, fecharam suas casas ou mesmo as
levaram para outros pases. A Alemanha ainda tentou destruir a indstria francesa de costura,
levando as maisons parisienses para Berlim e Viena, mas no teve xito. O estilista francs
Lucien Lelong, ento presidente da cmara sindical, teve um papel importante nesse perodo ao
preparar um relatrio defendendo a permanncia das maisons no pas. Durante a guerra, 92 atelis
continuaram abertos em Paris (Veillon, 2004).
Apesar das regras de racionamento, impostas pelo governo, que tambm limitavam a
quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricao das roupas, a moda
sobreviveu guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou at o final dos conflitos. A
mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e srios.
Na Gr-Bretanha, o "Fashion Group of Great Britain", comandado por Molyneux, criou 32
peas de vesturio para serem produzidas em massa. A inteno era criar roupas mais atraentes,
apesar das restries.
O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombrosacolchoados angulosos e cintures. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito
usado na poca. As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calas compridas se
tornaram prticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares,
exemplificado nas Figuras 3.1 e 3.2.
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Figura 3.1 Ilustrao: Modelo abril de 1941 (Folhaonline, 2006)
Figura 3.2 Ilustrao: Modelo outubro de 1945 (Folhaonline, 2006)
Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em
encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prend-los e formar cachos. Os lenos
tambm foram muitos usados nessa poca.
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26A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas
recarregavam as embalagens de batom, j que o metal estava sendo utilizado na indstria blica.
A simplicidade a que a mulher estava submetida talvez tenha despertado seu interesse
pelos chapus, que eram muito criativos. Nesse perodo surgiram muitos modelos e adornos,
conforme Figura 3.3. Alguns eram grandes, com flores e vus; e outros, menores, de feltro, em
estilo militar.
Figura 3.3 Ilustrao: Modelo Setembro de 1944 (Folhaonline, 2006)
Durante a guerra, a alta-costura ficou restrita s mulheres dos comandantes alemes, dosembaixadores em exerccio e quelas que de alguma forma podiam frequentar os sales das
grandes maisons.
Alguns estilistas abriram novos atelis em Paris durante a guerra, como Jacques Fath
(1912-1954) - que se tornaria muito popular nos Estados Unidos aps a guerra -, Nina Ricci
(1883-1970) e Marcel Rochas (1902-1955), um dos primeiros a colocar bolsos em saias. Alex
Grs (1903-1993) chegou a ter seu ateli fechado logo aps a inaugurao, em 1941, pelos
alemes, por ter apresentado vestidos nas cores da bandeira francesa. Sua marca era a habilidade
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27em drapear o jrsei de seda, com acabamento primoroso. A poca inovou com o suter por falta
de aquecimento nos espaos pblicos (Smith, 2004).
Outro estilista importante foi o ingls Charles James (1906-1978), que, no perodo de
1940 a 1947, em Nova York, criou seus mais belos modelos. Chegou a antecipar, em alguns, o
que viria a ser o "New Look", de Christian Dior.
Durante a guerra, o chamado "ready-to-wear" (pronto para usar), que a forma de
produzir roupas de qualidade em grande escala, realmente se desenvolveu. Atravs dos catlogos
de venda por correspondncia com os ltimos modelos, os pedidos podiam ser feitos de qualquer
lugar e entregues em 24 horas pelos fabricantes.
Sem dvida, o isolamento de Paris fez com que os americanos se sentissem mais livres
para inventar sua prpria moda. Nesse contexto, foram criados os conjuntos, cujas peas podiam
ser combinadas entre si, permitindo que as mulheres pudessem misturar as peas e criar novos
modelos.
A partir da, um grupo de mulheres lanou os fundamentos do "sportswear' americano.
Com isso, o "ready-to-wear", depois chamado de "prt--porter" pelos franceses, que at ento
havia sido uma espcie de estepe para tempos difceis, se transformou numa forma prtica,
moderna e elegante de se vestir (Embacher, 1999).
Com a falta de materiais em quase todos os setores e em todos os pases envolvidos nos
conflitos, novos materiais foram desenvolvidos e utilizados para a produo de objetos e mveis,
como os potes flexveis e durveis, de polietileno, que ficaram conhecidos como Tupperware.
Com a libertao de Paris, em 1944, a alegria invadiu as ruas, assim como os ritmos do
jazz e as meias de nilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta para suas
mulheres o perfume Chanel n 5.
Em 1945, foi criada uma exposio de moda, com a inteno de angariar fundos e
confirmar a fora e o talento da costura parisiense. Como no havia material suficiente para a
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28produo de modelos luxuosos, a soluo foi vestir pequenas bonecas, moldadas com fio de ferro
e cabeas de gesso, com trajes criados por todos os grandes nomes da alta-costura francesa.
Importantes artistas, como Christian Brard e Jean Cocteau participaram da produo da
exposio, composta por 13 cenrios e 237 bonecas, devidamente vestidas, da roupa esporte ao
vestido de baile, com todos os acessrios, lingeries, chapus, peles e sapatos, tudo feito
manualmente, idnticos, em acabamento e luxo, aos de tamanho natural.
No dia 27 de maro de 1945, "Le Thatre de la Mode" (O Teatro da Moda) encantou seus
convidados em Paris. Mais de 200 mil franceses visitaram a exposio, que seguiu para vrios
pases, como Espanha, Inglaterra, ustria e Estados Unidos, sempre com muito sucesso.
No ps-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade, caractersticas
da moda lanada por Chanel anteriormente. Entretanto, o francs Christian Dior, em sua primeira
coleo, apresentada em 1947, figuras 5 e 6, surpreendeu a todos com suas saias rodadas e
compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos.
O sucesso imediato do seu "New Look", como a coleo ficou conhecida, indica que as
mulheres ansiavam pela volta do luxo e da sofisticao perdidos.
Dior estava imortalizado com o seu "New Look" jovem e alegre. Era a viso da mulher
extremamente feminina, que iria ser o padro dos anos 50.
3.2 Estilistas da poca
Cristbal Balenciaga Esagari
Balenciaga, nasceu em Guetaria - regio basca da Espanha -, no dia 21 de janeiro de 1895.
Em 1915, abriu sua primeira casa de costura em San Sebastian, cidade prxima sua. Seu
sucesso no demorou a chegar e, em pouco tempo, se transferiu para Madri. Em 1936, decidiu se
mudar para Paris e, em agosto do ano seguinte, apresentou sua primeira coleo.
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29A experincia adquirida em alfaiataria permitia que o espanhol no s desenhasse seus
modelos, mas tambm os cortasse, armasse e costurasse, o que no comum aos estilistas, que
em geral apenas desenham suas criaes.
A perfeio nas propores conseguida por Balenciaga em seus modelos aproximava sua
arte da arquitetura. Considerado o grande mestre da alta-costura, seu estilo elegante e severo, s
vezes dramtico, tornaram inconfundveis suas criaes.
Figura 3.4 Ilustrao: Modelo Agosto de 1947 (Folhaonline, 2006)
Figura 3.5 Ilustrao 2: Modelo Agosto de 1947 (Folhaonline, 2006)
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30Em 1939, lanou o corte de manga com a aplicao de um recorte quadrado e uma linha
de ombros cados, com cintura estreita e quadris arredondados. No ano seguinte, apresentou o seu
primeiro vestidinho preto, com busto ajustado e quadris marcados por drapeados, alm de abrigos
impermeveis em tecidos sintticos.
Em 1942, as jaquetas largas e as saias evass compunham a chamada "linha tonneau". O
primeiro palet-saco e os redingotes com mangas-quimono surgiram em 1946.
Balenciaga era considerado purista e classicista. Seu estilo ainda lembrado pelos grandes
botes e pela grande gola afastada do pescoo.
Gabrielle Coco Chanel
Nascida em Saumur, Frana, em 19 de agosto de 1883, Chanel chegou a Paris aos 16 anos.
Mais tarde, em 1910, conseguiu, com ajuda de amigos e do prprio Balsam, abrir sua primeira
loja, onde vendia chapus.
Em 1925, Chanel iniciou uma estreita amizade com o duque de Westminster, que a situou
no mais alto escalo da aristocracia parisiense. Amiga tambm do compositor Stravinski - o qual
se apaixonou por ela -, o coregrafo Diaghilev, a bailarina Isadora Duncan, os artistas Jean
Cocteau, Picasso, Salvador Dal e outros igualmente clebres, Chanel esteve sempre ligada s
principais correntes artsticas da primeira metade do sculo 20.
Em 1916, ela introduziu na alta-costura o jrsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a
moda escocesa, com blusas de malha fina, as calas boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacoscruzados na frente e acinturados em estilo militar.
O nascimento do chamado "pretinho bsico" data de 1926, quando uma ilustrao na
revista "Vogue" mostrava o vestido desenhado por Chanel - o primeiro entre vrios que iria
produzir ao longo de sua carreira.
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31Seus modelos simples, ao alcance da mulher de bom gosto e de poucos recursos, foram
muito imitados e confeccionados em mais categorias de preos do que qualquer outra criao da
alta-costura.
Foi ela tambm quem introduziu as falsas jias ao mundo da moda. Chanel sempre gostou
de usar muitos acessrios, como colares de correntes ou prolas de vrias voltas.
Em 1939, no incio da Segunda Guerra, a estilista decidiu fechar suas lojas. Ela acreditava
que no era uma poca para a moda. Mudou-se para o hotel Ritz e conheceu o alemo Hans
Dincklage, espio nazista, de quem tornou-se amante.
Em 1945, foi para a Sua, voltando a Paris somente em 1954, ano em que tambm
retornou ao mundo da moda. Sua nova coleo no agradou aos parisienses, mas foi muito
aplaudida pelos americanos, que se tornaram seus maiores compradores ( Madsen, 1992).
Elsa Schiaparelli
Nasceu em Roma, na Itlia, em 1890. Sua famlia possua uma boa situao financeira, o
que permitiu que ela fosse estudar na Sua e em Londres. Seu casamento no durou muito tempo
e Schiaparelli, com uma filha pequena para cuidar, no conseguiu sobreviver sozinha na Amrica
e voltou para a Frana, em 1922.
Nessa poca, ela desenhava e j comeava a vender seus primeiros trics. Encorajada pelo
estilista e amigo Paul Poiret, Schiap abriu sua primeira butique em 1927, e, em 1929, apresentou
sua primeira coleo, que foi um verdadeiro sucesso.
Elsa Schiaparelli sempre esteve ligada aos artistas de sua poca. Era amiga de muitos,
como Marcel Duchamp, Picabia, Man Ray, Stieglitz, Jean Cocteau, Christian Brard e Salvador
Dal. Ela acreditava que a moda no podia estar desvinculada da evoluo das artes plsticas
contemporneas, sobretudo a pintura.
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32Com o seu progressivo sucesso, Schiaparelli se tornou a maior rival da famosa estilista
Coco Chanel. Seus estilos eram totalmente opostos: enquanto Chanel criava roupas funcionais
para a mulher moderna, Shiaparelli fazia modelos surrealistas, exticos.
Schiaparelli e Salvador Dal chegaram a trabalhar muitas vezes juntos, o que resultou em
vrias criaes bastante particulares, como o famoso chapu em forma de sapato, a bolsa-
telefone, o tailleur-escrivaninha com bolsos em forma de gaveta, o vestido de seda pintado com
moscas, entre outros. Foi no surrealismo que ela encontrou a sua fonte bsica de inspirao.
Todas as colees lanadas por Schiaparelli se inspiravam em fantasia e partiam de um ou
dois temas dominantes. Uma de suas preferidas era a coleo de circo, com cavalos, elefantes ou
acrobatas no trapzio, bordados em muitas peas, como os boleros, com botes de cabea de
palhao e o chapu em forma de sorvete.
Sempre utilizando bordados e cores fortes, Elsa criou a coleo de astrologia, na qual se
destacava uma luxuosa capa com enormes signos do zodaco bordados em ouro, um sol radiante
sobre um tecido rosa-choque. Ela passeou por muitos outros temas em suas colees, como a
msica, o fundo do mar e a "Commedia dell'Arte", na qual tambm apareciam as capas, desta vez
com losangos de veludo.
Alm de suas criaes sempre impactantes, ela inovou nos materiais utilizados em suas
roupas, como o zper o crepe de seda e o papel celofane. Todos esses novos materiais, como a
fibra sinttica, possibilitaram que Elsa executasse todos os seus sonhos surrealistas.
Em 1939, quando explodiu a Segunda Guerra Mundial na Europa, Schiaparelli decidiu
fechar sua maison. Ela preferiu colaborar com os esforos antinazistas nos Estados Unidos.
Quando a guerra chegou ao fim, ela retornou a Paris, em 1945. Sua maison sobrevivera aos anos
de conflito e logo foi reaberta. Nessa poca, passaram por seu ateli alguns estilistas famosos,
como Hubert Givenchy e Pierre Cardin.
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33Em 1946, Salvador Dal desenhou o frasco de um novo perfume, o "Roi-Soleil". A
assinatura de Schiaparelli ainda produziu uma linha de malas e frasqueiras e uma coleo de prt-
-porter, que foi vendida nos Estados Unidos.
Edith Head
Edith Claire Posener, nasceu em 1897, na cidade de San Bernardino, Califrnia. Nunca foi
bonita era baixinha e mope mas foi aluna brilhante e se formou em histria da arte e
literatura francesa na Universidade da Califrnia, em 1919. Em Los Angeles, tornou-se professora
de francs de uma escola para garotas em Hollywood e, em 1923, casou-se com Charles Head,
um jovem atormentado e alcolatra. Aprisionada numa existncia medocre, Edith teve de
arranjar trabalho extra para sustentar a si e ao marido.
Um belo dia, viu o anncio classificado de uma vaga no departamento de figurino da
Paramount. Procuravam por um artista que saiba desenhar roupas e costurar. Edith nunca tinha
desenhado nada nem viria a desenhar e no sabia costurar, mas o salrio era tentador. Com
a ousadia e a cara-de-pau que se tornaram sua marca registrada, Edith apanhou croquis feitos por
suas alunas, montou um portfolio e se apresentou como candidata ao emprego.
Logo tratou de criar um look muito pessoal que carregou pelo resto da vida. Passou a usar
culos de lentes redondas e escuras, o penteado que copiou da extica estrela asitica Anna May
Wong (cabelos muito pretos atados num coque e franja reta, grfica), tailleurs bem cortados e de
cores sbrias, colar de prolas.
Howard Greer, o figurinista-chefe do estdio, ficou impressionado com os desenhos e
contratou-a no ato. A fraude durou uma semana, mas ento Edith j havia conquistado o patro
com seu raciocnio rpido, senso de observao e disciplina de soldado. Quando Greer deixou a
Paramount, no incio dos anos 30, Edith tornou-se chefe do departamento e permaneceu no cargo
at 1967.
Sua fama de guru fashion comeou com um simples traje de praia: o minissarongue usado
por Dorothy Lamour no filme The Jungle Princess (1936) virou um sucesso, foi copiado pelas
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34lojas de departamentos dos EUA e Dorothy se tornou a eterna garota do sarongue. medida
que sua fama crescia em Hollywood, cresciam tambm as histrias envolvendo seu nome.
Hoje, Edith Heard reconhecida e lembrada no desenho animado Os Incrveis, no papel
da estilista Edna Moda.
Adrian, Gilbert
Durante as primeiras dcadas do sculo 20, foi das mos deste figurinista norte-americano,
de teatro e cinema que saram roupas e acessrios femininos que marcaram poca.
Gilbert Adrian, que estudou na School of Fine and Applied Arts de Nova York, comeou
sua carreira criando figurinos para espetculos da Broadway, seguindo depois para Hollywood,
para fazer roupas para o ento super astro Rodolfo Valentino, entre os anos de 1926 e 1928. Mas
foi vestindo estrelas famosas da poca que seu prestgio cresceu e consolidou-se.
Um chapu de aba cada, criado para Greta Garbo no filme A Woman of Affairs, de 1928,
tornou-se moda que durou pelo menos uma dcada. Em 1930, no filme Romance, um outro
chapu, tambm usado por Garbo, foi um grande sucesso: o modelo, que ficou conhecido como
chapu Eugenia, era feito com plumas de avestruz, que caam sobre o rosto, encobrindo-o
parcialmente. Ainda para a mesma estrela, no filme As You Desire Me, dois anos depois, Adrian
Gilbert criou um chapu tipo pillbox que atravessou dcadas sem perder o prestgio. No mesmo
ano, para a atriz Hedy Lamarr, inventou uma rede para os cabelos, que se tornou clebre no filme
I Take This Woman.
Mas nenhum desses sucessos pde ser comparado ao conseguido por um vestido de
organdi branco, desenhado para Joan Crawford no filme Letty Linton, de 1932: o modelo,
devidamente feito em srie e colocado venda na loja de departamentos Macys, de Nova York,
vendeu nada menos do que 500 mil cpias. Joan Crawford, na verdade, deveu a Adrian o estilo
que adotou ao longo da vida, roupas com ombros largos que disfaravam o tamanho dos quadris,
um estilo que tambm foi copiado por mulheres do mundo inteiro. Do mesmo modo, estrela Jean
Harlow ganhou dele o estilo de roupas sinuosas, que contornavam seu corpo, realando-o.
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35Durante muitos anos, Adrian Gilberto continuou a fazer figurinos especiais para filmes,
passando histria da moda como um criador arrojado, tanto nas padronagens quanto no corte
sinuoso de suas criaes.
Salvatore Ferragamo
Em 1935, um dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragamo, lanou
sua marca, que viria se transformar em um dos imprios do luxo italiano. Com a crise na Europa,
Ferragamo comeou a usar materiais mais baratos, como o cnhamo, a palha e os primeiros
materiais sintticos. Sua principal inveno foi a palmilha compensada.
Um dos nomes mais importantes do sculo 20 no design de calados, Salvatore
Ferragamo, nascido em Bonito, localidade prxima a Npoles, no sul da Itlia, desde adolescente
exercia seu ofcio. Com 16 anos, passou a trabalhar com seus irmos na Califrnia, Estados
Unidos, onde faziam sapatos mo para as produes cinematogrficas da American Film
Company.
Atores e atrizes, que assim conheceram o trabalho de arteso de Ferragamo, logo se
tornaram seus clientes particulares - nos anos 20, as mulheres adotaram uma de suas criaes, as
sandlias com tiras que eram amarradas nos tornozelos, lembrando os calados usados pelos
romanos, na Antiguidade. De 1923 a 1927, Ferragamo morou em Hollywood, trabalhando para as
companhias de cinema Universal, Warner Bros. e Metro-Goldwin-Mayer.
Quando voltou para a Itlia, escolheu a cidade de Florena para abrir uma oficina de
calados com 60 operrios, dando incio primeira produo em larga escala de sapatos feitos
mo.
Sua criatividade no tinha limites, seja no que dizia respeito forma de um calado, seja
quanto aos materiais empregados para faz-lo - de sua oficina saram os primeiros modelos de
salto anabela e sola tipo plataforma, ainda nos anos 30, e alm do couro, ele usava renda e rfia,
entre outras novidades.
Em 1947, sempre frente do estilo de sua poca, e muito tempo antes da chegada do
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36material plstico ao mundo dos calados, Ferragamo criou o que ficou conhecido na poca como
o sapato invisvel, feito em nilon e com salto em camura preta. Segundo se sabe, at 1957 o
estilista havia criado mais de 20 mil modelos de calados e registrara 350 patentes.
Jeanne Lanvin
Jeanne Lanvin foi uma das estilistas mais influentes do sculo 20, com criaes que
marcaram definitivamente suas primeiras dcadas. Nascida na regio da Bretanha francesa foi
aprendiz de costureira e, mais tarde, chapeleira, profisso com a qual iniciou sua carreira em
Paris, em 1890.
Duas dcadas mais tarde, as clientes que compravam seus chapus encantaram-se com as
roupas que Jeanne fazia para sua irm mais nova e para sua filha, passando a encomendar-lhe
peas combinadas para mes e filhas, o que deu origem sua casa de alta-costura.
Em 1910, o orientalismo, que exercia grande influncia em toda a Europa, fez com que
Jeanne Lanvin passasse a apresentar roupas bastante exticas, feitas em tecidos preciosos como
veludos e cetins. s vsperas da 1 Guerra Mundial, ela criou os chamados robes de style, com
cintura marcada e saias fartamente rodadas, que estiveram em moda, com pequenas modificaes,
at o incio dos anos 20.
Seus vestidos tinham sempre uma concepo romntica e uma severidade muitas vezes
atenuada por babados. Tudo o que ela criava transformava-se em sucesso: assim foi com seus
vestidos chemisiers, com um bolero inspirado nos costumes bretes, vestidos com miangas,
especiais para danar, vestidos esportivos de jrsei de l xadreza com fios dourados e prateados,
alm de pijamas para festas. O uso freqente de um determinado tom de azul fez com que ficasse
conhecido como o azul Lanvin.
Depois da morte de madame Lanvin, a direo da casa passou a Antonio Castillo, que
desde sua primeira coleo, apresentada em 1951, seguiu sempre de perto o estilo da fundadora.
Quando Castillo deixou a Maison, em 1962, para abrir seu prprio negcio, foi sucedido por Jules
Franois Crahay, que vinha do ateli de Nina Ricci. O estilista brasileiro Ocimar Versolato
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37tambm foi diretor da casa Lanvin, na segunda metade da dcada de 90.
Paul Poiret
Entre os grandes estilistas do sculo 20, o parisiense Paul Poiret ocupa, inegavelmente,
um lugar muito especial.
Em 1896, afinal, ele comeou a trabalhar diretamente com alta costura, no salo de
Jacques Doucet, um dos costureiros mais famosos do final do sculo 19, respeitado pela
qualidade dos tecidos que utilizava em suas criaes, e pelo seu esmerado acabamento. Quatroanos mais tarde, passou para o ateli de Charles Worth, ento considerado o maior nome da moda
de Paris. Em 1904, finalmente, Paul Poiret abria sua prpria maison, tendo como seu padrinho o
amigo Doucet.
Como personagem, Poiret tinha uma viso lcida da sociedade em que vivia: a cidade de
Paris jamais conhecera tanta animao, a vida social era pautada por celebraes monumentais,
que moviam a nobreza e os artistas da poca para festas que disputavam entre si o prmio de
maior riqueza e exuberncia. Como estilista, ele coloria a moda, at ento de tons soturnos e
tristes, com uma verdadeira orgia de verdes, vermelhos e azuis - Joguei alguns lobos entre os
cordeiros, ele costumava dizer, ao comentar sua inovao. Como personagem, Poiret criava sua
prpria agenda de festas, onde o maior brilho ficava por conta das roupas que as convidadas
usavam.
Na verdade, na poca, quem no vestisse um autntico Poiret parecia irremediavelmente
fora de moda - e ento seu ateli era o endereo certo para encontrar todas as mulheres mais
elegantes da Europa, sem contar as ricas norte-americanas que iam passar o vero em Deauville,
no norte da Frana, ou na Cte dAzur, ao sul. A bailarina Isadora Duncan era uma das presenas
mais constantes, em busca de trajes que comportassem toda a liberdade da dana com que
surpreendia o mundo. Se as roupas que Poiret criava eram de estilo simples, solto, sem
ornamentos em excesso, exatamente o posto do que se usara at ento, suas festas eram um
exagero de luxo.
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38A influncia de Poiret era total. Ao mesmo tempo em que lanava turbantes e calas de
odalisca, inspiradas na moda do oriente que ganhava adeptos a partir dos espetculos de dana do
russo Sergei Diaghilev, criava objetos para decorao, desenhados por jovens que Poiret
recrutava nas fbricas dos bairros de Paris e s quais ensinava a arte do esboo e da estamparia -
assim nasceu a famosa cole Martine. Pela mesma poca, ele lanou uma srie de perfumes com
nomes como Ah, Noite da China, Fruto Proibido, Flor Estranha, para os quais Ren Lalique
desenhava os frascos, e tambm encomendou a ilustradores que se tornariam famosos, como Paul
Iribe e Georges Lepape, lbuns com suas criaes.
Em 1912, depois de ter criado a saia entravada, mais justa no tornozelo, e a saia abajur,
cuja bainha era feita com arame, para formar um crculo em torno do corpo, Poiret excursionou
pela Europa e, no ano seguinte, pelos Estados Unidos, com um grupo de modelos, o que no era
hbito entre os estilistas. Em 1914, pouco antes do comeo da 1 Guerra Mundial, ajudou a fundar
o Sindicato de Defesa da Alta Costura Francesa e, com a guerra, fechou seu salo para alistar-se
no exrcito francs, s voltando s suas atividades com o fim do conflito.
A influncia de Poiret era total. Ao mesmo tempo em que lanava turbantes e calas de
odalisca, inspiradas na moda do oriente que ganhava adeptos a partir dos espetculos de dana do
russo Sergei Diaghilev, criava objetos para decorao, desenhados por jovens que Poiret
recrutava nas fbricas dos bairros de Paris e s quais ensinava a arte do esboo e da estamparia -
assim nasceu a famosa cole Martine. Pela mesma poca, ele lanou uma srie de perfumes com
nomes como Ah, Noite da China, Fruto Proibido, Flor Estranha, para os quais Ren Lalique
desenhava os frascos, e tambm encomendou a ilustradores que se tornariam famosos, como Paul
Iribe e Georges Lepape, lbuns com suas criaes.
Em 1912, depois de ter criado a saia entravada, mais justa no tornozelo, e a saia abajur,
cuja bainha era feita com arame, para formar um crculo em torno do corpo, Poiret excursionou
pela Europa e, no ano seguinte, pelos Estados Unidos, com um grupo de modelos, o que no era
hbito entre os estilistas. Em 1914, pouco antes do comeo da 1 Guerra Mundial, ajudou a fundar
o Sindicato de Defesa da Alta Costura Francesa e, com a guerra, fechou seu salo para alistar-se
no exrcito francs, s voltando s suas atividades com o fim do conflito.
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39Mainbocher
Outro destaque Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris.
Seus modelos, em geral, eram srios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet.
Em 1935, um dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragamo, lanou
sua marca, que viria se transformar em um dos imprios do luxo italiano. Com a crise na Europa,
Ferragamo comeou a usar materiais mais baratos, como o cnhamo, a palha e os primeiros
materiais sintticos. Sua principal inveno foi a palmilha compensada.
Lucien Lelong
O estilista francs Lucien Lelong, ento presidente da cmara sindical, teve um papel
importante nesse perodo ao preparar um relatrio defendendo a permanncia das maisons no
pas. Durante a guerra, 92 atelis continuaram abertos em Paris.
Hubert James Taffin de Givenchy
Hubert James Taffin de Givenchy nasceu em Beauvais, na Frana, em 1927. Muito cedo
ele j demonstrava seu interesse pela moda. Aos dez anos, ao visitar uma exposio de figurinos
dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou imediatamente com o universo luxuoso
da alta-costura.
Ao contrrio do que sua famlia desejava, Givenchy no se tornou advogado, tendo
cursado a Escola de Belas Artes, em Paris. Chegou a trabalhar com nomes importantes da costura
parisiense, como Jacques Fath, Robert Piguet e Lucien Lelong.
Trabalhou tambm com Christian Dior e Elsa Schiaparelli, antes de abrir sua prpria
maison, em 1952, no nmero 8, da rua Alfred de Vigny, na Monceau Plain, em Paris.
Charles James
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40Outro estilista importante foi o ingls Charles James (1906-1978), que, no perodo de
1940 a 1947, em Nova York, criou seus mais belos modelos. Chegou a antecipar, em alguns, o
que viria a ser o "New Look", de Christian Dior.
3.3 A Alta-Costura
No perodo de 1940 1944 os alemes se interessavam pela alta-costura, atrados pelo
lado mundano, pelo brilho e pelo glamour, penetram no corao do Tout-Paris, querendo se
aproximar de uma arte que por tradio pertencia somente a Frana, exatamente a Paris, a cidade
Luz.
A Moda encontrava-se ameaada, apesar do domnio de guerra, na Moda a Frana
continuava sendo lder.
A estilista da poca Lucien Lelong foi clara quando disse Vocs podem nos impor tudo pela
fora, mas a alta costura parisiense no ir se transferis nem em bloco nem em seus elementos. Fica em Paris, ou em
lugar nenhum (Veillon, 2004:145)
A grande dvida que o mundo da moda tem para com o estilista, porm, fica longe das
passarelas: presidente da Chambre Sindicale de la Haute Couture de 1937 a 1947, Lelong
conseguiu convencer os invasores alemes a permitir que as casas francesas de alta costura
permanecessem em Paris, e no se transferissem para Berlim, como era desejo do 3 Reich.
Graas ao seu empenho, 92 maisons continuaram abertas durante a guerra, mantendo viva a
tradio francesa de moda.
No final dos anos 40, Jacques Fath foi para os Estados Unidos, onde se tornou muito
conhecido, principalmente depois da criao de uma linha de prt--porter.
Apesar das muitas crticas a respeito do que se considerava ento desperdcio de matria-
prima, e de insinuaes que se referiam ao fato de que algo muito parecido com o New Look
havia sido lanado em 1938/39 nas colees de Balenciaga, Balmain e Jacques Fath, o novo
estilo era tudo o que as mulheres pareciam desejar, depois dos uniformes que tantas delas
haviam usado durante a 2 Guerra Mundial (Lipovestsky, 1989).
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41Na verdade, o New Look nasceu na hora exata em que as mulheres queriam redescobrir a
exibir sua feminilidade recm reconquistada. Assim, Dior tornou-se um tremendo sucesso, tanto
nas roupas originais que saam de seu ateli de alta costura quanto nas cpias que se
multiplicavam pelo mundo todo, a partir das fotos que revistas e jornais reproduziam sem parar.
Um ano depois do New Look, em 1948, a nova coleo Dior foi batizada como Envol, e
trazia saias que faziam volume na parte de trs, usadas com casaquinhos com as costas folgadas e
golas altas. Em 1949 foi a vez do lanamento da saia justa com uma prega atrs, e dos vestidos de
noite tomara-que-caia, duas tendncias que imediatamente caram no gosto das mulheres. Diorfirmava-se cada vez mais como sinnimo da mais refinada elegncia (Vicent-Ricard, 1989).
Como poucos estilistas ao longo de todo o sculo 20, ele sabia trabalhar com os volumes
das roupas, equilibrando-os e obtendo resultados inesperados. Em 1950, sua coleo mostrou
saias mais curtas fazendo par com casacos grandes e folgados, e durante toda aquela dcada ele
criou as bases que a moda do mundo todo seguia: conjuntos de trs peas formados por
casaquinho, blusa usada para fora da saia e saia em crepe, tudo em tons pastis, conjuntos com
casacos com mangas trs quartos, estolas, saias curtas para serem usadas sob mants.
Em 1954, Dior, que j tinha ento Yves Saint Laurent como seu principal assistente, trazia
de volta para o guarda-roupa feminino o terno masculino, numa coleo que levou o nome de
Linha H, e era especialmente adequada para noite. No ano seguinte, ele lanou as linhas A e Y,
com grandes golas e estolas gigantes.
Nesse mesmo ano, a moda em geral buscou muita inspirao no Oriente, e Dior no fugiu regra, criando verses dos tradicionais cafts. Sua ltima coleo, de 1957, teve como base um
traje chamado vareuse, com gola afastada do pescoo e cortado para cair solto at os quadris.
Nesse mesmo ano, ele lanou o estilo denominado saharinne, vestidos-camisa sem cinto, alm
de vestidos-tnica.
3.4 As Formas do Vesturio no Ps-Guerra
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42No obstante cada criador interpretar as modas futuras segundo sua prpria maneira de
ver, todos adotaram o sinal "V" da vitria. Essa criao exprime-se por uma linha de ombros
ampliada, que termina em ponta numa cintura de vespa, drapeados em forma de chale e outras
inmeras variaes. Por outro lado, com exceo dos vestidos de esporte mais simples, os quadris
continuam arredondados em todos os modelos, acentuados por leve drapeado.
Quanto s saias, nas duas tendncias definidas - saias amplas e saias estreitas. Nas
primeiras, a amplitude principalmente atrs ou na frente, conforme o afastamento definido da
saia camponesa, exageradamente larga, usada pelas parisienses no tempo da libertao. Osmodelos de saia estreita de 1945-1946 entretanto, so muito diferentes dos usados pelas inglesas e
americanas em virtude do racionamento do tecido.
A questo do comprimento da saia questo de escolha individual e, principalmente, de
silhueta. Paquim, Lelong, Patou e outros preferem as saias que cobrem os joelhos enquanto as
saias de Balenciaga chegam quase barriga da perna. Outros ainda permanecem fiis ao tipo mais
curto.
Os casacos variam desde o modelo redingote com a linha da cintura acentuada e saia
ampla, at os ultra largos desde os ombros. Uma ou duas casas lanaram o sobretudo de modelo
masculino, cortado em linhas perfeitamente retas. Devido escassez do artigo, os adornos em
peles verdadeiras so muito limitados: as peles de coelho, gato e toupeira passaram para a
categoria de luxo e esto sendo muito empregadas como guarnies no apenas nos capotes, mas
tambm em jaquetas e nas populares "canadiennes" ou jaquetas de caador.
As mangas variam muito de estilo. Gres apresenta casacos com manga em forma de asa de
morcego, terminando atrs, nas costas. H mangas tipo lanterna, sobrepeliz e mangas "raglan"
muito largas. Outros ainda apresentam mangas largussimas at o cotovelo, terminando em
punhos ou canhes estreitos. A coleo de modelos de Mad. Carpentier apresenta mangas to
complicadas que impossvel descreve-las. Essa modista expe tambm um modelo com a linha
da cintura mais elevada, que bem poder indicar uma nova tendncia da moda.
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43Os bolsos continuam a aparecer nos modelos de tarde e de noite, s vezes at dois ou trs;
outras, em forma de imensos bolsos embutidos, geralmente disfarados por alguma espcie de
enfeite. Nos trajes de cerimnia e de coquetel, so muito bordados, repetindo-se o motivo nos
punhos e lapelas.
Os conjuntos esportivos, modelos simples para tarde so cheios de cores; duas, trs e at
quatro combinaes de cores. Por outro lado, as cores preto e marinho foram restabelecidas para
todos os vestidos mais cerimoniosos. Emprega-se o preto principalmente para os vestidos e
conjuntos para coquetel, mas sempre com uma nota clara, seja na forma de blusa ou de bordado.As outras cores favoritas so marrom - tom chocolate e caf - (s vezes combinado com preto),
verde, bege e cinza.
Embora todas as colees incluam modelos de vestidos de cerimnia, os criadores os
consideram mais como "smbolos" para provar que, neste, como nos outros domnios, no
abandonaram a arte. pouco provvel que as parisienses usem imediatamente vestidos para
"soire" assim como no h indicao de que o problema da falta de carvo seja resolvido, e o
transporte para muita gente ainda significa viajar pelo "metro".
De qualquer maneira, esses vestidos de noite evidenciam duas tendncias: o vestido
romntico, com saia ampla ligada a um corpete diminuto, de gola alta, ou o ultra-ousado
"decollet" reminiscncia dos modelos usados pelas beldades do sculo XVIII. A outra tendncia
nos vestidos de "soire" decididamente a linha estreita, do vestido justo, mas com drapeados
complicados na altura dos quadris e mangas exageradamente amplas.
Muitos desses vestidos possuem bordados exticos. A coleo de Piquet apresenta um
modelo encantador, em "faille" marrom enfeitado com lantejoulas e miangas. Lanvin nos deu
um modelo surpreendente em cetim branco, com motivos bordados em toda a saia e corpete de
lantejoulas douradas e prateadas, combinadas com margaridas feitas em pequenos pedaos de
cetim. So tambm apresentados caboches bordados, principalmente em "ensembles" de veludo
negro.
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44Usa-se muito veludo, tanto como enfeite, como em vestidos de tarde e de noite. s vezes
combina-se veludo negro com "faille" tambm preto. Todas as colees apresentam um conjunto
ou casaco de veludo "corduroy". Em veludo, as cores preferidas, depois do preto, so o marrom e
o verde.
Os vestidos para recepes so quase to suntuosos com os vestidos de "soire". Para
esses prefere-se o cetim, "faille" e veludo. Geralmente tm saias amplas e corpetes justos,
contrastados por mangas enormes. So romnticos, cheios de cores e muito agasalhadores e
confortveis.
A impresso geral de observador da moda, depois de apreciar as colees de Paris, de
espanto pela ingenuidade dos criadores que tiveram que lutar contra todas as dificuldades dos
tecidos "ersatz" apesar de tudo, conseguiram criar fazendas simbolizando o luxo que sempre foi
sinnimo de Paris.
No ps-guerra os preos eram astronmicos mas, segundo um dos principais costureiros,
os lucros erampequenos. Os preos so estabelecidos por uma Comisso de Controle. Um vestido
que antes da guerra custava 300 francos, passaram a custar 30 mil. Os tecidos eram dez vezes
mais caros - e em certos casos vo alem desse nvel. Os salrios triplicaram e os impostos sobre
artigos de luxo, e outros impostos, subiram quase 48 por cento. Calcula-se que uma coleo de 40
modelos custasse um milho de francos.
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45Concluso
Consideraes
Apesar dos quatro anos de ocupao germnica, da falta de materiais de toda espcie, do
aumento cada vez maior dos impostos e de milhares de dificuldades inerentes mudana das
condies da poca de guerra para a de paz, os costureiros parisienses, como Chanel e outros que
permanecem como referncias no mundo globalizado, at os dias atuais, os quais provaram mais
uma vez que no perderam nada de seu prestigio e arte criadora. As recentes colees de inverno
demonstraram, por sua diversidade e simplicidade, que, com os recursos normais, Paris pode,
como antes, realizar novas idias e ditar a moda feminina para todo o mundo, conforme foi
identificado durante a pesquisa dos doze estilistas no perodo da segunda guerra mundial.
Concluso
Os objetivos do trabalho foram alcanados, identifiquei os doze estilistas mais relevantes
no perodo da segunda guerra mundial; entre eles Chanel que permanece como referencia nomundo globalizado da moda at os dias atuais. Atravs desta pesquisa, descrita no captulo um
onde menciono os fatos econmicos do perodo e as necessidades de materiais, durante a segunda
guerra mundial. Portanto este trabalho contribui como conhecimento e fonte de pesquisa
referente a moda da poca de guerra.
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46Referncias Bibliogrficas
FOLHAONLINE, site disponvel em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u286.shtml, acesso em 10/09/2006.
EMBACHER, A. Moda e identidade: a construo de um estilo prprio. 1 ed., So Paulo:
Anhembi Morumbi, 1999, 125p.
LIPOVETSKY, G. O imprio do efmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. 1
ed., So Paulo: Companhia das Letras, 1987, 294p.
MACDONELL SMITH, N. O pretinho bsico: a verdadeira historia dos 10 favoritos da moda.
1 ed., So Paulo: Planeta do Brasil, 2004, 226p.
MADSEN, A. Chanel, a woman of her own. 1 ed., So Paulo: Livraria Martins Fontes, 1992,
340p.
SOUZA, G. M. O esprito das roupas: a moda no sculo dezenove. 1 ed., So paulo: Schwarcz,
1987, 255p.
VEILLON, D. Moda & guerra: um retrato da Frana ocupada. 1 ed., Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2004, 270p.
VICENT-RICARD, F. As espirais da moda. 3 ed., Rio de Janeiro,: Paz e Terra, 1989, 249p.
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47Glossrio de Tecidos
1- Acetato - Tecido de fio fino feito a partir de acetato de celulose. A partit de 1920, passou a
ser usado na confeco de lingerie, blusas de malha.
2- Albene - Tecido de trama fechada e encorpada, usado sobretudo na dcada de 40 na
confeco de ternos masculinos e tailleurs.
3- Astrac - Tecido ou malha pesados , originrio de pele de cordeiro. Apresentando laadas na
superfcie lanosa e usado para confeccionar agasalhos.4- Bayadre - Tecido listrado de vrias cores, inspirado nos trajes das danarinas indianas.
5- Cashmere - Tecido feito de plos da cabra cashmere, originrio da regio da Monglia,
Iraque, Afeganisto e Ir. Usada misturada com l, na confeco de peas de roupas do mesmo
nome.
6- Cretone - Tela super-resistente de algodo, linho ou mescla de fibras, branca ou estampada.
7- Crinolina tecido resistente de crina de cavalo, com que antigamente se forrava a fimbria
das saias para lhes dar volume; usado tambm em complementos de vesturio.8- Duvetine tecido macio e suave, lanoso de um lado. mais ou menos aconchegante de
acordo com a matria-prima de que feito: algodo, l, viscose etc...
9- Faille Tecido leve e brilhante, com nervuras na superfcie e produzido em seda, algodo,
l ou fibras artificiais ou sintticas. Geralmente utilizado na confeco de casacos uou vestidos
10- Fibrana Fios txteis descontnuos produzidos em viscose.
11- Gros Grain Tecido com gros grandes.
12- Jersey - Tecido macio e flexvel feito de malha. J no sculo XX passou a serconfeccionado algodo, nilon, raiom, l e fibras sintticas.
13- Lam - tecido urdido com fios metlicos, originalmente lminas em prata ou ouro, que
ora cobrem toda superfcie ou formam o fundo o desenho. Desde 1930, muito usado em vestidos
de noite.
14- Lingerie - Geralmente este tecido confeccionado em fio de algodo, linho, seda, viscose e
poliamida, muito usado na confeco de roupas ntimas.
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4815- Marquisette Tecido adequado para confeco de chapus e cortinas, fino, transparente e
aberto.
16- Matelass - tecido com efeito acolchoado.
17- Mohair - uma textura misturada, resultando uma penugem, resultado da mistura da pelo
de cabra angor com a trama do algodo.
18- Moleskine - Tecido de algodo resistente, usado para roupas de trabalho.
19- Musselina - Tecido fino, leve e liso, em geral feito de algodo, l, seda, ou viscose, a forma
mais conhecida a musselina de seda.
20- Organdi - Tecido leve e fino , de algodo, transparente e engomado por processo qumico.
Parecido com a musselina.
21- Otomana - Tecido pesado e macio, com nervuras na diagonal, com sua origem na Turquia.
22- Panam - Tecidos de fibras naturais ou artificiais, encorpado e brilhante, usado geralmente
na confeco de ternos masculinos e femininos no vero.
23- Pekin - Tecido com listras verticais, feitas no urdume e obtidas por desenhos diferentes ou
desenhos e pontos diferentes, para produzir faixas de cores, aspectos ou brilho contrastantes.
24- Sisal - Tecido encorpado cujo fio fabricado a partir de fibras extradas das folhas da
planta do sisal. Fibra natural.
25- Tule - Tecido transparente e leve, de fios de seda, nilon ou algodo, que forma uma rede de
malhas redondas ou poligonais extensveis.
26- Tweed - Tecido de l cardada (penteada), vinda da Esccia, usualmente tramado em duas
cores e usada na confeco de roupas para esporte.
27- Viscose - Material obtido da dissoluo de celulose em soda castica, densa, produzindo
assim os filamentos do tecido .
28- Visom - Pele de animal do mesmo nome, vindo Sibria e na Amrica do Norte, de pelos
rasos, castanho e brilhante. Espcie de furo.
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